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FORMAÇÃO - SEXTA-FEIRA SANTA OU SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO:

 É o primeiro dia do tríduo pascal: a 6f da paixão de Cristo


 Não é considerado pela igreja como um dia de luto e de pranto, mas dia de
amorosa contemplação do sacrifício cruento de Jesus, fonte da nossa salvação.
 No dia de hoje, a igreja não faz um funeral, mas celebra a morte vitoriosa do
Senhor. Por isso dizemos bem-aventurada e gloriosa paixão e cantamos:
“bendita e louvada seja a paixão do redentor / que por nós sofreu martírio /
morreu por nosso amor”
 Segundo a mais antiga tradição da igreja, hoje não se celebra a eucaristia e
nenhum outro sacramento. O elemento fundamental e universal da liturgia
deste dia é a proclamação da palavra.
 Os mais antigos, no tempo dos meus avós, a 6f santa deveria ser vivida no
silêncio em respeito a morte de Jesus... o dia deveria ser de silêncio, não se
varria a casa, as Marias não penteavam o cabelo, era dia de pedir a benção aos
avós e pais... Lembro que na casa da minha avó era o disco do padre Zezinho,
eu não podia assistir meus desenhos na TV... Era a forma que a minha família
entendia e respeitava esse dia.
 Na 6f, a sua espiritualidade é de muita introspecção: refletir no amor do Pai por
mim que deu seu filho único para me salvar do pecado... na leitura da liturgia
do dia, Jesus ficou irreconhecível: o profeta Isaías relata que ele não tinha
aspecto de gente. Jesus aceitou ser entregue para cumprir o plano de Deus na
vida dele.
 É contemplando o Senhor na Cruz, destruído, flagelado, coroado de espinhos,
abandonado, caluniado, agonizante até a morte, que entendemos quão terrível
é o pecado. Não é sem razão que o Catecismo diz que pecado é “a pior
realidade para o mundo, para o pecador e para a Igreja”. É por isso que Cristo
veio a este mundo para ser imolado como o “Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (Jo 1,29).
 Ver Isaias 53
 Este é o caminho da vida do consagrado da comunidade – o Jesus de Nazaré
que se entregou e que morre para dar a vida a muitos.
 Podemos também neste dia refletir sobre como estou vivenciando isso que a
comunidade foi convidada a internalizar, bem como está a minha luta contra o
pecado, pois quando nos entregamos a uma decisão de pecar, estamos nos
ferindo, ferindo o coração de Deus e colocando Jesus de novo em sofrimento e
na Cruz.
 Para ampliar a nossa compreensão, indico: ler Isaias 53, assistir o filme A paixão
de Cristo (Mel Gibson) e o livro A crucificação de Cristo segundo um cirurgião
(Pierre Barbet)

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