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UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURIDICAS E SOCIAIS

DISCIPLINA

ECONOMIA AFRICANA

PROF : JUSTINA LOPES


SUMÁRIO:

1. Introdução a Economia Africana

2. Conflitos, Paz e Reconstrução em África

3. Implicações dos conflitos eleitorais na


consolidação dos estados de direito e
democraticos
OBJECTIVOS E IMPORTÂNCIA DA DISCILPLINA
❖Despertar no aluno o hábito pela pesquisa, para a resolução de problemas e
comunicação científica

❖Analisar globalmente os processos de desenvolvimento económicos e


principais roupturais sociais em Africa, desde antiguidades (passados) até os
dias actuais.

❖Identificar as principais potencialidades e vulnerabilidades do económicas


africanas contestar o modo de distribuição dos rendimentos da produção
social.

❖ No final, o estudante absorverá noções de valorização e aproveitamento


económico da região.
INTRODUÇÃO
 A Economia da África consiste na agricultura e
nos recursos dos povos da África. Embora algumas
partes do continente tenham conseguido ganhos
significativos nos últimos anos, dos 60 países revistos no
relatório humano de desenvolvimento das Nações
Unidas, 25 das 53 nações africanas foram classificadas
como tendo o mais baixo nível de vida entre as nações
do mundo inteiro. Parte disto, deve-se a sua história
turbulenta. Desde o século XX, com a descolonização
da Africa, a corrupção e o descaso das autoridades
contribuíram para empobrecer a economia da África
FALAR DA ECONOMIA AFRICANA E:
 População:1,216 bilhões (14%);
 Crescimento anual do PIB;

 Renda per capita;

 Milionários ;

 Divida externa;

 Pagamento da divida externa;

 Da pobreza extrema

 Da produção e industrialização
África Continente Abençoado/Amaldeçoado

O continente é tão heterogéneo , ao mesmo


tempo analisarmos os aspectos diversos como o
socio-cultural, político, institucionais económico,
com as respectivas discriminações, assimétrias ,é
uma tarefa definitivamente deficel, stressante, se
não mesmo, impossível
Abençoado na medida em que, possuem riquezas naturais como rios
caudalosos em abundância recursos minerais, mas amaldiçoada porque
os próprios africanos mancomunados com alguns estrangeiros
emperram o crescimento e desenvolvimento do mesmo, vários tem sido
os contratos de exploração económica com os expatriados, mas poucos
são os benefícios a favor da população.

A áfrica possui vantagens, comparadas aos demais Continentes, por


inúmeras razões.

A história dos países da África está intrinsecamente ligada à

história da humanidade.
I. Foi em africa onde surgiu o
“Homo sapiens” há cerca de
200.000 anos, como afirma
Lúcido, escritor Jared
Diamond, num trabalho
brilhante “artigo’’ na
Nactional Geographic em
2005, citado por Marshall,
2017.
II. Foi em África onde surgiram
os primeiros seres humanos;
I. Foi em África onde nasceu o nosso salvador, Jesus Cristo de Nazaré
em Belém de Judá nos tempos remotos, a cidade de Belém de Juda
foi considerada território de África, até antes da construção do
Canal de Suez, Israel fazia parte de áfrica, esta visão Perdurou até
bem perto de 1859. IV quando ouve a primeira crise de fome no
mundo, África foi tida como o celeiro do mundo a partir do Egipto
(Bíblia sagrada, Genesis 41:15-36).

II. Aquando do nacimento de Jesus houve matança de todas as


crianças do 0 aos 2 anos, e nesta altura Jesus, escapou por se ter
refugiado no Egipto (Bíblia sagrada Mateus 2:12-15)
Estudos feitos, a exemplo de Fátima Moura Roque,
encontramos pelo menos sete (7) características que são
comuns aos países africanos envolvidos em conflitos ou
em situação recente de reconstrução pós-conflito:
1. Deterioração dos indicadores sociais e crescente desigualdade
na distribuição dos rendimentos, da riqueza e das
oportunidades;
2. Défice fiscal e grave desequilíbrio na balança de pagamentos;
3. Insustentável dívida pública e serviço da dívida;
4. Inflação elevada e ineficiente despesas públicas, despesas
indispensaveis, não incluídas no OGE e com desfasamento nas
contas fiscais;
5. Quase total destruição das infra-estruturas físicas e sociais;

6. Rupturas no mercado e desagregação regional e provincial;

7. Total desconfiança nas reformas económicas e insatisfação


generalizada com a questão da corrupção ao nível do Estado, do
Governo e das Forças Armadas (ROQUE 2005: 23).
Estes factores (indógenos e exogenous), como refere a Fátima
Roque, no livro África, a NEPAD e o futuro, alguns desses estudos
enfatizam a deterioração de muitos países em questões de
desenvolvimento humano, económico, financeiro, institucional ,ao
mesmo tempo que evidençiam o comportamento deficiente de
determinadas variáveis qualitativas relacionadas com a paz, a
reconciliação, legitimidade democrática e a governabilidade
política, a desigualidade e a discriminação (ROQUE2012:25-26)
Ao referirem-se aos factores endógenos e exógenos os mesmos estão na
base da problemática da pobreza, do atraso e marginalização da África,
da exclusão, discriminação da maioria das debilidades sociais em que se
encontra o continente.

Presidentes Sul-africanos e Tanzaniano Thabo Mbekie, Benjamim


Mkapa (antigos), durante o Fórum Económico Mundial, realizado em
Davos, que os conflictos armados, os movimentos migratórios, a falta de
humanismo, a corrupção e a incompetência de muitas lideranças
africanas têm contribuído,para despoletar as crises contínuas e o
subdesenvolvimento em que os países se encontram.
CONFLITOS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Stephen Robbins (2005, p. 326) define o conflito como um


processo no qual o esforço é propositadamente desenvolvido pelo
A no sentido de eliminar os esforços de B para alcançar um
determinado objectivo através de formas de bloqueio que resulta
na frustração de B.
➢ É uma situação de concorrência, onde as partes estão
conscientes da incompatibilidade de futuras posições, e na qual
cada uma delas deseja ocupar uma posição incompatível com o
desejo da outra.
➢ Profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes; o
ato, estado ou efeito de divergirem acentuadamente ou de se
oporem duas ou mais coisas.
REFLEXÃO:
O que é conflito, vamos refletir um pouco sobre os conceitos
apresentados. Antes, porém, peço que imaginem ao que o conflito
normalmente está associado.

Frequentemente, as pessoas o associam a reações agressivas e


destrutivas, representadas pela briga ou, em um sentido mais
amplo, pela guerra.
CONFLITOS EM ÁFRICA.
Olhando para a realidade africana, será correcto dizer : zona de
conflito? com efeito, perfilam-se aí, e com particultar agudeza, todos
os factores de conflitualidade que o nosso mundo conhece, tanto ao
nível individual como colectivo, desde os choques culturais, que
opõe comunidades, demograficamente significativas portadoras de
visões do mundo dificilmente compatíveis;

De gestão politica até aos choques de classe, que opõem os Ricos aos
Pobres; Emprestando ainda maior profundidade aos factores
sociológico e politicamente decisiva da cor e, como pano de fundo, o
confronto, aberto, das grandes ideologias do nosso tempo…
CAUSAS DOS CONFLITOS EM ÁFRICA

Os conflitos na África são basicamente motivados por


disputas territoriais;
➢ Golpes de estados, que geram crises políticas;
rivalidades tribais, por questões étnicas ou religiosas;
➢ Disputas por água e recursos minerais; e imersão do
povo na miséria.
➢ Essas motivações são provenientes do processo de
colonização do continente, da Guerra Fria, da
intervenção de terceiros Estados e de eleições
conturbadas.
➢ Os principais conflitos na África acontecem nos
seguintes países: Sudão e Sudão do Sul, Nigéria,
Ruanda, Mali, Burundi, República Democrática do
Congo e Angola.
Ao encerrar a Conferência de Berlim, em 26 de fevereiro de 1885, o chanceler
alemão Otto von Bismarck inaugurou um novo e sangrento capítulo da história
das relações internacionais entre europeus e africanos.

Menos de três décadas após o encontro, Ingleses, Franceses, Alemães, Belgas,


Italianos, Espanhóis e Portugueses já haviam conquistado e repartido entre si 90%
da África…

Essa apropriação provocou mudanças profundas não apenas no dia-a-dia, nos


costumes, na língua e na religião dos vários grupos étnicos que viviam no
continente. Também criou fronteiras que, ainda hoje, são responsáveis por
tragédias militares e humanitárias
A DIVISÃO DA ÁFRICA/ XIX E XX
As fronteiras territoriais
também foram delineadas sem
respeitar a disposiçãoda
população local, com base nos
interesses dos europeus
IMPLICAÇÕES DOS CONFLITOS ELEITORAIS NA
CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS DE DIREITO E
DEMOCRATICOS

O continente africano caracteriza-se pela existência de uma situação


de permanente conflitualidade, motivada por causas, endógenas e
exógenas, que se torna cada vez mais complexa quando se lhe agrega
os factores emergentes do défice da má governação, a exclusão, a
corrupção, a derrapagem democrática e outros tantos, que concorrem
para a instabilidade interna e regional.

O continente africano está confrontado com problemas de elevada


complexidade: é o continente mais afectado pela pobreza, com
milhares de pessoas a viver numa miséria sem precedente e em
condições mais absurdas; crianças com futuro incerto, sendo a
esperança de vida, na África uma das mais baixas do planeta.
A maioria dos países africanos, depois do alcance das
independências , adotaram o sistema SOCIALISTA, devido a
factores:
➢ A poio prestados pelos movimentos de libertação por parte dos
governos socialistas contra a dominação colonial;
➢ Pelo facto de quase nenhum pais socialista possuir colonia em
africa o que criou maior inclinação dos africanos aos Socialistas
numa altura em que se advogava justiça social.

❖ O fim das republicas socialistas (Ex. União Soviética das


Republicas Socialistas URSS), tida como principal Baluarte do
socialismo no mundo, com a queda do Muro de Berlim1989, e
a proclamação do fim da URSS como sujeito de direito
internacional, em 1991 pelo Ultimo Presidente MIKHAIL
SERGUEIEVITCH GORBACHEV, marcaram o quadro da
viragem entre as duas grandes superpotência.
Marcando um ponto final na guerra fria, e o triumfo dos
capitalistas e a queda dos países socialistas e principalmente em
Africa. Forcando os países a realizarem eleições multi-partidária e
profundas alterações aos regimes políticos e económicos do
Ocidente em africa.
Facto que levou a muitos lideres africanos a indagarem-se se a
democracia era o melhor sistema para africa atendendo a realidade
conflitual de varias ordem no continente (MBOCO,2021)

Os conflitos eleitorais fragilizam as instituições do estado,


dificultando a separação de poderes e a independência das
instituições que se tornam reféns da elite politica que detém o
poder;
A consolidação do estado democrático, continua a ser um
“calcanlhar de aquiles”em matéria de manutenção politica, a
estabilidade politica e militar constituem elementos sine qua non o
crescimento e desenvolvimento da africa em todos os níveis.
MODELO A SEGUIR!..
Face à as história das lutas pela libertação, aos conflitos
constantes e às reconciliações fracassadas e às distorções
estruturais existentes na economia e na sociedade, o modelo
a seguir na área social deve ser o do respeito pelos direitos
humanos, pela diversidade, pelos valores, pelos princípios e
pelas diferentes culturas e religiões.

O modelo de desenvolvimento deve ter por base uma


economia de mercado com forte componente social, sendo
o poder público o garante da liberdade, da solidariedade e
do interesse nacional e regional, tudo isso, ao serviço da
construção de uma sociedade solidária para com os mais
pobres, desprotegidos e excluídos
Porque, qualquer acontecimento ou processo que cause a
morte ,redução massiva nas oportunidades de vida e que
mine o papel do Estado como unidade básica do sistema
internacional constitui uma ameaça à segurança
internacional, bem como :
➢ Ameaças económicas e sociais, a pobreza, as
enfermidades infecciosas e a degradação ambiental;
➢ Os conflitos entre Estados;

➢ Conflitos internos;

➢ O tribalismo que pode descambar em genocídio ;

➢ A prostituiçao; a delinquência organizada e


transnacional , Ráptos (trafico de orgaos humanos)
➢ Inseguraná pública e outras atrocidades que infermam a
sociedade.
Muito Obrigado...

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