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MATEMÁTICA FINANCEIRA PROFª.

: SANDRA REGINA

RAZÕES E PROPORÇÕES

1 – Razão é o quociente dos números que medem grandezas na mesma unidade.

a ou a : b, onde o a é o antecedente e o b consequente


b

Ex.: A razão de 3 para 12 é : 3 = 1


12 4

2 – Proporção é a igualdade entre duas razões.

a = c ( ≠ de zero) a, b, c, d são os termos.


b d a e c são os antecedentes..
b e d são os consequentes
a e d são os extremos
b e c são os meios.

Ex.; 18 = 27, pois 18 ÷ 6 = 3 e 27 ÷ 9 = 3


6 9

Propriedade Fundamental:

Em toda proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios.


extremos.meios.

Ex.:
Proporção Produto
Dos extremos Dos meios

3 = 6
3 x 8 = 24 4 x 6 = 24
4 8

5 = 20
5 x 40 = 200 10 x 20 = 200
10 40

Utilizando a propriedade fundamental é sempre possível determinar o valor de um termo


desconhecido quando são conhecidos os outros três.
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PORCENTAGEM

Por cento. É uma razão centesimal em que o consequente é 100.


Principal é o valor da grandeza da qual se calcula a porcentagem.
Na prática é comum empregar as palavras desconto, comissão, multa, parte, cota, abatimento,
prejuízo, lucro em lugar de porcentagem.

Na razão, o total de qualquer grandeza exemplificada corresponderá a 100%.


Ex.: Representação: 5% = 5 .
100

5% ― cinco por cento. Denominado taxa percentual ou centesimal, onde designamos simplesmente
por porcentagem.

5 . ― é a razão centesimal. O resultado da divisão, 0,05 é denominado taxa unitária e é


simbolizado por i.
100

Exemplos:
1) 20% de 300 = 20 x 300 = 60
100

2) 1 . sob forma de taxa percentual (quantos por cento é 1/20 = 0,05)


20

1 .= y. 20y = 100 y = 100 y = 5%


20 100 20

3) 0,24 sob forma de taxa percentual

0,24 = y y = 0,24 x 100 y = 24%


100

4) Quantos por cento R$ 121,00 são de R$ 484,00?

484 - 100 484y = 12100 y = 12100 y = 25%


121 - y 484

5) Um telefone foi comprado por R$ 1.800,00 e vendido por R$ 1.080,00.

1800 - 100 1800y = 108000 y = 108000 y = 60%


1080 - y 1800
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OPERAÇÕES COM MERCADORIA

Mercadoria é tudo que é adquirido destinado às operações de compra e venda, sendo atividade
principal de grande parte das empresas comerciais e industriais.

A compra de mercadoria inicia o ciclo operacional e análise de custos nas empresas. A forma com
que a mercadoria será adquirida, à vista ou à prazo, interfere no custo de aquisição, através dos
descontos, receitas e despesas com vendas, e, a decisão depende da disponibilidade financeira da
empresa.

A contabilidade comercial aprofunda os estudos nas operações com mercadorias (controle de


estoque, tributação), fundamentalmente no controle de estoque conseguindo ter visão de todos os
produtos/mercadorias trazendo lucros ou prejuízos para a empresa.

Produto e Mercadoria são diferentes. O que diferencia é o momento da operação, onde o Produto
está relacionado ao que é produzido e, a Mercadoria está relacionada ao que está disponível para ser
adquirido. Um mesmo item pode passar pela fase de ser Produto e, em seguida, virar Mercadoria.

Lucro é o retorno financeiro que ocorre quando o preço de venda é maior que o preço de custo. É o
valor que “sobra” depois de tirar os valores com custos e despesas do valor final de cada produto ou
serviço.

Prejuízo é quando o preço de venda é menor que o preço de custo. O motivo principal dessa prática
é a existência de concorrentes, beneficiando consumidores.

Vendas com Lucro ou com Prejuízo


É basicamente cálculo de porcentagens sobre os preços de custo e de venda de mercadorias.

Vendas com lucro


- sobre o preço de custo
Aplicação de porcentagem desejada sobre o valor que adquiriu a mercadoria
V=C+L V → Preço de venda; C → preço de custo; L → lucro
L = Ci i → taxa de juro unitária
V = C + Ci → V = C(1 + i)

Ex.: Um comerciante vendeu mercadoria adquirida no valor de R$ 500,00 com lucro de 8%. Qual o
preço de venda?
L = 500 * 0,08 → L = 40,00 → V = 500 + 40 = R$ 540,00
ou
V = 500(1 + 0,08) → V = 500 * 1,08 → V = R$ 540,00

- sobre o preço de venda


Conhecido o preço de custo e a taxa de lucro sobre o preço de venda.
V=C+ L V → Preço de venda; C → preço de custo; L → lucro
L = Vi i → taxa de juro unitária
V = C + Vi → C = V - Vi → C = V(1 – i) → V = C
1- i
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Ex.: Comprou-se um objeto por R$ 60,00 e deseja-se ganhar 25% sobre o preço de venda. Qual
deve ser este preço?
V = 60 → V = 60 → V = R$ 80,00
1 – 0,25 0,75
Vendas com prejuízo
- sobre o preço de custo
V=C-P V → Preço de venda; C → preço de custo; P → prejuízo
P = Ci i → taxa de juro unitária
V = C - Ci → V = C(1 - i)

Ex.: Um objeto no valor de R$ 30,00 foi vendido com prejuízo de 40% sobre o preço de custo. Qual
o preço de venda?
L = 30 * 0,40 → V = 12,00 → V = 30 - 12 = R$ 18,00
ou
V = 30(1 - 0,40) → V = 30 * 0,60 → V = R$ 18,00

- sobre o preço de venda


V=C-P V → Preço de venda; C → preço de custo; P → prejuízo
P = Vi i → taxa de juro unitária
V = C - Vi → C = V + Vi → C = V(1 + i) → V = C
1+ i

Ex.: Uma casa que custa R$ 96.000,00 foi vendida com um prejuízo de 20% sobre o preço de
venda. Calcule o preço de venda.
V = 96000 → V = 96000 → V = R$ 80.000,00
(1 + 0,2) 1,2

Descontos sucessivos
São abatimentos sucessivos sobre uma importância resultante de um negócio efetuado.
L = P(1 – i1) (1 – i2)(1 – i3) ... (1 – in) L → valor líquido; P → valor a pagar; i → taxa de
juro

Ex.: Uma firma distribuidora oferece, sobre o valor de uma fatura os descontos sucessivos de 10%,
4% e 5%. Sabendo que o valor de fatura é de R$ 48.000,00, qual o valor líquido da mesma?
L = 48000(1- 0,10) (1- 0,04) (1- 0,06)
L = 48000 * 0,9 * 0,96 * 0,95 → L = R$ 39.398,40

Valor a ser descontado Valor do desconto Valor descontado


48000,00 4.800,00 43.200,00
43.200,00 1.728,oo 41.472,oo
41.472,00 2.073,60 39.398,40

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POTENCIAÇÃO

É uma operação matemática que representa a multiplicação sucessiva de um número por ele
mesmo.

n
a = b, onde: a → base
n → expoente
b → potência
3
Ex.: 4 → quatro elevado ao cubo ou quatro elevado a 3, encontrando a potência:
4 x 4 x 4 = 64

Tipos de potência:
- Todo número elevado a zero é igual a 1.
0 0 0
Ex: 10 = 1 8 =1 507 = 1

- Todo número elevado a um é igual a ele mesmo.


1 1 1
Ex: 9 = 9 15 = 15 128 = 128

- “Um” elevado a qualquer expoente é igual a um.


4 18 604
Ex: 1 = 1 1 =1 1 =1

- Potência de base negativa


- se o expoente for par, o resultado será valor positivo.
4
Ex.: (-2) = (-2) . (-2) (-2) . (-2) = (+4). (-2) . (-2) = (-8) . (-2) = +16

- se o expoente for ímpar, o resultado será valor negativo.


3
Ex.: (-2) = (-2) . (-2) (-2) = (+4). (-2) = (-8)

- Potência com expoente negativo.


-2 2
Ex.: (4) = (1/4) = (1/16)

-2 2
(2/6) = (6/2) = (36/4) = 9

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Propriedades:

1ª) Multiplicação de potência de mesma base


Conserva-se a base e somam-se os expoentes
4
Ex.: 2 . 23 = 24 + 3 = 27 = 128

2ª) Divisão de potência de mesma base


Conserva-se a base e diminui os expoentes
5 3 5-3 2
Ex.: 3 : 3 = 3 = 3 =9

3ª) Potência de potência


Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes
21 2.1 2
Ex.: (5 ) = 5 = 5 = 25

4ª) Potência de um produto


Calcula-se separadamente, elevando cada base ao expoente.
3 3
Ex.: (4 . 3) = 4 . 33 = 64 . 27 = 1728

5ª) Potência de quociente


Cálculo parecido com o da 4ª propriedade, praticando a divisão.
2 2
Ex.: (6 : 3) = 6 : 32 = 36 : 9 = 4

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MATEMÁTICA FINANCEIRA

O estudo desta disciplina, com suas fórmulas e fatores, é feito em função do crescimento de uma
certa quantia em dinheiro aplicada com o tempo, isto é, dos juros. Na Economia clássica, costuma-
se dizer que o capital emprestado tem direito a juros.
Isto é justificado, pois caso uma pessoa ou instituição empreste uma certa importância ou invista o
capital, é comum que este valor na devolução, sofra uma compensação financeira, ou seja,
acrescida de juro.
Daí o juro é a remuneração, a qualquer título, atribuída ao capital.
A remuneração desse capital durante um intervalo de tempo denominamos período financeiro ou
período de capitalização e por meio da taxa percentual, determinamos o valor do juro a ser cobrado
ou recebido;

Regimes de Capitalização
Significa o processo de formação do juro subdividindo-se em Regime de Capitalização a juro
simples e a juro composto.
No regime de capitalização a juro simples, por convenção, apenas o capital inicial rende juro isto é,
o juro formado no fim de cada período a que se refere a taxa não é incorporado ao capital para,
também, render juro no período seguinte e dizemos que os juros não são capitalizados.
No regime de capitalização a juro composto, o juro formado no fim de cada período é incorporado
ao capital que tínhamos no início desse período, passando esse montante a render juro no período
seguinte e dizemos que os juros são capitalizados.

Juro Simples
É assim chamado, quando no fim do prazo, somente o principal produz juros durante a vida da
transação.
É proporcional ao capital inicial e ao tempo de aplicação, sendo a taxa de juro por período o fator
de proporcionalidade.
J = Cin, onde:
J → juro simples → é a compensação paga pelo tomador de empréstimo ou compensação recebida
pelo investidor.
C → Capital, Principal ou Valor Presente → valor que está sendo emprestado ou investido.

i → taxa de juro → é uma taxa definida que incide sobre o valor inicial. Ela é unitária.
n → tempo → é o ciclo em que o capital está sendo investido ou emprestado.

O prazo de aplicação (n) é expresso na mesma unidade de tempo a que se refere a taxa de juro (i)
considerada.
Taxas proporcionais
- É a redução proporcional da taxa (i) e do tempo (n), na mesma unidade, quando estiverem
diferentes.
Ex.: São proporcionais: 18% a.a. e 1,5% a.m.
Ano = 12 meses → 18 ÷ 12 = 1,5% .am.
1,5 x 12 = 18% a.a.

Taxas Equivalentes
- quando aplicadas no mesmo capital, durante o mesmo período produzem o mesmo valor de juro.
Ex.: C = R$ 2.000,00
a) i = 4% a.m., durante 6 meses
j = 2000 . 0,04 . 6 → j = R$ 480,00

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b) i = 12% a.t., durante 2 trimestres


j = 2000 . 0,12 . 2 → j = R$ 480,00

Como os juros produzidos são iguais, concluímos que 4% a.m. e 12% a.t. são taxas equivalentes.

JURO COMERCIAL E JURO EXATO

Denominamos Juro Comercial quando consideramos 1 ano igual a 360 dias admitindo que cada
mês tenha 30 dias, obtendo o tempo aproximado.
Denominamos Juro Exato de dias do ano (365 d ou 366 d, se o ano for bissexto), fazendo a
contagem no calendário, excluindo uma das datas extremas.

DETERMINAÇÃO DO NÚMERO EXATO DE DIAS ENTRE DUAS DATAS

Podemos obter de 3 maneiras diferentes:


1 – Pela contagem direta dos dias em um calendário, advertindo que apenas um dos dias extremos
deve ser incluído.

2 – Lembrando que:
- Janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro têm 31 dias.
- Abril, junho, setembro e novembro têm 30 dias.
- Fevereiro tem 28 dias (29 dias nos anos bissextos)
Obs.: Um ano é bissexto quando o seu número é divisível por 4.

Ex.: Determinar o número exato de dias de 11 de março a 18 de maio do mesmo ano.


11 de março à 31 de março → 31 - 11 (exclusive) = 20 dias
01 de abril à 30 de abril = 30 dias
01 de maio à 18 de maio = 18 dias
TOTAL = 68 dias

3 – Pelo uso da “Tabela para uso da contagem de dias”.


Considerando o exemplo anterior:
Procuramos na coluna relativa a dias o dia 18 e na linha relativa a meses o mês de maio, e
anotamos o número que se acha na inserção (linha 18 com coluna do mês de maio) → 138
Em seguida, fazemos o mesmo para a data de 11 de março e encontramos 70.
138 – 70 = 68 dias.

Equivalência:
1 semana = 7 dias 1 década = 10 anos
1 mês = 28, 29, 30 ou 31 dias 1 século = 100 anos
1 ano = 12 meses 1 dia = 24
horas
12 meses = 360 ou 365, 366 dias 1 hora = 60 minutos
Ano bissexto = 366 dias (+ 1 dia no ano → fevereiro 29 dias) 1 minuto = 60
segundos

Montante
É a soma do capital inicial mais os juros, ou seja, na hora do resgate, recebe o valor acrescido por
ter deixado o dinheiro aplicado no Banco.
Montante = Capital inicial + juro ou Valor Nominal = Valor Atual + juro

M = C + j, onde M → Montante C → Capital j → juro


J = Cin → M = C + Cin → M = C(1 + in)

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Ex.: Taxa de juros simples de 6% ao mês aplicada sobre um capital de R$ 500,00.

Capital (R$) tempo juro Montante (R$)


500,00 1 mês j = 500 x 0,06 x 1 = 30,00 530,00
2 meses j = 500 x 0,06 x 2 = 60,00 560,00
3 meses j = 500 x 0,06 x 3 = 90,00 590,00
4 meses j = 500 x 0,06 x 4 = 120,00 620,00

M = C(1 + in) → M = 500(1 + 0,06 x 4) → M = 500(1 + 0,24) → M = 500 x 1,24

M = R$ 620,00

Obs.: Origina a uma Progressão Aritmética onde a razão é o juro dessa aplicação.

Gráfico dos Juros Simples

É representado por uma Função Afim, graficamente uma reta.


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Tábuasetabelas

TABELAPARACONTAGEMDEDIAS
Meses
Jan.Fev.Mar.Abr.Mai.Jun.Jul.Ago.Set.Out.Nov.Dez.
Dias

01 32 60 91 121152182 213244274305335
2 61 92 122153183214245275306336
3 62 93 123 154184215246276307337
04 4 35 63 94124155185 216 247277308338
05 36 64 95 125 156 186 217248 278309 339

06 37 65 96 126 [157 187 218 249279310340


8988 88880 88388 24882 289

07 38 66 97 127158 188 219 250 280311341


39 67 98 128159189 220251281312342
988988⅜8⅜888939⅜⅜3%¾일%%

08
09 40 68 99 129 160190 221252282313343
⅜ ⅜¾⅜

10 10 41 69 100 130 161191 222253 283 314 344


•않을의형::요용유 요용원의형%%으%%

11 11 42 70 101 131162192223 254284315 345


12 43 71 102 132 163 193 224255 285316 346
44 72 103 133164194 225 256 286317347
14 45 73 104 134 165195226257287318 348
15 15 46 74 105 135 166196 227 258288 319349
16 16 47 75 106136167197 228259289320350
17 17 48 76 107 137168198229260 290 321 351
18 18 49 77 108 138169199 230261291 322352
19 78 109 139170200231262 292 323353
20 20 51 79 110 140 171201 232263293324354
21 21 52 80 111 141 172202 233264 294325355
22 22 53 81 112 142173203 234265 295 326356
23 23 54 82 113 143 174204235266296327357
24 83 114144175205 236 267297328358
25 25 56 84 115145176206237268 298329 359
8⅜

26 26 57 85 116 146177207 238269 299330360


27 27 58 86 117 147178 208 239 270300331361
28 59 87 118 148179209240271 301 332362
29 88 119 149 180 210 241272302333363
30 89 120 150181211 242 273 303 334

31 31 90 151 212243

NOTA:
•Seoanoébissexto,deve-seaumentarumaunidadeaoresultado,casoomêsde
fevereiroestejaincluídonacontagem.
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CAPITAL MÉDIO, TAXA MÉDIA E PRAZO MÉDIO

A média é o valor que pode substituir todas as observações individuais, de modo a não alterar o
resultado final.

- Capital médio
É a média ponderada dos capitais individuais. Os pesos de ponderação são os produtos (i x n) e o
resultado irá substituir todos os capitais individuais, sem alterar os juros.
Cm = ∑ Cin
∑ in

- Taxa média
É a média ponderada das taxas individuais. Os pesos de ponderação são os produtos (C x n) e o
resultado irá substituir todas as taxas individuais, sem alterar os juros.

im = ∑ Cin
∑Cn

- Prazo médio
É a média ponderada dos prazos individuais. Os pesos de ponderação são os produtos (C x i) e o
resultado irá substituir todos os prazos individuais, sem alterar os juros.

Cm = ∑ Cin
∑ Ci

Ex.: Considere os dois investimentos abaixo, aplicados num regime de juros simples.
1) R$ 100,00 aplicados durante 2 meses, à taxa de 2% ao mês.

2) R$ 200,00 aplicados durante 3 meses, à taxa de 1% ao mês

1) J = Cin → j = 100 x 0,02 x 2 → j = 100 x 0,04 → j = R$ 4,00

2) J = Cin → j = 200 x 0,01 x 3 → j = 200 x 0,03 → j = R$ 6,00

∑j = 4 + 6 = R$ 10,00

Capital médio:
1) j = Cin → 10 = (C x 0,02 x 2) → 10 = 0,04C

2) j = Cin → 10 = (C x 0,01 x 3) → 10 = 0,03C

∑ → 10 = 0,04C + 0,03C → 10 = 0,07C → C = 10 . → C = R$ 142,86


0,07

Cm = (100 x 0,02 x 2) + (200 x 0,01 x 3) → Cm = (100 x 0,04) + (200 x 0,03) → Cm = 10 .


(0,02 x 2) + (0,01 x 3) (0,04 + 0,03) 0,07

Cm = R$ 142,86

Conclusão: Se o 1º e o 2º investimento tivessem sido aplicados no valor de R$ 142,86, o somatório


dos juros continuaria inalterado no valor de R$ 10,00.
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Taxa média:
1) j = Cin → 10 = (100 x i x 2) → 10 = 200i

2) j = Cin → 10 = (200 x i x 3) → 10 = 600i

∑ → 10 = 200i + 600i → 10 = 800i → i = 10 . → i = 0,0125 → i = 0,0125 x 100 → i = 1,25% a.m.


800

im = (100 x 0,02 x 2) + (200 x 0,01 x 3) → im = (100 x 0,04) + (200 x 0,03) → im = 4 + 6


(100 x 2) + (200 x 3) (200 + 600) 800

im = 10 . → im = 0,0125 x 100 → i = 1,25% a.m.


800

Conclusão: Se o 1º e o 2º investimento tivessem sido aplicados à taxa de 1,25% a.m., o somatório


dos juros continuaria inalterado no valor de R$ 10,00.

Prazo médio:
1) j = Cin → 10 = (100 x 0,02 x n) → 10 = 2n

2) j = Cin → 10 = (200 x 0,01 x n) → 10 = 2n

∑ → 10 = 2n + 2n → 10 = 4n → n = 10 . → n = 2,5 m
4

nm = (100 x 0,02 x 2) + (200 x 0,01 x 3) → nm = (100 x 0,04) + (200 x 0,03) → nm = 4 + 6


(100 x 0,02) + (200 x 0,01) (2 + 2) 4

nm = 10 . → nm = 2,5 m
4

Conclusão: Se o 1º e o 2º investimento tivessem sido aplicados no prazo de 2 meses e meio, o


somatório dos juros continuaria inalterado no valor de R$ 10,00.
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DESCONTO SIMPLES

É o abatimento do valor de uma dívida, quando o devedor resolve resgatar antecipadamente. Pode
ocorrer quando:
- o devedor se beneficia do pagamento do juro que seria gerado durante o intervalo de tempo que
falta para o vencimento.
- o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada, vendendo seu título de crédito a
um terceiro o qual obterá um lucro correspondente ao juro do capital que adianta, ao intervalo de
tempo que falta para liquidar o pagamento.

Títulos de Crédito
Representam um crédito relacionado a uma transação no mercado, facilitando e impulsionando a
economia, pois substituem a moeda corrente ou o dinheiro em espécie e dão segurança ao negócio
realizado. È prova de que foi estabelecida uma relação jurídica gerando uma obrigação do devedor
e um direito do credor. Possibilitam, a execução imediata do valor devido, podendo ser protestados,
que é o instrumento de cobrança de dívidas ou o descumprimento de obrigação, caracterizando a
impontualidade do devedor e os credores terem seus créditos recuperados. É um documento
assinado por quem toma empréstimo para comprovar que assumiu a dívida. Sempre possui uma
data de vencimento. Podem ser:
Duplicata – é um título de crédito, utilizado em transações comerciais de compra e venda, pelo
qual, o devedor se obriga a efetuar o pagamento do valor representado na fatura dentro do prazo
estabelecido, podendo ser feito a prazo.
O uso de duplicatas tem caído nos últimos anos, porque está sendo substituída, especialmente pelo
cartão de crédito.

Letra de câmbio – ou somente LC, é um título de crédito emitido por instituições financeiras,
considerada segura e com boa rentabilidade. O prazo de investimento varia em torno de 2 até 7
anos. É uma forma de proteger parte do patrimônio com rentabilidade (=lucratividade) superior à
caderneta de poupança, por exemplo.

Nota promissória – é uma promessa de pagamento, que garante o prometimento de pagar


determinada quantia a outro em uma data futura. Utilizada com frequência nas relações comerciais
na aquisição de produtos. É um título executivo extrajudicial e sua cobrança poderá ocorrer em
juízo. É a concretização do ditado popular: “promessa é dívida”.

No Desconto, o “Valor Nominal” corresponde ao “Montante” e o “Valor Atual” corresponde ao


“Capital”.

Considerações:
- Valor Nominal (N) ou Valor Futuro ou Face – é o valor indicado no título. É a importância a ser
paga (ou recebida) no dia do vencimento.

- Valor Atual – é o líquido pago (ou recebido) antes da data do vencimento.

- Dia do vencimento – é o dia fixado no título para pagamento (ou recebimento) da aplicação.

- Tempo ou prazo – é o número de dias compreendido entre o dia em que se negocia o título e o de
seu vencimento, rejeitando um dos dias extremos.
MATEMÁTICA FINANCEIRA PROFª. SANDRA
REGINA

DESCONTO COMERCIAL

Também chamado Desconto Bancário ou Por Fora é o equivalente ao juro simples, produzido sobre
o Valor Nominal do título no período de tempo correspondente, e à taxa fixada.

d = N x i x n, onde: d – desconto comercial


N – Valor Nominal – valor do título no dia do vencimento – é o valor futuro.
i – taxa de desconto
n – tempo antecipado

Valor Atual Comercial ou Valor Descontado Comercial


É o líquido pago ou recebido antes do vencimento.

A = N – d, onde: A – Valor Atual


N – Valor Nominal
d – Valor de desconto

A=N–N*i*n → A = N(1 – in)

Ex.: Um título de R$ 6.000,00 será descontado à taxa de 2,1% ao mês, faltando 45 dias para o
vencimento do título, determine;
a) o valor do desconto comercial
b) o valor atual comercial

a) N = 6000 d = Nin → d = 6000 x (0,07/100) x 45


i = 2,1% a.m. → 2,1/30 = 0,07% a. d. d = 6000 x 0,0007 x 45
n = 45 d d = R$ 189,00

b) A = N – d → A = 6000 – 189 → A = R$ 5.811,00

DESCONTO RACIONAL

Também chamado Desconto Por Dentro, é o equivalente sobre o juro produzido sobre o Valor Atual
do título.
dr = Ar x i x n, onde: dr – Desconto Racional
Ar – Valor Atual
i – taxa de desconto
n – tempo

Ar = N - dr
MATEMÁTICA FINANCEIRA PROFª. SANDRA
REGINA

DESCONTO RACIONAL EM FUNÇÃO DO VALOR NOMINAL

dr = Ar x i x n Ar = N - dr

dr = (N – dr) x i x n → dr = Nin - drin → dr + drin = Nin

dr (1 + in) = Nin → dr = Nin .


1 + in

Ar = N – dr → Ar = N– Nin . → Ar = N(1 + in) – Nin .


1 + in 1 + in

Ar = N + Nin – Nin . → Ar = N .
1 + in 1 + in

Ex.: Um título de R$ 6.000,00 será descontado à taxa de 2,1% ao mês, faltando 45 dias para o
vencimento do título, determine;
a) o valor do desconto racional
b) o valor atual racional

a) N = 6000 dr = Nin

i = 2,1% a.m. → 2,1/30 = 0,07% a. d. 1 + in


n = 45 d
dr = 6000 x (0,07/100) x 45

1 + (0,07/100) x 45

dr = 189 → dr = 189 .

1 + 0.0007 x 45 1+
0,0315

dr = 189 → dr = R$ 183,23

1,0315

b) Ar = N – dr → A = 6000 – 183,23 → A = R$ 5.816,77

Obs.: O Desconto Racional é menor que o Comercial.


Quando no texto, a forma de “desconto” não for explicitado, subentende-se “Desconto
Comercial”.

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