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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CAMPUS DEP. JESUALDO CAVALCANTI BARROS


CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

FRANCEANE RODRIGUES NOBRE


KARLLOS EDUARDO DE LIMA FERREIRA
KEYLANE RODRIGUES DA SILVA
MARCOS BRASILINO HOLANDA
MARIA VITORIA MOREIRA GOMES

ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS E GEOLÓGICOS DO BRASIL: CLASSIFICAÇÃO


SEGUNDO AROLDO DE AZEVEDO E DE AZIZ AB’SABER

CORRENTE – PIAUÍ – BRASIL


2024
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ
CAMPUS DEP. JESUALDO CAVALCANTI BARROS
CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

FRANCEANE RODRIGUES NOBRE


KARLLOS EDUARDO DE LIMA FERREIA
KEYLANE RODRIGUES DA SILVA
MARCOS BRASILINO HOLANDA
MARIA VITORIA MOREIRA GOMES

ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS E GEOLÓGICOS DO BRASIL: CLASSIFICAÇÃO


SEGUNDO AROLDO DE AZEVEDO E DE AZIZ AB’SABER

Trabalho apresentado como um dos pré-requisitos


para avaliação de rendimento escolar na disciplina
de Geologia e Mineralogia do Solo no curso de
Bacharelado em Engenharia Agronômica.

Docente: Profª. Drª. Aglair Cardoso Alves

CORRENTE – PIAUÍ – BRASIL


2024
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................................................................4
2. Principais Geógrafos.......................................................................................................................5
2.1 Aroldo de Azevedo...........................................................................................................................5
2.2 Aspectos geomorfológicos do Brasil de Aroldo de Azevedo.............................................................6
2.3 Aziz Nacib Ab’Saber..........................................................................................................................6
2.4 Aspectos Geológicos do Brasil segundo Aziz Ab'Saber:..................................................................8
2.5 Jurandyr Ross (Depressões)............................................................................................................8
2.6 Fundamentação e classificação teórica: Aroldo de Azevedo e Aziz Ab'Saber.................................8
2.6 Comparação entre os aspectos de Azevedo e Ab'Saber...................................................................8
2.7 Exemplos de regiões brasileiras......................................................................................................9
3. Classificação de Aroldo de Azevedo (1940): Planícies e planaltos..................................................9
4. Classificação de Aziz Ab´Saber (1960): Planaltos e Planícies...........................................................9
5. Classificação de Jurandyr Ross (1990): Depressões......................................................................10
6. Conclusão.....................................................................................................................................11
7. Referências Bibliográficas:............................................................................................................12
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1. Introdução

A Geologia é a ciência que estuda o planeta terra, em sua origem, estrutura e


composição. Já a Geomorfologia seria o estudo do relevo (forma), focando em elementos da
superfície da terra. Nesse sentido, para obter tais formatos do relevo brasileiro, é preciso da
ação dos seus agentes modeladores, nos quais são divididos em dois grupos: Agentes internos
ou endógenos (provocados pelo calor do interior da terra, através de vulcanismo, tectonismo e
terremotos) e Agentes externos ou exógenos (modifica o relevo de forma mais lenta, através
de fatores intemperismo, vento água, entre outros). Com isso o relevo brasileiro é subdividido
em fatores de planícies, planaltos e depressões. Em síntese, perante ao século XIX, ocorreu
profundas mudanças no Brasil, tanto social e politicamente quanto em termos
geomorfológicos e geológicos. O processo de industrialização e expansão agrícola trouxe
alterações significativas nas paisagens, com desmatamento, urbanização e alterações nos
cursos d'água, impactando diretamente a geomorfologia e a geologia das áreas exploradas.
Dessa forma, Aroldo de Azevedo e Aziz Ab'Saber foram pioneiros na análise dessas
transformações, destacando os riscos de degradação ambiental e perda da biodiversidade
associados ao crescimento econômico desordenado. Suas pesquisas contribuíram para
aumentar a conscientização sobre a importância da preservação dos recursos naturais e da
promoção do desenvolvimento sustentável.
Os primeiros exploradores, principalmente portugueses, tinham como principal
objetivo a exploração econômica das terras recém-descobertas, como a extração de recursos
naturais, a produção agrícola e o estabelecimento de rotas comerciais. Até o ano de 1950, os
estudos sobre a geomorfologia no Brasil careciam de significativa relevância. Entretanto, a
partir da década de 1950, a geomorfologia brasileira experimentou uma marcante revolução
paradigmática. Isso se deu com a introdução da Teoria da Pediplanação, que veio
acompanhada de importantes mudanças no campo da geologia interna, especialmente no que
se refere à sedimentologia e à estratigrafia. Além disso, o surgimento de novas metodologias
de representação e coleta de dados contribuiu significativamente para esta ruptura
paradigmática. Nesse mesmo período, surgiram as primeiras instituições científicas no Brasil,
as quais desempenharam papéis fundamentais na pesquisa e no estudo da geologia e da
geomorfologia
A edificação da geomorfologia no Brasil durante os primeiros sete anos da década de
1950, foram conduzidas investigações regionais intensas com foco na origem por Fernando
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Flávio Marques de Almeida e Aziz Ab'Saber. Essas pesquisas foram impulsionadas por
avanços significativos na geologia, pela disseminação no país das pesquisas conduzidas por
franceses na África e, sobretudo, pela influência das reflexões de Lester King e Von Englen, a
partir de 1940, logo após o Congresso de Chicago, que analisou os estudos de Walter Penck
(ABREU, 1982).Um exemplo emblemático dessa época na geomorfologia brasileira foi a
dissertação de doutorado de Aziz Ab'Saber, intitulada Geomorfologia do contexto urbano de
São Paulo, apresentada em 1957 (AB'SABER, 2007), com orientação de Aroldo de Azevedo,
tendo Fernando Flávio Marques de Almeida como um dos examinadores. Essa obra assinala
uma mudança profunda e simultaneamente uma reformulação do modelo interpretativo do
relevo e de sua origem (CHRISSTOFOLETTI, 1980).
2. Principais Geógrafos

2.1 Aroldo de Azevedo


Aroldo de Azevedo (1910–1974) foi um proeminente geógrafo brasileiro conhecido
por suas contribuições para o estudo da geografia física do Brasil. Por conseguinte, Aroldo
Edgard de Azevedo veio ao mundo na localidade de Lorena, situada no estado de São Paulo.
Do lado do seu pai, possuía ancestralidade ligada a coronéis e políticos de tendências
conservadoras, os quais exerceram papel ativo durante o período imperial e detinham
considerável influência no vale do Paraíba paulista (CAMPOS, 2000). Dessa forma, ele é
lembrado por sua abordagem descritiva e regional da geografia brasileira. Ele foi pioneiro no
estudo dos diferentes aspectos físicos do Brasil, incluindo o relevo, o clima, a vegetação e os
recursos naturais.
Nos seus livros didáticos, percebia-se uma ênfase no rigor científico, acompanhado
por uma abundância de dados - nem sempre relevantes - voltados para os objetivos
tradicionais da geografia, como localização, enumeração e descrição dos aspectos
característicos das diversas regiões. Entretanto, essa abordagem não se alinhava com metas
educacionais mais amplas, tais como estimular o pensamento crítico, promover a criatividade
e preparar os alunos para o exercício da cidadania por meio da valorização da verdadeira
democracia e do respeito às diversidades culturais (CAMPOS, 2000).
Um de seus trabalhos mais conhecidos é "O Brasil", uma obra abrangente que analisa
a geografia física e humana do país. Nesta obra e em outros escritos, Azevedo descreveu e
analisou as características geográficas do Brasil de forma acessível e detalhada, fornecendo
uma base sólida para estudos posteriores na área.
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Figura 1, Fonte: GEOBRASIL (2019)


2.2 Aspectos geomorfológicos do Brasil de Aroldo de Azevedo

 Planaltos: são áreas elevadas com superfícies relativamente planas ou


suavemente onduladas, caracterizadas por altitudes variáveis e uma geografia diversificada.
Exemplo: Planalto Central Brasileiro, com suas vastas extensões e altitudes moderadas.
 Planícies e Terras Baixas: As planícies e terras baixas são regiões de relevo
suave e geralmente planas, frequentemente associadas a áreas costeiras ou aluviais. Exemplo:
Planície Costeira do Rio Amazonas, uma vasta área plana sujeita a inundações sazonais.
 Elevações Residuais: são formações elevadas que resistiram à erosão,
destacando-se em meio a áreas mais planas. Exemplo: Serra do Mar, uma cadeia montanhosa
que se estende ao longo da costa sudeste do Brasil.
 Chapadas: são extensões planas ou suavemente inclinadas em terrenos mais
elevados, frequentemente interrompidas por escarpas ou falésias. Exemplo: Chapada dos
Guimarães, um planalto elevado com formações rochosas impressionantes no estado de Mato
Grosso.
 Planaltos Residuais: são áreas elevadas que foram parcialmente erodidas,
deixando para trás formações residuais. Exemplo: Planalto das Guianas, uma vasta área de
relevo elevado na região norte do Brasil.
2.3 Aziz Nacib Ab’Saber
Aziz Nacib Ab'Saber, um eminente acadêmico brasileiro, nasceu em 24 de outubro
de 1924, na cidade de São Luís do Paraitinga, São Paulo, e veio a falecer em 16 de março de
2012, na cidade de São Paulo. Ele é notável por suas importantes colaborações no campo da
geomorfologia e geografia física do Brasil, sendo amplamente reconhecido por seus estudos e
pesquisas neste domínio.
Em 1941, Aziz ingressou na antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP,
durante seus primeiros anos de funcionamento, destacando-se em segundo lugar no vestibular
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para o curso de Geografia e História. Naquela época, a influência dos professores franceses
era significativa, e Aziz teve a oportunidade de estudar com Pierre Monbeig, Roger Dion,
Louis Papy e outros, o que lhe proporcionou uma sólida base humanística. Aos 23 anos, em
1947, recém-formado, publicou seu primeiro trabalho intitulado "Geomorfologia da região do
Jaraguá" nos Anais da Associação dos Geógrafos Brasileiros. A partir desse momento, iniciou
uma notável carreira como docente e pesquisador, produzindo mais de 400 trabalhos. Em
2011, esses trabalhos foram compilados e publicados em um único volume, acompanhado por
um CD, pela Editora Becca de São Paulo, sob o título "A obra de Aziz Nacib Ab’Sáber"
(SILVA et al., 2013).
Além de suas contribuições acadêmicas, ele foi uma figura influente na formulação
de políticas ambientais no Brasil, defendendo a preservação de áreas naturais e o uso
sustentável dos recursos naturais. Ele também foi um crítico ativo das políticas de
desenvolvimento que negligenciavam os aspectos ambientais e sociais. Com isso, ao longo de
sua carreira, recebeu diversos prêmios e honrarias, tanto no Brasil quanto internacionalmente,
em reconhecimento ao seu trabalho excepcional no campo da geografia e da geologia. Sua
obra continua a inspirar estudantes e pesquisadores interessados na compreensão e
preservação do ambiente natural brasileiro.
Um dos trabalhos mais conhecidos de Aziz Ab'Saber é "Os Domínios de Natureza no
Brasil: Potencialidades Paisagísticas". Esta obra é considerada uma referência importante no
estudo da geografia física do Brasil, onde ele explora e classifica as diferentes regiões naturais
do país. Este livro é amplamente reconhecido por sua contribuição para o entendimento da
diversidade ambiental do Brasil e sua importância para a conservação e gestão sustentável dos
recursos naturais.

Figura 2, FONTE: ACADÊMIA BRASILEIRA


DE CIÊNCIAS (S.D.)
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2.4 Aspectos Geológicos do Brasil segundo Aziz Ab'Saber:

 Bacias de Sedimentação: ele reconheceu as bacias de sedimentação como


regiões onde houve o acúmulo de sedimentos ao longo de vastos períodos geológicos. Estas
bacias desempenham um papel essencial na compreensão da história geológica do Brasil,
representando áreas de significativa importância econômica devido à presença de recursos
minerais e petrolíferos.
 Núcleos Rochosos: são áreas compostas por rochas antigas e firmemente
consolidadas, tais como granitos e gnaisses. Diante disso, destacou a relevância dessas
estruturas na configuração do relevo brasileiro, sendo responsáveis pela formação de áreas
montanhosas e planaltos.
 Relevo Tectônico: Regiões de relevo tectônico são caracterizadas por
dobramentos e falhas geológicas recentes, resultantes de movimentos tectônicos. Ele salientou
a influência dessas estruturas na formação de relevos abruptos e montanhosos, especialmente
na região Sudeste do Brasil.
 Plataformas Submersas: As plataformas submersas são prolongamentos da
crosta terrestre que se estendem para além da linha costeira. Diante disso, ele reconheceu a
importância dessas estruturas na formação de áreas costeiras e na modelação do litoral
brasileiro.
2.5 Jurandyr Ross (Depressões)

 Amazônia ocidental, Sertaneja e são Francisco


 Tocantins
 Marginal Norte – Amazônica
 Marginal Sul – Amazônica

2.6 Fundamentação e classificação teórica: Aroldo de Azevedo e Aziz Ab'Saber


É notório destacar, que a base conceitual de Aroldo de Azevedo na geomorfologia do
Brasil se fundamenta em uma análise morfológica e descritiva do terreno. Ele se sobressaiu
por suas minuciosas investigações das configurações do terreno e dos fenômenos
geomorfológicos que as influenciaram, agregando substancialmente ao conhecimento da
variedade do relevo brasileiro. Alguns dos pontos centrais de sua base teórica compreendem:
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 Ênfase nas Formas de Relevo: Azevedo dava importância à observação e


análise minuciosa das configurações do terreno presentes em diversas áreas do Brasil. Ele
categorizava o relevo levando em consideração suas características morfológicas,
identificando unidades geomorfológicas distintas e procurava reconhecer e designar as
diversas configurações do relevo com base em sua aparência e estrutura.
 Contribuições para a Classificação do Relevo Brasileiro: Através de suas
pesquisas e obras, Aroldo de Azevedo desenvolveu uma classificação detalhada do relevo
brasileiro, categorizando-o em diferentes unidades morfológicas, como planaltos e planícies
(BASTOS et al., 2015).
Por conseguinte, conforme Ab'Saber (1970), o território brasileiro se estende em
escala continental, sendo geologicamente caracterizado por regiões compostas por antigas
plataformas ou porções de escudos expostos, além de bacias sedimentares paleomesozoicas
que foram elevadas a diversos níveis altimétricos (BASTOS et al.,2015). Nesse contexto, sua
obra é vasta e influente, e sua abordagem interdisciplinar permitiu uma compreensão mais
profunda da relação entre os processos geomorfológicos e as características físicas, biológicas
e sociais do país. Nesse sentido, sua fundamentação teórica na geomorfologia brasileira
geralmente inclui os seguintes aspectos:
 História Geomorfológica: a pesquisa de Ab'Saber se concentrou na evolução
geomorfológica do Brasil, isto é, na maneira como as características do relevo nacional se
desenvolveram ao longo das eras geológicas. Ele explorou as transformações na topografia e
os fenômenos responsáveis por sua formação, desde os estágios mais remotos da geologia até
os processos contemporâneos. Assim, na década de 1960, ele introduziu no contexto brasileiro
a ideia de domínio morfoclimático (BASTOS et al., 2015).
 Dinâmica Geomorfológica: ele categorizou a paisagem em diversas
tipologias, abrangendo desde bacias sedimentares até plataformas continentais, destacando a
influência das formações geológicas na configuração do terreno. Sua metodologia é
profundamente analítica e interpreta as características da paisagem considerando os processos
geológicos subjacentes, como movimentos tectônicos, erosão e sedimentação. Assim, sua
categorização dos relevos brasileiros esteve subdividida em seis domínios morfoclimáticos
que integravam a vegetação predominante, o clima, as características do relevo e as formações
superficiais (solos): domínio dos Planaltos Tropicais, cobertos por cerrados em duas estações;
domínio das Zonas Montanhosas Tropicais Úmidas ou das Florestas Montanas
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extensivamente arborizadas; domínio das Áreas Depressivas Semiáridas; domínio dos


Planaltos Subtropicais; e domínio das Planícies Costeiras Equatoriais (BASTOS et al., 2015).

2.6 Comparação entre os aspectos de Azevedo e Ab'Saber


I. Pontos de Convergência:
 Reconhecimento da relevância das estruturas geológicas: ambos enfatizam a
importância das estruturas geológicas na modelagem do relevo brasileiro. Ambos concordam
que as características geológicas do país desempenham um papel crucial na formação da
paisagem.
 Enfatização da diversidade geomorfológica: Ambos os autores ressaltam a
diversidade geomorfológica do Brasil, reconhecendo a existência de uma variedade de tipos
de relevo e paisagens em todo o território nacional. Eles categorizam o relevo em diferentes
classes e buscam descrever e explicar as características de cada uma.
 Contribuições para o avanço do conhecimento em geomorfologia e geologia do
Brasil: Tanto um quanto outro contribuíram de forma significativa para o entendimento da
geomorfologia e geologia do Brasil. Suas abordagens fornecem uma base sólida para
pesquisas subsequentes e foram fundamentais para o desenvolvimento da área.
II. Pontos de Divergência:
 Abordagem descritiva versus analítica: Enquanto Azevedo adota uma
abordagem predominantemente descritiva, concentrando-se nas características visíveis do
relevo, Ab'Saber adota uma abordagem mais analítica, buscando compreender as relações
entre as estruturas geológicas e as formas de relevo.
 Ênfase nas bases geológicas: Ab'Saber atribui maior ênfase às bases geológicas
na explicação da geomorfologia do Brasil, enquanto Azevedo tende a focar mais nas formas
de relevo e na formação das paisagens.
2.7 Exemplos de regiões brasileiras
Análise dos processos geomorfológicos e geológicos presentes nessas regiões.:

3. Classificação de Aroldo de Azevedo (1940): Planícies e planaltos

 Planícies:
 Amazônica;
 Costeira;
 Pantanal;
 Gaúcha;
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 Planaltos:
 Atlântico
 Meridional
 Central
 Das guianas

4. Classificação de Aziz Ab´Saber (1960): Planaltos e Planícies

 Planaltos:
 Guianas
 Nordestino
 Central
 Meridional
 Planícies:
 Amazônica
 Costeira
 Pantanal

5. Classificação de Jurandyr Ross (1990): Depressões

 Depressões
 Amazônia ocidental, Sertaneja e são Francisco;
 Tocantins;
 Marginal Norte – Amazônica;
 Marginal Sul – Amazônica.
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6. Conclusão
A compreensão dos aspectos geomorfológicos e geológicos do Brasil é fundamental
para a análise da sua paisagem, recursos naturais e processos ambientais. Assim a
classificação de Aroldo de Azevedo, baseada na morfologia do relevo, oferece uma visão
estruturalista que destaca as grandes unidades geomorfológicas do Brasil, como os Planaltos,
Planícies e Depressões. Essa abordagem é valiosa para compreender a organização do relevo
brasileiro em termos de suas formas e estruturas, evidenciando características geológicas e
processos tectônicos fundamentais para a configuração do território nacional.

Por outro lado, a classificação de Aziz Ab'Saber vai além da morfologia do relevo,
incorporando elementos históricos, climáticos, biogeográficos e geológicos. Sua abordagem
integradora considera a dinâmica evolutiva do relevo e os processos que moldaram a
paisagem ao longo do tempo geológico. Por fim, ele destaca a importância das mudanças
climáticas e dos eventos tectônicos na formação e transformação das paisagens brasileiras,
enfatizando a relação entre geodinâmica e biodiversidade.

Portanto, ao considerar os aspectos geomorfológicos e geológicos do Brasil, é


essencial reconhecer a complementaridade entre as classificações de Aroldo de Azevedo e
Aziz Ab'Saber. Ambas as perspectivas são necessárias para uma compreensão abrangente da
geografia do país e para embasar ações de planejamento e gestão ambiental que promovam o
desenvolvimento sustentável e a conservação dos recursos naturais brasileiros.
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7. Referências Bibliográficas:

SILVA, M. A., et al. Caminhos de Ab'Saber caminhos do Brasil. Salvador: Editora da


Universidade Federal da Bahia, 2015.
VITTE, A.C. A construção da Geomorfologia no Brasil. Revista Brasileira de
Geomorfologia - v. 12., nº 3, 2011.
BASTOS, F.H., et al. Geomorfologia. 1ª ed. Fortaleza – Ceará: Editora da Universidade
Estadual do Ceará – EdUECE, 2019.
OLIVEIRA, M.D.N., et al. Os estudos geomorfológicos no Brasil: evolução teórica e
metodológica. Revista geografias - v. 15, n. 2, jul./dez. 2019.
GOMES, D.M., et al. Aroldo de Azevedo e Hermano Justo Ramón: suas contribuições
para o ensino de geografia. ETD – Educ. temat. digit. Campinas, SP v.15 n.2 p.300-319,
maio/ago. 2012.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2º ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda,
1980.

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