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Assistente Técnico Administrativo

Matemática Financeira

Prof. Thiago Pacífico


Matemática Financeira

Professor Thiago Pacífico

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Edital

MATEMÁTICA FINANCEIRA: Porcentagem; Matemática Financeira;

CARGO: Assistente Técnico Administrativo


BANCA: ESAF

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Sumário

PORCENTAGEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
REGIME SIMPLES – JUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
DESCONTO SIMPLES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
REGIME COMPOSTO – JUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
DESCONTO COMPOSTO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
RESUMO DE ÚLTIMA HORA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

   

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PORCENTAGEM

p
p% =
100

Exemplos:
     27% = 27/100 = 0,27 0,5% = 0,5/100 = 0,005

Observação

p
p%o =
1000

Exemplos:
  2‰ = 2/1000 = 0,002 29‰ = 29/1000 = 0,029 315‰ = 315/1000 = 0,315

EXEMPLOS DE QUESTÕES DE CONCURSOS

Exemplo 01: Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52% dessas fichas estão
etiquetadas com número par. Quantas fichas têm a etiqueta com número par?
Solução:
Representando por x o número de fichas que têm etiqueta com número par e lembrando que
52% = 52/100 = 0,52, temos:
x = 52% de 25  ∴   x = 0,52 . 25  ∴   x = 13
Resposta: Nesse fichário há 13 fichas etiquetadas com número par.

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Exemplo 02: No torneio pré-olímpico de basquete, realizado na Argentina em agosto de
1995, a seleção brasileira disputou 4 partidas na 1ª fase e venceu 3. Qual é a porcentagem de
vitórias obtidas pelo Brasil nessa fase?
Solução:
1ª Solução:
Vamos indicar por x% o número que representa essa porcentagem. O problema pode, então,
ser expresso por:
x% de 4 é igual a 3
Isso resulta na equação:
x
.4 = 3 ∴ 4x = 300 ∴ x = 75
100
2ª Solução:
3 75
Do Enunciado temos: = 0,75 = = 75%
4 100
Resposta: O Brasil venceu 75% dos jogos que disputou nessa fase.

Exemplo 03: Numa indústria trabalham 255 mulheres. Esse número corresponde a 42,5% do
total de empregados. Quantas pessoas trabalham, ao todo, nessa indústria?
Solução:
Vamos representar por x o número total de empregados dessa indústria. Esse problema pode
ser expresso por:
42,5% de x é igual a 255
42,5
Sabendo que 42,5% = = 0,425, podemos formar a equação:
100
255
0,425 . x = 255 ∴   x =  ∴  x = 600
0,425
Resposta: Nessa indústria trabalham, ao todo, 600 pessoas.

Exemplo 04: Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8% sobre o preço marcado
na etiqueta. Se paguei R$ 690,00 pela mercadoria, qual o preço original dessa mercadoria?
Solução:
Se obtive 8% de desconto, o preço que paguei representa 100% − 8% = 92% do preço original.
Representando o preço original da mercadoria por x, esse problema pode ser expresso por:
92% de x é igual a 690
92
Sabendo que 92% = = 0,92, podemos formar a equação:
100
690
0,92 . x = 690 ∴  0,92x = 690 ∴  x =  ∴  x = 750
0,92
Resposta: O preço original da mercadoria era R$ 750,00.

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Exemplo 05: 40% de 20% corresponde a quantos por cento?


Solução:
Representando por x% a taxa de porcentagem procurada, o problema se reduz a: 40% de 20%
é igual a x.
Se 40% = 0,40 e 20% = 0,20, temos a equação:
8
0,40 . 0,20 = x ∴  x = 0,08 ∴  0,08 = = 8%
100
Resposta: Assim, 40% de 20% corresponde a 8%.

Exemplo 06: Uma geladeira, cujo preço à vista é de R$ 680,00 tem um acréscimo de 5% no seu
preço se for paga em 3 prestações iguais. Qual é o valor de cada prestação?
Solução:
5% de 680 = 0,05 . 680 = 34 (acréscimo)
680 + 34 = 714 (preço em 3 prestações iguais)
714 /3 = 238 (valor de cada prestação)
Resposta: Então, o valor de cada prestação é de R$ 238,00.

Exemplo 07: O salário de um trabalhador era de R$ 840,00 e passou a ser de R$ 966,00. Qual
foi a porcentagem de aumento?
Solução:
1ª Solução:
966 – 840 = 126 (aumento em reais)
x% de 840 = 126
126 18 3 15 (aumento em porcentagem)
= = =
840 120 20 100

2ª Solução:
x% de 840 = 966 (salário anterior mais aumento)
966 138 23 115
= = = = 115%
840 120 20 100
115% – 100% = 15%
Resposta: Logo, a porcentagem de aumento foi de 15%.

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Exemplo 08: Paulo gastou 40% do que tinha e ainda ficou com R$ 87,00. Quanto ele tinha e
quanto gastou, em reais?
Solução:
Se ele gastou 40%, a quantia de R$ 87,00 corresponde a 60% do que possuía.
Fazemos então 60% de ? = 87.
60 3 5.87
.x = 87 ∴ .x = 87 ∴ x = ∴ x = 145 (quanto ele tinha)
100 5 3

Quanto ele gastou: 145 – 87 = 58 ou 40% de 145 = 58


Resposta: Paulo tinha R$ 145,00 e gastou R$ 58,00.

REGIME SIMPLES – JUROS

INTRODUÇÃO

A matemática financeira está presente em nosso cotidiano de forma direta ou indireta. Quanto
mais dominarmos esse assunto, maiores serão os benefícios que teremos, tanto para ganhar
dinheiro como para evitar perde-lo. Como por exemplo, na escolha do melhor financiamento
de um bem ou onde fazer aplicações financeiras.
O estudo da Matemática Financeira é todo feito em função do crescimento do capital (C)
aplicado com o tempo. Definiremos capital como qualquer quantidade de moeda ou dinheiro.
O montante (M), ou seja, o valor final do capital aplicado é dado pela soma do capital inicial e
uma segunda parcela, que é uma fração do capital inicial, à qual damos o nome de juro. Juro (J)
é, portanto, a compensação financeira conseguida por um aplicador durante um certo tempo
ou ainda o aluguel pago por uma pessoa que, durante algum tempo, usa o capital de outra.
O juro é cobrado em função de um coeficiente, chamado taxa de juro (i), que é dado geralmente
em percentagem e sempre se refere a um intervalo de tempo (ano, semestre, mês, etc), tomado
como unidade, denominado período financeiro ou, abreviadamente período (t ou n).
Existem duas formas de serem calculados os juros a cada período: calculando sobre o capital
inicial ou sobre o montante acumulado. Entenda que no primeiro caso esse crescimento se
comporta como um progressão aritmética (P.A.) e no segundo caso o montante aumenta
segundo uma progressão geometrica (P.G.).
De outra forma temos:

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•• Quando os juros são acrescentados, ao capital inicialmente aplicado, somente após o


término da aplicação, podemos dizer que estamos calculando juros simples.
•• Quando os juros são incorporados ao capital após cada período de tempo, criando assim
um novo capital a cada período, dizemos que estamos fazendo uma capitalização ou
calculando juros compostos.
 
Observe que na figura a seguir, a pilha de moedas da esquerda cresce
linearmente, ou seja, aumenta a mesma quantidade de moedas por
vez (juros simples), enquanto que a da direita cresce muito mais
rápido, pois seu aumento é exponencial (juros compostos).

JUROS SIMPLES X JUROS COMPOSTOS

(I) Juros Simples x Juros Compostos:


Dados:
C = 1000
n = 3 meses
i = 10% a.m.

Regime Simples

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Regime Composto

FIQUE DE OLHO!

• O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos, devido aos juros, segundo duas
modalidades a saber: Juros Simples ou Composto.
• Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um capital através juros simples e juros
compostos, com um exemplo:
• Suponha que $ 100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.m. Teremos:

JUROS SIMPLES − ao longo do tempo, somente o principal rende juros.

PRINCIPAL = 100
 
Nº DE MESES MONTANTE SIMPLES
1 100 + 10%.100 = 110,00
2 110 + 10%.100 = 120,00
3 120 + 10%.100 = 130,00
4 130 + 10%.100 = 140,00
5 140 + 10%.100 = 150,00

JUROS COMPOSTOS − após cada período, os juros são incorporados ao principal e passam, por
sua vez, a render juros. Também conhecido como "juros sobre juros".

PRINCIPAL = 100
 
Nº DE MESES MONTANTE COMPOSTO
1 100,00 + 10%.100,00 = 110,00
2 110,00 + 10%.110,00 = 121,00
3 121,00 + 10%.121,00 = 133,10
4 133,10 + 10%.133,10 = 146,41
5 146,41 + 10%.146,41 = 161,05

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GRÁFICOS

•• Observe que o crescimento do principal segundo juros simples é LINEAR enquanto que o
crescimento segundo juros compostos é EXPONENCIAL, e portanto tem um crescimento
muito mais "rápido". Isto poderia ser ilustrado graficamente como no gráfico abaixo.

•• Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores particulares costumam


reinvestir as quantias geradas pelas aplicações financeiras, o que justifica o emprego
mais comum de juros compostos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples não se
justifica em estudos econômicos.

JUROS SIMPLES

Na capitalização simples, o juro produzido em vários períodos financeiros é constante em


cada período e proporcional ao capital aplicado, sendo este coeficiente de propor¬cionalidade
chamado de taxa de juros.
CONSIDEREMOS A SEGUINTE QUESTÃO:
A importância de R$ 600,00 é aplicada numa instituição financeira à taxa de 6% ao mês (a.m.),
durante 3 meses. Qual o montante após esse tempo?
No problema apresentado anteriormente, temos:
• capital aplicado .............. R$ 600,00
• taxa % ao mês ................ 6% = 6/100 = 0,06
• tempo em meses ........... 3 meses
Temos que:
• Após o 1º período, os juros serão:
0,06 . R$ 600,00 = R$ 36,00
• Após o 2º período, os juros serão:
R$ 36,00 + R$ 36,00 = R$ 72,00
• Após o 3º período, os juros serão:
R$ 72,00 + R$ 36,00 = R$ 108,00
Assim, o montante (capital mais rendimentos) será de:

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R$ 600,00 + R$ 108,00 = R$ 708,00
Vamos generalizar, deduzindo uma fórmula para calcular os juros simples.

{
C = capital aplicado
i = taxa % por período de tempo
t = número de períodos de tempo

Então, temos
•• Após o 1º período, o total de juros será: C.i;
•• Após o 2º período, o total de juros será: C.i+C.i;
•• Após o 3º período, o total será: C.i+C.i+C.i;
•• Após o t-ésimo período, o total de juros será:
   C.i + C.i + C.i + .... + C.i.
    
     t parcelas

Assim, a fórmula que fornece o total de juros simples é:


O montante final é de:


Vamos resolver novamente nosso problema, utilizando as fórmulas citadas. Calculando os juros
simples, temos:
J = 600.0,06.3 = 108
O montante será de:
M = C + J = 600 + 108 = 708

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TAXAS PROPORCIONAIS

Se estamos no regime simples, e temos uma taxa ao mês, e queremos transformá-la numa taxa
ao ano, pensaremos assim: taxa ao mês para taxa ao ano; mês para ano; mês é menor do que
ano; logo, taxa menor para taxa maior. Do menor para o maior, nós multiplicaremos! E um ano
tem quantos meses? Doze. Então, multiplicaremos por doze. Teremos:

E se por ventura desejássemos fazer o caminho inverso. Por exemplo, se quiséssemos


transformar uma taxa simples anual para uma taxa mensal? Aí pensaríamos assim: taxa ao ano
para taxa ao mês; ano para mês; maior para menor; do maior para o menor, nós dividimos; um
ano tem quantos meses? Doze. Logo, dividiremos por doze. Teremos:

TAXAS PROPORCIONAIS x TAXAS EQUIVALENTES

Quando estivermos resolvendo uma questão de Juros Simples, trabalhando, portanto, no


Regime Simples, e a questão vier falando em “Taxas Equivalentes”, entenderemos esse conceito
como sinônimo de Taxas Proporcionais!
Ou seja: no Regime Simples (questões de juros simples, de desconto simples e de equivalência
simples de capitais), se o enunciado falar em Taxas Equivalentes, entenderemos como se
estivesse falando em Taxas Proporcionais.

SE LIGA!

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JUROS COMERCIAIS (ORDINÁRIOS)

Adotam o ano comercial, ou seja, 30 dias para os meses e 360 dias para o ano.
Nas aplicações práticas e por convenção, quando nos referimos apenas ao número de meses,
utilizaremos o mês comercial com 30 dias, de forma indiferente.

JUROS SIMPLES EXATOS

Já falamos acima a respeito dos Juros Comerciais ou Ordinários! Dissemos que eles consistem na
consideração, que é regra, de que todos os meses do ano têm 30 dias, e o ano inteiro, portanto,
360 dias! Frisamos que se o enunciado nada dispuser a respeito disso, entenderemos que
estaremos trabalhando com essa consideração. Os juros comerciais ou ordinários, portanto,
consistem na nossa regra! E qual seria a exceção?
Juros Exatos – exceção à regra – é aquele em que se consideram os meses do ano com o número
de dias do nosso calendário comum. Apenas isso. Ou seja: janeiro com 31 dias; fevereiro com
28 (ou 29, se for ano bissexto); março com 31; abril com 30; maio com 31; junho com 30; julho
com 31; agosto com 31; setembro com 30; outubro com 31; novembro com 30; e dezembro
com 31 dias.
Fica implícito que deve ser usado o juro exato quando forem dadas as datas da negociação
e do vencimento, portanto a contagem dos dias deve ser exata, inclusive considerando anos
bissextos.

FIQUE DE OLHO!
Nas aplicações financeiras, frequentemente os bancos comerciais adotam convenção diferente
para contagem do prazo.
O tempo pode ser contado de duas formas:
• ANO CIVIL: 365 dias
• ANO COMERCIAL: 360 dias

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DESCONTO SIMPLES

OPERAÇÃO DE DESCONTO: O QUE É?

Aqui nós pretendemos saber o quanto representa hoje um valor que era devido numa data
futura. Em outras palavras, queremos agora “retroceder” no tempo com determinado valor
monetário, e descobrir o quanto este valerá no dia de hoje, ou numa outra data anterior àquela
do seu vencimento.
Ilustrando uma operação de desconto, de uma forma genérica (sem estabelecer valores),
teremos o seguinte:

NOMENCLATURA

VALOR NOMINAL ou de FACE (N)


Quantia declarada no título, o valor pelo qual foi emitido.

DESCONTO (D)
Valor obtido pela diferença entre o Valor Nominal e o Valor Atual de um compromisso, quando
quitado “n” períodos antes do vencimento.

TEMPO (t ou n)
Prazo compreendido entre a data da operação (desconto) e a data do vencimento. Os dias serão
contados excluindo−se o dia da operação e incluindo−se a data do vencimento.

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TAXA (i)
Representa a quantidade de unidade que se desconta de cada 100 (cem) unidades, num
determinado período, ou seja, o percentual de juros.

VALOR ATUAL ou ATUAL (A)


É a diferença entre o Valor Nominal e o Desconto.

DESENHO MODELO

Pela figura acima, já descobrimos a nossa primeira equação do Desconto.


É a seguinte:
d=N–A
  N = d + A  e   A = N – d

Essas são também equações “visuais”. Só temos que nos lembrar do “desenho-modelo” de uma
operação de desconto, e já as deduziremos!

MODALIDADES (TIPOS) DE DESCONTO

Pelo que foi dito até aqui, concluímos que uma questão de Desconto poderá apresentar quatro
diferentes “feições”:
→ Desconto Simples por Dentro;
→ Desconto Simples por Fora;
→ Desconto Composto por Dentro; e
→ Desconto Composto por Fora.

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DESCONTO SIMPLES POR DENTRO

É também chamado de Desconto Simples Racional. Aliás, este sinônimo é mais freqüente
nos enunciados de prova que a própria nomenclatura “desconto por dentro”. Destarte, não
podemos jamais esquecer disso:
Desconto por Dentro = Desconto Racional.

→ “O Trato”
Todas as questões de desconto apresentam dois lados: o lado do Atual (A) e o lado do Nominal
(N).
Estão todos vendo? Pois bem! Nós vamos fazer um trato! Doravante, nós vamos combinar o
seguinte: o lado do Desconto por Dentro será o lado do Atual. E o lado do Desconto por Fora
será o lado do Nominal.
A grosso modo podemos dizer que as operações de Juros Simples e de Desconto Simples por
Dentro são na verdade uma só! Apenas que, enquanto uma “leva” a outra “traz de volta”!
A partir do desenho-modelo do Desconto Simples por Dentro (Desconto Simples Racional)
já somos capazes de criar três equações possíveis, as quais utilizaremos para resolver as
questões. Basta imaginarmos um traço divisor entre os elementos (Valor Atual, Valor Nominal e
Desconto) e seus números representativos. Da seguinte forma, semelhante ao que fizemos nos
Juros Simples:

Coloquemos estas três equações lado a lado:

A Dd A N Dd N
= = =
100 i.n     100 100 +i.n     i.n 100 +i.n

Facilmente observamos que em todas três haverá os elementos taxa (i) e tempo (n). Será
que estamos lembrados ainda da exigência universal da matemática financeira? Qual é esta
exigência?
É que TAXA e TEMPO têm sempre que estar na mesma unidade!

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ENUNCIADO “OMISSO” QUANTO À MODALIDADE DO DESCONTO

Essa questão é tão importante que criamos um tópico para analisá-la


A regra é simples: quando a questão de Desconto nada dispuser acerca da modalidade (se por
dentro ou por fora), olharemos o que diz o enunciado a respeito da taxa da operação!
Se a questão de desconto falar expressamente sobre uma taxa de juros, então estaremos
diante do Desconto Racional, ou seja, do Desconto por Dentro!
Já havíamos visto que operações de Juros e de Desconto Racional são equivalentes! Daí,
repetimos, se o enunciado falar em taxa de juros, então o desconto será por dentro!
Caso contrário, se o enunciado nada dispuser acerca da modalidade do Desconto, e também
não falar que a taxa da operação é uma taxa de juros, utilizaremos o Desconto por Fora!
Frisemos novamente: Se o enunciado da questão de desconto não se pronunciar a respeito da
modalidade da operação, se Desconto por Dentro ou Desconto por Fora, procuraremos ver o
que está sendo dito acerca do elemento Taxa!

DESCONTO SIMPLES POR FORA

Também chamado de Desconto Simples Comercial. Esse sinônimo tem que estar bem nítido
em nossa lembrança, pois é muito freqüente em questões de prova.
E o raciocínio será o seguinte: “se o lado do Desconto por Fora é o lado do Nominal, então
diremos que Nominal está para 100. Ora, se o Nominal está para 100, e o Atual é menor que o
Nominal, então diremos que o Atual está para 100 menos alguma coisa; e essa alguma coisa é
“taxa vezes tempo”.
E o desconto, da mesma forma que o racional, estará também para “taxa vezes tempo”.
Teremos que o desenho-modelo para toda questão de Desconto Simples por Fora é o seguinte:

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Daí, baseados no desenho acima, riscaremos o “traço divisor” entre os elementos (A, N e Df) e
seus números representativos, para conhecermos as três equações que poderemos utilizar na
resolução das questões de Desconto Simples Comercial (por Fora).
Teremos:

E nossas três equações, oriundas do desenho acima, serão as que se seguem.


Caso estejamos trabalhando com Valor Nominal e com Valor Atual, teremos:

N A
=
100 100 −i.n

Caso trabalhemos com Nominal e com Desconto por Fora, teremos:

N Df
=
100 i.n

Finalmente, caso trabalhemos com Atual e com Desconto, usaremos:

Df A
=
i.n 100 −i.n

“DESCONTO SIMPLES POR DENTRO” X “DESCONTO SIMPLES POR FORA”

Df = Dd (1 + i.n)

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Essa equação é especial. Ela nos fornece a relação entre o valor do Desconto Simples por
Dentro e o valor do Desconto Simples por Fora, mantidos a mesma Taxa e o mesmo Tempo de
antecipação.

1. O desconto comercial simples de um título quatro meses antes do seu vencimento é de


R$ 600,00. Considerando uma taxa de 5% ao mês, obtenha o valor correspondente no caso de
um desconto racional simples.
Solução:
Df = Dd (1 + i.n) ∴  600 = Dd (1 + 0,05.4) ∴  Dd = 600/1,20
Daí: Dd = 500,00

2. O desconto racional simples de uma nota promissória, cinco meses antes do vencimento, é de
R$ 800,00, a uma taxa de 4% ao mês. Calcule o desconto comercial simples correspondente,
isto é, considerando o mesmo título, a mesma taxa e o mesmo prazo.
Solução:
Df = Dd (1 + i.n) ∴  Df = 800 (1 + 0,04.5) ∴  Df = 800 x 1,20
Daí: Df = 960,00

JUROS COMPOSTOS

O QUE É UMA OPERAÇÃO DE JUROS COMPOSTOS?

Dando nomes aos elementos desta operação, teremos que o valor depositado no início é o
Capital; este ficará aplicado durante um prazo de tempo “n”; ao fim deste prazo, resgataremos
o Montante. Por enquanto, o desenho de nossa questão de juros é o seguinte:

Relembramos, portanto, uma fórmula nossa velha conhecida:


J=M–C

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Já vimos que o capital vai ficar aplicado durante um período de tempo n. No desenho, este
valor n surge no final da nossa “linha do tempo”.
Se estivermos bem lembrados, a natureza de uma taxa de juros compostos é tal que, a cada
período que passa, ela incidirá sempre sobre o resultado da operação no período anterior.
Podemos relembrar um exemplo, em que tínhamos um capital de R$ 1000,00 e que seria
aplicado durante um prazo de três meses, sob uma taxa de juros compostos de 10% ao mês.
Encontramos que:
→ No primeiro mês:
R$ 1.000,00 x (10/100) = 100,00 ∴  R$ 1.100,00 ao final do 1º mês.
→ No segundo mês:
R$ 1.100,00 x (10/100) = 110,00 ∴  R$ 1.210,00 ao final do 2º mês.
→ No terceiro mês:
R$ 1.210,00 x (10/100) = 121,00 ∴  R$ 1.331,00 ao final do 3º mês.
Observemos que a cada novo período, a taxa incidirá sobre o resultado do período anterior! É
justamente essa a natureza da taxa composta!
Por isso os juros compostos são também chamados de juros cumulativos ou juros sobre juros!

FÓRMULA FUNDAMENTAL DOS JUROS COMPOSTOS

Na hora de resolvermos uma questão de Juros Compostos, vamos nos lembrar de que há uma
fórmula fundamental, que deverá sempre ser colocada no papel. Trata-se do seguinte:

n
M = C.(1 + i)

Vamos interpretar cada um desses elementos:


→ M é o Montante. É aquele valor que será resgatado ao final da operação de juros! É, por
assim dizer, o resultado final da operação.
→ C é o Capital. Justamente aquele valor que é aplicado no início de tudo. É onde começa
nossa operação de Juros.
→ (1 + i)n: este parêntese, em função de sua enorme importância, vai ganhar um apelido!
Doravante, iremos nos referir a ele como sendo o parêntese famoso da matemática financeira!
“Famoso” por quê? Porque vai aparecer em quase todas as fórmulas do nosso regime
composto! Certo? Então ficamos assim: quando eu disser “o parêntese famoso”, já saberemos
n
que estamos falando no (1 + i) .
→ n representa o tempo que vai durar a nossa operação de juros compostos! É o intervalo de
tempo que vai da data do Capital (início) até a data do Montante (final da operação).

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→ i é a nossa taxa de juros compostos.
Exemplos:
→ se a taxa é de 15%, vai na fórmula como 0,15;
→ se a taxa é de 30%, vai como 0,30 na fórmula;
→ se é de 8%, aparece na fórmula como 0,08.
Em suma, taxa unitária é aquela notação para a qual 100% = 1.
Portanto, NÃO ESQUEÇA: No regime composto (questões de juros compostos, desconto
composto, equivalência composta, rendas certas e amortização) trabalharemos sempre com
taxas unitárias! Não há exceção para essa regra.
Sabemos desde o início que Juros = Montante – Capital. Daí, se conhecermos os valores de
Capital e Montante, então saberemos também o valor dos juros!

FIQUE DE OLHO!

Na fórmula para o cálculo do Montante aparecem quatro variáveis: M, C, i e n.


Podemos encontrar qualquer uma delas, desde que se conheçam as outras três.

É extremamente importante saber ler e interpretar as tabelas contidas nos anexos.


A tabela I, por exempolo, diz respeito à capitalização composta, dando o fator de
n
acumulação (1 + i) .
Portanto, você não precisa calcular o valor de (1 + 5%)10 , basta olhar o resultado na
linha 10 (período), coluna 5% (taxa) e encontrar 1 + 6289.

Portanto, você não precisa calcular o valor de (1 + 8%)6, basta olhar nessa tabela o resultado na
linha 6 (período) associada à coluna 8% (taxa), para encontrar 1,5869 (como visto na figura).

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EXEMPLOS:

1. Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado a uma taxa de juros compostos de 21% ao bimestre,


durante um período de tempo de 5 meses. Qual o valor do montante e dos juros obtidos nesta
operação?
Solução:
Façamos isso: 5 meses = 2,5 bimestres.
Conclusão: falhou nossa primeira tentativa!
E quando isso ocorrer, só nos restará uma saída: a segunda tentativa. E esta consiste em
recorrer à taxa, e alterar a unidade da taxa para a mesma unidade do tempo.

TAXAS EQUIVALENTES

•• Duas ou mais taxas são equivalentes quando ao serem aplicadas a um mesmo capital,
em regime de juros compostos, capitalizados em prazos diferentes, durante um mesmo
período de tempo, produzem um mesmo montante no final do período.
•• Assim duas ou mais taxas são equivalentes se, e somente se:

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De maneira geral temos:
I − taxa do período maior.
i − taxa do período menor.
n − numero de vezes que o período maior contém o menor.
Podemos escrever que então:

Taxa Equivalente é o conceito que usaremos, como regra geral, sempre que precisarmos
alterar a unidade de uma taxa no regime composto! Ou seja, se estivermos em questões de
juros compostos, desconto composto, equivalência composta, rendas certas ou amortização, e
precisarmos, em qualquer uma delas, alterar a unidade de uma taxa, então trabalharemos com
esse conceito de taxas equivalentes.
O conceito de taxa equivalente se traduz por uma fórmula, que é a seguinte:

n
1 + I = (1 + i)

Só se aprende a usar esse conceito vendo um exemplo. Vamos fazer aquela alteração do
exemplo quatro: vamos passar a taxa composta de 21% ao bimestre para uma taxa mensal.
Então, trabalharemos nessa alteração com uma taxa ao mês, e com uma taxa ao bimestre. Mês
é menor que bimestre. Daí, diremos que a taxa ao mês será o nosso “izinho”, enquanto que a
taxa ao bimestre será o nosso “izão”.
Traduzindo para esse caso: “quantos meses cabem em um bimestre?” A resposta é dois. Logo,
nosso n da fórmula das taxas equivalentes será n = 2.
Feito essa análise prévia, chegamos aos seguintes valores:
→ I = 21% ao bimestre;
→ i = ? (taxa ao mês)
→ n = 2
Agora é só aplicar a fórmula das taxas equivalentes. Teremos:

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1 + I = (1 + i)n ∴  1 + 0,21 = (1 + i)2 ∴  (1 + i)2 = 1,21


Podemos recorrer à tabela financeira, para descobrirmos quem será essa taxa “izinho”.
Daí, descobrimos que a taxa que buscamos, a nossa taxa “izinho” é i = 10%. Mas 10% o quê?
Ora, “izinho” é uma taxa mensal. Logo: i = 10% ao mês.
Conclusão: 21% ao bimestre é equivalente a 10% ao mês. Achamos a nossa taxa equivalente!
Fácil até demais!
Outro exemplo: suponhamos que você precise alterar a unidade da taxa de juros compostos de
3% ao mês para uma taxa composta trimestral.
Ora, se vamos alterar a unidade de taxa no regime composto, usaremos o conceito de taxas
equivalentes, o qual se traduz pela seguinte fórmula:
1 + I = (1 + i)n
Aqui, trabalharemos com uma taxa ao mês, e com uma taxa ao trimestre. Ora, mês (i) é menor
do que trimestre (I). Além disso, cabem três meses em um trimestre. Logo, nossos dados para
aplicar no conceito de taxas equivalentes são os seguintes:
→ i = 3% ao mês;
→ I = ?
→ n = 3
Daí, teremos:
1 + I = (1 + i)n ∴  1 + I = (1 + 0,03)3
Aqui, para determinarmos o valor do parêntese, poderemos recorrer à tabela financeira.
Prosseguindo, teremos:
1 + I = (1 + i)n ∴  1 + I = (1 + 0,03)3 ∴  1 + I = 1,092727
I = 0,092727 = 9,27%
Mas 9,27% ao quê? “Izão” neste caso é uma taxa ao trimestre! Logo, concluímos que I = 9,27%
ao trimestre, que é equivalente a i = 3% ao mês.

Voltando ao Exemplo
Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado a uma taxa de juros compostos de 21% ao bimestre,
durante um período de tempo de 5 meses. Qual o valor do montante e dos juros obtidos
nesta operação?
Solução:
n
M = C.(1 + i)
Para aplicarmos esta fórmula, faz-se necessário que taxa e tempo estejam na mesma unidade.
Daí, vemos que a taxa está ao bimestre e o tempo está em meses. Imediatamente nos lembramos
que quando isso ocorrer no regime composto (taxa e tempo em unidades diferentes), teremos
de seguir duas tentativas, nesta ordem:

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→ 1ª Tentativa: Recorrer ao tempo, e tentar transformá-lo para a mesma unidade da taxa;
Só diremos que essa primeira tentativa deu certo se encontrarmos, após a alteração, um n
inteiro (um “valor redondo” de n)!
→ 2ª Tentativa: Alterar a unidade da taxa, transformando-a para a mesma unidade do tempo,
por meio do conceito de taxas equivalentes.
Passemos, pois, à primeira tentativa. Na hora de tentar transformar 5 meses para a unidade
bimestres, encontramos que: 5 meses = 2,5 bimestres.
Como 2,5 é um “valor quebrado”, concluímos que falhou nossa primeira tentativa.
Teremos que usar a segunda tentativa, e transformar a taxa bimestral para uma taxa mensal.
Como estamos no regime composto, usaremos o conceito de taxas equivalentes:
1 + I = (1 + i)n
O conceito acima traz I (“izão”), i (“izinho”) e n.
→ I representará a taxa com maior unidade de tempo;
→ i será a taxa de menor unidade de tempo;
→ n será encontrado pela pergunta: “quantas vezes o unidade de tempo menor cabe na
unidade de tempo maior?”. Só isso!
Neste caso, queremos transformar uma taxa ao bimestre em uma taxa ao mês. Bimestre é
maior que mês, logo a taxa bimestral será nosso I. Por outro lado, mês é menor que bimestre,
de modo que a taxa mensal será nosso i. E finalmente, cabem dois meses em um bimestre, de
modo que n será igual a 2.
Teremos:
→ I = 21% ao bimestre
→ i = ? ao mês
→ n = 2
Jogando os dados na fórmula das taxas equivalentes, teremos:
1 + I = (1 + i)n ∴  1 + 0,21 = (1 + i)2 ∴  (1 + i)2 = 1,21
Neste momento, podemos nos valer da tabela financeira, para descobrirmos quem será o valor
do i.
E chegamos a uma taxa i = 10% ao mês.
Ora, todo esse trabalho inicial teve um único intuito: colocar taxa e tempo na mesma unidade!
Agora, sim: trabalharemos a operação de juros compostos. Nossos dados agora são os
seguintes:
→ C = 1000,00
→ i = 10% ao mês (juros compostos)
→ n = 5 meses
→ M = ? e J = ?

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Aplicando a fórmula fundamental dos juros compostos, teremos:


M = C.(1 + i)n ∴  M = 1000.(1 + 0,10)5
Aqui surge a necessidade de nova consulta à tabela financeira.
Daí, teremos:
M = 1000.(1 + 0,10)5 ∴  M = 1000 . 1,610510 ∴  E: M = 1.610,51
Sabendo que Juros = Montante – Capital, chegaremos também ao seguinte:
J = 1610,51 – 1000 ∴  J = 610,51

IMPORTANTE
Pelo que vimos até aqui, vocês já estão aptos a estabelecer o seguinte raciocínio:
quando precisarmos alterar a unidade de uma taxa qualquer, teremos que observar
em qual dos regimes estamos trabalhando. Se estivermos no regime simples,
usaremos sempre (não tem exceção) o conceito de taxas proporcionais. Se estivermos
no regime composto, usaremos (como regra geral) o conceito de taxas equivalentes.
Assim, ilustrativamente:

Por que dizemos que o uso das taxas equivalentes no regime composto será apenas uma regra
geral? Exatamente porque haverá uma exceção!
Ou seja, haverá uma única exceção, um único momento em que estaremos no regime
composto e não utilizaremos o conceito de taxas equivalentes para alterar a unidade de uma
taxa. Isso acontece quando trabalhamos com a Taxa Nominal!

TAXA NOMINAL

•• A unidade de referência de seu tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos
de capitalização, geralmente a Taxa Nominal é fornecida em tempos anuais, e os períodos
de capitalização podem ser mensais, trimestrais ou qualquer outro período, inferior ao da
taxa.

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EXEMPLO 1:
• 12% a.a. capitalizamos mensalmente.
• 20% a.a. capitalizamos semestralmente.
• 15% a.a. capitalizamos trimestralmente.

EXEMPLO 2:
• 36% a.a. capitalizados mensalmente (Taxa Nominal).
36%a.a.
• = 3%a.m. (Taxa Efetiva embutida na Taxa Nominal).
12 meses

Trata-se da única e grande exceção da matemática financeira!

Anotações

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TAXA EFETIVA

•• É aquela em que a unidade de referência de seu tempo coincide com a unidade de tempo
dos períodos de capitalização.

EXEMPLO 1:
• 15% a.a. capitalizados anualmente.
• 5% a.s. capitalizados semestralmente.
• 3% a.m. capitalizados mensalmente.

2. Um capital de R$1.000,00 é aplicado durante um prazo de 8 meses, a uma taxa de 60% ao ano,
com capitalização mensal. Qual o valor do Montante e dos Juros obtidos nesta operação?
Solução:

Aplicando o conceito de taxas proporcionais, teremos, enfim, que:


60% ao ano = (60/12) = 5% ao mês = Taxa Efetiva
Feito isso, nossos dados da questão agora são os seguintes:
→ C = 1000,00
→ i = 5% ao mês (juros compostos)
→ n = 8 meses
→ M = ? e J = ?
M = C.(1 + i)n ∴  M = 1000.(1 + 0,05)8
Novamente faremos uma consulta à tabela financeira.

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Daí, teremos:
M = 1000.(1 + 0,05)8 ∴  M = 1000 . 1,477455 ∴  E: M = 1.477,45
E: J = M – C ∴  J = 1477,45 – 1000 ∴  J = 477,45

3. Um capital de R$ 1.000,00 é aplicado durante um prazo de 3 meses, a uma taxa de 42% ao


quadrimestre, com capitalização bimestral. Qual o valor do Montante e dos Juros obtidos nesta
operação?
Solução:
Vejamos: o enunciado forneceu uma taxa nominal. Qual foi? 42% ao quadrimestre com
capitalização bimestral.
Imediatamente sabemos que estamos no regime composto, e que essa taxa nominal precisa
ser transformada em taxa efetiva, por meio do conceito de taxas proporcionais. Atenção para o
fato de que a taxa efetiva será, neste caso, uma taxa bimestral (mesmo tempo da capitalização)!
Teremos:

Aplicando o conceito de taxas proporcionais, teremos, enfim, que:

42% ao quadrimestre = (42/2) = 21% ao bimestre = Taxa Efetiva!


Feito isso, nossos dados da questão agora são os seguintes:
→ C = 1000,00
→ i = 21% ao bimestre (juros compostos)
→ n = 3 meses
→ M = ? e J = ?
Percebemos, então, que taxa e tempo encontram-se em unidades diferentes! Como estamos
no regime composto, teremos que usar duas tentativas para compatibilizar as unidades, nesta
ordem:
1ª Tentativa: recorrer ao tempo, e tentar transformar 3 meses para alguma coisa em bimestres.
3 meses = 1,5 bimestre.
Funcionou nossa primeira tentativa? Não! Falhou! E falhou por quê? Porque encontramos um n
“quebrado” (um valor não-inteiro)!
Daí, passamos à segunda tentativa, na qual alteraremos a unidade da taxa composta (que agora
já é uma taxa efetiva!), por meio do conceito de taxas equivalentes.

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O conceito de taxas equivalentes, já sabemos, se traduz pela seguinte fórmula: 1 + I = ( 1 + i)n.


Aqui estaremos querendo transformar uma taxa bimestral em uma taxa mensal. Daí, teremos
que:
→ I = 21% ao bimestre;
→ i = ? % ao mês;
→ n = 2 (cabem 2 meses em um bimestre!)
n 2 2
Daí: 1 + I = (1 + i)  ∴  1 + 0,21 = (1 + i)  ∴  (1 + i) = 1,21
Aqui, recorreremos à tabela financeira, para descobrirmos quem será a nossa taxa i.
E chegamos a uma taxa efetiva i = 10% ao mês.
Nossos dados ficaram sendo os seguintes:
→ C = 1000,00
→ I = 10% ao mês (juros compostos)
→ n = 3 meses
→ M = ? e J = ?
Aplicando a fórmula fundamental dos juros compostos, teremos:
M = C.(1 + i)n ∴  M = 1000.(1 + 0,10)3
E mais uma vez recorreremos à tabela financeira!
Daí, teremos:
M = 1000.(1 + 0,10)3 ∴  M = 1000 . 1,331 ∴  E: M = 1.331,00
E finalmente:
J = M – C ∴  J = 1331 – 1000 ∴  J = 331,00
Vamos passar nesse momento a trabalhar algumas questões de provas passadas que envolviam
justamente esses conceitos de taxas compostas! Vamos a elas.

4. Indique qual a taxa de juros anual equivalente à taxa de juros nominal de 8% ao ano, com
capitalização semestral.
a) 8,20%
b) 8,16%
c) 8,10%
d) 8,05%
e) 8,00%
Solução:
8% ao ano = (8/2) = 4% ao semestre = Taxa Efetiva!
Precisaremos, então, alterar a unidade da nossa taxa efetiva (semestral) para uma taxa anual.
Não há dúvida nenhuma: utilizaremos agora o conceito de taxas equivalentes! Teremos:

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1 + I = (1 + i)n
Onde:
→ i = 4% ao semestre;
→ I = ? % ao ano;
→ n = 2 (cabem dois semestres em um ano).
Jogando os dados na fórmula, teremos:
1 + I = (1 + 0,04)2
Recorrendo à Tabela Financeira, encontraremos que:
1 + I = 1,081600 ∴  I = 0,0816 ∴  I = 8,16% ao ano
Trata-se de um modelo típico de questão: o enunciado fornece uma taxa nominal (que será o
ponto de partida da resolução). Daí, transformaremos a taxa nominal em taxa efetiva usando
o conceito de taxas proporcionais. Feito isso, vem uma segunda transformação, só que agora
já da taxa efetiva, de modo que se faz essa nova alteração pelo conceito de taxas equivalentes.
Ilustrativamente, teremos:

5. Indique a taxa de juros anual equivalente à taxa de juros nominal de 12% ao ano com
capitalização mensal.
a) 12,3600%
b) 12,6825%
c) 12,4864%
d) 12,6162%
e) 12,5508%
Solução:
Começaremos transformando a taxa nominal fornecida pelo enunciado em uma taxa efetiva. A
taxa nominal é a seguinte: 12% ao ano com capitalização mensal. A taxa efetiva, nesse caso, será
uma taxa ao mês (mesmo tempo da capitalização)! Essa primeira transformação, já sabemos,
será feita mediante o conceito de taxas proporcionais.
Teremos:
12% ao ano = (12/12) = 4% ao mês = Taxa Efetiva!
Nossa taxa efetiva agora é mensal. Ocorre que a questão está pedindo uma taxa anual. Daí,
partimos para uma segunda transformação, só que agora utilizando o conceito de taxas
equivalentes.

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Teremos:
1 + I = (1 + i)n
Onde:
→ i = 1% ao mês;
→ I = ? % ao ano;
→ n = 12 (cabem doze meses em um ano).
Jogando os dados na fórmula, teremos:
1 + I = (1 + 0,01)12
Visitando a Tabela Financeira, acharemos que:
1 + I = 1,126825 ∴  I = 0,126825 ∴  I = 12,6825% ao ano

TAXA APARENTE X TAXA REAL

Imaginemos duas pessoas conversando sobre negócios, e uma delas diz para a outra o seguinte:
“esse ano meus negócios foram de ‘vento em popa’. Ganhei lucros numa faixa de 230%!” Daí, o
interlocutor, meio desconfiado, pergunta: “Mas de quanto foi a inflação neste período?” Bem,
a inflação do período foi de 200%.
Ora, então, na verdade, aquele primeiro apenas pensa que teve lucros de 230%. Esse é um
ganho aparente. Mas, por quê? Porque não leva em consideração a inflação do período!
O ganho real foi outro!
Em suma, é apenas isso: a taxa aparente é uma que não é real, uma vez que não expressa a
perda causada pela inflação!
E a taxa real, por sua vez, é aquela que leva em consideração a perda da inflação.
Para trabalhar esses dois conceitos, só teremos que memorizar a seguinte fórmula:

(1 + IAPARENTE) = (1 + IREAL).(1 + IINFLAÇÃO)

Tudo o que precisamos nos lembrar é de que usaremos a notação unitária, já que estamos
falando em taxas compostas!
Vamos resolver o problema da situação colocada acima. Os dados são os seguintes:
→ IAPARENTE = 230% = 2,3
→ IINFLAÇÃO = 200% = 2,0
→ IREAL = ?

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Lançando os dados na fórmula, teremos que:
(1 + IAPARENTE) = (1 + IREAL).(1 + IINFLAÇÃO)
3,3
(1 + 2,3) = (1 + IREAL).(1 + 2,0) ∴  (1 + IREAL) =  ∴  1 + IREAL = 1,10
3,0
IREAL = 1,10 – 1 ∴ IREAL = 0,10 = 10%

DESCONTO COMPOSTO

O que é uma operação de Desconto? Ora, já sabemos disso. Trata-se daquela operação em que
desejamos projetar um valor conhecido de uma data futura para uma data anterior. É projetar
retrocedendo.
Sabemos inclusive que toda operação de desconto terá sempre um mesmo “desenho”.
É o seguinte:
→ n será o intervalo de tempo que separa as datas do valor nominal e do valor atual. É o
tempo de antecipação no pagamento do título.
→ d será o desconto! É o dono do assunto. Onde aparecerá o desconto no desenho da
operação? Teremos:

D=N–A

Isso vale sempre, para qualquer tipo de operação de desconto (simples ou composto, por
dentro ou por fora)!
Só nos falta falar de um último elemento para a operação de desconto composto. Trata-se da
taxa:
→ i será agora uma taxa composta! É isso que vai ser o diferencial entre uma questão de
desconto simples e outra de desconto composto: a natureza da taxa!

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APRENDENDO AS FÓRMULAS DO DESCONTO COMPOSTO

N = A.(1 + i)n

É esta a fórmula fundamental do desconto composto por dentro!


Como podemos ver, nela aparecem o valor nominal, o valor atual, a taxa composta e o tempo
que separa as datas do valor atual e nominal.
Suponhamos que um enunciado qualquer de desconto composto racional tenha nos fornecido
o valor nominal (N), o valor da taxa (i) e o valor do tempo (n), e venha solicitar que encontremos
o valor atual (A) desta operação. O que faríamos para aplicar a fórmula acima? Ora, apenas
isolaríamos o valor atual, e passaríamos o parêntese famoso para o outro lado, dividindo.
Teríamos, portanto:

n
A = N / (1 + i)

Passemos à construção da fórmula do Desconto Composto Comercial (ou Por Fora). O raciocínio
é muito semelhante ao que desenvolvemos acima.

n
A = N.(1 – i)

Esta é a fórmula fundamental do desconto composto por fora!


E se, por acaso, o enunciado fornecer o valor atual (A), o valor da taxa (i) e o valor do tempo (n),
e solicitar que encontremos o Valor Nominal da operação.
Teríamos:

n
N = A / (1 – i)

Ei-la: esta é a segunda equação do desconto composto por fora, cuja exigência de aplicação é
aquela nossa velha conhecida: taxa e tempo na mesma unidade!

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JURO X DESCONTO – EXEMPLO

1. Uma empresa deve pagar R$ 20.000,00 hoje, R$ 10.000,00 ao fim de trinta dias e R$ 31.200,00
ao fim de noventa dias. Como ela só espera contar com os recursos necessários dentro de
sessenta dias e pretende negociar um pagamento único ao fim desse prazo, obtenha o capital
equivalente que quita a dívida ao fim dos sessenta dias, considerando uma taxa de juros
compostos de 4% ao mês.
a) R$ 63.232,00
b) R$ 64.000,00
c) R$ 62.032,00
d) R$ 62.200,00
e) R$ 64.513,28
Solução:

RESUMO DE ÚLTIMA HORA

REGIME SIMPLES – JUROS E DESCONTOS (RESUMO DAS FÓRMULAS)

JUROS

C.i.n
J=
100

Obs: Taxa (i) percentual.

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MONTANTE

⎛ 100 +i.n ⎞
M = C.⎜
⎝ 100 ⎟⎠

Obs: Taxa (i) percentual.

DESCONTO RACIONAL (POR DENTRO)

A Dd N
= =
100 i.n 100 +i.n

Obs: Taxa (i) percentual.

DESCONTO COMERCIAL (POR FORA)

A D N
= f=
100 −i.n i.n 100

Obs: Taxa (i) percentual.

RELAÇÃO ENTRE OS DESCONTOS

⎛ 100 +i.n ⎞
D f = Dd . ⎜
⎝ 100 ⎟⎠

Obs: Taxa (i) percentual.

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Onde:
•• J: Juros
•• C: Capital
•• M: Montante
•• A: Valor Atual;
•• N: Valor Nominal;
•• D: Desconto;
•• i: Taxa;
•• n: Tempo;

REGIME COMPOSTO – JUROS E DESCONTOS (RESUMO DAS FÓRMULAS)

JUROS

J=M–C

MONTANTE

M = C.(1 + i)n

Obs: Taxa (i) unitária.

DESCONTO RACIONAL (POR DENTRO)

N = A.(1 + i)n

Obs: Taxa (i) unitária.

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DESCONTO COMERCIAL (POR FORA)

A = N.(1 – i)n

Obs: Taxa (i) unitária.

TAXAS EQUIVALENTES

Obs: Taxa (i) unitária.

TAXA NOMINAL PASSANDO PARA TAXA EFETIVA

Exemplo: Indique qual a taxa de juros anual equivalente à taxa de juros nominal de 8% ao ano,
com capitalização semestral.
a) 8,20%
b) 8,16%
c) 8,10%
d) 8,05%
e) 8,00%
Solução:

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8% ao ano = (8/20 = 4% ao semestre = taxa Efetiva!
Precisaremos, então, alterar a unidade da nossa taxa efetiva (semestral) para uma taxa anual.
Não há dúvida nenhuma: utilizaremos agora o conceito de taxas equivalentes! Teremos:
1 + I = (1 + I)n
Onde:
→ i = 4% ao semestre;
→ I = ? % ao ano;
→ n = 2 (cabem dois semestres em um ano).
Jogando os dados na fórmula, teremos:
→ 1 + I = (1 + 0,04)2
Recorrendo à Tabela Financeira, encontraremos que:
→ 1 + I = 1,081600 → I = 0,0816 → I = 8,16% ao ano
Resposta: B

TAXA APARENTE, TAXA REAL e INFLAÇÃO

(1 + IREAL).(1 + IINFLAÇÃO) = (1 + IAPARENTE)

Obs: Taxa (i) unitária.


Exemplo: (CESGRANRIO) Uma aplicação financeira é realizada em período com inflação de
2,5%. Se a taxa real foi de 5,6%, a taxa aparente da aplicação no período foi de
a) 3,02%
b) 3,10%
c) 8,10%
d) 8,24%
e) 8,32%
Solução:
(1 + IREAL).(1 + IINFLAÇÃO) = (1 + IAPARENTE)
(1 + 0,056).(1 + 0,025) = (1 + IAPARENTE)
(1,056).(1,025) = (1 + IAPARENTE)
1,0824 = 1 + IAPARENTE
1,0824 – 1 = IAPARENTE
IAPARENTE = 0,0824
IAPARENTE = 8,24%
Resposta: D

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Questões de Concursos

PORCENTAGEM a) nenhum dos 3 valerá nada.


b) o carro valerá mais que a moto e a moto
valerá mais que a bicicleta.
1. (FCC) Numa loja, o preço de um produto c) apenas a bicicleta valerá algo.
tem um desconto de 15% se for pago à vis- d) a bicicleta valerá mais que o carro.
ta ou um acréscimo de 5% se for pago com e) a bicicleta valerá mais que a moto.
cartão de crédito. Tendo optado pelo car-
tão, uma pessoa pagou R$ 80,00 de acrés- 4. (ESAF) Em uma determinada cidade, 25%
cimo em relação ao que pagaria, com des- dos automóveis são da marca A e 50% dos
conto, à vista. Então a soma dos preços do automóveis são da marca B. Ademais, 30%
produto à vista com desconto e no cartão é: dos automóveis da marca A são pretos e
20% dos automóveis da marca B também
a) R$ 700,00
são pretos. Dado que só existem automó-
b) R$ 740,00
veis pretos da marca A e da marca B, qual
c) R$ 760,00
a percentagem de carros nesta cidade que
d) R$ 720,00
são pretos?
e) R$ 780,00
a) 17,5%
2. (CESGRANRIO) Um jovem tinha um capital b) 23,33%
e fez com ele um investimento diversifica- c) 7,5%
do. Aplicou 40% do capital em um fundo de d) 22,75%
Renda Fixa e o restante na Bolsa de Valores. e) 50%
A aplicação em Renda Fixa gerou lucro de
20%, enquanto o investimento na Bolsa, no 5. (CESGRANRIO) Um comerciante comprou
mesmo período, representou prejuízo de R$ 10.000,00 em mercadorias para a sua
10%. Com relação ao total investido nesse loja, as quais foram vendidas em um mês.
período, o jovem Sabendo-se que ele obteve um lucro de 20%
sobre o faturamento da loja, isto é, 20% so-
a) teve lucro de 2%.
bre o valor arrecadado com a venda dessas
b) teve lucro de 20%.
mercadorias, tem-se que esse comerciante
c) não teve lucro e nem prejuízo.
obteve, em reais, um lucro de
d) teve prejuízo de 2%.
e) teve prejuízo de 20%. a) 5.000,00
b) 2.500,00
3. (ESAF) Suponha que um carro perde por c) 2.400,00
ano 20% de seu valor em relação ao ano an- d) 2.200,00
terior, uma moto perde por ano 30% de seu e) 2.000,00
valor em relação ao ano anterior e uma bici-
cleta perde por ano 10% de seu valor em re-
lação ao ano anterior. Além disso, suponha
que o carro custa o dobro de uma moto e
uma moto o dobro de uma bicicleta. Sendo
assim, ao final de 5 anos:

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6. (FCC) Em dezembro de 2007, um investidor O funcionário poderá obter o preço do ca-
comprou um lote de ações de uma empresa tálogo acrescido de 20% se ele multiplicar o
por R$ 8.000,00. Sabe-se que: em 2008 as preço com desconto por
ações dessa empresa sofreram uma valori-
zação de 20%; em 2009, sofreram uma des- a) 2,2
valorização de 20%, em relação ao seu valor b) 1,5
no ano anterior; em 2010, se valorizaram c) 1,4
em 20%, em relação ao seu valor de 2009. d) 0,5
De acordo com essas informações, é verda- e) 0,4
de que, nesses três anos, o rendimento per-
centual do investimento foi de: 09. (CESGRANRIO) Um jovem aplicou R$ 500,00
em um fundo de investimento que, ao final
a) 20% de um mês, proporcionará um ganho bruto
b) 18,4% de 0,9%. No entanto, o banco comunicou ao
c) 18% jovem que 4% do ganho bruto deverá ser
d) 15,2% descontado por conta dos impostos.
e) 15%
Ao final de um mês, feito o desconto relati-
7. (CESGRANRIO) Amanda e Belinha são ami- vo aos impostos, o saldo do fundo de inves-
gas e possuem assinaturas de TV a cabo de timento será de
empresas diferentes. A empresa de TV a a) R$ 484,32
cabo de Amanda dá descontos de 25% na b) R$ 484,50
compra dos ingressos de cinema de um sho- c) R$ 500,50
pping. A empresa de TV a cabo de Belinha d) R$ 504,32
dá desconto de 30% na compra de ingressos e) R$ 504,50
do mesmo cinema. O preço do ingresso de
cinema, sem desconto, é de R$ 20,00. Em 10. (CESGRANRIO) Um funcionário público tem
um passeio em família, Amanda compra 4 uma poupança de R$ 200,00 e pretende uti-
ingressos, e Belinha compra 5 ingressos de lizá-la para pagar a 1ª prestação de um em-
cinema no shopping, ambas utilizando-se préstimo, a ser pago em 24 parcelas iguais
dos descontos oferecidos por suas respecti- de R$ 1.000,00. Sabendo-se que o valor da
vas empresas de TV a cabo. prestação não pode superar um terço do
Quantos reais Belinha gasta a mais que salário do funcionário, qual o menor valor,
Amanda na compra dos ingressos? em reais, que ficará disponível, após o paga-
mento da 1ª prestação, para os demais gas-
a) 10 tos?
b) 15
c) 20 a) 2.000,00
d) 25 b) 2.200,00
e) 30 c) 3.000,00
d) 800,00
8. (CESGRANRIO) O preço de catálogo de um e) 1.200,00
produto foi modificado equivocadamente
pelo funcionário de uma loja. Em vez de o 11. (ESAF) Uma pequena cidade possui 10.000
funcionário aumentá-lo em 20%, como pre- habitantes, dos quais 40% são produtores
visto, dele descontou 20%. rurais e 60% são do sexo masculino. Sabe-se
que 40% das mulheres são produtoras ru-
rais. Desse modo, o número de habitantes

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do sexo masculino e que não são produto- 15. (CESGRANRIO) Hugo emprestou certa quan-
res rurais é igual a: tia a Inácio a juros simples, com taxa mensal
de 6%. Inácio quitou sua dívida em um úni-
a) 1750 co pagamento feito 4 meses depois. Se os
b) 2200 juros pagos por Inácio foram de R$ 156,00,
c) 3600 a quantia emprestada por Hugo foi
d) 6000
e) 4000 a) menor do que R$ 500,00.
b) maior do que R$ 500,00 e menor do
12. (ESAF) Em um determinado período de que R$ 1.000,00.
tempo, o valor do dólar americano passou c) maior do que R$ 1.000,00 e menor do
de R$ 2,50 no início para R$ 2,00 no fim do que R$ 2.000,00.
período. Assim, com relação a esse período, d) maior do que R$ 2.000,00 e menor do
pode-se afirmar que: que R$ 2.500,00.
e) maior do que R$ 2.500,00.
a) O real se valorizou 20% em relação ao
dólar. 16. (FCC) Um capital foi aplicado a juros sim-
b) O real se valorizou 25% em relação ao ples, à taxa anual de 36%. Para que seja
dólar. possível resgatar-se o quádruplo da quantia
c) O dólar se desvalorizou 25% em relação aplicada, esse capital deverá ficar aplicado
ao real. por um período mínimo de:
d) O real se desvalorizou 20% em relação
ao dólar. a) 7 anos, 6 meses e 8 dias.
e) O real se desvalorizou 25% em relação b) 8 anos e 4 meses.
ao dólar. c) 8 anos, 10 meses e 3 dias.
d) 11 anos e 8 meses.
e) 11 anos, 1 mês e 10 dias.
REGIME SIMPLES – JUROS E DESCONTOS
17. (ESAF) Um capital unitário aplicado a juros
gerou um montante de 1,1 ao fim de 2 me-
13. (ESAF) O capital que, investido hoje a ju- ses e 15 dias. Qual a taxa de juros simples
ros simples de 12% ao ano, se elevará a anual de aplicação deste capital?
$ 1.296,00 no fim de 8 meses, é de: a) 4%
a) $ 1.100,00 b) 10%
b) $ 1.000,00 c) 60%
c) $ 1.392,00 d) 54%
d) $ 1.200,00 e) 48%
e) $ 1.399,68
18. (ESAF) Qual o valor mais próximo do mon-
14. (CESGRANRIO) Se a taxa de uma aplicação é tante que atinge uma dívida de R$ 2.000,00,
de 120% ao ano, quantos meses serão ne- quatro meses e meio depois, a uma taxa de
cessários para dobrar um capital aplicado juros simples de 1,5% ao mês?
através de capitalização simples? a) R$ 2.115,00
a) 3 b) R$ 2.092,00
b) 6 c) R$ 2.090,00
c) 8 d) R$ 2.105,00
d) 10 e) R$ 2.120,00
e) 12

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19. (ESAF) O preço à vista de uma mercadoria para a qual os dois planos de pagamento
é de $ 1.000,00. O comprador pode, en- são equivalentes, é de
tretanto, pagar 20% de entrada no ato e o
restante em uma única parcela de $ 922,60 a) 5%
vencível em 90 dias. Admitindo-se o regime b) 10%
de juros simples, a taxa de juros anuais co- c) 11%
brada na venda a prazo é de: d) 12%
e) 15%
a) 98,4%
b) 122,6% 23. (CESGRANRIO) Maria quer comprar uma
c) 22,6% bolsa que custa R$ 85,00 à vista. Como
d) 49,04% não tinha essa quantia no momento e não
e) 61,3% queria perder a oportunidade, aceitou a
oferta da loja de pagar duas prestações de
20. (ESAF) Nas compras à vista, um comercian- R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um
te oferece 10% de desconto sobre o preço mês depois. A taxa de juros mensal que a
de etiqueta e, a prazo, divide o preço de loja estava cobrando nessa operação era de
etiqueta em dois pagamentos iguais sem
acréscimo: uma entrada e um pagamento a) 5,0%
em 30 dias. Na verdade, o comerciante está b) 5,9%
embutindo nessa transação uma taxa men- c) 7,5%
sal de juros de: d) 10,0%
e) 12,5%
a) 10%
b) 15% 24. (ESAF) Em determinada data, uma pessoa
c) 20% aplica R$ 10.000,00 à taxa de juros simples
d) 25% de 2% ao mês. Decorridos 2 meses, outra
e) 30% pessoa aplica R$ 8.000,00 à taxa de juros
simples de 4% ao mês. Determine quan-
21. (CESGRANRIO) Uma empresa oferece aos tos meses depois da primeira aplicação o
seus clientes desconto de 10% para paga- montante referente ao valor aplicado pela
mento no ato da compra ou desconto de primeira pessoa será igual ao montante re-
5% para pagamento um mês após a com- ferente ao valor aplicado pela segunda pes-
pra. Para que as opções sejam indiferentes, soa.
a taxa de juros mensal praticada deve ser,
aproximadamente, a) 22
b) 20
a) 0,5% c) 24
b) 3,8% d) 26
c) 4,6% e) 18
d) 5,0%
e) 5,6% 25. (ESAF) João colocou metade de seu capital
a juros simples pelo prazo de 6 meses e o
22. (CESGRANRIO) Um determinado produto restante, nas mesmas condições, pelo pe-
pode ser comprado à vista, por R$ 950,00, ríodo de 4 meses. Sabendo-se que, ao fi-
ou em duas parcelas, uma de R$ 450,00 no nal das aplicações, os montantes eram de
ato da compra e outra de R$ 550,00, um $ 117.000,00 e $ 108.000,00, respectiva-
mês após a compra. A taxa mensal de juros mente, o capital inicial do capitalista era de:

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a) $ 150.000,00 29. (ESAF) O valor atual racional de um título é


b) $ 160.000,00 igual a 1/2 de seu valor nominal. Calcular a
c) $ 170.000,00 taxa de desconto, sabendo-se que o paga-
d) $ 180.000,00 mento desse título foi antecipado de 5 me-
e) $ 200.000,00 ses.

26. (CESPE) Suponha que um capital C aplicado a) 200% ao ano


por 12 meses à taxa de juros simples de i% b) 20% ao mês
ao mês se transforme em um montante de c) 25% ao mês
R$ 37.000,00. Esse mesmo capital aplica- d) 28% ao mês
do à mesma taxa, no mesmo regime de ju- e) 220% ao ano
ros, mas por 6 meses se transforma em um
montante de R$ 31.000,00. Nessa situação, 30. (ESAF) Um título sofre um desconto simples
a taxa anual equivalente à taxa de i% é por fora de R$ 2.500,00 quatro meses antes
do seu vencimento a uma taxa de desconto
a) inferior a 37%. de 2,5% ao mês. Qual é o valor mais próxi-
b) superior ou igual a 37% e inferior a 40%. mo do valor nominal do título?
c) superior ou igual a 40% e inferior a 43%.
d) superior ou igual a 43% e inferior a 46%. a) R$ 22.500,00
e) superior ou igual a 46%. b) R$ 25.000,00
c) R$ 17.500,00
27. (ESAF) Determinado capital aplicado a d) R$ 20.000,00
juros simples durante 18 meses rendeu e) R$ 27.500,00
R$ 7.200,00. Sabe-se que, se o dobro deste
capital fosse aplicado a juros simples com 31. (CESGRANRIO) Um título com valor de face
a mesma taxa anterior, geraria, ao final de de R$ 1.000,00, faltando 3 meses para seu
dois anos, o montante de R$ 40.000,00. O vencimento, é descontado em um banco
valor do capital aplicado na primeira situa- que utiliza taxa de desconto bancário, ou
ção foi: seja, taxa de desconto simples “por fora”,
de 5% ao mês. O valor presente do título,
a) R$ 24.000,00 em reais, é
b) R$ 20.800,00
c) R$ 15.200,00 a) 860,00
d) R$ 12.500,00 b) 850,00
e) R$ 10.400,00 c) 840,00
d) 830,00
28. (ESAF) Utilizando o desconto racional, o va- e) 820,00
lor que devo pagar por um título com venci-
mento daqui a 6 meses, se o seu valor nomi- 32. (ESAF) Um título sofre um desconto simples
nal for de R$ 29.500,00 e eu desejo ganhar por dentro de R$ 10.000,00 cinco meses an-
36% ao ano, é de: tes do seu vencimento a uma taxa de des-
conto de 4% ao mês. Qual o valor mais pró-
a) R$ 24.000,00 ximo do valor nominal do título?
b) R$ 25.000,00
c) R$ 27.500,00 a) R$ 60.000,00
d) R$ 18.800,00 b) R$ 46.157,00
e) R$ 6.240,00 c) R$ 56.157,00
d) R$ 50.000,00
e) R$ 55.000,00

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33. (ESAF) Um título de valor nominal igual a operação de desconto comercial sim-
R$ 15.000,00 foi descontado 6 meses antes ples com uma taxa de 2,5% ao mês.
do seu vencimento. O desconto pela anteci-
pação do título foi de acordo com o sistema •• Uma outra duplicata, descontada 4 me-
de desconto comercial simples a uma taxa ses antes de seu vencimento, através
de 10% ao trimestre. O valor ao qual o título de uma operação de desconto racional
foi descontado é igual a: simples com uma taxa de 2% ao mês.

a) R$ 6.000,00. Se os valores dos correspondentes descon-


b) R$ 13.000,00. tos são iguais, então o valor nominal da se-
c) R$ 10.000,00. gunda duplicata é
d) R$ 9.000,00. a) R$ 22.000,00
e) R$ 12.000,00. b) R$ 24.000,00
c) R$ 25.000,00
34. (CESGRANRIO) Para uma duplicata de d) R$ 27.000,00
R$ 200.000,00, com vencimento em 01 de e) R$ 30.000,00
novembro de 2010, a empresa SEM FUN-
DOS S.A. negociou com determinada insti- 37. (FCC) Uma duplicata, no valor nominal de
tuição financeira o seu resgate. Ficou acer- R$ 1.800,00, foi resgatada antes do venci-
tado que a instituição pagaria à companhia, mento por R$ 1.170,00. Se a taxa de des-
em 01 de junho de 2010, o montante de conto comercial simples era de 2,5% ao
R$ 180.000,00. A taxa mensal de desconto mês, o tempo de aplicação foi de
praticada na operação foi de
a) 2 anos e 6 meses.
a) 2% b) 2 anos e 4 meses.
b) 5% c) 2 anos e 1 mês.
c) 8% d) 1 ano e 6 meses.
d) 10 % e) 1 ano e 2 meses.
e) 20 %
38. (FCC) Um título descontado 2 meses antes
35. (CESGRANRIO) Um cheque pré-datado para de seu vencimento, segundo uma opera-
daqui a 3 meses, no valor de R$ 400,00, so- ção de desconto racional simples e com a
frerá desconto comercial simples hoje. Se a utilização de uma taxa de desconto de 18%
taxa de desconto é de 12% ao mês, o valor ao ano, apresenta um valor atual igual a
a ser recebido (valor descontado), em reais, R$ 21.000,00. Um outro título de valor no-
será igual a minal igual ao dobro do valor nominal do
a) 400,00 primeiro título é descontado 5 meses antes
b) 352,00 de seu vencimento, segundo uma operação
c) 256,00 de desconto comercial simples e com a uti-
d) 144,00 lização de uma taxa de desconto de 2% ao
e) 48,00 mês. O valor atual deste segundo título é de
a) R$ 38.934,00
36. (ESAF) Considere, na data de hoje, o des- b) R$ 39.799,20
conto dos seguintes títulos: c) R$ 40.664,40
•• Uma duplicata de valor nominal igual a d) R$ 41.529,60
R$ 20.000,00, descontada 4 meses an- e) R$ 42.160,80
tes de seu vencimento, através de uma

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39. (ESAF) Uma empresa descontou uma dupli- d) simples, se o período do empréstimo
cata em um banco que adota uma taxa de for maior do que a unidade de tempo.
84% ao ano, e o desconto comercial simples. e) simples, se o período do empréstimo
O valor do desconto foi de R$ 10.164,00. Se for menor do que a unidade de tempo.
na operação fosse adotado o desconto ra-
cional simples, o valor do desconto seria re- 41. (ESAF) Marta aplicou R$ 10.000,00 em um
duzido em R$ 1.764,00. Nessas condições, o banco por 5 meses, a uma taxa de juros sim-
valor nominal da duplicata é de: ples de 2% ao mês. Após esses 5 meses, o
montante foi resgatado e aplicado em outro
a) R$ 45.000,00 banco por mais 2 meses, a uma taxa de ju-
b) R$ 46.700,00 ros compostos de 1% ao mês. O valor dos
c) R$ 47.300,00 juros da segunda etapa da aplicação é igual
d) R$ 48.400,00 a
e) R$ 50.000,00
a) R$ 221,10.
b) R$ 220,00.
REGIME COMPOSTO – c) R$ 252,20.
d) R$ 212,20.
JUROS, TAXAS E DESCONTOS
e) R$ 211,10.

42. (CESGRANRIO) Uma conta de R$ 1.000,00


40. (CESGRANRIO) O gráfico a seguir representa foi paga com atraso de 2 meses e 10 dias.
as evoluções no tempo do Montante a Juros Considere o mês comercial, isto é, com 30
Simples e do Montante a Juros Compostos, dias; considere, também, que foi adotado o
ambos à mesma taxa de juros. M é dado em regime de capitalização composta para co-
unidades monetárias e t, na mesma unida- brar juros relativos aos 2 meses, e que, em
de de tempo a que se refere a taxa de juros seguida, aplicou-se o regime de capitaliza-
utilizada. ção simples para cobrar juros relativos aos
10 dias.
Se a taxa de juros é de 3% ao mês, o juro
cobrado foi de
a) R$ 64,08
b) R$ 79,17
c) R$ 40,30
d) R$ 71,51
e) R$ 61,96

43. (CESGRANRIO) Após a data de seu ven-


cimento, uma dívida é submetida a juros
compostos com taxa mensal de 10%, além
Analisando-se o gráfico, conclui-se que para de ser acrescida de uma multa contratu-
o credor é mais vantajoso emprestar a juros al correspondente a 3% da dívida original.
a) compostos, sempre. José pagou R$ 2.852,00 para quitar uma dí-
b) compostos, se o período do empréstimo vida com exatamente 2 meses de atraso. O
for menor do que a unidade de tempo. valor da dívida original, em reais, sem juros
c) simples, sempre. e sem multa, corresponde a um número
a) menor do que 2.000.

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b) maior do que 2.000 e menor do que Dados: valores resultantes de (1 + i)n
2.200.
c) maior do que 2.200 e menor do que
2.400.
d) maior do que 2.400 e menor do que a) 3.950
2.600. b) 4.100
e) maior do que 2.600. c) 1.950
d) 3.100
44. (FCC) Uma pessoa fez um empréstimo em e) 3.400
um banco no valor de R$ 25.000,00, tendo
que pagar todo o empréstimo após 18 me- 47. (CESGRANRIO) Um título de valor nominal
ses a uma taxa de juros de 24% ao ano, com R$ 24.200,00 será descontado dois meses
capitalização mensal. O valor dos juros a se- antes do vencimento, com taxa composta
rem pagos no vencimento pode ser obtido de desconto de 10% ao mês. Sejam D o va-
multiplicando R$ 25.000,00 por: lor do desconto comercial composto e d o
a) [(1,02)18 −1] valor do desconto racional composto. A di-
ferença D – d, em reais, vale
b) [1818 1,36 −1]
a) 399,00
c) [1812 1,24 −1] b) 398,00
d) [3 1,24 −1] c) 397,00
d) 396,00
e) [6 3 1,24 −1] e) 395,00

48. (ESAF) Um título sofre um desconto racional


45. (ESAF) Um capital é aplicado à taxa de juros composto dois meses antes do seu venci-
simples de 36% ao ano, durante 20 meses. mento a uma taxa de 5% ao mês. Dado que
Verifica-se que o correspondente montan- o valor do desconto é R$ 10.000,00, qual o
te é igual ao montante produzido por um valor mais próximo do valor atual do título?
outro capital no valor de R$ 50.000,00,
aplicado durante um ano, à taxa de juros a) R$ 100.000,00
compostos de 8% ao semestre. O valor dos b) R$ 107.561,00
juros referente à primeira aplicação é igual c) R$ 102.564,00
2
a: (Dado: (1,08) = 1,1664) d) R$ 97.561,00
e) R$ 110.000,00
a) R$ 19.500,00
b) R$ 19.650,00 49. (ESAF) Um título deveria sofrer um descon-
c) R$ 20.250,00 to comercial simples de R$ 672,00 quatro
d) R$ 21.750,00 meses antes do seu vencimento. Todavia
e) R$ 21.870,00 uma negociação levou à troca do desconto
comercial simples por um desconto racional
46. (CESGRANRIO) O montante gerado por uma composto. Calcule o novo desconto, consi-
instituição financeira, em uma aplicação no derando a mesma taxa de 3% ao mês.
regime de juros compostos, é R$ 5.000,00,
em 10 meses, ou R$ 5.202,00, em 1 ano. a) R$ 600,00
b) R$ 620,15
Se a taxa de juros é constante, o valor apli- c) R$ 624,47
cado é, em reais, de, aproximadamente, d) R$ 643,32
e) R$ 672,00

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50. (ESAF) Uma duplicata, no valor de a) 8.600,00


$ 2.000,00 é resgatada dois meses antes b) 8.750,00
do vencimento, obedecendo ao critério de c) 8.880,00
desconto comercial composto. Sabendo-se d) 9.030,00
que a taxa de desconto é de 10% ao mês, o e) 9.200,00
valor descontado e o valor do desconto são,
respectivamente: 54. (CESGRANRIO) O diagrama abaixo mostra
um fluxo financeiro composto de três re-
a) $ 1.600,00 e $ 400,00 cebimentos sucessivos, iguais a R$ 10,00,
b) $ 1.620,00 e $ 380,00 seguidos de um último recebimento de
c) $ 1.640,00 e $ 360,00 R$ 110,00, após quatro períodos.
d) $ 1.653,00 e $ 360,00
e) $ 1.666,67 e $ 333,33

51. (CESGRANRIO) Um título, cujo valor de face


é R$ 29.040,00, sofre desconto racional
composto dois meses antes do seu ven-
cimento. Se a taxa utilizada na operação é
10% ao mês, o valor do desconto, em reais,
Se a taxa de juros compostos usada for de
é
10% por período, o valor presente líquido
a) 5.808,00 desse fluxo de recebimentos, em reais, será
b) 5.040,00 de
c) 4.912,00
a) 90,00
d) 4.840,00
b) 100,00
e) 4.784,00
c) 110,00
d) 130,00
52. (FCC) Descontando-se um título de valor
e) 140,00
nominal de R$ 10.500,00 dois meses antes
de seu vencimento, à taxa de desconto de
55. (CESGRANRIO) João tomou um emprésti-
3% ao mês e de acordo com o critério do
mo de R$ 900,00 a juros compostos de 10%
desconto comercial composto, o valor do
ao mês. Dois meses depois, João pagou
desconto na operação é de
R$ 600,00 e, um mês após esse pagamento,
a) R$ 600,00 liquidou o empréstimo. O valor desse últi-
b) R$ 610,00 mo pagamento foi, em reais, aproximada-
c) R$ 615,15 mente,
d) R$ 620,55
a) 240,00
e) R$639,45
b) 330,00
c) 429,00
53. (CESGRANRIO) Uma dívida de valor nominal
d) 489,00
R$ 5.600,00 vence em 2 meses, enquanto
e) 538,00
outra, de valor nominal R$ 3.150,00, vence
em 4 meses. Deseja-se converter as duas
56. (CESGRANRIO) Júlio fez uma compra de
dívidas em uma única equivalente, com
R$ 600,00, sujeita à taxa de juros de 2% ao
vencimento para daqui a 3 meses. Conside-
mês sobre o saldo devedor. No ato da com-
rando-se o desconto como sendo racional
pra, fez o pagamento de um sinal no valor
composto e a taxa de juros de 5% ao mês, o
de R$ 150,00. Fez ainda pagamentos de
valor da dívida única, em reais, é:
R$ 159,00 e R$ 206,00, respectivamente,

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30 e 60 dias depois de contraída a dívida. 60. (ESAF) Um financiamento externo é con-
Se quiser quitar a dívida 90 dias depois da tratado a uma taxa nominal de 12% ao ano
compra, quanto deverá pagar, em reais? com capitalização semestral. Obtenha a
taxa efetiva anual desse financiamento.
a) 110,00
b) 108,00 a) 12,36%
c) 106,00 b) 11,66%
d) 104,00 c) 10,80%
e) 102,00 d) 12,44%
e) 12,55%
57. (ESAF) Antônio tomou um empréstimo de
R$ 5.000,00 a uma taxa de juros mensal de 61. (ESAF) O capital de R$ 10.000,00 foi aplica-
4% sobre o saldo devedor, ou seja, a cada do por 6 meses, à taxa de juros compostos
mês é cobrado um juro de 4% sobre o que de 6% ao semestre, com juros capitalizados
resta a pagar. Antônio pagou R$ 700,00 ao trimestralmente. Calcule o montante dessa
final do primeiro mês e R$ 1.680,00 ao final aplicação.
do segundo; se Antônio decidir quitar a dívi-
da ao final do terceiro mês, terá de pagar a a) R$ 10.600,00
seguinte quantia: b) R$ 10.615,00
c) R$ 10.620,00
a) R$ 3.500,00 d) R$ 10.612,00
b) R$ 3.721,15 e) R$ 10.609,00
c) R$ 3.898,42
d) R$ 3.972,16 62. (CESGRANRIO) O capital de R$ 24.000,00 é
e) R$ 3.120,00 aplicado a juros compostos, durante 6 me-
ses, à taxa nominal de 20% ao ano, com
58. (CESGRANRIO) Uma loja oferece um apare- capitalização trimestral. O rendimento, em
lho celular por R$ 1.344,00 à vista. Esse apa- reais, proporcionado por esse investimento,
relho pode ser comprado a prazo, com juros é
de 10% ao mês, em dois pagamentos men-
sais iguais: um, no ato da compra, e outro, a) 2.400,00
um mês após a compra. O valor de cada um b) 2.420,00
dos pagamentos mensais é, em reais, de c) 2.460,00
d) 2.500,00
a) 704,00 e) 2.520,00
b) 705,60
c) 719,00 63. (ESAF) No sistema de juros compostos um
d) 739,20 capital PV aplicado durante um ano à taxa
e) 806,40 de 10 % ao ano com capitalização semestral
resulta no valor final FV. Por outro lado, o
59. (ESAF) Assinale a opção correta. Se a taxa mesmo capital PV, aplicado durante um tri-
nominal de juros é de 12% a.a., conside- mestre à taxa de it% ao trimestre resultará
rando capitalizações mensais, a taxa efetiva no mesmo valor final FV, se a taxa de aplica-
será de: ção trimestral for igual a:
a) 12% a.a. a) 26,25 %
b) 12% a.m. b) 10,25 %
c) 1% a.m. c) 13,12 %
d) 1% a.a. d) 40 %
e) 12,5% a.a. e) 20 %

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64. (CESGRANRIO) A taxa efetiva quadrimestral 68. (CESGRANRIO) A taxa efetiva anual de 50%,
de 44%, no sistema de juros compostos, no sistema de juros compostos, equivale a
equivale a uma taxa nominal de i% ao se- uma taxa nominal de i % ao semestre, capi-
mestre, capitalizada bimestralmente é talizada bimestralmente. O número de divi-
1/6
sores inteiros positivos de i é: (Dado: (1,5)
a) 12% = 1,07)
b) 15%
c) 30% a) 4
d) 60% b) 5
e) 75% c) 6
d) 7
65. (CESGRANRIO) Realizar uma operação fi- e) 8
nanceira a uma taxa de 60% a.a., com ca-
pitalização mensal, é equivalente a realizar 69. (ESAF) A taxa efetiva anual de uma aplica-
essa mesma operação, à taxa de juros com- ção que rende juros compostos, a uma taxa
posto semestral de nominal de 10% ao ano, com capitalização
semestral, é igual a:
a) 24,00%
b) 26,53% a) 10%
c) 27,40% b) 10,50%
d) 30,00% c) 10,25%
e) 34,01% d) 10,75%
e) 11%
66. (CESGRANRIO) Nas operações de emprés-
timo, uma financeira cobra taxa efetiva de 70. (FCC) A taxa efetiva trimestral referente a
juros, no regime de capitalização composta, uma aplicação foi igual a 12%. A correspon-
de 10,25% ao ano. Isso equivale a cobrar ju- dente taxa de juros nominal (i) ao ano, com
ros com taxa anual e capitalização semestral capitalização mensal, poderá ser encontra-
de da calculando:
1/3
a) 10,25% a) i = 4 . [(1,12) – 1]
1/4
b) 10,51% b) i = 12 . [(1,12) – 1]
1/3
c) 5% c) i = 12 . [(1,12) – 1]
12
d) 5,51% d) i = (1,04) – 1
e) 10% e) i = 12 . [(0,04) + 3]

67. (CESGRANRIO) Qual a taxa efetiva semes- 71. (CESGRANRIO) Um investimento obteve
tral, no sistema de juros compostos, equiva- variação nominal de 15,5% ao ano. Nesse
lente a uma taxa nominal de 40% ao quadri- mesmo período, a taxa de inflação foi 5%.
mestre, capitalizada bimestralmente? A taxa de juros real anual para esse investi-
mento foi
a) 75,0%
b) 72,8% a) 0,5%
c) 67,5% b) 5,0%
d) 64,4% c) 5,5%
e) 60,0% d) 10,0%
e) 10,5%

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72. (ESAF) A inflação acumulada no primeiro 74. (ESAF) O capital de R$ 12.000,00 foi aplica-
semestre de determinado ano foi de 20%. do por um ano e gerou R$ 1.860,00 de ju-
Uma pessoa aplicou R$ 12.000,00 no início ros. Se a inflação desse ano foi de 5%, então
deste período e resgatou R$ 18.000,00 no a taxa real de juros desse ano foi:
final. A taxa real de retorno no período de
aplicação foi de a) 11%
b) 10%
a) 25% c) 10,5%
b) 27,5% d) 9,5%
c) 30% e) 9%
d) 45%
e) 50% 75. (CESGRANRIO) Em um período no qual a in-
flação acumulada foi de 100%, R$ 10.000,00
73. (CESPE) Se a quantia de R$ 5.000,00, inves- ficaram guardados em um cofre, ou seja,
tida pelo período de 6 meses, produzir o não sofreram qualquer correção. Nessas
montante de R$ 5.382,00, sem se descontar condições, houve uma desvalorização dos
a inflação verificada no período, e se a taxa R$ 10.000,00 de
de inflação no período for de 3,5%, então a
taxa de juros desse investimento no período a) 1/4
será de b) 1/2
c) 2/3
a) 4,5% d) 3/4
b) 4% e) 1
c) 3,5%
d) 3%
e) 2,5%

Gabarito: 1. C 2. A 3. E 4. A 5. B 6. D 7. A 8. B 9. D 10. B 11. C 12. B 13. D 14. D 15. B 16. B 17. E 
18. D 19. E 20. D 21. E 22. B 23. E 24. A 25. D 26. E 27. E 28. B 29. B 30. B 31. B 32. A 33. E 34. A 
35. C 36. D 37. E 38. A 39. D 40. E 41. A 42. D 43. C 44. A 45. E 46. B 47. B 48. D 49. C 50. B 
51. B 52. D 53. C 54. B 55. E 56. E 57. E 58. A 59. C 60. A 61. E 62. C 63. B 64. D 65. E 66. E 67. B 
68. A 69. C 70. C 71. D 72. A 73. B 74. B 75. B

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ANEXO

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