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Direção Espiritual (Parte III)

Sugestões Práticas para a vivência da Direção Espiritual


Para viver com proveito a direção espiritual, aconselhamos vivamente o seguinte:

1) Prepare bem cada encontro, invocando antecipadamente o Espírito Santo, fazendo também
um pouco de meditação da sua própria vida espiritual. Ajuda muito ir tomando notas por
escrito: uma listinha dos temas de que quer falar;

2) Não vá à direção para gastar o tempo com conversa mole, falando das notícias do jornal, do
frio e do calor e de outras coisas que nada tem a ver. Não perca tempo com o acidental, Não
deixe a graça divina passar!

3) Não se esqueça de começar informando como é que viveu os conselhos e sugestões


recebidos na última conversa, as dificuldades com que deparou para cumpri-los, as fraquezas
que o levaram a abandoná-los, etc.

4) Comente também as inspirações, os bons pensamentos e propósitos que o Espírito de Deus


suscitou em ti desde o último encontro. É muito bom não ser «sujeito passivo», que só escuta
conselhos. Seja também «ativo», pense e apresente novas propostas para seu crescimento
espiritual;

5) Os «temas» da direção espiritual, os assuntos que convém tocar nas conversas com o

Diretor. Algumas sugestões:

a) em primeiro lugar, fale claro dos assuntos que – por vergonha, por medo de ficar mal e de

desiludir o diretor – mais lhe custe falar. Cuidado com o “demônio mudo”!

b) depois leve os problemas que estão exigindo mais esforço, mais oração e, às vezes, mais

conforto e até consolo: dramas familiares, filhos que se desencaminham, graves dificuldades
no

trabalho, doenças, conflitos, dúvidas, etc.

c) sempre comente como foi o seu plano de vida espiritual: se o cumpriu, se foi constante e

pontual, como fez a oração, como preparou as Comunhões, que empenho colocou

em melhorar a presença de Deus no trabalho, como praticou as mortificações habituais, que


frutos ou dúvidas lhe suscitou a leitura do Evangelho e de algum livro espiritual, etc.

d) é preciso tratar das virtudes, especialmente daquela ou daquelas que mais falta nos fazem:
humildade, paciência, castidade, ordem, intensidade e perfeição no trabalho, caridade, luta
contra os defeitos do temperamento, etc.

e) tendo em conta que não há verdadeiro amor a Deus sem amor ao próximo (cf 1 Jo 4,20-

21), convém falar da nossa melhora no trato habitual com os que convivem e trabalham
conosco

(especialmente esposa, marido, filhos), e do ministério e missões que fazemos (primeiro, do


apostolado pessoal com parentes, colegas, amigos; depois, da colaboração em iniciativas de
apostolado).

f) se estiver se sentindo incomodado com alguma dúvida de fé, alguma dificuldade para
entender a doutrina da Igreja, algumas palavras dos nossos hierarcas que não entendeu, etc.,
não deixe de apresentar essa dúvida ao diretor.

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