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Kyoko

Em sua infância kyoko vivia com sua família no sul de osaka, mais especificamente
em Kamagasaki, conhecida como a maior `favela` do japão, sua família não tinha
uma boa condição financeira, seu pai era comerciante e sua mãe era diarista, com
dinheiro suficiente apenas para pagar a escola das filhas e as despesas da pequena
casa alugada. No dia 20 de abril, no aniversário das gêmeas, elas compraram um
relicário com a foto das duas dentro dele, atrás tinha uma frase que era muito
significativa para ambas, sempre estarei com você.
Seus pais a levaram para comemorar o aniversário de 12 anos delas, iam para uma
sorveteria local que era bem famosa, na hora da volta já era bem tarde, quando
ouviram um barulho no beco que normalmente pegam para ir para casa, o pai delas
tomou a frente de forma protetora na frente de sua família, quando um homem
parecendo um animal pulou em cima de Takashi, e começou a bater nele de forma
brutal, sua mãe desesperada deixa suas filhas escondidas em um canto e vai tentar
ajudar o marido, quando tenta tirar o que parecia um animal de cima do seu amado
uma outra criatura aparece, só que ao invés de soca-la ele começa a cortá-la e
desfigura-la , com uma espécie de uma faca com a lâmina quebrada, depois de
minutos que mais se pareciam horas para as gêmeas, as pessoas saíram de cima
dos cadáveres que um dia foi os seus pais e um outro cara se aproximou, por conta
da escuridão não conseguiam ver o rosto do homem misterioso, porém o homem
percebeu suas presenças e fez algo que elas não sabiam o que era, depois
apagaram.

Quando acordou, estava em uma sala rodeada de aparelho com uma tecnologia
estranha, com a cabeça no colo de sua irmã, estavam cercada por diversas crianças
de diferentes idades, a sala parecia um laboratório abandonado e modificado.
Desesperada ela pergunta a Akira onde elas estavam, que disse que também não
sabia, o silêncio era interrompido com alguns gritos de crianças ao verem uma
névoa roxa espessa no ar, e do meio da sala, em um círculo parecendo um
pentagrama,algumas pessoas estavam em volta desse círculo e somente um estava
no meio, eles falavam uma língua estranha quando de repente o homem enfiou uma
adaga no pescoço, que caiu no chão de imediato, logo depois seus olhos e bocas
emitem uma luz roxa e seu corpo começa a levitar, dentro de alguns minutos o ser
que estava no meio do círculo uma criatura envolto em chamas com um sorriso
sinistro no rosto. Crianças correndo e sangue espirrando por toda parte. O monstro
agarrava as crianças com suas garras e rasgava a pele deles que parecia queimar
em contato com ele, no meio da correria kyoko e akira se separaram, ela encontra
um canto de baixo de uma escada que leva para o palanque, quando viu sua irmã
correr para perto da escada, foi em direção a ela, mas não percebeu que a criatura
tinha voltado sua atenção para ela, ao chegar na irmã e ficar na frente dela senti
uma grande dor nas costas, sentindo sua pele queimar no local da ferida, depois
disso akira a empurra para o lado e o segundo golpe do monstro a atinge bem no
peito que na hora o ferimento começou a queimar a sua pele,sem a oportunidade de
tirar a irmã desse ataque cruel, depois de um tempo vendo aquele show de
horrores, ele Fincou as garras no peito dela e tira com tudo, nessa hora um homem
com mais algumas pessoas entraram no local, o que fez a criatura voltar a atenção
para eles, aproveitando a oportunidade kyoko puxou a Akira para o esconderijo
embaixo da escada. A garota desesperada e com dor, chorava desesperada:
- Não chora irmã, sabe que eu odeio te ver chorar - disse a garota com uma
voz rouca e falha:
- Akira aguenta por favor, não me deixa sozinha - respondeu desabando em
uma nova onda de lágrimas
A garota com suas últimas forças, levou sua mão para o pescoço e retirou o relicário
que estava em seu pescoço.
- Eu nunca vou deixar você irmã,eu sempre estarei com você, nascemos
ligada e isso não vai mudar com a minha partida - a garota parou por conta
de uma crise de tosse, da sua boca saía sangue da sua pele carne viva, ela
respirou e continuou - eu quero que fique com esse meu relicário, para se
lembrar disso, e quando achar uma pessoa que se importa profundamente dê
isso pra ela - quando entregou o colar para a garota, deu seu último suspiro.
kyoko desesperada com a morte da sua irmã, chorava baixinho abraçada com o
cadáver dela, ela fechou os olhos e desejou que tudo aquilo fosse um sonho.
Não se sabe quanto tempo passou, mas em algum momento os barulhos pararam.
- Ei menina - escutou uma voz masculina falar perto dela, ela não se mexeu,
não ousou nem abrir o olho, ainda com a imagem grotesca de sua irmã
sendo dilacerada.
De repente uma mão encosta em seu ombro, ela estremece de dor e medo, lembrou
que também estava ferida.
- Precisamos tratar esse seu machucado, pode confiar em mim -
enquanto falava tentava tirar o cadáver que já estava em um estado de
decomposição bem avançado, apesar de ter morrido há algumas
horas
- NÃO - gritou a garota abraçando o cadáver ainda mais forte - você não
vai tirar ela de mim dnv - enquanto falava, mais lágrimas desciam pelo
seu rosto
O homem olhava com pena e compaixão para a garota, depois de um tempo ela
acabou desmaiando pelo ferimento, o que deu a oportunidade para o cara tirar ela
de lá e levar para um hospital onde foi tratada a sua ferida e logo depois ela foi
enviada para um orfanato no Brasil, pois com o tanto de crianças que de alguma
forma sobreviveram não tinha mais espaço.

3 anos depois

Mais uma manhã no orfanato onde cresceu, mesmo depois de tantos anos aquelas
imagens de sua família sendo morta, continua vivida em sua cabeça, noite após
noite seus sonhos continuavam mais vividos do que nunca, em uma das visitas do
Arnaldo, que descobriu que foi ele quem a salvou, percebeu o desconforto da garota
e decidiu dar para ela uma caderno pequeno de com a capa de couro preta e uma
pena dourada.
Decidiu usar o diário como uma válvula de escape, foi escrevendo seus
pensamentos e acontecimentos importante do dia a dia;

20\04\2014

Bom, hoje o senhor Arnaldo me deu esse caderno, mesmo que eu não goste de
lembrar desse dia e prefira esquecer dele, ele disse que vai me ajudar a aliviar
minha mente, eu nem sei o que escrever aqui para início de conversa, acho que vou
começar com aquele dia, parece que eu to lá de novo, naquela sala cheia de
equipamentos e máquinas estranhas.
Eu ainda lembro dela, no meu colo, enquanto dava seu último suspiro.
poderia ter sido eu, eu gostaria que tivesse sido eu, ela era a gêmea perfeita, e eu
só uma ocupação de espaço, eu poderia ter salvado ela, se eu fosse melhor.
Acho que já deu esse assunto.

27\04\2014

Hoje eu vou fugir do internato de noite para ir à biblioteca local, eu preciso descobrir
o que eram aquelas coisas que tiraram minha irmã de mim.
Nos fundos dos jardins do internato tem um buraco na grade que sai na rua de traz
do orfanato, lá tem uma biblioteca, vou começar por lá.
Eu tentei achar alguma coisa na biblioteca daqui, mas eu não achei nada
relacionada aquilo que eu vi e não consegui acesso aos computadores.
bom tomara que eu não seja pega.

Eu voltei da biblioteca que eu achei um livro lá, que se chama ´´A membrana``,
Ele explica um pouco essa tal de membrana do mundo paranormal e tem relação
com a névoa roxa que eu vi naquele dia.
´´

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