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ELETRÔNICA DIGITAL

Professor: Edem Góes de Magalhães


Eng. Eletricista e Eng. Seg. Trabalho
edemgoes@gmail.com
1
Conceitos Básicos

Sinais
É qualquer quantidade mensurável que varia em função do
tempo. Exemplo:
-A velocidade de um veículo em função do tempo
-A temperatura média da cidade
-O próprio som, etc

2
Conceitos Básicos

Sinais Analógicos:
São sinais representados por um sistema de numeração
infinito e contínuo. Exemplo:
-Conjunto dos números reais R

3
Conceitos Básicos

Sinais Discretos infinitos:


São sinais representados por um sistema de numeração
infinito e discreto. Exemplo:
-Conjunto dos números naturais N

4
Conceitos Básicos

Sinais Discretos e Finitos:


São sinais representados por um subconjunto finito de um
sistema de numeração discreto. Exemplo:
A=(1,2,3,4,5,6,7,8,9)

5
Conceitos Básicos

Representações:

6
Conceitos Básicos

Eletrônica Digital:
-Disciplina que estuda os sistema que representam os sinais
de forma discreta.
-Os sinais discretos geralmente são representados em
apenas dois níveis distintos (nível lógico baixo e nível lógico
alto).

7
Conceitos Básicos

Os Sinais discretos são chamados de sinais digitais.

Sinais digitais podem equivaler a sinais discretos pois


conseguem representar mais do que dois níveis, utilizando
mais do que um dígito (sistema de numeração binário).

8
Conceitos Básicos

Representações

Existem apenas 10 tipos de DAD (Pai) = 68, 65, 68


pessoas no mundo: aqueles que
compreendem binário e aqueles
que não compreendem.

9
Conceitos Básicos

Vantagens dos sistemas Digitais:


-Circuitos simples, pois possuem apenas dois níveis de
tensão fáceis de se gerar e condicionar.
-É fácil conservar estados discretos. Isto permite criar
memórias.
-Possui precisão.
-Os comportamentos são projetados
-Imunidade ao ruído
-Alta capacidade de integração.

10
Conceitos Básicos

Desvantagens dos sistemas Digitais:


-O mundo é analógico
-Sinais analógicos precisam ser representados em palavras
que podem ser grandes. Quanto maior a palavra, maior
deve ser o poder de processamento.

11
Sistema de Numeração

-Sistema Decimal
O sistema decimal de numeração é composto por 10
símbolos ou dígitos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9; usando tais
símbolos, podemos expressar qualquer quantidade. O
sistema decimal, também é chamado de sistema de base
10, pois ele usa 10 dígitos, evoluiu naturalmente como
resultado do fato de os seres humanos terem 10 dedos.

12
Sistema de Numeração

O sistema decimal é um sistema de valor posicional, no qual


o valor de um dígito depende de sua posição. Por exemplo,
o número 594 significa:

5 x 100 + 9 x 10 + 4 x 1 = 594

centena dezena unidade

5 x 10² + 9 x 10¹ + 4 x 10º = 594

13
Sistema de Numeração

Neste exemplo podemos notar que o algarismo menos


significativo (4) multiplica a unidade (1 ou 10º), o segundo
algarismo (9) multiplica a dezena (10 ou 10¹) e o mais
significativo (5) multiplica a centena (100 ou 10²). A soma
desses resultados irá representar o número.

14
Sistema de Numeração

Podemos notar ainda, que de maneira geral, a regra básica


de formação de um número consiste no somatório de cada
algarismo correspondente multiplicado pela base (no
exemplo 10) elevada por um índice conforme o
posicionamento do algarismo no número.

15
Sistema de Numeração

Sistema Binário
No sistema binário de numeração, existem apenas 2
algarismos: 0 (zero) e 1(um). Por isso sua base é dois.
Cada dígito ou algarismo binário é chamado de bit (do inglês
“binary digit”, ou seja dígito binário). Um bit é, pois, a menor
unidade de informação nos circuitos digitais.

16
A tabela 01, mostra a correspondência entre números
decimais e binários:

Decimal Binário Decimal Binário


0 0 10 1010
1 1 11 1011
2 10 12 1100
3 11 13 1101
4 100 14 1110
5 101 15 1111
6 110 16 10000
7 111 17 10001
8 1000 18 10010
9 1001 19 10011
17
Sistema de Numeração

Empregando a propriedade do valor de posição do dígito,


podemos representar qualquer valor numérico com os dígitos
0 e 1.
Como a base de numeração binária é 2, o valor de posição é
dado pelas potências de base 2, como mostra a tabela a
seguir:

Potências de base 2 2⁴ 2³ 2² 2¹ 2º
Valor de posição 16 8 4 2 1

18
Sistema de Numeração

O valor da posição é indicado pelo expoente da base do


sistema numérico. Esse valor aumenta da direita para a
esquerda. O valor da posição do bit mais significativo (de
maior valor) será a base elevada a m-1(m = número de
dígitos).
Por exemplo, 101011 é um número binário de 6 bits. Ao
aplicar a fórmula, temos 6 – 1 = 5. Assim, o bit mais
significativo terá como valor de posição 2⁵.

Binário 1 0 1 0 1 1
Valor de Posição 2⁵ 2⁴ 2³ 2² 2¹ 2º

MSB – do inglês “most significant bit” ou seja, bit mais significativo


LSB – do inglês “least significant bit” ou seja, bit menos significativo

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Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Binário para o Sistema Decimal


Para converter um número binário em decimal, deve-se
multiplicar cada bit pelo seu valor de posição (que é
indicado pelo valor da base) e somar os resultados.
Exemplo: Na conversão de 1010 2 para o sistema decimal,
procede-se da seguinte forma:

Potência de 2 2³ 2² 2¹ 2º
Binário 1 0 1 0
Valor de posição 1x8 0x4 1x2 0x1
Nº decimal 8 + 0 + 2 + 0 = 10 10

20
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema binário para o sistema decimal:
a) 11 2 ________10
b) 1112 ________10
c) 10002 ________ 10
d) 10112 ________ 10
e) 1100 2 ________ 10
f) 11112 ________ 10
g) 1110 2 ________ 10
h) 100012 ________10
i) 101010 2 ________10

21
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Decimal para o Sistema Binário


A conversão de números do sistema decimal para o
sistema binário é realizada efetuando-se divisões
sucessivas do número decimal pela base a ser convertida
(no caso 2) até o último quociente possível. O número
transformado será composto por este último quociente
(algarismo mais significativo) e, todos os restos, na ordem
inversa às divisões.
47 2
-
46 23 2
-
1 22 11 2
-
1 10 5 2
1 -4 2 2
-
1 2
0 1 22
Sistema de Numeração

O último quociente será o algarismo mais significativo e


ficará colocado à esquerda. Os outros algarismos seguem-
se na ordem até o 1º resto:

1 0 1 1 1 1
Último 5° 4° 3° 2° 1°
quociente resto resto resto resto resto

101111 = 4710
²

23
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema decimal para o sistema binário:
a) 4110 ____________ 2
b) 5710 ____________ 2
c) 63 10 ____________ 2
d) 10210 ____________ 2
e) 9710 ____________ 2
f) 8510 ____________ 2
g) 11310 ____________ 2
h) 229 10 ____________ 2
i) 20110 ____________ 2

24
Sistema de Numeração

Sistema Octal
O sistema octal de numeração é um sistema de base 8 no
qual existem 8 algarismos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7.
Para representarmos a quantidade oito, agimos do mesmo
modo visto anteriormente para números binários e decimais,
colocamos o algarismo 1 seguido do algarismo 0,
significando que temos um grupo de oito adicionados a
nenhuma unidade. A tabela 02 mostra a correspondência
entre números decimais e octais

25
Sistema de Numeração

DECIMAL OCTAL DECIMAL OCTAL


0 0 9 11
1 1 10 12
2 2 11 13
3 3 12 14
4 4 13 15
5 5 14 16
6 6 15 17
7 7 16 20
8 10 17 21

Tabela 02 – OCTAL x Decimal

26
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Octal para o Sistema Decimal


Para convertermos um número octal em decimal, utilizamos
o conceito básico de formação de um número. Vamos por
exemplo converter o número 144 8 em decimal:

1 4 4
1x8² + 4x8¹ + 4x8º =
1x64 + 4x8 + 4x1 =
64 + 32 + 4 = 10010

144 8 = 100 10

27
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema octal para o sistema decimal:
a) 41 8 ____________10
b) 57 8 ____________ 10
c) 63 8 ____________ 10
d) 102 8 ____________ 10
e) 67 8 ____________10
f) 75 8 ____________ 10
g) 113 8 ____________ 10
h) 2278 ____________10
i) 201 8 ____________10

28
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Decimal para o Sistema Octal


-O processo é análogo à conversão do sistema decimal
para binário, somente que neste caso, utilizaremos a
divisão por 8, pois sendo o sistema octal, sua base é igual a
8.
Para exemplificar, vamos converter o número 92 10 para o
sistema octal:
92 8
- 8
88 - 11
1º resto 4 8 1
2º resto 3
Último quociente

92 10 = 134 8
29
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema decimal para o sistema octal:
a) 4710 ____________ 8
b) 5110 ____________ 8
c) 67 10 ____________ 8
d) 10310 ____________ 8
e) 9310 ____________ 8
f) 8810 ____________ 8
g) 11210 ____________ 8
h) 22710 ____________ 8
i) 203 10 ____________ 8

30
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Octal para o Sistema Binário


Vamos usar um número octal qualquer, por exemplo, 278 . A
regra consiste em transformar cada algarismo diretamente
no correspondente em binário, respeitando-se o número
padrão de bits do sistema, sendo para o octal igual a três (2³
= 8, base do sistema octal). Assim sendo, temos:
2 7
binário: 010 111

27 8 = 101112
Convém lembrar que a regra só é válida entre sistemas
N
numéricos de base múltipla de 2 , sendo N um número
inteiro.

31
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema octal para o sistema binário:
a) 37 8 ____________ 2
b) 61 8 ____________ 2
c) 77 8 ____________ 2
d) 203 8 ____________ 2
e) 73 8 ____________ 2
f) 76 8 ____________ 2
g) 212 8 ____________ 2
h) 127 8 ____________ 2
i) 303 8 ____________ 2

32
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Binário para o


Oct Bin
Sistema Octal al
Para efetuar esta conversão, vamos aplicar o
processo inverso ao utilizado na conversão de 0 000
octal para binário. Como exemplo, vamos 1 001
utilizar o número 110010 2 . Para transformar 2 010
este número em octal, vamos primeiramente 3 011
separá-lo em grupos de 3 bits a partir da 4 100
direita, e efetuar a conversão de cada grupo 5 101
de bits diretamente para o sistema octal: 6 110
7 111
110 010
6 2

33
Sistema de Numeração

O número convertido será composto pela união dos


algarismos obtidos. 110010 2 = 628

No caso do último grupo se formar incompleto, adicionamos


zeros à esquerda, até completá-lo com 3 bits. Para
exemplificar, vamos converter o número 10102 em octal:

001 010
1 2

10102 = 12 8

34
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema binário para o sistema octal:
a) 1012 ____________ 8
b) 011012 ____________ 8
c) 101012 ____________ 8
d) 0110012 ____________ 8
e) 1110112 ____________ 8
f) 1100112 ____________ 8
g) 10111012 ____________ 8
h) 01110102 ____________ 8
i) 110011012 ____________ 8

35
Sistema de Numeração

Sistema Hexadecimal
O sistema hexadecimal tem a base 16. Os 16 símbolos que
constituem a numeração hexadecimal são os seguintes
algarismos e letras: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, A, B, C, D, E e
F.
A tabela 03 a seguir mostra relação entre numeração
decimal e hexadecimal

36
Sistema de Numeração

Decimal Hexa Decimal Hexa Decimal Hexa


0 0 11 B 22 16
1 1 12 C 23 17
2 2 13 D 24 18
3 3 14 E 25 19
4 4 15 F 26 1A
5 5 16 10 27 1B
6 6 17 11 28 1C
7 7 18 12 29 1D
8 8 19 13 30 1E
9 9 20 14 31 1F
10 A 21 15 32 20
Tabela 03 – Hexadecimal x Decimal

37
Sistema de Numeração

Este sistema é muito utilizado na área dos


microprocessadores e também no mapeamento de
memórias em sistemas digitais, tratando-se de um sistema
numérico muito importante, sendo aplicado em projetos de
software e hardware.

38
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Hexadecimal para o Sistema


Decimal
A regra de conversão é análoga à de outros sistemas,
somente neste caso, a base é 16. Como exemplo, vamos
utilizar o número 3F16 e convertê-lo em decimal:

16¹ 16º
3 F
3x16¹ + Fx16º
Sendo F16 = 15 10 , Substituindo temos:

3x16¹ + 15x16º = 3x16 + 15x1 = 48 + 15 = 63

3F16 = 6310
39
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema hexadecimal para o sistema decimal:
a) 2A16 ____________ 10
b) 2B 16 ____________ 10
c) 2C 16 ____________ 10
d) 2D 16 ____________ 10
e) 2E 16 ____________ 10
f) 4F 16 ____________ 10
g) 5A 16 ____________ 10
h) 6B 16 ____________ 10
i) 9C 16 ____________ 10

40
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Decimal para o Sistema


Hexadecimal
Da mesma forma que nos casos anteriores, esta conversão
se faz através de divisões sucessivas pela base do sistema
a ser convertido. Para exemplificar vamos transformar o
número 100010 em hexadecimal:
1000 16
-
992 62 16
-
1º resto 8 48 3
2º resto 14
Último quociente
Sendo 1410 = E 16 , temos: 3E816
100010 = 3E8 16 41
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema decimal para o sistema hexadecimal:
a) 109 10 ____________16
b) 208 10 ____________16
c) 1018 10 ____________16
d) 5002 10 ____________16
e) 6025 10 ____________16
f) 7038 10 ____________16
g) 7678 10 ____________16
h) 8010 10 ____________16
i) 9101 10 ____________16

42
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Hexadecimal para o Sistema


Binário
É análoga à conversão do sistema octal para o sistema
binário, somente, neste caso, necessita-se de 4 bits para
representar cada algarismo hexadecimal.
Como exemplo, vamos converter o número C1316 para o
sistema binário:
C (C 16= 12 10 ) 1 3
1100 0001 0011

C1310 = 110000010011 2

43
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema hexadecimal para o sistema binário:
a) 2A16 ____________ 2
b) 2B 16 ____________ 2
c) 2C 16 ____________ 2
d) 2D 16 ____________ 2
e) 2E 16 ____________ 2
f) 4F 16 ____________ 2
g) 5A 16 ____________ 2
h) 6B 16 ____________ 2
i) 9C 16 ____________ 2

44
Sistema de Numeração

Conversão do Sistema Binário para o Sistema


Hexadecimal
É análoga à conversão do sistema binário para o octal,
somente que neste caso, agrupamos de 4 em 4 bits da
direita para a esquerda. A título de exemplo, vamos
transformar o número 100110002 em hexadecimal:
1001 1000
9 8

100110002 = 98 16

45
Sistema de Numeração

Exercícios
Converta do sistema binário para o sistema hexadecimal:
a) 100110012 ____________ 16
b) 110110012 ____________ 16
c) 110111012 ____________ 16
d) 110111112 ____________ 16
e) 11011110 2 ____________ 16
f) 11101110 2 ____________ 16
g) 111001102 ____________16
h) 111000102 ____________ 16
i) 101010102 ____________ 16

46
Aritmética Binária

As operações aritméticas podem ser realizadas com


números binários, exatamente da mesma forma como com
números decimais. Em alguns casos, porém, certas
operações binárias são feitas de modo diferente das suas
equivalentes decimais por causa de considerações de
hardware.

47
Aritmética Binária

Adição Binária
A adição de dois números binários é executada exatamente
da mesma maneira que a adição de números decimais. De
fato, a adição binária é mais simples, já que há menos casos
para aprender. Vamos, primeiro, recordar uma adição
decimal.
3 7 6 LSD
+
4 6 1
8 3 7

48
Aritmética Binária

A posição do dígito menos significativo (LSD) é adicionada


primeiro, produzindo-se uma soma igual a 7. Os dígitos na
segunda posição são somados, então, para produzir uma
soma igual a 13, que produz um vai-um de 1 para a terceira
posição. Isto produz uma soma igual a 8 na terceira posição.

49
Aritmética Binária

Estes mesmos passos gerais são seguidos na adição


binária. No entanto, existem apenas quatro casos que
podem ocorrer na adição dos dígitos binários (bits) em
qualquer posição. São eles:
0+0=0
1+0=1
1 + 1 = 0 (Mais um vai-um de 1 para a próxima posição)
1 + 1 + 1 = 1 (Mais um vai-um de 1 para a próxima posição)

50
Aritmética Binária

Este último caso ocorre quando os dois bits em uma dada


posição são iguais a 1 e existe um vai-um da posição
anterior. Aqui temos vários exemplos da adição de dois
números binários:
0 1 1 (3) 1 0 0 1 (9) 1 1, 0 1 1 (3,375)
+ + +
1 1 0 (6) 1 1 1 1 (15) 1 0, 1 1 0 (2,750)
1 0 0 1 (9) 1 1 0 0 0 (24) 1 1 0, 0 0 1 (6,125)

51
Aritmética Binária

A adição é a operação aritmética mais importante nos


sistemas digitais, pois as operações de subtração,
multiplicação e divisão, da forma como elas são executadas
na maioria dos computadores digitais e calculadoras
modernas, na verdade usam apenas a adição como sua
operação básica.

52
Aritmética Binária
Subtração Binária
Em muitos computadores grandes e na maioria dos
minicomputadores, a operação de subtração é realizada
usando-se a operação de adição. Este processo requer o
uso da forma complemento-de-2.

53
Aritmética Binária

O complemento-de-2 de um número binário é obtido


trocando-se cada 0 por 1, e cada 1 por 0, e somando-se 1 ao
resultado. O primeiro passo, a inversão de cada bit, é
chamado complementação de 1. Por exemplo, o
complemento-de-1 de 10110110 é 01001001.

54
Aritmética Binária

O complemento-de-2 de um número binário é formado


somando-se 1 ao complemento-de-1 do mesmo número.
Por exemplo, o complemento-de-2 de 10110110 é obtido
como a seguir:

Número 10110110
Complemento-de-1 01001001
Soma-se 1 + 1
Complemento-de-2 01001010

55
Aritmética Binária

A operação de subtração pode ser executada convertendo-


se o subtraendo (o número a ser subtraído em seu
complemento-de-2 e, então, somando-se ao minuendo (o
número do qual se subtrai). Para ilustrar, considere a
subtração no número 1001 de 1100 (decimal 9 de decimal
12).

Subtração Normal Subtração em complemento-de-2


Minuendo 1100 Minuendo 1100
Subtraendo - 1001 Complemento-de-2 do subtraendo +0111
Diferença 0011 Soma 10011
Desprezar vai-um final

Assim o resultado final é 0011 (decimal 3).


56
Aritmética Binária

Multiplicação binária
A multiplicação de números binários é feita da mesma
maneira que a multiplicação de números decimais. O
processo é, na verdade, mais simples, já que os dígitos
multiplicadores são ou 0 ou 1, de modo que, em qualquer
instante, estaremos multiplicando por 0 ou por 1 e por
nenhum outro dígito. O exemplo seguinte ilustra o fato:

57
Aritmética Binária

1001 Multiplicando = 910


1011 Multiplicador = 1110
1001
1001
0000 Produtos parciais
1001
1100011 Produto Final = 9910

58
Aritmética Binária

Neste exemplo, tanto o multiplicando como o multiplicador


estão na forma binária verdadeira e não são usados bits de
sinal. Os passos seguidos no processo são exatamente os
mesmos da multiplicação decimal. Primeiro, o LSB do
multiplicador é examinado; no nosso exemplo, ele é igual a
1. Este 1 multiplica o multiplicando produzindo 1001, que é
escrito abaixo como o primeiro produto parcial. A seguir, o
segundo bit do multiplicador é examinado.

59
Aritmética Binária

Ele é um 1, de modo que 1001 é escrito no segundo produto


parcial. Note que este segundo produto parcial é deslocado
de uma posição para a esquerda, em relação ao primeiro. O
terceiro bit do multiplicador é 0, de modo que 0000 é escrito
como sendo o terceiro produto parcial; de novo, ele é
deslocado de uma posição para a esquerda em relação ao
produto parcial anterior.

60
Aritmética Binária

O quarto bit do multiplicador é igual a 1, de forma que o


último produto parcial é 1001, novamente deslocado de uma
posição para a esquerda. Os quatro produtos parciais são,
então, somados para produzir o produto final.

61
Aritmética Binária

A maioria das máquinas digitais pode somar apenas dois


números binários de cada vez. Por esta razão, os produtos
parciais formados durante a multiplicação não podem ser
todos somados ao mesmo tempo. Em vez disto, eles são
somados dois por vez, isto é, o primeiro é somado ao
segundo e o resultado é somado ao terceiro, e assim por
diante. Este processo está ilustrado para o exemplo anterior.

62
Aritmética Binária

1001 Primeiro produto parcial


Soma-se Segundo produto parcial deslocado para a esquerda
1001

11011 Soma dos primeiros produtos parciais


Soma-se
0000 Terceiro produto parcial deslocado para esquerda

011011 Soma dos três primeiros produtos parciais


Soma-se Quarto produto parcial deslocado para esquerda
1001
1100011 Soma de quatro produtos parciais = produto total

63
Aritmética Binária

Divisão binária
O procedimento para dividir um número binário (o dividendo)
por outro (o divisor) é igual aquele que é seguido para os
números decimais, ao qual normalmente nos referimos como
“divisão longa”. O processo real é mais simples em binário;
pois, quando estamos verificando quantas vezes o divisor
“cabe” no dividendo, existem apenas duas possibilidades: 0
ou 1. Para ilustrar, considere o seguinte exemplo:

64
Aritmética Binária

(9 / 3 = 3)
1001 11
-
1001 11
11
0000 x
11

+ 11
11
1001

65
Aritmética Binária

Na maioria das máquinas digitais modernas, as subtrações


que fazem parte da operação de divisão são, usualmente,
executadas usando-se a subtração com complemento-de-2,
isto é, complementando o subtraendo e somando.

66
Funções e Portas Lógicas

Em 1854, o matemático inglês George Boole apresentou um


sistema matemático de análise lógica conhecido como
álgebra de Boole.
Apenas em 1938, o engenheiro americano Claude Elwoode
Shannom utilizou as teorias da álgebra de Boole para a
solução de problemas de circuitos de telefonia com relés,
praticamente introduzindo na área tecnológica o campo da
eletrônica digital.

67
Funções e Portas Lógicas

Esse ramo da eletrônica emprega em seus sistemas um


pequeno grupo de circuitos básicos padronizados
conhecidos como portas lógicas. Através da utilização
conveniente destas portas, podemos “implementar” todas as
expressões geradas pela álgebra de Boole, que constituem
a base dos projetos dos sistemas já referidos.

68
Funções e Portas Lógicas

Funções Lógicas E, OU, NÃO, NE e NOU.


Faremos a seguir, o estudo das principais funções lógicas
que na verdade derivam dos postulados da álgebra de
Boole, sendo as variáveis e expressões envolvidas
denominadas de booleanas. Nas funções lógicas, temos
apenas dois estados distintos:

O estado “0” (zero) e o estado “1” (um).

69
Funções e Portas Lógicas

O estado “0” representará, por exemplo: portão fechado,


aparelho desligado, ausência de tensão, chave aberta, não,
etc. O estado “1” representará, então: portão aberto,
aparelho ligado, presença de tensão, chave fechada, sim,
etc.

Note, então, que se representarmos por “0” uma situação,


representaremos por “1” a situação contrária. Deve-se
salientar aqui, que cada variável booleana da função lógica
pode assumir somente 2 situações distintas 0 ou 1.

70
Funções e Portas Lógicas

Função E ou AND
A função E é aquela que executa a multiplicação de 2 ou
mais variáveis booleanas. É também conhecida como
função AND, nome derivado do inglês. Sua representação
algébrica para 2 variáveis é S = A.B, onde se lê S = A e B.
A figura 01 mostra o circuito elétrico equivalente a porta E.

Convenção
CHAVE ABERTA = 0 Lâmpada apagada = 0
CHAVE FECHADA = 1 Lâmpada acesa =1
71
Funções e Portas Lógicas

72
Funções e Portas Lógicas

Tabela-verdade de uma Função E ou AND


Chamamos de tabela-verdade um mapa onde colocamos
todas as possíveis situações com seus respectivos
resultados. Na tabela abaixo, iremos encontrar o modo
como a função se comporta. A seguir, iremos apresentar a
tabela-verdade de uma função E ou AND para 2 variáveis de
entrada:

A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1

73
Funções e Portas Lógicas

Simbologia
A porta E é um circuito que executa a função E, sendo
representada na prática, através do símbolo abaixo:

A S

Teremos a saída no estado “1” se, e somente se, as 2


entradas forem iguais a 1, e teremos a saída igual a “0” nos
demais casos.

74
Funções e Portas Lógicas

Podemos estender o conceito da função E com 2 variáveis


de entrada para qualquer número de entradas. Para
exemplificar, mostraremos uma porta E de 3 variáveis de
entrada, sua tabela-verdade e sua expressão booleana:

A
S
B
C

S=A.B.C

75
Funções e Portas Lógicas

A B C S
0 0 0 0
0 0 1 0
0 1 0 0
1 0 0 0
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 0
1 1 1 1

76
Funções e Portas Lógicas

Notamos que a tabela-verdade mostra as 8 possíveis


variações das variáveis de entrada e seus respectivos
resultados na saída. O número de situações possíveis é
igual a 2 N , onde N é o número de variáveis de entrada.

3
No exemplo: N = 3 2 = 8.

77
Funções e Portas Lógicas

Função OU ou OR
A função OU ou OR é aquela que assume valor “1” quando
uma ou mais variáveis da entrada forem iguais a 1 e assume
valor “0” se, e somente se, todas as variáveis de entrada
forem iguais a 0. Sua representação algébrica para 2
variáveis de entrada é S = A + B, onde se lê S = A ou B.

78
Funções e Portas Lógicas

O termo OR também utilizado é derivado do inglês.


O circuito da figura abaixo representa a função OU:

79
Funções e Portas Lógicas

Tabela-verdade da Função OR ou OU
Nesta tabela 05, temos todas as situações possíveis com os
respectivos valores que a função OU assume.

A B S
0 0 0
1 0 1
0 1 1
1 1 1

80
Funções e Portas Lógicas

Simbologia
A porta que executa a função OU, é representada através do
símbolo abaixo:

A
S

81
Funções e Portas Lógicas

O conceito da função OU pode ser estendido para mais de 2


variáveis de entrada.
Como exemplo veremos uma porta OU e sua expressão
booleana com 4 variáveis de entrada:
S=A+B+ C+D

A
B
S
C
D

82
Funções e Portas Lógicas

Função NÃO ou NOT


A função NÃO, ou função complemento, é aquela que
inverte ou complementa o estado da variável de entrada. Se
a variável de entrada for “1”, ela se tornará “0” na saída. Se
a variável de entrada for “0”, ela se tornará “1” na saída.

83
Funções e Portas Lógicas

A operação lógica inversão é realizada pela porta lógica


NÃO (“NOT” em inglês). Ela consiste em converter uma
dada proposição em uma proposição a ela oposta, sendo
representada algebricamente por:

S=A

84
Funções e Portas Lógicas

Essa expressão é lida da seguinte forma: saída S é igual a


não A, pois o traço sobre o A significa não. Para A pode-se
dizer também A barrado ou A negado. Veja na figura abaixo
o circuito elétrico equivalente de uma porta NÃO.

CONVENÇÃO
CHAVE ABERTA =0 LÂMPADA ACESA =1
CHAVE FECHADA = 1 LÂMPADA APAGADA = 0
85
Funções e Portas Lógicas

A lâmpada S acenderá (1) quando a chave A estiver aberta


(0). Quando a chave A estiver fechada (1), a lâmpada será
curto-circuitada e não acenderá (0).
Veja a seguir o símbolo, as combinações possíveis da chave
e a respectiva tabela-verdade.

A S
A S A S
0 1
1 0

86
Funções e Portas Lógicas

PORTAS LÓGICAS DERIVADAS


Os sistemas digitais mais complexos, como computadores
de grande porte, são construídos a partir das portas lógicas
básicas E, OU e NÃO. A partir dessas portas, podem-se
construir quatro outras denominadas portas lógicas
derivadas.
Elas são: porta NE (ou NÃO E), porta NOU (ou NÃO OU),
porta OU EXCLUSIVO e porta NÃO OU EXCLUSIVO.

87
Funções e Portas Lógicas

Função NÃO E, NE ou NAND.


Como o próprio nome “NÃO E” diz: essa função é a
composição da função E com a função NÃO, ou seja,
teremos a função “E” invertida. É representada
algebricamente da seguinte forma:

S = (A . B), onde o traço indica que teremos a inversão do


produto A .B.
Porta NE ou NAND é o bloco lógico que executa a função
NAND. Sua tabela-verdade e símbolo são mostrados a
seguir:

88
Funções e Portas Lógicas

A B S
0 0 1
A S
0 1 1
B
1 0 1
1 1 0

89
Funções e Portas Lógicas

Podemos também formar uma porta NAND através da


composição de uma porta AND com um inversor ligado a
sua saída.

A
S

90
Funções e Portas Lógicas

Função NÃO OU, NOU ou NOR.


A função NOU é a composição da função NÃO com a
função OU, ou seja, a função NOU será o inverso da função
OU. É representada da seguinte forma:
S = (A+B), onde o traço indica a inversão da soma A + B.
Porta NOU ou NOR é o bloco lógico que executa a função
NOU. Sua tabela-verdade e símbolo são mostrados a
seguir:

91
Funções e Portas Lógicas

A B S
A
0 0 1 S

0 1 0 B
1 0 0
1 1 0

92
Funções e Portas Lógicas

De maneira análoga, podemos formar uma porta NOU


utilizando uma OU e um inversor ligado à sua saída.

A
S

93
Circuitos Lógicos e suas Expressões Booleanas

Todo circuito lógico executa uma expressão booleana e, por


mais complexo que seja, é formado pela interligação das
portas lógicas básicas. Podemos obter a expressão
booleana que é executada por um circuito lógico qualquer.
Para mostrar o procedimento, vamos obter a expressão que
o circuito abaixo executa.

B S

94
Circuitos Lógicos e suas Expressões Booleanas

Dividindo o circuito em duas partes, teremos na saída S1 o


produto A . B, que equivale à expressão de uma porta AND.
Como S1 é injetada em uma das entradas da porta OU
pertencente à segunda parte do circuito e na outra entrada
está a variável C, a expressão de saída será: S = S1 + C.

A
S1 = A . B

B
S=A.B+C

95
Circuitos Lógicos e suas Expressões Booleanas

A expressão final é obtida substituindo A B C S


a expressão de S1 na expressão 0 0 0 0
acima, obtendo então: 0 0 1 1
S=A.B +C 0 1 0 0

A forma mais simples de levantar a 1 0 0 0


expressão de um circuito é escrever 0 1 1 1
nas saídas dos diversos blocos 1 0 1 1
básicos do circuito, as expressões por 1 1 0 1
estes executadas. 1 1 1 1

96
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão

O método para obter o circuito lógico que executa uma


expressão booleana consiste em identificar as portas lógicas
na expressão e desenhá-las com as respectivas ligações, a
partir das variáveis de entrada.

97
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão
A resolução deve respeitar a ordem de prioridade da
aritmética elementar, iniciando pelos parênteses seguido
pelos colchetes e por último as chaves. Em expressões que
não possuam parênteses, deve-se executar primeiro as
funções de produto:

A . B + C = (A . B) + C.

98
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão
Para exemplificar vamos obter o circuito que executa a
expressão:

S = (A + B) . C . (B + D).

Para o primeiro parêntese, temos A + B, logo o circuito que o


executa será uma porta “OU”. Para o segundo, temos a soma
booleana B + D, logo, o circuito será outra porta “OU”. Até ai
temos então:

99
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão

A (A + B) = X B (B+ D) = Y

B D

100
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão
A seguir, temos uma multiplicação dos dois parênteses,
juntamente com a variável C, sendo executada por uma
porta AND:

X
S
C
Y

101
Desenvolvimento de um Circuito Lógico a Partir
da Expressão
Substituindo as partes X e Y no bloco anterior, obtemos o
circuito completo:

A
X

S
C

102
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Para demonstrar este procedimento, vamos obter a


expressão da tabela abaixo:

A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 1
1 1 1

103
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Observando a tabela, notamos que a expressão é


verdadeira (S = 1) nos casos onde A = 0 e B = 0 ou A = 1 e B
= 0 ou A = 1 e B = 1. Para obter a expressão, basta montar
os termos relativos aos casos onde a expressão for
verdadeira e somá-los.

Caso 00: S = 1, quando, A = 0 e B = 0 A.B


Caso 10: S = 1, quando, A = 1 e B = 0 A.B
Caso 11: S = 1, quando, A = 1 e B = 1 A.B

Solução: S=A.B+A.B+A.B

104
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Notamos que o método permite obter, qualquer que seja a


tabela, uma expressão padrão formada sempre pela soma
de produtos. Utilizando a álgebra de Boole é possível
simplificar as expressões e obter circuitos mais
simplificados.

105
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Porta Lógica XOR (OU-EXCLUSIVO)


A função lógica que esta porta executa, como o próprio
nome já diz, consiste em fornecer 1 à saída quando as
variáveis de entrada forem diferentes entre si. A partir desta
definição, montamos sua tabela-verdade.

A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0

106
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Da tabela obtemos a expressão: Notação Genérica:

S=A.B +A.B S =A+B

Da expressão esquematizamos o circuito.


A

107
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Devido a sua definição, o circuito OU Exclusivo só pode ter


duas variáveis de entrada e possui um símbolo característico
mostrado abaixo:

A
S S=A.B+A.B=A+B
B

108
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

Porta Lógica XNOR (COINCIDÊNCIA)


Sua função é fornecer 1 à saída quando houver coincidência
nos valores das variáveis de entrada.
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1

Expressão Notação Algébrica


S=A.B+A.B S =A . B

109
Expressões Booleanas Obtidas de Tabelas-verdade

A
B
S

A S
B
S=A.B +A.B=A . B
110
Álgebra de Boole

Um circuito lógico pode ser obtido através de uma expressão


booleana. No entanto o resultado nem sempre é satisfatório,
visto que, as vezes, o circuito resultante pode ser muito
complexo ou muito denso.

111
Álgebra de Boole

Para realizarmos a simplificação deste resultado, veremos


um resumo da Álgebra de Boole. Pois é através de seus
postulados, propriedades, teoremas fundamentais e
identidades, que efetuaremos tais simplificações. Estes são
apresentados a seguir:

POSTULADOS
Complementação Adição Multiplicação
A=0 A=1 0+0=0 0.0=0
A=1 A= 0 0+1=1 0.1=0
1+0=1 1.0=0
1 + 1 = 1(resto) 1.1=1

112
Álgebra de Boole

TEOREMAS DE MORGAN
1º TEOREMA (A . B) = A + B
2º TEOREMA (A + B) = A . B

113
Álgebra de Boole

IDENTIDADES
Complementação Adição Multiplicação
A=A A+0=A A.0=0
A+1=1 A.1=A
A+A=A A.A=A
A + A = 1(resto) A.A=0

114
Álgebra de Boole

PROPRIEDADES
CUMULATIVA Adição A+B=B+A
Multiplicação A.B=B.A
ASSOCIATIVA Adição A + (B + C) = (A + B) + C = A + B + C
Multiplicação A . (B . C) = (A . B) . C = A . B . C
DISTRIBUTIVA A . (B + C) = A . B + A . C

115
Álgebra de Boole

IDENTIDADES AUXILIARES
A+A.B=A
A+A.B=A+B
(A + B) . (A + C) = A + B . C

116
MAPA DE KARNAUGH

O mapa de Karnaugh é uma tabela montada de forma a


facilitar o processo de minimização das expressões lógicas.
Ele é formado por 2n células, onde n é o número de
variáveis de entrada. Portanto o mapa de Karnaugh tem
tantas células quanto o número de linhas de uma tabela-
verdade.

117
MAPA DE KARNAUGH

Neste curso, estudaremos somente o mapa para 2


variáveis.
Diagrama de Veitch-Karnaugh para 2 Variáveis
A figura abaixo mostra um diagrama de Veitch-Karnaugh
para 2 variáveis:
B B

118
MAPA DE KARNAUGH

No mapa, encontramos todas as possibilidades assumidas


entre as variáveis A e B. A seguir veja todas as regiões do
mapa. B B B B

A A

A A
a) c)

B B B B

A A

b) A A
d)
119
MAPA DE KARNAUGH

(a) região onde A = 1


(b) região onde A = 0 (A = 1)
(c) região onde B = 1
(d) Região onde B = 0 (B = 1)

Com 2 variáveis, podemos obter 4 possibilidades.


A B
0 0
0 1
1 0
1 1

120
MAPA DE KARNAUGH

Podemos distribuir, então, as 4 possibilidades neste


diagrama, da seguinte forma:

B B
Caso 0 Caso 1
A B A B
A 0 0 0 1

Caso 2 Caso 3
A
A B A B
1 0 1 1

121
MAPA DE KARNAUGH

Logo, notamos que cada linha da tabela da verdade possui


sua região própria no diagrama de Veitch-Karnaugh. Essas
regiões são, portanto, os locais onde devem ser colocados
os valores que a expressão assume nas diferentes
possibilidades. Para entendermos melhor o significado
destes conceitos vamos utilizar os exemplos:

122
MAPA DE KARNAUGH

1- A tabela verdade mostra o estudo de uma função de 2


variáveis. Vamos colocar seus resultados no Diagrama de
Veitch-Karnaugh.
A B S
Caso 0 0 0 0
Caso 1 0 1 1
Caso 2 1 0 1
Caso 3
1 1 1

123
MAPA DE KARNAUGH

Levantando a expressão a partir da tabela, obtemos a


expressão característica da função:

S = AB + AB + AB

Passando para o mapa os casos da tabela da verdade,


temos:
B B

0 1
A

A
1 1

124
MAPA DE KARNAUGH

Uma vez entendida a colocação dos valores assumidos pela


expressão em cada caso no diagrama de Veitch-Karnaugh,
vamos verificar como podemos efetuar as simplificações.

125
MAPA DE KARNAUGH

Para obtermos a expressão simplificada do diagrama,


utilizamos o seguinte método: Tentamos agrupar as regiões
onde S é igual a 1, no menor número possível de
agrupamentos. As regiões onde S é 1, que não puderem ser
agrupadas, serão consideradas isoladamente. Para um
diagrama de 2 variáveis, os agrupamentos possíveis são os
seguintes:

126
MAPA DE KARNAUGH

a) Quadra:
Conjunto de 4 regiões, onde S é igual a 1. No diagrama de 2
variáveis, é o agrupamento máximo, proveniente de uma
tabela onde todos os casos valem 1. Assim sendo, a
expressão final simplificada obtida é S = 1. A figura abaixo
ilustra esta situação.

B B

1 1
A

A Quadra S = 1
1 1

127
MAPA DE KARNAUGH

b) Pares:
Conjunto de 2 regiões onde S é 1, que tem um lado em
comum, ou seja, são vizinhos. As figuras abaixo mostram
exemplos de 2 pares agrupados e suas respectivas
expressões, dentre os 4 possíveis em 2 variáveis:

Par A, está exclusivamente na região A Par B, está exclusivamente na região B


B B B B

0 0 1 0
A A
A A
1 1 1 0

128
MAPA DE KARNAUGH

c) Termos isolados:
Regiões onde S é 1, sem vizinhança para grupamentos. São
os próprios casos de entrada, sem simplificação. A figura a
seguir exemplifica 2 termos isolados, sem possibilidade de
agrupamento. Efetuando-se os agrupamentos para o
seguinte exemplo tem-se:

B B B B
Termo A B
0 1 0 1
A A

A A
1 0 1 1 Par 1
Termo A B

Par 2 129
MAPA DE KARNAUGH

Feito isto, escrevemos a expressão de cada par, ou seja, a


região que o par ocupa no diagrama.
O par 1 ocupa a região onde A é igual a 1, então, sua
expressão será: Par 1 = A.
O par 2 ocupa a região onde B é igual a 1, então, sua
expressão será: Par 2 = B.

130
MAPA DE KARNAUGH

Notamos também que nenhum “1” ficou fora dos


agrupamentos, e ainda que o mesmo “1” pode pertencer a
mais de um agrupamento.
Para obter a expressão simplificada, basta, agora, somarmos
os termos obtidos nos agrupamentos.

S = Par 1 + Par 2 S=A+ B

131
MAPA DE KARNAUGH

Como podemos notar, esta é a expressão de uma porta OU,


pois a tabela da verdade também é a da porta OU. Outro fato
a ser notado é que a expressão obtida é visivelmente menor
do que a extraída diretamente da tabela da verdade,
acarretando um circuito mais simples, diminuindo,
consequentemente, a dificuldade de montagem e o custo do
sistema.

132
MAPA DE KARNAUGH
2 – Vamos simplificar o circuito que executa a tabela da
verdade a seguir:

A B S
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0

133
MAPA DE KARNAUGH

Obtendo a expressão diretamente da tabela, temos:

S = AB + AB + AB

Transportando a tabela para o diagrama, mediante processo


já visto, temos:
B B

1 1
A

A
1 0

134
MAPA DE KARNAUGH

Agora, vamos agrupar os pares:

B B

1 1 Par 1
A

A
1 0

Par 2

Vamos escrever as expressões dos pares:


Par 1 A Par 2 B

135
MAPA DE KARNAUGH

Somando as expressões dos pares, temos a expressão


simplificada:

S=A+B

Notamos que a tabela-verdade é a de uma porta NE.


Aplicando o teorema de Morgan à expressão, após a
simplificação, encontramos a expressão de uma porta NE:

S = A .B

136
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Introdução
Um dos capítulos importantes da Eletrônica Digital é o que
trata dos circuitos combinacionais. É através do estudo
destes que poderemos compreender o funcionamento de
circuitos, tais como: somadores, subtratores, circuitos que
executam prioridades, codificadores, decodificadores e
outros muito utilizados na construção de computadores e em
vários outros sistemas digitais.

137
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

O circuito combinacional é aquele em que a saída depende


única e exclusivamente das combinações entre as variáveis
de entrada.

138
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Podemos utilizar um circuito lógico combinacional para


solucionar problemas em que necessitamos de uma
resposta, quando acontecerem determinadas situações,
representadas pelas variáveis de entrada. Para construirmos
estes circuitos, necessitamos de suas expressões
características que como vimos no capítulo anterior, são
obtidas das tabelas da verdade que representam as
situações já mencionadas.

139
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

A figura ilustra a sequência do processo, onde, a partir da


situação, obtemos a tabela da verdade e a partir desta,
através das técnicas já conhecidas, a expressão simplificada
e o circuito final.

Tabela Expressão
SITUAÇÃO Da Simplificada CIRCUITO
Verdade

140
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Projetos de Circuitos Combinacionais


A figura mostra o esquema geral de um circuito
combinacional composto pelas variáveis de entrada, o
circuito propriamente dito e sua (s) saída (s).

a S1
b S2
c S3
d .. .. S4
.. ..
z Sn

141
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Notamos que o circuito lógico pode possuir diversas


variáveis de entrada e uma ou mais saídas conforme o caso
do projeto.

142
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Circuito com 2 Variáveis


A figura representa o cruzamento das ruas A e B. Neste
cruzamento, queremos instalar um sistema automático para
os semáforos, com as seguintes características:

Semáforo 2
Rua B

00 ̶
Rua A Semáforo 1 00 ̶

Prefencial ̶ 00 Semáforo 1
̶ 00
Semáforo 2

Secundária

143
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

1ª - Quando houver carros transitando somente na Rua B, o


semáforo 2 deverá permanecer verde para que estas
viaturas possam trafegar livremente;
2ª - Quando houver carros transitando somente na Rua A, o
semáforo 1 deverá permanecer verde pelo mesmo motivo;

144
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

3ª - Quando houver carros transitando nas Ruas A e B,


deveremos abrir o semáforo para a Rua A, pois é
preferencial.
Primeiramente, vamos estabelecer as seguintes convenções:

145
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Primeiramente, vamos estabelecer as seguintes


convenções:

a) Existência de carro na Rua A: A=1


b) Não existência de carro na Rua A: A = 0 ou A = 1
c) Existência de carro na Rua B: B=1
d) Não existência de carro na Rua: B = 0 ou B = 1
e) Verde do sinal 1 acesso: V1 = 1
f) Verde do sinal 2 acesso: V2 = 1

146
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

g) Quando V1 = 1 vermelho do semáforo 1 apagando: Vm1 = 0


verde do semáforo 2 apagando: V2 = 0
e vermelho do semáforo 2 acesso: Vm2 = 1.

h) Quando V2 = 1 V1 = 0, Vm2 = 0 e Vm1 = 1.

147
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Circuito com 3 Variáveis


Deseja-se utilizar um amplificador para ligar três aparelhos:
um Bluetooth, um USB e um rádio FM. Vamos elaborar um
circuito lógico que nos permitirá ligar os aparelhos,
obedecendo às seguintes prioridades:

1ª prioridade: Bluetooth
2ª prioridade: USB
3ª prioridade: Rádio FM

148
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Isto significa que quando não ligarmos nem o Bluetooth, nem


o USB, o rádio FM, se ligado, será conectado à entrada do
amplificador. Se ligarmos o USB, automaticamente o circuito
irar conectá-lo à entrada do amplificador, pois possui
prioridade sobre o rádio FM. Se, então, ligarmos o Bluetooth,
este será conectado ao amplificador, pois representa a 1ª
prioridade. A partir disto, podemos montar o diagrama de
blocos com as respectivas ligações:

149
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Bluetooth USB Rádio FM

SA CH1 SB CH2 SC CH3

Amplificador

150
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 1ª PARTE

Neste projeto, o circuito lógico receberá as informações das


variáveis de entrada A, B e C, representando os aparelhos, e
através das saídas SA, SB e SC comutarão as chaves CH1,
CH2 e CH3 para fazer a conexão conforme a situação
requerida.
Convenções Utilizadas:
Variáveis de entrada (A, B e C): aparelho desligado = 0 e
Ligado = 1.
Saídas (SA, SB e SC): S = 0 chave aberta e
S = 1 chave fechada.

151
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

No capítulo anterior, vimos o processo de circuitos lógicos


combinacionais utilizados na solução de problemas a partir
de situações práticas de maneira geral. Neste capítulo,
estudaremos outros, destinados principalmente a aplicações
específicas, empregadas, sobretudo na arquitetura interna
de circuitos integrados e, ainda, em sistemas digitais.

152
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Entre os circuitos destinados a estas finalidades destacamos


os codificadores, decodificadores e os circuitos aritméticos
(meio somador, somador completo, meio subtrator e
subtrator completo), que serão abordados a nível básico
como projetos combinacionais, para melhor entendimento,
sendo, entretanto encontrados na prática, disponíveis em
circuitos integrados comerciais ou internos a sistemas mais
complexos, tais como microprocessadores e circuitos
integrados dedicados.

153
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Códigos
São vários os códigos dentro do campo da Eletrônica Digital,
existindo situações em que a utilização de um é vantajosa
em relação a outro. Neste tópico, descrever os códigos mais
conhecidos.

154
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Códigos BCD 8421


Vamos iniciar explicando que no nome deste código, a sigla
BCD representa as inicias de Binary Coded Decimal, que
significa uma codificação do sistema decimal em binário. Os
termos seguintes (8421) significam os valores dos
algarismos num dado número binário, que conforme
estudado no capítulo 1, representam respectivamente: 23,
22, 21 e 20.

155
A formação deste código é vista na tabela
Decimal BCD8421
A B C D
0 0 0 0 0
1 0 0 0 1
2 0 0 1 0
3 0 0 1 1
4 0 1 0 0
5 0 1 0 1
6 0 1 1 0
7 0 1 1 1
8 1 0 0 0
9 1 0 0 1
156
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

O número de bits de um código é o número de dígitos


binários que este possui. Notamos, então, que o código BCD
8421 é um código de 4 bits e, ainda, que é válido de 0 a 910.

157
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Codificadores e Decodificadores
Vamos, agora, tratar de circuitos que efetuam a passagens
de um determinado código para outro. Primeiramente, vamos
fazer uma análise do significado das palavras codificador e
decodificador.

158
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Chamamos de codificador o circuito combinacional que torna


possível a passagem de um código conhecido para um
desconhecido. Como exemplo, podemos citar o circuito
inicial de uma calculadora que transforma uma entrada
decimal, através do sistema de chaves de um teclado, em
saída binária para que o circuito interno processe e faça a
operação.

159
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Chamamos de decodificador o circuito que faz o inverso, ou


seja, passa um código desconhecido para um conhecido. No
exemplo citado é o circuito que recebe o resultado da
operação em binário e o transforma em saída decimal, na
forma compatível para um mostrador digital apresentar os
algarismos.

160
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Codificador Decimal/Binário
Vamos, neste item, elaborar um codificador para transformar
um código decimal em binário (BCD 8421). A entrada do
código decimal vai ser feita através de um conjunto de
chaves numeradas de 0 a 9 e a saída por 4 fios, para
fornecer um código binário de 4 bits, correspondente à chave
acionada.

ch0
A
ch1
Codificador B
ch2
... Decimal/Binário C
ch9 D

161
A seguir, vamos construir a tabela verdade do
codificador que relaciona cada chave de entrada
decimal com a respectiva saída em binário:
Chave A B C D
ch0 0 0 0 0
ch1 0 0 0 1
ch2 0 0 1 0
ch3 0 0 1 1
ch4 0 1 0 0
ch5 0 1 0 1
ch6 0 1 1 0
ch7 0 1 1 1
ch8 1 0 0 0
ch9 1 0 0 1
162
O circuito, assim constituído, é visto na figura.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9

+ 5V

A B C D 163
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Decodificador Binário/Decimal
A estrutura geral deste decodificador é vista na figura.

S0
A S1
S2
B S3
Decodificador S4
S5
C Binário/Decimal S6
S7
D S8
S9

Vamos montar a tabela da verdade do circuito no qual as


entradas são bits do código BCD 8421 e as saídas são os
respectivos bits do código decimal 9876543210.
164
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

BCD8421 Código 9876543210


A B C D S9 S8 S7 S6 S5 S4 S3 S2 S1 S0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

165
A partir das expressões simplificadas, obtemos o circuito do
decodificador que é visto na figura.
A B C D

S9
S8
S7
S6
S5
S4

S3
S2
S1
S0
166
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Decodificador para Display de 7 Segmentos


O display de 7 segmentos possibilita escrevermos números
decimais de 0 a 9 e alguns outros símbolos que podem ser
letras ou sinais. A figura representa uma unidade do display
genérica, com a nomenclatura de identificação dos
segmentos usual em manuais práticos.

167
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Entre as tecnologias de fabricação das unidades de display


usaremos o mais comum que é o display a led, que possui
cada segmento composto por um led, existindo um tipo
denominado catodo comum e outro anodo comum.

-V

+V
168
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Vamos a título de exemplo, elaborar um decodificador para a


partir de um código binário (BCD 8421) escrever a sequência
de 0 a 9 em um display de 7 segmentos catodo comum. O
esquema geral deste decodificador é visto na figura.

169
Tabela verdade
decodificador BCD
8421/7 segmentos.

170
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Existem no mercado dezenas de circuitos integrados


responsáveis pela alimentação de display, como por exemplo
o 7447

171
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

Outros circuitos integrados muito utilizados são o 4511 e 4518

172
CIRCUITOS COMBINACIONAIS – 2ª PARTE

173
FLIP-FLOP
Introdução
O campo da Eletrônica Digital é basicamente dividido em
duas áreas: lógica combinacional e lógica sequencial.
Os circuitos combinacionais, como vimos até aqui,
apresentam as saídas, única e exclusivamente, dependentes
das variáveis de entrada.

174
FLIP-FLOP

Os circuitos sequenciais têm as saídas dependentes das


variáveis de entrada e/ou de seus estados anteriores que
permanecem armazenados, sendo, geralmente, sistemas
pulsados, ou seja, operam sob o comando de uma
sequência de pulsos denominada clock.
Neste capítulo, trataremos do estudo dos flip-flops e de
circuitos nos quais fazem o papel de elemento principal.

175
FLIP-FLOP

Flip-Flops
De forma geral, podemos representar o flip-flop como um
bloco onde temos 2 saídas: Q e Q , entradas para as
variáveis e uma entrada de controle (clock). A saída Q será a
principal do bloco. A figura ilustra um flip-flop genérico.

Entrada 1 Q (saída principal)

Entrada Clock
FLIP-FLOP

Q
Entrada 2

176
FLIP-FLOP
Este dispositivo possui basicamente dois estados de saída.
Para o flip-flop assumir um destes estados é necessário que
haja uma combinação das variáveis e do pulso de controle
(clock). Após este pulso, o flip-flop permanecerá neste
estado até a chegada de um novo pulso de clock e, então,
de acordo com as variáveis de entrada, mudará ou não de
estado.

177
FLIP-FLOP

Os dois estados possíveis são:

1) Q = 0 → Q = 1
2) Q = 1 → Q = 0

Vamos, a seguir, analisar alguns circuitos de flip-flops e suas


respectivas operações.

178
FLIP-FLOP
Flip-Flop RS Básico
Primeiramente, vamos analisar o flip-flop RS básico,
construído a partir de portas NE e inversores, cujo circuito é
visto na figura.

179
FLIP-FLOP

Notamos que estes elos de realimentação fazem com que as


saídas sejam injetadas juntamente com as variáveis de
entrada, ficando claro, então, que os estados que as saídas
irão assumir dependerão de ambas.

Para analisarmos o comportamento do circuito, vamos


construir a tabela da verdade, levando em consideração as 2
variáveis de entrada (S e R) e a saída Q anterior (Qa) à
aplicação das entradas:

180
FLIP-FLOP

S R Qa Qf Qf
0
0
0
0
0
1
0
1
1
0
} Fixa Qf = Qa

0
0
1
1
0
1
0
0
1
1 } Fixa Qf em 0

1
1
0
0
0
1
1
1
0
0 } Fixa Qf em 1

1
1
1
1
0
1
1
1
1
1 } Não permitido

181
FLIP-FLOP
Podemos, então, resumir a tabela da verdade de um flip-flop
RS básico:
S R Qf
0 0 Qa
0 1 0
1 0 1
1 1

182
FLIP-FLOP

A entrada S é denominada Set, pois quando acionada (nível


1), passa a saída para 1 (estabelece ou fixa 1), e a entrada R
é denominada Reset, pois quando acionada (nível 1), passa
a saída para 0 (recompõe ou zera o flip-flop). Estes termos
são muito usuais na área de eletrônica digital, sendo
provenientes do idioma inglês.

183
FLIP-FLOP

Este circuito irá mudar de estado apenas no instante em que


mudam as variáveis de entrada.

184
FLIP-FLOP
Circuito para montar em sala:

185
OBRIGADO

186

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