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COLÉGIO DA POLICIA MILITAR D.

LEONOR CALMON
MATEMÁTICA ALÉM DOS NÚMEROS – PAN

ALUNO: ANTHONY MATHEUS RODRIGUES DOS REIS


SANTOS
PROFESSOR: SANTANA

TRABALHO DE PAN
(FUNÇÃO E EQUAÇÃO DO 2º GRAU)

SALVADOR
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO (FUNÇÃO DO 2º GRAU) ------------------------------------- 3


2. DESENVOLVIMENTO -------------------------------------------------------------- 4
2.1 OQUE É UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU? ------------------------------------- 4
2.2 VALOR NUMÉRICO DE UMA FUNÇÃO ------------------------------------ 4
2.3 RAÍZES DA FUNÇÃO DO 2º GRAU ------------------------------------------ 5
3. CONCLUSÃO ------------------------------------------------------------------------- 6
3.1 GRÁFICOS DA FUNÇÃO DO 2º GRAU ------------------------------------- 6
3.2 VÉRTICE DA PARÁBOLA ------------------------------------------------------ 7
3.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA ------------------------------------------- 7 A 9
3.4 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS -------------------------------------------10 A 17
4. INTRODUÇÃO (EQUAÇÃO DO 2º GRAU) --------------------------------- 18
5. DESENVOLVIMENTO ------------------------------------------------------------ 19
5.1 EQUAÇÃO DO 2º GRAU COMPLETA E INCOMPLETA ------------- 19
5.2 FÓRMULA DE BHASKARA ------------------------------------------- 20 A 22
6. CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------------- 23
6. SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 2º GRAU --------------------------- 23 A 24
6.1 EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ----------------------------------------- 25 A 32
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ----------------------------------------- 32

2
Introdução

Função: Conhecemos como função quadrática ou função do 2º grau a


função com domínio e contradomínio nos reais e que a lei de formação é f(x)
= ax² +bx + c.
Definimos como função do 2º grau, ou função quadrática, a função R → R, ou
seja, uma função em que o domínio e o contradomínio são iguais ao conjunto
dos números reais, e que possui a lei de formação f(x) = ax² +bx +c.

O gráfico da função quadrática é sempre uma parábola e possui elementos


importantes, que são:

 As raízes da função quadrática, calculadas pelo x’ e x”;


 O vértice da parábola, que pode ser encontrado a partir de fórmulas
específicas.

Desenvolvimento

3
(Função do 2º grau)

O que é uma função do 2º grau?

Uma função polinomial é conhecida como função do 2º grau, ou também como


função quadrática, quando em sua lei de formação ela possui
um polinômio de grau dois, ou seja, f(x) = ax² +bx +c, em que a, b e c são
números reais, e a ≠ 0. Além da lei de formação, essa função possui domínio e
contradomínio no conjunto dos números reais, ou seja, f: R→ R.

Exemplos:

a) f(x) = 2x²+3x + 1

a=2

b=3

c=1

b) g(x) = -x² + 4

a = -1

b=0

c=4

c) h(x) = x² – x

a=1

b = -1

c=0

Valor numérico de uma função

Para encontrar o valor numérico de qualquer função, conhecendo a sua lei de


formação, basta realizarmos a substituição do valor de x para encontrar a
imagem f(x).

Exemplos:

Dada a função f(x) = x² + 2x – 3, calcule:

a) f(0)
f(0) = 0² +2·0 – 3 = 0 + 0 – 3 = –3

b) f(1)
f(1) = 1² + 2·1 + 3 = 1+2 – 3 = 0

Raízes da função de 2º grau

4
Para encontrar as raízes da função quadrática, conhecidas também como zero
da função, é necessário o domínio das equações do segundo grau. Para
resolver uma equação do segundo grau, há vários métodos, como a fórmula
de Bhaskara e a soma e produto.

A raízes de uma função quadrática são os valores de x que fazem com que f(x)
= 0. Sendo assim, para encontrar as raízes de uma equação do 2º grau,
faremos ax² + bx + c = 0.

Exemplo:

f(x) = x² +2x – 3

a=1

b=2

c = –3

Δ =b² – 4ac

Δ=2² – 4 ·1·(-3)

Δ=4 +12

Δ = 16

Então, os zeros da função são {1, -3}.

O valor do delta nos permite saber quantos zeros a função quadrática vai ter.
Podemos separar em três casos:

 Δ > 0 → a função possui duas raízes reais distintas;

 Δ = 0 → a função possui uma única raiz real;

 Δ < 0 → a função não possui raiz real.

CONCLUSÃO
5
Gráfico de uma função do 2º grau

O gráfico de uma função do 2º grau é representado sempre por uma parábola.


Existem duas possibilidades, dependendo do valor do coeficiente “a”: a
concavidade da parábola pode ser para cima ou para baixo.

Se a > 0, a concavidade é para cima:

O ponto V representa o que conhecemos como vértice da parábola, que, nesse


caso, é o ponto de mínimo, ou seja, o menor valor que f(x) pode assumir.

Se a < 0, a concavidade é para baixo:

Quando isso ocorre, perceba que, nesse caso, o vértice é o ponto de


máximo da função, ou seja, maior valor que f(x) pode assumir.

Para fazer o esboço do gráfico, precisamos encontrar:

 os zeros da função;

 o ponto em que a função intercepta o eixo y;

 o ponto de máximo ou de mínimo da parábola, que conhecemos como


vértice da parábola.

Vértice da parábola 6
Como vimos anteriormente, o vértice da parábola é o ponto de mínimo ou de
máximo do gráfico. Para encontrar o valor de x e y no vértice, utilizamos
uma fórmula específica. Vale ressaltar que o vértice é um ponto V, logo ele
possui coordenadas, representadas por xv e yv.

Para calcular o valor de V (xv, yv), utilizamos as fórmulas:

Exemplo:

Encontre o vértice da parábola f(x) = –x² +4x – 3.

a = -1.

b = 4.

c = -3

Calculando o Δ e aplicando a fórmula de Bhaskara, temos que:

Δ=b² – 4ac

Δ=4² – 4(-1) (-3)

Δ=16 – 12

Δ=4

Representação gráfica de uma função do 2º grau

Para realizar o esboço do gráfico de uma função, é necessário encontrar três


elementos: os zeros ou raízes da função, o vértice e o ponto em que a função
toca o eixo y, conforme o exemplo a seguir.

Exemplo:

f(x) = x² – 6x + 8

1º passo: As raízes da função são os pontos em que a parábola toca o eixo x,


logo queremos encontrar os pontos (x’, 0) e (x”,0).

7
Para isso faremos f(x) = 0, então temos que:

x² – 6x + 8=0

a= 1

b= -6

c=8

Δ = b² -4ac

Δ = (-6)² -4·1·8

Δ = 36 – 32

Δ=4

Já temos dois pontos para o gráfico, o ponto A(4,0) e o ponto B (2,0).

2º passo: encontrar o vértice da parábola.

Então o vértice da parábola é o ponto V(3, -1).

3º passo: encontrar o ponto de intersecção da parábola com o eixo y.

Para isso, basta calcular f(0):

f(x) =x² – 6x + 8

f(0) = 0² -6·0 + 8

f(0) = 8

Por fim, o ponto C (0,8) pertence ao gráfico.


8
4º passo: Agora que temos os pontos, vamos marcá-los no plano cartesiano e
fazer o esboço do gráfico da parábola.

A(4,0)

B(2,0)

V(3,-1)

C(0,8)

9
EXERCICIOS RESOLVIDOS
1) UFRGS - 2018

As raízes da equação 2x2 + bx + c = 0 são 3 e − 4. Nesse caso, o valor de b - c


é
a) −26.
b) −22.
c) −1.
d) 22.
e) 26.
As raízes de uma equação do 2º grau correspondem aos valores de x em que
o resultado da equação é igual a zero.

Portanto, substituindo o x pelos valores das raízes poderemos encontrar o valor


de b e c. Fazendo isso, ficaremos com o seguinte sistema de equações:

Subtraindo os valores encontrados, temos:

b - c = 2 - (-24) = 26

Alternativa e) 26

2) Enem - 2017

A igreja de São Francisco de Assis, obra arquitetônica modernista de Oscar


Niemeyer, localizada na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, possui
abóbadas parabólicas. A seta na Figura 1 ilustra uma das abóbadas na entrada
principal da capela. A figura 2 fornece uma vista frontal desta abóbada, com
medidas hipotéticas para simplificar os cálculos.

Qual a medida da altura H, em metro, indicada na Figura 2?

a) 16/3
b) 31/5
c) 25/4
d) 25/3
e) 75/2

10
Escolhemos o eixo de simetria da parábola coincidindo com o eixo y do plano
cartesiano. Assim, notamos que a altura representa o ponto (0, yH).

Observando o gráfico da parábola, percebemos ainda, que o 5 e o -5 são as


duas raízes da função e que o ponto (4,3) pertence a parábola.

Com base em todas essas informações, vamos utilizar a forma fatorada da


equação do 2º grau, ou seja:

y = a . (x - x1) . (x - x2)

Onde:

a: coeficiente
x1 e x2: raízes da equação
Para o ponto x = 4 e y = 3, temos:

Conhecendo o valor de a, podemos calcular o valor da altura (yH) usando


novamente a forma fatorada da equação do 2º grau. Para isso, consideramos x
= 0, conforme indicado no gráfico acima:

Alternativa: d) 25/3

3) UNESP - 2017

Uma função quadrática f é dada por f(x) = x2 + bx + c, com b e c reais. Se f(1) =


–1 e f(2) – f(3) = 1, o menor valor que f(x) pode assumir, quando x varia no
conjunto dos números reais, é igual a

a) –12.
b) –6.
c) –10.
d) –5.
e) –9.
O gráfico da função apresentada é uma parábola com a concavidade voltada
para cima, pois a = 1 (positivo). Sendo assim, o menor valor da f(x) será a 11
coordenada y do seu vértice.

Sendo yv encontrado através da fórmula:


Assim, para encontrar o vértice é necessário conhecer os valores de b e c.
Para tal, iremos utilizar as informações, substituindo os valores de x e y na
função. Ou seja:

Expressão I : f(1) = - 1 ⇒ 12 + 1 . b + c = - 1 ⇒ b + c = - 2
Expressão II : f(2) - f(3) = 1 ⇒ 22+ 2 . b + c - (32 + 3 . b + c) = 1 ⇒ 4 + 2b +c - 9 -
3b - c = 1
⇒ - 5 - b = 1⇒ b = - 6
Substituindo o valor encontrado de b, na expressão I, temos:

-6+c=-2⇒c=-2+6⇒c=4

Portanto, a função é: f(x) = x2 - 6x + 4. Calculando o yv desta função,


encontramos:

Alternativa: d) -5

4) UERJ - 2016

Observe a função f, definida por:

Se f(x) ≥ 4, para todo número real x, o valor mínimo da função f é 4.


Assim, o valor positivo do parâmetro k é:

a) 5
b) 6
c) 10
d) 15

Como o coeficiente a da função é positivo (1) seu gráfico será uma parábola
com a concavidade voltada para cima. Logo, o vértice da parábola será o ponto
em que o valor da função é mínimo.

No enunciado é informado que esse valor é igual a 4, ou seja, que o yv = 4.


Sendo assim, usaremos a expressão do yv para calcular o valor do parâmetro k.

Como a questão pede o valor positivo do parâmetro k, então iremos desprezar 12


o valor de k = - 5

Alternativa: a) 5
5) UFSM - 2015

A água é essencial para a vida e está presente na constituição de todos os


alimentos. Em regiões com escassez de água, é comum a utilização de
cisternas para a captação e armazenamento da água da chuva. Ao esvaziar
um tanque contendo água da chuva, a expressão

Representa o volume (em m3) de água presente no tanque no instante t (em


minutos)

Qual é o tempo, em horas, necessário para que o tanque seja esvaziado?

a) 360.
b) 180.
c) 120.
d) 6.
e) 3.

O instante que o tanque ficará vazio pode ser calculado, considerando V(t) = 0.
Então, vamos igualar a função dada a zero e calcular o valor de t.

Precisamos ainda passar o valor encontrado para horas. Lembrando que 1


hora é igual a 60 min, então 360 min será igual a 6 h.

Alternativa: d) 6

6) FUVEST - 2015

A trajetória de um projétil, lançado da beira de um penhasco sobre um terreno


plano e horizontal, é parte de uma parábola com eixo de simetria vertical, como
ilustrado na figura.

O ponto P sobre o terreno, pé da perpendicular traçada a partir do ponto


ocupado pelo projétil, percorre 30 m desde o instante do lançamento até o
instante em que o projétil atinge o solo. A altura máxima do projétil, de 200 m
13
acima do terreno, é atingida no instante em que a distância percorrida por ܲP, a
partir do instante do lançamento, é de 10 m. Quantos metros acima do terreno
estava o projétil quando foi lançado?

a) 60
b) 90
c) 120
d) 150
e) 180

Vamos começar representando a situação no plano cartesiano, conforme figura


abaixo:

No gráfico, o ponto de lançamento do projétil pertence ao eixo y. Já o ponto


(10, 200) representa o vértice da parábola.

Como o projétil atinge o solo em 30 m, essa será uma das raízes da função.
Note que a distância entre esse ponto e a abscissa do vértice é igual a 20 (30 -
10).

Por simetria, a distância do vértice para a outra raiz também será igual a 20.
Sendo assim, a outra raiz foi assinalada no ponto - 10.

Conhecendo os valores das raízes (- 10 e 30) e um ponto pertencente a


parábola (10, 200), podemos usar a forma fatorada da equação do 2º grau, ou
seja:

y = a . (x - x1) . (x - x2)

Substituindo os valores, temos:

Conhecendo o valor de a, podemos agora calcular o valor da altura h de


lançamento do projétil. Para isso, basta identificar que no ponto de lançamento
x = 0 e y = h.

14
Substituindo esses valores na fórmula fatorada, encontramos:

Alternativa: d) 150

7) Enem - 2016 (2ª aplicação)


Para evitar uma epidemia, a Secretaria de Saúde de uma cidade dedetizou
todos os bairros, de modo a evitar a proliferação do mosquito da dengue. Sabe-
se que o número f de infectados é dado pela função f(t) = - 2t2 + 120t (em que t
é expresso em dia e t = 0 é o dia anterior à primeira infecção) e que tal
expressão é válida para os 60 primeiros dias da epidemia.

A Secretaria de Saúde decidiu que uma segunda dedetização deveria ser feita
no dia em que o número de infectados chegasse à marca de 1 600 pessoas, e
uma segunda dedetização precisou acontecer.

A segunda dedetização começou no

a) 19º dia.
b) 20º dia.
c) 29º dia.
d) 30º dia.
e) 60º dia.

A dedetização será feita quando a f(t) = 1600, então substituindo esse valor na
função, encontraremos o valor de t.

1 600 = - 2 . t2 + 120 . t
2 . t2 - 120 . t + 1600 = 0

Podemos dividir toda a equação por 2 para simplificar as contas. Assim, a


equação ficará:

t2 - 60 . t + 800 = 0

Para encontrar as raízes da equação, usaremos a fórmula de Bhaskara:

Portanto, a segunda dedetização ocorrerá no 20º dia, que é quando chegará a


1600 infectados após a primeira dedetização.

Alternativa: b) 20º dia.


15

8) Enem - 2013

A parte interior de uma taça foi gerada pela rotação de uma parábola em torno
de um eixo z, conforme mostra a figura.
pela lei f(x) = 3/2 x2 – 6x + C, onde C é a medida da altura do líquido contido na
taça, em centímetros. Sabe-se que o ponto V, na figura, representa o vértice da
parábola, localizado sobre o eixo x. Nessas condições, a altura do líquido
contido na taça, em centímetros, é

a) 1.
b) 2.
c) 4.
d) 5.
e) 6.

Pela imagem da questão, observamos que a parábola apresenta apenas um


ponto que corta o eixo x (ponto V), ou seja, ela possui raízes reais e iguais.

Desta forma, sabemos que Δ = 0, ou seja:

Δ = b2 - 4 . a . c =0

Substituindo os valores da equação, temos:

Portanto, a altura de líquido será igual a 6 cm.

Alternativa: e) 6

9) Calcule o valor de K

Calcule o valor de k de modo que a função f(x) = 4x² – 4x – k não tenha raízes, 16
isto é, o gráfico da parábola não possui ponto em comum com o eixo x.

∆<0
b² – 4ac < 0
(–4)² – 4 * 4 * (–k) < 0
16 + 16k < 0
16k < – 16
k < –1

O valor de k para que a função não tenha raízes reais deve ser menor que – 1.
10) (Vunesp-SP)

O gráfico da função quadrática definida por y = x² – mx + (m – 1), em que m Є


R, tem um único ponto em comum com o eixo das abscissas. Determine y
associado ao valor de x = 2.

Um ponto em comum significa dizer uma única raiz, então ∆ = 0.

y = x² – mx + (m – 1)

Substituir m = 2, no intuito de obter a lei da função


y = x² – 2x + (2 – 1)
y = x² – 2x +1

Substituindo x = 2, para determinarmos o valor de y


y = 2² – 2 * 2 + 1
y=4–4+1
y=1

Temos que a equação possui a lei de formação y = x² – 2x +1. E quando x = 2,


o valor de y se torna igual a 1.

INTRODUÇÃO

A equação do segundo grau recebe esse nome porque é uma equação 17


polinomial cujo termo de maior grau está elevado ao quadrado. Também
chamada de equação quadrática, é representada por:

Numa equação do 2º grau, o x é a incógnita e representa um valor


desconhecido. Já as letras a, b e c são chamadas coeficientes da equação.

Os coeficientes são números reais e o coeficiente a tem que ser diferente de


zero, pois do contrário passa a ser uma equação do 1º grau.

Resolver uma equação de segundo grau, significa determinar os valores reais


de x, que tornam a equação verdadeira. Esses valores são denominados
raízes da equação.
Uma equação do segundo grau possui no máximo duas raízes reais.

DESENVOLVIMENTO
18
Equações do 2º Grau Completas e Incompletas

As equações do 2º grau completas são aquelas que apresentam todos os


coeficientes, ou seja a, b e c são diferentes de zero (a, b, c ≠ 0).

Por exemplo, a equação 5x2 + 2x + 2 = 0 é completa, pois todos os coeficientes


são diferentes de zero (a = 5, b = 2 e c = 2).

Uma equação do segundo grau é incompleta quando b = 0 ou c = 0 ou b = c =


0.
Exemplo 1 — equações do 2° grau incompletas



Exemplo 2
Determine os valores de x que tornam a equação 4x2 - 16 = 0 verdadeira.
Solução:

A equação dada é uma equação incompleta do 2º grau, com b = 0. Para


equações deste tipo, podemos resolver, isolando o x. Assim:

Note que a raiz quadrada de 4 pode ser 2 e - 2, pois esses dois números
elevados ao quadrado resultam em 4.

Assim, as raízes da equação 4x2 - 16 = 0 são x = - 2 e x = 2

Exemplo 3
Encontre o valor do x para que a área do retângulo abaixo seja igual a 2.

Solução:

A área do retângulo é encontrada multiplicando-se a base pela altura. Assim, 19


devemos multiplicar os valores dados e igualar a 2.

(x - 2) . (x - 1) = 2

Agora vamos multiplicar todos os termos:

x . x - 1 . x - 2 . x - 2 . (- 1) = 2
x2 - 1x - 2x + 2 = 2
x2 - 3x + 2 - 2 = 0
x2 - 3x = 0
Após resolver as multiplicações e simplificações, encontramos uma equação
incompleta do segundo grau, com c = 0.
Esse tipo de equação pode ser resolvida através da fatoração, pois o x se
repete em ambos os termos. Assim, iremos colocá-lo em evidência.

x . (x - 3) = 0

Para o produto ser igual a zero, ou x = 0 ou (x - 3) = 0. Contudo,


substituindo x por zero, as medidas dos lados ficam negativas, portanto, esse
valor não será resposta da questão.

Então, temos que o único resultado possível é (x - 3) = 0. Resolvendo essa


equação:

x-3=0
x=3
Desta forma, o valor do x para que a área do retângulo seja igual a 2 é x = 3.

Fórmula de Bhaskara

Quando uma equação do segundo grau é completa, usamos a Fórmula de


Bhaskara para encontrar as raízes da equação.

A fórmula é apresentada abaixo:

Fórmula do Delta
Na fórmula de Bhaskara, aparece a letra grega Δ (delta), chamada
discriminante da equação, pois conforme o seu valor é possível saber qual o
número de raízes (soluções) que a equação terá.

Para determinar o delta usamos a seguinte fórmula:

20
Passo a Passo
Para resolver uma equação do 2º grau, usando a fórmula de Bhaskara,
devemos seguir os seguintes passos:

1º Passo: Identificar os coeficientes a, b e c.

Nem sempre os termos da equação aparecem na mesma ordem, portanto, é


importante saber identificar os coeficientes, independente da sequência em que
estão.

O coeficiente a é o número que está junto ao x2, o b é o número que


acompanha o x e o c é o termo independente, ou seja, o número que aparece
sem o x.

2º Passo: Calcular o delta.


Para calcular as raízes é necessário conhecer o valor do delta. Para isso,
substituímos as letras na fórmula pelos valores dos coeficientes.

Podemos, a partir do valor do delta, saber previamente o número de raízes que


terá a equação do 2º grau. Ou seja, se o valor de Δ for maior que zero (Δ > 0),
a equação terá duas raízes reais e distintas.

Se ao contrário, delta for menor que zero (Δ < 0), a equação não apresentará
raízes reais e se for igual a zero (Δ = 0), a equação apresentará somente uma
raiz.

3º Passo: Calcular as raízes.

Se o valor encontrado para delta for negativo, não precisa fazer mais nenhum
cálculo e a resposta será que a equação não possui raízes reais.

Caso o valor do delta seja igual ou maior que zero, devemos substituir todas as
letras pelos seus valores na fórmula de Bhaskara e calcular as raízes.

Exemplo 4
Determine as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0
Solução:

Para resolver, primeiro devemos identificar os coeficientes, assim temos:

a=2
b=-3
c=-5
Agora, podemos encontrar o valor do delta. Devemos tomar cuidado com as
regras de sinais e lembrar que primeiro devemos resolver a potenciação e a
multiplicação e depois a soma e a subtração.

Δ = (- 3)2 - 4 . (- 5) . 2 = 9 +40 = 49
21
Como o valor encontrado é positivo, encontraremos dois valores distintos para
as raízes. Assim, devemos resolver a fórmula de Bhaskara duas vezes. Temos
então:

Assim, as raízes da equação 2x2 - 3x - 5 = 0 são x = 5/2 e x = - 1.


CONCLUSÃO
22
Sistema de Equações do 2º Grau

Quando queremos encontrar valores de duas incógnitas diferentes que


satisfaçam simultaneamente duas equações, temos um sistema de equações.

As equações que formam o sistema podem ser do 1º grau e do 2º grau. Para


resolver esse tipo de sistema podemos usar o método da substituição e o
método da adição.

Exemplo 5
Resolva o sistema abaixo:

Solução:

Para resolver o sistema, podemos utilizar o método da adição. Neste método,


somamos os termos semelhantes da 1ª equação com os da 2ª equação. Assim,
reduzimos o sistema para uma só equação.
Podemos ainda simplificar todos os termos da equação por 3 e o resultado será
a equação x2 - 2x - 3 = 0. Resolvendo a equação, temos:

Δ = 4 - 4 . 1 . (- 3) = 4 + 12 = 16

Depois de encontrar os valores do x, não podemos esquecer que temos ainda


de encontrar os valores de y que tornam o sistema verdadeiro.

Para isso, basta substituir os valores encontrados para o x, em uma das


equações.

y1 - 6. 3 = 4
y1 = 4 + 18
y1 = 22
y2 - 6 . (-1) = 4
y2 + 6 = 4
y2 = - 2
Portanto, os valores que satisfazem ao sistema proposto são (3, 22) e (- 1, - 2)

23
EXERCICIOS RESOLVIDOS

1) Resolva a equação de segundo grau completa, utilizando a Fórmula de 24


Bhaskara:

2x2 + 7x + 5 = 0

É importante observar cada coeficiente da equação, portanto:

a=2
b=7
c=5

Através da fórmula do discriminante da equação, devemos encontrar o valor de


Δ.

Isso para depois encontrar as raízes da equação por meio da fórmula geral ou
a fórmula de Bhaskara:

Δ = 72 – 4 . 2 . 5
Δ = 49 - 40
Δ=9

Observe que se o valor de Δ é maior que zero (Δ > 0), a equação terá duas
raízes reais e distintas.
Assim, após encontrar o Δ, vamos substituí-lo na fórmula de Bhaskara:

Logo, os valores das duas raízes reais é: x1 = - 1 e x2 = - 5/2

2) Resolva as equações incompletas do segundo grau:

a) 5x2 – x = 0

Primeiramente, busca-se os coeficientes da equação:

a= 5
b= - 1
c= 0

Trata-se de uma equação incompleta onde c = 0.

Para calculá-la podemos usar a fatoração, que neste caso é colocar o x em 25


evidência.

5x2 – x = 0
x. (5x-1) = 0
Neste situação, o produto será igual a zero quando x = 0 ou quando 5x -1 = 0.
Então vamos calcular o valor do x:

Portanto, as raízes da equação são x1 = 0 e x2 = 1/5.

b) 2x2 – 2 = 0

a=2
b=0
c=-2

Trata-se de uma equação incompleta de segundo grau, onde b = 0, seu cálculo


pode ser feito isolando o x:

x1 = 1 e x2 = - 1
Logo, as duas raízes da equação são x1 = 1 e x2 = - 1

3) Resolva a equação do 2° grau 2x² + x – 3 = 0.

Uma das alternativas para solucionar equações do 2° grau é através da fórmula


de Bhaskara. Para tanto, precisamos identificar os coeficientes da equação,
que são a = 2, b = 1 e c = – 3.

Δ = 1² – 4.2.(– 3)
Δ = 1 + 24
Δ = 25

x = – 1 ± √25
2.2

x=–1±5
4

x' = – 1 + 5 = 4 = 1
4 4

x'' = – 1 – 5 = – 6 = – 3
4 4 2 26
As raízes da equação 2x² + x – 3 = 0 são 1 e – 3/2.

4) Determine o conjunto solução da equação – 3x² + 18x – 15 = 0.

Os coeficientes numéricos dessa equação do 2° grau são a = – 3, b = 18 e c =


– 15. Observe que todos os coeficientes são múltiplos de 3, por isso podemos
dividir todos por 3 para obter valores menores e, consequentemente, mais
fáceis de calcular. Os novos coeficientes são: a = – 1, b = 6 e c = – 5. Ao
realizar essa simplificação dos coeficientes, o resultado da equação permanece
inalterado.

Vamos aplicar esses coeficientes na fórmula de Bhaskara:

Δ = 6² – 4.(– 1).(– 5)
Δ = 36 – 20
Δ = 16

x = – 6 ± √16
2.(– 1)
x=–6±4
–2

x' = – 6 + 4 = – 2 = 1
–2 –2

x'' = – 6 – 4 = – 10 = 5
–2 –2

O conjunto solução é S = {1; 5}.

5) (Puc – Rio) As duas soluções de uma equação do 2° grau são – 1 e 1/3.


Então a equação é:

a) 3x² – x – 1 = 0

b) 3x² + x – 1 = 0

c) 3x² + 2x – 1 = 0

d) 3x² – 2x – 2 = 0

e) 3x² – x + 1 = 0

Para encontrar a equação do 2° grau a partir de suas raízes, basta fazer:


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(x – S1) · (x – S2) = 0

S1 e S2 são as raízes da equação. Vamos substituí-las na operação acima:

(x – (– 1)) · (x – (1/3)) = 0
(x + 1) · (x – (1/3)) = 0
x² – (1/3)x + x – 1/3 = 0
x² + (2/3)x – 1/3 = 0

Podemos multiplicar toda a equação por 3:

3x² + 2x – 1 = 0

Portanto, a alternativa correta é a letra c.

6) (Cesgranrio) A maior raiz da equação – 2x² + 3x + 5 = 0 vale:

a) – 1

b) 1

c) 2

d) 2,5

e) (3 + √19)/4
Para resolver essa equação do 2° grau, vamos utilizar a Fórmula de Bhaskara.
Os coeficientes da equação são a = – 2, b = 3 e c = 5. Substituindo-os na
fórmula, temos:

Δ = 3² – 4.(– 2).5
Δ = 9 + 40
Δ = 49

x = – 3 ± √49
2.(– 2)

x=–3±7
–4

x' = – 3 + 7 = 4 = – 1
–4 –4

x'' = – 3 – 7 = – 10 = 2,5
–4 –4

Encontramos duas raízes para a equação, x' = – 1 e x'' = 2,5; e a maior delas é
x'' = 2,5. Portanto, a alternativa correta é a letra d. 28
7) Analisando a equação do segundo grau x² – 2x +1 = 0, podemos afirmar
que ela possui:

A) nenhuma solução real.

B) uma única solução real.

C) duas soluções reais.

D) três soluções reais.

E) infinitas soluções reais.

Alternativa B.

Para encontrar o número de soluções reais de uma equação do 2º grau, é


necessário encontrar o valor do discriminante (delta). Para isso, encontraremos
primeiro o valor dos coeficientes a, b e c na equação:
a=1

b = -2

c=1
Agora vamos calcular o valor de delta:

Δ = b² – 4ac

Δ = (-2)² – 4 ·1·1

Δ=4–4

Δ=0

O valor de delta mostra o número de soluções da equação, sem ter a


necessidade de calcular os valores dessas raízes. Como Δ = 0, a equação
possui uma única solução real.

8) Uma equação foi descrita da seguinte maneira:

(k² – 4) x³ + ( k – 2 )x² + 7x - 8 = 0

Analisando os coeficientes, o valor de k que faz com que essa equação


seja uma equação do 2º grau é:

A) k = ± 2

B) k = + 2 29
C) k = - 2

D) k = 0

E) k = 4

Alternativa C.

Para que essa equação seja do 2º grau, o coeficiente de x³ tem que ser igual a
zero, e o coeficiente de x² tem que ser diferente de zero, ou seja:

Condição I:

k² – 4 = 0

k² = 4

k = ±√4

k=±2

Logo, para satisfazer a primeira condição, temos k = 2 ou k = -2.

Agora vamos analisar a segunda condição.


Condição II:

k–2≠0

k ≠ 2.

O valor que satisfaz ambas as condições é k = -2.

9) Das equações quadráticas abaixo e sabendo que a = 1, qual é a


equação que possui as soluções x1 = 2 e x2 = - 3?

A) x² + x – 6 = 0

B) x² – x – 6 = 0

C) x² +5x + 6 = 0

D) x² – 5x +6 = 0

E) x² + x – 1 = 0

Alternativa A.

Conhecendo as soluções da equação, temos que:

a(x – x1) (x – x2) = 0


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Substituindo os valores dados, temos que:

1·( x – 2 ) ( x - (-3)) = 0

(x – 2 ) ( x + 3) = 0

x² +3x – 2x – 6 = 0

x² + x – 6 = 0

10) O produto entre as raízes da equação 2x² + 4x - 6 = 0 é igual a:

A) - 2

B) 2

C) 1

D) 3
E) - 3

Alternativa E.

Pela fórmula da soma e produto, temos que:

Vamos analisar os coeficientes da equação:

2x² + 4x - 6 = 0

a=2

b=4

c = -6

Utilizando somente a segunda equação, temos que:

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Logo, o produto entre as raízes da equação é -3.


BIBLIOGRAFIA: BRASILESCOLA.COM

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