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Conjuntos Numéricos

Um conjunto é uma reunião de elementos que compartilham as mesmas características. Quando


esses elementos são números, esse agrupamento passa a ser conhecido como conjunto numérico e
passa a ser constituído pela teoria dos conjuntos. Alguns deles se destacam pelas suas características,
temos:
1. Conjunto dos números Naturais (ℕ): O conjunto dos números naturais são aqueles em que
utilizamos para fazer contagem, ou seja, 0, 1, 2, 3, 4,... Representamos da seguinte forma:
ℕ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, … }
A partir deles podemos efetuar duas operações fundamentais a adição e a multiplicação, que
apresentam as seguintes propriedades:

 Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
 Ou seja, como exemplo, temos: (5 + 4) + 3 = 5 + (4 + 3), que é igual a 12 = 12.
 Comutativa da adição: a + b = b + a
 Se tivermos 5 + 4 é o mesmo que 4 + 5, então 5 + 4 = 4 + 5 = 9
 Elemento neutro da adição: a + 0 = a
 Se tivermos 6 = 6 é o mesmo que tivermos 6 + 0 = 6 ou 6 = 6 + 0
 Associativa da multiplicação: (ab)c = a(bc)
 Se tivermos (3 · 4) · 2 é o mesmo que 3 · (4 · 2), então (3 · 4) · 2 = 3 · (4 · 2) = 24
 Comutativa da multiplicação: ab = ba
 Ou seja, 3 · 4 = 4 · 3 = 12
 Elemento neutro da multiplicação: a · 1 = a
 Se tivermos 5 = 5 seria o mesmo que 5 · 1 = 5 ou 5 = 5 · 1
 Distributiva da multiplicação com adição: a(b + c) = ab + ac
 Por fim, se tivermos 3 · (7 + 4) é o mesmo que 3 · 7 + 3 · 4, ou seja, 3 · (7 + 4) = 3 · 7 + 3 · 4 =
21 + 12 = 33

2. Conjunto dos números inteiros (ℤ): O conjunto dos inteiros é uma junção dos números
naturais com os números negativos, sendo representado por:
ℤ = {… , −5, −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, … }
No conjunto dos inteiros temos as mesmas operações adição e multiplicação com as mesmas
propriedades e a adição de mais uma:

 Oposto para adição: a + (-a) = 0


 Ou seja, essa propriedade só diz que podemos estabelecer a operação de subtração veja os
exemplos: se tivermos 2 + (-2) = 0 é o mesmo que fazermos 2 – 2 = 0, ou ainda 4 + (-3) = 4
–3=1

Quando pegamos um conjunto dentro de outro conjunto o chamamos de subconjunto. Nos


inteiros existem três subconjuntos de destaque:

 Conjunto dos inteiros positivos (ℤ+): ℤ+ = {𝟎, 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, . . . }


Note: Os inteiros positivos nada mais é que o próprio conjunto dos naturais. Isso porque os
números naturais estão dentro dos inteiros.
 Conjunto dos inteiros negativos (ℤ−): ℤ− = {𝟎, −𝟏, −𝟐, −𝟑, −𝟒, −𝟓, … }
 Conjunto dos inteiros sem o zero (ℤ∗ ): ℤ∗ = {… , −𝟏, −𝟐, −𝟑, −𝟒, −𝟓, 𝟏, 𝟐, 𝟑, 𝟒, 𝟓, … }
Obs: Você não precisa decorar esses nomes técnicos é mais pra você saber que existe e caso apareça
você apenas saber do que se trata ou do que a questão está querendo dizer.

Com esses dois conjuntos que vimos até agora podemos resumi-los em uma reta que chamamos
de reta numérica para entender como os números são organizados veja como a reta fica com os
números dos conjuntos dos naturais e inteiros:

Algumas das grandes utilidades dos conjuntos numéricos são fazermos a decomposição de
números por fatores primos para encontrar o Máximo Múltiplo Comum (MMC) e Máximo Divisor
Comum (MDC). Primeiro precisamos entender o que são números primos.

 Números primos: Números primos nada mais são do que aqueles números que podem ser
divididos por 1 e por ele mesmo. Por exemplo, o número 2 é um número primo porque só pode
ser dividido por 1 e por 2, se tentarmos dividir por outro número vai dar divisão com vírgula e
não queremos isso.
Os números primos são infinitos, mas é importante fixar os primeiros que serão os mais usados:

Obs: Se você decorar até o 23 já está de bom tamanho.

 Decomposição em fatores primos: Decompor um número em fatores primos ou, fatorá-lo


(Você verá muito o termo fatorar um numero quando se trata de decompô-lo é a mesma coisa),
é escrever este número como uma multiplicação de números primos. Os fatores são termos da
multiplicação que, neste caso, são números primos. Fatorar um número é muito importante
principalmente para encontrarmos o MMC e MDC de um número. Vamos aprender a decompor
um número.

Exemplo com o número 210:


Explicação: Para decompor nada mais é do que pegar o número que queremos e ir dividindo ele
pelos números primos. Sempre começamos pelo primeiro número primo que divide o número.
Como 210 é um número par então 2 será o primeiro número primo a ser utilizado, pois podemos
dividir 210 por 2. Quando dividimos obtemos 105. Não conseguimos dividir mais 105 por dois, então
‘obtemos 35, como 3 não pode dividir 35, seguimos para o próximo. Ao fazer esse processo
chegamos que o número 210 ao ser fatorado pode ser escrito como multiplicação de números
primos, ou seja, 210 pode ser escrito como: 210 = 2 · 3 · 5 · 7.

Vídeo aula: Caso ainda não tenha ficado claro segue o link de uma vídeo aula explicando mais
detalhado o passo a passo: https://www.youtube.com/watch?v=tr47_oowp9g&t=238s

Antes de continuarmos é importante que você saiba o que é o múltiplo de um número e seu
divisor:
Múltiplo: dizemos que um número é múltiplo de outro quando multiplicamos um número inteiro
por outro na tabuada. Por exemplo, dizemos que 6 é múltiplo de 2 pois, encontramos 6 na tabuada do
2 ao fazermos 2 · 3 = 6, da mesma forma 6 também é múltiplo de 3, pois na tabuada do 3 quando
fazemos 3 · 2 = 6.
Divisor: Dizemos que um número é divisor de outro quando esse número é divisível por certo
número, ou seja, podemos dividi-lo por outro número. Por exemplo, 1, 2 e 4 são divisores de 4, pois
quando dividimos 4 por um desses números temos resto zero, ou seja, a divisão não precisa continuar
com vírgula.
Obs: Portanto, múltiplos são aqueles números que encontramos na tabuada de um número e
divisores são os números que pegamos pra dividir outro número e a divisão tem resto zero.

 Mínimo Múltiplo Comum: O MMC nada mais é que o menor número que é múltiplo de dois
ou mais números inteiros positivos ao mesmo tempo. Por exemplo, veja os múltiplos de 2 e 3:
 M(2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, ...}
 M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, ...}

Quando olhamos os múltiplos de 2 e 3 vemos que o primeiro múltiplo que aparece nos dois ao
mesmo tempo é o 6, portanto 5 é o Mínimo Múltiplo Comum de 2 e 3 e é representado por:

MMC(2,3) = {6}

 Máximo Divisor Comum: O MDC nada mais é que o maior divisor entre dois números, ou seja,
é o maior divisor que divide dois números. Por exemplo, veja os divisores de 4 e 8:
 D(4) = {1, 2, 4}
 D(8) = {1, 2, 4, 8}

Quando olhamos os divisores de 4 e 8 vemos que o máximo divisor que pode dividir os dois
números é o 4, que é representado por:

MDC(4,8) = {4}

 Encontrar o MMC e MDC por decomposição:


Para encontrar o MMC, basta decompor os dois números simultaneamente e multiplicar a
decomposição em fatores primos, por exemplo:
Exemplo: Encontrar o MMC de 8 e 12.

Explicação: Seguimos o mesmo processo de decomposição, porém começamos com um número


primo que divide os dois números, como 2 divide 8 e 12 começamos por eles. Fazemos o mesmo
processo de novo e de novo. Quando chegamos em 2 e 3, o 2 ainda da pra ser dividido por 2, mas
o 3 não, então dividimos o 2 por 2 e só repetimos o 3. Agora temos 1 e 3, 1 não da mais pra dividir
então só repetimos, agora falta o 3 que o único número primo que pode dividi-lo é o próprio 3 ao
terminar temos que 8 e 12 podem ser escritos em fatores primos são eles 2 · 2 · 2 · 3 = 24, ou seja,
após multiplicá-los encontramos o MMC, portanto o MMC de 8 e 12 é 24, MMC(8,12) = {24}.

Para encontrar o MDC, faremos o mesmo processo com uma diferença:

Exemplo: Encontrar o MDC de 8 e 12.

Explicação: Fizemos o mesmo processo só que dessa vez nós só vamos focar nos números primos
que dividem os dois números. Quando temos 8 e 12 o 2 divide os dois números, então circulamos o
2. Quando temos 4 e 6 novamente o 2 divide os dois números então circulamos de novo. A partir do
2 e 3 nos dois números não são mais divididos ao mesmo tempo então não circulamos. Ao final os
únicos números primos a considerar são os dois 2 que circulamos, ou seja, o MDC será dado por 2 ·
2 = 4, portanto o MDC de 8 e 12 é 4, MDC(8,12) = {4}

Vídeo Aula: Aqui está uma vídeo aula que resume bem o que fizemos:
https://www.youtube.com/watch?v=Ao7Sz3gdmNY Nota: Quando ele fez o MMC pra multiplicar os
números primos ele fez uma conta doida, só ignora o que ele fez e múltipla os números primos
normalmente que sai de boa o MMC.
3. Conjunto dos números Racionais (ℚ): O conjunto dos racionais são aqueles que, em outras
palavras, podem ser escritos como fração ou ainda como números decimais ou dízimas
periódicas (Números decimais que repetem os números após a vírgula)

O conjunto dos Racionais possui as mesmas operações de adição, subtração e multiplicação que os
inteiros, porém precisamos fazer alguns ajustes, então temos:
𝒂 𝒄
i. Igualdade: = é o mesmo que fazermos: ad = bc
𝒃 𝒅
4 5
 Se tivermos = é o mesmo que fazermos: 4 · 3 = 2 · 5
2 3
𝒂 𝒄 𝒂𝒅 + 𝒃𝒄
ii. Adição: + =
𝒃 𝒅 𝒃𝒅
4 5 4 ·3 + 2 ·5 12 + 10 22
 Se tivermos + = = =
2 3 2· 3 6 6
𝒂 c ac
iii. Multiplicação: · =
𝒃 d bd
4 5 4 ·5 20
 Se tivermos = =
2 3 2· 3 6
𝒂 c 𝑎 𝑑
iv. Divisão: ∶ =
𝒃 d 𝑏 𝑐
4 5 4 3 4 ·3 12
 Se tivermos ∶ =2 = 2· 5 =
2 3 5 10
3
Obs: Note que os números inteiros também podem ser escritos como fração, por exemplo, 3 = ,
1
portanto assim como o conjunto dos números naturais está dentro do conjunto dos inteiros os inteiros
também estão dentro do conjunto dos racionais.

 Relação de ordem: É comum se confundir muitas vezes com quando um número é maior ou
menor que outro com falamos de fração. Para estabelecer uma ordem de quando uma fração
é maior que outra, deixarei um link de uma aula feita pela GCFGlobal, que explica o passo a
passo de como identificar quando uma fração é maior que a outra:
https://edu.gcfglobal.org/pt/os-numeros/ordem-no-conjunto-dos-numeros-racionais/1/
4. Conjunto dos números Reais (ℝ): Por fim, temos o conjunto dos números reais que é o
conjunto que engloba todos os outros conjuntos, obtendo, portanto:

Ou seja, os naturais estão contidos dos inteiros, os inteiros estão contidos nos racionais e os racionais
estão contidos nos reais que é o conjunto de todos os números. Obtemos assim a reta real dos
números do conjunto dos reais.

 Valor absoluto: Muitas vezes, queremos obter o resultado, mas não estamos preocupados
com se ele é positivo ou negativo, é ai que entra o valor absoluto ou os números em módulo.
O módulo de um número é exatamente o valor do número sem considerar o sinal. Por
exemplo, o módulo de +3 é | 3 | (Módulo é representado pelo número dentro de duas barras.
Outro exemplo é o módulo de -2 que é | 2 |

 Porcentagem: Outro resultado bastante usado com frações é a conversão de frações em


porcentagens ou vice-versa. Com isso preparei um site que resume muito bem a Idea que
traz uma forma simples de converter um para o outro feito pelo Brasil escola:
https://brasilescola.uol.com.br/matematica/fracao-porcentagem.htm

Sequências numéricas
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica corresponde a uma função dentro
de um agrupamento de números. De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numérica
seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto. As sequências elas podem ser finitas ou
infinitas.
(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)
Essa é uma sequência finita, pois começa em 1 e termina em 8.

(2, 4, 6, 8, 10, ...)


Essa é uma sequência infinita, pois começa em 2 e termina em reticências.

 Classificações: Em uma sequência existem alguns termos importantes que devem ser
aprendidos.
 Termos de uma sequência: Cada número de uma sequência é chamado de termo e é
representado pela letra a. Na sequência (1, 2, 3, 4, 5) o primeiro termo é escrito como
𝑎1 = 1, o segundo termo como 𝑎2 = 2 e assim por diante.
 Enésimo termo e termo anterior: Muitos exercícios de sequência propõem encontrar o
primeiro termo ou o próximo termo de uma sequência pelo antecessor, ou seja, o termo
anterior. Geralmente as sequências possuem uma lei de formação, ou seja, elas são feitas
com um padrão de formação, para isso utilizamos o termo que queremos de uma sequência
como 𝑎𝑛 sendo 𝑎𝑛 o termo que queremos encontrar chamado de enésimo termo (último
termo) e também temos 𝑎𝑛−1 sendo esse um termo anterior.

(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 𝒂𝒏 )
Novamente olhando para a sequência finita acima, sabemos que pela sequência indo de um em
um o enésimo termo que queremos encontrar nada mais é que 9, logo para essa sequência 𝑎𝑛 = 9. Se
quisermos saber qual é o termo anterior a 9, pela sequência, sabemos agora que 9 é o nono termo
então 𝑎𝑛 para essa sequência é 𝑎9 queremos encontrar o termo anterior, ou seja, 𝑎𝑛−1 que nesse caso
é 𝑎𝑛−1 = 𝑎9−1 = 𝑎8 = 8

Exemplo: Escreva a sequência finita cujos termos obedecem a seguinte lei de formação: 𝑎1 = 2
e 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 − 3, onde n vai de 2 até 6.

Resolução: Bom, sabemos que o primeiro termo é 𝑎1 = 2 e que os próximos termos são
definidos por 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 3, n vai de 2 até 6. Basta substituirmos na fórmula para cada n.

Para n = 2: Temos 𝑎2 = 𝑎2−1 + 3, então 𝑎2 = 𝑎1 + 3, bom o termo 𝑎1 nós já conhecemos e


sabemos que é 𝑎1 = 2, substituindo na fórmula, vem: 𝑎2 = 2 + 3 = 5, logo 𝑎2 = 5, fazendo isso para
os próximos obtemos:
 n = 3: 𝑎3 = 𝑎3−1 + 3 = 𝑎2 + 3 = 5 + 3 = 8
 n = 4: 𝑎4 = 𝑎4−1 + 3 = 𝑎3 + 3 = 8 + 3 = 11
 n = 5: 𝑎5 = 𝑎5−1 + 3 = 𝑎4 + 3 = 11 + 3 = 14
 n = 6: 𝑎6 = 𝑎6−1 + 3 = 𝑎5 + 3 = 14 + 3 = 17

Portanto a sequência que queríamos encontrar é (2, 5, 8, 11, 14, 17).

Progressão Aritmética (PA)


Dentre as sequências numéricas as que mais se destacam são duas as PA’s e PG’s. Primeiro
vamos falar sobre as PA’s. Uma progressão aritmética nada mais é que uma sequência onde o primeiro
termo 𝒂𝟏 é sempre o próprio a e a sequência obedece a uma constante dada chamada de razão e
expressada pela letra r. Essa constante nada mais significa que de quanto em quanto a sequência está
indo. Ou seja, na sequência sempre temos um termo somado a razão r para chegar ao próximo
número. Vamos a alguns exemplos:
Exemplos: Todas as seguintes sequências são PA’s:

 (1, 3, 5, 7, 9, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟏, r = 2, ou seja, a sequência avança de 2 em 2.


 (0, -2, -4, -6, -8, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟎, r = -2, ou seja, a sequência avança de -2 em -2.
 (4, 4, 4, 4, 4, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟒, r = 0, ou seja, a sequência avança de 0 em 0.
𝟏 𝟑 𝟓 𝟕 𝟗
 (𝟐, 𝟐, 𝟐, 𝟐, 𝟐, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟏, r = 1, ou seja, a sequência avança de 1 em 1.

 Classificação: Uma PA pode ser:


 Crescente: (5, 10, 15, 20, 25, 30), cada termo é maior que o anterior e r é sempre
positivo, nesse caso a progressão cresce de 5 em 5, r = 5.
 Constante: (5, 5, 5, 5, 5, 5), cada termo é igual o anterior e r é sempre 0, nesse caso a
progressão não cresce é constante.
 Decrescente: (9, 8, 7, 6, 5, 4, ...), cada termo é menor que o anterior e r é sempre
negativo, nesse caso a progressão decresce de 1 em 1, r = 1.

 Fórmula do termo geral de uma PA: Por meio das propriedades das sequências podemos
chegar a uma fórmula geral para encontrar qualquer termo de um PA dado por:
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒏 − 𝟏 · 𝒓

Onde 𝒂𝒏 é o termo que queremos encontrar na sequência, 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝒓 a constante


que determina de quanto em quanto a sequência vai e n o número do termo.

Exemplo: Encontre o 17º termo da PA cujo primeiro termo é 𝒂𝟏 = 𝟑 e de razão 𝒓 = 𝟓

Resolução: Aplicando na formula temos, 𝒂𝟏𝟕 = 𝟑 + 𝟏𝟕 − 𝟏 · 𝟓 = 𝟑 + 𝟏𝟔 · 𝟓 = 𝟑 + 𝟖𝟎 = 𝟖𝟑


Logo, o 17º termo da sequência é 𝒂𝟏𝟕 = 𝟖𝟑

 Soma dos termos de uma PA: As vezes apenas queremos saber qual é a soma total dos
termos de uma PA. Para isso utilizamos a seguinte fórmula:
𝒏(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )
𝑺𝒏 =
𝟐

Onde 𝒂𝒏 é o último termo da sequência, 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝑺𝒏 é a soma total dos n termos.
E por fim n o número de termos que a sequência possui.

Exemplo: Encontre a soma dos termos da PA (-2, 1, 4, 7, 10)

𝒏(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )
Resolução: Aplicando na fórmula temos, 𝑺𝒏 = , sabemos que 𝒏 = 𝟓, 𝒂𝟏 = −𝟐 e
𝟐
𝟓(−𝟐 + 𝟏𝟎) 𝟓(𝟖) 𝟒𝟎
𝒂𝒏 = 𝟏𝟎, então 𝑺𝟓 = = = = 𝟐𝟎, logo a soma dos termos da PA dada é
𝟐 𝟐 𝟐
𝑺𝟓 = 𝟐𝟎

Progressão Geométrica (PG)


Uma progressão geométrica nada mais é que uma sequência onde o primeiro termo 𝒂𝟏 é
sempre o próprio a e a sequência obedece a uma constante dada chamada de quociente e expressada
pela letra q. Ou seja, na sequência sempre temos um termo multiplicado ao quociente q para chegar ao
próximo número. Vamos a alguns exemplos:
Exemplos: Todas as seguintes sequências são PG’s:

 (1, 2, 4, 8, 16, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟏, q = 2, ou seja, a sequência avança multiplicando sempre


o próximo termo por 2.
 (-1, -2, -4, -8, -16, ...), onde 𝒂𝟏 = −𝟏, q = 2, ou seja, a sequência avança multiplicando
sempre o próximo termo por 2.
𝟑
 (-54, -18, -6, -2, - , ...), onde 𝒂𝟏 = −𝟓𝟒, q = 𝟑, ou seja, a sequência avança multiplicando
𝟏
𝟐
𝟏
sempre o próximo termo por 𝟑.
 (3, 0, 0, 𝟎, 𝟎, ...), onde 𝒂𝟏 = 𝟑, q = 0, ou seja, a sequência avança multiplicando sempre o
próximo termo por 𝟎.
 Classificação: Uma PA pode ser:
 Crescente: A PG será crescente quando os termos forem positivos e q for maior que 0
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
ou quando os termos forem negativos e q estiver entre 0 e 1. (1, , , , , …), essa PG
𝟐 𝟒 𝟖 𝟏𝟔
𝟏
é crescente, pois q = ou seja, maior que zero.
𝟐

 Constante: A PG é constante quando os termos são todos nulos se 𝒂𝟏 = 𝟎, ou quando


os termos forem todos iguais e 𝒒 = 𝟏. (1, 1, 1, 1, 1, ...), essa PG é constante, pois q = 𝟏.

 Decrescente: A PG é decrescente quando os termos são positivos e q estiver entre 0 e 1


ou quando os termos forem negativos e q for maior que 1. (-2, -4, -8, -16), é decrescente
pois, q = 2 que é maior que 1.

 Alternantes: A PG é alternante quando q é menor que 0. (2, -4, 8, -16), é alternante


pois, q = -2, ou seja, os termos alternam entre positivo e negativo.

 Estacionária: A PG é estacionária quando q = 0, (5, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é estacionária.

 Fórmula do termo geral de uma PG: Por meio das propriedades das sequências podemos
chegar a uma fórmula geral para encontrar qualquer termo de um PG dado por:

𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 · 𝒒𝒏−𝟏

Onde 𝒂𝒏 é o termo que queremos encontrar na sequência, 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝒒 a constante


que determina de quanto em quanto a sequência vai e n o número dos termos.

Exemplo: Encontre o 10º e 15º termo da PG (1, 2, 4, 8, 16, ...)

Resolução: Pela PG temos que 𝒂𝟏 = 𝟏 e 𝒒 = 𝟐Aplicando na fórmula temos,


 Para n = 10: 𝒂𝟏𝟎 = 𝒂𝟏 · 𝒒𝟏𝟎−𝟏 = 𝟏 · 𝟐𝟗 = 𝟓𝟏𝟐, logo 𝒂𝟏𝟎 = 𝟓𝟏𝟐.

 Para n = 15: 𝒂𝟏𝟓 = 𝒂𝟏 · 𝒒𝟏𝟓−𝟏 = 𝟏 · 𝟐𝟏𝟒 = 𝟏𝟔𝟑𝟖𝟒, logo 𝒂𝟏𝟓 = 𝟏𝟔𝟑𝟖𝟒.

 Soma dos termos de uma PG finita: A soma dos termos de uma PG será dado por:
𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
𝑺𝒏 =
𝒒−𝟏

Onde 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝑺𝒏 é a soma total dos n termos. Temos q que é a constante e por
fim n o número de termos que a sequência possui.

Exemplo: Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1, 3, 9, 27, ...)

𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
Resolução: Aplicando na fórmula temos, 𝑺𝒏 = , sabemos que 𝒏 = 𝟏𝟎, 𝒂𝟏 = 𝟏 e
𝒒−𝟏
𝟏(𝟑𝟏𝟎 − 𝟏) (𝟓𝟗𝟎𝟒𝟗 − 𝟏) 𝟓𝟗𝟎𝟒𝟖
𝒒 = 𝟑, então 𝑺𝟏𝟎 = = = = 𝟐𝟗𝟓𝟐𝟒, logo a soma dos termos da PG dada
𝟑−𝟏 𝟐 𝟐
é 𝑺𝟏𝟎 = 𝟐𝟗𝟓𝟐𝟒

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