EDUCAÇÃO NÃO É

PRIVILÉGIO
R e s e n h a d a o b r a d e A n í s i o Te i x e i r a

po r Alice P etr a
Anísio Teixeira

Pensador político da educação

Atuou dos anos 20- 60

Educação, direito de todos

Defesa da escola pública

Anísio Teixeira

Assumiu a Secretaria de Instrução Pública da Bahia (1924-1928)

assumiu a Secretaria de Instrução Pública do Distrito Federal

(1931-1935)

Reassume a Secretaria da Bahia (1947-1951)

A obra: as duas conferências

Se expressam nos mais d iv ersos aspectos de

política ed ucacional: org anização d o sistema
público d e ensino; gestão da educação p úb lica;
papel e d ev eres do Estado em relação à
educação; formação e aperfeiçoamento d o
magistério; acesso e p ermanência na escola
pública
A primeira conferência
• Pr of er ida na Escola Br as ileir a de Administ r ação Pública
( EBAP) , da Fundaç ão G et úlio Var gas ( FG V) , no Rio de
Janeir o, em 1953

• Rest r it a - pr of essor es , alunos e t éc nic os da EBAP/ FG V

• Ref lexão sobr e a polí t ica educacional par a o ensino básico

• For mação do homem comum

• Es c ola Pr imár ia - Educação de bas e - habilit ar o homem ao

t r abalho nas suas f or mas mais comuns ( c ont r apondo- se ao
dualismo escolar )

• Def ende a inst it uição do t empo int egr al

"O EN S IN O S E T EM DE FA ZER P ELO T R A BA LH O, E
N Ã O S OM EN T E P ELA P A LAV R A E P ELA EXP OS IÇÃ O".
R ECON H ECE S ER T U DO IS S O "[ ...] DE CER T O M ODO
A IN DA M A R G IN A L E EXT R A OR DIN Á R IO. R EG U LA R ES
E S IS T EM Á T ICA S S Ã O A S FOR M A S A R CA ICA S DE
EN S IN O P ELA ' EXP OS IÇÃ O OR A L' E ' R EP R ODU ÇÃ O
V ER BA L' DE CON CEIT OS E N OM EN CLAT U R A S , M A IS
OU M EN OS DIG ER IDOS P OR S IM P LES '
COM P R EEN S Ã O', A S QU A IS DOM IN A M EM BOA
P A R T E A ES COLA P R IM Á R IA , E,
ES M A G A DOR A M EN T E, A ES COLA M ÉDIA ,
S OBR ET U DO A S ECU N DÁ R IA , E A M A IOR P A R T E DA S
ES COLA S S U P ER IOR ES " ( IB ID. , P. 46) .
A escola comum

"Instituição essencialmente regional, enraizada no meio local, dirigida e servida por professores
da região, identificada com seus mores, seus costumes" (Ibid., p. 64)

Atuando na Instrução Pública do então Distrito Federal (1931-1935), lutou por um verdadeiro
sistema de ensino, criando serviços centralizados de matrícula, de freqüência e obrigatoriedade
escolar; organizou um sistema de ensino que se estendia do pré-escolar à universidade.
 • Pr opõe r eor ient ar o ens ino s ec undár io

• O r ganizado c om a maior f lexibilidade possí vel, par a pr over

uma escola r ic a e livr e, de acor do com as apt idões e

Na primeira int er esses dos alunos , apt idões e int er esses que nascem do
int er cur so de suas per sonalidades com o meio ambient e
[...]"

conferência • Enf at iza que o segment o pr imár io da educação é o mais

impor t ant e

• Cent r o Educ ac ional Car neir o Ribeir o - obr a nor t eador a de

uma polí t ica educacional par a o est ado
A segunda conferência: A Escola pública
universal e gratuita

• Con g resso Estad u al d e Ed u cação d o Estad o d e

São Pau l o - Rib eirão Preto – 1956

• Critica a fal ta d e in teresse d o estad o p el a

mel h oria d o en sin o p ú b l ico

• Du ramen te criticad o p or con servad ores

e en al tecid o p or ed u cad ores, cien tistas e
in stitu ições comp rometid os com a escol a p ú b l ica
Anísio Teixeira

• Pr eocupa - se e empenha - se não apenas em discut ir, mas pr opor o que f azer par a r es t aur ar
o sent ido democr át ico da expansão educacional br asileir a

• "Julgamos que t odos t êm o dir eit o à educação pública , e s oment e os que quiser em é que
poder ão pr ocur ar a educação pr ivada . Numa s oc iedade como a nossa, t r adicionalment e
mar cada de pr of undo espí r it o de classe e de pr ivilégio, soment e a escola pública ser á
ver dadeir ament e democr át ica e soment e ela poder á t er um pr ogr ama de f or maç ão comum,
sem pr econceit os cont r a cer t as f or mas de t r abalho essenciais à democr acia" ( Ibi d. , p. 99) .

• A def esa da escola pública univer sal, a def esa da democr acia e a def esa da liber dade,
como espaço pr ópr io da educação