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Apostila Regulagens Diagnost Ciclo Otto
Apostila Regulagens Diagnost Ciclo Otto
REGULAGENS E DIAGNÓSTICOS EM
MOTORES CICLO OTTO
2005
© 2005. SENAI-SP
Regulagens e Diagnósticos em Motores Ciclo Otto
Publicação organizada e editorada pela Escola SENAI “Conde José Vicente de Azevedo”
E-mail atendimento113@sp.senai.br
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
MOTOR DE COMBUSTÃO 7
• Motor de Combustão Interna 7
• Motores de Quatro Tempos 8
• Posição de Comando e Tipo de Motor 10
• Distribuição Mecânica 11
• Diagrama de Válvulas 13
• Correias Dentadas 13
• Como Diagnosticar o Motor com o Vacuômetro 18
• Teste de Equilíbrio dos Cilindros 21
• Teste Universal de Compressão 22
• Analisador de Vazamento de Cilindros 24
• Lubrificantes 29
• Sistema de Arrefecimento 33
• Sistemas de Ignição 39
• Sistema de Alimentação 66
• Sistema de Injeção Eletrônica 81
• Sintomas do Veículo 82
• Sistema Elétrico 97
• Motor de Partica 106
• Emissões 107
INTRODUÇÃO
A leitura desta apostila será muito importante para você. Leia uma, duas três...., quantas
vezes forem necessárias. Lembre-se que muitas vezes os ensinamentos adquiridos nos
bancos escolares e as noções aprendidas no dia-a-dia da oficina precisam ser reavivados
e reordenados para um melhor desempenho profissional.
O SENAI espera que você tire o máximo proveito deste Treinamento. E que, à medida que
você se atualize, possa crescer cada vez mais na profissão que escolheu.
MOTOR DE COMBUSTÃO
Por esse processo, o motor de combustão interna tem um rendimento térmico maior que o
possibilitado pela combustão externa. É que o combustível é queimado em quantidades
controladas, resultando um melhor aproveitamento da energia produzida na queima.
Nos veículos terrestres (a gasolina ou a álcool), predomina o motor de quatro tempos que
obedece ao ciclo de Otto.
Esse ciclo completo se repete mais de 1000 vezes por minuto quando um automóvel comum
desenvolve a velocidade de 80km/h.
Normalmente, os motores podem ser construídos com um ou com vários cilindros. Motores
monocilíndricos são empregados em implementos agrícolas, motonetas e pequenas lanchas.
Os policilíndricos, com 4,6,8,12 ou mais cilindros, destinam-se a automóveis, locomotivas,
navios, aviões.
São os motores que completam seu ciclo de trabalho com quatro movimentos do êmbolo,
ou seja, duas voltas da árvores de manivelas.
O motor de combustão interna pode ter um ou mais cilindros. Entretanto, como todos têm o
mesmo funcionamento, basta explicar o que ocorre com um deles.
1º tempo: admissão
A válvula de escapamento permanece fechada; a da admissão abre-
se progressivamente. O êmbolo desloca-se do ponto morto superior
PMS ao ponto morto inferior PMI, aspirando a mistura ar/combustível
para o interior do cilindro.
2º tempo: compressão
A válvula de admissão se fecha e a de escapamento permanece
fechada. O êmbolo inverte seu movimento do PMI para o PMS,
comprimindo a mistura na câmara de combustão.
3º tempo: combustão
A válvula de admissão e de escapamento continuam fechadas. A
mistura comprimida é inflamada por uma centelha que salta entre
os eletrodos da vela. Com a queima formam-se gases que se
expandem, impulsionando o êmbolo de volta para o PMI.
4º tempo: escapamento
A válvula de admissão permanece fechada e a de escapamento abre-
se, progressivamente, à medida que o êmbolo vai do PMI ao PMS,
expelindo os gases resultantes da combustão.
Pelo estudo anterior conclui-se que: dos quatro tempos, apenas o terceiro (combustão) produz
trabalho. Um volante, instalado no extremo da árvore de manivelas, regulariza o funcionamento
do motor, compensando cineticamente os outros tempos que não produzem trabalho.
balancim
OHV (OVER HEAD VALVE OU VÁLVULA NO CABEÇOTE) válvula
haste bloco
tucho
cames
cames
tuchos
comando
(no cabeçote)
correia de acionamento
do comando
válvulas
A figura mostra claramente os componentes do duplo comando, com quatro válvulas por
cilindro. No cabeçote estão alojados dois comandos que acionam as válvulas, dispostas
em dois planos inclinados entre si. Neste caso, agem nos tuchos hidráulicos.
DISTRIBUIÇÃO MECÂNICA
Esses movimentos das válvulas são feitos por meio da árvore de comando de válvulas
que é acionada pela árvore de manivelas. Essas árvores têm, cada uma, uma engrenagem.
A posição da engrenagem da árvore de comando de válvulas, em relação à engrenagem da
árvore de manivelas, recebe o nome de ponto de referência da distribuição mecânica. A
relação de rotação dessas árvores é 2:1, ou seja, para cada volta da árvore de comando de
válvulas ocorrem duas voltas da árvore de manivelas.
Esses tipos estão ilustrados nas figuras a seguir, com os pontos de sincronização.
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
correia dentada
pontos de
sincronização tensor
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
engrenagens engrenagens de
de distribuição sincronização
engrenagens
de distribuição
pontos de
sincronização
pontos de
corrente sincronização
cames
DIAGRAMA DE VÁLVULAS
Nesse diagrama indica-se, separadamente, o que ocorre com a válvula de admissão (azul)
e com a de escapamento (vermelho).
Válvula de admissão
Abertura: 33o APMS
Fechamento: 67o DPMI
Válvula de escapamento
Abertura: 77o APMI
Fechamento: 23o DPMS
CORREIAS DENTADAS
7. Instale a correia nova no sentido de rotação do motor. Comece a instalação pela polia do
virabrequim.
8. Com a ferramenta especial, tensione o esticador (obedecendo o método da flexão). Aperte
a porca de fixação.
MOTORES 2.0 E 2.2 - 16 VÁLVULAS (VECTRA 2.0 16V E VECTRA 2.2 16V)
7. Observe se, nessa condição, as polias dos comandos de admissão e escape alinham-
se simultaneamente na horizontal e com as marcas de referência existentes no motor.
Se não forem observados os referidos alinhamentos, dê mais uma volta completa na
árvore de manivelas. Caso seja verificado sincronismo incorreto ou se deseje substituir
a correia dentada, execute o procedimento a seguir.
2. Solte a porca do tensionador. Com uma chave Allen de 6mm, afrouxe o tensionador
e retire a correia. Evite movimentar bruscamente o virabrequim. Lembre-se de que sem
a correia, há risco de colisão entre os pistões e as válvulas.
Acelerar rapidamente a rotação sem passar dos 2500rpm, a leitura de vácuo vai
aproximadamente para 0 pol Hg, e durante a desaceleração o vácuo aumenta
momentaneamente até 24 pol Hg e quando for desacelerado, volta para 18 a 22 pol Hg com
o motor em marcha lenta estabilizada. Anéis gastos mostrarão leitura mais baixa.
LEITURA SINTOMA
(continua)
(continuação)
LEITURA SINTOMA
Em marcha lenta, o leitor indica 2 a 3 pol Hg abaixo Anéis com defeito ou óleo
do normal. Acelerando o motor, o marcador cai até zero lubrificante de má qualidade
e retorna para 23 pol Hg ou menos. ou contaminado
(continua)
(continuação)
LEITURA SINTOMA
Com o motor acelerado, o ponteiro fica variando entre Junta do cabeçote queimada ou
12 e 14 pol Hg. À medida que a rotação aumenta, mola de válvulas fracas ou
aumenta a oscilação do ponteiro. quebradas
Esse teste serve para determinar se todos os cilindros do motor apresentam um desempenho
uniforme.
RESULTADOS
Deverá ser observado que em certas marcas e modelos de veículos, as indicações de
vazamento iguais ou inferiores a 20% indicam excesso de vazamento.
Nota:
A análise dos anéis e cilindros deverá ser realizada tomando-se em consideração o histórico
e a quilometragem do veículo.
Ocasionalmente, nos casos em que a alta porcentagem de vazamento for notada em motores
com quilometragem relativamente baixa, o defeito deverá ser atribuído a anéis de segmento
presos, que deverão ser tratados com a aplicação de um óleo lubrificante de boa viscosidade
e posteriormente, o teste deverá ser novamente realizado antes de recomendar-se a
desmontagem do motor.
INDICAÇÕES DO TESTE
O resultado do teste pode indicar os seguintes fatores:
• Problema nos anéis - baixa compressão no 1º tempo, com tendência a aumentar nos
três tempos subsequentes, mas não alcança o normal. Melhora bastante quando se
adiciona óleo.
• Problema nas válvulas - baixa compressão no 1º tempo mas não aumenta durante os
tempos subsequentes. Não melhora com a adição de óleo.
RAZÃO DE COMPRESSÃO
A razão de compressão dos motores tem valores diferenciados em função do seu
desempenho e quanto ao combustível utilizado.
Esta razão é definida pelo volume total da câmara de combustão relacionada com o volume
dos cilindros.
1600
UN - gasolina 154 a 184 15
UP - álcool 257 a 287 15
UC - gasolina 132 a 162 15
BW - álcool 213 a 243 15
1800
UD - gasolina 147 a 176 22
UE - álcool 235 a 265 22
US - gasolina 147 a 176 22
UT - álcool 235 a 265 22
2000
UQ - gasolina 147 a 176 22
UR - álcool 235 a 265 22
2000 - 2ª etapa
UQ - gasolina 170 a 190 15
UR - álcool 260 a 280 15
2000 I
UQA 180 a 210 15
UQB 180 a 210 15
Tabela de Conversão
UNIDADE PARA TRANSFORMAR EM MULTIPLIQUE POR
É considerado normal que uma pequena porção de ar escape para o cárter do motor através
dos anéis de segmento. Não obstante, qualquer vazamento de compressão pelas válvulas
de admissão ou escapamento, junta de cabeçote, bloco ou vazamento excessivo através
dos anéis deve ser corrigido antes de se exigir do motor o seu rendimento satisfatório.
CALIBRAGEM DO ANALISADOR
1. Gire o regulador de controle (regulador) no sentido anti-horário, até que o mesmo gire
livremente.
2. Ligue o ar do compressor à entrada de ar do analisador (pressão mínima 70lbs/pol2 e
máxima 200lbs/pol2).
3. Gire o regulador de controle (regulador) no sentido horário até que o medidor indique
“ZERO”. Ligue e desligue momentâneamente o adaptador do analisador (o ponteiro do
medidor deverá sempre retornar a “ZERO”, caso contrário, reajuste o regulador e verifique
novamente a calibragem).
PROCEDIMENTO DE ANÁLISE
1. Selecione o adaptador apropriado e instale-o no orifício da vela do cilindro nº 1. Coloque o
apito na outra extremidade do adaptador.
2. Gire o motor até que o apito silve. Continue a girar o motor lentamente até que a marca do
ponto do motor se alinhe com a seta de referência. Remova o apito do adaptador.
Nota:
A lâmpada indicadora se acenderá quando o pistão atingir o ponto morto superior.
Nota:
A análise dos anéis e cilindros deverá ser realizada, tomando-se em consideração, o histórico
e a quilometragem do motor.
Ocasionalmente, nos casos em que a alta porcentagem de vazamento for notada em motores
com quilometragem relativamente baixa, o defeito deverá ser atribuído a anéis de segmento
presos, que deverão ser tratados com a aplicação de um óleo lubrificante de boa viscosidade
e posteriormente, o teste deverá ser novamente realizado, antes de se recomendar a
desmontagem do motor.
3. Na caixa de transmissão (câmbio), engate 3ª marcha suspensa uma das rodas tracionárias
do veículo, girando-a com a mão. Posicione o pistão do cilindro a ser analisado.
Nota:
Ao atingir o curso máximo do regulador de percentual, o ponteiro não atingiu 0% de vazão
(escala azul), regule-o na escala verde 0 a 100% (escala azul maior precisão).
6. Pontos a serem analisados que não podem apresentar fugas de ar, caso apresentem,
deve-se efetuar o reparo:
- Fuga de ar no bocal do filtro de ar indica vazamento na válvula de admissão.
- Fuga de ar no cano de escapamento indica vazamento na válvula de escapamento.
- Bolhas de ar no bocal do radiador (sistema convencional) ou bolhas de ar no bocal do
reservatório de expansão (sistema selado), indica junta de cabeçote ou bloco trincado.
- Fuga de ar nos cilindros vizinhos indica junta ou bloco trincado.
Os itens mencionados acima foram analisados e não apresentam fuga de ar, a fuga
existe pelo bocal do óleo do cárter.
LUBRIFICANTES
SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO
A lubrificação dos motores Alta Performance é feita por óleo sob pressão. O sistema de
lubrificação é composto por: bomba de engrenagens com válvula reguladora de pressão
incorporada; filtro; interruptor da lâmpada indicadora da pressão do óleo e galerias; furações
existentes no bloco; cabeçote e árvore de manivelas.
BOMBA DE ÓLEO
Do tipo rotativa, gera pressão no óleo lubrificante, com a rotação de suas engrenagens
acionadas por eixo ligada ao distribuidor.
FUNÇÕES DO LUBRIFICANTE
Um óleo é o resultado de um processo complexo de mistura de óleo mineral ou base sintética
com aditivos. Ele deve efetuar diferentes funções mesmo que algumas delas sejam, às
vezes, canalizadas em direções opostas.
CLASSIFICAÇÃO DO LUBRIFICANTE
Os lubrificantes são classificados de duas maneiras: com as normas API e SAE.
Classificação API (American Petroleum Institute) para lubrificantes automotivos (Ciclo Otto)
DESIGNAÇÃO DESCRIÇÃO
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1964. Devem proporcionar o controle dos
SC
depósitos em altas e baixas temperaturas, do desgaste, da oxidação e da corrosão.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1968. Devem proporcionar proteção contra
SD depósitos em altas e baixas temperaturas, contra o desgaste, a ferrugem e a corrosão. Podem
substituir qualquer um dos anteriores.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1972. Devem proporcionar maior resistência
SE à oxidação, à formação de depósitos am altas e baixas temperaturas, à ferrugem e à corrosão
que os SD. Podem ser usados onde esses são recomendados.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1980. Devem proporcionar maior estabilidade
contra a oxidação e melhor desempenho antidesgaste que os SE. Também proporcionam proteção
SF
contra depósitos, ferrugem e corrosão. Podem substituir qualquer um dos anteriores.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 1989. Podem substituir qualquer um dos
SG
anteriores.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de julho de 1993. Podem substituir qualquer um
SH
dos anteriores.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de agosto de 1997. Podem substituir qualquer um
SJ
dos anteriores.
Lubrificantes para motores, sob garantia a partir de 2001. Devem proporcionar estabilidade à
SL oxidações, detergência a altas temperaturas, volatilidade e propriedade antiespumante melhores
que a anterior.
S = Spark
20 – 5,6 9,3
30 – 9,3 12,5
40 – 12,5 16,3
50 – 16,3 21,9
60 – 21,9 26,1
90 – 13,5 24,0
250 – 41,0 –
OBSERVAÇÃO
Normas e aprovações são atualizadas assim como novos motores são desenvolvidos,
utilizando-se de novas tecnologias (turbo-alimentados, multiválvulas, gasolina sem chumbo,
baixa emissão de partículas,...), quando uma nova norma entra em vigor, a anterior pode
cair em desuso.
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
Motor aquecido
Um interruptor térmico, instalado na parte inferior do radiador, faz conexão com a massa
(negativo) ligando o motor do eletroventilador.
OBSERVAÇÕES
• As dimensões 31mm e 37mm são válidas para todos os motores, exceto motor AE 1600.
Para este motor é dado o curso mínimo de 7,5mm para a abertura máxima.
• Veículos sem climatizador.
• Veículos com climatizador.
• Valores para as tampas de aço, montadas no Apollo até 09/90:
- Válvula de depressão = 0,07 Kgf/cm²
- Válvula de sobrepressão = 0,85 a 1,10 Kgf/cm²
VOLUME DE ABASTECIMENTO (l )
60% DE ÁGUA E 40% DE ETILENO GLICOL (N 052 774 00)
De acordo com a proporção de aditivo (V) obtida na tabela do analizador EQ 7011, corrija
conforme a tabela abaixo.
CORREÇÃO DA PROPORÇÃO
40 – – – – – – –
OBSERVAÇÕES
• Veículos sem e com aquecimento.
• Veículos com climatizador.
• Veículos com transmissão automática e com transmissão automática e climatizador.
Acione a haste do instrumento até que a válvula da tampa apresente uma descarga de
pressão; observe no instrumento a indicação da pressão de descarga da tampa e compare
o resultado com as especificações do veículo.
OBSERVAÇÃO
Para esta análise apresentar resultados satisfatórios, o sistema deverá estar completamente
abastecido de água e de preferência, quente.
Nota importante:
O superaquecimento do motor nem sempre é motivado por falhas do sistema de
arrefecimento. O avanço inicial incorreto, a curva de avanço do distribuidor fora das
especificações ou a mistura pobre são causas prováveis de superaqueciemnto.
SISTEMA DE IGNIÇÃO
Antes de mais nada, é importante esclarecer que os sistemas de ignição dos veículos
automotores, em geral, utilizam como fonte de energia para seu funcionamento a bateria.
Entretanto, há casos muito especiais de veículos que usam o sistema de ignição por magneto.
Esses casos são mais raros e especiais. Por isso, neste Módulo, estudaremos somente os
Sistemas de Ignição por bateria.
A inflamação da mistura é, porém, o último elo de uma cadeia de processos que se sucedem
com extrema rapidez:
• fornecimento e armazenamento de energia elétrica;
• produção de alta tensão;
• distribuição da alta tensão às velas no ritmo de ignição prescrito;
• formação da faísca na vela;
• inflamação da mistura.
velas
chave de ignição cabos
de ignição
bobina
de ignição
distribuidor
bateria
de ignição
A ignição por bateria divide-se, dependendo dos dispositivos utilizados, em três tipos: ignição
convencional por bobina, ignição eletrônica transistorizada e ignição mapeada. Os próximos
capítulos deste Módulo tratarão de cada um desses tipos.
A bobina consta de dois enrolamentos (um envolvendo o outro) isolados entre si: o enrolamento
primário com poucas espiras e fio grosso de cobre e o enrolamento secundário com muitas
espiras de fio fino de cobre. Esses dois enrolamentos envolvem um núcleo de ferro que
reforça o campo magnético, aumentando a energia armazenada.
Estando ligada à chave de ignição, o enrolamento primário estará conectado com o pólo
positivo da bateria. Se o circuito de corrente primário for fechado pelo platinado então fluirá
uma corrente, a corrente primária. Essa corrente não aumenta imediatamente, mas com
um pouco de atraso, até o valor denominado “corrente de repouso” determinado pela tensão
de bateria e pela resistência ôhmica.
velas
chave de ignição
bobina distribuidor
de ignição de ignição
bateria
chassi do
veículo
A tensão secundária é uma alta tensão empregada para a ignição, motivo por que se chama
o circuito secundário também de circuito de ignição. A vela de ignição é o consumidor desse
circuito.
FORMAÇÃO DA FAÍSCA
Antes da ignição, não há passagem de corrente pelos eletrodos da vela. Através do cabo de
alta tensão isolado (cabo de ignição) o impulso de ignição é conduzido ao eletrodo central
(igualmente isolado) da vela de ignição. Primeiramente, ele provoca o aumento da alta tensão
secundária, até atingir uma tensão bem determinada, o centelhador se torna subitamente
condutor de eletricidade podendo saltar então a faísca. A partir desse momento o
velas
chave de ignição
bobina distribuidor
de ignição de ignição
bateria
chassi do
veículo
Portanto, devem-se evitar possíveis tensões de auto-indução; isso se faz mediante condensador
de ignição. O condensador de ignição está ligado em paralelo com o platinado.
início quando o pistão voltar a se deslocar para baixo. Em ambos os casos, a potência do
motor será pequena em relação ao combustível gasto, sendo grande o perigo de
superaquecimento na câmara de combustão. O ponto de ignição deve estar ajustado de tal
modo que se alcance uma potência elevada e um funcionamento econômico.
Se o ponto de ignição fosse ajustado a um determinado ângulo antes do ponto morto superior
e a rotação fosse crescente, a máxima pressão de combustão se deslocaria sempre mais
para o fim do curso de combustão. A máxima pressão de combustão deve acontecer com o
pistão sempre na mesma pressão, ou seja, alguns graus após o ponto morto superior. Para
isso, é preciso ajustar o ponto de ignição; com o aumento da rotação ele terá que ser
antecipado.
Se o motor, por exemplo, funcionar não com carga total, mas com carga parcial haverá na
câmara uma mistura menos carburente; ela queima mais devagar, sendo necessário inflamá-
la mais cedo ainda. O momento de ignição é determinado com precisão pelo ângulo de
avanço antes do ponto morto superior. A rotação e a carga do motor são as grandezas de
comando necessárias para o avanço automático.
Na prática, isso é realizado de tal modo que o avanço centrífugo atua em plena carga e o
avanço a vácuo apenas provoca a alteração adicional em função da carga parcial. Por isso,
esses dois tipos de avanços são usados simultaneamente no equipamento de ignição. Em
casos especiais, usa-se apenas um avanço que atua na carga total e no regime de carga
parcial.
velas de ignição
chave de
ignição
distribuidor de ignição
bateria
bobina de ignição
+15
+15 1-
O funcionamento desse tipo de emissor baseia-se no efeito “Hall”: uma corrente elétrica
(IA) percorre uma camada semicondutora (camada “Hall” H). Se essa camada for exposta
a um campo magnético “B” de sentido perpendicular, origina-se entre as superfícies de
contato “A1” e “A2” uma tensão do âmbito dos milivolts denominada de “tensão Hall” (UH).
GRAU TÉRMICO
O motor em funcionamento gera na câmara de combustão uma alta temperatura que é
dissipada em forma de energia térmica, parte pelo sistema de refrigeração e parte pelas
velas de ignição. A capacidade de absorver e dissipar o calor é denominada grau térmico.
Como existem vários tipos de motores com maior ou menor carga térmica são necessários
vários tipos de velas com maior ou menor capacidade de absorção e dissipação de calor.
Temos, assim, velas do tipo quente e frio.
Tipo Quente
É a vela de ignição que trabalha quente, o suficiente para queimar depósitos
de carvão, quando o veículo está em baixa velocidade. Possui um longo
percurso de dissipação de calor, o que permite manter alta a temperatura
na ponta do isolador.
Tipo Fria
É a vela de ignição que trabalha fria, porém o suficiente para evitar a
carbonização, quando o veículo está em baixa velocidade. Possui um
percurso mais curto, permitindo a rápida dissipação de calor. É adequada
aos regimes de alta solicitação do motor.
Medição de Temperatura
A determinação da vela ideal para cada tipo de motor é feita
com o uso da vela termométrica, baseada em termopar de
alumel-chromel inserido na ponta do eletrodo central. Desta
forma, determina-se a temperatura de uma vela em diferentes
regimes de trabalho do motor.
Rica Carbonização
Mistura ar/combustível
Pobre Superaquecimento
Superaquecimento, detonação ou
Vela quente (vela do motor
batidas de pino, pré-ignição,
a gasolina no motor a álcool)
Aplicação incorreta de vela furo no pistão
Ignição eletrônica
Ignição convencional
Nota:
Tensão disponível e tensão necessária sofrem variações de acordo com os tipos de
componentes utilizados e com a condição de uso do motor.
Falha - a corrente elétrica se perde pelo trajeto formado pelo acúmulo de carvão.
Resistência de Isolação
Para efetuar testes em velas novas ou usadas, o método mais eficiente é medir a resistência
de isolação entre o eletrodo central e o castelo metálico. Neste caso, deve ser utilizado um
equipamento apropriado (megohmetro) que forneça de 500 a 1000 volts DC. O valor medido
deve ser superior a 50mΩ à temperatura e umidade ambientes.
Megohmetro Multímetro
Resistiva
VALOR DE RESISTÊNCIA
3 a 7,5 KΩ
Multímetro
CABOS DE IGNIÇÃO
Função do Cabo de Ignição
A função do cabo de ignição é conduzir a alta tensão produzida
pela bobina ou transformador até as velas de ignição sem permitir
fugas de corrente, garantindo uma ignição sem falhas.
Tipo SC Tipo ST
Cabo de ignição comum x Cabo de ignição resistivo Cabo de ignição comum x Cabo de ignição resistivo
Veículo utilizando vela resistiva Veículo utilizando vela comum
Medir o valor de resistência ôhmica entre os terminais do cabo. O valor encontrado deve
ser:
• com terminal resistivo - tipo ST
cabo da vela: 4,0 ∼ 8,0 KΩ
cabo de bobina: 1,0 ∼ 3,0 KΩ
Falhas de Manuseio
• Blindagem do terminal danificada, causando danos à isolação do terminal.
• Cabo danificado por torção ou dobra, podendo causar danos ao núcleo condutor (falta de
continuidade).
Importante:
Quando tiver que remover os cabos por alguma eventualidade, deve-se puxá-los pelos
terminais, nunca pelos próprios cabos. Não utilize ferramentas para remover os cabos de
ignição.
Correto Incorreto
Blindagens Metálicas
Alguns cabos de ignição apresentam blindagens metálicas sobre o terminal de acoplamento
à vela, que além de protegê-la de choques mecânicos, permite uma melhor dissipação
térmica e descarrega as correntes parasitas geradas devido à passagem de altas tensões.
Cabo tipo ST
TERMINAIS SUPRESSIVOS
Características
Os terminais supressivos para motocicletas, motoserras, geradores,
etc., têm as mesmas características dos cabos resistivos, ou seja,
atenuam ruídos e interferências nos equipamentos eletrônicos.
Codificação
• Seção de Disparo - Assim chamada porque é durante este período que ocorre a faísca
nos eletrodos da vela. Esta seção da imagem é composta somente de duas linhas:
- Linha de disparo - uma linha vertical que indica a voltagem necessária para vencer a
folga dos eletrodos da vela e do rotor.
- Linha da faísca - uma linha horizontal que indica a voltagem necessária para manter a
centelha nas velas.
• Seção Intermediária - Esta seção vem imediatamente após a seção de disparo, podendo
ser vista por uma série de oscilações gradualmente diminuídas até o seu desaparecimento,
próximo à seção de permanência. Esta oscilação é resultado de uma combinação de
efeitos entre a bobina e o condensador, em forma de dissipação de energia.
• Seção de Disparo - Esta seção mostra uma série de rápidas oscilações durante o período
de faísca da vela. O ponto “A” representa o exato momento em que os platinados se
separam. A linha vertical de “A” até “B” e as oscilações decrescentes representam o início
e a repetição de carga e descarga do condensador e a voltagem induzida no circuito
primário, no momento em que aparece a centelha na vela até o ponto “C”.
AVANÇO CENTRÍFUGO
É um conjunto de dispositivos que desloca automaticamente o ponto de ignição em função
da rotação do motor (regime de plena carga). A mecânica do avanço é tal que resulta a
curva de avanço de plena carga prescrita. O ressalto está colocado sobre o eixo do distribuidor
sendo deslocado no sentido da rotação pela força centrifuga dos contrapesos, os quais se
deslocam para fora e mantidos por molas em posição de equilíbrio. Os ressaltos chegam
com isso mais cedo à peça de deslizamento do martelete, que é assim levantado mais
cedo do contato fixo; o ponto de ignição é assim deslocado em direção a “adiantado”.
1
2 α 5
1. Base móvel
3 2. Ressalto de ignição
3. Curso divisor
6 4. Contrapeso
4
5. Eixo do distribuidor
6. Arrastador
Posição de repouso Posição de trabalho
AVANÇO A VÁCUO
É um conjunto de dispositivos que desloca automaticamente o ponto de ignição em função
da carga do motor (regime de carga parcial). A sua mecânica é tal que resulta a curva de
avanço de carga parcial prescrita. A grandeza que provoca esse avanço é o vácuo estático
existente no carburador. Depende da posição da borboleta, atingindo o seu valor máximo
com a borboleta aberta pela metade.
a 3
1 2 b 4 5 6 7 8
OBSERVAÇÃO
Para acerto do ponto de ignição se faz necessário o uso de equipamento específico, como
também a verificação do ângulo de permanência, o controle exato do ângulo de avanço
(teste dos avanços centrífugo e a vácuo). Sendo o mais utilizado a lâmpada estroboscópica,
com mostrador de avanço e rotação. Diversos motores vêm já de fábrica com escala graduada
no volante ou na polia do motor.
a b c
DISTRIBUIDORES
Veículos com Motor 1800cc
Nº VW 026.905.205.11 026.905.205.19 026.905.205.14 026.905.205.29 026.905.205.45
Nº BOSH 9.230.087.095 9.230.087.112 9.230.087.109 9.230.087.134 9.230.087.152
VEÍCULOS
Todos gasolina
87 t 89 e Versão GLS Todos álcool Versão GLS Versão GLS
VOYAGE e PARATI
versão GLS álcool gasolina 90 t 87 t 89 álcool 90 t gasolina 90 t
90 t
PASSAT - Álcool 87 - - -
SANTANA e Veículos gasolina Veículos álcool Veículos gasolina Veículos gasolina Veículos gasolina
QUANTUM 88 t 89 88 t 89 e 91 t 90 t 90 t 91 t
SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO
Alguns tanques são equipados com separadores que não permitem uma mudança no nível
de combustível enquanto o veículo estiver em movimento.
Bóia
É um dispositivo eletromecânico localizado dentro do tanque para medir a quantidade de
combustível.
Tubo Pescador
É uma parte da tubulação que fica imersa no combustível com a função de retirá-lo do
tanque. O bocal do tubo pescador está localizado aproximadamente 20mm acima da parte
inferior do tanque, para evitar que sedimentos do combustível sejam sugados para dentro
do tubo.
Tubulações
São tubos que conduzem o combustível do tanque para o motor e o excedente de volta para
o tanque.
tubulações de combustível
Filtro de Combustível
Entre o tanque e a bomba de combustível há um filtro que retém possíveis impurezas que
possam estar presentes no combustível..
elemento de papel
peneira
placa de apoio
Bomba de Combustível
Dispositivo mecânico ou elétrico que tem a finalidade de transferir o combustível do tanque
para o motor.
válvula de segurança
a
aíd
des l
ve
tela filtrante
tub
o
u stí
mb
co
de
válvula de saída
tubo de entrada
de combustível
válvula de entrada
mola da membrana
haste da membrana
Filtro de Ar
O ar aspirado pelo motor contém partículas em suspensão e estas devem ser eliminadas
para evitar que haja desgaste das paredes dos cilindros, assentos das válvulas, etc. As
impurezas trazidas pelo ar tendem a misturar-se com o óleo formando uma espécie de
pasta que produz o desgaste indicado. A solução para coletar as impurezas e permitir a
passagem do ar é fazer com que o fluxo aspirado passe através de um elemento filtrante.
Várias soluções se apresentaram sendo a mais utilizada aquela que emprega o papel como
elemento filtrante.
BOMBA DE COMBUSTÍVEL
Para o sistema de injeção eletrônica; veja grupo de reparo 24.
Motor AE 1600 0,24 a 0,31 (0,24 a 0,31) 0,31 a 0,40 (0,31 a 0,39)
Motor AP 1600 0,22 a 0,28 (0,22 a 0,28) 0,32 a 0,38 (0,31 a 0,37)
Motores AP 1800
Até os motores nº UE e UD 0,22 a 0,28 (0,22 a 0,28) 0,32 a 0,38 (0,31 a 0,37)
Após os motores nº UE e UD
Motores AP 2000
Até os motores nº UR e UQ 0,22 a 0,28 (0,22 a 0,28) 0,32 a 0,38 (0,31 a 0,37)
Após os motores nº UR e UQS
Componentes
• Regulador do ar aquecido - localizado na entrada de ar do filtro, controla a passagem
de ar aquecido por intermédio de acionamento pneumático controlado pela válvula
termopneumática.
• Válvula termopneumática - instalada no interior do filtro de ar, monitora a temperatura do
ar admitido e comanda a abertura da válvula angular por intermédio de uma tomada de
vácuo no carburador.
Funcionamento
• Aquecimento do motor - a válvula termopneumática permite a passagem da carga total
de vácuo para o regulador do ar aquecido. Esta depressão (vácuo) atuando no conjunto
diafragma do regulador do ar aquecido aciona a borboleta de controle, direcionando o ar
previamente aquecido para o motor.
Esta situação é mantida mesmo quando o acelerador for acionado totalmente, eliminando
o vácuo na entrada da válvula.
Simultaneamente, a lâmina bimetálica da válvula de carga total faz com que a mesma se
mantenha no posição aberta, qualquer que seja o valor do vácuo no sistema.
COLETORES
O coletor de admissão tem como característica construtiva, um sistema de aquecimento
feito através do coletor de escapamento. Os coletores são fixos entre si, formando uma
câmara de aquecimento, pela qual os gases de escapamento circulam promovendo assim
o aquecimento do coletor de admissão.
Nos motores versão álcool, além do aquecimento por gases de escapamento, o coletor de
admissão tem uma galeria para circulação de líquido de arrefecimento proveniente do cabeçote.
Os coletores são fixos entre si por quatro parafusos e faceados na região de ligação com o
cabeçote. Por isso, os coletores não devem ser substituídos individualmente.
Coletor de escapamento
O coletor de escapamento dos motores a álcool difere da
versão a gasolina devido a configuração dos difusores de câmara
de aquecimento.
CARBURADOR
Diagnósticos
Funcionamento
• Interruptor de marcha-lenta - quando a borboleta do acelerador retorna à posição de
marcha-lenta, o parafuso batente da marcha-lenta encosta na haste e aciona o interruptor,
fechando o circuito. Com o circuito fechado a unidade de comando é informada que o
carburador está trabalhando em regime de marcha-lenta.
3. Quando o valor encontrado diferir do valor nominal, faça a correção descrita na última
coluna da tabela. Após a correção refaça a verificação do borne.
Após o processamento, a unidade emite para os atuadores, os sinais de saída que visam
adequar o motor aos seus diversos regimes de trabalho.
SINTOMAS DO VEÍCULO
Este capítulo é o primeiro contato para diagnósticos do veículo, dando uma seqüência de
passos necessários no sentido de obter um diagnóstico confiável e eficiente. Apesar da
habilidade e experiência do técnico ser um fator importante, que deve ser considerado,
apresentamos uma forma racional para fazer o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO DO VEÍCULO
Após analisar as informações fornecidas pelo proprietário, identificar o sintoma mais adequado
na tabela a seguir. Para cada sintoma estão relacionados nas próximas páginas, os sistemas
envolvidos no defeito em ordem de importância. Verificar cada causa provável, antes de
iniciar o diagnóstico do próximo sistema.
SINTOMAS
B8 Explosões
B9 Falta de potência
B15 Detonação
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores (os quatro)
- Qualidade do combustível
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Correia do eixo do comando de válvulas
- Eixo do comando de válvulas
- Falta de gasolina
Partida a frio
- Bomba e válvula de gasolina
(veículos a álcool)
- Relé da bomba e válvula
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
Motor - Compressão de cada cilindro
- Eixo do comando de válvulas
Verificar
- Válvula termopneumática
Ar aquecido
- Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Verificar
Corpo de borboleta - Entradas falsas de ar
- Obstruções
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
Partida a frio - Válvula termopneumática
(veículos a álcool) - Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Pressão variando
- Vazamentos
- Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Combustível
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores
Verificar
Corpo de borboleta - Entradas falsas de ar
- Partes mecânicas soltas
- Limpeza do corpo de borboleta
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão dos cilindros
Motor
- Comando de válvulas
Verificar
Ar aquecido - Válvula termopneumática
- Regulador de ar aquecido
- Aquecedor (veículos CFI)
Pressão variando
- Vazamentos
- Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Combustível
Pressão normal
- Obstruções parciais
- Injetores
Verificar
Corpo de borboleta
- Entradas falsas de ar
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Entradas falsas de ar
distribuição de vácuo - Estado do filtro de ar
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar visualmente
- Entradas falsas de ar
Distribuição de vácuo
- Estado do filtro de ar
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
Corpo de borboleta - Componentes mecânicos
- Obstruções
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
B8 - Explosões
Barulhos de explosões no sistema de escapamento ou admissão.
- Furos
Escapamento
- Obstruções
- Qualidade do combustível
Combustível - Regulador de pressão
- Bomba de combustível
Verificar
Distribuição de vácuo - Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
B9 - Falta de potência
O veículo apresenta um desempenho com potência abaixo das suas características normais
em qualquer situação.
Verificar
Corpo de borboleta - Componentes mecânicos
- Entradas falsas de ar
Verificar visualmente
Entrada do ar e - Estado do filtro
distribuição de vácuo - Obstruções
- Mangueiras
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
- Freios
Transmissão e freios
- Embreagem
- Transmissão auomática (se o veículo possuir)
Verificar obstruções
- Catalisador
Escapamento
- Silencioso
- Canos de escape
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Comando de válvulas
- Desgaste do motor
Verificar
Corpo de borboleta - Abertura mínima da borboleta
- Obstruções
Verificar o estado de
Filtro de carvão - Mangueiras
ativado - Filtro de carvão ativado
- Válvula solenóide do filtro de carvão ativado
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV - Válvula
- Mangueira
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Comando de válvulas
- Desgaste do motor
Verificar
- Sensor da posição da borboleta
Corpo de borboleta - Corretor da marcha lenta
- Conectores e cabos
- Entradas falsas de ar
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
- Nível de óleo
- Comando de válvulas
Cliques - Correias soltas ou frouxas
- Componentes (correias, polias, etc.)
- Solenóides do próprio motor
Verificar
Ronco - Componentes (correias, polias, etc.)
Verificar
- Vazamentos no sistema de distribuição de vácuo
- Vazamentos no sistema de admissão
Chiado
- Velas soltas
- Sistema de refrigeração
- Filtro de carvão ativado
Verificar no motor
- Detonação
- Mancais das bielas
Batidas - Mancais do virabrequim
- Pinos dos pistões soltos
- Folgas entre cilindros e pistões
Verificar
- Entradas falsas de ar
Corpo de borboleta
- Cabos e conexões elétricas
- Componentes mecânicos
Refrigeração
Verificar o funcionamento da válvula termostática
do motor
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
- Compressão de cada cilindro
Motor
- Eixo do comando de válvulas
- Desgastes mecânicos
Verificar visualmente
- Junta da tampa do comando de válvulas
Vazamentos
- Bloco do motor
externos
- Juntas do motor
- Filtro de óleo
Verificar
PCV
- Válvula e mangueira
Verificar
Entrada de ar
- Filtro de ar
B15 - Detonação
Ocorre detonação quando um torque maior é requisitado.
Verificar visualmente
- Nível do óleo
Motor
- Compressão
- Carbonetação interna
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar
PCV
- Válvula e mangueira
Verificar
- Conexões elétricas do secundário
Ignição - Estado das velas e cabos
- Rotor do distribuidor
Verificar
- Correias e polias
Motor - Coxins
- Desgaste do motor
- Comando de válvulas
Outros
- Balanceamento de pneus e alinhamento da direções
(vibrações com o
- Pneus
veículo rodando)
Marcador de Verificar
temperatura - Marcador de temperatura do painel e seu sensor
Verificar
Refrigeração - Válvula termostática
- Ventilador
Verificar
- Niível do líquido arrefecedor
Refrigeração - Correias
- Radiador
- Ventilador
- Nível do óleo
- Vazamentos internos
Motor - Bomba d’água
- Válvula termostática
- Compressor do ar condicionado
Controle eletrônico
Executar o autodiagnóstico
do motor
Verificar vazamentos
- Filtro de combuistível
- Tubulações de combustível
Combustível
- Bomba de combustível
- Tanque de combustível
- Tampa do tanque
- Regulador de pressão
Verificar
Filtro de carvão - Filtro de carvão ativado
ativado - Válvula solenóide do filtro de carvão ativado
- Mangueiras
SISTEMA ELÉTRICO
TESTES NA BATERIA
Cuidados especiais devem ser observados ao se efetuar um teste em um sistema elétrico
que apresenta funcionamento deficiente.
Alguns defeitos atribuídos à bateria podem ser ocasionados por outros componentes do
sistema. Assim, possíveis falhas da bateria devem ser pesquisadas cuidadosamente, não
só para evitar a indevida substituição de baterias em condições normais de funcionamento,
como para evitar trabalhos desnecessários para a eliminação de falhas cuja origem se
localiza em outras áreas e que poderia vir a inutilizar a bateria.
OBSERVAÇÕES
• Leituras inferiores a 0,5V
- caixa da bateria está em boas condições, necessitando apenas de limpeza.
ponta positiva
(vermelha)
ponta negativa
(preta)
amperímetro
+ -
cabo positivo
(vermelho)
bateria
OBSERVAÇÃO
As informações referentes aos itens 5 a 8 aplicam-se às temperaturas superiores a 18ºC,
com uso do equipamento da SUN modelo VAT 38”.
Deve-se, nesse caso, aplicar uma carga rápida durante 30 minutos e fazer nova verificação
na densidade. Se apenas um pequeno aumento do peso específico do eletrólito for observado
ou se não houver aumento, deve-se aplicar uma carga lenta durante 24 a 36 horas e efetuar
nova verificação de densidade.
Se não for obtido um peso específico do eletrólito de pelo menos 1250g/l ou se houver entre
os elementos uma variação de 40 g/l ou mais, a bateria está danificada.
Teste de baterias
CARGA LENTA
A maioria das baterias pode ser carregada totalmente de 12 a 14 horas. Uma bateria está
completamente carregada quando os vasos formam gases (borbulham) e a densidade deixa
de subir em 3 leituras sucessivas, tomadas a intervalos de uma hora.
Em uma bateria de 15 placas em cada vaso, 7 são positivas e 8 são negativas. o regime
recomendado de carga lenta é de 1/10 da capacidade da bateria. Exemplo: bateria de 36 Ah
- corrente para recarga = 3,6 ampères.
CARGA RÁPIDA
A carga rápida não recupera totalmente uma bateria porém deve ser suficiente para que
forneça energia ao veículo em um caso de emergência.
Nunca deve-se aplicar a carga rápida numa bateria com densidade acima de 1250 g/l. O
regime da carga rápida é de no máximo 1/3 da capacidade nominal da bateria. Exemplo:
bateria de 36 Ah - corrente para recarga = 12 ampères.
A temperatura sobe durante a carga rápida. Se for superior a 49ºC é conveniente diminuir a
intensidade da corrente de carga para evitar danos na bateria.
RECARGA
cabo negativo
-
+
cabo positivo
(vermelho)
OBSERVAÇÃO
Mantenha as tampas dos elementos removidas durante o processo de carga pois há liberação
de oxigênio e de hidrogênio da solução. Mesmo depois de finda a carga, a célula pode
acumular hidrogênio, que fica retido no elemento. O hidrogênio, dentro de certa concentração
na atmosfera, torna-se altamente explosivo. Por isso, evite realizar esse processo de carga
perto de locais que possam ter fogo ou faíscas.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
A corrente total do circuito será a soma da corrente que cada bateria estará recebendo do
carregador. Caso uma bateria esteja danificada, a corrente desta irá distribuir-se entre as
outras, podendo provocar um excesso de carga; por este motivo, é preferível que a recarga
seja aplicada através de um circuito em série.
As ligações devem ser executadas de forma a unir o pólo negativo da primeira bateria, ao
positivo da segunda e assim sucessivamente. A garra positiva do carregador deve ser ligada
ao borne positivo da primeira bateria; a garra negativa do carregador deve ser ligada ao
borne negativo da última bateria.
A tensão fornecida por este tipo de carregador deve ser ligeiramente maior que a soma
das tensões das baterias sob carga. Por exemplo: para recarga de 3 baterias em série
Vs = ±42V.
cabo negativo
cabo positivo
(vermelho)
INSPEÇÃO PRELIMINAR
Deve-se efetuar, periodicamente, uma inspeção visual da bateria verificando:
• a fixação ao suporte: a bateria não deve estar frouxa, para evitar danos às placas, por
vibração, nem excessivamente apertada;
• os cabos: quanto a corrosão e desgaste do isolamento;
• as conexões: quanto a fixação, corrosão e limpeza; as partes corroídas - bornes,
terminais, cabos, etc. - devem ser limpas com uma mistura de água + bicarbonato de
sódio ou água + amoníaco e uma escova de cerdas duras;
• jamais deve-se raspar a camada de chumbo dos terminais ou dos cabos;
• o nível do eletrólito: deve ser mantido 1,5cm acima das placas. Atentar para vestígios
de corrosão no suporte; esta característica pode indicar que o eletrólito foi derramado e,
caso não reposto prontamente, pode ter provocado a sulfatação das placas, aumentando
a taxa de descarga da bateria;
• a caixa: quanto a trincas, quebras e deformações; sujeira, em excesso na tampa, pode
provocar a descarga da bateria;
• as tampas dos elementos: quanto a quebra, trincas e obstrução dos tubos de respiro;
• a limpeza: a taxa de descarga pode ser superior à normal, se uma quantidade
considerável de eletrólito for derramada ou se a parte superior da bateria não estiver
completamente limpa. É importante que a bateria seja mantida limpa.
MANUTENÇÃO
O tempo máximo de vida útil de uma bateria somente é atingido quando forem tomados os
necessários cuidados para a sua manutenção e realizadas as inspeções periódicas
recomendadas.
Sua capacidade de carga não deve ser excedida por sobrecarga excessiva e constante,
devendo serem observados os requisitos de carga.
A água é um dos elementos essenciais de uma bateria e o único componente que se consome,
em decorrência das condições de carga. O nível recomendado do eletrólito deve ser mantido
corretamente, para que sua máxima vida útil seja atingida.
2. Ao reabastecer os elementos da bateria, usar somente água destilada; não usar água
de chuva ou de nascente.
3. Conservar a bateria com pelo menos 3/4 de sua carga, evitando, assim, que as placas
se sulfatizem e percam a eficiência.
5. A carga rápida causa um aquecimento repentino na bateria: assim sendo, não deve-se
permitir que temperaturas superiores a 50ºC sejam atingidas, o que poderia danificá-la.
Para os desarranjos que eventualmente possam ocorrer, seguem abaixo as possíveis causas
e os respectivos meios de corrigi-los.
A lâmpada piloto acende com a chave de ignição • Existe um ou mais diodos retificadores positivos
desligada (motor parado). queimados (em curto-circuito).
MOTOR DE PARTIDA
ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS
Muitas falhas atribuídas ao motor de partida, bateria, relés, fiação, contatos ou ligação à
massa podem estar na ignição ou na alimentação de combustível, etc.
A orientação para eliminação de defeitos que damos a seguir abrange apenas a instalação
de partida.
Inconvenientes Causas
EMISSÕES
Assim sendo, os gases emitidos pelo automóvel compõem-se de cerca de 99% de elementos
inofensivos. Apenas a parte restante, de aproximadamente 1%, é composto pelas parcelas
consideradas relevantes ao meio ambiente.
OBSERVAÇÃO
Os dados acima foram obtidos com o veículo em movimento, com velocidade constante, e
sem nenhum sistema de controle de emissões incorporado.
Como observamos nas figuras acima, a parcela tóxica dos gases de escapamento (1%)
corresponde basicamente a três gases, que são:
• Monóxido de carbono (CO)
• Hidrocarbonetos (HC)
• Óxido de Nitrogênio (NOx).
• Hidrocarbonetos (HC)
São subprodutos de uma combustão incompleta, ou seja, combustível expelido sem ser
queimado. Algum teor de hidrocarboneto (HC) é sempre verificado, em determinadas
situações, tais como, na fase de aquecimento do motor. Neste caso, a parede fria do cilindro
irá inibir a combustão resultando em aumento no teor de hidrocarbonetos (HC).
Sua presença nos gases de escapamento é medida em partes por milhão (ppm), ou seja,
uma leitura de 100 ppm indica que em cada um milhão de partes do gás existem cem
hidrocarbonetos (HC).
O monóxido de nitrogênio (NO) não tem cor, cheiro ou gosto mas em contato com o oxigênio
(O2) da atmosfera resulta em dióxido de nitrogênio (NO2) de cor castanho-avermelhado que
ataca o sistema respiratório.
Os óxidos de nitrogênio (NOx) formam-se devido a reação do nitrogênio (N2) que compõem
cerca de 80% da nossa atmosfera, com oxigênio (O2). Esta reação só ocorre devido às
altas temperaturas na câmara de combustão, em torno de 1300ºC.
O sistema consiste de uma válvula EGR (Exaust Gaz Recirculation), que conduz parte dos
gases de escapamento para o coletor de admissão. Ela é comandada pela válvula
termopneumática, em conjunto com a depressão do coletor de admissão.
Inicialmente foi aplicado em todos os veículos com motores 1.8 e 2.0 litros a gasolina inclusive
o 2.0 a álcool (com transmissão automática).
A partir da linha VW 92 este sistema incorpora apenas os motores 2.0 a álcool e a gasolina
com transmissão automática.
COMPONENTES
Como sua tomada de depressão está localizada acima da borboleta do acelerador, a válvula
EGR somente será acionada quando:
• o motor estiver na temperatura normal de trabalho;
• o motor estiver trabalhando em cargas parciais, ou seja, rotações médias com abertura
parcial da borboleta.
Catalisador
Conhecido também com conversor analítico de três vias, é chamado assim porque reduz
em cerca de 70% os três principais poluentes pelos motores a álcool ou gasolina:
• Hidrocarbonetos (HC)
• Óxidos de nitrogênio (NOx)
• Monóxido de carbono (CO)
O catalisador possui dois elementos cerâmicos com formato de colméia, os quais recebem
um tratamento superficial de metais ativos permitindo assim uma grande área de contato
com os gases.
Os veículos com emissões controladas são equipados com dois catalisadores diferentes,
um para veículos a álcool e outro para veículos a gasolina, embora seu funcionamento seja
basicamente o mesmo.
A diferença nos dois componentes se deve à aplicação de metais ativos. Para o álcool são
usados o Paládio (Pd) e o Molibdênio (Mo) e para a gasolina o paládio (Pd) e o Ródio (Rh).
As reações químicas que ocorrem no catalisador são responsáveis pela transformação dos
gases tóxicos: monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) e óxidos de nitrogênio
(NOx) em gases inofensivos, como o dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2), água (H2O)
e o oxigênio (O2).
Para controlar os óxidos de nitrogênio (NOx) é necessário uma reação de separação chamada
REDUÇÂO, que é na realidade o contrário da OXIDAÇÂO, pois remove oxigênio (O2) dos
óxidos de nitrogênio (NOx) transformando-o em nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). Essa redução
utiliza o molibdênio (Mo) ou o ródio (Rh) – dependendo do catalisador – para facilitar a reação
química.
Os metais ativos paládio (Pd), molibdênio (Mo) e o ródio (Rh) utilizados nas reações acima
são elementos catalisadores, pois auxiliam os processos de redução e oxidação. Daí o
nome conversor catalítico ou simplesmente catalisador.
Outra necessidade para o rendimento total do catalisador é a mistura. O valor de lambda (λ)
deve estar entre 0,95 e 1,05. Caso a mistura esteja muito rica, com lambda (λ) < 0,95 não
haverá oxigênio suficiente para oxidação do monóxido de carbono (CO) e dos hidrocarbonetos
(HC), caso contrário, mistura pobre com lambda (λ) > 1,05 a reação de redução (retirada de
oxigênio) dos óxidos de nitrogênio (NOx) não será adequada devido ao excesso de oxigênio
(O2) nos gases de exaustão.
Atenção!
• O chumbo, aditivo anti-detonante para a gasolina, assim como alguns outros metais,
reagem com os metais ativos, inutilizando o catalisador.
• A presença de óleo no catalisador cobre a colméia não permitindo que ocorram as reações
químicas.
EMISSÕES EVAPORATIVAS
O sistema de emissões evaporativas, introduzido nos veículos a gasolina a partir da linha 90
tem o objetivo de controlar a emissão de hidrocarbonetos para a atmosfera, pela evaporação
de combustível.
Circuito
Este esquema permite uma visão completa do circuito nos veículos alimentados por
carburador.
O esquema abaixo representa a instalação do sistema nos veículos equipados com injeção
de combustível.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS