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OBSERVAÇÃO: SE VOCÊ É UM JOGADOR DA MESA, RECOMENDO NÃO LER PARA

NÃO DIMINUIR A IMERSÃO!

𝕮𝖔𝖗𝖘𝖆𝖗𝖎𝖆 𝕰𝖘𝖈𝖆𝖗𝖑𝖆𝖙𝖊
Vida Infantil

Talita Tayja Tiwari é fruto da maldição que a Tormenta jogou sob Arton. Seus pais, Taliyah
Tiwari e Edwin, são ambos humanos que viveram tempos de aventura na juventude, mas
que, por algum motivo ou outro, durante uma dessas aventuras, Taliyah teve um contato
constante com a tormenta que levou a doença. Dessa deformidade nasceu Talita, uma
Lefou de Havanah, em Khubar.

Talvez por medo ou por não querer se prender a uma família condenada com a tormenta,
Edwin desapareceu em uma noite qualquer, e para ser sincero, nem mesmo Talita sabe as
motivações de seu pai, já que sua mãe nunca contou o motivo de sua saída. Enfim, seu
braço era vermelho e estranho, e por toda sua infância foi julgada por isso, mas mais do
que isso, o rastro que deixava por onde olhava era o que mais a machucava, os olhos
vermelhos tão vividos e diferentes dos demais preveniu que tivesse muitos amigos, sua
raça roubou sua infância, e assim a ensinava aos poucos a crueldade e preconceito do
mundo, tal como devia aprender a lidar ser chamada de monstro ou maldição.

Mesmo assim, sua mãe não a deixou de amar. Pelo contrário, o mar sempre foi o melhor
amigo daquilo que não é aceito pela terra, e assim, nas regiões mais distantes de Khubar,
aprendeu a ser amada pelas tatuagens e pela própria água. Ainda na infância foi quando
sua mãe começou a piorar e Talita a crescer admiração pelas aventuras que seu pai tivera
no passado, almejando um dia poder encostar no horizonte da praia ao invés de só pisar na
maré.

Muito cedo teve que se cobrir com faixas, Talita odiava usar roupas que a faziam sentir
calor, e isso era o que estava fadada a viver com, a Tiwari gostava sempre de usar roupa
sem manga branca, das mais frescas possíveis, mesmo assim, quanto mais crescia, mais
roupas teria que usar para esconder seus defeitos provocado pela tormenta. Ainda criança,
chegou uma vez a quase se afogar, mas quando estava consideravelmente fundo na água,
não sentiu medo, na verdade, sentiu tanta paz que a fez se apaixonar pelo oceano, sabia
que diferentes de algumas raças não precisava temer, estava tudo bem, o mar era mais
lindo do que a própria terra e assim vivia melhor, talvez os monstros marítimos a
reconhecessem como uma ameaça monstruosa, mas o Grande Oceano a reconhecia como
parte do mar, a Lefou estava pronta para morrer ali, sua mente infantil não entendia direito o
mundo e para ela morrer ali era como estar abraçada com a sua mãe. Mesmo assim o
destino não queria que fosse agora, e um homem parrudo entrou no mar para a pegar,
aquilo foi um mistério em sua vida, e sua vida seria totalmente recheada de mistérios. Ele
não falou uma palavra, e mesmo que Talita tivesse diversas visões sobre o homem
posteriormente em sua vida, jamais o vira depois daquele dia, talvez somente um homem
ordinário, talvez algo a mais… Talita sempre carregou o desejo de desvendar esse mistério
Vida Jovem

Em sua adolescência, a religião começou a tomar parte de sua vida, mas com uma
mentalidade mais questionadora, jamais se tornou qualquer devota, na verdade nunca
concordou com nenhum dos deuses para se sentir na obrigação de entregar sua vida em
prol de algum. Com sua mãe adoecendo rapidamente, entretanto, não negou a importância
que tinham, mas, de certa forma, negligenciava seus sentimentos por achar que os deuses
eram tão fracos ao ponto de não salvar uma mulher enferma. Mesmo assim, sempre
dedicava tempo para orar e ter esperança de um futuro mais limpo como águas límpidas
mas misterioso como o fundo da mar.

"O Grande Oceano nos guarda e nos oferece aquilo que é limpo e puro e serve de casa
para os que não podem percorrer a terra. O Oceano não pode secar, não por ser derrotado,
o Oceano é imortal, e portanto, abençoado."

"Se Lena aquela que cura é, consequentemente a deusa da vida, devo me ajoelhar e
implorar pelo perdão, não posso fugir dessa vida banhada em sangue, a tormenta me
prendeu a esse destino, mas, se de alguma forma, isso me levar ao significado da vida,
então devo orar."

"Ambição move os humanos, e assim preciso me mover. Se o espírito indomável dos


humanos pode significa tanto o bem quanto o mau, então apenas preciso estar no caminho
certo, Valkaria."

Ainda na fase jovem foi quando fez as tatuagens que levaria para a vida. Na costa, olhando
o futuro que queria alcançar, pisava na areia pensando o que o futuro a aguardaria, o
mistério do oceano era o que mais admirava em toda a vida, estendia as mãos para pegar
as nuvens e deixar com que o Sol refletisse toda sua beleza na água. As tatuagens não tem
efeitos mágicos, algo que em certo ponto repudiava para sí mesma, afinal, se o que
"tormenta" sua vida era algo vindo da magia, então devia provar que não usaria nada que
viesse da maldição de seu inimigo. De qualquer forma, metade de seu corpo possui
tatuagens tribais, que geralmente não ser visíveis por se cobrir bastante e por ter ambos os
braços enfaixados, assim como significado tas tatuagens tribais é mostrar a história de vida
e a posição que é ou se deseja alcançar, Talita tem linhas estranhas, mas que quanto mais
chegam até o ombro, mais retas ficam, simbolizando uma previsão de seu futuro ideal, onde
tudo irá se alinhar, e aprenderá a ser uma consigo mesma, já perto do abdômen, todas as
fases da lua estão espalhadas pelo corpo, mostrando como, não importa quanto você goste
do dia, a noite sempre vai chegar para iluminar os oceanos, e assim como sua própria vida
conturbada por algo que não pode escolher, terá seus momentos de paz, de aprendizado e
de batalha.

Mais ou menos aos dezessete anos, com as forças restantes que sua mãe tinha eles se
mudaram para Portsmouth abrindo economias para viajar e atravessar o Oceano, aquela foi
a primeira vez que Talita saiu de sua terra e conheceu o mundo exterior, é assim ficou
completamente maravilhada. As motivações era de que em Portsmouth a vida talvez fosse
melhor, com melhores oportunidades e mais acessível para outros lugares. Talita não sabia
da restrição anti-magia do lugar e muito menos sua mãe, por talvez coincidência do destino
ali foi onde Taliyah adoeceu ao ponto de não conseguir mais andar para lugar nenhum, e
vivendo num lugar onde achava que seria uma nova porta, a na verdade, começou a pensar
que estava sendo presa num porão. Talita resolvera que achar uma forma de restaurar a
saúde de sua mãe era seu maior objetivo, talvez juntando dinheiro para um tratamento ou
para contratar algum sacerdote, ela é bem ingênua para esse tipo de assunto, mas sente
que se lutar duro por isso um dia dará certo, e assim como sua ambição, sua esperança
jamais pode morrer.

A restrição daquele lugar precisa ser detida assim como seu regente poderoso, Talita
estava destinada a percorrer um caminho que talvez enchesse suas mãos de sangue e
tristeza, mas se for para ajudar aqueles que precisam e estão nas mesmas condições de
sua mãe, lutar é sua única forma de mostrar o que pode fazer, e então, com muita dor no
coração e talvez até uma certa culpa por ser fruto da maldição de sua mãe, partiu quando
completou seus dezoito anos, em uma noite de lua cheia.

Ainda Jovem, sofreu ao subestimar que a vivência solitária no mundo de Airton podia ser
muito cruel, em diversas situações esteve a beira do colapso, seja por comida, falta de
dinheiro ou cansaço, dormiu tantas vezes na rua que perdeu as contas e em certo ponto da
vida até pensou em voltar para casa, mas antes disso, por um ano se acomodou com um
humano gentil e másculo, sua pré-fase adulta foi marcada por esse momento de paixão e
engano, aquela foi a última vez que foi enganada na vida sem perceber, isso porque, em
sua vivência apaixonada, percebeu estar se distanciando de seu objetivo, a vida confortável
longe do destino cruel era tão confortável mas tão tentadora que Talita se rendeu por um
tempo. Infelizmente, no momento que tentou sair daquela vida, foi abatida por aquele que
um dia amou, talvez frustração ou talvez uma falha nos planos, conseguiu escapar mesmo
assim, e mais tarde ouviu rumores sobre homens que planejavam uma emboscada em um
Pegou nas redondezas para roubar seus olhos e pele, Talita, não conformada que aquilo
fosse verdade, voltou para seu amado, esperando que fosse mentira, mas já era tarde
demais, em dívida, atrair uma Lefou inocente para que fosse feita de isca e pudesse pagar
suas dívidas, Talita tomada pelo total ódio abateu cada um daqueles homens com sua
própria lâmina, e diferente daquele rapaz caído em seus braços, prometeu a si mesma um
código a qual nunca machucaria aqueles indefesos como filhotes ou gestantes, também,
nenhuma enganação poderia levar a morte, um pirata tem que saber enganar, mas quando
isso machuca todos em sua volta, ele não é nada mais que uma escória no mar, e o Grande
Oceano não terá pena deles, pelo menos, é isso que Talita pensava.

Ela, quando fugiu daquele lugar, não sabia quantos tinha tirado a vida ou só atordoado,
para ela, não importava, em sua mentalidade aqueles que tivessem a chance de ter uma
segunda chance deveriam aproveitar como por algum motivo do destino ainda estava vivo.
E para aqueles que se foram, Talita carregava a culpa, mas também percebia que essa era
a necessidade da ambição e o preço a se pagar por se desviar do caminho que devia
seguir. Provavelmente seria julgada, discriminada e ainda veria tantas situações
aterrorizantes quanto essa, mas agora precisava ter determinação, precisava seguir em
frente e nunca abaixar a cabeça para aquilo que a tirasse de seu caminho. Ali levou o
legado de que os Tiwari nunca desistem até conseguir o que querem, na verdade, mais do
que sua família ela não desistia do que quer, assim também, um pouco paranóica sobre a
perseguição que sofria apenas por ter nascido daquela maneira, começou a esconder sua
identidade, ao ponto de que quanto mais crescesse mais desconhecido ele se tornara.
Vida adulta

Por muito tempo viveu exclusivamente em terra, conhecendo dos mais diversos lugares e
dos mais diversos povos, o local mais marcante em terra para Talita foi a União Púrpura,
era um lugar onde a maioria era como ela e a aceitavam como uma, a maioria sequer
chegava a saber que Talita era uma Lefou, afinal ela escondia muito bem e tinha técnicas
de lábia aceitáveis para não ser reconhecida, de qualquer forma, a Tiwari ainda precisava
aprender que nem tudo na vida se ganha facilmente, viajando pela União Púrpura,
aprendeu que encarar e enfrentar é sinônimo de vitória, os modos bárbaros daquele povo
mostraram para Talita que apenas ambição sem convicção e determinação não levam a
lugar algum, e assim, quando finalmente se sentiu pronta, Talita então embarcou para se
aventurar e encontrar tesouros naquilo que mais amava: o mar.

E assim foi por longos anos, Talita nunca teve um barco próprio e no começo era apenas
uma tripulando quase escreva para velejar no mar, com o passar do tempo ganhou uma
pequena notoriedade, esse dito reconhecimento surgiu inicialmente quando, em uma de
suas buscas sendo tripulante de um navio, o capitão que geria o lugar era extremamente
cruel, a viagens pelo mar que durou semanas era deplorável pelas condições e tratamentos.
Sofria ao lado de alguns anões e humanos que eram tripulantes de anos. Talita não
conseguia se conformar com aquilo e precisava agir contra o temível capital daquele navio,
em uma batalha decisiva e muitas semanas de planejamento, um golpe quase perfeito foi
executado para o motim, todo o esquema era executado em meio ao mar, para derrotar
aquele indivíduo tirano. Mais tarde, após salvar todos daquela escravidão, foi presenteada
com uma espada vermelha pelos anões, e assim partiu para continuar sua busca.

Desde aquele dia, a jovem Talita começou a ser conhecida como "Corsária Escarlate", uma
espécie de justiceira do mar com objetivos desconhecidos, que não tinha piedade contra
aqueles que maltratam os outros e assim feriam a dignidade do Grande Oceano, já o
escarlate era porque, além do olhar penetrante vermelho, seus inimigos podiam a conhecer
ao ver sua espada escarlate refletir a luz da lua. Mesmo assim, não podia se distanciar do
seu objetivo, afinal se virasse tão conhecida ninguém a aceitaria, e também não era
prepotente o suficiente para achar que conseguiria tudo sozinha, ser conhecida por algo
parecia legal, mas podia ser muito perigoso, sabia que por conta deu organismo diferentes
nem mesmo poções de cura funcionavam para ela, então não ser acertada era o ideal!
Afinal, quando fossem mirar em seu coração, atacariam exatamente do lado oposto.

Não obstante que a alcunha seja assustadora, Talita geralmente esconde a espada e utiliza
tapa-olhos para não atrair inimigos, preferindo ser chamada de "Sara" para aqueles que não
a conhecem. É esperta, bondosa, ambiciosa e determinada, quer lutar até não conseguir
mais e achar dessa forma tesouros o suficiente para poder voltar a Portsmouth e cuidar de
sua mãe. A vida é difícil, mas ela segue da maneira que melhor consegue. Nos dias atuais,
disposta a mais uma aventura, ouviu falar sobre a Ilha do Umbral de Fogo, e escutando
alguns rumores, ergueu as sobrancelhas e se animou para essa possibilidade única de
conseguir mais tesouros.

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