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HARMONIZAÇÃO

CORPORAL

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https://farmaciaestetica.com.br/harmonizacao-corporal-alta-performance/
Harmonização Corporal

Sobre a Faculdade
Propósito
• Transformar a vida do profissional da Saúde para o melhor.

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• Nossa missão é impulsionar o desenvolvimento pessoal e profissional desses espe-
cialistas, capacitando-os com conhecimentos avançados e técnicas inovadoras.

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• Proporcionar educação de excelência nos campos da Saúde, Estética e Bem-Es-
tar e Negócios, tornando-se referência nos mercados regional, nacional e inter-
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• Liderança: porque devemos liderar pessoas, atraindo seguidores e influenciando
mentalidades e comportamentos de formas positiva e vencedora.
• Inovação: porque devemos ter a capacidade de agregar valor aos produtos da
empresa, diferenciando nossos beneficiários no mercado competitivo.
• Ética: porque devemos tratar as coisas com seriedade e em acordo com as regu-
lamentações e legislações vigentes.
• Comprometimento: porque devemos construir e manter a confiança e os bons
relacionamentos.
• Transparência: porque devemos sempre ser verdadeiros, sinceros e capazes de
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Harmonização Corporal

1. Introdução...............................................................................................................................................................5
Sumário
1.1. Biotipo corporal..........................................................................................................................................8
1.2. Formato corporal....................................................................................................................................8
2. Identificação, classificação e fisiopatologia das disfunções estéticas............11
2.1. Gordura localizada (GL)...................................................................................................................14
2.2. Liposdistrofia ginoide (LDG) ou Fibroedema ginoide (FEG) - celulite......18
2.2. Flacidez ........................................................................................................................................................21
2.3. Estrias............................................................................................................................................................ 24
3. Farmacoterapia dos ativos injetáveis .......................................................................................26
3.1. Ativos lipolíticos e aceleradores metabólicos.............................................................30
3.2. Ativos eutróficos..................................................................................................................................43
3.3. Bioestimuladores de colágeno...............................................................................................44
3.3.1. Hidroxiapatita de cálcio (CaHa)................................................................................45
3.3.2. Ácido Poli-L-Lático (PLLA)................................................................................................ 47
3.3.3. Policaprolactona (PCL).....................................................................................................49
3.3. Vasoativos................................................................................................................................................60
3.4. Anestésicos locais (AL)..................................................................................................................62
3.5. Ativos Ergogênicos/Hipertróficos..........................................................................................63
4. Avaliação do paciente............................................................................................................................. 67
4.1. Anamnese corporal e exame clínico.................................................................................. 67
4.2. Exames laboratoriais.......................................................................................................................68
4.3. Antropometria.......................................................................................................................................69
4.4. Bioimpedância.......................................................................................................................................71
5. Programas de definição de tratamento com associação de protocolos:
eletroterapia, fitoterápicos/nutracêuticos, cosmecêuticos e nutricosméti-
cos..........................................................................................................................................................................73
5.1. Emagrecimento.................................................................................................................................... 74
5.2. Gordura localizada (GL)............................................................................................................... 76

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5.3. Liposdistrofia geloide (LDG) ou Fibroedema ginoide (FEG) – Celulite..80


Sumário
5.4. Flacidez tissular......................................................................................................................................81
5.5. Estrias...........................................................................................................................................................83
5.6. Definição muscular..........................................................................................................................84
6. Hidroxiapatita de cálcio (CaHa)...................................................................................................... 87
6.1. Ácido Poli-L-Lático (PLLA).............................................................................................................. 87
7. Vias de administração e técnicas de aplicação...............................................................88
7.1 Vias de administração de injetáveis em HAC e AP..................................................88
7.2 Bioestimuladores de colágeno..................................................................................................91
8. Gerenciamento de intercorrências...............................................................................................92
9. Referências bibliográficas....................................................................................................................94
10. Anexo.....................................................................................................................................................................96

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Harmonização Corporal

1. Introdução
A Harmonização corporal (HAC) é uma combinação de diversos procedimentos
estéticos invasivos, minimamente invasivos e não-invasivos, com o uso de produtos
tópicos e com complemento de fitoterápicos/nutracêuticos para tratar o organismo
como um todo e não de forma segregada. Dessa forma, o corpo é estimulado de
maneira integral, fazendo com que as gorduras possam ser eliminadas sem deixar o
corpo com contornos irregulares, sem gerar flacidez, estrias, manchas, celulite e sem
deixar a pele desidratada e com acnes, respeitando as variações anatômicas e os
biótipos corporais de cada indivíduo o que vem de acordo com o conceito de visa-
gismo, figura 1 e 2 (NAGY et al., 2008).

Figura 1. Na Harmonização corporal (HAC) busca-se um padrão estético sem gordura localizada, sem flacidez
muscular e tissular, sem celulite e sem estrias, respeitando sempre os biotipos e formas corporais.

Não se deve esquecer que o objetivo da harmonização corporal (HAC) é o de ten-


tar resolver os desconfortos que cada paciente tem com o próprio corpo, de forma
individualizada, justamente para evitar comparações e frustrações.

Figura 2. Disfunções estéticas tratadas pela HAC. Os principais procedimentos e/ou técnicas
utilizados, de forma individualizada e/ ou asso-
FLACIDEZ ciada, no método de Harmonização corporal
MUSCULAR E
TISSULAR
(HAC), são:
• Cirurgia plástica;
CONTORNOS PELE
IRREGULARES DESIDRATADA • Mesoterapia e intradermoterapia avançada;
• Alta performance;
HAC • Bioestimuladores de colágeno;
• Preenchimento corporal;
CELULITE MANCHAS
• Eletroterapia e,
• Prescrição para uso em home care de formu-
ESTRIAS
lações tópicas e/ou orais de fitoterápicos/nu-
tracêuticos/comecêuticos/nutricosméticos.

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Harmonização Corporal

A Mesoterapia e intradermoterapia é um procedimento introduzido por Michael


Pistor em 1958, na França, e consiste na aplicação de ativos farmacológicos injetáveis
lipolíticos, eutróficos, vasoativos e despigmentantes para tratar disfunções estéticas
como: celulite, flacidez, estrias, melasmas,gordura localizada, alopécia e acne, de
forma personalizada e individualizada diretamente na região a ser tratada. Os me-
dicamentos utilizados na intradermoterapia são combinações de substâncias que
são preparadas de acordo com a necessidade de cada paciente, como substâncias
lipolíticas, que são responsáveis por quebrar os nódulos gordurosos e celulíticos di-
retamente na região subcutânea, ou também combinações de vitaminas, minerais,
enzimas, extrato de plantas, medicações alopáticas e aminoácidos. Esse método é
capaz de estimular o tecido que recebe os medicamentos tanto pela ação da punc-
tura quanto pela ação dos fármacos.
Os procedimentos mesoterápicos incluem as aplicações de injetáveis nos teci-
dos dérmico, hipodérmico e muscular, uma vez que tem origem no tecido embrioná-
rio mesoderme, que, portanto, dá origem a esses tecidos. Daí a etimologia do nome
do método “Mesoterapia”, “tratamento de meios”. Já a ectoderme dá origem a epi-
derme e a endorderme aos órgãos.

Figura 3. Locais de aplicações utilizados no procedimento de mesoterapia. Regiões A. derme superior; B. derme
profunda; C. hipoderme e D. muscular.

Fonte: https://optimuspharma.com.br/protocolos-injetaveis/ativos-e-enzimas-injetaveis/

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Figura 4. Correlação entre os procedimentos injetáveis.

MESOTERAPIA

INTRADERMOTERAPIA ALTA PERFORMANCE

PREENCHIMENTO
CORPORAL

BIOESTIMULADOR
DE COLÁGENO

A Alta Performance (AP) consiste na aplicação de ativos farmacológicos lipolíti-


cos, eutróficos, vasoativos e hipertróficos em pacientes com alta prática de exercícios
físicos (atletas) a fim de esculpir, dar volume e contorno aos músculos. Geralmente
associados com prescrições de fármacos, fitoterápicos e/ou nutracêuticos ergogê-
nicos, figura 5.

Figura 5. A Alta performance (AP) pode ser realizada em qualquer músculo, de forma a aumentar a definição e
os contornos musculares, desde que o paciente tenha definição.

Fonte: https://conhecimentocientifico.r7.com/sistema-muscular/

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Harmonização Corporal

1.1. Biotipo corporal Figura 6. Biotipos básicos.

Cientificamente, os mode-
los corporais são classifica-
dos em três: endomorfos (mais
gordura), mesomorfo (mais
músculos) e ectomorfo (me-
nos gordura), conforme estu-
dos de Sheldon (1940) apud
Rosa (2009). Os seres humanos
apresentam a mistura dessas
três formas com a predomi-
nância de uma delas, figura 6. Fonte: http://minhavidacomigo.com/2014/08/26/somatotipos-qual-melhor-
alimentacao-e-exercicios-para-o-seu-tipo-de-corpo/
O perfil endomorfo possui
formas arredondadas e acúmulo de gorduras, o abdome é proporcionalmente maior
que o tórax e os braços e pernas são curtos e flácidos. Enquanto o perfil mesomorfo
possui corpo musculoso com formas angulosas. O peito é proporcionalmente mais
largo que o abdome. Os membros são musculosos e fortes. Já o perfil ectomorfo pos-
sui corpo e membros longilíneos, com os ombros largos e caídos. O tórax e o abdome
são estreitos e finos.

1.2. Formato corporal


Para avaliar o formato corporal é preciso de quatro medidas: ombros, tórax, cin-
tura e quadris.
Existem cinco combinações estruturais femininas identificando biótipos com for-
mas de ampulheta, retângulo, oval, triângulo e triângulo invertido e cada estrutura
necessita de uma avaliação clínica por profissional habilitado, figura 10. O tipo am-
pulheta representa uma mulher curvilínea cuja circunferência do busto e quadris são
muito aproximadas, o tipo retângulo tem os quadris estreitos e medidas muito pró-
ximas entre quadris e busto, com a cintura pouco definida, o tipo oval possui a maior
circunferência na cintura, o triângulo possui o quadril mais largo que o busto, já o
triângulo invertido possui busto mais largo e quadril estreito.
As formas do corpo variam de pessoa para pessoa; duas pessoas podem usar o
mesmo número de roupa, mas ter formato de corpo diferente, pois além de varieda-
de de etnia há a miscigenação, além disso, as formas do corpo de mudam conforme
avança a idade; por tudo isso, o que cai como uma luva para uma pessoa pode não
dar certo para outra. (AGUIAR, Titta. Personal Stylist: Guia para consultores de ima-
gem. São Paulo: Senac, 2006).

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Figura 7. Formato do corpo feminino. Da esquerda para direita: triângulo invertido, triângulo, retangular, ampu-
lheta e oval.

Fonte: https://br.blastingnews.com/curiosidades/2017/06/
o-formato-do-seucorpo-reveladetalhes-de-sua-personalidade-001757863.html

Já nos homens as formas corporais são: triângulo invertido, trapézio, retângulo,


triângulo e oval, figura 8. O homem com formato Triângulo Invertido tem os ombros
e peitos largos, braços com músculos bem definidos e quadris e cintura estreita, ou
seja, a parte superior é maior que a parte inferior do corpo. No formato trapézio os
ombros são mais largos que as ancas, no entanto, equilibrados. O peitoral é grande
e as costas são largas. O homem de formato retangular tem os ombros, a cintura e
o quadril com a mesma proporção. O homem em forma de triângulo possui peito e
ombros mais estreitos que o quadril, ou seja, a parte inferior é maior que a superior.
Já o homem que tem o formato oval pode estar com o peso acima do ideal, apre-
sentando linhas mais curvas, com ênfase na horizontal. O pescoço é curto ou largo,
as costas são arredondadas e os braços cheios.

Figura 8. Formato do corpo masculino. Da esquerda para direita: trapézio, triângulo invertido, retangular, triân-
gulo e oval.

Fonte: https://blog.garbo.com.br/como-se-vestir-de-acordo-com-o-seu-formato-de-corpo/

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Harmonização Corporal

As mulheres ainda apresentam uma segunda classificação corporal, quando


apresentam obesidade. A obesidade é caracterizada como uma doença multifato-
rial, ou seja, além dos fatores nutricionais, tem os aspectos genéticos, metabólicos,
psicossociais, culturais, entre outros. É uma doença que traz risco para outras doen-
ças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as doenças cardiovasculares, diabe-
tes mellitus tipo II e câncer.
Um dos maiores riscos da obesidade está relacionado à distribuição da gordura
corporal, pois quando o tecido adiposo está concentrado principalmente na região
abdominal, classificada como obesidade androide (em forma de “maçã”) há maior
risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. Já quando o tecido adiposo está
concentrado em sua maior parte na região dos glúteos, quadris e coxas, é denomi-
nada obesidade ginoide (em forma de “pera”), figura 9.

Figura 9. Tipos de obesidade: ginoide (pera) e androide (maça), sendo que a androide é mais característica de
obesidade em homens.

Fonte: https://twitter.com/eexercicio/status/1093137095084912640?lang=da

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2. Identificação, classificação e fisiopatologia das dis-


funções estéticas
Disfunções estéticas são alterações orgânicas de diversas e diferentes causas
que podem estar presentes no corpo humano. Dentre elas, as mais comuns e que
devem ser tratadas na HAC são: gordura localizada (GL), flacidez muscular e tissular,
Lipodistrofia ginoide (LDG) ou fibroedema ginoide (FEG), conhecida também como
celulite e estrias.
Para a compreensão das disfunções estéticas é preciso um sólido conhecimento
do tecido tegumentar, formado pela pele e seus anexos. A pele é uma membrana
com muitas funções, dentre elas a de proteção, criando barreiras contra microrga-
nismos e contra a ação dos raios solares, além de promover a termorregulação do
organismo.
A pele humana, principal estrutura do sistema tegumentar, é uma membrana
constituída de três camadas que possuem características completamente diversas
e que se originam de folhetos embrionários diversos. A camada mais extensa e del-
gada, a epiderme, um tecido epitelial e deriva do ectoderma. A derme, consiste em
tecido conjuntivo denso e frouxo origina-se do mesoderma. Estas duas camadas são
intimamente unidas e apresentam de 0,5 mm a 4 mm de espessura, ou mais, até 6
mm em peles mais espessas e em diferentes regiões do organismo. No sistema te-
gumentar, a pele humana assenta-se sobre o tecido subcutâneo que pode ser de-
nominado de hipoderme, com origem também na mesoderme. Feixes separados,
irregulares de fibras colágenas, estendem-se da derme no tecido subcutâneo, forne-
cendo meios de fixação da pele humana. O tecido subcutâneo permite considerável
flexibilidade de movimentos à pele da maior parte do corpo, figura 10.
A epiderme é a camada mais externa da pele, aquela que você pode ver a olho
nu. A principal função da epiderme é formar uma barreira protetora do corpo, pro-
tegendo contra danos externos e dificultando a saída de água (do organismo) e a
entrada de substâncias e de micróbios no organismo. Na epiderme estão os melanó-
citos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele. A epiderme
também origina os anexos da pele: unhas, pelos, glândulas sudoríparas e glândulas
sebáceas. Formada pelas seguintes camadas: estrato córneo, estrato lúcido, estrato
granuloso, estrato espinhoso, estrato basal, figura 11 (SBD, 2021).

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Figura 10. Estrutura do tecido tegumentar (Pele) e suas camadas.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/659144095443620565/

Figura 11. Camadas da epiderme.

Anatomia da Epiderme

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/680113981197774933/

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A junção dermoepidérmica é produzida pelos queratinócitos basais e fibroblas-


tos dérmicos, formando a membrana basal. Essa região possui aspecto linear e eosi-
nofílico e é composta por glicoproteínas, colágeno e fibras elásticas.
A derme é a camada intermediária da pele, formada por fibras de colágeno, elas-
tina e gel coloidal, que (conferem) dão tonicidade, elasticidade e equilíbrio à pele, e
por grande quantidade de vasos sanguíneos e terminações nervosas. Essas termina-
ções nervosas recebem os estímulos do meio ambiente e os transmitem ao cérebro,
através dos nervos. Estes estímulos são traduzidos em sensações, como dor, frio, ca-
lor, pressão, vibração, cócegas e prazer. É na derme que estão localizados os folículos
pilosos, os nervos sensitivos, as glândulas sebáceas, responsáveis pela produção de
sebo, e as glândulas sudoríparas, responsáveis pelo suor. A derme é formada pela
derme papilar e reticular ou derme profunda (SBD, 2021). A derme papilar é constituí-
da de tecido conjuntivo frouxo, sendo a camada dérmica mais superficial, em conta-
to com a membrana basal, formada por fibras colágenas mais finas e dispostas mais
verticalmente. A derme reticular é a camada mais profunda, constituída por tecido
conjuntivo denso não modelado, com feixes mais grossos de colágeno, ondulados e
dispostos horizontalmente. A região mais profunda a derme reticular é onde são en-
contrados os fibroblastos, responsáveis pela produção de colágeno e elastina, além
das glicosaminogliacanas e glicoproteínas multiadesivas que farão parte da matriz
extracelular, figura 12.

Figura 12. Camada de derme.

Fonte: https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-tegumentar/camada-papilar-e-reticular-da-derme/

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A hipoderme é a terceira e última camada da pele, formada basicamente por cé-


lulas de gordura. Sendo assim, sua espessura é bastante variável, conforme a cons-
tituição física de cada pessoa. Ela apoia e une a epiderme e a derme ao resto do
seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula
energia para o desempenho das funções biológicas (SBD, 2021).

2.1. Gordura localizada (GL)


O tecido adiposo é o maior depósito corporal de energia, sob a forma de triglicéri-
des, que acumulam energia. Não são depósitos estáveis, pois são muito estimuláveis
pelo sistema nervoso e hormônios. Tem função de reserva energética, modelagem
do corpo, formação de coxins absorventes de choques, contribui para o isolamento
térmico, preenche espaços e apresentam atividade secretora. Os adipócitos arma-
zenam gordura na forma de triglicerídeos, tem forma arredondada, centro excêntrico,
peso celular em torno de 95% lipídeos, armazena até 10x do seu tamanho e secretam
lipase lipoprotéica, leptina, angiotensinogênio e adiponectina, figura 13.

Figura 13. Célula adipócito e formação de um triacilglicerídeo, triestearina.

Fonte: https://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Triglicer%C3%ADdeos

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Harmonização Corporal

A lipase lipoproteica regula a deposição de triglicerídeos; hidrolisa os triglicerí-


deos; libera os ácidos graxos captados pelos adipócitos e está relacionada com o
desenvolvimento da gordura visceral abdominal. A leptina é uma proteína secretada
pelos adipócitos que dá sensação de saciedade. Agindo no SNC, diminuindo a in-
gestão de alimento e aumentando o consumo metabólico. O angioetensinogênio é
sintetizado no fígado, secretado pelo tecido adiposo, induz a transformação de pré-
-adipócitos em adipócitos e leva ao aumento da pressão arterial causada pela obe-
sidade. A adiponectina é uma proteína encontrada no tecido adiposo, predomina na
gordura visceral, está relacionada com o IMC e com a gordura visceral, não tem re-
lação com a gordura subcutânea abdominal e tem papel importante na diminuição
do aparecimento de eventos metabólicos.
As células adiposas podem ser classificadas em uniloculares e multiloculares. O
tecido adiposo unilocular ou amarelo é encontrado em adultos, forma o panículo
adiposo, uniforme, regulado por hormônios, apresentam-se como células grandes,
esféricas ou poliédricas e apresentam vascularização. Já o tecido adiposo multilo-
cular ou pardo/marrom apresenta vascularização abundante, grande quantidade
de mitocôndrias, apresentam células menores, com formato poligonal e auxilia na
termorregulação, figura 14.

Figura 14. À esquerda, tecido adiposo amarelo ou unilocular e à direita, tecido adiposo marrom ou multilocular.

Fonte: https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-nilton-lins/oncologia/2-tecido-osseo-e-adiposo/13103229

O tecido adiposo é constituído de 85% de gordura e 15% de água. Dos 85% de


gordura são na forma de triglicerídeos e 2% na forma de colesterol. Cada adipócito
possui transmissores específicos que emitem sinais para o núcleo da célula, que
decide se a célula gordurosa deve acumular mais gordura (lipogênese) ou quebrar

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Harmonização Corporal

aquela já armazenada (lipólise). A principal responsável pela quebra de gordura


armazenada é a lipase intracelular e a principal enzima responsável pela lipogêne-
se (estoque de gordura) é a lipoproteína lípase (aumentada em pessoas com dieta
rica em açúcares). Além dos transmissores os adipócitos apresentam receptores
específicos em sua membrana celular. Os receptores b-adrenérgicos enviam sinais
para a quebra de gordura intracelular (receptores lipolíticos), já os a-adrenérgicos,
fazem o processo contrário, bloqueiam a quebra de gordura (receptores antilipolí-
ticos). Os dois tipos de receptores são estimulados pelos transmissores chamados
catecolaminas (adrenalina e noradrenalina). O receptor que será ativado depende
da concentração de catecolaminas. Em baixas concentrações estimulam os recep-
tores b-adrenérgicos e em altas concentrações estimulam os receptores a-adre-
nérgicos.
A hipoderme, ou tecido subcutâneo, pode ser dividida em três camadas: areo-
lar, lâmina fibrosa e lamelar. A camada areolar é a mais superficial, composta por
adipócitos globulares e volumosos, apresentam disposição vertical, aumentam de
tamanho e número e provocam a LDG, vasos sanguíneos numerosos e delicados, e
apresentam hipertrofia e hiperplasia por hormônios, é a última gordura a ser utilizada
em casos de emagrecimento. A lâmina fibrosa separa a camada areolar da laminar
e a lamelar. A camada lamelar é a camada mais profunda, composta por células pe-
quenas, fusiformes, com arranjo horizontal, vasos sanguíneos grandes, aumento de
peso pela hiperplasia e hipertrofia dos adipócitos e sensível a dietas alimentares, é a
gordura mais lábil e a primeira a ser utilizada em emagrecimento, pois armazenam o
mais conteúdo de gordura figura 15.

Figura 15. Camadas do tecido adiposo.

Fonte: AGNE, Jones Eduardo. Criolipólise e outras tecnologias no manejo do tecido adiposo. Santa Maria, 2016.

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Harmonização Corporal

O tecido adiposo apresenta características específicas nos homens e mulheres.


Nas mulheres eles se apresentam como células verticais, em grandes unidades, per-
mitindo maior acúmulo de gorduras e resultam na LDG. Já nos homens as células são
diagonais, em pequenas quantidades, acumulam gordura e não resultam em LDG,
figura 16.

Figura 16. Organização das células da hipoderme no homem e mulher.

Fonte: BELONI, C.R.R. Análise do perfil lipídico sérico em mulheres após terapia por ultrassom de 3 mhz e gel condutor acrescido
de cafeína a 5%. Dissertação de mestrado. UNICAMP, 2010.

A gordura localizada é um grande problema para quem está preocupado com


a sua forma física, pois afeta grande parte da população. Ela ocorre devido ao de-
senvolvimento irregular do tecido adiposo e pode ser de origem genética, postural
ou circulatório. Como se trata de uma reserva energética do nosso organismo que
não foi queimada ela se concentra em alguns locais específicos do corpo como um
depósito. Desta forma, quando comemos além do necessário, ela se acumula e quei-
mar essas gorduras é difícil. Os adipócitos nas gorduras localizadas apresentam-se
aumentados com uma quantidade de triglicerídeos maior que outras regiões; o me-
tabolismo local pode se apresentar lento, mas sem maiores transtornos. O tecido
adiposo quando aumentado, apresenta irregularidade e uma aparência ondulada,
confundindo com a celulite (FEG), de acordo com a localização da gordura, figura 17
e 18. Devido às rápidas trocas de ácidos graxos, os triglicerídeos nas células adipo-
sas, gordura armazenada nos tecidos hoje, não é a mesma que foi depositada no
mês passado. As regiões de maior concentração da adiposidade são, abdômen, co-
xas, quadril, subescapular e pré-axilar. Mesmo com uma alimentação equilibrada e a
prática de exercícios físicos, as gorduras localizadas não são totalmente mobilizadas,
permanecendo no local afetado e se tornando um incômodo para as pessoas que
buscam uma satisfação com o próprio corpo. É necessário um tratamento específico
para removê-la independentemente da dieta. (GUYTON, Arthur. C. Fisiologia humana
e mecanismos das doenças. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998).

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Harmonização Corporal

Figura 17. (A) Corte transversal da pele abdominal de mulher mostrando os lóbulos de gordura. (B) Fascia super-
ficialis dissecada e as camadas do tecido adiposo superficial e profundo.

Fonte: Gasperoni G, Salgarello M. Rationale of Subdermal Superficial Liposuction related to the anatomy of subcutaneous fat
and the Superficial Fascial System. Aesth Plast Surg. 1995; 19(1):13-20.

Figura 18. Irregularidades no contorno da parede abdominal.

Fonte: Lancerotto L, Stecco C, Macchi V, Porzionato A, Stecco A, De Caro R. Layers of the abdominal wall: anatomical investiga-
tion of subcutaneous tissue and superficial fascia. Surg Radiol Anat. 2011; 33(10):835-42.

2.2. Liposdistrofia ginoide (LDG) ou Fibroedema ginoide (FEG) - ce-


lulite
Celulite é o nome popular da lipodistrofia ginoide (LDG) ou fibroedema gelóide
(FEG), que nada mais é que o depósito de gordura sob a pele. Ela se caracteriza pelo
aspecto ondulado da epiderme, tipo “casca de laranja”, em algumas áreas do corpo.
Afeta cerca de 95% das mulheres após a puberdade, de todas as etnias, embora seja
mais comum entre as de pele branca. Raramente é observada em homens, mas pode
ocorrer quando houver algum desequilíbrio hormonal. Não é considerada uma doen-
ça, contudo é uma preocupação estética importante para muitas mulheres. A celulite
tende a ocorrer nas áreas onde a gordura está sob a influência do estrógeno (hor-
mônio feminino), como nos quadris, coxas e nádegas; também pode ser observada
nas mamas, parte inferior do abdome, braços e nuca – curiosamente áreas em que é
observado o padrão feminino de deposição de gordura. A obesidade não é condição
necessária para a sua existência; há mulheres magras com celulite. Sua formação se
dá entre a camada areolar da hipoderme e derme profunda, figura 19 (SBD, 2021).

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Harmonização Corporal

Figura 19. Localização da LDG na pele.

Fonte: (Rossi & Vergnanini, 2000).

A causa da celulite não é plenamente conhecida e é pouco estudada; existem


inúmeras suposições dentre elas o aumento de tamanho e números de adipócitos
da camada areolar provoca a formação de micronódulos, assim como o aumento
da fragilidade dos capilares, aumentam e permeabilidade vascular e, consequen-
temente, geram processos inflamatórios que formarão as fibroses e o enrijecimento
das fibras de colágeno, provocando um tensionamento da região superficial, figura
20. Os fatores predisponentes parecem ser hereditários, tais como: sexo, etnia, biotipo
corporal e distribuição de gordura. As “covinhas” da celulite ocorrem devido à sali-
ência da gordura hipodérmica na pele. Em mulheres, o tecido adiposo da hipoderme
deposita-se em grandes feixes verticais. Esses feixes são separados por septos fibro-
sos perpendiculares (pontos de ancoragem da pele à faixa muscular) à superfície da
pele, formando, assim, câmaras verticais. Esses septos, portanto, separam as células
gordurosas em grupos e são formados por fibras que ligam a pele à musculatura lo-
calizada abaixo da hipoderme, figura 20 (SBD, 2021).

Fonte 20. Principais processos causadores da LDG.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/429882726909243620/

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Harmonização Corporal

Figura 21. Comparação da pele normal e com celulite.

Fonte: https://www.vidasdejoy.com.br/p1-novo-tratamento-intensivo-elimina-as-celulites-vira-febre-no-brasil/

Entre os fatores de predisposição temos:


a) Hereditariedade: o fator genético é importante;
b) Problemas circulatórios: quando o sangue não flui bem, a drenagem das toxinas
fica prejudicada e isso deixa o líquido que fica entre as células mais viscoso;
c) Alterações hormonais: níveis de estrogênio (hormônio feminino) muito altos
provocam disfunções no metabolismo que podem criar ou agravar a celulite. A
pílula anticoncepcional também pode desencadear o problema, pois adiciona
mais uma dose de hormônios circulando em seu organismo;
d) Também é importante analisar o estilo de vida. A má alimentação (excesso de
açúcares e carboidratos), o sedentarismo, a tensão emocional e o excesso de
toxinas no organismo contribuem para o aparecimento da celulite (SBD, 2021).

Os graus de celulite são avaliados por meio da “Cellulite Severity Scale”, um mé-
todo desenvolvido pelas dermatologistas brasileiras Doris Hexsel, Camile Hexsel e Ta-
ciana Dal Forno. Essa nova classificação avalia a celulite de forma mais objetiva e já
é reconhecida internacionalmente. Essa classificação avalia as principais caracterís-
ticas clínicas da celulite, sendo elas:
• Número e profundidade de depressões;
• Aspecto das áreas elevadas da celulite;
• Presença de lesões elevadas;
• Presença de flacidez;
• Graus da antiga classificação.

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Harmonização Corporal

Cada um dos itens acima recebe uma pontuação de zero a três. A soma total dos
pontos vai mostrar se a celulite é:
• Leve ou Grau I (1 a 5 pontos) - só se visualiza o infiltrado realizando a contração
muscular voluntária ou pela compressão do tecido;
• Moderada ou Grau II (6 a 10 pontos) - é possível visualizar as depressões nodula-
res cutâneas sem a necessidade da compressão no tecido, sendo que ao realizar
a compressão a aparência nodular fica mais evidente, e neste grau, já existe al-
terações na sensibilidade dolorosa e,
• Grave ou Grau III (11 a 15 pontos) – observa-se o acometimento do tecido em posi-
ção ortostática ou em decúbito, mostrando uma aparência semelhante ao saco
de nozes, causando uma sensibilidade dolorosa aumentada pois nesse grau as
fibras do tecido conjuntivo sofreram danos mais intensos.

A utilização dessa nova escala define com maior precisão os graus de celulite,
levando em consideração os detalhes clínicos mais relevantes para cada paciente.
Além disso, de acordo com a nota de cada característica, já é possível determinar
como deve ser o tratamento mais eficaz, figura 22 (“Cellulite Severity Scale,” 2007).

Figura 22. Os três graus da lipodistrofia ginoide (LDG).

Fonte: Cellulite Severity Scale, 2007

2.2. Flacidez
A flacidez é um processo resultante da atrofia tecidual que está associado ao
envelhecimento fisiológico, onde se verifica a perda progressiva de massa muscu-
lar que é substituída por tecido adiposo (Silva, A., et al. (2013). Os efeitos do Kinesio
Taping e da Radiofrequência na flacidez cutânea glútea. Revista Científica da Escola

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Harmonização Corporal

de Saúde UP, pp. 11-180). A flacidez refere-se à diminuição do tônus muscular estan-
do o músculo pouco consistente. Esta situação pode apresentar-se de duas formas
distintas: a flacidez muscular e a de pele (tissular), figura 23. É muito comum que os
dois tipos apareçam associados, dando aspecto ainda pior às partes do corpo afe-
tadas pelo problema. Os músculos ficam flácidos, principalmente por causa da falta
de exercícios físicos. Se eles não são solicitados as fibras musculares ficam hipoa-
trofiadas e flácidos (MENDONÇA, R. S. C.; RODRIGUES, G. B. O.; As principais alterações
dermatológicas em pacientes obesos).

Figura 23. Comparação visual entre a flacidez muscular e tissular. Na primeira imagem da esquerda para direita,
observa-se uma flacidez muscular de glúteos, já na imagem do meio uma flacidez tissular da região abdominal
e na terceira imagem uma flacidez muscular e tissular.

Fonte: https://vanessalobato.com.br/flacidez-sabia-que-existe-flacidez-muscular-e-flacidez-tecidual/

Alguns fatores podem acelerar o processo, como: tabaco, sedentarismo, distúr-


bios hormonais, gravidez, obesidade, grande perda ponderal em pouco tempo, entre
outros. É importante ressaltar que este não é um processo exclusivo do sexo femini-
no, apesar de afetar maioritariamente as mulheres por estar associado a alterações
hormonais, principalmente de estrógenos. Sabe-se também que a flacidez aparece
cada vez mais, pois há um aumento da obesidade e sobrepeso na população (Go-
mes, E. A., 2015. Radiofrequência no tratamento da flacidez Faculdade Ávila, pp.)
A flacidez do tecido cutâneo é um processo lento e progressivo e a sua fisiopa-
tologia está diretamente relacionada com a redução da produção de fibras de co-
lágeno e de elastina no tecido subcutâneo, com perda de elasticidade das mesmas,
figura 24. Isto ocorre a partir dos 25 anos e, por ser um processo fisiológico, é inevitá-
vel (Silva et al., 2013; Gomes, 2015).

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Harmonização Corporal

Figura 24. Fisiopatologia da flacidez.

Fonte: https://depoisdoscinquenta.com.br/o-que-acontece-com-a-pele-em-cada-fase-da-vida/

 mbora não existam muitas informações sobre o mecanismo biológico envolvi-


E
dos nesta perda gradual de elasticidade da pele durante o envelhecimento, pode-se
garantir que há um envolvimento da elastase neste processo, uma vez que esta en-
zima é responsável pela degradação das cadeias de fibras elásticas que originarão
por sua vez a perda da elasticidade cutânea. Há também influências genéticas no
enfraquecimento das fibras de sustentação da pele e, para além disso, exposições
excessivas ao sol podem levar à degradação das mesmas, bem como uma alimen-
tação pobre em proteínas que também favorece o aparecimento da flacidez (Go-
mes, 2015). A elasticidade da pele está diretamente relacionada com a arquitetura
tridimensional formada pelas fibras de colagénio e elastina encontrada na derme.
Numa pele não exposta à radiação, essa estrutura apresenta um padrão ordenado
de fibras verticais organizadas em diversas camadas, sendo que, em cada camada,
as fibras orientam-se de forma diferente às fibras da camada adjacente originando
um aspecto de malha. Já numa pele exposta a radiações verificam-se alterações
nessa malha de fibras elásticas bem como o seu enfraquecimento na derme, figura
25 (Ishida-Yamamoto, A.eKishibe, M. (2010). Involvement of corneodesmosomede-
gradation and lamellar granule transportation in the desquamation process. Med
Mol Morphol, 44, pp. 1-6).

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Harmonização Corporal

Figura 25. Imagem da malha de fibras elásticas em pele não exposta (a) e pele exposta (b) à Radiação.

Fonte: adaptado de Imokawa e Ishida, 2015.

A flacidez, por ser uma disfunção estética progressiva quando não tratada, clas-
sifica-se em quatro estágios:
• Fase Elástica: Lei de Hooke, ou seja, a tensão é diretamente proporcional à habi-
lidade do tecido em resistir à carga. Nesta fase, quando o tecido for submetido
a uma tensão, apresentará resistência. Voltará ao normal quando a carga for
retirada.
• Fase de Flutuação: Com a carga mantida, o estiramento continua e tende a um
limite ou valor de equilíbrio. Nesta fase ocorrem alterações nas cadeias de car-
bono, portanto, se a carga a que o tecido foi submetido for retirada, não voltará à
configuração inicial.
• Fase Plástica: Nesta fase ocorre uma deformação permanente no tecido, ou seja,
se o tecido passar do seu limite de elasticidade, esta deformação torna-se per-
manente. O tecido já apresenta queda.
• Ponto de Ruptura: Depois de um estiramento total, o organismo tentou reverter e
não conseguiu. Neste caso, já há instalação de estrias, outro problema estético.
É como se um pano fosse esticado até o máximo e não aguentasse a força – e
como consequência haveria “rasgos”.

2.3. Estrias
Estria é uma atrofia tegumentar adquirida que surge quando as fibras elásticas e
colágenas (responsáveis pela firmeza da pele) se rompem e formam “cicatrizes”. As
estrias ocorrem mais em mulheres, podendo ser discretas ou exuberantes (SBD, 2021).

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Harmonização Corporal

O aspecto das estrias iniciais são lesões lineares rosadas ou cor da pele, depri-
midas ou discretamente elevadas e, na fase tardia, brancas com espessura e largu-
ra variáveis, sendo mais frequentes nas nádegas, coxas, abdome e costas. Não se
sabe a causa, mas geralmente essas lesões aparecem após a distensão excessiva
ou abrupta da pele que desencadeia uma inflamação e depois rompimento das fi-
bras elásticas e colágenas. Podem ocorrer em situações como: crescimento rápido
durante a puberdade, aumento excessivo dos músculos por exercícios físicos exage-
rados, colocação de expansores sob a pele ou próteses (de mamas, por exemplo),
gravidez, obesidade, uso prolongado de corticosteroides tópicos, orais ou injetáveis e
anorexia nervosa (SBD, 2021).
O mecanismo fisiopatológico das estrias ainda não está totalmente elucidado,
porém está relacionado ao estiramento mecânico da pele e ação hormonal de an-
drógenos, causando lesão nas microfibrilas das fibrilinas, atrofia e redução da elas-
ticidade de regiões específicas da pele, figura 26. A predisposição genética, os fa-
tores mecânicos locais e hormonais parecem ser os principais aspectos envolvidos
no desenvolvimento das estrias de distensão, principalmente em gestantes, obesos,
indivíduos acometidos pela Síndrome de Cushing, de Marfan e que fazem uso de cor-
ticosteroides (Valente DS, Zanella RK, Doncatto LF, Padoin AV. Incidence and risk fac-
tors of striae distensae following breast augmentation surgery: A cohort study. PLoS
ONE 2014;9(5):e97493).

Figura 26. Fisiopatologia da estrias.

Fonte: https://tiagosilveira.med.br/tratamento-para-estrias-rj-tijuca/

As estrias são identificadas de acordo com o período de aparecimento devido à


coloração apresentada. A estria em fase inicial, manifesta-se com o tom rosado e de
acordo com a evolução é caracterizada como rubra, por expor uma coloração aver-
melhada, devido a vasodilatação associada a fase inflamatória. Posteriormente, elas
se tornam crônicas, atróficas e hipopigmentadas, sendo denominadas então, como

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Harmonização Corporal

estrias albas, pela ausência de produção de melanina no local, figura 27 (Garcia AEA,
Martins ABT, Lobo LBC, Silva FLO da, Brandenburg. Corrente microgalvânica no trata-
mento de estrias atróficas: revisão de literatura. Rev. Diálogos Acadêmicos 2015. 1(2)).

Figura 27. Distintição entre pele normal, estrias rubras e albas.

Fonte: Lopes IF. https://www.drrachelho.com/blog/stretch-marks-a-doctors-guide/.

3. Farmacoterapia dos ativos injetáveis 


Na Harmonização corporal (HAC) e Alta performance (AP) a escolha dos ativos
farmacológicos a serem utilizados são de extrema importância para a eficácia do
tratamento. Os fármacos são substâncias químicas que se ligarão a sítios ativos es-
pecíficos no organismo, promovendo um efeito fisiológico, que culminará com o efei-
to farmacológico desejado. Os sítios ativos na sua maioria são enzimáticos e protei-
cos, sendo estes últimos denominados de receptores específicos ou convencionais:
ionotrópicos, metabotrópicos, proteína quinases e nucleares. Algumas disfunções
estéticas tem sua causa diretamente relacionada aos sítios ativos e receptores es-
pecíficos, a compreensão da localização e, consequentemente, do funcionamento
destes são cruciais na terapêutica.
Os receptores ionotrópicos ou de primeira classe são canais iônicos transmem-
branas. Eles passam por uma mudança na forma quando o neurotransmissor se liga,
causando a abertura do canal. Isso pode ser um efeito excitatório ou inibitório, de-
pendendo dos íons que possam passar pelos canais e suas concentrações dentro e
fora da célula. Canais iônicos ativados por ligantes são grandes complexos de pro-
teínas. Eles possuem certas regiões que são sítios de ligação para os neurotransmis-
sores, assim como segmentos na membrana para compor o canal. Canais ativados

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Harmonização Corporal

por ligantes tipicamente produzem respostas fisiológicas muito rápidas. A corrente


começa a fluir (íons começam a atravessar a membrana) em dez microssegundos
após a ligação do neurotransmissor e a corrente para assim que o neurotransmissor
não está mais ligado ao receptor. Na maioria dos casos, os neurotransmissores são
removidos das sinapses muito rapidamente, graças às enzimas que quebram a liga-
ção ou células vizinhas que os tomam. Exemplos: receptor nicotínico de acetilcolina,
receptor GABAA, figura 28.
Os receptores metabotrópicos ou de segunda classe só afeta a abertura e fe-
chamento do canal iônico indiretamente. Nesse caso, a proteína que se liga ao neu-
rotransmissor - o receptor de neurotransmissor - não é um canal iônico. Sinalização
por meio desses receptores metabotrópicos depende da ativação de diversas molé-
culas dentro da célula e frequentemente envolve uma via de segundos mensageiros.
Por envolver mais passos, a sinalização por receptores metabotrópicos é muito mais
lenta que aquela feita por canais iônicos ativados por ligantes. Eles consistem em
uma cadeia de aminoácidos que atravessa sete vezes a membrana em formato de
serpentina. Do lado extracelular da membrana pode existir resíduos de açúcar em
diferentes locais N-glicosilados. A ligação do mediador ou de moléculas agonistas,
estruturalmente relacionados, altera a conformação da proteína receptora, habili-
tando-a a interagir com a proteína G (chamada assim pela sua afinidade e ligação
aos nucleotídeos de guanida GTP e GDP). As proteínas G estão na camada interna da
membrana e consiste em 3 subunidades: a, β e ϒ. A associação do ligante ao recep-
tor, ativa a proteína G levando, por sua vez, a ativação de outra proteína (enzima ou
canal iônico). Exemplo: receptor muscarínico de acetilcolina, receptores adrenérgi-
cos, receptores de quimiocinas. Alguns receptores metabotrópicos têm efeitos exci-
tatórios quando são ativados (tornar a célula mais provável a disparar um potencial
de ação), enquanto outros têm efeitos inibitórios. Muitas vezes, estes efeitos ocorrem
porque o receptor metabotrópico dispara uma via de sinalização que abre ou fecha
um canal iônico. De maneira alternativa, um neurotransmissor que se liga a um re-
ceptor metabotrópico pode mudar como a célula responde a um segundo neuro-
transmissor que atua através de um canal ativado por ligante.
A sinalização através de receptores metabotrópicos também pode ter efeitos so-
bre a célula pós-sináptica que, sobretudo, não envolvem canais iônicos, figura 28.
Os receptores ligados às proteínas quinases são um grupo heterogêneo de re-
ceptores de membrana que respondem a mediadores proteicos. Apresentam um
domínio extracelular de ligação de ligante conectado a um domínio intracelular por
uma única hélice transmembrana. Em muitos casos, o domínio intracelular é de na-
tureza enzimática (com atividade de proteinoquinase ou de guanilato ciclase). Exem-

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Harmonização Corporal

plo: receptores de insulina, de várias citocinas e fatores de crescimento (associado


a quinase), receptor do fator natriurético atrial (associado a guanilato ciclase). Mui-
tos dos receptores com domínios citosólicos enzimáticos modificam proteínas pela
adição ou remoção de grupos de fosfato de resíduos de aminoácidos específicos. A
fosforilação é um mecanismo de sinalização proteica, pois a elevada carga negativa
dos grupos fosfato tem a capacidade modificar a estrutura tridimensional de qual-
quer proteína e consequentemente a atividade da mesma, além disso, é um proces-
so facilmente revertido. Exemplo: receptores com tirosinocinases promovem a fosfo-
rilação de resíduos de tirosina, receptor de insulina, figura 28.
Os receptores nucleares regulam a transcrição de genes. O termo, receptores
nucleares é um tanto incorreto, visto que alguns se localizam, na verdade, no cito-
plasma e migram para o compartimento nuclear na presença do ligante. Exemplo:
receptores dos hormônios esteroides, do hormônio da tireoide, receptor do ácido re-
tinóico, receptor da vitamina D, figura 28.
Os receptores não convencionais estão relacionados aos transmissores endo-
canabinoides e os neurotransmissores gasosos (gases solúveis, como óxido nítrico e
monóxido de carbono). Estas moléculas são não convencionais, pois não são arma-
zenadas em vesículas sinápticas e talvez possam transmitir mensagens do neurônio
pós-sináptico para o neurônio pré-sináptico. Além disso, ao invés de interagir com
receptores da membrana plasmática de suas células-alvo, os neurotransmissores
gasosos podem atravessar a membrana celular e agir diretamente nas moléculas
dentro da célula.

Figura 28. Receptores específicos de fármacos e seus mecanismos de funcionamento.

Fonte: https://www.cartagena99.com/recursos/alumnos/apuntes/-
TEMA_2-_Mecanismos_generales_de_accion_de_los_farmacos.pdf

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Harmonização Corporal

Os fármacos ao se ligar aos seus respectivos receptores podem agir de diversas


formas, uma das maneiras de classificar suas ações é como agonista, ou antagonis-
ta. Podemos explicar o que cada um promove na célula da seguinte forma, figura 29:
• Agonista total: Ativa seu receptor em sua eficácia máxima.
• Agonista parcial: Ativo o receptor, mas não em sua eficácia máxima.
• Agonista inverso: Inativa o receptor constitutivamente ativo.
• Antagonista de sítio competitivo: Liga-se reversivelmente ao sítio ativo do recep-
tor, competindo com a ligação do agonista a esse sítio.
• Antagonista de sítio não competitivo: Liga-se de forma não competitiva ao sítio
de ação em que o agonista se ligará, diminuindo a eficácia do agonista.
• Antagonistas alostéricos não-competitivos: ligam-se em outro sítio alostéricos
do receptor que não o do agonista e diminuem o efeito do mesmo, de maneira
reversível ou irreversível. As ligações podem ser reversíveis e irreversíveis, depen-
dendo do grau de ligação atômica.

Figura 29. Tipos de ligação do fármaco ao receptor.

Fonte: http://farmacologiafacil.com/conceitos-basicos-em-farmacodinamica/

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Harmonização Corporal

Na Harmonização corporal (HAC) e Alta Performance (AP) iremos utilizar algumas


classes específicas de ativos farmacológicos, podendo estes serem injetáveis, orais
ou de uso tópico:
• Ativos Lipolíticos e Aceleradores metabólicos;
• Ativos Eutróficos e Bioestimuladores de colágeno;
• Ativos Vasoativos;
• Anestésicos e,
• Ergogênicos e Hipertróficos.

3.1. Ativos lipolíticos e aceleradores metabólicos


Os ativos lipolíticos apresentam efeito farmacológico resultante do somatório de
três ações:
• Aumentam a lipólise – degradação do triacilglicerol (TAG) armazenados nos adi-
pócitos em ácidos graxos livres (AGL) e glicerol;
• Diminuem a lipogênese – formação endógena de TAG e colesterol e,
• Aumentam a adipólise – destruição ou lise das membranas celulares dos adipó-
citos.

A lipólise ocorre através da ativação da enzima Lipase hormônio sensível (LPS),


através do aumento da concentração intracelular de AMPc, que estimula, por sua vez,
a proteína quinase dependente de AMPc. O aumento da concentração intracelular
de AMPc é estimulada pela ativação da enzima adenilato ciclase através da ligação
de agonistas catecolaminérgicos, como noradrenalina e adrenalina em receptores
excitatórios nas membranas plasmáticas das células adiposas, receptores β3-adre-
nérgicos. Fármacos que estimulam a enzima adenilato ciclase como agonistas adre-
nérgicos e hormônios como TSH, T3 e T4 aumentam as concentrações de ácido graxo
livre. As concentrações de AMPc também podem ser aumentadas pela inibição da
enzima fosfodiesterase que degrada o AMPc a 5’ AMP, como as metilxantinas e hor-
mônio T3 e T4, figura 30. O aumento de AMPc intracelular também pode ser observa-
do através do uso de antagonistas de receptores α2-adrenérgicos, como a ioimbina,
uma vez que esses receptores são inibitórios, ou seja, diminuem, fisiologicamente, as
concentrações de AMPc intracelular, sendo ativados quando há alta concentração
de catecolaminas, figura 31.

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Harmonização Corporal

Figura 30. Mecanismo de lipólise

Fonte: Próprio autor.

Figura 31. Mecanismo de ação antagonista da Ioimbina no receptor inibitório α2-adrenérgicos.

Fonte: Próprio autor.

A lipogênese é o conjunto de processos bioquímicos que permitem a síntese de


lipídios em geral e ácidos graxos, em particular. É uma fase de síntese no processo
de reserva de energia de adipócitos. A regulação da lipogênese é dependente de
hormônios, onde a entrada de carboidratos nas células é promovida pela insulina,
secretada pelo pâncreas, a enzima Triglyceride synthetase é ativada pela insulina e
inibida por catecolaminas, como a adrenalina, figura 32 e 33.

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Harmonização Corporal

Figura 32. Bioquímica de formação do ácido graxo através da lipogênese por meio da degradação da glicose,
pela via glicolítica.

Fonte: Dentin, R.; Girard, J.; Postic, C. Carbohydrate responsive element binding protein (ChREBP) and sterol regulatory element
binding protein-1c (SREBP-1c): two key regulators of glucose metabolismo and lipid synthesis in liver. Biochimie 2005;87:81-86.

Figura 33. Principais fármacos que atuam na lipólise e na lipogênese.

Fonte: Adaptado de Varela, 2018, monografia.

— 32 —
Harmonização Corporal

Dessa forma, a glicólise é o processo de quebra da molécula de glicose gerando


acetil-CoA, que será utilizado na lipogênese, que é a síntese de gordura n forma de
triglicerídeos e colesterol. Já a β-oxidação é a queima dos ácidos graxos carreados
pela L-carnitina, que acontece na matriz mitocondrial, sendo um processo catabóli-
co de ácidos graxos promovido pela oxidação mitocondrial. As oxidações sucessivas
promove a remoção de unidades de dois átomos de carbono na forma de acetil-
-CoA, figura 34. A adipogênese é o processo de diferenciação e aumento do número
de adipócitos e a adipólise é o processo contrário.

Figura 34. Processo de carreamento dos ácidos graxos livres (AGLs) para o interior da mitôcrondia para serem
queimados e produzirem ATP.

Fonte: https://ib.rc.unesp.br/Home/Departamentos47/BioquimicaeMicrobiologia/absorcao.pdf

A adipólise acontece através do processo de saponificação dos lipídios da mem-


brana plasmática dos adipócitos, causando, portanto, a lise dessas células e o seu
extravasamento da gordura armazenada. Um modelo alternativo, recente, tenta ex-
plicar o rompimento do domínio de membrana observado por alguns ativos saponifi-
cantes como desoxicolato, ácido deoxicólico, lipossoma de desoxicolato, lipossomas
de girassol e asiaticosídeo. Todos esses ativos apresentam uma molécula com nú-
cleo esteroidal, um esqueleto de ciclopentanoperidofenantreno, estrutura do coleste-
rol de membrana, portanto são detergentes (tensoativos) e altamente necrosantes,
figura 35. Neste modelo, após integração dos ativos à membrana, o núcleo esteroi-
dal migra em direção aos domínios de membranas de esfingomielina e complexam
com o colesterol. A formação do complexo interfere nas funcionalidades específicas
do domínio, acarretando sua ruptura. Similarmente ao modelo B, a acumulação dos
ativos nos domínios de membrana tem sido a causa da curvatura da membrana de
maneira dependente da dose (Barbosa, 2012).

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Harmonização Corporal

Figura 35. Modelo esquemático do mecanismo molecular de saponificação das membranas plasmáticas dos
adipócitos. Os ativos com capacidade saponificante, por sua vez, necrosantes, interagem com sua parte esteroí-
dica com os colesteróis de membrana, formando complexos que se acumulam dentro das placas. As regiões não
esteroídica, polares, dessas moléculas causam uma curvatura da membrana com consequente formação de
poro (A) ou protuberâncias tubulares com extração de esteróides via vesiculação (B). Alternativamente os ativos
saponificantes (necrosantes) podem migrar em direção ao domínio de membrana dos esfingolipídeos, formando
complexos e interferindo nas funcionalidades do domínio (C) (Barbosa, 2012).

Os aceleradores de metabolismo são fármacos termogênicos que aumentam a


taxa de metabolismo basal e atuam inibindo a fosfodiesterase e estimulando a ade-
nilato ciclase, aumentando os níveis intracelulares de AMPc, favorecendo a lipólise.
Alguns deles tem ação no sistema nervoso central (SNC), agindo como agonistas
serotononérgicos – 5-HT, especialmente o 5-HT2, aumentando, consequentemente,
o metabolismo basal. Dessa forma, os aceleradores metabólicos aumentam o con-
sumo de energia do organismo, quebrando mais moléculas de ATP para obtenção de
energia, logo, novas moléculas de glicose e AGL são mobilizadas para a produção de
energia na forma de ATP, figura 36.

— 34 —
Harmonização Corporal

Figura 36. A termogênese é definida como aumento no gasto metabólico de repouso em resposta a estímulos
tais como comida, influências psicológicas (medo ou estresse), exposição ao frio, substâncias químicas (acelera-
dores metabólicos) e hormônio. A termogênese alimentar e pela atividade física fazem parte do gasto metabólico
diário.

Atividade física: duração, intensidade


15%
do exercício

Termogênese: ingesta alimentar, frio,


15%
calor, estresse e drogas termogênicas

Metabolismo basal: massa magra, ida-


70% de, sexo, hormônio tiroidianos, turnover
proteico (Genética)

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1267686/

Principais ativos lipolíticos e aceleradores metabólicos utilizados em HAC e AP:


• Arginina ID
Os medicamentos atualmente utilizados para o tratamento da gordura localiza-
da e celulite baseiam-se principalmente no bloqueio de receptores alfa-adre-
nérgico lipocitários, aumento da síntese de AMP cíclico e com isso a ativação da
enzima Lípase TG, emulsão direta de triglicerídeos ou ainda a drenagem de líqui-
dos. ARGININA ID tem por objetivo aperfeiçoar os resultados já conquistados atra-
vés de um mecanismo inovador: Lipólise através do aumento de óxido nítrico no
tecido conjuntivo. Trabalhos recentes têm revelado o aumento do metabolismo
adipocitário mediado pelo óxido nítrico. Este mediador biológico é produzido a
partir do aminoácido L-Arginina que na presença da enzima NO sintetase (abun-
dante nos adipócitos) é convertida em Óxido Nítrico. O Óxido Nítrico produzido no
tecido conjuntivo trabalha como um mensageiro endógeno ligando-se em adi-
pócitos e fibroblastos.
Ações: LIPOLÍTICO com atividade de aumento de óxido nítrico no tecido gorduro-
so. DRENANTE,favorece a drenagem de toxinas e trata a flacidez. DIMINUI FLACIDEZ
através da proteção cross-link de colágeno e elastina.

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Harmonização Corporal

• Asiaticosídeo
Os componentes ativos (triterpenos) da Centella asiática (Asiaticosídeo, ácidos
asiático e madecássico) atuam como reguladores do tecido conjuntivo e ativan-
tes dos fibroblastos, equilibrando assim, quando alterada, a produção das fibras
colágenas, sobretudo ao nível da derme e das paredes venosas. Possui ação eu-
trófica para o tecido conjuntivo e normalizadora da circulação. As propriedades
de ASIATICOSIDEO são também de grande importância terapêutica no tratamen-
to da celulite e gordura localizada. Já que a celulite ocasiona diminuição da cir-
culação de drenagem, causada por hipertrofia das células adiposas, provocando
congestionamento do tecido conjuntivo e compressão das ramificações vascu-
lares, particularmente à nível dos capilares. Ação eutrófica e normalizadora da
circulação.

• Baicalina
A baicalina é um composto polifenólico pertencente à família das flavonas. Com-
posto natural derivado de Scutellaria baicalensis. Flavonoide de origem vegetal.
Importante Ação anti-inflamatória e Antioxidante. No processo inflamatório, Bai-
calina é capaz de inibir especificamente a expressão de TLR2 / 4-NOD2, inibir a ex-
pressão de fatores inflamatórios IL-1beta, IL-6 e TNF-alfa, reduzindo assim a lesão
das células do tecido.

• Cafeína
A cafeína e seus derivados são utilizados devido à sua atividade lipolítica em
células gordurosas. Tem ação proliferativa. Aumenta os níveis de dopamina e
adrenalina endógenos e a disponibilidade de ácidos graxos para quebra (lise).
Lipolítico. Inibe a atividade da enzima fosfodiesterase, aumentando AMP-cíclico
celular. A Cafeína é um derivado da xantina que ocorre naturalmente ou pode ser
sintetizada. Usado também como coadjuvante no tratamento da celulite.

• Cofatores Mitocondriais de Vitaminas


Blend composto de vitaminas B1, B2, B3, B6, B9 e B12. Essas associações de vita-
minas são cofatores imprescindíveis para a atividade enzimática e produção de
neurotransmissores, cofatores mitocondriais e formação de serotonina, do GABA,
do NADH e na conversão de colina em AcetilColina. Complexo com função ativa-
dora do metabolismo celular e auxiliar no metabolismo de ácidos graxos. Ação
antioxidante.

— 36 —
Harmonização Corporal

• Colina
A Colina é um precursor da acetilcolina. Participa do metabolismo dos lipídios e
atua como fonte de grupos metilos em outros processos metabólicos, é capaz
de reduzir os efeitos da perda de memória em decorrência da idade avançada,
melhorar o tempo de reação, reduzir a fadiga e diminuir os níveis de triglicerídeos.

• Crisina
Flavonoide que apresenta atividade antioxidante e efeito inibidor sobre a enzima
aromatase. Ação vasodilatadora e estimulante da circulação periférica. Efeitos
drenantes, podem ser utilizados em tratamentos que visam o melhor funciona-
mento da microcirculação da pele e áreas edemaciada. Apresenta atividade an-
tioxidante e atividade lipolítica.

• Desoxicolato de Sódio
Sais de bile como desoxicolato, é um conhecido detergente e vêm sendo usado
por décadas na medicina estética devido suas propriedades químicas polares e
não polares únicas que facilitam a emulsificação de substâncias insolúveis por
meio da redução da tensão superficial nas suas interfaces. Atua como um deter-
gente que quebra e dissolve membranas celulares do adipócito. Quando se re-
fere a gordura localizada, o desoxicolato de sódio é tóxico para o tecido adiposo,
causando a lise dos adipócitos e a remoção permanente do mesmo. Emulsifican-
te de gorduras, atuando como lipolítico.

• Desoxi-Sil
Associação dos ativos Desoxicolato e Silício com ação lipolífica mais eficaz. A as-
sociação destes dois ativos potencializa a ação lipolítica. Ação emulsificante de
gorduras, drenante e reestruturante da flacidez com diminuição da dor local. Em
relação à aplicação somente do desoxicolato, o Desox-Sil, devido sua associa-
ção, causa menos edema e nodulação.
Emulsificante de gorduras, redução de grandes panículos. Aumenta o tônus e
elasticidade da pele; atua como lipolítico, drenante e anti inflamatório. Quando
se refere a gordura localizada, o desoxicolato de sódio é tóxico para o tecido adi-
poso, causando a lise dos adipócitos e a remoção permanente do mesmo e traz
bons resultados no combate da gordura localizada.
Sais de bile como desoxicolato, é um conhecido detergente e vêm sendo usado
por décadas na medicina estética devido suas propriedades químicas polares e

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Harmonização Corporal

não polares únicas que facilitam a emulsificação de substâncias insolúveis por


meio da redução da tensão superficial nas suas interfaces. Atua como um deter-
gente que quebra e dissolve membranas celulares do adipócito.

Fator de Crescimento Anti Aging Pool dos ativos potencializadores contendo os


fatores de crescimento EGF, IGF, TGFB3 e o Peptídeo TGP2.
Atua na regeneração celular, estimula a matriz extracelular. Estimula a diferen-
ciação celular e aumento da mobilidade de queratinócitos. Aumenta síntese de
colágeno e elastina. Auxilia na regeneração e produção de fibras do tecido com
lipodistrofia e estrias / Reparação. Ação devido a interação de ativos potenciali-
zadores que estimulam o processo de cicatrização (remodelação), substituindo o
tecido danificado por um tecido novo. Estimulam a produção de matriz extrace-
lular (fibras e glicosaminoglicanas) promovendo o preenchimento da epiderme,
derme e hipoderme (subcutâneo).

• Ioimbina
Alcaloide que pertence à classe farmacológica dos bloqueadores alfa-adrenér-
gicos. Agente Lipolítico e Vasodilatador. Por ser vasodilatador, melhora a circula-
ção local e pode ser utilizado como adjuvante no tratamento da celulite.

• Inositol
Ação lipolítica ligada ao aumento do metabolismo de gordura e quebra dessa
molécula, reduzindo o acúmulo no organismo. Considerado como um dos com-
ponentes de vitaminas do complexo B e importante componente do organismo
por participar da formação de parte das membranas celulares. Agente lipolítico
atuando na quebra de gordura.

• L-carnitina
Efeito lipolítico. É uma amina quaternária sintetizada no organismo a partir de dois
aminoácidos essenciais, lisina e metionina, exigindo para sua síntese a presença
de ferro, ácido ascórbico, niacina e Vitamina B6 e B12. Participa no transporte dos
ácidos graxos de cadeia longa através da membrana interna mitocondrial. Sua
presença é requerida no metabolismo energético especialmente para a utiliza-
ção dos ácidos graxos como fonte de energia do músculo esquelético. Devido a
sua ação estimulante sobre a oxidação dos ácidos graxos, promove a utilização
dos mesmos, evitando desvios metabólicos. L-Carnitina é responsável pela ma-

— 38 —
Harmonização Corporal

nutenção do metabolismo energético em todas as células do organismo. Trans-


porta ácidos graxos através das membranas celulares até às mitocôndrias, onde
ocorre a beta-oxidação (queima) para serem transformados em energia. Devido
suas ações tem as propriedades de redução de adiposidade.

• L-Fenilalanina
Estimula a síntese das catecolaminas – Adrenalina e Noradrenalina, contribuindo
para o equilíbrio do humor, em pacientes com depressão e auxilia na supressão
do apetite. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O uso concomitante de L-fenilalanina
e inibidores não relativos da MAO pode causar hipertensão. Seleginina poder ter
atividade antidepressiva sinérgica, se usado concomitantemente com Lfenilala-
nina aumentando os efeitos e podendo ocasionar efeitos adversos. Drogas neu-
rolépticas usadas em conjunto da L-Fenilalania podem potencializar os efeitos
colaterais de discinesia tardia de neurolépticos.

• L-Lisina
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e para aumentar
a imunidade em processos virais como a gripe e o herpes. É necessária para o
crescimento e desenvolvimento dos ossos em crianças, para ajudar na absorção
de cálcio e para manter o balanço nitrogenado em adultos.

• L-Prolina
É um aminoácido usado como suplemento dietético e para estimular a síntese de
colágeno no organismo.

• L-ornitina
É um aminoácido proteico não-essencial para o funcionamento do organismo.
Estimula a produção do hormônio do crescimento, incrementa a massa muscu-
lar, diminuir a quantidade de tecido gorduroso, ativa o sistema imune e a função
hepática.

• Lipossomas de desoxicolato
Os lipossomas funcionam como um veículo para o desoxicolato de sódio. Por te-
rem maior semelhança com a membrana do adipócito conseguem entrar na
célula, permitindo que a substância realize sua ação lipolítica com maior eficácia
e por tempo prolongado por estar diretamente no local de ação. O deseoxicola-

— 39 —
Harmonização Corporal

to atua como emulsionante (detergente) permitindo maior disponibilidade dos


fármacos no seu sitio de ação e ainda reage como a membrana dos adipócitos
promovendo sua lise e reagindo com os triglicerídeos da célula.

• Lipossomas de girassol
São enzimas extraídas do girassol. Apresenta propriedades liotrópicas (modali-
zadora de gordura) e ação lipolíticas, e vem mostrando resultados fantásticos no
tratamento da gordura localizada e celulite sempre comparada aos efeitos das
substâncias anteriores.

• L-Teanina
A Teanina (a-glutamilletilamida) é o único aminoácido presente quase exclusi-
vamente na planta Camellia sinensis (chá verde). É um derivado do ácido L-glu-
tâmico. A atividade antioxidante de L-theanina foi estudada com relação a seu
efeito na oxidação do colesterol LDL. Protege células através da atividade antioxi-
dante, especialmente mantendo níveis celulares de GSH.

• L-Triptofano
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético no tratamento do
stress e hiperatividade. É usado também no tratamento da depressão e distúrbios
do sono. A serotonina é um neurotransmissor importante que regula o humor, o
apetite e o sono, sendo muitas vezes utilizado para tratar casos de depressão ou
ansiedade.

• Metionina
É um aminoácido essencial usado como suplemento dietético e como hepatopro-
tetor, principalmente como alternativa a acetilcisteína, para evitar dano hepático
nos casos de envenenamento por paracetamol. Também usado para aumentar
a síntese de glutation, diminuir o PH urinário e como coadjuvante ao tratamento
de distúrbios hepáticos.

• Morosil
Auxilia na redução de medidas, possui excelente ação antioxidante, contribui
para redução de esteatose hepática, favorece redução da gordura abdominal,
favorece aumento da sensibilidade á insulina, auxilia na redução significativa do
colesterol total e triglicerídeos.

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Harmonização Corporal

• Picolinato de cromo
É extremamente eficaz na redução dos ácidos graxos do sangue, incluindo o co-
lesterol total e o colesterol de baixa densidade (LDL), o mau colesterol. O Cromo
também é efetivo na redução de gorduras totais do organismo. O Picolinato de
Cromo tem apresentado resultados encorajadores no tratamento de obesidade,
já no diabetes melito o picolinato de cromo ajuda.

• Silício Lipo
O silício intervém na síntese das moléculas de colágeno e elastina que constroem
o tecido ósseo e conjuntivo. Dentre suas funções, funciona como um agente de
ligação cruzada, proporcionando força e resistência ao colágeno e elastina nos
tecidos. Possui propriedades antioxidantes. Age como lipolítico, drenante e anti-
-inflamatório. Aumenta o tônus e elasticidade da pele.

• Sinetrol
É um extrato patenteado de frutas alimentícias cítricas (laranja vermelha, toranja
e citrus) e extrato de guaraná. Esta combinação sinérgica oferece uma alternati-
va excepcional para a perda de peso e aumento do desempenho físico. Mostrou
uma atividade lipolítica potente ao aumentar os níveis de AMPc de duas formas
especificas: inibindo a Catecol-metil transversa e fosfodiesterase.

• Taurina
É um aminoácido, proveniente da metionina e cisteína. Tem função de estimular
o metabolismo hepático, sendo considerado um excelente ativo para pacientes
diabéticos.

• Taurina + Inositol
Ação potencializada devido a associação entre os ativos. A Taurina participa da
síntese de ácidos biliares, como o ácido taurocólico, ativa a formação de ácido
gama-amino butírico (GABA) e dificulta a transmissão de catecolaminas e da
acetilcolina. O Inositol é base de inúmeros sinalizadores celulares e mensagei-
ros secundários, estando envolvido em vários processos biológicos, tais como:
montagem do citoesqueleto; controle da concentração intracelular do íon Ca2+;
manutenção do potencial de membrana das células; modulador da atividade
da insulina; quebra das gorduras; redução dos níveis de colesterol no sangue.
Agente lipotrópico. Ação lipolítica e Antioxidante. Age na supressão do estresse
oxidativo e inflamação nos adipócitos.

— 41 —
Harmonização Corporal

• Tripeptídeo-41 Plus
Peptídeo derivado do Fator de Crescimento Transformador β (TGFβ) em nanosso-
mas. Atua por comunicação celular, estimulando a síntese de moléculas mensa-
geiras essenciais no tratamento lipolítico. Tripeptídeo 41 atua por comunicação
celular, estimulando a síntese de moléculas mensageiras capazes de atravessar
e acionar a lipólise no tecido subcutâneo. Peptídeo com potente ação ativadora
potencializadora da lipólise. Bloqueio de PPAR; redução da expressão de E/EBP,
fatores de transcrição relacionados ao aumento adipócitos, redução dos adipó-
citos. Inibe a diferenciação de adipócitos e combate a recidiva do aumento dos
adipócitos. Ativação de macrófagos no aumento da síntese de TNFα. Considera-
do o principal sinalizador de lipólise da atualidade. Ação do Fator de crescimento
Tripeptídeo-41 potencializado pela ação de xantinas e silício lipolítico, no proces-
so de lipólise e inflamação.

• 5-OH-Triptofano
É um aminoácido precursor imediato na biossíntese do neurotransmissor -hidro-
xitriptamina (5-HT ou serotonina). A serotonina é bioquimicamente derivada do
aminoácido essencial Ltriptofano. A serotonina é conhecida por regular o com-
portamento alimentar e diminuir a ingestão de alimentos em humanos e roe-
dores. Um estudo recente sugere que esse efeito pode ser mediado através da
leptina. Níveis séricos de leptina em ratos foram aumentados após a ingestão
sistêmica de 5-HTP. A leptina, uma proteína derivada de adipócitos produzida do
gene ob (obesidade), é um polipeptídio multifuncional relacionado com o desen-
volvimento de doenças relacionadas com a obesidade em seres humanos. Um
estudo com pacientes obesos, demonstrou uma significativa redução espontâ-
nea da ingestão alimentar durante o primeiro período, de 3220 calorias/dia para
1879 calorias/dia, com a ingestão de carboidratos mostrando uma queda de 50%.
Num segundo período da pesquisa, diminuiu para 1268 calorias/dia, com ainda
mais redução em carboidratos. Os pesquisadores interpretaram esses resultados
como um apoio à teoria de que o 5-HTP reduz o desejo por carboidratos a com-
pulsão alimentar, mesmo na ausência de uma dieta estruturada.

• Ultra Lipo
Pool dos ativos potencializadores contendo Acetil Carnitina, Colina, Inositol, Me-
tilxantina, Silício, Oligoelementos. Ativos com ação efetiva e rápida na redução de
gordura localizada. Atua como: lipolítico, drenante e antiinflamatório local. Ação
ainda mais potencializada se associada a Cafeína e Arginina ID.

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Harmonização Corporal

• Vanádio
Vanádio assim como o cromo, zinco e cobre são especialmente eficientes para
baixar os níveis séricos de colesterol e triglicerídeos, além de ajudar a manter a
glicemia em níveis fisiológicos. Os portadores de diabetes tipos I e II apresentam,
invariavelmente, baixos níveis de vanádio e cromo, frequentemente acompanha-
dos pela carência de manganês e zinco. O vanádio parece inibir a MAO (monoa-
minooxidade), possibilitando um acúmulo de serotonina no SNC; daí sua indica-
ção nos quadros depressivos.

• Vitamina B12 (Metilcobalamina)


Atua como doadora de grupos metil e participa na síntese de SAMe (S-adenosil-
metionina) – nutriente que tem a propriedade de aumentar o ânimo, a disposi-
ção e o humor. Vitamina essencial na proteção da bainha de mielina que recobre
os nervos.

3.2. Ativos eutróficos


Os ativos eutróficos são fármacos que irão promover a diferenciação celular e au-
mento da síntese de proteínas, melhoram o tecido conjuntivo, proporcionando mais
hidratação, e contribuem na formação da matriz extracelular. Além disso, agem es-
timulando a produção de fibras de colágeno e elastina, reorganizam as já existentes
e apresentam efeito compactador, entumecendo as camadas da pele, promovendo
maior rigidez e ao mesmo tempo elasticidade. Os ativos eutróficos são utilizados no
tratamento de celulite, flacidez, estrias e desidratação da pele.

Em resumo o agente eutrófico atua da seguinte forma:


• Controla hidratação na derme;
• Aumente o tônus dos tecidos da pele e a manutenção do colágeno, melhorando
as estrias;
• Preenchem áreas deprimidas pela celulite, melhorando o aspecto da pele e,
• Amenizam a flacidez associada à celulite.

— 43 —
Harmonização Corporal

3.3. Bioestimuladores de colágeno


O envelhecimento cutâneo é um processo natural, dinâmico e progressivo envol-
vendo fenômenos clínicos e biológicos. É classificado em envelhecimento intrínseco
(cronológico) que surge por fatores genéticos, hormônios e estresse oxidativo ou ex-
trínseco (fotoenvelhecimento), que ocorre devido a fatores externos, tal como, hábi-
tos de vida, poluição, tabaco, álcool e principalmente, a irradiação ultravioleta (UV).
O processo de envelhecimento na face inicia-se lentamente cerca dos 20 anos de
idade, devido à diminuição da taxa de renovação celular (turnover), entretanto, a sua
manifestação estética demora anos para ser percebida clinicamente. Essa redução
da integridade estrutural da derme se deve a degradação enzimática do colágeno
através de metaloproteinases e, consequentemente, a morte celular dos fibroblastos.
Além do declínio da síntese de colágeno pelos fibroblastos e a redução da quanti-
dade dessas células, ocorre maior desorganização do arranjo das fibras de coláge-
no, deposição de fibras de elastina anormais, elastose contínua, e microvasculatura
exacerbada, figura 37. Na tentativa de retardar o envelhecimento, os indivíduos se
preocupam em manter a pele mais saudável através de métodos usuais como lim-
peza profunda, umectação, hidratação, proteção solar, alimentação balanceada e
exercício regular. Além disso, os tratamentos de rejuvenescimento não-cirúrgicos ou
minimamente invasivos estão ganhando popularidade nas últimas décadas através
do uso dos bioestimuladores de colágeno.

Figura 37. Envelhecimento da pele com o passar dos anos com enfoque na perda do número das fibras de co-
lágeno.

Fonte: http://lucianaesmanhotto.com.br/2019/12/05/envelhecimento-da-pele/

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Harmonização Corporal

Bioestimulação é a habilidade de um polímero gerar benefício celular ou respos-


ta tecidual em uma aplicação clínica particular, por meio de uma resposta inflama-
tória controlada desejada, que leva à lenta degradação do material e culmina com a
deposição de colágeno no tecido, condicionada pelas propriedades do biomaterial,
as características do paciente e a técnica pela qual o polímero foi injetado no tecido.
Os materiais utilizados como bioestimuladores terão biocompatibilidade diferente de
acordo com uma variedade de fatores físico-químicos como a sua composição quí-
mica, tamanho de partícula, forma física, ângulos de contato, estrutura, tensão de
superfície e cargas superficiais, figura 38 (Cunha et al., 2020).
Os bioestimuladores são classificados quanto à durabilidade e a absorção pelo
organismo, existindo os biodegradáveis, que tem sua absorção pelo próprio organis-
mo, através de mecanismos fagocitários naturais, e semipermanentes, que possuem
duração entre 18 meses e 5 anos.5,6 Dentro dessa categoria estão o ácido PoliL -lác-
tico (PLLA), hidroxiapatita de cálcio (CaHA), e a policaprolactona (PCL).10 Também
existe o bioestimulador classificado como não biodegradável, que não é fagocitado
e permanece indefinidamente no organismo. Nessa categoria está o polimetilmeta-
crilato (PMMA).

3.3.1. Hidroxiapatita de cálcio (CaHa)


A hidroxiapatita de cálcio (CaHa) comercializada sob o nome de Radiesse® (Merz
North America, Greensboro, NC) e Rennova® Diamond Lido é uma substância inor-
gânica bioestimuladora de colágeno injetável, biodegradável, biocompatível, não
mutagênica, sem evidência de toxicidade local e sistêmica. É composta por 30% de
microesferas sintéticas de hidroxiapatita de cálcio de tamanho uniforme que varia
entre 25 e 45μm de diâmetro, e são idênticos à porção mineral dos ossos e dos den-
tes. Essas microesferas estão em suspensão em 70% de um gel transportador aquo-
so, composto por carboximetilcelulose de sódio (CMC), água estéril e glicerina (Lima
& Soares, 2020).
Uma vez injetado no local, o gel carreador começa a ser dissipado de forma gra-
dual cerca de 2 a 3 meses após a aplicação, as microesferas passam a induzir reação
fibroblástica levando ao acúmulo de fibroblastos locais que circundam e protegem
o CaHa, possibilitando uma degradação via enzimática mais lenta das microesferas
(Lima & Soares, 2020). Esta resposta corporal resulta na formação de novo colágeno
e serve de arcabouço de sustentação para os novos tecidos que estão a surgir. Apre-
senta o potencial terapêutico de 12 a 18 meses, possuindo, portanto, maior longevida-
de do que ácido hialurônico (Kingsley et al., 2021).

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Harmonização Corporal

Por ser produzida naturalmente no corpo humano, sendo encontrada nos dentes
e ossos, é considerado um produto biocompatível, com alto grau de segurança, de-
vido baixa resposta inflamatória, determinada pela característica de superfície lisa e
tamanho regular das micropartículas.5,6,9 Outra característica que a CaHA apresen-
ta é a alta viscoelasticidade, o que significa que após a aplicação o material preen-
chedor permanecerá no local da injeção, sem que haja migração para outras áreas
circundantes. É classificado como um preenchedor semipermanente em alguns pa-
cientes, Além dessas características, é um produto biodegradável, sendo eliminado
pelo organismo através da fagocitose por macrófagos, que decompõem as micro-
esferas em íons de cálcio e fosfato, eliminados na urina.
No que diz respeito ao plano de aplicação, a CaHA, ela deve ser injetada na der-
me média ou profunda, para que o estímulo do colágeno seja eficiente, sendo as-
sim injeções dérmicas intradérmicas ou superficiais não são recomendadas, devido
grande risco de causarem nódulos visíveis na derme superficial.5,9,39,41 Além disso,
os resultados devem ser alcançados de forma gradual ao longo de várias sessões,
sendo desaconselhável a injeção excessiva do material.
Dentre as possíveis reações adversas pode-se citar o edema, eritema, equimo-
ses, hematoma, dor e até nódulos palpáveis, figura 39 (Lima & Soares, 2020).

Figura 38. Esquema ilustrativo do mecanismo de ação geral dos bioestimuladores.

Fonte: Adaptado (Cunha et al., 2020).

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Harmonização Corporal

Figura 39. Mecanismo de ação da Hidroxiapatita de cálcio (CaHa), Radiesse®.

Fonte: https://drsiew.com/radiesse-versatile-filler-lifting/

3.3.2. Ácido Poli-L-Lático (PLLA)


O ácido Poli-L-Lático (PLLA) comercializado sob o nome de Sculptra® (Dermik La-
boratories, Sanofi Aventis, USA) é um polímero sintético injetável de alto peso mole-
cular (140kD) da família dos alfa-hidroxiácido, de natureza anfifílica, biocompatível,
reabsorvível e imunologicamente. Possui propriedades de auto-organização e for-
mação de micelas coloidais em meio aquoso na forma de partículas esféricas. O áci-
do poli-L-lático é utilizado em procedimentos de bioestimulação de colágeno para
aumentar a produção das fibras de colágeno, suavizar linhas e rugas de expressão,
delimitar contorno, melhorar o brilho e a textura cutânea, além de preencher áreas
associadas às perdas volumétricas secundárias a remodelação óssea e a redistri-
buição de gordura facial (Haddad et al., 2017).
O ácido poli-L-lático é um bioestimulador de colágeno, no qual, seu mecanismo
central se deve a uma resposta inflamatória subclínica localizada que leva à lenta
degradação do material e culmina com a deposição de colágeno no tecido. No en-
tanto, os mecanismos exatos de como o PLLA estimula a neocolagênese ainda são
desconhecidos pela literatura, figura 40 (Chen et al., 2020).

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Harmonização Corporal

Figura 40. Mecanismo de ação do Ácido Poli-L-Lático (PLLA).

Fonte: https://paticionunes.blogspot.com/2017/12/sculptra-chega-ao-brasil-para-inovar-o.html

Sabe-se que uma vez injetado na pele, as grandes partículas de PLLA provocam
uma inflamação localizada iniciando a liberação de plaquetas na matriz extracelular
que secretam fatores homeostáticos e quimiotáticos, responsáveis por atrair os fibro-
blastos e recrutamento de grande número de macrófagos (que devido ao tamanho
dessas partículas não são capazes de fagocitá-las, dessa forma, esses macrófagos
se unem formando outro tipo celular inflamatório ainda maior, sendo agora chama-
do de Célula Gigante Multinuclear), linfócitos, neutrófilos e monócitos. Os macrófagos
secretam fatores de crescimento que dão início a fase proliferativa (epitelização, an-
giogênese, formação de tecido de granulação e deposição de colágeno) enquanto
os fibroblastos secretam inicialmente colágeno tipo I acompanhada de uma menor
produção de colágeno tipo III (Lima & Soares, 2020).
Uma cápsula é formada em torno de cada microesfera individual e à medida que
o ácido poli-L-lático é metabolizado, a deposição das fibras de colágeno pelos fibro-
blastos aumenta, resultando em um espessamento dérmico (Haddad et al., 2017).
Os resultados clínicos são prontamente observáveis após a aplicação, no en-
tanto, essas mudanças são relativas, pois correspondem ao volume do diluente do
produto que tendem a desaparecer com cerca de dois a três dias após a injeção, até
a absorção completa do diluente. Dessa forma, o ácido poli-L-lático não é caracteri-

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Harmonização Corporal

zado como um agente preenchedor de fato, mas sim um bioestimulador de colágeno


do próprio hospedeiro, no qual, tem seu efeito de forma gradual e progressiva, e não
imediata (Lima & Soares, 2020).
A síntese de colágeno do tipo I se inicia cerca de 10 dias após a aplicação de PLLA
e perdura por um período que varia de 8 a 24 meses, enquanto o produto é degrada-
do e a resposta inflamatória localizada é diminuída (Haddad et al., 2017). O plano de
aplicação deve ser selecionado corretamente, pois trata-se de um fator crítico para
o sucesso do tratamento. O material pode ser aplicado em três planos distintos – su-
praperiosteal, subdérmico e subcutâneo –, a escolha em qual será o plano de apli-
cação do PLLA depende da condição do paciente. É aplicado no plano supraperios-
teal em áreas com suporte ósseo, no subcutâneo onde não houver alicerce ósseo, e
subdérmico em casos de frouxidão da pele. A quantidade de produto e o número de
sessões para o sucesso do procedimento depende da necessidade de cada pacien-
te, levando em consideração o grau de envelhecimento. Diante disso, pacientes mais
jovens ou com rostos mais volumétricos geralmente necessitam menos sessões e
menores quantidades de produto. O resultado de um tratamento varia entre quatro
e seis meses. Sendo assim, deve-se usar a regra de “tratar, esperar e avaliar”, para
guiar a necessidade de injeções subsequentes, devendo respeitar intervalos de 4 a 6
semanas entre as sessões, para diminuir o risco de efeitos adversos.

3.3.3. Policaprolactona (PCL)


A policaprolactona (PCL) ou comercialmente conhecido como Ellansé® (Sinclair
Pharmaceuticals), é um poliéster orgânico alifático que pertence ao grupo poli-α−
-hidroxiácido, sendo do mesmo grupo químico que os ácidos polilático e poliglicó-
lico. É um polímero biocompatível, bioreabsorvível, não citotóxico, não pirogênico e
biodegradável que atua como bioestimulador de colágeno de forma semelhante à
hidroxiapatita de cálcio e o ácido poli-L-lático. Sua composição consiste de 30% de
microesferas sintéticas lisas de PCL de tamanho aproximado entre 25-50μm de di-
âmetro que estão suspensas em meio aquoso de 70% gel transportador de carboxi-
metilcelulose (CMC). Semelhante ao CaHa, quando injetado no tecido promove uma
correção imediata no local, entretanto, esse volume é perdido em aproximadamente
algumas semanas, quando o gel carreador de CMC é gradualmente reabsorvido por
macrófagos, enquanto as microesferas de PCL estimulam a neocolagênese. A dife-
rença neste caso é que as microesferas PCL não são fagocitadas devido ao seu ta-
manho e características de superfície, ao invés disso, as microesferas de PCL utilizam
a resposta natural do corpo para estimular a neocolagênese e substituir o volume do
veículo CMC que foi reabsorvido, figura 41. A duração da aplicação de PCL dependen-
do da extensão da cadeia polimérica pode ser de 1 a 4 anos (Wong, 2020).

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Harmonização Corporal

Figura 41. Mecanismo de ação da policaprolactona (PCL).

Fonte: (Zhang et al., 2015)

Principais ativos eutróficos utilizados em HAC e AP:


• Ácido alfalipóico
Atua como protetor UV previne as lesões foto-oxidativas realizadas através da
redução da ativação do NF-kappaB; promotor da inibição da atividade da tirosi-
nase, provavelmente através da quelação de íons de cobre; inibidor do processo
inflamatório das células; auxiliar de outros antioxidantes, promovendo a perma-
nência por mais tempo nas células.

• Ácido Glicólico
Um dos mais conhecidos e estudados membros da família dos AHA’s (Alfa-hi-
droxiácidos), o ácido glicólico tem sido amplamente utilizado na medicina estéti-
ca. Diminui a espessura do estrato córneo, reduzindo a coesão ou a adesividade
entre os corneócitos superficiais. Atua em patologias relacionadas às alterações
na renovação celular, além de ser utilizado em tratamentos onde se deseje pro-
mover uma maior permeabilidade da pele para os princípios ativos. Importante
agente Eutrófico, estimula síntese de colágeno. Diminui a compactação do estra-
to córneo.

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Harmonização Corporal

• Ácido hialurônico
O Ácido Hialurônico é um polissacarídeo da família das Glicosaminoglicanas
(GAG’s), naturalmente presente na derme, proporcionando um efeito positivo de
visco-elasticidade que se deve a sua cadeia polianiônica e ao seu alto peso mo-
lecular. Controla o nível de hidratação na derme e o tônus dos tecidos da pele.
Proteção dos tecidos subcutâneos pela limitação da difusão de certas substân-
cias (toxinas, bactérias). Além das propriedades lubrificantes e alta capacidade
de retenção de água e formação de filme hidratante não-oclusivo, proporcio-
nando uma aparência sedosa e suave a pele. Fatores como o envelhecimento
natural, condições genéticas e influências ambientais fazem com que os conte-
údos de água na derme e epiderme variem, o que pode provocar danos à pele. É
um dos mais importantes componentes da derme envolvidos na função de sus-
tentação, devido à sua elevada capacidade de retenção de água, melhorando
as condições da pele e proporcionando desta forma elasticidade, suavidade e
uma superfície mais homogênea, sendo um dos principais ativos utilizados no
tratamento da flacidez. Agente eutrófico. O ácido é aplicado nas depressões pro-
vocada pelas estrias, para nivelar a pele. Controla hidratação na derme, o tônus
dos tecidos da pele e a manutenção do colágeno. Sua principal ação é preencher
a área deprimida da celulite, melhorando o aspecto da pele e em alguns casos
amenizando também a flacidez associada à celulite.

• ADN ou XADN
Recomendado para terapias que exijam reorganização da matriz extracelular
tais como: flacidez tissular, comissuras labiais, linhas de expressão, cicatrizes de-
pressivas, rugas e estrias.

• Asiaticosídeo
Os componentes ativos (triterpenos) da Centella asiática (Asiaticosídeo, ácidos
asiático e madecássico) atuam como reguladores do tecido conjuntivo e ativan-
tes dos fibroblastos, equilibrando assim, quando alterada, a produção das fibras
colágenas, sobretudo ao nível da derme e das paredes venosas. Possui ação eu-
trófica para o tecido conjuntivo e normalizadora da circulação. As propriedades
de ASIATICOSIDEO são também de grande importância terapêutica no tratamen-
to da celulite e gordura localizada. Já que a celulite ocasiona diminuição da cir-
culação de drenagem, causada por hipertrofia das células adiposas, provocando
congestionamento do tecido conjuntivo e compressão das ramificações vascu-
lares, particularmente à nível dos capilares. Ação eutrófica e normalizadora da
circulação.

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Harmonização Corporal

• Baicalina
A baicalina é um composto polifenólico pertencente à família das flavonas. Com-
posto natural derivado de Scutellaria baicalensis. Flavonóide de origem vegetal.
Importante Ação anti-inflamatória e Antioxidante. No processo inflamatório, Bai-
calina é capaz de inibir especificamente a expressão de TLR2 / 4-NOD2, inibir a ex-
pressão de fatores inflamatórios IL-1beta, IL-6 e TNF-alfa, reduzindo assim a lesão
das células do tecido.

• BFGF
Fator de crescimento fibroblástico básico tem ação quimiotática, angiogênica e
miogênica. Atua nos fibroblastos e nas células endoteliais, facilitando a cicatri-
zação e melhorando a elasticidade da pele. Melhora a circulação periférica, nos
folículos pilosos e estimula a fase do ciclo capilar.

• Blend de Aminoácidos
Formulação exclusiva contendo 14 aminoácidos, em suas doses ótimas. Desse
modo, fica garantido o aporte de aminoácidos ideal para o organismo, suprin-
do as deficiências nutricionais. A suplementação nutricional é uma importante
ferramenta da Medicina Integrativa para revitalizar e recuperar o organismo de
condições resultantes da falta de determinadas substâncias. Além disso, a adi-
ção de algumas vitaminas e minerais em níveis acima dos necessários ao bom
funcionamento do corpo pode apresentar efeitos terapêuticos adicionais. Nutri a
pele e estimula a síntese de colágeno e elastina.

• Cafesilane C
É um ativo de origem biotecnológica que associa cafeína pura e acido algínico
(ácido manurônico) a molécula do silanol (silício biologicamente ativo). Os sila-
nóis são derivados de silício orgânico, hidrossolúveis, com várias funções hidroxila
e são obtidos por um processo original e patenteados através da reação com vá-
rios radicais, especialmente selecionados para conferir uma ação especifica ao
composto, os silanóides possuem atividades biológicas particulares e algumas
propriedades são maximizadas pela natureza dos radicais. No caso do Cafesilane
C os principais radicais são: cafeína e ácido manurônico. O Cafeisilane C ofere-
ce várias vantagens em relação a cafeína pura. Primeiro, sua hidrossolubilidade,
segundo e mais importante, a presença de uma estrutura de silanol com todas
suas propriedades biológicas. O Cafeisilane C possui atividade anti-inflamatória
e reestruturante, além de uma ação hidratante sobre a epiderme, O Cafeisilane C

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Harmonização Corporal

pode ser indicado para produtos para o cuidado do corpo com apelo anti-celulí-
tico, e pode ser recomendado para reduzir bolsas e inchaços ao redor dos olhos,
quando estas bolsas são um problema de acúmulo de gordura ou resultado de
um edema.
Quando utilizado para tratamento no corpo, tem ação celulite e lipolítica, além de
proporcionar mais firmeza da pele e hidratação (inclusive no rosto) e no contorno
dos olhos tem ação anti inchaço e anti bolsas.

• Cobre Elementar
Componente essencial em dezenas de sistema enzimáticos, responsáveis pela
produção de energia, ação anti-radical livre, integridade do colágeno e forma-
ção de melanina e elastina. O cobre também participa da produção de colágeno,
a proteína responsável pela integridade funcional de ossos, cartilagens, pele e
tendões; da elastina, a principal proteína responsável pelas propriedades elásti-
cas dos vasos sanguíneos, pulmões e pele. Cofator imprescindível na síntese de
colágeno e elastina.

• Coenzima quelato
É componente essencial de diversas metaloenzimas, incluindo citocromo-oxida-
se, lisil-oxidase (fundamental para a formação do tecido conjuntivo), superóxido
dismutase e tirosinase, tendo, portanto, além de outras funções, ação pigmenta-
dora dos tecidos.

• Colágeno
É um dos principais constituintes das fibras do tecido conjuntivo e um dos res-
ponsáveis pela sua elasticidade, propriedade que confere sustentação e firme-
za a pele. É sintetizado pelos fibroblastos e secretado no espaço intercelular, na
forma de colágeno solúvel. O colágeno é uma proteína primária do tecido con-
juntivo. Considerado uma proteína chave do organismo, que assegura a coesão,
elasticidade e regeneração da pele. O colágeno constitui até 30% das proteínas
presentes no organismo e 70% das proteínas que compõem a pele. O tecido da
pele é composto por estruturas variadas, algumas das quais são aminoácidos
fundamentas para manter uma estrutura cutânea uniforme e saudável. A derme,
base da pele, está envolvida com sua elasticidade e flexibilidade. Glicina, prolina,
alanina e hidroxiprolina são os componentes principais de reposição do colágeno
necessários para manter a pele saudável.

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Harmonização Corporal

• DMAE
Agente eutrófico precursor da colina e acetilcolina; melhora a aparência da pele.
Atua como antioxidante. DMAE age na acetilcolina, estimulando suas ações. De-
vido à sua estrutura única, a molécula de DMAE é capaz de se interpor entre os
componentes das membranas celulares, tornando-se parte delas e produzindo
membranas mais resistentes ao stress orgânico. Ele estabiliza as membranas ce-
lulares porque previne a destruição desse material e a subseqüente produção de
ácido araquidônico, bem como outros mediadores pró-inflamatórios.

• D-Pantenol
Atua no desenvolvimento e na regeneração do epitélio e nascimentos dos pelos.
Pertence ao grupo das vitaminas do complexo B. É a pró-vitamina de ácido pan-
totênico (Vit B5), previne irritações da pele e mucosas, fissuras, estrias cutâneas e
rugas, higratante de mãos e corpo, deixa o cabelo mais resistente à queda.

• D-Ribose
Anti-inflamatório, anticelulítico, antiendematoso e antiolheiras.
EGF – Fator de crescimento epidermal
Reduz e previne linhas de e rugas pela ativação de novas células da pele; desen-
volve uniformidade ao tom da pele, vitalidade e energia, recupera a aparência
jovial da pele, elimina cicatrizes e manchas da pele.

• Elastina
Aumenta elasticidade cutânea, promovendo maior firmeza e hidratação, indica-
do como: “antiaging” hidratante, antiestrias.

• Fator de Crescimento Anti Aging


Pool dos ativos potencializadores contendo os fatores de crescimento EGF, IGF,
TGFB3 e o Peptídeo TGP2. Atua na regeneração celular, estimula a matriz extrace-
lular (produção de fibras de sustentação e glicosaminoglicanas). Estimula a dife-
renciação celular e aumento da mobilidade de queratinócitos. Aumenta síntese
de colágeno e elastina. Estimula a produção de matriz extracelular. Auxilia na re-
generação e produção de fibras do tecido com lipodistrofia e estrias / Reparação.
Ação devido a interação de ativos potencializadores que estimulam o processo
de cicatrização (remodelação), substituindo o tecido danificado por um tecido
novo.

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Harmonização Corporal

• GAG (Glucosaminoglicano)
Ação eutrófica, estimulador da diferenciação celular e da síntese de proteínas.
Ação tensora. Atua na recuperação de áreas danificadas da pele (estrias e fla-
cidez). As Glucosaminoglicanas (GAG) juntamente com as fibras de colágeno e
elastina, compõem a substância fundamental ou matriz extracelular (MEC) na
derme. Compreendem um dos componentes mais abundantes da derme, res-
ponsáveis pelo seu “preenchimento” e pela fixação de água. A harmonia com
que as Glicosaminoglicanas e fibras interagem é realizada através do íon silício.
Os glucosaminoglicanos promovem uma intensa hidratação, devido à grande
capacidade de absorção de água. Por esta razão, preenche as lacunas deixa-
das por estrias e flacidez cutânea. Os glucosaminoglicanos incorporam-se à ma-
triz onde é aplicado, exercendo ação eutrófica no tecido conjuntivo e conferindo
elasticidade, tonicidade e maciez à pele.

• Glutationa
A Glutationa, também conhecida pela sigla GSH, é produzida pelo fígado e é for-
mado por Glu-Cys-Gly. Este peptídeo auxilia na inativação de compostos oxi-
dantes, que possuem o poder de deterioração das células. Também possui papel
central na biotransformação de xenobióticos. A Glutationa é um tripeptídeo, con-
tendo cisteína e é o tiol não proteico mais abundante nas células dos mamíferos.
Concentrações baixas de GSH têm sido reportadas em algumas doenças, e es-
tão associadas a maior risco de estresse oxidativo e da ocorrência de infecções
oportunistas. Função antioxidante eliminando radicais peróxidos e aldeídicos. Au-
xiliar na regeneração celular.

• IGF – Fator de crescimento insulínico


Reduz e previne linhas e rugas, aumentando os níveis de colágeno e elastina da
pele, reduz manchas avermelhadas, possui efeito redutor de gordura facial e cor-
poral, fortalece os cabelos.

• L-Carnosina
A carnosina (beta -alanil- L – histidina) é um dipeptídeo do aminoácido beta
alanina e histidina. É altamente concentrada nos tecidos do músculo e cérebro.
Tem sido demonstrado que a carnosina é eficaz como sequestrantes de espécies
reativas de oxigênio como aldeídos alfa-beta insaturado, formado por peroxida-
ção de ácidos graxos de membranas celulares durante o stress oxidativo. L – car-
nosina atua como antioxidante de amplo espectro sobre muitos tipos de radicais
livres como os radicais de oxigênio, radicais de peróxidos, radicais de peróxido

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Harmonização Corporal

de hidrogênios e radicais de hidroxilas. Os estudos mostram que o aminoácido


carnosina é o antioxidante mais eficaz contra o radical hidroxil (inimigo número
um das proteínas) e o mais potente inibidor conhecido do processo de glicação
que carameliza as nossas proteínas por «ligações cruzadas». Ação antioxidante e
antiglicante. Diminuição de rugas e linhas de expressão.

• Luteolina
É um flavonoide carotenoide encontrado na salsa, alcachofra, basílico, aipo e ou-
tros alimentos, com potente ação anti-inflamatória e antioxidante. O mecanismo
de ação na proteção cerebral parece estar relacionada à inibição da fosforilação
da JNK (Jun Quinase N Terminal), uma proteína que ativa um fator de transcrição, o
AP-1, o qual é necessário para a produção de interleucina – 6. As citocinas inflama-
tórias, como a interleucina-6, inibem certos tipos de aprendizado e memória que
estão sob controle do hipocampo, vulneráveis aos agravos do envelhecimento.

• Matrixil
É um ativo obtido da combinação de 2 matrikinas: Pal-GHK (Palmitoyl-Gly-His-
-Lys) e Pal-GQPR (Palmitoyl-Gly-Gin-Pro-Arg) com efeitos sinérgicos no combate
ao envelhecimento precoce. As matrikinas promovem o recrutamento de fibro-
blastos, a proliferação celular, a síntese de matriz extracelular, a produção e an-
coragem de queratinócitos.

• Mesoglicano
É um mucopolissacarídeo, capaz de reestruturar o tecido fibrosado e endurecido,
melhorando a circulação local e preparando o tecido para receber as suas me-
langes de celulite.

• Melatonina
Melatonina é um Elemento imprescindível no Controle da Velocidade e Intensidade
do Envelhecimento Celular. O principal papel da Melatonina é manter as funções
fisiológicas e, principalmente, manter a sensibilidade e funcionamento da Glându-
la Pineal, que desta forma, restaura os processos de sinalização e sincronia me-
tabólicos requeridos para a manutenção da homeostase do meio interno, parte
importante do metabolismo orgânico. Imprescindível no auxílio regeneração celu-
lar da pele. Poderoso neutralizador de radicais livres tipo hidroxila (que danificam
o DNA das mitocôndrias). Protege contra os danos ao DNA. Estimula a produção
de glutationa e protege as mitocôndrias. Diminui citocinas pró-inflamatórias. Ação
antioxidante e anti-inflamatória. Estimula a regeneração celular da pele.

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Harmonização Corporal

• Picnogenol (Pinus Pinaster)


É obtido das cascas de Pinus marítima. Sua constituição inclui procianidinas mo-
noméricas e poliméricas, glicosídeos fenólicos e ésteres de ácidos orgânicos,
além de cálcio, potássio e ferro com traços de magnésio, zinco e cobre. Poten-
te antioxidante, age no combate dos radicais livres, hidroxila e superóxido. Atua
também no aumento da resistência capilar como outros flavonóides. Possui dife-
rentes ações no organismo como melhora do perfil glicêmico e lipídico. Pode ser
usado para melhorar estresse oxidativo excessivo em vários sistemas celulares,
duplicando a síntese intracelular de enzimas anti-oxidativas e atuando como um
potente limpador de radicais livres. Além disso, desempenha um papel importan-
te na regeneração e proteção de vitamina C. Ação Antioxidante e Antiinflama-
tória; Inibição da liberação de histamina e mediadores da inflamação; Ação na
adipogênese.

• Piruvato de sódio
Estimula fibroblasto, aumentando produção de colágeno e elastina.

• Polipodium leucotomos
É um tipo de samambaia nativa das regiões tropicais e subtropicais das Amé-
ricas. O seu extrato é um conhecido fotoprotetor com potente atividade antioxi-
dante. Os principais constituintes desta planta são os ácidos cumárico, ferúlico,
cafeico, vanílico e clorogênico. (GOMBAU et al., 2006)

• Pirrolquinolina quinona (PQQ)


É uma quinona triclícica que funciona como uma coenzima em várias reações
óxidos redutase bacterianas. Possui ação antioxidante, cardioprotetora, auxilia no
envelhecimento precoce, melhora a função cognitiva, neuroproteção, aumenta
energia e melhora sistema imunológico.

• Raffermine
Fortalecedor das estruturas moleculares da derme, firmador e tonificador da pele,
aumenta a elasticidade dos tecidos. Estimula a retração dos fibroblastos para
organizar as fibras de colágeno. Protege as fibras de elastina das enzimas que
causam a flacidez.

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Harmonização Corporal

• Resveratrol
Atua como antioxidante natural protege o organismo contra doenças. Contribui
na prevenção de doenças cardiovasculares, abaixa a taxa de colesterol, retar-
da o envelhecimento. Acredita-se que o mesmo estimula as sirtuínas (enzimas
reguladoras dos mecanismos de longevidade), que diminuem a ação de vários
genes, o que contribui para evitar doenças. Além de ativar a produção de mito-
côndrias (geradoras de energia) que aumentam a resistência física.

• Silício
A suplementação do ácido ortosilício estabilizado resulta em efeitos positivos sig-
nificativos na superfície cutânea e nas propriedades mecânicas, assim como na
fragilidade de unhas e fios capilares. Fonte de silício, necessário para a biossínte-
se de colágeno, elastina mucopolissacarídeos, atuando de forma benéfica sobre
o envelhecimento dérmico e arterial.

• Silício Max
Inibe o processo de envelhecimento dos tecidos; efeito detoxificante por impedir
a absorção de metais pesados que possam ocasionar doenças degenerativas;
ajuda a manter a força e a densidade óssea, facilitando depósitos de cálcio e sais
minerais na matriz óssea; ação de solidificação no processo de remineralização
óssea, e de flexibilidade e elasticidade de tendões, articulações e pele; aumenta
a elasticidade e firmeza de vasos sanguíneos, tornando-os menos propensos a
desenvolver aterosclerose; estimula a produção de colágeno tipo I, prevenindo o
envelhecimento precoce; promove aumento da densidade e espessura do ca-
belo e unhas; estimula o sistema imunológico, sendo essencial no processo de
produção de antígenos e anticorpos; potente ação anti-inflamatória.

• Sulfato de cobre
É um componente essencial de diversas metaloenzimas, incluindo citocromo-o-
xidase, lisil-oxidade (fundamental para a formação do tecido conjuntivo), supe-
róxido dismutase e tirosinase, tendo, portanto, além de outras funções, ação pig-
mentadora dos tecidos.

• Sulfato de condroitina
Consiste numa cadeia de moléculas repetidas chamadas de mucopolissacarí-
deos, o qual existe naturalmente nas cartilagens, pele, ossos, que formam junto
as proteínas não globulares a matriz intercelular. Tem também propriedades de
formar soluções viscosas com alto poder hidratante.

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Harmonização Corporal

• Sulfato de zinco
Estimula a produção de citocinas de baixo poder pró-inflamatório, inibe prolifera-
ção de histamina, reduz alterações no DNA das células pelos raios ultravioletas, e
é constituinte da enzima superóxido dismutase.

• Sulfeto de selênio
Agente antibacteriano, antimicótico, antisséptico e antisseborreico.

• Tensine
É um agente tensor, rico em ácido glutâmico e prolina. Forma um filme altamente
coesivo sobre a pele, elástico, resistente e contínuo, capaz de diminuir o número e
a profundidade das rugas por algumas horas, tornando a pele lisa e suave, além
de aumentar a durabilidade da maquiagem.

• TGP2
Derivado do Fator de Crescimento Transformador (TGF). Possui ação seletiva pro-
porcionando clareamento efetivo de manchas cutâneas decorrentes da exposi-
ção à luz (UV). Além disso, retarda simultaneamente o crescimento de pelos. Tem
atividade anti-inflamatória, o que diminui o escurecimento da pele decorrente de
processos inflamatórios e é indicado para tratamento da dermatite atópica.

• TGFb3
É um fator de crescimento especialmente “anti-aging”, pois além de induzir à
proliferação de fibroblastos e produção de colágeno e elastina, também induz a
proliferação de células epidermais e consequente renovação celular. Muito eficaz
na cura de ferimentos cutâneos.

• VERISOL (Peptídeos Bioativos de Colágeno)


São constituídos de diversos peptídeos específicos o otimizados para cada tipo
de necessidade. Age aumentando a elasticidade, suavizando rugas e reduzindo
a celulite.

• Vitamina C
A Vitamina C, também conhecida como ácido ascórbico, é uma das 13 principais
vitaminas que fazem parte de um grupo de substâncias químicas complexas
necessárias para o funcionamento adequado do organismo. É essencial para a

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Harmonização Corporal

síntese de colágeno e do material intercelular. Agente eutrófico. Poderoso antio-


xidante. Combate os radicais livres e estimula a síntese de colágeno e glicosami-
noglicanos, além de hidratar e tonificar a pele. Acelera a cicatrização de feridas,
reduzindo o grau e a duração do eritema pós-peeling. Essencial para a síntese de
colágeno e reparação de tecidos.

3.3. Vasoativos
Os fármacos vasoativos não apresentam efeito farmacológico expressivo nas
disfunções estéticas, salvo algumas exceções. Eles promovem efeito a vasodilatação
periférica através da produção endotelial de NO, proveniente da arginina, sendo pro-
duzido quando a concentração de íons Ca+2 aumenta na célula endotelial ou quando
aumenta a sensibilidade dos receptores de NO ao Ca+2. O NO sai do endotélio e vai
até o músculo liso vascular, onde ativa a guanilato ciclase, o NO, então relaxa o mús-
culo liso, aumentando a formação de GMPc, figura 42.

Figura 42. Mecaismo de ação geral dos fármacos vasoativos na célula muscular lisa.

Célula muscular lisa

Fonte: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4133017/mod_resource/content/1/
Medicina%20-%20aula%202%20-%202017%20-%20Tanus.pdf

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Harmonização Corporal

Principais vasoativos utilizados em HAC e AP:


• Benzopirona
Derivado cumarínico. Venolinfocinético, vasodilatador e estimulante da circula-
ção periférica e efeito drenante. Melhora o funcionamento da microcirculação
da pele e áreas edemaciadas. É um agente com propriedades vasculares, me-
lhorando a permeação dos demais componentes. Age promovendo a drenagem
linfática, além de favorecer a ação dos macrófagos, apresentando propriedade
proteolítica.

• Buflomedil
Venolinfocinético. Derivado pirrolidínico da butirofenona. Corresponde a um de-
rivado pirrolidínico da butirofenona. Produz uma série de efeitos farmacológicos,
tais como: inibição inespecífica dos α-adrenoceptores na musculatura lisa vas-
cular, inibição da agregação plaquetária, melhora da deformabilidade eritro-
citária, antagonismo inespecífico do cálcio e atividade poupadora de oxigênio.
Vasodilatador e estimulante da circulação periférica. Melhora fluxo sanguíneo
nutricional em tecidos isquêmicos sem a produção de efeitos sistêmicos, inibição
da agregação plaquetária. Efeito drenante. Atua na gordura e celulite.

• DMSO
Possui ação anti-inflamatória, antisséptica, analgesia local, vasodilatação, disso-
lução de colágeno e capaz de penetrar em membranas. É utilizado como veículo
em produtos que contém Minoxidil na formulação, pois facilita a permeação epi-
dérmica do mesmo.

• Pentoxifilina
Vasodilatador e estimulante da circulação periférica. Efeito drenante. A Pentoxi-
filina é uma substância derivada da dimetilxantina, cuja ação proporciona uma
redução da viscosidade do sangue, diminuindo a concentração plasmática de
fibrinogênio e inibindo a agregação eritrocitária e plaquetária.

• Rutina + Benzopirona
Vasodilatadores e estimulantes da circulação periférica, com efeitos drenan-
tes. Melhora o funcionamento da microcirculação da pele e áreas edemaciadas.
Ação potencializada devido associação dos ativos Rutina e Benzopirona. A Rutina
é um bioflavonóide natural, que consta nas farmacopéias americana, europeia e
brasileira. Esta substância é extraída da planta brasileira Dimorphandra mollis. Os
bioflavonóides são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e por terem

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Harmonização Corporal

habilidade de aumentar a resistência dos capilares (vasos sangüíneos) regulan-


do a sua permeabilidade. A Benzopirona é um derivado cumarínico. Venolinfo-
cinético, vasodilatador e estimulante da circulação periférica, com efeito drenan-
te. Melhora o funcionamento da microcirculação da pele e áreas edemaciadas. É
um agente com propriedades vasculares, melhorando a permeação dos demais
componentes.

3.4. Anestésicos locais (AL)


Os anestésicos locais bloqueiam a ação de canais iônicos na membrana celular
neuronal, impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. A forma ionizada do
anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inativando-os e im-
pedindo a propagação da despolarização celular. Porém, a ligação específica ocorre
no meio intracelular, por isso é necessário que o anestésico local em sua forma mo-
lecular ultrapasse a membrana plasmática para então bloquear os canais de sódio. É
provável que exista um segundo mecanismo de ação dos AL, que envolve a inativação
dos canais de sódio pela incorporação de moléculas de AL na membrana plasmática
(teoria da expansão da membrana plasmática). Esse segundo mecanismo de ação
seria gerado pela forma não ionizada dos anestésicos locais, atuando de fora para
dentro. As fibras nervosas possuem sensibilidades diferentes aos anestésicos locais,
sendo as fibras pequenas mais sensíveis que as grandes, e as fibras mielizadas são
bloqueadas mais rapidamente que as não mielizadas de mesmo diâmetro. O bloqueio
das fibras nervosas ocorre gradualmente, iniciado com a perda de sensibilidade à dor,
à temperatura, ao toque, à propriocepção e finalmente perda do tônus músculo es-
quelético. Por essa razão os indivíduos podem ainda sentir o toque quando a dor já
está ausente após aplicação do anestésico local, figura 43 (Carvahlo, 1994).

Figura 43. Mecanismo de ação dos anestésicos locais. (Carvahlo, 1994).


Canal de sódio

Ionização do
anestésico local Inativação dos
canais iônicos

Ação direta através da


membrana celular
A forma molecular do anestésico local
Fonte: https://marcioguidoni.com.br/cosmetologia/formula-anestesica-para-microagulhamento/
penetra na célula para iniciar sua ação

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Harmonização Corporal

3.5. Ativos Ergogênicos/Hipertróficos


A Medicina Esportiva estabelece um conceito para o termo “agente ergogênico”
que abrange todo e qualquer mecanismo, efeito fisiológico, nutricional ou farmaco-
lógico que seja capaz de melhorar a performance nas atividades físicas esportivas,
ou mesmo ocupacionais. Como a hipertrofia muscular aumenta força e melhora a
aptidão física os ativos hipertróficos também são considerados ergogênicos. Dessa
forma, podemos subdividir os agentes ergogênicos ou hipertróficos em 3 grupos:

• Fisiológicos – incluem todo mecanismo ou adaptação fisiológica de melhorar o


desempenho físico;
• Nutricionais - caracterizam-se pela aplicação de estratégias e pelo consumo de
nutrientes com grau de eficiência extremamente variáveis e,
• Farmacológicos – fármacos que diminuem a fadiga muscular, evitando o estres-
se oxidativo e sintetizam proteínas, formando novas fibras musculares (Barros
Neto, 2001).

O músculo esquelético é um tecido que tem a capacidade de se adaptar, es-


trutural e fisiologicamente, quando submetido a formas específicas de treinamen-
to. A musculação é um meio de treinamento caracterizado pela utilização de pesos
e máquinas desenvolvidas para oferecer alguma carga mecânica em oposição ao
movimento dos segmentos corporais, e objetiva predominantemente o treinamento
da força muscular. Assim, o treinamento de força na musculação, por meio da mani-
pulação dos componentes da carga de treinamento, gera, entre outras adaptações,
a hipertrofia muscular (Komi, 2006).
A contração de um músculo resulta do encurtamento de suas fibras, o que por
sua vez resulta do encurtamento dos filamentos de actina e miosina, que ativamente
deslizam e se encaixa um entre o outro. A zona H representa apenas os filamentos
de miosina, pois na fibra descontraída os miofilamentos de actina penetram par-
cialmente na faixa A. A linha Z corresponde a várias uniões entre dois filamentos de
actina. O segmento entre duas linhas Z consecutivas é chamado de sarcômero e
corresponde à unidade contrátil da fibra muscular. Durante a contração muscular
o sarcômero diminui, devido à aproximação das duas linhas Z, e a zona H chega a
desaparecer. Cada sarcômero pode contrairse independentemente. Quando muitos
sarcômeros se contraem juntos, eles produzem a contração do músculo como um
todo. O retículo sarcoplasmático serve como local de reserva de íons Ca++, que parti-
cipa do complexo molecular formado pela actina / miosina permitindo que ocorra a
contração muscular. A célula muscular quando relaxada tem baixos níveis de cálcio

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Harmonização Corporal

no citoplasma. Quando um impulso nervoso estimula uma célula muscular, ocorre


alterações na permeabilidade da membrana do retículo sarcoplasmático e o cálcio
difunde-se para o citoplasma. No citoplasma, o cálcio forma um complexo com as
proteínas contráteis permitindo a contração das miofibrilas uma vez cessado o es-
tímulo, restabelece-se o sistema de transporte ativo do retículo sarcoplasmático e o
excesso de Ca++ é “bombeado” para o interior do retículo, cessando assim a contra-
ção muscular, figura 44.

Figura 44. A química da contração muscular.

Fonte: Reprodução. <https://wikiciencias.casadasciencias.org/>Adaptado.

A hipertrofia muscular consiste em um incremento da área de secção transver-


sa (AST) do músculo em resposta a repetidas sessões de treinamento de força, que
estimula a síntese de novas proteínas miofibrilares (actina e miosina),. Sendo assim,
é esperado que o treinamento de força gere degradação proteica para que, no pe-
ríodo de recuperação pós-exercício, ocorra um aumento da síntese proteica. Nesse
processo, as proteínas são constantemente sintetizadas (anabolismo) e degradadas
(catabolismo) sendo que a hipertrofia só será verificada se a taxa de anabolismo
for maior que a de catabolismo. Logo, o incremento na AST da fibra é associado a
um aumento do conteúdo miofibrilar das fibras. Quando ocorre o inverso (catabo-
lismo maior que anabolismo), há uma perda de tecido muscular e possivelmente

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Harmonização Corporal

diminuição da capacidade de gerar força (Morais, 2011). Ativos farmacológicos que


diminuem a fadiga provocada pelo estresse oxidativo dos treinos, como agentes an-
tioxidantes e adaptógenos, assim como ativos que aumentam a síntese de proteínas,
miosina e actina, como BCAA, HMB e hormônios que estimulam a síntese de testos-
terona e somatropina são utilizados na HAC e AP como agentes ergogênicos e hiper-
tróficos, figura 45 e 46.
Fonte: https://afh.bio.br/sistemas/sustentacao/4.php

Figura 45. Mecanismo de hipertrofia muscular.

Fonte: Próprio autor.

Figura 46. Fisiologia dos hormônios esteroidais. Fármacos que inibem a 5α-redutase e aromatase, imprescindí-
veis no processo de hipertrofia muscular associado com hormônios esteroidais.

Fonte: Próprio autor.

— 65 —
Harmonização Corporal

Principais ativos ergogênicos/ hipertróficos utilizados em HAC e AP:


• BCAA
O termo BCAA é na verdade uma abreviação de Branched Chain Amino Acids, ou
Aminoácidos de Cadeia Ramificada, que incluem a leucina, valina e isoleucina.
Em conjunto, estes 3 aminoácidos formam cerca de 1/3 das proteínas musculares
e são essenciais para o crescimento e desenvolvimento muscular. Os aminoáci-
dos de cadeia ramificada são liberados pelo fígado durante a atividade motora;
são eles os seguintes aminoácidos essenciais: valina, leucina e isoleucina. Com
o esforço intenso, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem, sobretudo, a
musculatura exercitada, onde são consumidos e participam da conversão do pi-
ruvato em alanina, a qual é encaminhada ao fígado para nova formação de pi-
ruvato. Com o esforço moderado, os aminoácidos de cadeia ramificada atingem
a mitocôndria da musculatura exercitada, participando da síntese de glutamina,
a qual segue para os tecidos para a formação de glutamato. Enfim, observa-se
que o consumo muscular de aminoácidos de cadeia ramificada visa à manuten-
ção da funcionalidade do ciclo de Krebs, e tanto a síntese de alanina quanto a
de glutamina são a forma encontrada para remover da musculatura os grupos
de aminicos. Na verdade, dessa forma, os aminoácidos de cadeia ramificada po-
dem substituir a glicose nas vias de energia. Nos fins dos anos 70, os aminoácidos
de cadeia ramificada foram sugeridos como o terceiro combustível para a mus-
culatura esquelética, após os carboidratos e as gorduras. Contudo, efeitos ergo
gênicos da sua suplementação não costumam ser verificados, particularmente
quando comparados com os que ocorrem com a suplementação de carboidra-
tos, uma escolha mais natural, quando a intenção é fornecer energia e poupar
glicogênio. Muitas funções são atribuídas aos aminoácidos de cadeia ramifica-
da; dentre elas; é possível destacar o aumento da síntese proteínas musculares
e redução da sua degradação, encurtamento do tempo de recuperação após
o exercício, aumento da resistência muscular, diminuição da fadiga muscular,
fonte de energia durante dieta e preservação do glicogênio muscular. Todavia,
muitas vezes os apelos comerciais são falácias. Embora a maioria das alegações
vinculadas não encontre ainda respaldo científico, estudos sugerem que a queda
do desempenho possa estar veiculada a fadiga, a qual pode ocorrer por hipo-
glicemia e pelo aumento da serotonina, um neurotransmissor responsável pelas
sensações de sonolência, devido ai aumento da captação do triptofano, um ami-
noácido precursor da serotonina. Nesse caso, a suplementação de aminoácidos
de cadeia ramificada é válida, pois eles competem com o triptofano pelo mesmo
sistema transportador. Os produtos derivados do leite contêm grandes quantida-

— 66 —
Harmonização Corporal

des deles, mas, atualmente, a proteína isolada do soro do leite (WHEY PROTEIN) é
uma das fontes mais ricas. As proteínas animais e o WHEY PROTEIN contêm, res-
pectivamente, a 15 a 30 de aminoácidos de cadeia ramificada.

• Citrulina Malato
A citrulina malato é um composto constituído a partir da citrulina, um aminoácido
não-essencial, e do malato, um derivado da maçã. Essa combinação intervém
no ciclo de Krebs eliminando uréia e outros resíduos tóxicos. Aumenta ATP celular
e a produção de óxido nítrico endógeno, a recuperação de energia cardíaca e o
condicionamento físico. Potencializa a ação de qualquer outro ativo associado
a ele. Estimula a energia (ATP) celular. Antioxidante e Antiglicante. Aumenta ATP
celular e produção óxido nítrico endógeno. Auxiliar na flacidez e em formulações
anti aging atuando na regeneração celular.

• HMB (Hidoximetilbutirato)
Sua administração é destinada a melhorar o desempenho durante a prática de
exercícios físicos. É capaz de elevar os níveis de força, acentuar ganhos na dimen-
são e força muscular e prevenir o colapso no tecido muscular, que pode ocorrer
após a atividade física intensa.

• Piruvato de Sódio
O piruvato sódico está indicado para combater a flacidez muscular, estimula a
respiração celular e aumenta a força. Reduz flacidez por aumentar a performan-
ce celular. Atua a reafirmação muscular corporal. Estimula a atividade celular.

4. Avaliação do paciente
A avaliação corporal do paciente para HAC e AP é realizada através de um con-
junto de métodos utilizados para diagnosticar as principais disfunções estéticas a
serem tratadas. Esses métodos incluem anamnese corporal e exame clínico, exames
laboratoriais e avaliação de dados antropométricos e de bioimpendância.

4.1. Anamnese corporal e exame clínico


A Anamnese corporal é o primeiro passo para a estruturação de um planejamen-
to terapêutico adequado às necessidades do paciente e deve ser realizada acompa-
nhada do exame clínico, identificando as disfunções estéticas, suas principais quei-

— 67 —
Harmonização Corporal

xas e devem ser realizados registros de fotos iniciais, de modo que paciente possa
identificar a evolução do tratamento.
A ficha de anamnese corporal deve fornecer o maior número de informações
possíveis, é o contato introdutório com o cliente, onde se coleta as informações ne-
cessárias para levantar hipóteses de diagnóstico e definir os objetivos terapêuticos e
o tratamento adequado para cada caso. Os dados levantados na anamnese contri-
buirão para assegurar a segurança do tratamento.
Deve-se informar ao paciente que nenhum problema deve ser emitido, uma vez
que os tratamentos, sejam manuais ou com uso de equipamentos possuem inúme-
ras contraindicações.
Na HAC e AP a identificação de certos hábitos são cruciais para a eficácia do
tratamento, como aparelho ortodôntico, utilização de cosméticos, tabagismo, expo-
sição solar e utilização de filtro solar, ingestão de bebida alcoólica, alimentação, in-
gestão de água e práticas de atividade física.
Outro item importante na anamnese corporal para HAC e AP é com relação ao
histórico de saúde do paciente onde se explora os tratamentos já realizados, do-
enças anteriores e histórico de saúde atual. Ao identificar patologias durante em
tratamento, gestação ou pessoas no pós-operatório de cirurgia plástica deve-se
solicitar uma autorização médica para a realização de tratamentos estéticos. No
histórico de saúde deve-se verificar as doenças pré-existentes, os antecedentes
alérgicos, a utilização de medicamentos ou marca-passo, os tratamentos derma-
tológicos/estéticos, alterações hormonais, funcionamento intestinal, qualidade do
sono, distúrbios circulatórios, distúrbio renal, realização de cirurgia plástica ou re-
paradora, prótese ou implante metálico, gestação, epilepsia-convulsões e antece-
dentes oncológicos.
A HAC e AP é contraindicada em casos de doenças de pele, como rosácea e vitili-
go, para gestantes, lactantes, cardíacos, pacientes com doenças crônicas e também
nos casos de alergia às substâncias e/ ou componentes da fórmula dos ativos que
são utilizadas nos procedimentos.

4.2. Exames laboratoriais


Os exames laboratoriais têm objetivo de acompanhar ou identificar problemas
como diabetes, alterações nos níveis de colesterol, anemia, disfunção hormonal
(caso do hipotireoidismo) e insuficiência hepática que impactam diretamente no su-
cesso do tratamento. Os principais exames laboratoriais que devem ser solicitados,
quando possível, são:

— 68 —
Harmonização Corporal

• Hemograma completo;
• Perfil lipídico: HDL, LDL, VLDL, Colesterol livre e total, e triglicerídeos;
• Glicose;
• Hemoglobina glicada;
• Testosterona livre e total;
• Estradiol;
• Diidroxitestosterona;
• FSH e LH;
• Cortisol;
• TGO e TGP;
• Creatinina;
• TSH, T3 e T4;
• Vitamina B12
• Vitamina D e,
• Ferro, sódio e potássio.

4.3. Antropometria
A antropometria ocupa-se da medição das variações nas dimensões físicas e
na composição global do corpo humano em diferentes idades e biotipos corporais. A
análise das reservas musculares e de gordura feitas a partir de métodos padroniza-
dos fornece uma avaliação apropriada e fundamental para o diagnóstico e o trata-
mento das disfunções estéticas na HAC e AP.
O Peso expressa a dimensão da massa ou volume corporal total, constituída por
todas as células, tecidos, órgãos e sistemas do organismo. Comumente chamada
de peso, a massa é a soma de todos os componentes corporais e reflete o equilíbrio
proteico-energético do paciente.
A Estatura expressa a dimensão longitudinal ou linear do corpo humano. Ela é a
somatória dos membros inferiores, a pélvis, a coluna vertebral e o crânio. Comumen-
te chamada de altura, a estatura é a distância entre o ponto mais alto da cabeça
(ponto vértex) e a região plantar.
O Índice de Massa Corporal (IMC) definido pelo peso em quilogramas dividido
pela potência da altura em metros (altura)². O IMC fornece uma boa aproximação
da gordura corporal para grupos populacionais, porque a maioria das diferenças de
peso entre adultos ocorrem em virtude da gordura corporal.

— 69 —
Harmonização Corporal

O Percentual de Gordura Corporal (%GC) é a proporção de gordura corporal em


relação ao peso corporal total. Permite, em conjunto com o peso corporal, determi-
nar o peso de gordura total de um indivíduo. Ao estabelecer um %GC desejado, co-
nhece-se qual peso o indivíduo teria se modificasse apenas a massa gorda e manti-
vesse sua massa magra intacta.
Circunferência é o perímetro dos diversos segmentos corporais. O E-book “Mude
seu corpo” (https://mude.vc/wp-content/uploads/2017/08/mude-seu-corpo-v7.
pdf) demonstra uma fórmula utilizada para determinar as medidas perfeitas para
o seu tipo de corpo, que tem sido vastamente utilizada nas avaliações para trata-
mento de HAC e AP. Essas proporções são válidas para quem quer ter alta defini-
ção corporal, não vale para quem quer fazer hipertrofia para ficar muito grande,
tipo fisiculturista. Primeiro deve-se dividir o peso ideal, em quilos, pela altura, em
centímetros. Por exemplo, se você tem 1,80m e quer ter 80 quilos de peso, deve di-
vidir 80/180, o que dará um coeficiente de 0,44. Depois, é só usar a tabela em anexo
(ANEXO 1) para localizar na linha do seu coeficiente quais seriam as medidas do
corpo perfeito para você. Para realização da medição utilize uma fita métrica para
medição. Procure sempre tirar as medidas do corpo em um mesmo horário do dia
e antes de fazer exercícios. O melhor horário é logo ao acordar: depois de ir ao ba-
nheiro e antes de tomar café da manhã. Observe como deve-se tirar as medidas do
corpo com mais exatidão:

• Pescoço: mantenha a cabeça reta e o pescoço relaxado.


• Peito: levante os braços, passe a fita ao redor do tórax um pouco acima dos ma-
milos, baixo o braço e respire normalmente.
• Braço: faça um ângulo de noventa graus com o antebraço, contraia o bíceps e
passe a fita na parte mais grossa do braço. Meça os dois braços separadamente.
• Antebraço: deve ser medido na parte mais larga, próxima ao cotovelo, que é onde
o músculo mais se desenvolve. Meça os dois antebraços separadamente.
• Cintura: passe a fita ao redor da cintura na altura do umbigo. Respire normal-
mente.
• Quadris: passe a fita ao redor dos quadris na altura da parte mais protuberante
dos glúteos.
• Coxa: coloque o peso do corpo na perna oposta à que você está medindo. Passe
a fita ao redor da coxa uns cinco dedos abaixo da virilha. Meça cada coxa sepa-
radamente.

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Harmonização Corporal

• Panturrilha: passe a fita na parte mais grossa da panturrilha, uns quatro dedos
abaixo do joelho, que é onde o músculo mais se desenvolvem. Meça cada pan-
turrilha separadamente.

4.4. Bioimpedância
A bioimpedância consiste em um exame não invasivo, que avalia com alta pre-
cisão e rapidez a composição corporal através de uma corrente elétrica impercep-
tível (indolor). A corrente elétrica percorre o corpo e um aparelho mede a oposição
da corrente do fluxo. Essa corrente elétrica move-se em diferentes velocidades pela
massa magra e gordura corporal. A composição corporal é calculada levando-se
em conta a resistência da corrente, sexo, idade e altura, figura 47. Essa avaliação for-
nece informações valiosas para a escolha do planejamento terapêutico do paciente,
como:
• Massa muscular esquelética;
• Massa de gordura corporal;
• % de gordura corporal total;
• Relação cintura-quadril (avaliar risco para desenvolver doenças cardiovascula-
res);
• Análise segmentada da massa muscular e da massa gorda (dos 4 membros e
do tronco);
• Água corporal total;
• Peso e,
• Índice de Massa Corporal (IMC).

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Harmonização Corporal

Figura 47. Relatório gerado pelo aparelho de Bioimpedância InBody 370.

Fonte: https://www.mmlnutri.com.br/composicao-corporal/

— 72 —
Harmonização Corporal

5. Programas de definição de tratamento com associa-


ção de protocolos: eletroterapia, fitoterápicos/nutracêu-
ticos, cosmecêuticos e nutricosméticos
Para que possa ser realizada uma programação de tratamento assertiva do pa-
ciente a etapa de avaliação do mesmo deve sem bem-feita, evitando qualquer per-
da de informação. Na HAC e AP o paciente deve ser avaliado como um todo, de forma
personalizada e integral, considerando todas a suas queixas, seu biotipo corporal,
suas doenças crônicas, medicamentos utilizados rotineiramente, hábitos de vida e
outros fatores que consideramos essenciais para a construção de um planejamento
terapêutico eficaz, de forma a promover/realçar o seu o bem-estar, a sua beleza, a
sua autoestima e, principalmente, a sua saúde. Para tanto é necessário um sólido
conhecimento da fisiopatologia das disfunções estéticas, da farmacologia dos prin-
cipais ativos utilizados nos seus tratamentos, das formas e técnicas de aplicação
desses ativos, da escolha correta das associações de protocolos e dos programas de
definição, destacando a periodicidade das sessões, cuidados e orientações quanto a
possíveis efeitos adversos e colaterais.
As disfunções estéticas a serem tratadas no procedimento de HAC em ordem de
prioridade, são:

• Emagrecimento;
• Gordura localizada;
• Flacidez muscular e tissular;
• Celulite e
• Estrias.

É possível realizar a combinação de dois ou mais tratamentos em conjunto, como


gordura localizada e flacidez, desde que o volume máximo semanal de ativos inje-
táveis não ultrapasse 10 mL. Entretanto pode-se realizar a alternância de aplicações
semanais entre as mesclas, aplicar volumes menores, realizar o tratamento de uma
disfunção estética com injetáveis e demais disfunções com eletroterapia e/ou ativos
de uso de home care.
Paciente atingiu uma definição corporal expressiva, pode então dar prossegui-
mento ou não com a realização das técnicas de AP, a depender do objetivo de cada
tratamento.

— 73 —
Harmonização Corporal

Os tratamentos a serem utilizados no procedimento de AP em ordem de priorida-


de ou associados, são:
• Definição abdominal;
• Definição glútea e,
• Definição muscular geral.

5.1. Emagrecimento
Para pacientes com IMC acima de 30 que almejam emagrecer e atingir percen-
tuais de gordura normais. Importante que todos os pacientes devem ser acompa-
nhados por um profissional nutricionista, de modo a ter uma dieta balanceada com
baixa ingestão de carboidratos, e por um educador físico, para que possa aumentar
a queima de AGLs circulantes.

Sugestões de mesclas – PHD


• Perda de peso 1: Ativador de metabolismo/ diminui colesterol
Colina 200 mg + Inositol 200 mg + Taurina 200 mg + LipoLess (Vit B12 1 mg + Metio-
nina 50 mg + Inositol 75 mg + Colina 75 mg) + L-Carnitina 600 mg + L-Fenilalanina
50 mg/10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), 5 mL em cada glúteo, uma vez por semana, mínimo
de 10 sessões. Pode associar com outras mesclas em alternância de semanas.
Exercícios aeróbicos são desejados e podem ser feitos duas horas após.

• Perda de peso 2: Termogênico e aumento de massa magra


HMB 50 mg + LipoLess (Vit B12 1 mg + Metionina 50 mg + Inositol 75 mg + Colina
75 mg) + L-Carnitina 600 mg + L-Ornitina 150 mg + L-Taurina 100 mg/10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), 5 mL em cada glúteo, uma vez por semana, mínimo
de 10 sessões. Pode associar com outras mesclas em alternância de semanas.
Exercícios aeróbicos são desejados e podem ser feitos duas horas após.

• Inibidor de apetite: Inibe apetite, ansiedade, ativador de metabolismo e redutor


de medidas
L-Theanina 50 mg + Inositol 200 mg + Taurina 200 mg + LipoLess (Vit B12 1 mg +
Metionina 50 mg + Inositol 75 mg + Colina 75 mg) + L-Carnitina 600 mg + L-Feni-
lalanina 50 mg/10 ml.

— 74 —
Harmonização Corporal

Aplicação intramuscular (IM), 5 mL em cada glúteo, uma vez por semana, mínimo
de 10 sessões. Pode associar com outras mesclas em alternância de semanas.
Exercícios aeróbicos são desejados e podem ser feitos duas horas após.

• Saciedade carboidrato – massa magra e definição: Low carb


L-Fenilalanina 50 mg + Sulfato de Magnésio 200 mg + HMB 50 mg + L Carnitina
600 mg + Picolinato de Cromo 100 mcg/10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), 5 mL em cada glúteo, uma vez por semana, mínimo
de 10 sessões. Pode associar com outras mesclas em alternância de semanas.
Exercícios aeróbicos são desejados e podem ser feitos duas horas após.

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
das mesclas, em associação.
• Criolipólise;
• Hidrolipoclasia;
• Hidroquimiolipoclasia;
• Carboxiterapia e,
• Hidroquimiolipocarboxiclasia.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 1: Termogênico/Diminuição da gordura
Capsiate 15 mg
Evodiamina (30% evodiamina) 30 mg
Cinnamon (50% polifenois) 200 mg
Citrus Aurantium (30% Sinefrina) 50 mg
Citrulina 600 mg
Camelia Sinensis (90% polifenois) 200 mg
Cavalinha 500 mg
Cafeína 400 mg
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

— 75 —
Harmonização Corporal

• Fórmula 2: Inibição da absorção de lipídios e carboidratos/Sacietógena


Faseolamina 170 mg
Caseolamina 200 mg
Pysillium 5 g
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

• Fórmula 3: Protetor hepático


Silimarina 250 mg
Garra do diabo 200 mg
Betaína HCl 150 mg
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

5.2. Gordura localizada (GL)


Para pacientes com IMC abaixo de 30 que almejam percentuais de gordura nor-
mais sem deformidades adiposas. Importante que todos os pacientes devem ser
acompanhados por um profissional nutricionista, de modo a ter uma dieta balance-
ada com baixa ingestão de carboidratos, e por um educador físico, para que possa
aumentar a queima de AGLs circulantes.

Sugestões de mesclas – PHD:


• Redutor de culote: área de culote
Ioimbina 2,5 mg + Benzopirona 1 mg + Silício 10 mg + LipoLess (Vit B12 1 mg + Me-
tionina 50 mg + Inositol 75 mg + Colina 75 mg) + L-Carnitina 600 mg + Lidocaína
20 mg/10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Redutor de gordura light I: Prega menor que 3 cm/ Dorso, abdômen e flancos
Teacrina 5 mg/5 ml + BCAA (L-Leucina 5 mg + L-Isoleucina 5 mg + L-Valina 5 mg/
ml) + L-Carnitina 100 mg/5 ml + Pentoxifilina 5 mg/5 ml + Cafeína 10 mg/5 ml +
HMB 5 mg/5 ml + Silício 25 mg/5 ml + Lidocaína 20 mg/5 ml - AMP 10 ml.

— 76 —
Harmonização Corporal

Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Redutor de gordura light II: Prega menor que 3 cm/ Dorso, abdômen e flancos
Colina 200 mg + Silício 10 mg + Inositol 200 mg + Taurina 200 mg + L Carnitina
600 mg + Tripeptídeo 41 24 mg + Lidocaína 20 mg/10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Redutor de gordura power I: Prega maior que 3 cm/ Dorso, abdômen e flancos
Desoxicolato de Sódio 25 mg/5 ml + Tripeptideo 41 50 mg/5 ml + Pentoxifilina
3,5 mg/5 ml + Cafeína 10 mg/5 ml + L-Carnitina 100 mg/5 ml + Silício 25 mg/5 ml +
Lidocaína 20 mg/5 ml - AMP 10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Redutor de gordura power II: Prega maior que 3 cm/ Dorso, abdômen e flancos
Crisina 100 mcg/2 ml + Desoxicolato de Sódio 5%/2 ml + Pentoxifilina 40 mg/2 ml
+ Cafeína 50 mg/2 ml + L-Carnitina 600 mg/2 ml - AMP 10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

— 77 —
Harmonização Corporal

• Lipossoma de girassol plus: Prega maior que 4 cm/ Redução de medidas/ Dorso,
abdômen e flancos
Lipossomas de Girasol 6,8% + Silicio 0,5% + L Carnitina 600mg + Lidocaína 20mg/5ml
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Hidrolipoclasia power: Prega maior que 4 cm/ Redução de medidas/ Dorso, ab-
dômen e flancos
Lipossomas de Girasol 6,8% + Silicio 0,5% + L Carnitina 600 mg + Lidocaína
20 mg/5 ml + Inositol 200 mg + Taurina 200 mg/2 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exer-
cícios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são deseja-
dos e podem ser feitos duas horas após.
Recomenda-se o uso de cinta modeladora após as aplicações e por 3 dias su-
cessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em caso de dor usar, somente, analgé-
sico sem ação anti-inflamatória.

• Lipodetox – protetor hepático: pré e pós lipoenzimática


Resveratrol 5 mg/2 ml + L Carnitina 600 mg/2 ml + Cafeína 50 mg/2 ml + L Ornitina
150 mg/2 ml + Inositol 200 mg + Taurina 200 mg/2 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, antes e após as aplicações da
mescla de lipoenzimática, mínimo de 5 sessões. Pode associar com outras mes-
clas em alternância de semanas.

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
em associação às mesclas.
• Criolipólise;
• Criofrequência;
• Ultracavitação;
• Ultrassom microfocado;

— 78 —
Harmonização Corporal

• Radiofrequência,
• Hidrolipoclasia;
• Hidroquimiolipoclasia;
• Carboxiterapia e,
• Hidroquimiolipocarboxiclasia.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 4: Queima de gordura localizada
Morosil 150 mg
Cactinea 250 mg
Pholia magra 150 mg
Agar agar 1000 mg
Posologia: Tomar uma dose 1 hora antes das refeições.

• Fórmula 5: Redução da adiposidade abdominal


Phy Tgen 200 mg
Bifidibacterium adolescentes LEMMA 1 bilhão de UFC
Bio-MAMPs L.grasseri 10 mg
Lactobacillus curvatus LEMMA 1 bilhão de UFC
GliSODin® 250 mg
Active EGCC 95% Cafeína free 50 mg
Active® asssafre – Crocus satuvus 30 mg
Excipiente qsp Uma dose
Posologia: Tomar uma dose 30 min antes das refeições.

• Fórmula 3: Protetor hepático


Silimarina 250 mg
Garra do diabo 200 mg
Betaína HCl 150 mg
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

— 79 —
Harmonização Corporal

5.3. Liposdistrofia geloide (LDG) ou Fibroedema ginoide (FEG) – Ce-


lulite
Os pacientes devem ser acompanhados por um profissional nutricionista, de
modo a ter uma dieta balanceada com baixa ingestão de carboidratos, e por um
educador físico, para que possa aumentar a queima de AGLs circulantes.

Sugestões de mesclas – PHD:


• Celulite retenção hídrica:
Benzopirona 1 mg + Asiaticoside 0,6 mg + Cafeína 50 mg + Crisina 100 mcg + Pen-
toxifilina 40 mg + Lidocaína 20 mg/10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Celulite Max: Prevenção celulite


DMAE 3% + Condroitin Sulfato + Cafeína 50 mg + Benzopirona 1 mg + Piruvato de
Sódio 20 mg + Lidocaína 20 mg/10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios,em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Celulite fibrose: Grau III - Grave/ Grau III e IV


Pentoxifilina 40 mg + Cafeína 50 mg + L Carnitina 600 mg + L Ornitina 150 mg/8 ml
+ Hialuronidase 2000 UTR pó +diluente/2 ml/ 10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos após o procedimento. Exercícios aeróbicos são desejados
e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta modeladora
após as aplicações e por 3 dias sucessivos. Evitar uso de anti-inflamatórios, em
caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

— 80 —
Harmonização Corporal

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
em associação às mesclas.
• Ultrassom;
• Radiofrequência e,
• Carboxiterapia.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 6: Prevenção celulite
Crisina 1 g
Cactinea 250 mg
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

• Fórmula 7: Redução e firmeza da pele


Dimpless 40 mg
Collys 2 g
Cactinea 500 mg
Posologia: Tomar uma dose pela manhã.

• Fórmula 8: Creme redutor de celulite


AlgeaEsthe Powder 5%
Cafeína 5%
Asiaticosídeo 0,5%
Creme com Xalifin 15® qsp 100 g
Posologia: Aplicar nas regiões afetadas, com massagens, uma vez ao dia.

5.4. Flacidez tissular


Para maior eficiência do tratamento o paciente deve ser acompanhado por um
nutricionista e por um educador físico.
Sugestões de mesclas – PHD:
• Flacidez corporal:
DMAE 3% + ADN (Ác. Hialurônico 10mg + Condroitin 25mg) + Nanofatores de Cres-
cimento AntiAging/Rugas (TGFB3 1% + IDP2 1% + IGF 1%) + Silício 10 mg + Lidocaína
20 mg/10 ml.

— 81 —
Harmonização Corporal

Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Exercícios aeróbicos
são desejados e podem ser feitos duas horas após. Recomenda-se o uso de cinta
modeladora após as aplicações e por 3 dias sucessivos.

Bioestimuladores de colágeno:
• Radiesse Duo: A base de CaHa, utilizado em maiores áreas com intensa bioestimu-
lação, aumetam a espessura e rigidez da pele, promovendo maior sustentação;
• Radiesse Plus: A base de CaHa, utilizado de forma pontual, sem diluições, promo-
vendo volumização e maior efeito lifting. Tem efeito preenchedor.
• Sculptra: A base de PLLA, não oferece efeito volumizador imediato, indicado para
áreas mais superficiais, maior bioestimulação, porém efeito mais demorado.

Após aplicação orientar o paciente que não pode ser feito o uso de anti-infla-
matórios (AINES), principalmente, os corticosteroides (AIES), em caso de dor usar, so-
mente, analgésico sem ação anti-inflamatória. Apesar de controversa a execução
de massagem pós-injeção na área tratada com PLLA evita a formação de nódulos
e promove uma melhor homogeinização e espalhabilidade do produto. Vários estu-
dos relatam uma distribuição mais uniforme do produto e redução de complicações
como a incidência da formação de nódulos após a “regra 5” da massagem. Esta re-
gra se baseia em 5 massagens por dia na área tratada, cada uma com duração de
5 minutos, durante 5 dias após a realização do procedimento.

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
em associação às mesclas.
• Corrente russa/ aussie e,
• Carboxiterapia.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 9: redução da flacidez
Rafferzemine 7%
DMAE 10%
Essência Doxlina 0,1%
Creme qsp 300 g
Posologia: Passar nas áreas flácidas duas vezes por dia, de manhã e à noite.

— 82 —
Harmonização Corporal

• Fórmula 10: prevenção flacidez


Centella asiática 500 mg
Glycoxil 300 mg
Exsynutriment 150 mg
Posologia: Uma cápsula por dia, longe das refeições.

5.5. Estrias
Para maior eficiência do tratamento o paciente deve ser acompanhado por um
nutricionista e por um educador físico.
Sugestões de mesclas – PHD:
• Estrias rubras/vermelhas: Cicatrização, hidratação e vitalidade
ADN (Ác. Hialurônico 10mg + Condroitin 25 mg/ml - FR 2,5 ml) + Nanofatores de
Crescimento AntiAging/Rugas (TGFB3 1%+ IDP2 1%+ IGF 1%/2 ml) + Silício 10 mg/2 ml
+ Vitamina C 20%/2 ml + Lidocaína 2%/2 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 3 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Não expor ao sol.

• Estrias brancas/albas: Cicatrização, regeneração e repigmentante


Ácido Hialurônico 4 mg/2 ml + Ácido Glicólico 20 mg/2 ml + Sulfato de Cobre
0,5 mg/2 ml + Vitamina C 20%/2 ml + Lidocaína 2%/2 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 3 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não expor ao sol.

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
em associação às mesclas.
• Carboxiterapia.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 11: reparo de estrias
Registril® 3%
Loção qsp 100 mL
Posologia: Passar nas áreas afetadas duas vezes por dia, de manhã e à noite.

— 83 —
Harmonização Corporal

• Fórmula 12: prevenção de estrias, especialmente na gravidez


Óleo de Amêndoas 5%
Óleo de Macadâmia 4%
Extrato de Calêndula 3%
Óleo de Rosa Mosqueta 3%
Creme Não Iônico qsp 250 g.
Posologia: Passar nas áreas afetadas duas vezes por dia, de manhã e à noite.

5.6. Definição muscular


Sugestões de mesclas – PHD:
• Ganho de massa – anabólico: Aumenta o ganho de massa magra e disposição
Crisina 0,1 mg/5 ml + L-Arginina 100 mg/5 ml +L-Ornitina 35 mg/5 ml + BCAA
(L-Leucina 3,5 mg + L-Isoleucina 3,5 mg + L-Valina 3,5 mg) + HMB 10 mg/5 ml +
Cafeína 10 mg/5 ml - AMP 10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar
exercícios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são
permitidos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios,
em caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Ganho de massa – anticatabólico: Evita a perda de massa magra e disposição


Ácido Alfa Lipóico 2,5 mg/5 ml + BCAA (L-Leucina 3,5 mg + L-Isoleucina 3,5 mg +
L-Valina 3,5 mg) + HMB 10 mg/5 ml + L-Arginina 100 mg/5 ml - AMP 10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar
exercícios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são
permitidos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios,
em caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Ganho de massa – modulação hormonal: modula os hormônios responsáveis


pelo ganho de massa magra
Zinco 20 mg + Magnésio 200 mg/2 ml + Vitamina B6 (Piridoxina) 50 mg/2 ml +
Crisina 0,1 mg + L-Arginina + L-Ornitina 35 mg + BCAA (L-Leucina 3,5 mg + L-Iso-
leucina 3,5 mg + L-Valina 3,5 mg) + HMB 10 mg + Cafeína 10 mg/5 ml.

— 84 —
Harmonização Corporal

Aplicação intramuscular (IM), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar
exercícios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são
permitidos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios,
em caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• Definição abdominal: desenha e molda o músculo local


L-Arginina 150 mg/5 ml + Teacrina 5 mg/5 ml + L-Carnitina 75 mg/5 m Pentoxifi-
lina 3,5 mg/5 ml + Cafeína 12,5 mg/5 ml + BCAA (L-Leucina 3,5mg + L-Isoleucina
3,5 mg + L-Valina 3,5 mg) + Silício 25 mg/5 ml + LipoLess (Vit B12 1 mg + Inositol
75 mg + Colina 75 mg) + Lidocaína 20 mg/5 ml - AMP 10 ml.
Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são permiti-
dos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios, em caso
de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

• GlúteoMax:
Fase 1:
Isoleucina 2,6 mg/ml + Leucina 5,4 mg/ml + Valina 4,8 mg/ml + Arginina 16,8 mg/ml
+ Glicina 44,2 mg/ml + Alanina 16,2 mg/ml + Ácido glutâmico 19,6 mg/ml + Prolina
25,2 mg/ml + Tirosina 2 mg/ml + Ácido Aspártico 11,2 mg/ml + Histidina 1,8 mg/ml
+ Hidroxilisina 3,2 mg/ml + Hidroxiprolina 23 mg/ml + Lisina 7,8 mg/ml + Fenilala-
nina 4,2 mg/ml + Serina 6,8 mg/ml + Treonina 3,8 mg/ml + DMAE 1,5 mg/ml + Vita-
mina B12 75 mcg/ml + Silício 5 mg/ml + Sulfato de Magnésio 2 mg/ml + Metionina
8 mcg/ml + Asiaticoside 0,6 mg/ml + Lidocaína 2 mg/ml - AMP 10 ml.
Aplicação intramuscular (IM), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode
associar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar
exercícios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são
permitidos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios,
em caso de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

Fase 2:
Ac. Hialurônico 1 mg/ml + DMAE 40 mg/ml + Vitamina C 10 mg/ml + Silício 1 mg/
ml + Piruvato de sódio 1 mg/ml + Cobre 1 mg/ml + Zinco 1 mg/ml Ferro 1 mg/ml
+ Selênio 1 mg/ml + Sulfato de Magnésio 1 mg/ ml + Cloreto de Sódio 9 mg/ml +
Lidocaína 3 mg/ml – FR 10 ml.

— 85 —
Harmonização Corporal

Aplicação subcutânea (SC), uma vez por semana, mínimo de 5 sessões. Pode as-
sociar com outras mesclas em alternância de semanas. Não deve realizar exercí-
cios físicos hipertróficos e após o procedimento. Exercícios aeróbicos são permiti-
dos e podem ser feitos duas horas após. Evitar uso de anti-inflamatórios, em caso
de dor usar, somente, analgésico sem ação anti-inflamatória.

Eletroterapia
Todos os procedimentos deverão ser feitos dois ou três dias após as aplicações
em associação às mesclas.
• Corrente russa ou aussie.

Fitoterápicos/ Nutracêuticos – Home care


• Fórmula 13: pré-treino e aumento de disposição
L-arginina 500 mg
Cafeína anidra 200 mg
Beta alanina 500 mg
Magnésio Q Treonato 200 mg
Selênio 350 mcg
Metilcobalamina 2 mg
L-carnitina 600 mg
L-taurina 200 mg
Posologia: Tomar uma dose 30 min antes do treino, por 30 dias.

• Fórmula 14: aumento de testosterona/ aumento de massa magra/ hipertrofia


Tribulus terrestres 300 mg
Maca peruana 300 mg
Long jack 300 mg
Testofen 100 mg
Mucuna pruriens 300 mg
Urtiga dioica 200 mg
Turkesterone 200 mg
Posologia: Tomar uma dose à noite.

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Harmonização Corporal

6. Hidroxiapatita de cálcio (CaHa)


A CaHa pode ser encontrada no mercado várias formulações, os produtos mais
utilizados são Radiesse Duo®, Radiesse Plus® e Rennova Diamond®. O Radiesse Duo®
apresenta-se na forma de suspensão contendo 30% de CaHa e 70% de croscarme-
lose sódica (CMC) em 1,5 mL de solução, com água para injetáveis como veículo. Já
Radiesse Plus® apresenta-se na forma de suspensão contendo 30% de CaHa e 70% de
croscarmelose sódica (CMC) em 1,5 mL de solução, com lidocaína sem vasoconstri-
tor como veículo. O Rennova Diamond® apresenta a mesma formulação do Radiesse
Duo®, forma de suspensão contendo 30% de CaHa e 70% de croscarmelose sódica
(CMC) em 1,5 mL de solução, com água para injetáveis como veículo. Para aplica-
ções corporais deve-se diluir os 1,5 mL do Radiesse Duo® com 1 mL de soro fisiológico
ou água para injetáveis e 2 mL de lidocaína sem vasoconstritor, completando um
volume final de 4,5 mL, correspondente à 10% de CaHa. Após mistura, deve-se ho-
megeinizar a suspensão formada utilizando um conector tree way, acoplado à duas
seringas de 10 mL. Já o Radiesse Plus® não se deve fazer diluição, pois como o uso do
mesmo é pontual, para volumização, preenchimento e efeito lifting, a diluição torna-
-se desnecessária. A outra linha de biestimuladores a base de CaHa, como o Ren-
nova Diamond® apresenta-se na forma de suspensão contendo 30% de CaHa e 70%
de croscarmelose sódica (CMC) em 1,25 mL de solução, com lidocaína sem vasocos-
ntritor como veículo. Para aplicações corporais deve-se diluir os 1,5 mL do Rennova
Diamond® com 0,5 mL de soro fisiológico ou água para injetáveis e 2 mL de lidocaína
sem vasoconstritor, completando um volume final de 3,75 mL, correspondente à 10%
de CaHa, Da mesma forma, após mistura, deve-se homegeinizar a suspensão forma-
da utilizando um conector tree way, acoplado à duas seringas de 10 mL.

6.1. Ácido Poli-L-Lático (PLLA)


O PLLA pode ser encontrado no mercado em duas formulações patenteadas,
Sculptra® e Rennova Elleva®. O Sculptra® apresenta na forma de suspensão contendo
150 mg de PLLA, 90 mg de croscarmelose sódica e 127,5 mg de manitol não-pirogê-
nico em 5 mL de água para injetáveis. Para aplicações corporais deve-se diluir os 5
mL com 8 mL de água para injetáveis, homegeinizar lentamente, sem movimentos
bruscos e deixar hidratando por 72 horas em ambiente com temperatura de 5°C à
30°C. Após as 72 horas, adicionar 2 mL de água para injetáveis ou lidocaína, figura
51. O Rennova Elleva® apresenta na forma sólida contendo 210 mg de PLLA, 132 mg
de croscarmelose sódica e 178 mg de manitol não-pirogênico. Para aplicações cor-
porais deve-se reconstituir com 16 mL de água para injetáveis, homegeinizar lenta-

— 87 —
Harmonização Corporal

mente, sem movimentos bruscos e deixar hidratando por 1 hora em ambiente com
temperatura de 5°C à 30°C. Após 1 hora, adicionar 4 mL de água para injetáveis ou
lidocaína, figura 50.

Figura 50. Preparo, manipulação e reconstituição do PLLA, (Sculptra® e Rennova Elleva®), para aplicação corporal.

Fonte: Próprio autor.

7. Vias de administração e técnicas de aplicação


7.1 Vias de administração de injetáveis em HAC e AP
As principais vias de administração utilizadas na HAC e AP, são:
• Intramuscular profunda (IM-P): aplicação de mesclas com volume de 10 mL,
sendo 5 mL em cada glúteo no quadrante superior externo. Angulação de 90°,
aplicação com uso da técnica em “Z”e agulha 21G u 22G. Deve-se aspirar para
verificar se não pegou nenhum vaso, caso tenha, retirar a agulha do tecido, tro-
car e injetar em outro músculo. Após aplicação deve-se descartar a agulha sem
reencapar no Descarpak®. Utilizada para mesclas de emagrecimento, figura 51.

• Intramuscular curta (IM-C): aplicação de mesclas com volume de 10 mL pon-


tuais, em regiões de pele delgada, com fina camada de teido subcutâneo. Em
cada ponto deve-se aplicar de 0,2 a 0,8 mL, a distância entre cada ponto deve
ser de 1 a 2 cm, a depender da região a ser aplicada. Angulação de 90°, aplica-

— 88 —
Harmonização Corporal

ção com uso da técnica em “Z” e agulha 30G. Deve-se aspirar para verificar se
não pegou nenhum vaso, caso tenha, retirar a agulha do tecido, trocar e injetar
em outro ponto. Após aplicação deve-se descartar a agulha sem reencapar no
Descarpak®. Utilizada para as técnicas de AP, como definição abdominal, glútea
e demais músculos.

• Subcutânea (SC): aplicação de mesclas com volume de 10 mL pontuais. Em


cada ponto deve-se aplicar de 0,2 a 0,4 mL, a distância entre cada ponto deve
ser de 1 a 2 cm, a depender da região a ser aplicada. Angulação de 90° para
pregas maiores que 2,5 cm e 45° para pregas abaixo de 2,5 cm. Para aplicação
realiza a prega, injeta a agulha, relaxa um pouco a prega, aspira para verificar
se não pegou nenhum vaso, injeta os ativos, solta e prega e retira a agulha. Após
aplicação deve-se descartar a agulha sem reencapar no Descarpak®. Utilizada
para as aplicações de gordura localizada (GL), celulite e definição abdominal,
figura 51.

• Intradérmica com agulha (ID): aplicação de mesclas com volume de 10 mL pon-


tuais. Em cada ponto deve-se aplicar, no máximo, 0,1 mL, com distância de 1 a 2
cm, com agulha 30 G, formando pápulas, com angulação de 15°. Pode, também,
realizar a aplicação pela técnica de retroinjeção, adicionando um volume maior
de ativo, como usado nas estrias. Após aplicação deve-se descartar a agulha
sem reencapar no Descarpak®. Utilizada para as aplicações de estrias e flacidez,
figura 51.

• Intradérmica com cânula: aplicação de bioestimuladores de colágeno. As apli-


cações deverão ser realizadas utilizando cânulas graduadas com tamanho de
18G para glúteos e interno de coxa e de 22G para abdômen. Primeiro realiza o
pertuito com agulha 18G ou 21G, de acordo com a cânula a ser utilizada, insira
0,5 mm da cânula na pele com angulação de 15° ou menos. Os bioestimulado-
res devem ser injetados em profundidade entre de 4 a 6 mm. Quando se deseja
efeito preenchedor a profundidade pode chegar a 8 mm ou mais, sendo depo-
sitado no tecido subcutâneo ou na junção óssea, como o uso do Radiesse Plus®.
Após aplicação deve-se descartar a agulha sem reencapar no Descarpak®, fi-
gura 51.

— 89 —
Harmonização Corporal

Figura 51. Vias de aplicação de injetáveis utilizadas na HAC e AP.

Fonte: https://blog.bunzlsaude.com.br/hospitalar/agulhas-hipodermicas-tipos-e-indicacoes/

Obs.: TÉCNICA EM “Z” PARA APLICAÇÕES IM


O método em Z (Z-track) cria um ziguezague através dos tecidos, o que veda o
trajeto da agulha, para evitar o retorno da medicação. Para realização da técnica em
Z todo o preparo para administração de medicamentos IM é idêntico. A fase de ad-
ministração da injeção propriamente dita difere da administração IM convencional a
partir dos passos a seguir, figura 52:
• Posicionar a mão não dominante logo abaixo do local a ser injetado o medica-
mento.
• Puxar a pele aproximadamente 2,5 a 3,5 cm para baixo ou lateralmente com o
lado ulnar da mão, a fim de administrar uma injeção com técnica em Z (Z-track).
Manter a posição até que o medicamento seja injetado (figura 5).
• Introduzir rapidamente a agulha em ângulo de 90° dentro do músculo, com a
mão dominante.
• Segurar a parte inferior do tubo da seringa com a mão não dominante, após a
agulha furar a pele, com o intuito de manter firmeza na seringa. • Manter a pele
firme com a mão não dominante.
• Mover a mão dominante para o fim do êmbolo, sem que a seringa se mova.
• Puxar o êmbolo de volta por 5 a 10 segundos. • Injetar o medicamento de forma
lenta, caso não haja retorno do sangue.

— 90 —
Harmonização Corporal

Figura 52. Técnica de aplicação em “Z”.

A, puxar a pele durante a injeção IM move o tecido e previne o retorno do medica-


mento pelo caminho da agulha. B, O tronco em Z(Z-track) deixado após a injeção
evita o depósito da medicação através do tecido sensibilizado.
Fonte: http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/enfermagem/
pop_33_administracao_de_medicacao_por_via_intramuscular_em_adultos.pdf

Na definição muscular em geral, os ativos injetáveis usados são os ergogênicos/


hipertróficos, aplicados diretamente no músculo através das aplicações intramus-
culares curtas. A resposta muscular em relação às aplicações injetáveis é rápida e
o anabolismo é aumentado consideravelmente, projetando e deixando os músculos
torneados.

7.2 Bioestimuladores de colágeno


A aplicação dos bioestimuladores de colágeno são idênticas, independentes do
princípios ativos, seja CaHa ou PLLA. Em geral, os bioestimuladores de colágeno po-
dem ser injetados em três planos de aplicação distintos dependendo das caracte-
rísticas do paciente: supraperiosteal, subcutâneo e subdérmico. A seleção do plano
supraperiosteal é indicada para áreas com suporte ósseo, o subcutâneo para áreas
sem alicerce ósseo, e subdérmico para os casos de flacidez cutânea. Os locais favo-
ráveis de aplicação são os dinamicamente estáveis e com espessura dérmica sufi-
cientemente adequada a profundidade da injeção. As técnicas de aplicação variam
de acordo com o profissional, a experiência e a área a ser tratada. Existem diversas
técnicas a serem consideradas durante a aplicação que incluem hachura cruzada
(Cross-Hatching), retrógrado em leque (fanning) ou retrógrado em leque cruzado
(cross-fanning), figura 53 e 54 (Sandoval, 2017).

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Harmonização Corporal

Figura 53. Locais e técnicas de aplicações corporais de PLLA. Aplicação no abdômen com a técnica Retrógrada
Linear ou Retrógrada em Leque e aplicação nos glúteos com a técnica Retrógrada Linear ou Retrógrada em Leque.

Fonte: (Haddad et al., 2017)

Figura 56. Locais e técnicas de aplicações corporais de CaHa.

Fonte: (de Almeida et al., 2019)

8. Gerenciamento de intercorrências
A principal diferença entre o efeito colateral e o efeito adverso (também conhe-
cido por RAM (Reação Adversa ao Medicamento) é que neste último caso, as con-
sequências são consideradas sempre prejudiciais, enquanto um efeito colateral,

— 92 —
Harmonização Corporal

dependendo da situação, pode ser benéfico, como os processos inflamatórios de-


sejáveis através da realização de alguns procedimentos estéticos, principalmente
os observados através da aplicação dos bioestimuladores.
Os efeitos relacionados ao processo inflamatório podem ser considerados ad-
versos quando a intensidade da inflamação é alta e colaterais quando são bran-
das e moderadas, uma vez que se tornam benéficos pelo estímulo da produção de
fibroblastos e consequente produção de colágeno,elastina e matriz extracelular. As
principais respostas inflamatórias são: dor, calor, eritema e edema. Se a inflamação
estiver exacerbada e ocasionando dores fortes pode-se entrar com o uso de anala-
gésios (Paracetamol 750 mg e Dipiriona 1g) e, quando necessário, o uso de anti-in-
flamatórios não-esteroidais (AINES) (Nimesulida 100 mg e Ibuprofeno 600 mg), se as
dores persistirem e a intensidade da inflamação piorar o paciente deve ser encami-
nhado para o médico.
Efeitos adversos como equimoses, nódulos fibróticos e hiperpigmentação pós-
-inflamatória podem surgir e estão relacionados ao procedimento de aplicação e a
correta a anamnese do paciente. Caso persistam o paciente deve ser reavaliado e,
se necessário, deve-se realizar a intervenção correta, seja o tratamento dos efeitos
adversos pelo próprio profissional, ou o encaminhamento para médico (Sivagnanam,
2010).
Alguns efeitos menos comuns podem surgir, como: náusea, vômito, diarreia, ur-
ticária pigmentosa, hipersensibilidade (alergia a algum a ativo ou componente da
fórmula) e necrose. Com exceção da necrose (que tem mais probabilidade de ocor-
rer com o uso de substâncias necrosantes), todos os outros efeitos são de caráter
sistêmico. Náusea, vômito e diarreia podem surgir, especialmente, após a aplicação
intramuscular e/ou gordura localizada, que tem uma absorção sistêmica maior do
que as aplicações intradérmicas. Caso os sintomas não diminuam ou desapareçam
em algumas horas (12 a 24 horas no máximo) o paciente deve ser encaminhado ao
médico. Já a necrose em processo inicial pode ser revertida pelo profissional, através
do uso de AINES e mucopoçissacarídeos, porém processos avançados necessitam
de cuidados médicos. (Sivagnanam, 2010).
Alguns efeitos adversos raros merecem atenção como os ocasionados pela in-
fecção por Mycobacterium. Caso isto ocorra, o paciente deverá ser encaminhado ao
médico imediatamente. Algumas aplicações podem desencadear reações de pso-
ríase, lúpus eritematoso sistêmico, paniculite, atrofia, acromia e erupção liquenoide
(Herreros et al., 2011).

— 93 —
Harmonização Corporal

9. Referências bibliográficas
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mando os efeitos naturais da atividade física? Arquivos Brasileiros de Endocrinologia
& Metabologia, 45(2), 121–122. https://doi.org/10.1590/S0004-27302001000200002
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— 94 —
Harmonização Corporal

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— 95 —
Harmonização Corporal

10. Anexo
ANEXO 1 – Tabela de medidas de circunferências ideais de acordo com a relação
peso/ altura

Coeficiente Pescoço Bíceps Antebraço Peito Cintura Quadris Coxas Panturrilha


0,339 35,6 33,3 27,7 92,5 69,3 83,3 50,0 33,3
0,340 35,6 33,3 27,7 92,6 69,4 83,4 50,1 33,3
0,341 35,7 33,4 27,8 92,7 69,6 83,6 50,2 33,4
0,342 35,7 33,4 27,8 92,9 69,7 83,7 50,2 33,4
0,343 35,8 33,5 27,8 93,0 69,8 83,8 50,3 33,5
0,344 35,8 33,5 27,9 93,2 69,9 83,9 50,4 33,5
0,345 35,9 33,6 27,9 93,3 70,0 84,1 50,4 33,6
0,346 35,9 33,6 28,0 93,5 70,1 84,2 50,5 33,6
0,347 36,0 33,7 28,0 93,6 70,2 84,3 50,6 33,7
0,348 36,0 33,7 28,0 93,8 70,3 84,5 50,7 33,7
0,349 36,1 33,8 28,1 93,9 70,4 84,6 50,7 33,8
0,350 36,1 33,8 28,1 94,1 70,5 84,7 50,8 33,8
0,351 36,2 33,9 28,2 94,2 70,6 84,8 50,9 33,9
0,352 36,2 33,9 28,2 94,4 70,7 85,0 50,9 33,9
0,353 36,2 34,0 28,2 94,5 70,8 85,1 51,0 34,0
0,354 36,3 34,0 28,3 94,7 71,0 85,2 51,1 34,0
0,355 36,3 34,1 28,3 94,8 71,1 85,3 51,1 34,1
0,356 36,4 34,1 28,4 94,9 71,2 85,5 51,2 34,1
0,357 36,4 34,2 28,4 95,1 71,3 85,6 51,3 34,2
0,358 36,5 34,2 28,4 95,2 71,4 85,7 51,3 34,2
0,359 36,5 34,3 28,5 95,4 71,5 85,9 51,4 34,3
0,360 36,6 34,3 28,5 95,5 71,6 86,0 51,5 34,3
0,361 36,6 34,3 28,5 95,7 71,7 86,1 51,5 34,3
0,362 36,7 34,4 28,6 95,8 71,8 86,2 51,6 34,4
0,363 36,7 34,4 28,6 96,0 71,9 86,4 51,7 34,4
0,364 36,8 34,5 28,7 96,3 72,1 86,6 51,8 34,5
0,365 36,9 34,6 28,8 96,4 72,2 86,7 51,9 34,6
0,366 36,9 34,6 28,8 96,5 72,3 86,8 52,0 34,6
0,367 37,0 34,7 28,8 96,7 72,4 87,0 52,1 34,7
0,368 37,0 34,7 28,9 96,8 72,5 87,1 52,1 34,7
0,369 37,1 34,8 28,9 96,9 72,6 87,2 52,2 34,8
0,370 37,1 34,8 29,0 97,1 72,7 87,3 52,3 34,8
0,371 37,2 34,9 29,0 97,2 72,8 87,4 52,4 34,9
0,372 37,2 34,9 29,1 97,4 72,9 87,6 52,4 34,9

— 96 —
Harmonização Corporal

0,373 37,3 35,0 29,1 97,5 73,0 87,7 52,5 35,0


0,374 37,3 35,0 29,2 97,6 73,1 87,8 52,6 35,0
0,375 37,4 35,1 29,2 97,8 73,2 87,9 52,7 35,1
0,376 37,4 35,1 29,3 97,9 73,3 88,0 52,8 35,1
0,377 37,5 35,2 29,3 98,0 73,4 88,1 52,8 35,2
0,378 37,5 35,2 29,4 98,2 73,5 88,3 52,9 35,2
0,379 37,6 35,3 29,4 98,3 73,6 88,4 53,0 35,3
0,380 37,6 35,3 29,5 98,5 73,7 88,5 53,1 35,3
0,381 37,6 35,4 29,5 98,6 73,8 88,6 53,1 35,4
0,382 37,7 35,4 29,6 98,7 73,9 88,7 53,2 35,4
0,383 37,7 35,5 29,6 98,9 74,0 88,8 53,3 35,5
0,384 37,8 35,5 29,7 99,0 74,1 89,0 53,4 35,5
0,385 37,8 35,6 29,7 99,1 74,2 89,1 53,5 35,6
0,386 37,9 35,6 29,8 99,3 74,3 89,2 53,5 35,6
0,387 37,9 35,7 29,8 99,4 74,4 89,3 53,6 35,7
0,388 38,0 35,7 29,9 99,5 74,5 89,4 53,7 35,7
0,389 38,0 35,8 29,9 99,7 74,6 89,5 53,8 35,8
0,390 38,1 35,8 30,0 99,8 74,7 89,7 53,8 35,8
0,391 38,2 35,9 30,0 100,0 74,7 89,8 53,9 35,9
0,392 38,2 35,9 30,0 100,1 74,8 89,9 54,0 35,9
0,393 38,3 36,0 30,1 100,2 74,8 90,0 54,1 36,0
0,394 38,3 36,0 30,1 100,3 74,9 90,2 54,1 36,0
0,395 38,4 36,0 30,2 100,5 75,0 90,3 54,2 36,0
0,396 38,4 36,1 30,2 100,6 75,0 90,4 54,3 36,1
0,397 38,5 36,1 30,2 100,7 75,1 90,5 54,4 36,1
0,398 38,5 36,2 30,3 100,9 75,1 90,6 54,5 36,2
0,399 38,6 36,2 30,3 101,0 75,2 90,8 54,5 36,2
0,400 38,7 36,3 30,3 101,1 75,2 90,9 54,6 36,3
0,401 38,7 36,3 30,4 101,3 75,3 91,0 54,7 36,3
0,402 38,8 36,4 30,4 101,4 75,4 91,1 54,8 36,4
0,403 38,8 36,4 30,5 101,5 75,4 91,3 54,8 36,4
0,404 38,9 36,5 30,5 101,7 75,5 91,4 54,9 36,5
0,405 38,9 36,5 30,5 101,8 75,5 91,5 55,0 36,5
0,406 39,0 36,6 30,6 101,9 75,6 91,6 55,1 36,6
0,407 39,0 36,6 30,6 102,1 75,6 91,7 55,1 36,6
0,408 39,1 36,7 30,6 102,2 75,7 91,9 55,2 36,7
0,409 39,2 36,7 30,7 102,3 75,7 92,0 55,3 36,7
0,410 39,2 36,8 30,7 102,5 75,8 92,1 55,4 36,8
0,411 39,3 36,8 30,8 102,6 75,9 92,2 55,4 36,8
0,412 39,3 36,8 30,8 102,7 75,9 92,4 55,5 36,8

— 97 —
Harmonização Corporal

0,413 39,4 36,9 30,8 102,9 76,0 92,5 55,6 36,9


0,414 39,4 36,9 30,9 103,0 76,0 92,6 55,7 36,9
0,415 39,5 37,0 30,9 103,1 76,1 92,7 55,7 37,0
0,416 39,5 37,0 31,0 103,2 76,1 92,8 55,8 37,0
0,417 39,6 37,1 31,0 103,4 76,2 93,0 55,9 37,1
0,418 39,6 37,1 31,0 103,5 76,3 93,1 55,9 37,1
0,419 39,7 37,2 31,1 103,6 76,5 93,2 56,0 37,2
0,420 39,7 37,2 31,1 103,8 76,6 93,3 56,1 37,2
0,421 39,8 37,3 31,1 103,9 76,8 93,4 56,1 37,3
0,422 39,8 37,3 31,2 104,0 76,9 93,6 56,2 37,3
0,423 39,9 37,4 31,2 104,1 77,1 93,7 56,3 37,4
0,424 39,9 37,4 31,2 104,3 77,2 93,8 56,3 37,4
0,425 40,0 37,4 31,3 104,4 77,4 93,9 56,4 37,4
0,426 40,0 37,5 31,3 104,5 77,5 94,0 56,5 37,5
0,427 40,1 37,5 31,4 104,6 77,7 94,1 56,5 37,5
0,428 40,1 37,6 31,4 104,8 77,8 94,3 56,6 37,6
0,429 40,2 37,6 31,4 104,9 77,9 94,4 56,6 37,6
0,430 40,2 37,7 31,5 105,0 78,1 94,5 56,7 37,7
0,431 40,3 37,7 31,5 105,2 78,2 94,6 56,8 37,7
0,432 40,3 37,8 31,5 105,3 78,4 94,7 56,8 37,8
0,433 40,3 37,8 31,6 105,4 78,5 94,9 56,9 37,8
0,434 40,4 37,9 31,6 105,5 78,7 95,0 57,0 37,9
0,435 40,4 37,9 31,6 105,7 78,8 95,1 57,0 37,9
0,436 40,5 37,9 31,7 105,8 79,0 95,2 57,1 37,9
0,437 40,5 38,0 31,7 105,9 79,1 95,3 57,2 38,0
0,438 40,6 38,0 31,8 106,0 79,2 95,4 57,2 38,0
0,439 40,6 38,1 31,8 106,2 79,4 95,6 57,3 38,1
0,440 40,7 38,1 31,8 106,3 79,5 95,7 57,3 38,1
0,441 40,7 38,2 31,9 106,4 79,7 95,8 57,4 38,2
0,442 40,8 38,2 31,9 106,6 79,8 95,9 57,5 38,2
0,443 40,8 38,3 31,9 106,7 80,0 96,0 57,5 38,3
0,444 40,9 38,3 32,0 106,8 80,1 96,1 57,6 38,3
0,445 40,9 38,4 32,0 106,9 80,3 96,3 57,7 38,4
0,446 41,0 38,4 32,0 107,1 80,3 96,4 57,7 38,4
0,447 41,0 38,5 32,1 107,2 80,4 96,5 57,8 38,5
0,448 41,1 38,5 32,1 107,3 80,5 96,6 57,9 38,5
0,449 41,1 38,6 32,2 107,4 80,6 96,7 57,9 38,6
0,450 41,2 38,6 32,2 107,5 80,7 96,8 58,0 38,6
0,451 41,2 38,7 32,3 107,6 80,8 96,9 58,1 38,7
0,452 41,3 38,7 32,3 107,8 80,9 97,0 58,1 38,7

— 98 —
Harmonização Corporal

0,453 41,3 38,8 32,3 107,9 80,9 97,1 58,2 38,8


0,454 41,4 38,8 32,4 108,0 81,0 97,3 58,3 38,8
0,455 41,4 38,9 32,4 108,1 81,1 97,4 58,3 38,9
0,456 41,5 38,9 32,5 108,2 81,2 97,5 58,4 38,9
0,457 41,5 39,0 32,5 108,4 81,3 97,6 58,5 39,0
0,458 41,6 39,0 32,6 108,5 81,4 97,7 58,5 39,0
0,459 41,6 39,1 32,6 108,6 81,4 97,8 58,6 39,1
0,460 41,7 39,1 32,6 108,7 81,5 97,9 58,7 39,1
0,461 41,7 39,2 32,7 108,8 81,6 98,0 58,7 39,2
0,462 41,8 39,2 32,7 108,9 81,7 98,1 58,8 39,2
0,463 41,8 39,3 32,8 109,1 81,8 98,2 58,9 39,3
0,464 41,8 39,3 32,8 109,2 81,9 98,4 58,9 39,3
0,465 41,9 39,4 32,9 109,3 82,0 98,5 59,0 39,4
0,466 41,9 39,4 32,9 109,4 82,0 98,6 59,1 39,4
0,467 42,0 39,5 32,9 109,5 82,1 98,7 59,1 39,5
0,468 42,0 39,5 33,0 109,7 82,2 98,8 59,2 39,5
0,469 42,1 39,6 33,0 109,8 82,3 98,9 59,3 39,6
0,470 42,1 39,6 33,1 109,9 82,4 99,0 59,4 39,6
0,471 42,2 39,7 33,1 110,0 82,5 99,1 59,4 39,7
0,472 42,2 39,7 33,1 110,1 82,5 99,2 59,5 39,7
0,473 42,3 39,8 33,2 110,3 82,6 99,3 59,6 39,8
0,474 42,3 39,8 33,2 110,4 82,7 99,5 59,6 39,8
0,475 42,4 39,9 33,3 110,5 82,8 99,6 59,7 39,9
0,476 42,4 39,9 33,3 110,6 82,9 99,7 59,8 39,9
0,477 42,5 40,0 33,3 110,8 83,0 99,8 59,8 40,0
0,478 42,5 40,0 33,4 110,9 83,1 99,9 59,9 40,0
0,479 42,6 40,1 33,4 111,0 83,2 100,0 60,0 40,1
0,480 42,6 40,1 33,4 111,1 83,3 100,1 60,0 40,1
0,481 42,7 40,1 33,5 111,3 83,4 100,3 60,1 40,1
0,482 42,7 40,2 33,5 111,4 83,5 100,4 60,2 40,2
0,483 42,8 40,2 33,6 111,5 83,6 100,5 60,3 40,2
0,484 42,8 40,3 33,6 111,7 83,7 100,6 60,3 40,3
0,485 42,8 40,3 33,6 111,8 83,8 100,7 60,4 40,3
0,486 42,9 40,4 33,7 111,9 83,9 100,8 60,5 40,4
0,487 42,9 40,4 33,7 112,1 84,0 100,9 60,5 40,4
0,488 43,0 40,4 33,7 112,2 84,1 101,0 60,6 40,4
0,489 43,0 40,5 33,8 112,3 84,2 101,2 60,7 40,5
0,490 43,1 40,5 33,8 112,5 84,2 101,3 60,7 40,5
0,491 43,1 40,6 33,8 112,6 84,3 101,4 60,8 40,6
0,492 43,2 40,6 33,9 112,7 84,4 101,5 60,9 40,6

— 99 —
Harmonização Corporal

0,493 43,2 40,7 33,9 112,9 84,5 101,6 61,0 40,7


0,494 43,3 40,7 33,9 113,0 84,6 101,7 61,0 40,7
0,495 43,3 40,8 34,0 113,1 84,7 101,8 61,1 40,8
0,496 43,3 40,8 34,0 113,2 84,8 102,0 61,2 40,8
0,497 43,4 40,8 34,0 113,4 84,9 102,1 61,2 40,8
0,498 43,4 40,9 34,1 113,5 85,0 102,2 61,3 40,9
0,499 43,5 40,9 34,1 113,6 85,1 102,3 61,4 40,9
0,500 43,5 41,0 34,1 113,8 85,2 102,4 61,4 41,0
0,501 43,6 41,0 34,2 113,9 85,3 102,5 61,5 41,0
0,502 43,6 41,1 34,2 114,0 85,4 102,6 61,6 41,1
0,503 43,7 41,1 34,3 114,2 85,5 102,8 61,7 41,1
0,504 43,7 41,1 34,3 114,3 85,6 102,9 61,7 41,1
0,505 43,8 41,2 34,3 114,4 85,7 103,0 61,8 41,2
0,506 43,8 41,2 34,4 114,5 85,8 103,1 61,8 41,2
0,507 43,9 41,3 34,4 114,7 85,9 103,2 61,9 41,3
0,508 43,9 41,3 34,4 114,8 86,0 103,3 62,0 41,3
0,509 44,0 41,4 34,5 114,9 86,1 103,4 62,0 41,4
0,510 44,0 41,4 34,5 115,0 86,2 103,5 62,1 41,4
0,511 44,1 41,4 34,5 115,1 86,2 103,6 62,1 41,4
0,512 44,1 41,5 34,6 115,2 86,3 103,7 62,2 41,5
0,513 44,2 41,5 34,6 115,4 86,4 103,8 62,3 41,5
0,514 44,2 41,6 34,6 115,5 86,5 103,9 62,3 41,6
0,515 44,3 41,6 34,7 115,6 86,6 104,0 62,4 41,6
0,516 44,3 41,7 34,7 115,7 86,7 104,1 62,4 41,7
0,517 44,4 41,7 34,7 115,8 86,8 104,2 62,5 41,7
0,518 44,4 41,7 34,8 116,0 86,9 104,3 62,6 41,7
0,519 44,5 41,8 34,8 116,1 87,0 104,4 62,6 41,8
0,520 44,5 41,8 34,8 116,2 87,1 104,5 62,7 41,8
0,521 44,6 41,9 34,9 116,3 87,2 104,6 62,7 41,9
0,522 44,6 41,9 34,9 116,4 87,3 104,7 62,8 41,9
0,523 44,6 42,0 34,9 116,6 87,4 104,8 62,8 42,0
0,524 44,7 42,0 35,0 116,7 87,5 104,9 62,9 42,0
0,525 44,7 42,0 35,0 116,8 87,6 105,0 63,0 42,0
0,526 44,8 42,1 35,0 116,9 87,6 105,1 63,0 42,1
0,527 44,8 42,1 35,1 117,0 87,7 105,2 63,1 42,1
0,528 44,9 42,2 35,1 117,1 87,8 105,3 63,1 42,2
0,529 44,9 42,2 35,1 117,3 87,9 105,4 63,2 42,2
0,530 45,0 42,2 35,2 117,4 88,0 105,5 63,3 42,2
0,531 45,0 42,3 35,2 117,5 88,1 105,6 63,3 42,3
0,532 45,1 42,3 35,2 117,6 88,2 105,7 63,4 42,3

— 100 —
Harmonização Corporal

0,533 45,1 42,4 35,3 117,7 88,3 105,8 63,4 42,4


0,534 45,2 42,4 35,3 117,9 88,4 105,9 63,5 42,4
0,535 45,2 42,5 35,3 118,0 88,5 106,0 63,6 42,5
0,536 45,3 42,5 35,4 118,1 88,6 106,1 63,6 42,5
0,537 45,3 42,5 35,4 118,2 88,6 106,2 63,7 42,5
0,538 45,3 42,6 35,4 118,3 88,7 106,3 63,7 42,6
0,539 45,4 42,6 35,5 118,4 88,8 106,4 63,8 42,6
0,540 45,4 42,7 35,5 118,5 88,9 106,5 63,9 42,7
0,541 45,4 42,7 35,5 118,6 89,0 106,6 63,9 42,7
0,542 45,5 42,7 35,6 118,7 89,1 106,7 64,0 42,7
0,543 45,5 42,8 35,6 118,8 89,1 106,8 64,1 42,8
0,544 45,6 42,8 35,6 119,0 89,2 106,9 64,1 42,8
0,545 45,6 42,9 35,7 119,1 89,3 107,1 64,2 42,9
0,546 45,6 42,9 35,7 119,2 89,4 107,2 64,2 42,9
0,547 45,7 43,0 35,8 119,3 89,5 107,3 64,3 43,0
0,548 45,7 43,0 35,8 119,4 89,5 107,4 64,4 43,0
0,549 45,7 43,0 35,8 119,5 89,6 107,5 64,4 43,0
0,550 45,8 43,1 35,9 119,6 89,7 107,6 64,5 43,1
0,551 45,8 43,1 35,9 119,7 89,8 107,7 64,6 43,1
0,552 45,8 43,2 35,9 119,8 89,9 107,8 64,6 43,2
0,553 45,9 43,2 36,0 119,9 90,0 107,9 64,7 43,2
0,554 45,9 43,2 36,0 120,1 90,0 108,0 64,7 43,2
0,555 45,9 43,3 36,0 120,2 90,1 108,1 64,8 43,3
0,556 46,0 43,3 36,1 120,3 90,2 108,2 64,9 43,3
0,557 46,0 43,4 36,1 120,4 90,3 108,3 64,9 43,4
0,558 46,0 43,4 36,1 120,5 90,4 108,4 65,0 43,4
0,559 46,1 43,4 36,2 120,6 90,5 108,5 65,0 43,4
0,560 46,1 43,5 36,2 120,7 90,5 108,6 65,1 43,5
0,561 46,1 43,5 36,2 120,8 90,6 108,7 65,2 43,5
0,562 46,2 43,6 36,3 120,9 90,7 108,8 65,2 43,6
0,563 46,2 43,6 36,3 121,0 90,8 108,9 65,3 43,6
0,564 46,3 43,7 36,3 121,2 90,9 109,0 65,4 43,7
0,565 46,3 43,7 36,4 121,3 90,9 109,1 65,4 43,7
0,566 46,3 43,7 36,4 121,4 91,0 109,2 65,5 43,7
0,567 46,4 43,8 36,4 121,5 91,1 109,3 65,5 43,8
0,568 46,4 43,8 36,5 121,6 91,2 109,4 65,6 43,8
0,569 46,4 43,9 36,5 121,7 91,3 109,5 65,7 43,9
0,570 46,5 43,9 36,5 121,8 91,4 109,6 65,7 43,9
0,571 46,5 43,9 36,6 121,9 91,4 109,7 65,8 43,9
0,572 46,5 44,0 36,6 122,0 91,5 109,8 65,8 44,0

— 101 —
Harmonização Corporal

0,573 46,6 44,0 36,6 122,1 91,6 109,9 65,9 44,0


0,574 46,6 44,1 36,7 122,2 91,7 110,0 66,0 44,1
0,575 46,7 44,1 36,7 122,4 91,8 110,1 66,0 44,1
0,576 46,7 44,1 36,7 122,5 91,9 110,2 66,1 44,1
0,577 46,7 44,2 36,8 122,6 91,9 110,3 66,2 44,2
0,578 46,8 44,2 36,8 122,7 92,0 110,4 66,2 44,2
0,579 46,8 44,2 36,8 122,8 92,1 110,5 66,3 44,2
0,580 46,9 44,3 36,9 122,9 92,2 110,6 66,3 44,3
0,581 46,9 44,3 36,9 123,0 92,3 110,7 66,4 44,3
0,582 46,9 44,4 36,9 123,1 92,4 110,8 66,5 44,4
0,583 47,0 44,4 36,9 123,2 92,5 110,9 66,5 44,4
0,584 47,0 44,4 37,0 123,3 92,5 111,0 66,6 44,4
0,585 47,1 44,5 37,0 123,4 92,6 111,1 66,6 44,5
0,586 47,1 44,5 37,0 123,5 92,7 111,2 66,7 44,5
0,587 47,1 44,6 37,1 123,6 92,8 111,3 66,8 44,6
0,588 47,2 44,6 37,1 123,8 92,9 111,4 66,8 44,6
0,589 47,2 44,6 37,1 123,9 93,0 111,5 66,9 44,6
0,590 47,2 44,7 37,2 124,0 93,0 111,6 67,0 44,7
0,591 47,3 44,7 37,2 124,1 93,1 111,7 67,0 44,7
0,592 47,3 44,8 37,2 124,2 93,2 111,8 67,1 44,8
0,593 47,4 44,8 37,3 124,3 93,3 111,9 67,1 44,8
0,594 47,4 44,8 37,3 124,4 93,4 112,0 67,2 44,8
0,595 47,4 44,9 37,3 124,5 93,5 112,1 67,3 44,9
0,596 47,5 44,9 37,3 124,6 93,6 112,2 67,3 44,9
0,597 47,5 44,9 37,4 124,7 93,6 112,3 67,4 44,9
0,598 47,6 45,0 37,4 124,8 93,7 112,4 67,4 45,0
0,599 47,6 45,0 37,4 124,9 93,8 112,5 67,5 45,0
0,600 47,6 45,1 37,5 125,0 93,9 112,6 67,6 45,1
0,601 47,7 45,1 37,5 125,2 94,0 112,7 67,6 45,1
0,602 47,7 45,1 37,5 125,3 94,1 112,8 67,7 45,1
0,603 47,8 45,2 37,6 125,4 94,1 112,9 67,8 45,2
0,604 47,8 45,2 37,6 125,5 94,2 113,0 67,8 45,2
https://endocrinologiaesportiva.com.br/medidas-e-proporcoes-do-corpo-masculino-perfeito/

— 102 —

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