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CAPÍTULO 3
COMPONENTES SIMÉTRICOS
V c1 V a1 V a2
V b2
V a0
V b0
V c0
V b1 V c2
V a0
Va
V a2
V c1
Vc
V a1
V c0
REFERÊNCIA
...............................
V c2
Vb
V b0 V b1
V b2
Figura 3.2 -
3.2 - Operadores
É bastante conhecido que o operador j produz rotação de 90o e que o operador -1 provoca
rotação de 180o. Sabe-se também que duas aplicações sucessivas do operador j produzem rotação
de “90o + 90o”, ou seja: j x j = j2 produz rotação de 180o. Logo: j2 = -1. Algumas das muitas
combinações do operador j são mostradas a seguir:
Outro operador útil é o operador a, que causa uma rotação de 120o no sentido anti-horário:
a = 1 /120o = 1 ej 2π/3 = -0,5 + j0,866
Aplicando-o duas vezes haverá uma rotação de 240o, três vezes 360o. Algumas das muitas
combinações do operador a são mostradas a seguir:
a = 1 /120o = -0,5 + j0,866 1 - a = 3 /-30o = 1,5 - j0,866
a2 = 1 /240o = -0,5 = -j0,866 1 + a2 = 1 /-60o = 0,5 - j0,866 = -a
a3 = 1 /360o = 1 + j0 a + a2 = 1/180o = - 1 - j0
a4 = 1 /120o = -0,5 + j0,866 = a a - a2 = 3 /90o = 0 + j1,732
1 + a = 1 /60o = 0,5 + j0,866 = -a2 1 + a + a2 = 0 = 0 + j0
74
A fig. 3.3 mostra diversos fasores operados por a:
a - a2
60o
60o 60o
3
-1, - a 1, a3
a2 -a
Figura 3.3 -
IMPORTANTE: Enquanto que +j significa rotação de +90o e -j rotação de -90o, para o operador
a não se pode fazer afirmação análoga:
a = 1/120o
-a = 1 /120o . 1 /180o = 1 /300o = 1 /-60o
Matricialmente:
Va 1 1 11 Va 0
V = 1 a 2 a . Va1 (3.8)
b
Vc 1 a a Va 2
2
1 1 1
1
A-1 = 1 a a2 (3.10)
3
1 a 2 a
Va Va 0
A-1 Vb
= A . A . Va1
− 1
Vc Va 2
Assim, as temsões de componentes simétricas, para a fase “a” serão:
Va 0 1 1 1 Va
V = 1 1 a a 2 x Vb (3.11)
a1 3
Va 2 1 a 2 a Vc
& a + aV
Va1 = 1/3 ( V & b + a2V
&c) (3.13)
& b0 , V
Os demais componentes simétricos ( V & b1 , V
& b2 , V
& c0 , V
& c1 e V
& c2 ) são obtidos
pelas equações (3.4).
Observações importantes:
3- Num sistema trifásico com condutor neutro, &I n = &I a + &I b + &I c . Assim, de (3.15):
4- Quando não há retorno, In é nulo . Nestas condições, as correntes de sequência zero não
existirão. Assim sendo, em uma carga ligada em ∆, não há corrente de sequência zero.
Exemplo 1:
Um condutor de uma linha trifásica está aberto. A corrente que flui para uma
carga ligada em ∆ pela linha a é de 10A. Tomando a corrente na linha a como referência e a
linha c aberta, determine os componentes simétricos das correntes de linha.
&I a = 10/0o (A ); &I b = 10/180o (A ) e &I c 0
Solução:
Das equações (3.15), (3.16) e (3.17):
Ia Ib Ic
↓ ↓ ↓
Ia0 = 1/3 (10/0o + 10/180o + 0) = 0 A
Ia Ib a
↓ ↓ ↓
Ia1 = 1/3 (10/0o + 10/180o x 1/120o + 0) = 5,78/-30o A
Ia Ib a2
↓ ↓ ↓
Ia2 = 1/3(10/0o + 10/180o x 1/240o + 0) = 5,78/30o A
Matricialmente:
* t 2
I a Va I a
N = S = [Va Vb Vc] I b = Vb x I b
(3.20)
I c Vc I c
Ou seja, S = Vlt . IL*
OBS: Uma matriz conjugada é constituída por elementos que são os conjugados dos elementos
originais.
Va 0 Ia0
t
S = A [Va1 ] .[ A I a1 .]* = [ AV ]t . [ AI ]*
Va 2 Ia 2
Assim:
S = Vt . At[AI}* = Vt . At . A* . I* (3.21)
2o Exemplo:
Dados: Va = 10/30o, Vb = 30/-60o e Vc = 15/145o determinar as componentes simétricas
correspondentes.
Solução:
Utilizando-se das equações (3.12), (3.13) e (3.14):
(3.12): Va0 = 1/3(Va + Vb + Vc) = 1/3(10/30o + 30/60o + 15/145o) = 5,60/-47,4
(3.13): Va1 = 1/3(Va + aVb + a2Vc) = 1/3(10/30o + a.30/-60o + 1/240o . 15/145o)
= 17,6/45o.
(3.14): Va2 = 1/3(Va + a2Vb + aVc) = 1/3(10/30o + 1/240o . 30/60o + 1/120o x
15/145o = 8,25/-156,2o
3o Exemplo:
Dadas as componentes simétricas:
Va0 = 100/30o, Va1 = 220/0o e Va2 = 100/-60o, determinar as tensões Va, Vb e Vc.
Solução:
Da equação (3.8):
Va 1 1 1 Va 0 1 1 1 100/30o
V = 1 a 2
a Va1 = 1 1 1 220/0o =
b
Vc 1 a a Va 2 1 1 1 100/ − 60o
2
79
3.5 - Componentes simétricos das impedâncias:
Va
Z aa
a
Vb
Z bb M ab = M ba
b M ca = M ac
Vc
Z cc M bc = M cb
c
Figura 3.5 -
Va = Zaaia + MabIb + MacIc
Vb = Mbaia + ZbbIb + MbcIc
Vc = McaIa + McbIb + ZccIc
Matricialmente:
Va Z aa M ab M ac I a
V = M Z bb M bc I b
b ab
Vc M ca M cb Z cc I c
ou: [Vp] = [Zpp].[Ip] (3.24)
Pré-multiplicando ambos membros por A: [Vp] = [A] [Zcc] [A-1] [Ip] (3.28)
1 1 1 Z aa M ab M ac 1 1 1
[Zcc] = 1/3 1 a a 2 M ba Z bb M bc 1 a 2 a (3.30)
1 a 2 a M ca M cb Z cc 1 a a
2
1 1 1 Z M M 1 1 1
[Zcc] =1/3 1 a a 2 M Z M 1 a 2 a
1 a 2 a M M Z 1 a a
2
resolvendo esta:
( Z + 2 M ) 0 0
[Zcc] =
0 ( Z − M) 0 (3.31)
0 0 ( Z − M )
Como se vê, a matriz de impedância se diagonalizou. Caso o circuito não fôsse equilibrado, a
matriz acima seria totalmente cheia.
Zo 0 0 Z o = Z + 2 M
[Zcc] = 0 Z1 0 → Z1 = Z − M (3.32)
0 0 Z 2 Z 2 = Z − M
Vo Z o 0 0 I o Vo = Z o . I o
[Vc] = [Zcc] [Ic] = V1 = 0 Z1 0 I1 → V1 = Z1 . I1 (3.33)
V2 0 0 Z 2 I 2 V2 = Z 2 . I 2
Significado físico:
1. Para sistemas equilibrados, a corrente de sequência zero flui apenas no circuito de sequência
zero; corrente de sequência positiva no circuito de sequência positiva; corrente de sequência
negativa no circuito de sequência negativa.
81
2. A impedância do circuito pelo qual circula a corrente de sequência zero é denominada de
“IMPEDÂNCIA DE SEQUÊNCIA ZERO”, o mesmo acontecendo para as demais
sequências.
3. A f.e.m. produzida pelos geradores é apenas de sequência positiva.. Consequentemente, no
caso de uma carga equilibrada, teremos somente corrente de sequência positiva.
Io
Io
Io
3 I o( Retorno )
Figura 3.6 -
A esta impedância deverá ser acrescida à impedância própria dos condutores. Se o retorno
é feito pela terra, será difícil obter um valor preciso para a impedância total dos condutores, pois o
solo também é condutor.
3.6.2 - Transformadores
3.6.2.1 - Impedância de sequências positiva e negativa
Como nas linhas de transmissão, as impedâncias de sequência positiva e negativa
dos transformadores devem ser iguais entre sí. Isso ocorre porque não hádiferenças caso a
energização dos mesmos ocorra com tensões de seq. (+) ou (-). Por outro lado, nos
82
transformadores Y(1ário)/∆ (2ário) de polaridade subtrativa, as tensões dos secundários(∆ )
sofrem um deslocamento angular, em relação às correspondentes tensões do primário(Y), de -30o
para as tensões de sequência positiva e de +30o para as corespondentes tensões de sequência
negativa. Esse assunto será analisado, em maiores detalhes, no capítulo 4.
L L L
L L L
L L L
Caminho para
Gerador circulação da corrente
Camnho
de Retorno
Figura 3.8 -
L
L L
L
L L
L
L L
Gerador
Caminhos de Retorno
Figura 3.9 -
L
L L
L
L L
L
L L
Gerador não há
caminhos p/ corrente
de seq. zero
Figura 3.10 -
83
Diagrama equivalente de sequência zero para transformadores de 2 enrolamentos:
Um diagrama simples pode ser usado para representar todos os diagramas unifilares de
sequência zero, para os transformadores:
Chaves
série
L
Z
Ponto de
L Fonte falta
Chaves
Shunt
Figura 3.11 -
P Q
Zo
P Q
L L L L
L
fte fte
F F
L L
P Q
Figura 3.12 -
2)
P Q
Zo
P Q
L L
L L L
fte fte
F F
L L
P Q
Figura 3.13 -
84
3)
P Q
Zo
P Q
fte L L L
L L
L fte
F
L
P
Q
Figura 3.14 -
4)
P Q Q
P Z
P Q
fte L L L L L
L L fte
F
Figura 3.15 -
5)
P Q
Z
P Q
L
L L
L
L
fte
L F
L
Figura 3.16 -
Exemplo: Determine o circuito de sequência zero do sistema:
T U
R S
M P V X
N Q W Z
Figura 3.17 -
Solução:
T U
L L
M P V X
R S
L L L L
Z linha Z linha
L L L
N Q W Z
Z linha
Figura 3.18 -
Zp
L Zt
L
L
Zs
CONEXÃO GERAL
Zm
Figura 3.20 -
Figura 3.21 -
P T S
Zp S
P
L Zt Zs
T L
L
S P
L L
Zs
Zt
Zm p/ Z m @ :oo L
Figura 3.22 -
X ,,d + X ,,q
Z2 =
2
L R
L Zg L XL
Ea N R RL
A RL
Zg N 120o XL
N Ea R R
L L
Ea 240o L L RL
Zg L R XL
L R
Figura 3.23 -
Diagramas de sequências:
(+)
87
a
L Z1 I a1
Ea Ea
Eb L Z1
L Ec I b1
L
c b
Z1 Z1
a
I a1
I c1
Figura 3.24 -
(-)
Figura 3.25 -
(0)
Figura 3.26 -
3.7 - Exercícios:
Q S
P
~ ~
M N
Zn R T
L
Figura 3.27 -
Solução:
88
Q S LT L
L
L L N
M
T LT L
P L L
R
Figura 3.28 -
A
M O
R L ~ ZL
ZT
R S
B ZL ~
N P
~
Figura 3.29 -
Solução:
Diagramas de sequência (+) e (-):
Z1 A , Z 2 A L L Z1 B , Z 2 B L Z1 C = Z 2 C
L Seq.
(+)e(-)
ZL1 = Z L2
Figura 3.30 -
Diagrama desequência zero:
Seq. Zero
3R R L ZB 0 L ZC 0
ZT 0 ZL 0
P
ZA 0 L L L
N
R L
ZT 0 S
L L
M
O ZL 0
ZT 0
Figura 3.31-
3) Esquematize o circuito de sequência zero para o sistema abaixo. Considere que as reatâncias
de sequência zero dos geradores e motores valem 0,05 pu. Os reatores para a limitação de
corrente valem 2,0 Ω. A reatância de sequência (0) da L.T. é de 250 Ω.
89
20 MVA / 12,5 KV
20 ( p.u.)
35 MVA 35 MVA
13,2 / 115 115 / 13,2 KV p
L
X = 0,1 X = 0,1 ~
M1
L
~
k l m n r
30 MVA ~
M2
13,8 KV
15 ( p.u.) 10 MVA / 12,5 KV
20 ( p.u.)
Figura 3.32 -
MA = 30MVA
2
30 13,2
Para a base Z’1 = 0,1 = 0,0784 pu
UA = 13,8KV 35 13,8
∴ Zo = 0,0784 pu
2) Gerador: Zo = 0,05 pu
3) Motores:
2
30 12 ,5
M1 : Zo = 0,05 . = 0,061 pu
20 13,8
2
30 12 ,5
M2 : Zo = 0,05 . = 0,123 pu
10 13,8
U 2base (13,8 . 10 3 ) 2
Zbase = = = 6,35Ω
M base 30 . 10 6
2
Zo(pu) = = 0,315 pu
6,35
no diagrama unifilar:
(120,23 KV) 2
Zbase = = 482Ω
30 MVA
Zo(pu) = 250/482 = 0,521 pu
j 0,945 L L j 0,945
L j 0,061 L j 0,123
j 0,05 L
L m p r
L L L
k n
j 0,0784 j 0,521 j 0,0784
Figura 3.33 -
TA TC
A B E F
A C
L
6,9 / 115
TB
6,9 / 115
Figura 3.34 -
GERADORES:
Reatores dos Geradores: → Zn = 5%
TRANSFORMADORES:
TA: 25MVA; 6,9∆ - 115 Y [KV]; x = 10%
TB: 12,5MVA; 6,9∆ - 115Y [KV]; x = 10%
TC: 3 trafos monofásicos, cada: 10MVA; 7,5-75KV; x = 10%
Linhas:
BC→ Zo = 250 Ω; Z1 = Z2 =100 Ω
CE → 210Ω; Z1= Z2 = 80 Ω
Adotar: UB = 6,9 KV; MB = 30 MVA → nos geradores GA e GB
Solução:
Reatâncias:
Geradores:
2
6,9 30
ZA1 = Z A 2 = 0,15 . = 0,225pu
6,9 20
30
GA: Z A 0 = 0,05 . = 0,075
20
3Z n = 3(0,05 30 / 20) = 0,225pu
30
Z B1 = Z B2 = 0,15 = 0,45
GB:
10
Z B0 = 0,05 . 30 = 0,15; 3Z n = 0,45
10
13,8
2
30
ZC1 = Z C2 = 0,15 = = 0,216pu
11,5 30
Gc:
2
13,8
ZC 0 = 0,05 11,5 = 0,072 pu
Transformadores:
ZTA1 = ZTA2 = 0,1 . 30/25 = 0,12 pu = ZTA0
ZTB1 = ZTB2 = 0,1 . 30/125 = 0,24 pu = ZTB0
92
2
130 30
ZTC1 = ZTC2 = ZTC0 = 0,1 . = 0,1277 pu
115 30
Linhas:
(115KV) 2
Sendo: 2
ZB = UB /MB = = 440,83Ω
30000KVA
100
Z BC1 = Z BC 2 = = 0,2268
440,83
BC:
Z BC0 = 250 = 0,5671
440,83
80
Z CE1 = Z CE 2 = 0,181pu
440,83
CE:
ZCE 0 = 210 = 0,4764
440,83
CIRCUITOS:
1) de sequência negativa:
93
94
Figura 3.35 -
2) de sequência nula:
95
96
Figura 3.36 -
j 20 W j 20 W
L L
M L
Figura 3.37 -
Solução:
UB = 138 KV (nas linhas); MB = 50 MVA
GA = GB → 20 MVA; 13,2 KV; x” = 15%; Zn = 5%; Z0 = 8%.
2
13,2 50
ZA1 = ZA2 = ZB1 = ZB2 = 0,15 . = 0,3421pu
13,8 20
2
13,2 50
ZA0 = ZB0 = 0,08 . = 0,183
13,8 20
2
13,2 50
Zn = 0,05 . = 0,1143; 3Zn = 0,343
13,8 20
Transformadores:
50
YY: 20 MVA; 13,8Y − 138Y; x = 10% → Z = 0,1 = 0,25
20
Z1 = Z2 = Z0
50
Y∆: 15MVA; 6,9 ∆ − 138Y; x = 10% → Z = 0,1 = 0,333
15
97
Linhas:
ZB = 1382/50 = 380,88Ω
AB: Z1 = Z2 = 40/380,88 = 0,1051
Z0 = 3Z, (dado do ex.) = 0,3153
AC = CB: Z1 = Z2 = 20/380,88 = 0,05251
Z0 = 3Z1 = 0,1575
98
99
Figura 3.38 -
100
L
j 0,2
101
Figura 3.39 -