Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Associativa da adição: (a + b) + c = a + (b + c)
Ou seja, como exemplo, temos: (5 + 4) + 3 = 5 + (4 + 3), que é igual a 12 = 12.
Comutativa da adição: a + b = b + a
Se tivermos 5 + 4 é o mesmo que 4 + 5, então 5 + 4 = 4 + 5 = 9
Elemento neutro da adição: a + 0 = a
Se tivermos 6 = 6 é o mesmo que tivermos 6 + 0 = 6 ou 6 = 6 + 0
Associativa da multiplicação: (ab)c = a(bc)
Se tivermos (3 · 4) · 2 é o mesmo que 3 · (4 · 2), então (3 · 4) · 2 = 3 · (4 · 2) = 24
Comutativa da multiplicação: ab = ba
Ou seja, 3 · 4 = 4 · 3 = 12
Elemento neutro da multiplicação: a · 1 = a
Se tivermos 5 = 5 seria o mesmo que 5 · 1 = 5 ou 5 = 5 · 1
Distributiva da multiplicação com adição: a(b + c) = ab + ac
Por fim, se tivermos 3 · (7 + 4) é o mesmo que 3 · 7 + 3 · 4, ou seja, 3 · (7 + 4) = 3 · 7 + 3 · 4 =
21 + 12 = 33
2. Conjunto dos números inteiros (ℤ): O conjunto dos inteiros é uma junção dos números
naturais com os números negativos, sendo representado por:
ℤ = {… , −5, −4, −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, … }
No conjunto dos inteiros temos as mesmas operações adição e multiplicação com as mesmas
propriedades e a adição de mais uma:
Com esses dois conjuntos que vimos até agora podemos resumi-los em uma reta que chamamos
de reta numérica para entender como os números são organizados veja como a reta fica com os
números dos conjuntos dos naturais e inteiros:
Algumas das grandes utilidades dos conjuntos numéricos são fazermos a decomposição de
números por fatores primos para encontrar o Máximo Múltiplo Comum (MMC) e Máximo Divisor
Comum (MDC). Primeiro precisamos entender o que são números primos.
Números primos: Números primos nada mais são do que aqueles números que podem ser
divididos por 1 e por ele mesmo. Por exemplo, o número 2 é um número primo porque só pode
ser dividido por 1 e por 2, se tentarmos dividir por outro número vai dar divisão com vírgula e
não queremos isso.
Os números primos são infinitos, mas é importante fixar os primeiros que serão os mais usados:
Vídeo aula: Caso ainda não tenha ficado claro segue o link de uma vídeo aula explicando mais
detalhado o passo a passo: https://www.youtube.com/watch?v=tr47_oowp9g&t=238s
Antes de continuarmos é importante que você saiba o que é o múltiplo de um número e seu
divisor:
Múltiplo: dizemos que um número é múltiplo de outro quando multiplicamos um número inteiro
por outro na tabuada. Por exemplo, dizemos que 6 é múltiplo de 2 pois, encontramos 6 na tabuada do
2 ao fazermos 2 · 3 = 6, da mesma forma 6 também é múltiplo de 3, pois na tabuada do 3 quando
fazemos 3 · 2 = 6.
Divisor: Dizemos que um número é divisor de outro quando esse número é divisível por certo
número, ou seja, podemos dividi-lo por outro número. Por exemplo, 1, 2 e 4 são divisores de 4, pois
quando dividimos 4 por um desses números temos resto zero, ou seja, a divisão não precisa continuar
com vírgula.
Obs: Portanto, múltiplos são aqueles números que encontramos na tabuada de um número e
divisores são os números que pegamos pra dividir outro número e a divisão tem resto zero.
Mínimo Múltiplo Comum: O MMC nada mais é que o menor número que é múltiplo de dois
ou mais números inteiros positivos ao mesmo tempo. Por exemplo, veja os múltiplos de 2 e 3:
M(2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, ...}
M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, ...}
Quando olhamos os múltiplos de 2 e 3 vemos que o primeiro múltiplo que aparece nos dois ao
mesmo tempo é o 6, portanto 5 é o Mínimo Múltiplo Comum de 2 e 3 e é representado por:
MMC(2,3) = {6}
Máximo Divisor Comum: O MDC nada mais é que o maior divisor entre dois números, ou seja,
é o maior divisor que divide dois números. Por exemplo, veja os divisores de 4 e 8:
D(4) = {1, 2, 4}
D(8) = {1, 2, 4, 8}
Quando olhamos os divisores de 4 e 8 vemos que o máximo divisor que pode dividir os dois
números é o 4, que é representado por:
MDC(4,8) = {4}
Explicação: Fizemos o mesmo processo só que dessa vez nós só vamos focar nos números primos
que dividem os dois números. Quando temos 8 e 12 o 2 divide os dois números, então circulamos o
2. Quando temos 4 e 6 novamente o 2 divide os dois números então circulamos de novo. A partir do
2 e 3 nos dois números não são mais divididos ao mesmo tempo então não circulamos. Ao final os
únicos números primos a considerar são os dois 2 que circulamos, ou seja, o MDC será dado por 2 ·
2 = 4, portanto o MDC de 8 e 12 é 4, MDC(8,12) = {4}
Vídeo Aula: Aqui está uma vídeo aula que resume bem o que fizemos:
https://www.youtube.com/watch?v=Ao7Sz3gdmNY Nota: Quando ele fez o MMC pra multiplicar os
números primos ele fez uma conta doida, só ignora o que ele fez e múltipla os números primos
normalmente que sai de boa o MMC.
3. Conjunto dos números Racionais (ℚ): O conjunto dos racionais são aqueles que, em outras
palavras, podem ser escritos como fração ou ainda como números decimais ou dízimas
periódicas (Números decimais que repetem os números após a vírgula)
O conjunto dos Racionais possui as mesmas operações de adição, subtração e multiplicação que os
inteiros, porém precisamos fazer alguns ajustes, então temos:
𝒂 𝒄
i. Igualdade: = é o mesmo que fazermos: ad = bc
𝒃 𝒅
4 5
Se tivermos = é o mesmo que fazermos: 4 · 3 = 2 · 5
2 3
𝒂 𝒄 𝒂𝒅 + 𝒃𝒄
ii. Adição: + =
𝒃 𝒅 𝒃𝒅
4 5 4 ·3 + 2 ·5 12 + 10 22
Se tivermos + = = =
2 3 2· 3 6 6
𝒂 c ac
iii. Multiplicação: · =
𝒃 d bd
4 5 4 ·5 20
Se tivermos = =
2 3 2· 3 6
𝒂 c 𝑎 𝑑
iv. Divisão: ∶ =
𝒃 d 𝑏 𝑐
4 5 4 3 4 ·3 12
Se tivermos ∶ =2 = 2· 5 =
2 3 5 10
3
Obs: Note que os números inteiros também podem ser escritos como fração, por exemplo, 3 = ,
1
portanto assim como o conjunto dos números naturais está dentro do conjunto dos inteiros os inteiros
também estão dentro do conjunto dos racionais.
Relação de ordem: É comum se confundir muitas vezes com quando um número é maior ou
menor que outro com falamos de fração. Para estabelecer uma ordem de quando uma fração
é maior que outra, deixarei um link de uma aula feita pela GCFGlobal, que explica o passo a
passo de como identificar quando uma fração é maior que a outra:
https://edu.gcfglobal.org/pt/os-numeros/ordem-no-conjunto-dos-numeros-racionais/1/
4. Conjunto dos números Reais (ℝ): Por fim, temos o conjunto dos números reais que é o
conjunto que engloba todos os outros conjuntos, obtendo, portanto:
Ou seja, os naturais estão contidos dos inteiros, os inteiros estão contidos nos racionais e os racionais
estão contidos nos reais que é o conjunto de todos os números. Obtemos assim a reta real dos
números do conjunto dos reais.
Valor absoluto: Muitas vezes, queremos obter o resultado, mas não estamos preocupados
com se ele é positivo ou negativo, é ai que entra o valor absoluto ou os números em módulo.
O módulo de um número é exatamente o valor do número sem considerar o sinal. Por
exemplo, o módulo de +3 é | 3 | (Módulo é representado pelo número dentro de duas barras.
Outro exemplo é o módulo de -2 que é | 2 |
Sequências numéricas
Na matemática, a sequência numérica ou sucessão numérica corresponde a uma função dentro
de um agrupamento de números. De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numérica
seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto. As sequências elas podem ser finitas ou
infinitas.
(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8)
Essa é uma sequência finita, pois começa em 1 e termina em 8.
Classificações: Em uma sequência existem alguns termos importantes que devem ser
aprendidos.
Termos de uma sequência: Cada número de uma sequência é chamado de termo e é
representado pela letra a. Na sequência (1, 2, 3, 4, 5) o primeiro termo é escrito como
𝑎1 = 1, o segundo termo como 𝑎2 = 2 e assim por diante.
Enésimo termo e termo anterior: Muitos exercícios de sequência propõem encontrar o
primeiro termo ou o próximo termo de uma sequência pelo antecessor, ou seja, o termo
anterior. Geralmente as sequências possuem uma lei de formação, ou seja, elas são feitas
com um padrão de formação, para isso utilizamos o termo que queremos de uma sequência
como 𝑎𝑛 sendo 𝑎𝑛 o termo que queremos encontrar chamado de enésimo termo (último
termo) e também temos 𝑎𝑛−1 sendo esse um termo anterior.
(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 𝒂𝒏 )
Novamente olhando para a sequência finita acima, sabemos que pela sequência indo de um em
um o enésimo termo que queremos encontrar nada mais é que 9, logo para essa sequência 𝑎𝑛 = 9. Se
quisermos saber qual é o termo anterior a 9, pela sequência, sabemos agora que 9 é o nono termo
então 𝑎𝑛 para essa sequência é 𝑎9 queremos encontrar o termo anterior, ou seja, 𝑎𝑛−1 que nesse caso
é 𝑎𝑛−1 = 𝑎9−1 = 𝑎8 = 8
Exemplo: Escreva a sequência finita cujos termos obedecem a seguinte lei de formação: 𝑎1 = 2
e 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 − 3, onde n vai de 2 até 6.
Resolução: Bom, sabemos que o primeiro termo é 𝑎1 = 2 e que os próximos termos são
definidos por 𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1 + 3, n vai de 2 até 6. Basta substituirmos na fórmula para cada n.
Fórmula do termo geral de uma PA: Por meio das propriedades das sequências podemos
chegar a uma fórmula geral para encontrar qualquer termo de um PA dado por:
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 + 𝒏 − 𝟏 · 𝒓
Soma dos termos de uma PA: As vezes apenas queremos saber qual é a soma total dos
termos de uma PA. Para isso utilizamos a seguinte fórmula:
𝒏(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )
𝑺𝒏 =
𝟐
Onde 𝒂𝒏 é o último termo da sequência, 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝑺𝒏 é a soma total dos n termos.
E por fim n o número de termos que a sequência possui.
𝒏(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )
Resolução: Aplicando na fórmula temos, 𝑺𝒏 = , sabemos que 𝒏 = 𝟓, 𝒂𝟏 = −𝟐 e
𝟐
𝟓(−𝟐 + 𝟏𝟎) 𝟓(𝟖) 𝟒𝟎
𝒂𝒏 = 𝟏𝟎, então 𝑺𝟓 = = = = 𝟐𝟎, logo a soma dos termos da PA dada é
𝟐 𝟐 𝟐
𝑺𝟓 = 𝟐𝟎
Fórmula do termo geral de uma PG: Por meio das propriedades das sequências podemos
chegar a uma fórmula geral para encontrar qualquer termo de um PG dado por:
𝒂𝒏 = 𝒂𝟏 · 𝒒𝒏−𝟏
Soma dos termos de uma PG finita: A soma dos termos de uma PG será dado por:
𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
𝑺𝒏 =
𝒒−𝟏
Onde 𝒂𝟏 é o primeiro termo, 𝑺𝒏 é a soma total dos n termos. Temos q que é a constante e por
fim n o número de termos que a sequência possui.
𝒂𝟏 (𝒒𝒏 − 𝟏)
Resolução: Aplicando na fórmula temos, 𝑺𝒏 = , sabemos que 𝒏 = 𝟏𝟎, 𝒂𝟏 = 𝟏 e
𝒒−𝟏
𝟏(𝟑𝟏𝟎 − 𝟏) (𝟓𝟗𝟎𝟒𝟗 − 𝟏) 𝟓𝟗𝟎𝟒𝟖
𝒒 = 𝟑, então 𝑺𝟏𝟎 = = = = 𝟐𝟗𝟓𝟐𝟒, logo a soma dos termos da PG dada
𝟑−𝟏 𝟐 𝟐
é 𝑺𝟏𝟎 = 𝟐𝟗𝟓𝟐𝟒