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Blocos Digitais
© SENAI-SP, 2006
Trabalho elaborado a partir de conteúdos extraídos da Intranet por Meios Educacionais do Centro Móvel
de Formação Profissional do SENAI-SP.
Equipe responsável
Coordenação Osnei Seri
Técnico Responsável Ari Sotano
Seleção de conteúdos Clemenson Carlos
Ewerton Carlos Ruzza
Fernando Pompeo da Silva
Marcelo da Silva Moreira
Mayck Richard Cortez
Vanderlei Virgílio Campanholi
E-mail tecnicoscmfp@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
SENAI-SP - INTRANET
Comandos eletroeletrônicos - Prática
SENAI-SP - INTRANET
Blocos Digitais
Sumário
Sistemas de numeração 7
Portas lógicas básicas 23
Construir tabelas-verdades de portas básicas 35
Portas lógicas derivadas 39
Construir tabelas-verdades de portas derivadas 55
Implementar circuitos lógicos 59
Circuitos aritméticos 61
Circuitos combinatórios 73
Referências bibliográficas 93
Sistemas de numeração
Para assimilar os conteúdos desta lição, é necessário que você conheça perfeitamente
o sistema decimal.
Sistemas de numeração
Com esses dez algarismos, é possível representar qualquer grandeza numérica graças
à características do valor de posição. Desse modo, temos:
• Números que representam as unidades: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9.
• Números que representam as dezenas: 10, 11, 12, 13, 14, 15 ...; nos quais o
número da posição 1 indica uma dezena e o outro dígito, a unidade.
• Números que representam as centenas: 110, 111, 112, 113, 114, 115, 116 ..., nos
quais o valor de posição 1 indica a centena, seguida pela dezena e pela unidade.
Assim, por exemplo, o número 385 indica:
O número 385 também pode ser expresso por meio de uma potência de base dez:
3 8 5
↓ ↓ ↓
3 . 100 8 . 10 5.1
↓ ↓ ↓
3 . 10 2 + 8 . 101 + 5 . 10 0
Observação
A potência da base 10 indica o valor da posição do número.
Cada dígito ou algarismo binário é chamado de bit (do inglês “binary digit”, ou seja
dígito binário). Um bit é, pois, a menor unidade de informação nos circuitos digitais.
2 10 12 1100
3 11 13 1101
4 100 14 1110
5 101 15 1111
6 110 16 10000
7 111 - -
8 1000 - -
9 1001 - -
Potências de base 2 24 23 22 21 20
Valor de posição 16 8 4 2 1
Binário 1 0 0 1 1
O valor da posição é indicado pelo expoente da base do sistema numérico. Essa valor
aumenta da direita para a esquerda. O valor da posição do bit mais significativo (de
maior valor) será a base elevada a n-1 (n = número de dígitos).
Binário 1 0 1 0 1 1
5 4 3 2 1
Valor de posição 2 2 2 2 2 20
MSB* LSB**
Exemplo
Na conversão de 10102 para o sistema decimal, procede-se da seguinte forma:
Potência de 2 23 22 21 20
Binário 1 0 1 0
Valor de posição 1.8 0.4 1.2 0.1
No. decimal 8 + 0 + 2 + 0 = 1010
Portanto, 10102 = 1010
CMFP – Centro Móvel de Formação Profissional 9
Blocos digitais
21 2 210 1024
2 11
2 4 2 2048
23 8 212 4096
4 13
2 16 2 8192
25 32 214 16384
6 15
2 64 2 32768
Exemplo
29 2
1 14 2
0 7 2
1 3 2
1 1
O número binário é formado pelo quociente da ultima divisão e os restos das divisões
sucessivas da direita para a esquerda: 2910 = 111012.
Observação
Todo número decimal par, ao ser convertido para binário, termina em zero. Por outro
lado, todo o número decimal ímpar ao ser convertido para binário, termina em um.
0 0 11 B 22 16
1 1 12 C 23 17
2 2 13 D 24 18
3 3 14 E 25 19
4 4 15 F 26 1A
5 5 16 10 27 1B
6 6 17 11 28 1C
7 7 18 12 29 1D
8 8 19 13 30 1E
9 9 20 14 31 1F
10 A 21 15 32 20
Exemplo
Converter 1A816 em decimal.
Exemplo
12412 16
12 775 16
7 48 16
0 3
0 0000 8 1000
1 0001 9 1001
2 0010 A 1010
3 0011 B 1011
4 0100 C 1100
5 0101 D 1101
6 0110 E 1110
7 0111 F 1111
Pela tabela é possível observar que a cada código hexadecimal correspondem quatro
dígitos binários. Desse modo, para converter cada algarismo ou letra do número
hexadecimal no número binário correspondente. Esse número binário terá quatro
dígitos.
Exemplo
Converter o número FACA16 para binário.
Dígitos hexadecimais F A C A
Dígitos binários 1111 1010 1100 1010
Observação
Se não for possível formar um grupo de 4 bits, completa-se o grupo com zeros, ou
seja: 10011, por exemplo, daria 00010011.
Exemplo
Converter 1010011012 para o sistema hexadecimal
Na numeração hexadecimal não existe o número 13; em seu lugar usa-se a letra D.
Portanto, o resultado da conversão será: 1010011012 = 14D16.
Adição
A operação de adição de números binários é idêntica à do sistema decimal. O sistema
binário, como já sabemos, possui apenas dois algarismos: 0 e 1. Para a realização da
soma, existem as seguintes condições
0+0=0
1+0=1
0+1=1
1 + 1 = 0 e vai 1 = 10 (um, zero)
Observação
Na condição 1 + 1 = 10 (um, zero) está exemplificada a regra de transporte na qual 1
é transportado para a coluna seguinte, ou seja, “vai um”.
Por exemplo, a soma de 1102 + 1012, de acordo com essas regras é realizada do
seguinte modo:
1*
1 1 0 +
1 0 1
1 0 1 1
* Transporte ou vai-um.
Subtração
O processo de subtração binária é igual ao de subtração decimal. As regras da
subtração binária são:
0-0=0
1-1=0
1-0=1
0 - 1 = 1 e “empresta um”
Observação
Na condição 0 - 1 = 1 está exemplificada a regra de transporte na qual 1 é
emprestado da coluna seguinte.
1 1 02
1 02 −
1 0 02
→ transporte ou empréstimo de 1.
Exemplo
Subtrair 01112 de 00102
1 0 0 0 → (complemento de 0111)
0 0 1 0 +
1 0 1 0 0101 (complemento de 1010)
Exemplo
Subtrair 01012 de 11012.
1 1 0 12
− 1 0 0 12 Complemento de 1 de 0110
1 0 1 1 0
↓
vai-um
Observação
Se o subtraendo tiver menos dígitos do que o minuendo, deve-se completar com
zeros as posições que faltarem antes de completar o subtraendo. Por exemplo:
1 0 0 1 12 1 0 0 1 12 1 1 1
− 0 1 12 − 0 0 0 1 12 1 0 0 1 12
− 1 1 1 0 02
1 0 1 1 1 1
1 0 0 1 12 1910
− 0 1 12 − 310
1 0 0 0 02 1610
Exemplo
Efetuar a seguinte subtração: 11012 - 01102
1 0 0 1 ← complemento 1 do subtraendo
+ 1
1 0 1 0 ← complemento de 2 do subtraendo
1 1 0 1 ← minuendo
1 0 1 0 ← complemento de 2 do subtraendo
( 1) 0 1 1 1
Multiplicação
A multiplicação de números binários é feita do mesmo modo como no sistema decimal,
ou seja:
0.0=0
0.1=0
1.0=0
1.1=1
Exemplo
Multiplicar 110102 . 102
1 1 0 1 02 26
. 1 02 .2
0 0 0 0 0 5210
1 1 0 1 0
1 1 0 1 0 02
Exercícios
1. 1001 =
2. 1111 =
3. 01001 =
4. 10100110 =
5. 00101000 =
6. 11000 =
7. 10 =
8. 11011101 =
9 124 =
10. 999 =
11. 249 =
12. 256 =
13. 1027 =
14. 82 =
15. 128 =
16. 19 =
Exercícios
1. 2F =
2. 6B =
3. C36 =
4. B5D =
5. 4AB =
1 124 =
2. 999 =
3. 249 =
4. 256 =
5. 1027 =
Exercícios
1. 2F =
2. 6B =
3. C36 =
4. B5D =
5. 4AB =
1. 1101101111001 =
2. 1011001010 =
3. 1011110001 =
4. 111101010 =
5. 11111111001001 =
Operações aritméticas
com binários
Exercícios
1. 10011 + 110 =
2. 1010 + 1010 =
3. 0111 + 1 =
4. 11101010 + 01011101 =
5. 10110110 + 01001001 =
6. 100111 - 1010 =
7. 1011 - 1001 =
8. 10111001 - 10011100 =
9. 0110 - 11 =
A partir deste momento, vamos começar a estudar os circuitos digitais. Antes, porém,
serão apresentados conceitos básicos que você deverá aprender a fim de
compreender melhor o funcionamento desse tipo de circuito. Eles são: estados ou
níveis lógicos, funções lógicas e operações lógicas.
Em sistemas digitais, trabalha-se com dois estados ou níveis lógicos, pois a eletrônica
digital apoia-se no princípio da lógica que considera uma proposição verdadeira ou
falsa.
Assim, um ponto qualquer do circuito digital pode assumir apenas um de dois estados:
• Ligado ou desligado
• Alto ou baixo
• Fechado ou aberto
• Saturado ou cortado
• Com pulso ou sem pulso
• Excitado ou desexcitado
Função lógica
A função lógica (f) é uma variável dependente e binária. Seu valor é o resultado de
uma operação lógica em que se relacionam entre si duas ou mais variáveis binárias.
Convenção
A e B - variáveis independentes (de entrada)
Y ou S - variável dependente (de saída)
Operações lógicas
Essas operações, nos circuitos ou sistemas lógicos, são efetuadas por blocos
denominados portas lógicas.
Porta lógica é qualquer arranjo físico capaz de efetuar uma operação lógica. As portas
lógicas operam com números binários, ou seja, com os dois estados lógicos 1 e 0.
Porta E
A função E é aquela que assume o valor 1 quando todas as variáveis de entrada
forem iguais a 1; e assume o valor 0 quando uma ou todas as variáveis de entrada
forem iguais a 0.
Observação
O ponto (.) é uma função lógica e lê-se e.
Convenção
Chave aberta = 0
Chave fechada = 1
Lâmpada apagada = 0
Lâmpada acesa = 1
B A Y B A Y
Os símbolos ou blocos lógicos para a porta E são mostrados a seguir. Observe as duas
variáveis de entrada A e B e a saída Y.
Muitas vezes, um circuito lógico tem três variáveis, ou seja, uma porta E de três
entradas (A, B e C) e uma saída (Y). Neste caso, a operação será expressa assim:
A . B . C = Y ou Y = A . B . C.
Observação
É possível construir uma porta E de três entradas empregando duas portas E de duas
entradas. A ilustração a seguir mostra o diagrama de blocos lógicos da porta E de
três entradas bem como seu circuito elétrico equivalente.
Porta OU
A função OU é aquela que assume valor 1 quando uma ou mais variáveis de entrada
forem iguais a 1; e assume o valor 0 quando todas as variáveis de entrada forem
iguais a 0.
A operação OU, executada pela porta OU (“OR” em inglês) é a soma lógica de duas
ou mais variáveis binárias. Essa operação é expressa do seguinte modo: Y = A + B.
Observação
O símbolo (+) nesta expressão significa OU.
Convenção
Chave aberta = 0
Chave fechada = 1
Lâmpada apagada = 0
Lâmpada acesa = 1
Observe, nas tabelas, como a saída do circuito OU é ativada quando pelo menos uma
ou todas as chaves estiverem fechadas.
Observação
É possível construir uma porta OU de três entradas utilizando duas portas OU de duas
entradas.
C B A Y C B A Y
Porta NÃO
A função NÃO, ou função complemento, ou ainda, função inversora é a que inverte o
estado da variável de entrada. Se a variável de entrada for 1, ela se tornará 0 na saída.
Se a variável de entrada for 0, ela se tornará 1 na saída.
A operação lógica inversão é realizada pela porta lógica NÃO (“NOT” em inglês). Ela
consiste em converter uma dada proposição em uma proposição a ela oposta. E
expressa da seguinte maneira: Y = A
Essa expressão é lida da seguinte forma: saída Y é igual a não A pois o traço sobre o A
significa não. Para o A pode-se dizer também A barrado ou A negado.
Veja a seguir o circuito elétrico equivalente a uma porta NÃO e seus símbolos lógicos.
A lâmpada Y acenderá (1) quando a chave A estiver aberta (0). Quando a chave A
estiver fechada (1), a lâmpada não acenderá.
A Y A Y
aberta acesa 0 1
fechada apagada 1 0
Em uma expressão, quando o traço estiver sobre uma variável, somente esta variável
é negada. Por exemplo, na expressão A B = Y, somente a variável A é negada.
Entrada Y
A B A+B A +B
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 1 0
D - Faça o diagrama de blocos das expressões abaixo com portas lógicas básicas
utilizando simbologia ABNT e ASA e monte suas respectivas tabelas verdade.
1. Y = A . B
2. Y = A + B
3. Y = AB
4. Y = ( A B) + (A B )
5. Y = AB + AB C
6. Y = ( A + B ) . (C + D )
Construir tabelas-verdades
de portas básicas
Para melhor fixar estas informações, neste ensaio você vai construir tabelas-verdades
das portas NÃO, E, OU.
Equipamento:
• Treinador eletroeletrônico.
Procedimento
1. Monte o circuito abaixo.
Vamos iniciar esse estudo por alguns conceitos da álgebra de Boole e que são
necessários ao estudo da lógica digital. Para isso, é preciso ter conhecimentos
anteriores sobre portas lógicas básicas e construção de tabela-verdade.
Álgebra de Boole
A álgebra booleana opera com variáveis que só podem assumir dois valores lógicos,
usando para isso números binários. Assim, por exemplo, tanto a variável A, como a B e
a Y podem assumir os valores 0 ou 1.
A álgebra booleana é aplicada aos sistemas digitais que também trabalham com dois
estados ou níveis lógicos. Assim, para operar matematicamente dentro dos princípios
da álgebra booleana, basta associar o valor binário 1 a um dos estados lógicos e o
valor binário 0 ao outro estado.
A B Y (A . B)
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Lembre-se de que a porta E pode ter duas ou mais entradas e terá sempre uma única
saída. Essa saída terá o estado 1 somente quando todas as entradas tiverem o estado
1.
Propriedades da operação E
As propriedades da operação E e as respectivas expressões booleanas são as
seguintes:
• Associativa: A (BC) = (AB) C
• Comutativa: AB = BA
• Distributiva: A + (BC) = (A + B) (A + C)
Y Y
A B C (B . C) A (BC) (A . B) (AB) C
0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0
1 0 1 0 0 0 0
1 1 0 0 0 1 0
1 1 1 1 1 1 1
Observação
As colunas dos resultados ou saída (Y) apresentam, linha por linha, os mesmos
valores. Isso prova que A (BC) = (AB) C.
Identidades básicas
A operação E possui as seguintes identidades básicas:
a) A . 0 = 0
b) A . 1 = A
c) A . A = A
d) A . A = 0
Observação
É o postulado da multiplicação lógica que determina as regras da multiplicação
booleana, ou seja:
a) (A) . (B) = (Y)
b) 0 . 0 = 0
c) 0 . 1 = 0
d) 1 . 0 = 0
e) 1 . 1 = 1
A.0=0 Postula-se que todo número multiplicado por 0 (zero) é igual a 0 (zero).
Temos assim as seguintes possibilidades:
A=0→ 0 . 0 = 0
A=1→ 1 . 1 = 1
Portanto: A . 1 = A
Se A = 0 → 0 . 0 = 0
A=1→ 1 . 1 = 1
Portanto, A . A = A
Se A = 0 e A = 1 → 0 . 1 = 0
A=1e A =0→ 1 . 0 = 0
Portanto: A . A = 0
A B Y ( A + B)
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 1
A porta OU pode ter duas ou mais entradas e uma só saída. Essa saída terá o estado 1
quando pelo menos uma ou todas as entradas tiverem o estado 1.
Propriedades da operação OU
As propriedades da operação OU e as respectivas expressões booleanas são as
seguintes:
• Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
• Comutativa: A + B = B + A
• Distributiva: A (B + C) = AB + AC
Y1 Y2
A B C (B + C) A (B + C) A.B A.C AB + AC
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 1 1 1 0 1 1
1 1 0 1 1 1 0 1
1 1 1 1 1 1 1 1
Observação
As colunas dos resultados ou saídas apresentam, linha por linha, os mesmos valores.
Isso prova que: A (B + C) + AB + AC
Identidades básicas
A operação OU possui as seguintes identidades básicas:
a) A + 0 = A
b) A + 1 = 1
c) A + A = A
d) A + A = 1
Observação
O postulado da adição determina as regras de adição dentro da álgebra booleana.
(A) + (B) = (Y)
a) 0 + 0 = 0
b) 0 + 1 = 1
c) 1 + 0 = 1
d) 1 + 1 = 1
a) A + 0 = A As possibilidades são:
(A) + (B) = (Y)
Se A = 0 0 + 0 = 0
A=1 1 + 0 = 1
O resultado será, portanto, sempre A.
b) A + 1 = 1
(A) + (B) = (Y)
Se A = 0 0 + 1 = 1
A=1 1 + 1 = 1
O resultado será sempre 1. Portanto, A + 1 = 1
c) A + A = A
(A) + (B) = (Y)
Se A = 0 0 + 0 = 0
A=1 1 + 1 = 1
Conclui-se que ao efetuar a soma lógica da mesma variável, o resultado será essa
mesma variável.
Operação inversão
A operação lógica inversão ou negação ou complementação consiste em converter
uma proposição dada numa proposição a ela oposta.
A Y (A)
0 1
1 0
A operação inversão, executada pela porta NÃO, tem apenas uma entrada e uma
saída. A saída terá o estado 1 quando a entrada for 0, pois a negação ou oposto de 1 é
0.
Identidades básicas
As identidades básicas da operação NÃO são:
(A) (B) (Y)
a) A + A = 1
b) A . A = 0
c) A = A
Observação
Ao complemento de A, chamamos A (lê-se: não A ou A barrado).
Desse modo, temos:
A=0 A =1
A=1 A =0
a) A + A = 1
(A) (B) = (Y)
Se A = 0 e A = 1 → 0 + 1 = 1
A=1e A =0→ 1 + 0 = 1
Portanto, A ou A = 1
b) A . A = 0
(A) (B) = (Y)
Se A = 0 e A = 1 0 . 1 = 0
A=1e A =0 1 . 0 = 0
Portanto, A e A = 0
c. A = A (não não A = A)
Se A = 0 A = 1; então A = 0
Portanto A = A
Ou, A = 1 → A = 0, donde: A = 1
Portanto, A = A.
Entrada Saída
A B (A . B) ( A .B)
0 0 0 1
0 1 0 1
1 0 0 1
1 1 1 0
A porta NÃO E como outros blocos lógicos pode ter duas ou mais entradas. É uma
porta amplamente usada em sistemas digitais e é considerada a porta universal.
Observação
É possível obter um circuito NÃO E de várias entradas. Para isso, basta ligar as
entradas em paralelo de modo que elas constituam uma única entrada, conforme
mostra a ilustração a seguir.
Porta NÃO OU
Quando se conecta um inversor à saída de uma porta OU, obtemos uma porta NOU
(“NOR” em inglês). O diagrama de blocos a seguir indica como é formada uma porta
NOU.
Entrada Saída
A B (A + B) (A +B)
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 1 0
A operação NÃO OU resulta verdadeira (1) quando todas as variáveis de que dependa
são falsas (0).
Entrada Saída
A B Y
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Com essa expressão booleana, pode ser desenvolvido um circuito lógico usando
portas E, OU e inversores.
Este circuito executa a função lógica XOU. A entrada A e a entrada B são submetidas
juntas e exclusivamente a uma operação OU.
Entrada Saída
A B A ⊕ B A ⊕B
0 0 0 1
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
Enquanto a porta XOU é um detector de número ímpar de uns, a porta XNOU detecta
números pares de uns. A porta XNOU produzirá uma saída 1 quando um número par
de uns aparecer nas entradas.
Observe como uma saída da porta XOU é invertida, dando a função NOU-
EXCLUSIVO.
A - Desenhe o símbolo lógico da porta NÃO E com duas variáveis de entrada utilizando
simbologia ABNT e ASA e monte sua respectiva tabela verdade.
A - Faça o diagrama de blocos das expressões abaixo com portas lógicas básicas e
derivadas utilizando simbologia ABNT e ASA.
1. Y = AB
2. Y = AB + DC
3. Y = ( AB ) . (DC )
4. Y = A + B + C
5. Y = AB + DC
6. Y = ABC + DEF
7. Y = A + B + C
8. Y = AB ⊕ DE
A Y
0 1
NÃO 1 0
Y= A
A B Y
0 0 1
Y = A.B 0 1 1
NÃO E
Y= A + B 1 0 1
1 1 0
A B Y
0 0 1
NÃO Y= A +B 0 1 0
OU Y= A . B 1 0 0
1 1 0
A B Y
0 0 0
0 1 1
OU
Y=A ⊕ B 1 0 1
EXCLU 1 1 0
Y = A B + AB
SIVO
A B Y
0 0 1
NÃO 0 1 0
OU Y = A ⊕B 1 0 0
EXCLU Y = AB + A B 1 1 1
SIVO
53
54
Blocos Digitais
Construir tabelas-verdades
de portas derivadas
Neste ensaio, você vai estudar o comportamento das portas lógicas derivadas. Para
isso, vai implementar seus circuitos correspondentes e construir as respectivas
tabelas-verdades.
Equipamento:
• Treinador eletroeletrônico.
Procedimento
1. Com o auxílio do treinador eletroeletrônico, monte o circuito a seguir e construa a
tabela-verdade correspondente.
Implementar
circuitos lógicos
Neste ensaio, você vai implementar circuitos lógicos a partir de expressões algébricas
booleanas.
Equipamento:
• Treinador eletroeletrônico.
Procedimento
1. Com o auxílio do treinador eletroeletrônico, monte o circuito descrito pela
expressão abaixo.
A+B.B+A
Circuitos aritméticos
Nesta unidade, estudaremos a família dos circuitos aritméticos que realizam operações
de soma, subtração e comparação. As operações de multiplicação e divisão não serão
estudadas porque são realizadas a partir das operações de soma e subtração.
Para estudar esta unidade com mais facilidade é necessário ter conhecimentos sobre
soma e subtração de números binários e blocos lógicos básicos.
Somadores
A adição de números binários em circuitos digitais é feita por blocos lógicos chamados
meio-somador e somador completo.
Meio-somador
O meio-somador, também conhecido como HA (do inglês “half adder”) é um bloco
lógico formado por portas XOU e e. Possui duas entradas A e B e duas saídas, uma
de soma (Σ) e outra de “vai um” (CO, do inglês “carry out”).
Entradas Saídas
0+0 0 0
0+1 1 0
1+0 1 0
1+1 0 1
Entradas Saídas
1 2 Σ CO
A B (soma) (vai-um)
0 0 0 0
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
Somador completo
O somador completo, ou FA (do inglês “full adder”) realiza a soma de números binários
que tenham mais de um algarismo.
Entradas Saídas
A B C Σ CO
1 0 0 0 0 0
2 0 0 1 1 0
3 0 1 0 1 0
4 0 1 1 0 1
5 1 0 0 1 0
6 1 0 1 0 1
7 1 1 0 0 1
8 1 1 1 1 1
A figura a seguir mostra um circuito formado por somadores ligados em paralelo. Ele
efetua a soma de dois números de quatro bits. Observe que o dígito menos
significativo pode ser feito com um circuito meio-somador, pois esse dígito não tem
“carry in” vindo do estágio anterior.
A = A3 A2 A1 A0
B = B3 B2 B1 B0
S = S3 S2 S1 S0
O circuito somador completo também pode ser construído a partir de dois circuitos
meio-somadores e uma porta OU. Esse circuito é mostrado a seguir.
Subtrator binário
Meio-subtrator
O circuito meio-subtrator ou HS (do inglês “half-subtractor”) faz a subtração de dois
algarismos binários. É um bloco formado por portas XOU e E e um inversor. Possui
duas entradas A (minuendo) e B (subtraendo) e duas saídas DI (diferença) e BO (do
inglês “borrow”, ou seja, empréstimo).
Entradas Saídas
A B DI BO
0 0 0 0
1 0 1 0
0 1 1 1
1 1 0 0
A saída DI (diferença) é feita por uma porta XOU A ⊕ B. Toda a vez em que houver
uma diferença entre A e B, a saída DI vai a 1. Quando resta diferença e o minuendo for
menor que o subtraendo (A < B), a saída BO (empréstimo) vai a nível lógico 1.
Subtrator completo
O subtrator completo também conhecido como FS (do inglês, “full subtractor”) é
utilizado para fazer a subtração dos números binários a partir do segundo dígito. No
primeiro dígito, utiliza-se um circuito meio-somador.
A B BIN DI BO
0 0 0 0 0
0 0 1 1 1
0 1 0 1 1
0 1 1 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 0
1 1 0 0 0
1 1 1 1 1
A figura a seguir mostra um circuito com quatro somadores completos construídos para
funcionar como um subtrator de quatro bits em paralelo. A idéia básica deste circuito
consiste em complementar o subtraendo. Isso é feito através dos inversores nas
entradas Bs e adicionando-se este complemento ao minuendo e ao transporte do
contorno.
Observação
Contorno é a saída CO do FA 8s que está ligada com a entrada CI de F0 1s.
O resultado desta adição será a diferença entre A1, A2, A3, A4 e B1, B2, B3, B.
Observação
Chamamos de palavra a um código binário de determinado comprimento (4, 8, 16 bits,
etc.).
M A B TE S TS
0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 1 0
0 0 1 0 1 0
0 0 1 1 0 1
Soma completa
0 1 0 0 1 0
0 1 0 1 0 1
0 1 1 0 0 1
0 1 1 1 1 1
1 0 0 0 0 0
1 0 0 1 1 1
1 0 1 0 1 1
1 0 1 1 0 1
Subtração completa
1 1 0 0 1 0
1 1 1 1 0 0
1 1 1 0 0 0
1 1 1 1 1 1
No circuito:
• A e B são as entradas dos algarismos;
• M é o modo de operação: nível 0 = soma; nível 1 = subtração;
• S é o resultado da operação realizada;
• TE é entrada de transporte: quando soma = CI; quando subtrai BI;
• TS é a saída de transporte: quando soma = CO; quando subtrai = BO.
Comparador de magnitude
Ele é utilizado em circuitos lógicos para comparar dois valores binários. Possui três
saídas pelas quais indica se o valor comparado é igual, maior ou menor que o valor
estabelecido como padrão. Essas saídas são: A > B; A < B; A = B.
Célula de comparação
Chama-se célula de comparação a um comparador de magnitude que compara um bit
da entrada A com um bit da entrada B.
Entradas Saídas
A B A>B A=B A<B
0 0 0 1 0
0 1 0 0 1
1 0 1 0 0
1 1 0 1 0
A>B A. B
A=B AB + A . B = A ⊕ B
A<B A .B
Das três saídas, somente uma de cada vez vai a nível lógico 1.
Veja a seguir, um circuito de uma célula de comparação formada por portas lógicas.
A figura a seguir mostra um comparador de magnitude de três bits formado por três
células de comparação e um arranjo de portas lógicas básicas para indicar a
comparação feita pelas células comparadoras.
Note que a comparação é feita a partir do bit mais significativo, isto é, primeiro
compara-se A2 com B2. Caso não haja igualdade, uma das saídas (A >B ou A < B)
fornece nível lógico 1 em sua saída e ativa a porta OU correspondente.
Caso haja uma igualdade no bit mais significativo, a saída A = B deste bit fornece nível
lógico 1, permitindo a comparação do segundo bit. Se não houver igualdade, uma das
portas E ligada às saídas A > B ou A < B é ativada e ativará a porta OU
correspondente.
Caso haja uma igualdade no segundo bit, sua saída A = B fornecerá nível lógico 1,
permitindo que seja feita a comparação no próximo bit e assim por diante.
A2 > B2 X X 1 0 0
A2 < B2 X X 0 1 0
A2 = B2 A1 > B1 X 1 0 0
A2 = B2 A1 < B1 X 0 1 0
A2 = B2 A1 = B1 A0 > B0 1 0 1
A2 = B2 A1 = B1 A0 < B0 0 1 0
A2 = B2 A1 = B1 A0 = B0 0 0 1
Observação
Na prática, utilizamos CIs comparadores de magnitude que comparam quatro ou cinco
bits, tornando mais simples a construção de comparadores. Com esses CIs, é possível
fazer ligações em cascata para a comparação de palavras maiores.
Circuitos combinatórios
Você já sabe que os circuitos lógicos correspondem a equações booleanas que, por
sua vez, são extraídas da tabela-verdade.
Teoremas de De Morgan
Teorema 1
O complemento do produto é igual à soma dos complementos. Ou seja:
A .B = A +B .
A B A B A.B A .B A+B
0 0 1 1 0 1 1
0 1 1 0 0 1 1
1 0 0 1 0 1 1
1 1 0 0 1 0 0
Este teorema pode também ser deduzido pela equivalência entre blocos lógicos, como
por exemplo:
A . B (porta NE) ← → A + B (porta OU)
Teorema 2
O complemento da soma é igual ao produto dos complementos.
A +B = A . B
Generalizando:
Observação
Entende-se por expressão booleana de termos mínimos, a expressão booleana
resultante da soma de produtos. Expressão booleana de termos máximos é aquela
que resulta do produto das somas.
Equações lógicas
A B Y
1 0 0 0
2 0 1 1 A .B
3 1 0 1 A. B
4 1 1 0
A B Y
1 0 0 0 A . B
2 0 1 1
3 1 0 1
4 1 1 0 A.B
Agora você já sabe que as expressões booleanas podem ser tiradas de duas
maneiras:
• A partir dos uns de saída (termos mínimos ou soma de produtos).
• A partir dos zeros (termos máximos ou produto da soma).
A B C Y
1 0 0 0 1
2 0 0 1 1
3 0 1 0 1
4 0 1 1 1
5 1 0 0 0 1º termo A . B . C = Y
6 1 0 1 1
7 1 1 0 1
8 1 1 1 0 2º termo A . B . C = Y
1º termo 2º termo
Y = (A . B . C ) + (A . B . C)
( )
Y = A . B . C + (A . B . C )
Y = ( A + B + C) . ( A + B + C )
Exemplo
No setor de operação de uma empresa, um alarme deverá disparar toda a vez que
ocorrer uma das seguintes situações:
• Faltar energia elétrica, o gerador auxiliar não entrar em funcionamento e as luzes
de emergência não acenderem; ou
• Faltar energia elétrica, o gerador auxiliar funcionar e as luzes de emergência não
acenderem; ou
Observação
Lembre-se de que os passos a serem seguidos para resolver um problema lógico são:
• A elaboração da tabela-verdade;
• A extração da equação lógica;
• A execução do circuito ou diagrama de blocos lógicos.
Para elaborar a tabela verdade deste problema, observamos que há três variáveis a
considerar:
• A energia elétrica (A);
• O gerador auxiliar (B);
• As luzes de emergência (C).
A tabela resultante é:
A B C Y
1 0 0 0 0
2 0 0 1 0
3 0 1 0 1
4 0 1 1 1
5 1 0 0 1
6 1 0 1 0
7 1 1 0 1
8 1 1 1 0
Observação
A saída Y = 1 é resultado das proposições dadas. Vejamos, por exemplo, a primeira
proposição: se faltar energia elétrica (1), o gerador auxiliar não entrar em
funcionamento (0), e as luzes de emergência não acenderem (0), o alarme disparará
(1). Tal situação está representada na linha 5 da tabela (100). As demais situações nas
linhas em que a saída for Y = 1.
Essa expressão, também chamada expressão canônica, pode ser representada pelo
diagrama de blocos de portas E e OU mostrado a seguir.
A expressão canônica que apresenta uma operação soma lógica (porta OU) como
principal, é chamada de soma de produtos.
Como vimos antes, a expressão booleana pode também ser extraída a partir dos
resultados Y = 0. A expressão assim obtida será um produto de somas. No caso do
exemplo apresentado, a tabela-verdade apresenta Y = 0 nas linhas 1, 2, 6 e 8.
A B C Y
1 0 0 0 0 A .B. C
2 0 0 1 0 A .B. C
3 0 1 0 1
4 0 1 1 1
5 1 0 0 1
6 1 0 1 0 A. B .C
7 1 1 0 1
8 1 1 1 0 A.B.C
Embora essa expressão se apresente de forma diferente (produto das somas) daquela
extraída pelos resultados Y = 1 (soma dos produtos), ambas são iguais, o que pode ser
comprovado por meio da tabela-verdade como é mostrado a seguir.
Y1 = A . B . C + A . B . C + A . B . C + A . B . C = Y2 = A + B + C . A + B + C . A + B + C . A + B + C
0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0
0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0
0 1 0 1 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1
0 1 1 1 0 0 0 1 0 0 1 1 1 1 1 1
1 0 0 0 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 1 1
1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0
1 1 0 0 0 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0
Teoremas de absorção
Esses teoremas podem ser demostrados de dois modos: pela tabela-verdade ou pela
aplicação de postulados, propriedades e teoremas da álgebra booleana.
Teorema 1 A (A + B) = A
Aplicando a propriedade distributiva, temos a expressão:
A [1 . (1 + B)] = A
Teorema 2 A+A.B=A
Aplicando a tabela-verdade, provamos que A + A . B = A
A B A.B A + AB
0 0 0 0
0 1 0 0
1 0 0 1
1 1 1 1
Teorema 3 A + AB = A + B
Pela propriedade distributiva, obtemos a equação:
A+ A .A+B=A+B
Teorema 4 A . ( A + B) = A . B
Empregando a tabela-verdade, obtemos:
A B A A +B A . ( A + B) A.B
0 0 1 1 0 0
0 1 1 1 0 0
1 0 0 0 0 0
1 1 0 1 1 1
Para que o circuito se torne mais prático, as expressões booleanas podem ser
simplificadas por meio de dois métodos:
• O método algébrico, que emprega os postulados, as propriedades, as identidades e
os teoremas da álgebra de Boole;
• O método prático que utiliza mapas para a simplificação.
Exemplo
Dada a expressão: Y= ABC ABC ABC ABC
+ + +
1 2 3 4
B B
BC BC BC BC
CD CD CD CD
AB
AB
AB
AB
A disposição das variáveis nas linhas horizontais e nas colunas pode ser feita em
qualquer combinação de variáveis. O que se deve observar é que de uma casa para
outra haja mudança em apenas uma variável. Por exemplo, na expressão com as
variáveis A . B . C . D:
• Nas linhas horizontais, qualquer combinação pode dar início à seqüência. Iniciamos
AB .
AB
AB mudamos a variável B para B
AB mudamos a variável A para A
AB mudamos a variável B para B
• Nas colunas, pode-se iniciar também por qualquer combinação; a cada coluna
muda-se apenas uma variável.
CD CD CD CD
A casa formada pela intersecção de uma coluna com uma linha corresponde a uma
combinação das variáveis de entrada, como acontece na tabela-verdade. Veja exemplo
abaixo.
A B C Y
0 0 0
0 0 1
0 1 0
0 1 1
1 0 0
1 0 1
1 1 0
1 1 1
C C
AB
AB ↓
AB C
AB →
110
AB
BC BC BC BC
A
A
BC BC BC BC
A 1 1
A 1 1 1
BC BC BC BC
A 1 0 0 1
A 1 1 0 1
Observação
O mapa poderá ser feito de outra forma, mas o resultado será o mesmo.
Observações
• Não deixar nenhum número 1 fora do laço; o mesmo número 1 pode fazer parte de
dois laços.
• A primeira e a última linhas do mapa, assim como a primeira e a última colunas
também são adjacentes. Verifique que os uns pertencentes à primeira e última
colunas estão unidos pelo mesmo laço.
• Não importa a maneira de enlaçar os uns, as respostas serão iguais e irão
satisfazer a tabela-verdade.
Observação
Há situações em que uma mesma variável pode assumir o nível 1 ou 0 sem influenciar
o estado de saída. Nesta situação, o estado da variável é irrelevante. Por exemplo, um
interruptor, ao ser ligado acende a lâmpada. Contudo, se a lâmpada estiver queimada,
tanto faz o interruptor estar ligado ou desligado: a lâmpada não acenderá.
A B Y
0 0 0
0 X 0
1 0 0
1 1 1
Convenção
A - lâmpada boa = 1
lâmpada queimada = 0
B - interruptor ligado = 1
Interruptor desligado = 0
Álgebra booleana
AA =Ø
A+0 = A
A+1 = 1
Função “OU”
A+A = A
A+ A =1
A+ A =1
Função “INVERSOR” A A =Ø
A =A
Propriedade associativa da “soma lógica” A +( B + C) =( A + B) + C
Propriedade associativa do “produto lógico” A (BC) = (AB) C
Propriedade comutativa da “soma lógica” A+B=B+A
Propriedade comutativa do “produto lógico” AB = BA
Propriedade distributiva da “soma lógica” A(B + C) = AB + AC
Propriedade distributiva do “produto lógico” A + (BC) = (A + B) (A + C)
A + B... = AB...
Teoremas de absorção A ⋅ ( A + B) = A
A + AB = A
A ⋅ ( A + B) = AB
A + AB = A + B
Exercícios
a. A + AB =
b. B B B =
c. ABC + AB C =
d. AC + BC =
e. (AA) (BB) =
f. AB =
g. ABC + D =
h. (A+ A ) (BC + B ) =
i. A + B + AB + BA =
j. A (B + B ) + A =
k. (AB + BC) + AC =
Exercícios
a)
A B Y
0 0 1
0 1 1
1 0 0
1 1 0
b)
A B Y
0 0 1
0 1 1
1 0 1
1 1 0
c)
A B C Y
0 0 0 1 ←
0 0 1 0
0 1 0 1 ←
0 1 1 0
1 0 0 1 ←
1 0 1 0
1 1 0 1 ←
1 1 1 0
d)
A B C Y
0 0 0 1 ←
0 0 1 1 ←
0 1 0 1 ←
0 1 1 0
1 0 0 1 ←
1 0 1 1 ←
1 1 0 0
1 1 1 0
e)
A B C D Y
0 0 0 0 1
0 0 0 1 0
0 0 1 0 1
0 0 1 1 0
0 1 0 0 0
0 1 0 1 0
0 1 1 0 0
0 1 1 1 0
1 0 0 0 1
1 0 0 1 0
1 0 1 0 1
1 0 1 1 0
1 1 0 0 0
1 1 0 1 0
1 1 1 0 0
1 1 1 1 0
Referências bibliográficas
SENAI-SP. Eletrotécnica: Mecânica Geral. Por Dirceu Della Coletta. São Paulo, 1990.