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EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL

PINHEIROS
ARIANE CLAUDINO TENORIO LEITE

EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
PINHEIROS

Orientador: Profº. Miguel Augusto Torrero de Carvalho

Trabalho Final de Graduação apresentado ao curso


de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Ju-
das para obtenção do título de bacharel em Arquitetu-
ra e Urbanismo.

TFG. 2

DEZEMBRO, 2022
“Faça de cada coisa um lugar, faça de cada
casa e de cada cidade uma porção de lugares,
São Paulo - SP
pois uma casa é uma cidade minúscula e uma
cidade é uma casa enorme.”
(Aldo Van Eyck, 1962)
Dedico este trabalho à minha mãe Edilma
e ao meu pai Valter, por sempre me incenti-
varem nos estudos e pelo suporte financeiro
para que cursasse o que desejei desde a in-
fância. Espero poder retribuir tudo que fazem
e fizeram por mim.
Agradeço aos professores que cruza-
ram meu caminho tanto na Universidade São
Judas quanto no Senac São Miguel Paulista,
por compartilharem seus conhecimentos me
incentivando a construir um senso crítico so-
bre o mundo.
Foi um ciclo repleto de novas experiências
ao lado de amigos que jamais esquecerei,
principalmente minha amiga Julianna, que se
tornou minha parceira desde o primeiro dia
de aula e me acompanhou em todos os mo-
mentos dentro e fora da faculdade. Não te-
ria sido a mesma coisa se não tivessem me
abraçado nessa jornada.

Muito obrigada!
RESUMO ABSTRACT

O trabalho tem como propósito a elaboração de The purpose of this work is the elaboration of a
um edifício multifuncional que tem como estratégia multifunctional building whose strategy is to assist
auxiliar o planejamento urbano, seguindo o conceito urban planning, following the concept of Wellness
da Arquitetura Wellness. Criando estratégias Architecture. Creating design strategies that cover
projetuais que abrangem a escala urbana do edifício the urban scale of the building and its interior,
e de seu interior, provocando a diminuição dos causing the reduction of negative impacts on the
impactos negativos ao meio ambiente e promovendo environment and promoting the well-being of its
o bem-estar de seus usuários. users.
Hoje por meio do crescimento espraiado das Today, through the sprawling growth of cities, points
cidades surgem pontos que possuem conflitos pela arise that have conflicts over the concentration of
concentração de equipamentos urbanos, enquanto urban equipment, while others lack it.
outros em falta dele. Through this, the object in question aims to
Por meio disso, o objeto em questão visa implantar implement, through multifunctionality, various uses
através da multifuncionalidade, variados usos que that meet the need for a certain point, in addition to
suprem a necessidade de um determinado ponto, promoting social and economic interaction.
além de promover interação, social e econômica.
Keywords: multifunctional building; wellness
Palavras-Chave: edifício multifuncional; arquitetura architecture; welfare.
wellness; bem-estar.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 01 - Age 360...........................................................................................................................19 FIGURA 28 - Imagem Edifício Elevo.....................................................................................................55
FIGURA 02 - Centro Maggie de Leeds.................................................................................................21 FIGURA 29 - Modelo 3D vista das torres residenciais..........................................................................56
FIGURA 03 - Modelo 3D vista da floresta suspensa AGE360............................................................22 FIGURA 30- Modelo 3D do edifício.......................................................................................................57
FIGURA 04 - Modelo 3D vista do AGE360...........................................................................................23 FIGURA 31 - Imagem 3D no centro do pátio interno.............................................................................57
FIGURA 05 - Implantação......................................................................................................................23 FIGURA 32 - Vista do edifício Pop Madalena........................................................................................58
FIGURA 06 - 1 pavimento......................................................................................................................23 FIGURA 33 - Implantação edifício edifício Pop Madalena....................................................................59
FIGURA 07 - Espaço Wellness...............................................................................................................23 FIGURA 34 - Esquema 3D do edifício Pop Madalena...........................................................................59
FIGURA 08 -Vista do Centro de São Paulo..........................................................................................26
FIGURA 09 - Paisagem do Centro de São Paulo.................................................................................29
FIGURA 10 - Vista do Centro de São Paulo com a Avenida 23 de Maio............................................30 LISTA DE GRÁFICOS
FIGURA 11 - Diagrama situação edifício de uso multifuncional...........................................................31
FIGURA 12 - Terminal de ônibus no largo da Batata, em Pinheiros, no ano de 1991.........................33
FIGURA 13 - Largo de Pinheiros década de 60..................................................................................35 GRÁFICO 1 - Gráfico determinantes da saúde.....................................................................................15
FIGURA 14 - Vista frontal a área escolhida..........................................................................................37 GRÁFICO 2 - Gráfico de taxa de urbanização brasileira......................................................................18
FIGURA 15 - Mapa da área escolhida..................................................................................................39
FIGURA 16 - Vista para a AV. Eusébio Matoso.....................................................................................40
FIGURA 17 - Vista posterior ao terreno na Rua dos Cariris.................................................................40
FIGURA 18 - Vista para dentro do estacionamento............................................................................41
FIGURA 19 - Vista para a Rua dos Cariris............................................................................................41
FIGURA 20 - Vista para dentro do estacionamento e ao fundo um edifício residencial.....................41
FIGURA 21 - Perimetro operação Faria Lima......................................................................................42
FIGURA 22 - Mapa análise sistema viário e arborização....................................................................45
FIGURA 23 - Mapa de zoneamento......................................................................................................47
FIGURA 24 - Mapa análise uso do solo...............................................................................................49
FIGURA 25 - Mapa análise gabarito.....................................................................................................51
FIGURA 26 - Implantação edifício Elevo................................................................................................55
FIGURA 27 - Imagem pavimento tipo...................................................................................................55

8 9
SUMÁRIO

4.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO...................................................................................................36


INTRODUÇÃO.......................................................................................................................................13
4.3 OPERAÇÃO FARIA LIMA.................................................................................................................38
1.1 PROBLEMA......................................................................................................................................14
4.3 ANÁLISE SISTEMA VIÁRIO E ARBORIZAÇÃO................................................................................41
1.2 OBJETIVO.......................................................................................................................................14
4.4 ANÁLISE DE ZONEAMENTO...........................................................................................................43
1.3 JUSTIFICATIVA...............................................................................................................................14
4.5 ANÁLISE USO DO SOLO.................................................................................................................45
1.4 METODOLOGIA...............................................................................................................................15
4.6 ANÁLISE GABARITO.............................................................................................................................................47

CAPÍTULO 5 - REFERÊNCIAS PROJETUAIS.....................................................................................53


CAPÍTULO 1 - ARQUITETURA WELLNESS........................................................................................17
5.1 EDIFÍCIO ELEVO..............................................................................................................................54
1.1 CONCEITO WELLNESS....................................................................................................................18
5.2 BLOCO DE USO MISTO, NANJING.................................................................................................56
1.2 TERMOLOGIA E DEFINIÇÕES.........................................................................................................18
6.2 EDIFÍCIO POP MADALENA.............................................................................................................58
1.3 PRINCIPIOS DA ARQUITETURA WELLNESS..................................................................................20
1.4 ESPAÇOS ESTIMULO......................................................................................................................21
CAPÍTULO 6 - ESTUDO PRELIMINAR - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.........................................61
1.5 AGE 360...........................................................................................................................................22
6.1 DIRETRIZES PROJETUAIS...............................................................................................................62
6.2 PLANTA ESQUEMÁTICA TÉRREO...................................................................................................64
CAPÍTULO 2 - A CIDADE E O EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL.............................................................17
6.3 CORTES...........................................................................................................................................66
2.1 PROCESSO DE URBANIZAÇÃO.....................................................................................................18
6.4 VOLUMETRIA...................................................................................................................................68
2.2 CIDADE COMPACTA.......................................................................................................................20
6.5 ESTUDO DE INSOLAÇÃO................................................................................................................69
2.2 VERTICALIZAÇÃO DAS CIDADES..................................................................................................22
6.6 ESTUDO DE VENTILAÇÃO...................................................................................................................................70
2.3 EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL..........................................................................................................23
6.7 ESTUDO DE ACESSOS E CIRCULAÇÃO..........................................................................................................71
6.8 PROGRAMA EDIFÍCIO RESIDÊNCIAL..............................................................................................................72
6.9 PROGRAMA EDIFÍCIO CORPORATIVO.............................................................................................................74
CAPÍTULO 3 - PINHEIROS...................................................................................................................29
3.1 APROXIMAÇÃO HISTÓRICA...........................................................................................................30
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................................77
CAPÍTULO 4 - LEITURA DO TERRITÓRIO..........................................................................................33
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................................79
4.1 O TERRENO.....................................................................................................................................35
INTRODUÇÃO
PROBLEMA JUSTIFICATIVA que 10% desses fatores influenciam direta-
mente a saúde do ser humano (McGinnis et
Como projetar um espaço coletivo e comer- Arquitetura Wellness tem o princípio de pro- al.2002; Schroeder 2007). Acredita-se que a
cial que cumpra sua função primordial, ade- jetar edifícios com foco no impacto que eles maior parcela que contribui para esse resul-
rente aos princípios da Arquitetura Wellness causam no bem-estar das pessoas que neles tado diz respeito a comportamentos individu-
e promova a saúde e o bem estar de quem vivem ou trabalham, além de identificar for- ais (40%) e fatores socioambientais (20%).
usa e habita esses espaços. mas de criar espaços que façam as pessoas Se levarmos em conta que os comportamen-
se sentirem melhor quando estão lá. tos individuais dependem parcialmente do
Conforme o avanço das técnicas de méto- ambiente em que está inserido, torna-se cru-
OBJETIVO dos construtivos nos tornamos cada vez mais cial o impacto do ambiente construído para a
conscientes do impacto que temos em nosso saúde, à medida que se adapta ao estilo de
Promover qualidade de vida através de um
planeta, assim inicia-se um crescente interes- vida de cada um.
edifício de uso misto, incorporando o con-
se em como os ambientes nos afetam, e prin- Segundo uma comparação quantitativa feita
ceito Arquitetura Wellness ou “arquitetura
cipalmente nosso bem-estar. entre quatro modelos que determinam a saú-
do bem-estar”, que carrega uma filosofia de GRÁFICO 01 | Gráfico determinantes da saúde.
A “Arquitetura do bem-estar” não é uma ter- de de cada pessoa, indica-se que:
conforto e tem como fundamento o desejo de FONTE: Architecture and Health,2019.
minologia recente, contudo conforme o avan- - 55% a 80% da saúde geral é formada por
uma vida mais serena e tranquila, com ob-
jetivo de superar as preocupações e encon-
ço das tecnologias e pesquisas se desenvol- fatores sociais/ econômicos. METODOLOGIA
veram novas formas de compreensão desse - 5% a 20% pela exposição ambiental.
trar soluções para os problemas que existem
conceito, e como os arquitetos são os princi- - 10% a 30% pelo acesso a serviços de saú- A abordagem teórica e conceitual
dentro de nós. Levando em consideração o
pais responsáveis pela aplicação desse mé- de. foi elaborada a partir de uma revisão
estudo de cada ambiente, proporcionando
todo projetual. - 10% e 30% pela genética. bibliográfica, organizando-se principalmente
hábitos de vida mais saudáveis e ​​ com foco
Uma perspectiva mais ampla sobre saúde e Diante disso é imprescindível ampliar a pers- em, reuniões, produção material, fotografias,
na vida pós pandemia, quando as pessoas
bem-estar indica que precisamos repensar a pectiva da influência do ambiente construí- diagramas, mapas e outros materiais
passam a maior parte do tempo no trabalho
forma como projetamos ambientes físicos em do no bem-estar geral e reconhecer que fa- gráficos. Considerando o objetivo do
e moradia. E entender que um edifício deve
conjunto com programas e serviços sociais, tores biológicos, sociais e ambientais, além trabalho, lançando mão das pesquisas feitas
servir como determinante do espaço urbano,
reconhecendo que a saúde não é forneci- das suas correlações, inferem diretamenta na em artigos, teses e dissertações. A leitura
do planejamento e da organização das cida-
da em apenas um ambiente específico, mas saúde do ser. do território é proveniente de consultas aos
des contemporâneas. Propondo dessa for-
todo o conjunto na qual está inserida. Isso mostra a importância do projetar o am- portais da Prefeitura de São Paulo, IBGE,
ma, um espaço que prioriza a interação entre
Os principais tópicos que definem a saúde e biente físico levando em conta outros fatores, Geosampa e visitas ao local.
as pessoas e o meio ambiente. bem-estar do indivíduo vão além de serviços como os acima mencionados.
de saúde convencionais e lazer, estima-se

14 15
1. ARQUITETURA WELLNESS
1.1 CONCEITO WELLNESS 1.2 TERMOLOGIAS E DEFINIÇÕES

As autoridades mundiais de saúde utilizam a Wellness Architecture – a prática da arquitetu- Arquitetura Verde – a prática da arquitetura
expressão wellness como tradução de “um ra que se baseia na arte e na ciência de projetar que busca minimizar os impactos ambientais
estado de completo bem-estar físico, mental ambientes construídos com sistemas e mate- negativos em comparação com edifícios em
e social”. Embora tenha surgido em 1947, é riais socialmente conscientes para promover o conformidade com o código. As estratégias
nos primeiros anos deste século que a ideia equilíbrio harmonioso entre o bem-estar físico, incluem a conservação de energia, reutiliza-
passa a ter um sentido ainda mais amplo, a emocional, cognitivo e espiritual enquanto re- ção e reciclagem de materiais de construção,
ponto de definir a maneira como as pesso- genera o ambiente natural. A saúde humana, o consideração de minimizar a pegada de car-
as escolhem viver. Esta opção pela susten- bem-estar e o conforto são as principais consi- bono ao longo da vida útil do edifício e buscar
tabilidade, por um estilo de vida integrado derações de design que aumentam uma base orientações de construção que conduzam a
à natureza e pela chamada “arquitetura do enraizada em práticas de design sustentáveis ​​e práticas de projeto passivas.
bem-estar” vem transformando o mercado regenerativas.
imobiliário. Nos últimos 24 meses, houve um Arquitetura Sustentável – a prática da ar-
crescimento de 22% nos empreendimentos Arquitetura da Saúde – a prática da arquitetura quitetura que busca manter o estado atual do
wellness building, segundo estudo do Global que se concentra em minimizar os riscos à saú- meio ambiente e dos recursos naturais da Ter-
Wellness Institute (GWI). de, implementando estratégias de design que ra. Estratégias de projeto passivas e líquidas
No setor imobiliário, a proposta wellness buil- aumentam a higiene industrial, filtragem de ar, zero são combinadas com uma abordagem
ding representa uma transformação nas for- saneamento de água e assim por diante. Esses conservadora para aumentar a eficiência e
mas de morar. Levantamento realizado pela ambientes construídos buscam apoiar a saúde moderação no uso de materiais e energia. A
Associação Brasileira de Incorporadoras Imo- física ideal e também incluem estratégias como arquitetura sustentável usa uma abordagem
biliárias (Abrainc) em parceria com a Brain Nudge Architecture para influenciar padrões de consciente de energia e conservação ecoló-
Inteligência Estratégica revela que morar em comportamento saudáveis. gica no design do ambiente construído.
espaços arejados e integrados com a nature-
za é importante para 57% dos entrevistados, Nudge Architecture – o conceito em ciência
que estariam, inclusive, dispostos a pagar comportamental aplicado ao projeto do ambien-
mais por isso. Como item de valoração do te construído que propõe reforço positivo e su-
imóvel, 53% consideram a área verde mais gestões indiretas como formas de influenciar o IMAGEM 01| Age 360.
importante que a infraestrutura para automa- comportamento e a tomada de decisão de gru- FONTE: Maringá Post.
ção 5G (49%). pos ou indivíduos.
18 19
1.3 PRINCÍPIOS DA ARQUITETURA WELLNESS

Para fundamentar os tópicos que nortearam MOVIMENTO QUALIDADE DO AR espaços para o cultivo de alimentos frescos
o projeto futuro, é importante ressaltar a for- - Propor diversos locais de trabalho, dessa - Ventilação natural e cruzada constante. e orgânicos. Para isso, arquitetos devem criar
ma como a arquitetura wellness atua. Primei- forma as pessoas poderão alternar entre di- - Elementos biológicos ao espaço,como plan- ambientes que não são apenas exemplos de
ramente ele começa abordando a saúde di- ferentes locais ao longo do dia. tas ou outras vegetações. bem-estar em seu design, mas também que
reta dos indivíduos, em seguida é ampliada - Opções alternativas de mesa, como mesas incentivem ativamente estilos de vida saudá-
focando na saúde da cidade. altas para ficar de pé, ou esteiras de cami- DESCENTRALIZAÇÃO veis.
nhada, para que incentivam o movimento. - Distribuição geográfica e horários de traba-
- Áreas de lazer com equipamentos que esti- lho híbrido remoto/ presencial para aliviar os
TÓPICOS PRINCIPAIS mulam o exercício físico. picos no sistema de transporte público.

NATUREZA NUTRIÇÃO 1.5 ESPAÇOS DE ESTÍMULO


MOVIMENTO - Áreas comuns como cozinhas e cafés po-
NUTRIÇÃO dem oferecer frutas e vegetais gratuitos. Car-
tazes informativos nos locais de alimentação É importante que os espaços que construí-
QUALIDADE DO AR
podem encorajar opções de alimentos e be- mos não sejam apenas agradáveis por si só,
DESCENTRALIZAÇÃO bidas mais saudáveis. mas também incentivem o bem-estar geral e
- Os estabelecimentos podem sugerir pa- as práticas saudáveis. Para isso deve ser in-
drões de alimentos que priorizem a nutrição e cluído o ambiente físico; água e alimentação
NATUREZA
reduzam as gorduras malignas, ingredientes em suas diretrizes.
- Espaços exteriores ativos
artificiais, conservantes, sal e açúcar extras. “Mesmo que o design seja saudável, se as
- Formas arquitetônicas orgânicas
- As empresas podem incentivar dietas mais pessoas estão apenas vivendo de forma in-
- Materiais naturais como madeira e pedra
saudáveis. salubre dentro desses espaços, todas as
- Vista diurna e ampla para o exterior
outras medidas tomadas são redundantes”
(CANTIFIX). IMAGEM 02 | Centro Maggie de Leeds.
FONTE: Archdaily.
Um exemplo prático seria a inclusão de aca-
demia, equipamentos de filtragem do ar e da
água, tecnologias de limpeza, até mesmo
20 21
1.6 AGE 360

FICHA TÉCNICA O conceito wellness se encontra no AGE


360, o primeiro edifício com esse conceito no
Arquitetos: Triptyque - Franco Brasileira
Localização: Curitiba, Brasil Brasil. O projeto consiste em uma forma de
Área: 4.000 (terreno) m² torre única de 36 andares inscritos em uma
Ano do Projeto: Em construção fachada estrutural retilínea, com vista 360
IMAGEM 05 | Implantação.
graus da cidade de Curitiba. São ofertadas 8
FONTE: Archidaily.
tipologias de plantas diferentes, conforme as
necessidades de cada morador.
O edifício está implantado de forma que acom-
panha a topografia do terreno no sentido oes-
te-leste, dessa forma o empreendimento se
escalona conforme a altura dos pavimentos.
O resultado é um chanfro nas fachadas norte
e leste, valorizando as unidades habitacio-
nais dos pavimentos superiores.
A partir da sua fachada estrutural e o interior
livre de estruturas, o AGE 360 integra espa- IMAGEM 06 |1 pavimento.
FONTE: Archidaily.
ços internos amplos, fluidos e conectados
com a intensa iluminação natural.
No meio da sua torre um jardim suspenso
com pé direito triplo, ali estão localizadas in-
fraestruturas de lazer e contemplação como
uma praça para os moradores, bem como
IMAGEM 03 | Modelo 3D vista da floresta suspensa
AGE360.
uma piscina panorâmica.
FONTE: Archdaily.

IMAGEM 04 | Modelo 3D vista do AGE360. IMAGEM 07 | Espaço Wellness.

22 FONTE: Archidaily. FONTE: Archidaily.


23
2. A CIDADE E O EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
2.1 PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
TAXA DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRA
O processo de urbanização se iniciou a par-
tir do capitalismo comercial, e se intensificou
com a chegada da Revolução Industrial. Essa
transição do setor primário para os setores
industriais, comerciais e de serviços se tor-
naram um marco para a modernidade (SIL-
VA,2011).
Em busca de melhores condições de vida e
novos empregos na indústria, a população
que até então vivia nas zonas rurais, migra-
ram massivamente para as cidades. Esse
aumento repentino trouxe um caos para as GRÁFICO 02 | Gráfico de taxa de urbanização brasileira.
cidades, uma vez que a quantidade de mo- FONTE: IBGE.

radias era insuficiente; a infraestrutura de sa-


neamento básico era precária, tendo como
No Brasil, esse grande crescimento desorde-
consequência um aumento da mortalidade
nado das grandes cidades só começou a
devido a doenças; além disso a quantidade
ocorrer na década de 30, quando houve um
de empregos nas indústrias não supriram a
desenvolvimento industrial das cidades da
nova demanda, aumentando os níveis de po-
região Sudeste e a criação de Brasília. Se-
breza (NETO,1977).
gundo o IBGE, somente a partir da década
de 70 a maior parte da população do Brasil
passou a ocupar as zonas urbanas do país.

IMAGEM 08 | Vista do Centro de São Paulo.


FONTE: Flickr.

26 27
2.2 CIDADE COMPACTA
Ao longo dos anos, o crescimento desenfre- única edificação ou quadra, comércio, lazer, “O tráfego de bicicletas e de pedes-
ado das cidades causou uma série de pro- residência e serviço, consequente reduz o tres economiza espaço e contribui
positivamente para a contabilidade
blemas relacionados à locomoção, de modo fluxo de veículos, espaços abertos e convida-
verde, por - que reduz as partículas
geral as pessoas perdem cada vez mais tem- tivos de maneira a atrair a população, incen- poluentes e as emissões de carbono.”
po no trânsito e desfrutam cada vez menos tivando o aumento do número de pedestres, (GEHL, 2010, p. 105).
da cidade. A expansão das cidades, a setori- restabelecendo assim, o contato direto com
zação e as consequentes distâncias afastam a natureza, que é tão importante para todos A compactação dos centros urbanos e das
ainda mais o contato do pedestre com a ci- nós, não somente como matéria prima. cidades, pode reduzir drasticamente o nível
dade. de poluentes, visto que os deslocamentos se
“Agora deve estar claro que nossas “O tráfego de bicicletas e de pedes- tornam menores e facilitam o uso de bicicleta,
escolhas de estilo de vida, nossas de- tres não lota o espaço da cidade. Os aumenta as caminhadas e reduz proporcio-
cisões “racionais” de viver no conforto pedestres têm exigências muito mo-
e ter acesso ao trabalho e ao comércio destas: duas calçadas de 3,5 metros, nalmente o número de veículos motorizados
por meios mecânicos, alteraram ine- ou uma rua de 7 metros de largura em circulação. Porém compactar as cidades
xoravelmente nosso ambiente cons- podem acomodar 20.000 pessoas por não irá resolver todos os problemas. É neces-
truído.” (FARR, 2013, p. 11). hora. Duas ciclovias de 2 metros de sário que haja calçadas maiores e mais con-
largura são suficientes para 10.000 vidativas, ciclovias amplas e mais seguras
Para solucionar esse problema, muitos arqui- ciclistas por hora. Uma rua de duas para que realmente surta efeito na redução
tetos defendem o conceito de cidade com- mãos e duas faixas suportam entre
1.000 e 2.000 carros por hora (horário da emissão de gás carbônico.
pactas como forma de reduzir a locomoção
e automaticamente gerar mais vida às cida- de pico).” (GEHL, 2010, p.105)
des. Pessoas caminhando ou usando outros
O ideal seria ampliar as ciclovias e calçadas
meios de transporte não motorizados, como
e reduzir as ruas, para que isso ocorra de
bicicletas e skates, geram mais movimento
forma natural é necessário reeducar as pes-
às ruas, acarretando automaticamente em
soas e conscientizá-las do bem que o deslo-
mais segurança.
camento a pé ou por meios não mecânicos
Cidades sustentáveis estão diretamente liga-
nos traz, tanto para o meio ambiente em que
das às cidades compactas, ambas possuem
vivemos, quanto para nossa saúde.
os mesmos ideais, como a aplicação de me-
IMAGEM 09 | Paisagem do Centro de São Paulo.
nores deslocamentos concentrando em uma
FONTE: Google Imagens.

28 29
2.3 A VERTICALIZAÇÃO DA CIDADE 2.4 EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL

A verticalização das cidades é um processo Edifícios multifuncionais são aqueles que em SITUAÇÃO EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL
socioespacial que produz formas construídas um único conjunto de edifícios, abriga múl-
como: edifícios altos e os arranha-céus, que tiplas funções (habitação, comércio, serviço,
são espaços verticais com funções residen- lazer, institucional e etc.) em diferentes es-
ciais ou terciárias (comércio e/ou serviço). calas que podem variar conforme o meio em
Os edifícios altos são aqueles com mais de que está inserido.
quatro andares e que possuem elevadores O conceito de edificações de uso misto não é
(SOUZA,1994). Já os arranha-céus são edi- recente. Desde a antiguidade as Cidades-Es-
fícios altos com mais de 100 metros de altura tados se organizam dentro de muralhas, as-
(EMPORIS,2016). sim a localização de espaços de habitação,
Os primeiros edifícios verticais foram constru- trabalho e comércio se tornavam próximos ou
ídos no final do século XIX, nos Estados Uni- sobrepostos.
dos, quando foram criados pelos engenhei- No início do século XX, Le Corbusier desen-
IMAGEM 10 | Vista do Centro de São Paulo com a Avenida 23
ros e arquitetos da Escola de Chicago, novas de Maio. volveu um “Novo modo de morar”. Era com-
tecnologias e técnicas construtivas, como: o FONTE: Folha Uol. posto por um espaço mínimo privado para
elevador a estrutura de aço e de concreto ar- moradia, em seguida prolongamentos da ha-
mado (MENDES,2009). Os primeiros edifícios residenciais no Bra- bitação a fim de servir o coletivo, como servi-
A verticalização das cidades brasileiras teve sil buscavam reproduzir soluções da planta ços e comércio. Já o arquiteto se preocupava
início na década de 1910, primeiramente em convencional das residências unifamiliares com a relação entre distância-tempo de des-
IMAGEM 11 | Diagrama situação edifício de uso multifuncional.
São Paulo e posteriormente no Rio de Janeiro comuns naquela época, como: corredores; locamento dos moradores, a cidade ideal se- FONTE: Acervo do próprio autor.
Na atualidade essas duas cidades e Balneá- salas; copas; cozinha; varandas; amplas áre- ria composta por grandes edifícios verticais
rio Camboriú são as três cidades com maior as de serviços; além da dependência de em- dotados de serviços em seu interior. No Brasil, a implantação dos edifícios multi-
número de arranha céus da américa latina do pregados. Visando oferecer aos moradores funcionais acompanhou o processo de verti-
Sul. uma reprodução fiel do ambiente de origem. calização nas cidades de São Paulo e Rio de
Com o passar dos anos esse princípio foi se Janeiro, nos anos ‘20. Por diversos fatores,
alterando para apartamentos cada vez meno- dentre eles: o desenvolvimento tecnológico,
res. a industrialização e a atuação dos agentes
imobiliários.
30 31
IMAGEM 12 | Terminal de ônibus no largo
da Batata, em Pinheiros, no ano de 1991.
FONTE: São Paulo in Foco.
3. PINHEIROS
3.1 APROXIMAÇÃO HISTÓRICA

Pinheiros foi fundado às margens do rio Pi- É interessante notar que sempre houve uma
nheiros em 1562, após fracassar em um gran- ponte para travessia do rio Pinheiros. Em
de ataque a São Paulo, os índios saíram de 1865 essa ponte, frequentemente destruída
Piratininga e se estabeleceram onde hoje é por enchentes, teve solução definitiva com a
o Largo da Batata, migrando posteriormente construção de outra metálica. No começo do
para um local conhecido como Nossa Senho- século XX, por exemplo, aconteceu a funda-
ra dos Pinheiros. ção do Mercado Caipira, da Sociedade Hí-
Até o ano de 1600, o chamado Caminho de pica Paulista e da Cooperativa Agrícola de
Pinheiros (atual Consolação) era um dos pon- Cotia. O surgimento destas instituições e a
tos mais importantes da vila de São Paulo, ampliação infra-estrutural (transportes, água,
pois ligava a região a outras áreas mais dis- luz) intensificaram o desenvolvimento da re-
tantes. gião.
No entanto, a melhora ocorreu apenas duran- Pinheiros, atualmente, é um dos lugares mais
te o ciclo do café no Brasil, que ocorreu entre sofisticados da cidade de São Paulo, pos-
o final do século XIX e o início do século XX suindo uma rede comercial grande e bastan-
Os recursos derivados da exportação des- te diversa, além de uma vida cultural única.
te produto ajudaram no desenvolvimento do
bairro. Vale dizer que, nesse período, acon-
teceu a chegada de vários imigrantes, como
italianos e mais tarde, japoneses.

IMAGEM 13 | Largo de Pinheiros década de 60.


FONTE: São Paulo in Foco.

34 35
IMAGEM 14 | Vista frontal a área escolhida.
FONTE: Acervo do próprio autor. 4. LEITURA DO TERRITÓRIO
4.1 O TERRENO
O terreno escolhido está localizado na região
de Pinheiros, onde é formado pela unifica- TERRENO
ção de 14 lotes que juntos somam a área de Localização: Av. Eusébio Matoso,
Pinheiros.
8.500 m², que atualmente está sendo utiliza-
Área: 8.330m²
do como área de estacionamento.
Pinheiros foi escolhido para desenvolvimen-
to do estudo por apresentar características
únicas de formação. A região possui em seu
tecido sobreposição de diferentes tipologias,
é uma região rica em infraestrutura abasteci-
da pelo metro linha amarela Faria Lima e pelo
trem da CPTM linha esmeralda Pinheiros,
além dos corredores de ônibus, ciclovia na
Avenida Brigadeiro Faria Lima e variedades
de comércio, serviços e equipamentos.
De acordo com a Revista Nacional de Ge-
renciamento de Cidade, v. 04; n.23, 2016 pp
129-141, após analisar o distrito de Pinheiros,
nota-se que a área de estudo por eles delimi-
tada existe residências de alto padrão, edi-
fícios corporativos e os espaços livres des-
tinam-se às áreas internas ao muro, para o
morador ou frequantador e não há permeabi-
lidade ao usuário externo.

IMAGEM 15 | Mapa da área escolhida.


FONTE: Google satélite, gerados a partir do software de
georeferenciamento QGIS,2022. (editado pelo autor)

38 39
4.2 LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO

IMAGEM 16 | Vista para a Av. Eusébio Matoso. IMAGEM 18 | Vista para dentro do estacionamento.
FONTE: Acervo do próprio autor. FONTE: Acervo do próprio autor.

IMAGEM 20 | Vista para dentro do estacionamento e ao fundo


IMAGEM 17 | Vista posterior ao terreno na Rua dos Cariris. IMAGEM 19 | Vista para a Rua dos Cariris. um edifício residencial.
FONTE: Acervo do próprio autor. FONTE: Acervo do próprio autor. FONTE: Acervo do próprio autor.

40 41
4.3 OPERAÇÃO FARIA LIMA
DIRETRIZES IMPORTANTES DA OPERAÇÃO
O terreno faz parte da Operação Consorcia- Essa intervenção procurou garantir que a - Melhorar a qualidade de vida de seus atu- - Incentivo ao uso usos diferenciados nas
da Faria Lima, um instrumento que pressu- introdução dos diversos melhoramentos vi- ais e futuro moradores, promovendo a valori- áreas contidas no perímetro da operação
põe formas de parceria entre o poder público ários, propostos nos bairros Pinheiros, Faria zação da paisagem urbana e a melhoria da urbana, com ocupação do pavimento térreo
e o setor privado, interessado na permissão Lima, Hélio Pelegrino e Olimpíadas, fossem infraestrutura e da qualidade ambiental; para fins comerciais até no ‘máximo 70% da
de construir área adicional é definida pela lei: complementadas por uma política de aden- Incentivar o melhor aproveitamento dos imó- área do lote;
ao pagar os benefícios decorrentes de exce- samento compatível com a maximização de veis, em particular dos não construídos ou - Estímulo ao uso residencial em áreas es-
ções à legislação urbana, os empreendedo- rede de infraestrutura, de transporte e de ser- subutilizados; pecíficas, com taxa de ocupação máxima de
res privados financiam o investimento públi- viços, e fossem implantados juntamente com - Ampliar e articular os espaços de uso públi- 70% da área do lote;
co na transformação de determinada parte o novo sistema viário. co, em particular os arborizados e destinados - Criação de áreas verdes, ciclovias e ado-
da cidade, objeto de operação. Mediante a à circulação e bem-estar dos pedestres. ção de mecanismos que possibilitem a ab-
outorga onerosa de exceções à lei de uso de - Abertura de espaços de uso público, com- sorção e o escoamento das águas pluviais.
ocupação do solo, isto é pela arrecadação patíveis com a dinâmica de desenvolvimento
das contrapartidas a serem pagas pelo em- da região, dimensionados de forma a possi-
preendedor em troca dessas exceções, uma bilitar a criação de áreas de lazer e de circu-
operação urbana deve garantir recursos para lação segura para pedestres de vias que per-
custear intervenções de estruturação, qualifi- mitiam a priorização do transporte coletivo e
cação e melhoria das áreas definidas como individual;
território de sua atuação. - Criação de condições ambientais diferen-
Operação Urbana Consorciada Faria Lima foi ciadas para os novos espaços públicos obti-
aprovada em 1995, visando o prolongamento dos, mediante a implantação de arborização,
da Avenida Faria Lima, com a implantação de mobiliário urbano e comunicação visual ade-
infraestrutura e com desapropriações desne- quada;
cessárias, que trouxe alterações profundas - Uso do solo das propriedades públicas ou
de uma porção importante da região sudeste privadas compativel com a conformação das
IMAGEM 21 | Perímetro Operação Faria Lima.
da cidade de são paulo, não somente na área novas quadras criadas pela implantação das
FONTE: Prefeitura de São Paulo.
em si como também em seu entorno imedia- melhorias viárias e de infra-estrutura;
to.

42 43
4.4 ANÁLISE SISTEMA VIÁRIO E
ARBORIZAÇÃO
LEGENDA
Analisando o mapa, nota-se que a área é
composta por serviços de transporte público, PONTOS DE ÔNIBUS

composto por linhas de ônibus que fazem li- METRÔ LINHA AMARELA
gação com o Terminal Pinheiros e a estação CPTM LINHA ESMERALDA
Metrô Faria Lima.
LINHAS DE ÔNIBUS
Este é uma das principais condicionantes
CICLOVIA
para se pensar no futuro projeto multifuncio-
nal, que tem pretensão de ter fácil acessibili- ARBORIZAÇÃO VIÁRIA
dade para os futuros moradores e funcioná-
TERRENO
rios.

IMAGEM 22 | Mapa análise sistema viário e arborização.


FONTE: Google satélite, gerados a partir do software de
georeferenciamento QGIS,2022. (editado pelo autor)

44 45
4.5 ANÁLISE DE ZONEAMENTO

De acordo com o dados site GeoSampa, o LEGENDA


terreno está localizado em uma Zona Mista
ZM
(ZM), que tem como principal característica ZEU
viabilizar a diversificação de usos, sendo uma ZER_1
zona em que se pretende mais a preservação ZEPAM
da morfologia urbana existente e acomoda- ZEIS_3
ção de novos usos, do que a intensa transfor- ZCOR_2
mação. ZCOR_1
As Zonas Mistas são áreas destinadas a pro- ZOE
mover usos, prioritariamente, residenciais e PRAÇA_CANTEIRO
não residenciais. Este tipo de zoneamento ZC
tem por características a densidade constru-
TERRENO
tiva e demográfica baixa e média.

PARÂMETROS URBANISTICOS:
CA máximo: 4
TO (taxa de ocupação): 70%
TP (taxa de permeabilidade): 25%
Recuos frente e fundos: 5 metros
Recuo lateral: 3 metros

IMAGEM 23 | Mapa de zoneamento.


FONTE: Google satélite, gerados a partir do software de
georeferenciamento QGIS,2022. (editado pelo autor)

0 1km 2km
46 47
4.6 ANÁLISE USO DO SOLO

De modo geral, o mapa da região tem pre- SEM INFORMAÇÃO


dominância de comércio e serviços. O bairro RESID. HORIZONTAL BAIXO PADRÃO
possui eixos comerciais que estruturam sua RESID. HORIZONTAL MÉDIO/ALTO PADRÃO
dinâmica, tendo como principal via para isso RESID. VERTICAL MÉDIO/ALTO PADRÃO
a Av. Brigadeiro Faria Lima. COMÉRCIO E SERVIÇOS
Esta é uma condição importante para o futuro RESIDENCIAL E COMERCIO/SERVIÇOS
projeto, tendo em vista implantar comércios
COMÉRCIO/SERVIÇOS E IND./ARMÁZENS
no térreo para uso público.
EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
ESCOLA
TERRENOS VAGOS
SEM PREDOMINÂNCIA

TERRENO

IMAGEM 24 | Mapa análise uso do solo.


FONTE: Google satélite, gerados a partir do software de
georeferenciamento QGIS,2022. (editado pelo autor)

0 1km 2km 0 1km 2km


48 49
4.7 ANÁLISE GABARITO

Analisando o mapa de gabarito da área, foi


possível perceber que a predominância do 1 PAVIMENTO
gabarito na região é baixa, o que permite mais
2 PAVIMENTOS
flexibilidade com a arquitetura a ser criada e
a possibilidade de projetar um marco visual 3 PAVIMENTOS
para a região. No entanto, o edifício ao lado e
a frente do terreno possuem uma altura maior 4 PAVIMENTOS
que 10 metros, criando uma barreira para o
+5 PAVIMENTOS
sol no período da manhã, o que deve ser es-
tudado e analisado para o futuro projeto.
TERRENO

IMAGEM 25 | Mapa análise gabarito.


FONTE: Google satélite, gerados a partir do software de
georeferenciamento QGIS,2022. (editado pelo autor)

0 1km 2km 0 1km 2km


50 51
5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
5.1 EDIFÍCIO ELEVO

FICHA TÉCNICA

Arquitetos: Andrade Morettin Arquitetos


Associados
Localização: São Paulo, Brasil
Área: 20.000 m²
Ano do Projeto: 2021

O edifício é composto por lojas, escritórios


e apartamentos de dois e três dormitórios. A IMAGEM 26 | Implantação edifício Elevo.
implantação do conjunto se organiza a partir FONTE: Archdaily.

do embasamento, que contém lojas.


Os acessos para a torre residencial e os
acessos para os escritórios, que estão dis-
tribuídos no primeiro e segundo pavimentos
da base. Os planos recuados das fachadas
deste volume suspenso configuram uma mar-
quise de proteção, que contorna o conjunto e
se integra às árvores do passeio.
A volumetria, composta pelo embasamen-
to suspenso e pela torre residencial, que
se ajusta ao desenho da quadra, fazendo a
transição da avenida, movimentada e densa,
para o interior do bairro, predominantemente
residencial. IMAGEM 27 | Imagem pavimento tipo.
FONTE: Archdaily.

IMAGEM 28 | Imagem Edifício Elevo.


FONTE: Archdaily.

54 55
5.2 BLOCO DE USO MISTO, NANJING
MATERIALIDADE

FICHA TÉCNICA A quadra em que este edifício está inserido O hotel é composto por uma parede de cor-
contém uma área de 208.000 m², com um tina curva, cuja folha exterior esconde uma
Arquitetos: Ábalos + Sentkiewicz interior com 50% de superfície opaca. A mo-
arquitectos, Atelier L+ programa de uso misto que inclui quatro tor-
res residenciais, uma delas sendo a mais alta dulação principal, de dimensões reduzidas
Localização: Nanquim, China
Área: 208.410 m² com um hotel, centro convencional e espa- e vidro refletor, contrasta com os módulos
Ano do Projeto: 2012 ços comerciais na base. O intuito do projeto maiores dos pisos dos equipamentos públi-
é mostrar a diversidade arquitetônica e quali- cos do hotel, constituídos por superfícies de
dade ambiental, particularmente no contexto vidro transparente de grande formato e siste-
de crescimento urbano excessivamente ho- mas de ventilação embutidos nas esquadrias,
mogêneo no território. deixando assim todo o edifício ‘respirar’ em
O clima e a combinação de usos determinam condições climáticas adequadas.
o layout do projeto, com dois anéis de troca
de energia: o primeiro reflete a relação entre
o volume e os fatores climáticos como ven-
tilação e luz do dia, e a segunda é baseada
na troca interna entre as partes do programa
que são ‘fonte’ de ganhos térmicos que fun-
cionam como dreno ao longo do dia.

IMAGEM 29 | Modelo 3D vista das torres residenciais.


FONTE: Arquitectura Viva.

IMAGEM 31 | Imagem 3D no centro do pátio interno.


IMAGEM 30 | Modelo 3D do edifício. FONTE: Arquitectura Viva.
FONTE: Arquitectura Viva.
56 57
5.3 EDIFÍCIO POP MADALENA
FICHA TÉCNICA

Arquitetos: Andrade Morettin Arquitetos


Associados
Localização: Vila Madalena, São Paulo
Área: 7.682 m²
Ano do Projeto: 2015

O Edifício está localizado na Vila Madalena,


em São Paulo, bairro que possui uma dinâmi-
ca mista, é rico em bares, restaurantes, cer-
vejarias, lojas, e equipamentos culturais. De
acordo com a equipe do projeto, a interação
do edifício ao entorno foi um fator importante.
Com o uso misto, no qual o térreo é de uso IMAGEM 33 | Implantação do edifício Pop Madalena. IMAGEM 34 | Esquema 3D do edifício Pop Madalena.
comercial, que se localizam em níveis distin- FONTE: Archdaily. FONTE: Andrade Morettin.
tos devido aos 18 metros de diferença. Esse
desnível juntamente com o formato do terreno
o volume se deu. O pavimento principal é o que está apresen- Entre os volumes há um eixo de circulação e
tado acima, nele encontra-se toda a área um eixo hidráulico fixo. O corredor de circula-
comum que o edifício oferece aos morado- ção na lateral permite que o usuário desfrute
res, é composta pela entrada principal, uma da vista e se integre ao bairro.
praça verde juntamente com um mirante que Os andares inferiores ao térreo principal são
vislumbra o entorno, um salão multiuso e a compostos por estacionamento, área técnica
piscina, elemento que deixou o edifício mais e uma área destinada a um comércio.
conhecido. Há um terraço que proporciona uma área
IMAGEM 32 | Vista do edifício Pop Madalena. comum aos moradores, e também reforça a
FONTE: Archdaily.
ideia de desfrutar da paisagem do entorno.

58 59
6. ESTUDO PRELIMINAR TFG I - PRO-
POSTA DE INTERVENÇÃO
6.1 DIRETRIZES PROJETUAIS
A partir da fundamentação teórica, da leitu-
ra e análise do terreno, foi estabelecido uma
série de diretrizes que iram nortear o futuro
projeto. A fim de obter um programa de ne-
cessidades que se adeque ao tipo de edifi-
cação e conduza com os princípios wellness
hortas comunitárias
na arquitetura.

IMAGEM 35 | Diagrama diretrizes projetuais.


FONTE: Acervo do próprio autor.

luz natural
biofilia

espaços de contemplação
revestimentos naturais
62 63
6.2 PLANTA ESQUEMÁTICA - TÉRREO
O PARTIDO EDIFÍCIO RESIDENCIAL

A ideia do projeto foi desenvolver um edifício A torre foi destinada a uso controlado com
de uso misto com espaços públicos e priva- circulação privativa, tendo acesso pela Rua
dos, trazendo permeabilidade visual e física Cardeal Arco Verde, onde o fluxo de carros
com o entorno, de forma que os cidadãos não e pessoas é menos intenso, trazendo maior
se sintam enclausurados. Oferecendo duas privacidade para os moradores.
torres, uma com uso residencial e outra com Sua forma em “L” se deu através do estudo
uso corporativo, que se conectam através do de tipologias, levando em consideração a in-
térreo, onde terá vida em todos os períodos solação e ventilação na volumetria.
do dia. Esse intuito se embasa na proposta de
cidade compacta, pela qual integramos usos PARÂMETROS URBANISTICOS:
para a diminuição de conflitos na cidade. CA: 4
TO (taxa de ocupação): 36%
EDIFÍCIO CORPORATIVO TP (taxa de permeabilidade): 20%
Recuos frente e fundos: 5 metros
É composto por um térreo que comporta fa- Recuo lateral: 5 metros
chada ativa com lojas, cafés, livraria, cinema
e fruição pública, a fim de trazer diversidade A implantação do projeto não ocupa 70% do
de usos e relação entre os espaços cheios e solo, trazendo maior proveito das áreas aber-
vazios. Sua forma triangular se deu através tas e verdes. A porcentagem restante foi apli-
de um estudo de formas mais orgânicas e cada na verticalização do edifício residen-
funcionais, levando em consideração todas cial, compensando a falta de tal.
as necessidades de espaço que um escritó-
rio requer.
0 25m 50m

64 65
6.3 CORTES ESQUEMÁTICOS

CORTE A-A CORTE B-B

23m

20m

17m

14m

11m

8m

5m

0m

-3m

-6m

0 20m 40m 0 20m 40m

66 67
6.4 VOLUMETRIA 6.5 ESTUDO DE INSOLAÇÃO

68 69
6.6 ESTUDO DE VENTILAÇÃO 6.7 ACESSOS E CIRCULAÇÃO

70 71
6.8 PROGRAMA EDIFÍCIO RESIDÊNCIAL

72 73
ÁREA ÁREA NÃO
PAVIMENTO AMBIENTE TOTAL
COMPUTAVEL COMPUTAVÉL
6.9 PROGRAMA EDIFÍCIO CORPORATIVO central energia - 10 m²
central gás - 10 m²
SUBSOLOS (2X) central llixo - 10 m² 5.576 m²
vagas estacionamento
6.838 m²
(100 vagas) -
zeladoria - 10 m²
circulação vertical - 50m²
lojas comerciais (x14) 763 m²
sala de cinema 400 m²
livraria 150 m²
café 50 m²
hall 20 m²
copa funcionários 20 m²
cozinha 20 m²
TÉRREO estar 70 m² 1543 m²
sanitários públicos 50 m²
recepção 15 m²
salas administrativas 40 m²
segurança 15 m²
almoxarifado 10 m²
área técnica 30 m²
depósito 15 m²
circulação vertical - 50 m²
espaço de
1.413 m²
descompressão
sala multiuso 50 m²
1° PAVIMENTO café 50 m² 1.543 m²
sanitários 30 m²
estar externo - 116 m²
circulação vertical - 40 m²
PAVIMENTO TIPO salas corporativas (42x) 662 m² 9.258 m²
circulação vertical - 40 m²
COBERTURA
100 m²
TÉCNICA caixa de máquinas 20 m²
caixa d'água 80 m²

74 75
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo da primeira etapa do TFG 2, foram


tratados os principais fatores motivacionais
determinantes para a realização da propos-
ta física que consiste em uma intervenção de
grande porte na área de Pinheiros.

Para a segunda etapa, pretendo me apro-


fundar mais nas questões técnicas espaciais
para a elaboração dos espaços propostos,
incluindo soluções estruturais, espaciais e
materiais necessários para que a arquitetura
wellness seja valorizada no projeto.
BIBLIOGRAFIA
AG7. AGE 360. Disponível em: https://ag7.co/empreendimento/age-360/ GESTÃO URBANA DE SÃO PAULO. Projeto Lei PL 688/13. Disponível em:gestaourbana.prefeitura.
sp.gov.br/incentivo-ao-uso-misto/.
ARCHIDAILY. Edifício Elevo (Pavão) / Andrade Morettin Arquitetos Associados. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/971067/edificio-elevo-pavao-andrade-morettin-arquitetos- IBGE. Disponível em: https://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=POP122
associados
MENDES, Cesar. Arranha-céus: evolução e materialidade na urbanização mundial. Junho,2011.
ARCHIDAILY. Leitão 653/Triptyque. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/01-136019/ Disponivel em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.133/3947
leitao-653-slash-triptyque
ROGERS, Richard. Cidades para um pequeno planeta. Barcelona: Gustavo Gili,2001.
ARCHIDAILY. Edifício Pop Madalena / Andrade Morettin Arquitetos Associados. Disponível em:
https://www.archdaily.com.br/br/867005/edificio-pop-madalena-andrade-morettin-arquitetos- SÃO PAULO (SP). Gestão Urbana de SP. Operação Urbana Consorciada Faria Lima. Disponível
associados em: https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/cadernos_ouc/Caderno_FL_
Final_RFinal.pdf
BATTISTO, Dina. WHILHELM. Architecture and Health. New York: Dina Battisti, 2020. Disponível
em: https://books.google.com.br OLIVEIRA, Abrahão. O Bairro Mais Antigo de São Paulo – A História de Pinheiros. São Paulo in Foco, 2017.
Disponível em: https://www.saopauloinfoco.com.br/bairro-de-pinheiros/#:~:text=Considerado%20
HARVEY. David. Condição pós-moderna. Oxford. Disponível em: https://www.academia. por%20muitos%20o%20bairro,est%C3%A1%20o%20Largo%20da%20Batata.
edu/31738097/David_Harvey_A_condi%C3%A7%C3%A3o_p%C3%B3s_moderna_Livro_
COMPLETO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.
GAZETA DO POVO. Curitiba ganha novo arranha céu de luxo que estará entre os mais altos Disponivel em: http://acessibilidade.unb.br/images/PDF/NORMA_NBR-9050.pdf
do Brasil. Disponível em: https://gazetadopovo.com.br/haus/arquitetura/novo-arranha-ceu-de-
curitiba-sera-um-dos-mais-altos-do-Brasil/. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR5665: cálculo do tráfego nos
elevadores.
GEHL, Jan. Cidade para pessoas. 3° ed. São Paulo: Editora Perspectiva, 2015. Disponivel em: https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/5613/abnt-nbr5665-trafego-
nos-elevadores
FARR, Douglas. Urbanismo sustentável – Desenho urbano com a natureza. Porto Alegre:
Bookman, 2013.
80 81
EDIFÍCIO MULTIFUNCIONAL - PINHEIROS
O TERRENO NUTRIÇÃO
- Áreas comuns como cozinhas e cafés po-
O terreno escolhido está localizado na re- dem oferecer frutas e vegetais gratuitos.
gião de Pinheiros, onde é formado pela
unificação de 14 lotes que juntos somam QUALIDADE DO AR
a área de 8.330 m², que atualmente está - Ventilação natural e cruzada constante.
sendo utilizado como área de estaciona- - Elementos biológicos ao espaço,como
plantas ou outras vegetações.
mento.

CONCEITO PARÂMETROS
URBANISTICOS:
A deia do projeto foi desenvolver um edifí-
cio de uso misto com espaços públicos e CA: 4
privados, trazendo permeabilidade visual TO (taxa de ocupação): 46%
e física com o entorno, de forma que os TP (taxa de permeabilidade): 20%
cidadãos não se sintam enclausurados. Recuo frontal: 5 metros
Oferecendo duas torres, uma com uso re- Recuo lateral: 5 metros
sidencial e outra com uso corporativo, que Recuo fundos: 5 metros
se conectam através do térreo, onde terá
vida em todos os períodos do dia. Esse A implantação do projeto não ocupa 70%
intuito se embasa na proposta de cidade do solo, trazendo maior proveitamento das
compacta, pela qual integramos usos para áreas abertas e verdes.
a diminuição de conflitos na cidade. A porcentagem restante foi aplicada na
verticalização do edifício residencial,
Para fundamentar os tópicos que nortea- compensando a falta de tal.
ram o projeto futuro, é importante ressaltar
a forma como a arquitetura wellness atua.
Primeiramente ele começa abordando a
saúde direta dos indivíduos, em seguida
é ampliada focando na saúde da cidade.

NATUREZA
- Espaços exteriores ativos
- Materiais naturais como madeira e pedra
- Vista diurna e ampla para o exterior

MOVIMENTO
- Propor diversos locais de trabalho, dessa
forma as pessoas poderão alternar entre
diferentes locais ao longo do dia.
- Áreas de lazer com equipamentos que
estimulam o exercício físico.

TFG 2022.2 NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437


ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO 1/6
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
DATA:02/12/2022
IMPLANTAÇÃO

PISO PERMEÁVEL ESQUADRIAS PAINEL DESLIZANTE


EM VIDRO PERFURADO

SUBSOLO PLANTA DE COBERTURA

A fruição pública entre a Avenida Eusébio A implantação do projeto não ocupa 70% do
Matoso e a Rua dos Cariris foi um fator im- solo, trazendo maior proveito das áreas aber-
portante para a implantação do edifício, para tas e verdes. A porcentagem restante foi apli-
reforçar a intenção de gerar espaços públi- cada na verticalização do edifício residencial,
cos e áreas mais priveadas nos andares su- compensando a falta de tal.
periores, valorizando o espaço comum no
nível térreo com galerias de lojas, café e res- 0 5 10 15 20 25 0 5 10 15 20 25

taurante.
0 5 10 15 20 25

TFG 2022.2
2/6
NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437
ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
DATA:02/12/2022
PRIMEIRO PAVIMENTO

0 5 10 15 20 25

PAVIMENTO TIPO 1
ESTUDO DE VENTILAÇAO

O estudo de ventilação foi necessário para a compreensão de


como seria o deslocamento do ar entre as duas torres, e com
isso foi necessário a criação de espaços para melhor circulação
do ar, trazendo melhor qualidade de vida para os seus usuários.

0 5 10 15 20 25

PAVIMENTO TIPO 2

ESTUDO DE INSOLAÇÃO

Com o estudo de insolação foi possível observar que seria ne-


cessário a criação de varandas e utilização de painéis deslizan-
tes, para melhor proteção na fachada leste dos edifícios.
0 5 10 15 20 25

TFG 2022.2
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437
ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO
DATA:02/12/2022
3/6
SISTEMA CONSTRUTIVO MATERIAIS
Laje nervurada em concreto
armado
O sistema estrutural utilizado para a O uso dos materiais foi pensado atra-
construção do edifício multifuncional Forro com tabica vés da preocupação com os impactos
é a estrutura em concreto armado. Fo- que eles causaram ao meio ambiente,
ram adotados pilares retangulares, cir- Esquadria de correr de alu- práticas sustentáveis como permea-
culares e lajes nervuradas que permi- mínio preto com vidro bilidade do piso nas áreas externas e
tem que o edifício atinja um vão livre painéis deslizantes perfurados para o
de 18x18 metros, proporcionando me- conforto térmico.
Guarda-corpo de vidro com
lhor aproveitamento do espaço, cola-
perfil de alumínio preto
borando com a flexibilidade de plantas
arquitetônicas de diferentes tipologias.
Painel deslizante perfurado
de alumínio

CORTE A-A
0 5 10 15 20 25

TFG 2022.2 NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437


ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO 4/6
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
DATA:02/12/2022
54 M

42 M

14 M

PERMEABILIDADE VISUAL

Analisando o entorno do terreno foi possível perceber o gabarito e distancia entre as edificações, e com isso foi proposto a interação visual entre o interior
e exterior nos 4 dos edifícios, utilizando esquadrias em vidro e varandas para melhor convivência entre os usuários.

EDIFÍCIO COMERCIAL
É composto por um térreo que comporta fachada ativa com lojas, café, e fruição pública, a fim de trazer diversidade de
usos e relação entre os espaços cheios e vazios. Sua forma em “‘L” se deu através de um estudo de formas mais orgânicas
e funcionais, levando em consideração todas as necessidades de espaço que um edifício comercial requer.

EDIFÍCIO RESIDENCIAL

A torre foi destinada a uso controlado com circulação privativa, tendo acesso pela Rua Cardeal Arco Verde, onde o fluxo
de carros e pessoas é menos intenso, trazendo maior privacidade para os moradores.
Sua forma em “L” se deu através do estudo de tipologias, levando em consideração a insolação e ventilação na volumetria.

CORTE B-B
0 5 10 15 20 25

TFG 2022.2 NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437


ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO 5/6
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
DATA:02/12/2022
TFG 2022.2 NOME: ARIANE CLAUDINO - 818123437
ORIENTADOR: MIGUEL AUGUSTO 6/6
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS
DATA:02/12/2022

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