Você está na página 1de 35

Treinamento Operacional – Unidade Bom Retiro

Centrifugação e Secagem

Safra 2017 / 2018

Processos Industriais Corporativo


Centrifugação de Açúcar

O OBJETIVO DA CENTRIFUGAÇÃO É A SEPARAÇÃO DOS MÉIS OU LIQUOR MÃE QUE ENVOLVEM


OS CRISTAIS DE AÇÚCAR EM UMA MASSA COZIDA.
DE MANEIRA GERAL, A CAPACIDADE DE UMA CENTRÍFUGA ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA
À FORÇA CENTRÍFUGA (FORÇA “G”) APLICADA.
COM O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DAS CENTRÍFUGAS, A FORÇA G APLICADA NAS
MÁQUINAS FOI-SE ELEVANDO, VARIANDO AO QUADRADO DA ROTAÇÃO DAS MESMAS.

G = D . (rpm)^2 /1800 onde D= diametro (m)

G- REPRESENTA O Nº DE VEZES A FORÇA GRAVITACIONAL

CENTRÍFUGAS ATUAIS: 1000 < G < 1250

“ EM NENHUMA ETAPA DO PROCESSAMENTO, TANTO


AÇÚCAR PODE SER PERDIDO TÃO RAPIDAMENTE E
COM POUCO OU NENHUM AVISO”
Dr. JOHN PAYNE - 1992
Centrifugação

Objetivo:

Separação do mel e dos cristais de açúcar na massa cozida.

Centrífuga intermitentes (batelada) Centrífuga contínua 3


Centrifugação

Centrífugas continuas

 São utilizadas para massa B e C;

 Tempo de residência da massa na


centrifuga é pequeno e requer
altas velocidades;

 A centrifuga gira a velocidade


constante e é alimentada por um
“fio” contínuo de massa em uma
vazão constante.

4
Centrifugação

Centrífugas continuas
Princípio de Funcionamento:

5
Centrifugação
Centrífugas continuas
Válvula quebra torrões massa B - Centrifugas Kont’s Unidade Bonfim

- Equipamento desenvolvido e construído internamente na


Unidade.

Pontos Positivos - Elimina a operação abertura filtros para limpeza cesto.

- Retém e tritura torrões MB , evitando desgaste excessivo


telas centrifugas. 6
Centrifugação

Centrífugas continuas

Cesto Giratório

 Construído em aço inox, com 34º


de inclinação;

 O cesto está acoplado sobre o


cabeçote que lhe transmite a força
centrífuga.

Telas

 Construídas em aço níquel-cromo,


com furações de cerca de 0,09
mm, fixas na contratela.
7
Centrifugação

Centrífugas continuas
Sistema de Lavagem

 Sistema de bicos dispostos


sobre toda a superfície da tela;

 Tem finalidade de melhorar a


qualidade do açúcar;

 A regulagem de agua de
lavagem é feita através da
pureza do magma e mel final.

8
Centrifugação de Massa B

Aspectos Mecânicos-Operacionais
Estudos mostram que a elevação de pureza da ordem de 1pp podem ocorrer com as substituições de telas
(contínuas) em períodos superiores à 1 mês. Tal fato pode ser facilmente acompanhado e medido nas
unidades produtoras. O tempo de substituição das telas correspondem de certa forma com aos primeiros
sinais de saída do cromo das mesmas (sinais dourados na tela). Sugere-se que este tipo de
monitoramento deva ser feito, comparando-se as elevações de pureza x estado das telas.

(Proceedings ASSCT- White/Greig/Kirby)


Centrifugação

Centrífugas continuas
Transporte de Magma

 Mistura cristais de açúcar com


água, formando o magma, e o
conduz até a bomba;

 Controle do nível de magma


garante integridade do estator da
bomba;

 Controle da concentração de
magma favorece bombeamento;

DT 0002 – Empastamento de magma

10
Centrifugação
Centrífugas continuas

Periodicidade de limpeza da centrífuga

 Filtro de massa a cada 24 horas

 Sistema de alimentação e cesto a cada 8


horas
Uma vez por turno

A limpeza é importante para manter carga constante,


evitando a quebra de cristais por oscilações de
vazão de massa.

11
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)

Centrifuga normalmente utilizada


para centrifugação de massa A,
para produção de açúcar cristal,
demerara e VHP.

Capacidade de produção:

 Conteúdo do cesto (volume);


 Duração do ciclo;
 Conteúdo de cristais na
massa cozida.

12
Centrifugação
Centrífugas intermitentes (Batelada)
Princípio de Funcionamento:

13
Lavagem
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)


Ciclo:

Carregamento

Separação do mel
Lavagem do cesto
(Centrifugação)

Frenagem e Lavagem com


descarga água (Aceleração)

Lavagem com Tempo do ciclo:


vapor (Sem água
superaquecida)
 Tipo de centrifuga;
 Controle automático;
 Qualidade da massa;
 Qualidade do açúcar. 14
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)

Descarregador Automático

 A finalidade de retirar o açúcar retido


na tela e dirigi-lo à bica de jogo.

 É constituído de um eixo quadrado


com rosca interna está acoplada a
raspa.

15
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)

Sistema de Alimentação da Massa

 Válvula borboleta de acionamento


pneumático;

Cônico de Fechamento de Fundo

 Distribui a massa no cesto durante a


alimentação;

 Fecha o fundo do cesto durante a


centrifugação.

16
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)

Limitador de Carga
ou Apalpador:

 Controla a carga da camada de


massa no cesto,

 Comanda a abertura e
fechamento da válvula de
carga, com a qual está ligada
pneumaticamente em paralelo.

17
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)


Sistema de lavagem

 Parâmetros água de lavagem:


 Pressão = 7 a 10 Kgf/cm2
 Temperatura = 95 a 110ºC
 Turbidez = <3NTU


Aspecto visual = Límpida e incolor

 Deve-se verificar entupimento nos


bicos e posição das flautas;

 O espaçamento entre os bicos e a


distancia até a parede de açúcar deve
impedir a sobreposição dos leques,
evitando a formação de cavidades pela
dissolução do açúcar.

18
Centrifugação
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)


Lavagem com agua Superaquecida

Mistura de condensado e vapor: T > 110ºC e P: 7 a 10 Kgf/cm2.


Vantagens: Desvantagem:

 Efeito flash nos bicos:  Maior tendência de dissolução


Pulverização mais eficiente; de açúcar dos cristais;

 Temperatura constante;  Recomendável otimizar o


tempo de lavagem.
 Possibilidade de redução da
temperatura do açúcar;

 Redução do consumo de
vapor;

 Redução no tempo de
lavagem. 20
Centrifugação
Lavagem Deficiente de Açúcar

•Maior uso de ÁGUA!!

•Vibração Excessiva

•Maior geração de MEL!!


•Menor RECUPERAÇÂO de fábrica

•Lavagem Deficiente no
Fundo do Cesto
Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)


Ajustes Operacionais

 Ajuste mínimo de tempo para carregamento completo do


cesto com massa;

 Mínimo de açúcar no fundo e tela após descarga;

 Limpeza da tela da centrífuga;

 Vazamento e gotejamento de mel na bica de jogo;

 Checar que não exista vapor nos coletores de massa;

 Implementar rotina de alinhamento dos descarregadores


e ajustes das raspas;

 Manter fluxo constantes carga nas centrifugas;

 Ajustar tempo de lavagem para o mínimo possível.


22
Centrifugação
Descarga de açúcar – Raspadores pneumáticos
Centrifugação
Aspectos mecânicos e operacionais

Exemplo: Uma MAC1500 com restos de 1mm de açúcar em sua tela por
todo o cesto redissolve/recircula cerca de 3,0 kg de açúcar por ciclo.
(6000 sacos em uma safra de 200 dias)

 A implementação de centralizadores para o descarregamento permite


melhor raspagem das telas e menor uso de água de lavagem das telas e
da massa durante o ciclo

 Menor recirculação de açúcar


 Maior recuperação de fábrica
 Menor geração de méis

 Uso de bicos tipo Spraying/Bikos em detrimento dos bicões tipo MAUSA

 Uso de água superaquecida (105/110°C) para lavagem de massa

 Posição dos bicos / tempo de inicio da entrada de água


Centrifugação

Centrífugas intermitentes (Batelada)

Filtração da água de lavagem:

Recomenda-se a instalação de filtros


tipo cuno (Cartucho), com objetivo de
reter impurezas e evitar contaminação.
Elemento
filtrante
Parâmetros de qualidade da água: (Cartucho)

 turbidez < 3 NTU.


 Aspecto visual límpida ,
transparente e incolor.

25
Centrifugação
Centrífugas intermitentes (Batelada)

Muitas vezes a qualidade do açúcar depende de uma


centrifugação muito bem conduzida!

Quais são as condições para se


obter uma centrifugação
eficiente?

26
Secagem

Objetivo:

Reduzir a umidade do açúcar a um nível aceitável para a estocagem;

Manter a temperatura do açúcar na faixa de 35 a 40ºC para que não


ocorra amarelamento e empedramento do açúcar no período de
estocagem.

27
Secagem

Tipos de Secadores

Os mais utilizados são:

Secador de Tambor Rotativo ( Horizontal) Secador de Bandejas (Vertical)


28
Secagem

Processo de Secagem:

29
Secagem

Secador de Tambor Rotativo:

 Cilindro metálico horizontal


levemente inclinado - 5 a 7° - para
facilitar a progressão do açúcar,

 Aletas recolhem o açúcar e o deixa


cair em forma de cascata.

 Geralmente o açúcar caminha em


contra corrente com o ar.

 O corpo secador deve ser dividido em


2 partes: secagem e resfriamento.

30
Secagem

Lavador de gases:
Obs.: Para colunas de
aço carbono ou aço
inox, caldo clarificado
 O exaustor conduz gás e pó do centro
quente pode ser
do cilindro para a coluna lavadora. utilizado para lavagem.

 A coluna contém tubulações de


lavagem e uma câmara de separação
partículas/ar.

 A água com o açúcar diluído é


descarregada pela parte inferior do
lavador, retornando ao processo.

31
Secagem

Principais cuidados operacionais:

 Verificar o controle/vazão de ar quente no ventilador


do radiador;

 Verificar o controle de entrada de ar frio no exaustor


do secador - evitar arrastes de açúcar para o lavador
de pó;

 Verificar as condições das telas - evitar passagem de


açúcar para o rejeito;

 Verificar o Brix da água do lavador de pó;

 Verificar nível de água na bacia do lavador.

32
Secagem

Causas da temperatura elevada no ensaque:

 Vazão de ar do ventilador insuficiente;

 Vazão de ar do exaustor insuficiente;

 Tempo de retenção insuficiente - valor recomendado é


de 5 a 10 minutos;

 Cascateamento do açúcar no interior do secador rotativo


deficiente devido à distribuição e geometria das aletas;

 Temperaturas muito elevadas na alimentação do


secador;

 Tempo de lavagem com vapor nas centrifugas


excessivamente longo.

33
Dúvidas ?
34
OBRIGADO!
Airton Ignácio da Silva
E-mail: airton.silva@raizen.com
Telefone: (19)9 9822-5457

35

Você também pode gostar