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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -

CONCEITOS BÁSICOS Importante:


DE RACIOCÍNIO LÓGICO Leia a pergunta antes de ler o texto;
RACIOCÍNIO VERBAL
Divida o texto em parágrafos,
A Lógica é uma ciência fortemente ligada à e procure a resposta em cada paragrafo.
Filosofia, embora tenha muitas características
matemáticas. O Pensamento Lógico e traduzido - Marque as palavras extremas, como muito mais,
através das regras do bem pensar, do pensar correto, muito, menos, nunca, sempre, etc.
é um instrumento do pensar humano. O filósofo grego
Aristóteles, em sua obra "Órganon", foi o seu principal Quais os Profissionais que realizam testes de
organizador. George Boole, em seu livro "A Análise Raciocínio Verbal?
Matemática da Lógica", estruturou os princípios
matemáticos da lógica formal, que, em sua O Raciocínio Verbal dos candidatos são avaliados
homenagem, foi denominada Álgebra Booleana. através de testes de QI e testes Psicológicos,
Claude Shannon aplicou pela primeira vez a álgebra certamente se sua avaliação envolver um destes
booleana em interruptores, o que deu origem aos testes você deverá se preparar para realizar o teste
atuais computadores. A partir de 1996 começou a de Raciocínio Verbal.
“cobrança” deste conteúdo nos concursos públicos.
Estudar lógica compreende a análise de raciocínio Teste de Raciocínio Verbal
matemático relacionado com as premissas do Estas questões são constituídas por frases onde
pensamento analítico, faremos as relações entre falta a última palavra.
pessoas, lugares, objetos e/ou eventos fictícios em É necessário encontrar essa palavra de modo a
situações arbitrárias. completar corretamente a frase.
Para realizar tal feito com seriedade e resultados Veja os exemplos:
teremos que ter como base essencialmente os
conhecimentos básicos matemáticos, é de suma Exemplo A
importância o domínio dos conceitos matemáticos, Dia está para noite como claro está para:
que estão diretamente ligados ao pensamento e A. Luz
raciocínio lógico. B. Energia
Para tanto, portanto, estudaremos não só as C. Escuro
relações lógicas, como também a matéria D. Claridade
propriamente dita de matemática, assim você verá E. Eletricidade
que a disciplina Raciocínio Lógico não é o “bicho
papão” que os candidatos tanto propagam. (A frase estaria correta ao escolhermos a palavra
Raciocínio Verbal é a condição na qual "escuro", ficando: Dia está para noite como claro está
conseguimos raciocinar elementos verbais e para escuro.
estruturá-los, criando desta forma significados, ordem A sua missão será selecionar a palavra correta).
e relação entre eles. Esta capacidade intelectual não Analise agora os exemplos seguintes:
e muito trabalhada ou mesmo estimulada na fase
escolar e na vida adulta. As informações são Exemplo B
distribuídas nos meios de comunicação e o receptor Calçado está para couro como vestuário está
de uma forma passiva apenas recebe-as sem para:
interpretá-las com um raciocínio próprio. A. Tecido
Nos testes psicológicos e de QI a avaliação do B. Camisola
Raciocínio Verbal é feito certamente para avaliar o C. Têxtil
candidato neste nível, o objetivo dos testes de D. Roupa
Raciocínio Verbal é analisar o candidato para a vaga E. Algodão
pretendida e perceber qual dos profissionais avaliados
possuem o elemento buscado nos profissionais de Exemplo C
hoje em dia, a capacidade de criar, elaborar, ordenar Almoço está para refeição como automóvel está
e construir pensamentos próprios. para:
Os testes de Raciocínio Verbal podem levar o A. Autoestrada
candidato a criar raciocínios não lógicos no inicio da B. Motor
resolução dos exercícios, mas a resolução em si e C. Piloto
todo o percurso do exercício é baseado na estrutura D. Veículo
do pensamento verbal, que por sua vez e criado pelo E. Viagem
caminho do raciocino logico.
(No exemplo B a letra a indicar "A"; no Exemplo C
Falso / Verdadeiro / Não posso dizer a letra correta seria "D". Verifique se as suas
Este e o formato mais popular de respostas dos respostas coincidem).
testes de raciocínio verbal. Nossos testes ajudaram
você a resolver este tipo de questão, e com a prática Antes de começar uma prova verifique se
sua habilidade de concentração, rapidez para compreendeu bem o tipo de exercícios a resolver e a
responder as perguntas e o seu raciocínio critico forma como vai responder.
estará apto para a resolução dos testes de raciocínio Procure trabalhar o mais rápido que puder mas
verbal. sem se enganar.
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SEQUÊNCIAS LÓGICAS ENVOLVENDO Exemplo 1
NÚMEROS LETRAS E FIGURAS A sequência numérica proposta envolve
multiplicações por 4.
Os estudos matemáticos ligados aos fundamentos 6 x 4 = 24
lógicos contribuem no desenvolvimento cognitivo dos 24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
alunos, induzindo a organização do pensamento e das
384 x 4 = 1536
ideias, na formação de conceitos básicos, assimilação
de regras matemáticas, construção de fórmulas e
Exemplo 2
expressões aritméticas e algébricas.
A diferença entre os números vai aumentando 1
É de extrema importância, em Matemática, a
unidade.
utilização de atividades extras envolvendo lógica, no
13 – 10 = 3
intuito de despertar o raciocínio, fazendo com que o 17 – 13 = 4
aluno utilize seu potencial na busca por soluções dos 22 – 17 = 5
problemas matemáticos baseados nos conceito 28 – 22 = 6
Lógicos. 35 – 28 = 7
A lógica está presente em diversos ramos da
Matemática, como a probabilidade, os problemas de Exemplo 3
contagem, as progressões aritméticas e geométricas, Multiplicar os números sempre por 3.
as sequências numéricas, equações, funções, análise 1x3=3
de gráficos entre outros. 3x3=9
Os fundamentos lógicos contribuirão na resolução 9 x 3 = 27
ordenada de equações, na percepção do valor da 27 x 3 = 81
razão de uma sequência, na elucidação de problemas 81 x 3 = 243
aritméticos e algébricos e na fixação de conteúdos 243 x 3 = 729
complexos. 729 x 3 = 2187
A utilização das atividades lógicas contribui na
formação de indivíduos capazes de criar ferramentas Exemplo 4
e mecanismos responsáveis pela obtenção de A diferença entre os números vai aumentando 2
resultados na disciplina de Matemática. unidades.
O sucesso na Matemática está diretamente 24 – 22 = 2
conectado à curiosidade, pesquisa, deduções, 28 – 24 = 4
experimentos, visão detalhada, senso crítico e 34 – 28 = 6
organizacional e todas essas características estão 42 – 34 = 8
52 – 42 = 10
ligadas ao desenvolvimento lógico.
64 – 52 = 12
As figuras a seguir possuem números que
78 – 64 = 14
representam uma sequência lógica. Complete com o
número que está faltando. Exemplos: SEQUÊNCIA DE LETRAS
As sequências de letras podem estar associadas a
uma série de números ou não.

Em geral, você deve escrever todo o alfabeto


(observando se deve, ou não, contar com k, y e w) e
circular as letras dadas para entender a lógica
(1) proposta.

A C F J O U
Observe que foram saltadas 1,2,3,4 e 5 letras e
esses números estão em progressão.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU
(2) B1 2F H4 8L N16 32R T64
Nesse caso, associou-se letras e números
(potências de 2), alternando a ordem. As letras saltam
1,3,1,3,1,3 e 1 posições.

SEQUÊNCIA DE PESSOAS
(3) Na série a seguir, temo sempre um homem
seguido de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão
em uma posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º, ...)
serão mulheres e a posição dos braços sempre
alterna, ficando para cima em uma posição múltipla de
dois (2º, 4º, 6º, 8º, ...).
(4) Sendo assim, a sequência se repete a cada seis
termos, tornando possível determinar quem estará em
qualquer posição.

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SEQUÊNCIA DE FIGURAS
Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo
padrão visto na sequência de pessoas ou
simplesmente sofrer rotações, como nos exemplos a
seguir.
Como o modelo tem um quadrado preto em cada
um de seus lados, você só pode construir uma figura
com "quadrados-pretos em cada um de seus lados."
Somente a forma "d" é uma figura com estas
características.

Exercício 3
Ao sobrepor as duas figuras, são eles exatamente
iguais?

RACIOCÍNIO ESPACIAL
E RACIOCÍNIO TEMPORAL

Raciocínio Espacial
O raciocínio espacial é uma habilidade importante
que gera conceitos e soluções para problemas que
surgem em áreas como arquitetura, engenharia, Sim ou Não
ciências, matemática, arte, jogos, e também no
cotidiano. É preciso um bom raciocínio espacial para As duas figuras têm o mesmo número de cubos,
navegar pelas ruas, usar mapas, resolver quebra- mais não encaixam exatamente, porque esses blocos
cabeças ou jogar sinuca, decorar a casa, estudar estão localizados em posição diferente.
geometria e física, ou simplesmente decidir se é
possível fazer um sofá passar pela porta. Então vá em Exercício 4
frente e pratique a manipulação de representações Se dobro a figura pela linha tracejada, como a
mentais: gire, reflita, inverta, dobre e desdobre. figura vai ser (a, b, c)?

Raciocínio Espacial: Exemplos


Exercício 1
Qual das Figuras (a, b, c, d) pode ser montada ao
dobrar o seguinte modelo:

a: b: c:

Somente a figura "a" tem a mesma forma.

Exercício 5
Qual figura não pertence ao grupo?

Como o modelo do exemplo é completamente


escuro, você só pode construir uma "figura a: b: c:
completamente escura". Portanto, a resposta será a
marcada com a letra "b", porque as outras figuras têm
setores brancos.

Exercício 2 d: e:
Qual das Figuras (a, b, c, d) pode ser montada ao
dobrar o modelo: Se sobrepomos as figuras, a forma marcada com
"d" não encaixa com as outras.

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NUMERAÇÃO opções de refrigerante pelas opções de cerveja. O
que devemos fazer aqui é apenas somar essas
A convivência em sociedade provocou na possibilidades:
humanidade, a necessidade da criação de um (3 x 2 x 3) x (2 + 3) = 90
mecanismo capaz de gerenciar numerais. Resposta para o problema: existem 90
Para expressarmos quantidades ou para possibilidades de pratos que podem ser montados
enumerarmos objetos, por exemplo, utilizamos um com as comidas e bebidas disponíveis.
sistema de numeração. Outro exemplo:
Existem vários sistemas de numeração, mas o No sistema brasileiro de placas de carro, cada
mais comum e que é frequentemente utilizado por placa é formada por três letras e quatro algarismos.
nós, é o sistema de numeração decimal. Quantas placas onde o número formado pelos
Neste sistema os números são representados por algarismos seja par, podem ser formadas?
um agrupamento de símbolos que chamamos de Primeiro, temos de saber que existem 26 letras.
algarismos ou dígitos. Segundo, para que o numero formado seja par,
O sistema de numeração decimal possui ao todo teremos de limitar o último algarismo à um numero
dez símbolos distintos, através dos quais se par. Depois, basta multiplicar.
utilizarmos apenas um dígito, podemos representar 26 x 26 x 26 = 17.576 -> parte das letras
quantidades de zero a nove. 10 x 10 x 10 x 5 = 5.000 -> parte dos algarismos, note
Dígitos ou algarismos são símbolos numéricos que na última casa temos apenas 5 possibilidades,
utilizados na representação de um número, por pois queremos um número par (0 , 2 , 4 , 6 , 8).
exemplo, o número 756 é composto de três dígitos: 7, Agora é só multiplicar as partes: 17.576 x 5.000 =
5 e 6. 87.880.000
No sistema decimal contamos com dez símbolos Resposta para a questão: existem 87.880.000
distintos: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9. placas onde a parte dos algarismos formem um
número par.
Ordens e Classes
As casas das unidades, das dezenas e das SIMETRIA
centenas são chamadas de ordens.
No sistema de numeração decimal a cada três A palavra Simetria tem sua origem no grego
ordens posicionadas da direita para a esquerda temos "medida". A simetria é uma característica que pode
uma classe. ser observada em algumas formas geométricas,
A primeira classe, também da direita para a equações matemáticas ou outros objetos, ou
esquerda, é a das unidades, na sequência temos a entidades abstratas, relacionadas com a sua
classe dos milhares, dos milhões, bilhões e assim por invariância sob certas transformações, movimentos ou
diante conforme a figura abaixo: trocas. O seu conceito está relacionado com o de
isometria (e às operações geométricas associadas:
Bilhões Milhões Milhares Unidades reflexão, reflexão deslizante, rotação e translação).
centenas dezenas unidades Neste artigo serão consideradas apenas a reflexão
e a reflexão deslizante, que, na maioria dos textos,
CONTAGEM, MEDIÇÃO, são as operações da isometria que estão diretamente
AVALIAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO. relacionadas com a simetria.
Através da reflexão, uma imagem é invertida em
O princípio fundamental da contagem nos diz que relação a um eixo, formando-se uma imagem
sempre devemos multiplicar os números de opções espelhada da original.
entre as escolhas que podemos fazer. De forma mais lata, existe simetria se uma
Por exemplo, para montar um computador, temos mudança num dado sistema mantém as
3 diferentes tipos de monitores, 4 tipos de teclados, 2 características essenciais do sistema inalteradas; e.g.,
tipos de impressora e 3 tipos de “CPU”. Para saber o num determinado arranjo de cargas eléctricas, se
numero de diferentes possibilidades de computadores trocarmos o sinal de cada uma das cargas eléctricas
que podem ser montados com essas peças, somente aí presentes, o comportamento eléctrico do sistema
multiplicamos as opções: permanecerá inalterado.
3 x 4 x 2 x 3 = 72 A simetria ocorre ou é aplicada em várias das
Então, têm-se 72 possibilidades de configurações vertentes da ação humana: na geometria, matemática,
diferentes. física, biologia, arte e até na literatura (nos
Um problema que ocorre é quando aparece a palíndromos), etc. Ainda que dois objetos
palavra “ou”, como na questão: semelhantes pareçam o mesmo, eles são,
Quantos pratos diferentes podem ser solicitados logicamente, diferentes. De fato, a simetria refere-se
por um cliente de restaurante, tendo disponível 3 tipos mais a semelhanças que a igualdades.
de arroz, 2 de feijão, 3 de macarrão, 2 tipos de A dificuldade que a nossa capacidade perceptiva
cervejas e 3 tipos de refrigerante, sendo que o cliente tem em diferenciar imagens que à partida parecem
não pode pedir cerveja e refrigerante ao mesmo ser iguais (o que se percebe nas crianças que têm
tempo, e que ele obrigatoriamente tenha de escolher dificuldade em desenhar figuras geométricas a partir
uma opção de cada alimento? de um eixo) será, provavelmente, responsável pela
A resolução é simples: 3 x 2 x 3 = 18 , somente ligeireza e ameno estado de consciência alterada
pela comida. Como o cliente não pode pedir cerveja e provocado pela observação de padrões geométricos
refrigerantes juntos, não podemos multiplicar as intrincados baseados na simetria.
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Simetria na geometria 5. Ou Socorro será Bancária, ou Sônia será
Em termos geométricos, considera-se simetria Médica, ou Graça será Enfermeira. Se Ana for
como a semelhança exata da forma em torno de uma Repórter, então Graça será Enfermeira. Se Sônia for
determinada linha reta (eixo), ponto ou plano. Médica, então Ana será Repórter. Ora, Graça não
Se, ao rodarmos a figura, invertendo-a, ela for será Enfermeira. Então:
sobreponível ponto por ponto (segundo os princípios A) Socorro será Bancária e Sônia não será
da geometria euclidiana), ela é simétrica. Médica.
Para a maioria das pessoas, a ideia de simetria B) Sônia não será Médica e Ana será Repórter.
está ligada mais a pensamentos sobre arte e natureza C) Sônia será Médica ou Ana será Repórter.
do que sobre matemática. D) Sônia será Médica e Graça não será
De fato, nossas ideias de beleza estão Enfermeira.
intimamente relacionadas a princípios de simetria, e E) Socorro não será Bancária e Ana não será
simetrias são encontradas por todo o mundo. Repórter.
É esse o caso das imagens refletidas por um
espelho. 6. – Uma professora de matemática faz as três
Efetivamente, se no meio da letra O colocarmos seguintes afirmações:
um espelho exatamente ao meio da figura, na vertical, "X > Q e Z < Y";
a mistura das duas imagens (a real e a refletida) "X > Y e Q > Y, se e somente se Y > Z";
forma um novo O já que a letra referida tem esse eixo "R ≠ Q, se e somente se Y = X";
de simetria.
Dada uma imagem, a sua simétrica preservará o Sabendo-se que todas as afirmações da
comprimento e o ângulo, mas nem sempre mantém a professora são verdadeiras, conclui-se corretamente
direção e sentido das várias partes da figura (embora que:
isso possa acontecer em alguns casos). A) X > Y > Q > Z B) X > R > Y > Z
C) Z < Y < X < R D) X > Q > Z > R
Exercícios de Lógica: E) Q < X < Z < Y
1. Admita verdadeira a declaração: “se gato é
felino, então cachorro não é felino”. Nestas condições, 7. Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero
concluímos corretamente que, é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto é bondoso. Beto é
A) se cachorro não é felino, então gato não é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso, ou
Felino. Homero é honesto. Logo,
B) se cachorro não é felino, então gato é felino. A) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é
C) se gato não é felino, então cachorro é felino. justo.
D) se cachorro é felino, então gato é felino. B) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio
E) se cachorro é felino, então Gato não é felino. não é justo.
C) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é
2. Mário é mais velho que Marcos, que é mais justo.
novo que Leandro; Júlio é mais velho do que Leandro, D) Beto não é bondoso, Homero não é honesto,
que é mais novo do que Mário. Júlio não é mais novo Júlio não é justo.
do que Mário. Sabendo-se que todos os quatros têm E) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é
idades diferentes, podemos dizer que: justo.
A) Mário é o mais velho.
B) Leandro é mais velho do que Júlio. 8. Durante uma conversa de bar, seis professores
C) Marcos é mais velho do que Leandro. discordaram sobre quais times foram campeões
D) Marcos é o mais jovem. cariocas em três anos remotos (A, B, C). Seus
E) Leandro é o mais jovem. palpites estão na tabela a seguir:

3. Observando a sequência (A, C, F, M,…),


podemos dizer que o próximo termo da sequência é:
A)Q. B)T. C)S. D)P. E)R.

4. Três amigas foram para um casamento usando


vestidos nas cores vermelho, verde e amarelo,
respectivamente. Sabe-se que seus pares de sapatos
apresentavam essas mesmas três cores, mas
somente Mônica usava vestido e sapatos da mesma
cor. Nem o vestido nem os sapatos de Morgana eram
amarelos. Juliana usava sapatos azuis. Então Verificou-se, depois, que cada um havia acertado
podemos dizer que os vestidos de Mônica, Morgana e ao menos um palpite. Pode-se garantir que os
Juliana eram, respectivamente, das seguintes cores: campões, nos anos A e C, foram, respectivamente:
A) amarelo, vermelho e verde. A) Botafogo e Botafogo.
B) azul, verde e amarelo. B) Fluminense e Fluminense.
C) amarelo, verde e azul. C) Botafogo e Fluminense.
D) verde, azul e amarelo D) Botafogo e Flamengo.
E) vermelho, amarelo e verde. E) Flamengo e Botafogo.

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9. Ronaldo brincava distraído com dois dados que 14. Considere uma pergunta e duas informações
planificados ficavam da seguinte forma: as quais assumiremos como verdadeiras.
Pergunta: Entre João, Nuno e Luís, quem é o mais
baixo?
Informação 1: João é mais alto do que Luís.
Informação 2: Nuno é mais alto do que Luís.
Diante desses dados conclui-se que:
A) a primeira informação, sozinha, é suficiente
para que se responda corretamente à pergunta, e a
segunda, insuficiente.
Marcelo seu primo, observava e imaginava quais B) a segunda informação, sozinha, é suficiente
seriam as possíveis somas dos resultados dos dois para que se responda corretamente à pergunta, e a
dados, se esses, quando lançados sobre a mesa, primeira, insuficiente.
ficassem apoiados sobre as suas faces sem C) as duas informações, em conjunto, são
numeração. O resultado da observação de Marcelo suficientes para que se responda corretamente à
corresponde a: pergunta, e cada uma delas, sozinha, é insuficiente.
A) 3, 4, 6 e 8. B) 3, 4, 8 e 10. D) as duas informações, em conjunto, são
C) 4, 5 e 10. D) 4, 6 e 8. insuficientes para que se responda corretamente à
E) 3, 6, 7 e 9. pergunta.
E) cada uma das informações sozinha é suficiente
10. O rei ir à caça é condição necessária para o para que se responda corretamente à pergunta.
duque sair do castelo, e é condição suficiente para a
duquesa ir ao jardim. RESPOSTAS:
Por outro lado, o conde encontrar a princesa é 1) E 2) D
condição necessária e suficiente para o barão sorrir e 3) E 4) A
é condição necessária para a duquesa ir ao jardim. 5) A 6) B
O barão não sorriu. 7) C 8) A
9) D 10) C
Logo: 11) D 12) D
A) A duquesa foi ao jardim ou o conde encontrou a 13) E 14) C
princesa.
B) Se o duque não saiu do castelo, então o conde CALENDÁRIO
encontrou a princesa.
C) O rei não foi à caça e o conde não encontrou a Vamos supor que eu lhe peça para escolher nove
princesa. dias quaisquer de um determinado mês. Podemos
D) O rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim. usar como exemplo o mês de junho de 2010. Veja que
E) O duque saiu do castelo e o rei não foi à caça. temos nove dias destacados no calendário abaixo:
Mês de Junho de 2010.
11. A negação de “Todos os caminhos levam a
Roma” é:
A) “Todos os caminhos não levam a Roma”.
B) “Nenhum caminho leva a Roma”.
C) “Pelo menos um caminho leva a Roma”
D) “Pelo menos um caminho não leva a Roma”.
E) “Não há caminhos para Roma”.

12. Num mesmo dia, uma mercadoria foi


comprada por R$ 70,00, vendida por R$ 80,00,
recomprada por R$ 90,00 e, finalmente, vendida por
R$ 100,00. No final dessa sequência de compras e
vendas, o dono dessa mercadoria:
A) teve um lucro de R$ 10,00.
B) teve um prejuízo de R$ 10,00.
C) teve um prejuízo de R$ 20,00. Agora vou lhe perguntar qual é a menor data, ou
D) teve um lucro de R$ 20,00. seja, o número de menor valor encontrado entre as
E) não teve lucro nem prejuízo. nove datas que você escolheu.
(É claro, supondo que você tenha escolhido o
13. Em uma caixa há 2 bolas azuis, 3 bolas quadrado 1,2,3,8,9,10,15,16,17 do exemplo dado).No
amarelas e 4 bolas pretas. Serão retiradas N bolas exemplo temos que Terça-Feira, o dia 1º é a menor
dessa caixa, simultaneamente e de forma totalmente data, pois corresponde ao número um. Agora vem o
aleatória. O menor valor inteiro positivo de N, para truque que é muito legal.
que se possa garantir que haverá bolas de todas as Vou descobrir o total da soma de todos os valores
cores, é: que estão neste quadrado supostamente escolhido
A)4 B)5 C)6 por você. Neste momento você faz cara de espanto
D)7 E) 8 dizendo – Não acredito! Sem mostrar para você, faço
minhas contas que na verdade são muito fáceis.
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Veja abaixo: Somente as sentenças declarativas podem-se
Pego o menor valor que você já me disse. 1, e atribuir valores de verdadeiro ou falso, o que ocorre
somo com 8. Que dá o valor 9. Multiplico o valor quando a sentença é, respectivamente, confirmada ou
encontrado por 9 que dá 81. negada.

(1+8).9 =81 . Vamos conferir? Quando uma proposição é verdadeira,


atribuímos-lhe o valor lógico V; quando ela é falsa,
(1+2+3)+(8+9+10)+(15+16+17) = 81
atribuímos-lhe o valor lógico F.
6+27+48=81. Confere!
Observação:
É fácil e muito divertido testar estes truques da Não se pode atribuir valores de verdadeiro ou
matemática. Vamos ver outro fato interessante com falso às outras formas de sentenças como as
calendários e potências. interrogativas, as exclamativas e as imperativas,
No livro Aritmética Recreativa do escritor espanhol embora elas também expressem juízos.
Yakov I. Perelman, encontramos muitos destes
truques, e um me chamou a atenção por tratar Exemplos de proposições:
exatamente de calendários e potências. Na verdade é
mais uma característica daquelas que citei no começo  “O número 5 é ímpar” – é uma declaração
do artigo. (afirmativa); portanto, uma proposição.
O Número 365. Sabemos ser verdadeira (valor lógico V).
É impressionante, principalmente porque ele
representa o total de dias do ano. Além disso, a  “Todo homem é mortal” – é uma declaração
divisão deste número por módulo 7 dá resto 1. Por (afirmativa); portanto, uma proposição.
ser um resto tão insignificante, esta propriedade do Sabemos ser verdadeira (valor lógico V).
número 365 adquire grande significado para nosso
calendário com sete dias na semana. Outra  “ 7  12  15 ” – é uma declaração (negativa);
propriedade interessante do número 365 que está
portanto, uma proposição.
intimamente relacionada ao nosso calendário é:
Sabemos ser falsa (valor lógico F).
365 = 10.10 + 11.11 + 12.12. É fácil notar que o
 “Nenhum peixe sabe ler” - é uma declaração
número 365 é igual a soma dos quadrados dos
(afirmativa); portanto, uma proposição.
valores que representam os 3 últimos meses
Sabemos ser verdadeira (valor lógico V).
consecutivos, ou seja, 102 + 112 + 122 = 100 + 121 +
144 = 365.
Sentença
2 2
Também podemos notar que a soma de 13 + 14
= 365. Podemos encontrar esta propriedade Frase, expressão que encerra um sentido geral.
destacada na tela intitulada "problema difícil" do pintor
Bogdánov-Bielsky. Sentenças que não são proposições:
(sentenças abertas)
PRINCÍPIOS DO RACIOCÍNIO LÓGICO
 “Qual o seu nome?” – é uma pergunta, e não
Há 3 (três) princípios básicos do raciocínio lógico: uma declaração. Portanto, não é uma proposição.
Não se pode atribuir a ela um valor lógico (V ou F).
Princípio da identidade: "uma proposição
verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa é  “Que dia lindo!” – é uma sentença exclamativa, e
falsa". não uma declaração. Portanto, não é uma proposição.
Ex: Um gato é um gato. Não se pode atribuir a ela um valor lógico (V ou F).

Princípio da não-contradição: "nenhuma  “Ana, vá estudar sua lição” – é uma sentença


proposição pode ser verdadeira e falsa ao mesmo imperativa, e não uma declaração. Portanto, não é
tempo". uma proposição.
Ex: O sol é amarelo; o sol não é amarelo. Não se pode atribuir a ela um valor lógico (V ou F).

Princípio do terceiro-excluído: "uma proposição  “ x  13  20 ” – é uma sentença aberta, e não


ou será verdadeira ou falsa: não há outra opçao". uma declaração. Portanto, não é uma proposição.
Ex: Estudar é fácil. (estudar ou é fácil ou é difícil). Não se pode atribuir a ela um valor lógico (V ou F).

Proposição Proposição simples

Denomina-se proposição a toda sentença, Uma proposição é dita proposição simples quando
expressa em palavras ou símbolos, que exprima um não contém qualquer outra proposição como sua
juízo ao qual se possa atribuir, dentro de certo componente. Isso significa que não é possível
contexto, somente um de dois valores lógicos encontrar como parte de uma proposição simples
possíveis: verdadeiro ou falso. alguma outra proposição diferente dela.

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Não se pode subdividi-la em partes menores tais Operações com proposições
que alguma delas seja uma nova proposição.
Assim como na Álgebra tradicional existem as
Exemplo: operações com números (adição, subtração etc.), na
A sentença “Júlio gosta de esporte” é uma Álgebra Booleana existem operações com as
proposição simples, pois não é possível identificar proposições.
como parte dela qualquer outra proposição diferente. O valor lógico (verdadeiro ou falso) de uma
proposição composta depende somente do valor
Outros exemplos: lógico de cada uma de suas proposições
“Júlio fala inglês” componentes e da forma como estas sejam ligadas
“Laranja é uma fruta” pelos conectivos lógicos utilizados.
“Todos os ricos são homens”
Exemplo
Proposição composta

Uma proposição é composta quando se pode


extrair como parte dela uma nova proposição.

Exemplo:
A sentença “Paulo é irmão de Ana e de César” é
uma proposição composta, pois é possível retirar-se
dela outras proposições: “Paulo e irmão de Ana” e
“Paulo é irmão de César”.

Conectivos lógicos (ou estruturas lógicas)


Tabela - verdade
Os conectivos lógicos agem sobre as proposições
a que estão ligadas de modo a criar novas É uma forma usual de representação das regras
proposições. da Álgebra Booleana.
Alguns dos conectivos são:
Nela, é representada cada proposição (simples ou
composta) e todos os seus valores lógicos possíveis.

1º- Conjunção: “A e B” (Representação:


A  B ).
Denominamos conjunção a proposição composta
formada por duas proposições quaisquer que estejam
ligadas pelo conectivo “e”.

Exemplo: Exemplo:
Dadas as proposições simples:
A sentença “Se Talita não bebe, então Carlos vai A: Marta é mãe de Beto.
ao clube ou Bruna toma café”. B: Marta é mãe de Carlos.
É uma proposição composta na qual podemos
observar alguns conectivos lógicos (“não”, “se..., A conjunção “A e B” pode ser escrita como:
então” e “ou”) que estão agindo sobre as proposições
simples “Talita não bebe”, “Carlos vai ao clube” e A  B : Marta é mãe de Beto e de Carlos.
“Bruna toma café”.
2º- Disjunção: “A ou B” (Representação:
CONECTIVOS A  B ).
LÓGICOS
Denominamos disjunção a proposição composta
Os conectivos são símbolos que irão comprovar a formada por duas proposições quaisquer que estejam
veracidade das informações. ligadas pelo conectivo “ou”.
Eles serão utilizados na formação de proposições
compostas, ou seja, eles vão ligar uma proposição a Exemplo:
outra ou então vão transformar as proposições numa Dadas as proposições simples:
terceira proposição. A: Tiago fala Francês.
B: Tiago é universitário.
Λ=e
V = ou A disjunção “A ou B” pode ser escrita como:
→ = se…então A  B : Tiago fala Francês ou é universitário.
↔ = se e somente se

10
10
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
3º- Disjunção exclusiva: “ou A ou B” Modos de Negação
AB ). de uma Proposição Simples
(Representação:
1) Antepondo-se a expressão “não” ao seu
Denominamos disjunção exclusiva a proposição verbo.
composta formada por duas proposições quaisquer
em que cada uma delas esteja precedida pelo Exemplo:
conectivo “ou”. “Beto gosta de futebol”.
“Beto não gosta de futebol”.
Exemplo:
Dadas as proposições simples: 2) Retirando-se a negação antes do verbo.
A: O número 7 é par. Exemplo:
B: O número 7 é ímpar. “Ítalo não é irmão de Maria”.
“Ítalo é irmão de Maria”.
A disjunção exclusiva “ou A ou B” pode ser escrita
como: 3) Substituindo-se um termo da proposição por
AB : Ou o número 7 é par ou o número 7 é um de seus antônimos.
Exemplo:
ímpar. “n é um número ímpar”.
“n é um número par”.
4º- Implicação (Condicional): “Se A, então B”
(Representação: A  B ). Observação
Denominamos condicional a proposição composta “Este lápis é verde” contradiz, mas não é a
formada por duas proposições quaisquer que estejam negação de “Este lápis é azul”, porque a negação
ligadas pelo conectivo “Se..., então” ou por uma de desta “Este lápis não é azul” não obriga a que a cor
suas formas equivalentes. do lápis seja verde. Poderia ser de qualquer outra cor,
diferente das citadas.
Exemplo:
Dadas as proposições simples: Tautologia
A: Lucas é goiano.
B: Lucas é brasileiro. Uma proposição composta é uma tautologia se
ela for sempre verdadeira independentemente dos
A condicional “Se A, então B” pode ser escrita valores lógicos das proposições que a compõem.
como:
A  B : Se Lucas é goiano, então Lucas é Exemplos
brasileiro.  
1º- A proposição “ A  A ” é uma tautologia,
pois é sempre verdadeira, independentemente dos
5º- Dupla Implicação (Bicondicional): “A se e valores lógicos de A. Veja na tabela-verdade a seguir:
somente se B” (Representação: A  B ).
Denominamos bicondicional a proposição
composta formada por duas proposições quaisquer
que estejam ligadas pelo conectivo “se e somente
se”.
  
2º- A proposição “ A  B  A  B ” é uma
Exemplo: tautologia, pois é sempre verdadeira,
Dadas as proposições simples: independentemente dos valores lógicos de A e de B.
A: Sérgio é meu tio. Veja na tabela-verdade a seguir:
B: Sérgio é irmão de um de meus pais.

A bicondicional “A se e somente se B” pode ser


escrita como:
A  B : Sérgio é meu tio se e somente se
Sérgio é irmão de um de meus pais.

6º- Negação: “Não A” (Representação: A )

Definição Contradição
Uma proposição é a negação de outra quando: se
uma for verdadeira, então a outra é obrigatoriamente Uma proposição composta é uma contradição se
falsa e, se uma for falsa, então a outra é ela for sempre falsa independentemente dos valores
obrigatoriamente verdadeira. lógicos das proposições que a compõem.

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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
Exemplo k) P 
 
1º- A proposição “ A  A ” é uma contradição,
l) Q 
pois é sempre falsa, independentemente dos valores
lógicos de A. Veja na tabela-verdade a seguir: m) P  Q   P

02- Sejam as proposições:


P: o rato entrou no buraco.
Q: o gato seguiu o rato
Expresse em simbologia a proposição “Se o rato
não entrou no buraco ou o gato seguiu o rato, então
Observação não é verdade que ou o rato entrou no buraco ou o
A negação de uma tautologia é sempre uma gato não seguiu o rato.
contradição.
A negação de uma contradição é sempre uma 03- Julgue as proposições a seguir:
tautologia. 1. () Se 3  2  6 , então 4  7  9 .
O exemplo citado mostra que uma proposição 2. () Não é verdade que 12 é um número ímpar.
qualquer A e sua negação A nunca serão ambas
3. () Não é verdade que “ 3  1  5 ou 1  6  7 ”
verdadeiras ou ambas falsas.

As três Leis Fundamentais do Pensamento 04- Se p é uma proposição verdadeira, então:


Lógico a) p  q , é verdadeira, qualquer que seja q .
b) p  q , é verdadeira, qualquer que seja q .
c) p  q , é falsa, qualquer que seja q .
1º- Princípio da Identidade
Se um enunciado é verdadeiro, então ele é
verdadeiro.
Em símbolos: p  p 05- Sabendo que as proposições p e q são
verdadeiras e que as proposições r e s são falsas,
2º- Princípio da Não Contradição determinar o valor lógico (V ou F) de cada uma das
Nenhum enunciado pode ser verdadeiro e também seguintes proposições:
ser falso. a) () r  p  q
Em símbolos:  p  p  b) () q  r    p  s 
c) () r  s    p  q 
3º- Princípio do Terceiro Excluído
Um enunciado ou é verdadeiro ou é falso.
Em símbolos: p   p 06- (ESAF – SEFAZ) Assinale a opção verdadeira.
a) 3  4 e 3  4  9
Contingência b) Se 3  3 , então 3  4  9
c) Se 3  4 , então 3  4  9
Os valores lógicos podem ser verdadeiros ou
falsos. d) 3  4 ou 3  4  9
e) 3  3 se e somente se 3  4  9
EXERCÍCIOS
01- Sejam as proposições: 07- Considere as seguintes premissas:
P: o rato entrou no buraco. p : Trabalhar é saudável
Q: o gato seguiu o rato q : O cigarro mata.
Forme sentenças, na linguagem corrente, que
correspondam às proposições seguintes: A afirmação “Trabalhar não é saudável" ou "o
a)  P cigarro mata” é FALSA se
b) Q a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) PQ c) p e q são verdadeiras.
d) P  Q d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.
e) P  Q
08- Na lógica de primeira ordem, uma proposição
f) P   Q
é funcional quando é expressa por um predicado que
g) P  Q  contém um número finito de variáveis e é interpretada

h) P  Q 
como verdadeira (V) ou falsa (F) quando são
atribuídos valores às variáveis e um significado ao
>
0

i) P  Q predicado. Por exemplo, a proposição “Para qualquer

j) P  Q
x , tem-se que x  2 ” possui interpretação V
quando x é um número real maior do que 2 e possui

12
12
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
interpretação F quando x pertence, por exemplo, ao há um número ímpar em uma face, então, na outra
conjunto  4,  3,  2,  1, 0 . Com base face, há um quadrado”. Para comprovar se essa
afirmação é verdadeira, será necessário olhar a outra
nessas informações, julgue os próximos itens. face
a) apenas dos cartões A e B.
1º- A proposição funcional “Para qualquer x , tem- b) apenas dos cartões A, D e E.
se que
2
x >x” é verdadeira para todos os valores c) apenas dos cartões B, C e E.
d) de todos os cartões.UESTÃO 8
de x que estão no conjunto
 5 3 1 12- Em determinada escola, ao organizar as salas
5, , 3, , 2,  . de aula para o ano letivo de 2010, diretor e
 2 2 2 professores trabalharam juntos no sentido de se obter
2º- a melhor distribuição dos espaços. A escola tem três
3º- A proposição funcional “Existem números que blocos: norte, central e sul, e o problema maior estava
são divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para na localização dos ambientes da biblioteca, do
elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 16}. laboratório de informática, do laboratório de português
e da sala de educação física. Chegou-se às seguintes
09- Considere a afirmação P: conclusões:
P: “A ou B”
Onde A e B, por sua vez, são as seguintes  Ou o laboratório de português e a biblioteca
afirmações: ficariam no mesmo bloco ou a sala de educação física
A: “Carlos é dentista” e o laboratório de informática ficariam no mesmo
B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto” bloco;
 Se a biblioteca ficar no bloco central, o
Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo: laboratório de informática ficará no bloco sul.
a) Carlos não é dentista; Enio não é economista;
Juca não é arquiteto. Considerando que cada bloco tenha ficado com
b) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca pelo menos um desses 4 ambientes e que, entre eles,
não é arquiteto. apenas o laboratório de informática tenha ficado no
c) Carlos não é dentista; Enio é economista; Juca bloco norte, então a sala de educação física e o
é arquiteto. laboratório de português ficaram
d) Carlos é dentista; Enio não é economista; Juca a) ambos no bloco sul.
não é arquiteto. b) ambos no bloco central.
e) Carlos é dentista; Enio é economista; Juca não c) nos blocos central e sul, respectivamente.
é arquiteto. d) nos blocos sul e central, respectivamente.ÃO 20
10- Considere as três informações dadas a seguir, 13- Para julgar os itens de 01 a 05, considere as
todas verdadeiras. seguintes informações a respeito de estruturas
 Se o candidato X for eleito prefeito, então Y será lógicas, lógicas de argumentação e diagramas
nomeado secretário de saúde. lógicos.
 Se Y for nomeado secretário de saúde, então Z
será promovido a diretor do hospital central. Uma proposição é uma frase a respeito da qual é
 Se Z for promovido a diretor do hospital central, possível afirmar se é verdadeira (V) ou se é falsa (F).
então haverá aumento do número de leitos. Por exemplo: “A Terra é plana”; “Fumar faz mal à
saúde”. As letras maiúsculas A, B, C etc. serão
Sabendo que Z não foi promovido a diretor do usadas para identificar as proposições, por exemplo:
hospital central, é correto concluir que A: A Terra é plana;
a) o candidato X pode ou não ter sido eleito B: Fumar faz mal à saúde.
prefeito.
b) Y pode ou não ter sido nomeado secretário de As proposições podem ser combinadas de modo a
saúde. representar outras proposições, denominadas
c) o número de leitos do hospital central pode ou proposições compostas.
não ter aumentado. Para essas combinações, usam-se os
d) o candidato X certamente foi eleito prefeito. denominados conectivos lógicos:  significando “e” ;
e) o número de leitos do hospital central  significando “ou”;  significando “se ... então”;
certamente não aumentou.  significando “se e somente se”; e  significando
“não”.
11- (Cespe – SEBRAE –) Por exemplo, com as notações do parágrafo
anterior, a proposição “A Terra é plana e fumar faz
mal à saúde” pode ser representada, simbolicamente,
por A  B .
“A Terra é plana ou fumar faz mal à saúde” pode
Considere que cada um dos cartões acima tenha ser representada, simbolicamente, por A  B .
um número em uma face e uma figura na outra, e que “Se a Terra é plana, então fumar faz mal à saúde”
alguém fez a seguinte afirmação: “se, em um cartão, pode ser representada, simbolicamente, por A  B .
13
13
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
“A Terra não é plana” pode ser representada, Paulo e Sidnei nasceu na Bahia” pode ser simbolizada
simbolicamente, por A . como P   Q   R e é valorada como V.
Os parênteses são usados para marcar a
pertinência dos conectivos, por exemplo: 14- Maria tem três carros: um gol, um palio e um
 A  B   A , significando que “Se a Terra é uno. Um dos carros é branco, o outro é preto, e o
plana e fumar faz mal à saúde, então a Terra não é outro é azul. Sabe-se que: 1) ou o gol é branco, ou o
plana”. uno é branco, 2) ou o gol é preto, ou o palio é azul, 3)
Na lógica, se duas proposições são tais que uma é ou o uno é azul, ou o palio é azul, 4) ou o palio é
a negação de outra, então uma delas é F. Dadas duas preto, ou o uno é preto. Portanto, as cores do gol, do
proposições em que uma contradiz a outra, então uma palio e do uno são, respectivamente:
delas é V. a)Branco, preto, azul b) Preto, azul, branco
c) Azul, branco, preto d) Preto, branco, azul
Para determinar a valoração (V ou F) de uma e) Branco, azul, preto
proposição composta, conhecidas as valorações das
proposições simples que as compõem, usam-se as 15- As afirmações que podem ser julgadas como
tabelas abaixo, denominadas tabelas-verdade. verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não ambas, são
chamadas proposições. As proposições são
usualmente simbolizadas por letras maiúsculas: A, B,
C etc. A expressão A  B , lida, entre outras
formas, como “se A então B”, é uma proposição que
tem valoração F quando A é V e B é F, e tem
valoração V nos demais casos. Uma expressão da
forma A , lida como “não A”, é uma proposição que
Uma proposição composta que é valorada sempre tem valoração V quando A é F, e tem valoração F
como V, independentemente das valorações V ou F quando A é V. A expressão da forma A  B , lida
das proposições simples que a compõem, é como “A e B”, é uma proposição que tem valoração V
denominada tautologia. Por exemplo, a proposição apenas quando A e B são V, nos demais casos tem
A  A é uma tautologia. valoração F. Uma expressão da forma A  B , lida
como “A ou B”, é uma proposição que tem valoração
Tendo como referência as informações F apenas quando A e B são F; nos demais casos, é V.
apresentadas no texto, julgue os seguintes itens. Com base nessas definições, julgue os itens que se
Raul, Sidnei, Célio, João e Adélio, agentes seguem.
administrativos do MS, nascidos em diferentes
unidades da Federação: São Paulo, Paraná, Bahia, 
- Uma expressão da forma  A  B é uma 
Ceará e Acre, participaram, no último final de semana, proposição que tem exatamente as mesmas
de uma reunião em Brasília – DF, para discutir valorações V ou F da proposição A  B .
projetos do MS. Raul, Célio e o paulista não
- Considere que as afirmativas “Se Mara acertou
conhecem nada de contabilidade; o paranaense foi
na loteria então ela ficou rica” e “Mara não acertou na
almoçar com Adélio; Raul, Célio e João fizeram duras
loteria” sejam ambas proposições verdadeiras.
críticas às opiniões do baiano; o cearense, Célio, João
Simbolizando adequadamente essas proposições
e Sidnei comeram um lauto churrasco no jantar, e o
pode-se garantir que a proposição “Ela não ficou rica”
paranaense preferiu fazer apenas um lanche.
é também verdadeira.
- A proposição simbolizada por
Com base na situação hipotética apresentada
acima, julgue os itens a seguir. Se necessário, utilize  A  B   B  A possui uma única valoração
a tabela à disposição. F.
- Considere que a proposição “Sílvia ama Joaquim
Raul Sidnei Célio João Adélio ou Sílvia ama Tadeu” seja verdadeira. Então pode-se
S.Paulo garantir que a proposição “Sílvia ama Tadeu” é
Paraná verdadeira.
Bahia
Ceará 16- Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, a
Aere governanta e o mordomo. Sabe-se que o crime foi
efetivamente cometido por um ou por mais de um
1º- A proposição “Se Célio nasceu no Acre, então deles, já que podem ter agido individualmente ou não.
Adélio não nasceu no Ceará”, que pode ser Sabe-se ainda que: a) se o cozinheiro é inocente,
 
simbolizada na forma A  B , em que A é a
então a governanta é culpada; b) ou o mordomo é
culpado ou a governanta é culpada; c) o mordomo
proposição “Célio nasceu no Acre” e B, “Adélio não é inocente. Logo:
nasceu no Ceará”, é valorada como V. a) A governanta e o mordomo são os culpados
2º- Considere que P seja a proposição “Raul b) O cozinheiro e o mordomo são os culpados
nasceu no Paraná”, Q seja a proposição “João nasceu c) Somente a governanta é culpada
em São Paulo” e R seja a proposição “Sidnei nasceu d) Somente o cozinheiro é inocente
na Bahia”. Nesse caso, a proposição “Se Raul não e) Somente o mordomo é culpado
nasceu no Paraná, então João não nasceu em São
14
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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
17- Ou A  B , ou B  C , mas não ambos.

18- Se B  D , então A  D . Ora, B  D .


Logo:
a) BC b) BA c) CA
d) CD e) DA

19- Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à


África, ou Rui vai a Roma. Se Ana vai à África, então
Luís compra um livro. Se Luís compra um livro, então
Rui vai a Roma. Ora, Rui não vai a Roma, logo: A CNH do motorista do veículo A era de categoria
a) Celso compra um carro e Ana não vai à África inferior à exigida.
b) Celso não compra um carro e Luís não compra Mário não era o condutor do veículo A.
o livro Jorge era o condutor do veículo B.
c) Ana não vai à África e Luís compra um livro A CNH de Pedro estava vencida.
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro A proposição “Se Pedro apresentou CNH vencida,
e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma então Mário é o condutor do veículo B” é verdadeira.

20- Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se Estão certos apenas os itens
o jardim é florido, então o passarinho não canta. Ora, a) I e II b) I e IV c) II e III
o passarinho canta. Logo: d) III e V e) IV e V
a) O jardim é florido e o gato mia
b) O jardim é florido e o gato não mia 2 A B C
c) O jardim não é florido e o gato mia
d) O jardim não é florido e o gato não mia D E F 4
e) Se o passarinho canta, então o gato não mia G H 1 I

21- Se Frederico é francês, então Alberto não é J K L M


alemão. Ou Alberto é alemão, ou Egídio é espanhol.
Se Pedro não é português, então Frederico é francês. Na tabela acima, as letras poderão assumir
Ora, nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana. somente os valores 1, 2, 3 ou 4, seguindo as
Logo: seguintes regras: cada algarismo deverá aparecer em
a) Pedro é português e Frederico é francês todas as linhas e em todas as colunas, mas não
b) Pedro é português e Alberto é alemão poderá haver algarismo repetido em nenhuma linha e
c) Pedro não é português e Alberto é alemão em nenhuma coluna; em cada uma das 4 minitabelas,
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês de 4 células e separadas por linhas espessas,
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês deverão aparecer todos os 4 algarismos; os
algarismos nas células sombreadas não poderão ser
22- De três irmãos – José, Adriano e Caio -, sabe- alterados.
se que ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais Com base nessas informações, julgue os itens
moço. Sabe-se, também, que ou Adriano é o mais seguintes.Os valores das letras A, B, C, F, G e L são
velho, ou Caio é o mais velho. Então, o mais velho e o logicamente determinados a partir das informações
mais moço dos três irmãos são, respectivamente: acima.
a) Caio e José Necessariamente, H = 3.
b) Caio e Adriano Se I = 3, então, necessariamente, E = 3.
c) Adriano e Caio Se H = 3, então é possível determinar, de uma
d) Adriano e José única forma, todos os valores das outras letras.
e) José e Adriano Estão certos apenas os itens
a) I e II.b) I e IV.
23- Em um posto de fiscalização da PRF, os c) II e III.d) III e IV.
veículos A, B e C foram abordados, e os seus
condutores, Pedro, Jorge e Mário, foram autuados 24- Se não durmo, bebo. Se estou furioso, durmo.
pelas seguintes infrações: (i) um deles estava Se durmo, não estou furioso. Se não estou furioso,
dirigindo alcoolizado; (ii) outro apresentou a CNH não bebo. Logo,
vencida; (iii) a CNH apresentada pelo terceiro a) Não durmo, estou furioso e bebo.
motorista era de categoria inferior à exigida para b) Durmo, estou furioso e não bebo.
conduzir o veículo que ele dirigia. Sabe-se que Pedro c) Não durmo, estou furioso e bebo.
era o condutor do veículo C; o motorista que d) Durmo, não estou furioso e não bebo.
apresentou a CNH vencida conduzia o veículo B; e) Não durmo, não estou furioso e bebo.
Mário era quem estava dirigindo alcoolizado.
Com relação a essa situação hipotética, julgue os 25- Chama-se tautologia a toda proposição que é
itens que se seguem. Caso queira, use a tabela a sempre verdadeira, independentemente da verdade
seguir. dos termos que a compõem.
15
15
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
Um exemplo de tautologia é: Proposições logicamente equivalentes
a) Se João é alto, então João é alto ou Guilherme (Símbolo  )
é gordo.
b) Se João é alto, então João é alto e Guilherme é
São proposições cujas tabelas-verdade são
gordo.
idênticas.
c) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então
Uma consequência prática da equivalência lógica
Guilherme é gordo.
é que, ao trocar uma dada proposição por qualquer
d) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então
outra que lhe seja equivalente, estamos apenas
João é alto e Guilherme é gordo.
mudando a maneira de dizê-la.
e) Se João é alto ou não é alto, então Guilherme é
Observação
gordo.
Não devemos confundir o símbolo da equivalência
26- Assinale a opção que corresponde a uma de proposições   com o símbolo da bicondicional
tautologia.
 .
p   p  q p   p  q
~

a) b)
pq p q
~

c) d) Regras

e)
p p de equivalência

GABARITO Da definição de equivalência lógica podemos


01- demonstrar as seguintes equivalências:
a) O rato não entrou no buraco.
b) O gato não seguiu o rato.
 Leis comutativas
c) O rato entrou no buraco e o gato seguiu o rato.
d) O rato entrou no buraco ou o gato seguiu o rato.
e) O rato não entrou no buraco e o gato seguiu o 1º- A B  B  A
rato. 2º- A B  B  A
f) O rato entrou no buraco ou o gato não seguiu o
rato.  Leis associativas:
g) Não é verdade que o rato entrou no buraco e o
gato seguiu o rato.
h) Não é verdade que o rato entrou no buraco ou o 1º-  A  B   C  A  B  C 
gato seguiu o rato.
i) O rato não entrou no buraco e o gato não seguiu
2º-  A  B   C  A  B  C 
o rato.
j) O rato não entrou no buraco ou o gato não  Leis distributivas:
seguiu o rato.
k) Não é verdade que o rato não entrou no buraco. 1º- A  B  C    A  B    A  C 
A  B  C    A  B    A  C 
l) Não é verdade que o gato não seguiu o rato.
m) Se o rato entrou no buraco e o gato não seguiu 2º-
o rato, então o rato entrou no buraco.
02- P  Q   PQ   Lei da dupla negação:
03- Certo, Certo, Errado
04- B 1º- A  A
05- VVV
06- C  Lei da absorção
07- D

A   B  A  A
08- Errado, Errado
09- B 1º-
10- C
11- B
2º- A   B  A  A
12- C
13- Errado, Certo  Equivalências da Condicional:
14- E
15- Certo, Errado, Certo, Errado 1º- A  B  A  B
16- B
17- A 2º- A  B  B  A (Contrapositiva)
18- A
19- C
20- B EXERCÍCIOS
21- B 01- Do ponto de vista lógico, se for verdadeira a
22- D proposição condicional “se eu ganhar na loteria, então
23- B comprarei uma casa”, necessariamente será
24- D verdadeira a proposição:
25- A a) se eu não ganhar na loteria, então não
26- B comprarei uma casa.
16
16
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
b) se eu não comprar uma casa, então não ganhei d) Se Bernardo é engenheiro, então André é
na loteria. artista;
c) se eu comprar uma casa, então terei ganho na e) André não é artista e Bernardo é engenheiro.
loteria.
d) só comprarei uma casa se ganhar na loteria. 08- Admita que, em um grupo: “se algumas
e) só ganharei na loteria quando decidir comprar pessoas não são honestas, então algumas pessoas
uma casa. são punidas”. Desse modo, pode-se concluir que,
nesse grupo:
02- Dizer que “Beto é paulista ou Paulo não é a) as pessoas honestas nunca são punidas.
carioca” é do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer b) as pessoas desonestas sempre são punidas.
que: c) se algumas pessoas são punidas, então
a) Se Beto é paulista, então Paulo não é carioca algumas pessoas não são honestas.
b) Se Beto não é paulista, então Paulo é carioca d) se ninguém é punido, então não há pessoas
c) Se Paulo não é carioca, então Beto é paulista desonestas.
d) Se Paulo é carioca, então Beto é paulista e) se todos são punidos, então todos são
e) Se Beto é paulista, então Paulo não é carioca desonestos.

03- Considere verdadeira a declaração: “Se durmo 09- Dizer que “Ana não é alegre ou Beatriz é feliz”
cedo, então não acordo tarde”. Assim, é correto é do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer:
concluir que a) se Ana não é alegre, então Beatriz é feliz.
a) Se não durmo cedo, então acordo tarde. b) se Beatriz é feliz, então Ana é alegre.
b) Se não durmo cedo, então não acordo tarde. c) se Ana é alegre, então Beatriz é feliz.
c) Se acordei tarde, é porque não dormi cedo. d) se Ana é alegre, então Beatriz não é feliz.
d) Se não acordei tarde, é porque não dormi cedo. e) se Ana não é alegre, então Beatriz não é feliz.
e) Se não acordei tarde, é porque dormi cedo.
10- Um renomado economista afirma que “A
04- Uma proposição logicamente equivalente a inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do
“Se eu me chamo André, então eu passo no ponto de vista lógico, a afirmação do renomado
vestibular.” é: economista equivale a dizer que:
a) Se eu não me chamo André, então eu não a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não
passo no vestibular. aumenta.
b) Se eu passo no vestibular, então me chamo b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação
André. baixa.
c) Se eu não passo no vestibular, então me chamo c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros
André. aumenta.
d) Se eu não passo no vestibular, então não me d) se a inflação baixa, então a taxa de juros
chamo André. aumenta.
e) Eu passo no vestibular e não me chamo André. e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros
não aumenta.
05- Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é
paulista” é do ponto de vista lógico, o mesmo que 11- Um economista deu a seguinte declaração em
dizer que: uma entrevista: “Se os juros bancários são altos,
a) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista então a inflação é baixa”. Uma proposição
b) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro logicamente equivalente à do economista é:
c) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista a) Se a inflação não é baixa, então os juros
d) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista bancários não são altos
e) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é b) Se a inflação é alta, então os juros bancários
Paulista são altos
c) Se os juros bancários não são altos, então a
06- Dizer que “Antônio é carioca ou José não é inflação não é baixa
baiano” é do ponto vista lógico, o mesmo que dizer d) Os juros bancários são baixos e a inflação é
que: baixa
a) Se Antônio é carioca, então José não é baiano e) Ou os juros bancários são baixos, ou a inflação
b) Se Antônio não é carioca, então José é baiano é baixa.
c) Se José não é baiano, então Antônio é carioca
d) Se José é baiano, então Antônio é carioca 12- Com relação a lógica sentencial e de primeira
e) Antônio é carioca e José não é baiano ordem, julgue os itens que se seguem.
1º- As proposições “Se Mário é assessor de
07- Dizer que “Andre é artista ou Bernardo não é Pedro, então Carlos é cunhado de Mário” e “Se Carlos
engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que: não é cunhado de Mário, então Mário não é assessor
a) André é artista se e somente se Bernardo não é de Pedro” são equivalentes.
engenheiro; 2º- Se A, B, C e D são proposições, em que B é
b) Se André é artista, então Bernardo não é falsa e D é verdadeira, então, independentemente das
engenheiro; valorações falsa ou verdadeira de A e C, a proposição
c) Se André não é pedreiro, então Paulo é A  B  C  D será sempre verdadeira.
pedreiro;
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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
13- Considerando que os números naturais x e y Justificando que a negação de “ A B” é
sejam tais que “se x é ímpar, então y é divisível por 3”,
é correto afirmar que “ A  B  ”.
a) se x é par, então y não é divisível por 3.
b) se y é divisível por 3, então x é ímpar.
c) se y = 9, então x é par.
d) se y = 10, então x é par.
14- Um dos novos funcionários de um cartório,
responsável por orientar o público, recebeu a seguinte
instrução:

“Se uma pessoa precisar autenticar EXERCÍCIOS


documentos, encaminhe-a ao setor verde.” 01- De a negação das seguintes proposições:
a) O flamengo não é um bom time.
Considerando que essa instrução é sempre b) Os cariocas são chatos e os baianos são
cumprida corretamente, pode-se concluir que, preguiçosos.
necessariamente, c) As morenas não são convencidas ou os
a) uma pessoa que não precise autenticar brancos são almofadinhas.
documentos nunca é encaminhada ao setor verde. d) Se for flamenguista, então é cardíaco.
b) toda pessoa encaminhada ao setor verde e) Eu estudo e aprendo
precisa autenticar documentos. f) O Brasil é um país ou a Bahia é um estado.
c) somente as pessoas que precisam autenticar g) Se eu estudo, então eu aprendo.
documentos são encaminhadas ao setor verde.
d) a única função das pessoas que trabalham no 02- A negação da afirmação condicional “se
setor verde é autenticar documentos. estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva” é:
e) toda pessoa que não é encaminhada ao setor a) Se não estiver chovendo, eu levo o guarda-
verde não precisa autenticar documentos. chuva
b) Não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
GABARITO c) Não está chovendo e eu não levo o guarda-
chuva
01- B d) Se estiver chovendo, eu não levo o guarda-
02- D chuva
03- C e) Está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
04- D
05- A 03- A negação de “não sabe matemática ou sabe
06- D português” é:
07- D a) Não sabe matemática e sabe português.
08- D b) Não sabe matemática e não sabe português.
09- C c) Sabe matemática ou sabe português.
10- D d) Sabe matemática e não sabe português.
11- A e) Sabe matemática ou não sabe português.
12- Certo, Errado
13- D 04- Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e
14- E Alberto é alto, é logicamente equivalente a dizer que é
verdade que:
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto
Negação de b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto
proposições compostas c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto
d) Se Pedro não é pobre, então Alberto é alto
Como vimos anteriormente, a negação de uma e) Se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto
proposição deve ter sempre valor lógico oposto ao da
proposição dada. 05- Assinale a opção que corresponde
A tabela a seguir mostra as equivalências mais logicamente a ~ p  q
comuns para as negações de algumas proposições
compostas:
a)
~p  ~q b)
~p  ~q c)
~p  q
d)
~p  q e)
pq

06- A negação de “se hoje chove então fico em


casa” é:
a) Hoje não chove e fico em casa.
b) Hoje chove e não fico em casa.
c) Hoje chove ou não fico em casa.
d) Hoje não chove ou fico em casa.
e) Se hoje chove então não fico em casa.

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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
07- Sejam p e q proposições simples e ~p e seu horário de aplicação não será alterado.
~q , respectivamente, as suas negações. Os
13- (FCC – TRT) A negação da sentença “A Terra
conectivos e e ou são representados, é chata e a Lua é um planeta.” é:
respectivamente, por  e  . A negação da a) Se a Terra é chata, então a Lua não é um
proposição composta p  ~q é planeta.
b) Se a Lua não é um planeta, então a Terra não é
a)
~p  q b)
~p  ~q c)
p  ~q chata.
~p  q ~p  ~q c) A Terra não é chata e a Lua não é um planeta.
d) e) d) A Terra não é chata ou a Lua é um planeta.
e) A Terra não é chata se a Lua não é um planeta.
08- Maria foi informada por João que Ana é prima
de Beatriz e Carina é prima de Denise. Como Maria GABARITO
sabe que João sempre mente, Maria tem certeza que 01-
a afirmação é falsa. Desse modo, e do ponto de vista a) O flamengo é um bom time.
lógico, Maria pode concluir que é verdade que: b) Os cariocas não são chatos ou os baianos não
a) Ana é prima de Beatriz ou Carina não é prima são preguiçosos.
de Denise. c) As morenas são convencidas e os brancos não
b) Ana não é prima de Beatriz e Carina não é são almofadinhas.
prima de Denise. d) É flamenguista e não é cardíaco.
c) Ana não é prima de Beatriz ou Carina não é e) Eu não estudo ou não aprendo
prima de Denise. f) O Brasil não é um país e a Bahia não é um
d) se Ana não é prima de Beatriz, então Carina é estado.
prima de Denise. g) Eu estudo e não aprendo.
e) se Ana não é prima de Beatriz, então Carina 02- E
não é prima de Denise. 03- D
04- A
09- A negação de “O gato mia e o rato chia” é: 05- A
a) O gato não mia e o rato não chia 06- B
b) O gato mia ou o rato chia 07- D
c) O gato não mia ou o rato não chia 08- C
d) O gato e o rato não chiam nem miam 09- C
e) O gato chia e o rato não mia 10- A
11- Errado, Certo
10- A negação de: Milão é a capital da Itália ou 12- D
Paris é a capital da Inglaterra é: 13- A
a) Milão não é a capital da Itália e Paris não é a
capital da Inglaterra. QUANTIFICAÇÃO
b) Paris não é a capital da Inglaterra.
c) Milão não é a capital da Itália ou Paris não é a
A quantificação é uma forma de estabelecer uma
capital da Inglaterra.
relação entre sujeito e predicado de uma proposição.
d) Milão não é a capital da Itália.
As quantificações podem ser universais ou
e) Milão é a capital da Itália e Paris não é a capital
particulares, cada uma destas subdividindo-se em
da Inglaterra.
afirmativa ou negativa.
11- Julgue os itens que se seguem, acerca de
proposições e seus valores lógicos.
1º- A negação da proposição “O concurso será
regido por este edital e executado pelo CESPE/UnB”
estará corretamente simbolizada na forma
A  B  , isto é, “O concurso não será regido Ou ainda,
por este edital nem será executado pelo
a) Universais 
todos são ... qualquer um é ...
CESPE/UnB”. 2º-A proposição A  B  A  B 
nenhum é ... todos não são ...
é uma tautologia.

12- A negação da proposição “A prova será  existe pelo menos


algum é ... 
aplicada no local previsto ou o seu horário de b)  um que seja ...
aplicação será alterado.” pode ser escrita como Particulares 
a) A prova não será aplicada no local previsto ou o algum não existe pelo menos
é ... 

seu horário de aplicação não será alterado.  um que não seja ...
b) A prova não será aplicada no local previsto ou o
seu horário de aplicação será alterado.  Sentenças contraditórias
c) A prova será aplicada no local previsto mas o Cada uma delas é a negação lógica da outra
seu horário de aplicação não será alterado.
d) A prova não será aplicada no local previsto e o
I  IV e III  II  .
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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
Duas sentenças contraditórias terão sempre A repercussão dessa manchete fez com que a
valores lógicos contrários, ou seja, não podem ser direção da Faculdade interpelasse os responsáveis e
ambas verdadeiras nem ambas falsas. Veja o quadro deles exigisse, como forma de retratação, a
a seguir. publicação de uma negação da afirmação feita. Diante
desse fato, a nota de retratação pode ter sido:
a) “Nenhum aluno será reprovado em Anatomia.”
b) “Algum aluno será aprovado em Anatomia.”
c) “Algum aluno será reprovado em Anatomia.”
d) “Se alguém for reprovado em Anatomia, então
não será um aluno.”
e) “Todos os reprovados em Anatomia não são
alunos.”
Sentenças contrárias
Uma afirmativa universal e sua negativa I  III  . 04- Dizer que a afirmação “Todos os economistas
são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico,
Duas sentenças contrárias nunca são ambas
equivale a dizer que a seguinte afirmação é
verdadeiras mas podem ser ambas falsas. Desse
verdadeira:
modo, se soubermos que uma delas é verdadeira
a) Nenhum economista é médico
podemos garantir que a outra é falsa. Mas se
b) Pelo menos um economista não é médico
soubermos que uma delas é falsa não poderemos
c) Nenhum médico é economista
garantir se a outra é falsa também.
d) Pelo menos um médico não é economista
e) Todos os não-médicos são não-economistas
Sentenças subcontrárias
Uma afirmativa particular e sua negativa II  IV  .
05- A negação de “À noite, todos os gatos são
Duas sentenças subcontrárias nunca são ambas pardos” é:
falsas mas podem ser ambas verdadeiras. Assim a) De dia, todos os gatos são pardos.
sendo, se soubermos que uma delas é falsa b) De dia, nenhum gato é pardo.
poderemos garantir que a outra é verdadeira. Mas se c) De dia, existe pelo menos um gato que não é pardo.
soubermos que uma delas é verdadeira não d) À noite, existe pelo menos um gato que não é
poderemos garantir se a outra é verdadeira também. pardo.
e) À noite, nenhum gato é pardo.
Sentenças subalternas
Duas afirmativas (universal e sua particular 06- A negação de “Fará sol em todos os dias do
correspondente, I  II ) ou duas negativas (universal mês” é:
e sua particular correspondente, III  IV ). a) Choverá em todos os dias do mês.
Sempre que a universal for verdadeira sua b) Choverá em outros meses.
correspondente particular será verdadeira também, c) Em pelo menos um dia do mês, não fará sol.
mas a falsidade da sentença universal não obriga que d) Em pelo menos um dia do mês, choverá.
a correspondente sentença particular seja falsa e) Não fará sol em nenhum dia do mês.
também.
Sempre que a particular for falsa sua 07- A negação da sentença “Nenhuma pessoa
correspondente universal será falsa também, mas a lenta em aprender frequenta a escola” é
verdade da sentença particular não obriga que a a) “Todas as pessoas lentas em aprender
correspondente sentença universal seja verdadeira frequentam esta escola”.
também. b) “Todas as pessoas lentas em aprender não
frequentam esta escola”.
EXERCÍCIOS c) “Algumas pessoas lentas em aprender
01- Classifique as proposições como universais ou frequentam esta escola”.
particulares, afirmativas ou negativas: d) “Algumas pessoas lentas em aprender não
a) Todos os homens são sábios frequentam esta escola”.
b) Alguns homens são sábios e) “Nenhuma pessoa lenta em aprender frequenta
c) Nenhum homem é sábio esta escola”.
d) Todos os homens não são sábios
e) Alguns homens não são sábios 08- A negação de “todos os gatos são pardos” é:
a) Nenhum gato é pardo
02- Dê a negação para cada uma das proposições b) Existe gato pardo
a seguir: c) Existe gato não pardo
a) Todos os animais são quadrúpedes d) Existe um e um só gato pardo
b) Nenhum homem é covarde e) Nenhum gato é não pardo
c) Alguma mulher não é loira
d) Algum músico é matemático 09- Os jogadores do Estrela Futebol Clube são
craques. Assinale a opção correspondente à negação
03- Certo dia, o Centro Acadêmico de uma da frase acima.
Faculdade de Medicina publicou a seguinte notícia: a) Nenhum jogador do Estrela Futebol Clube é
“Todos os alunos serão reprovados em Anatomia!” craque.

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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
b) Quase todos os jogadores do Estrela Futebol LÓGICA
Clube não são craques. DA ARGUMENTAÇÃO
c) Existe algum jogador do Estrela Futebol Clube
que não é craque. Argumentos Verdade X Validade
d) Apenas alguns jogadores do Estrela Futebol
Clube são craques. Vamos discutir um dos pontos mais importantes
da lógica. A lógica não estuda a verdade ou a
10- A negação da proposição “Todos os homens falsidade das idéias, isso é tarefa da ciência. A lógica
são bons motoristas” é: verifica a validade ou não dos argumentos. É
a) Tidas as mulheres são boas motoristas importante entendermos que verdade e validade não
b) Algumas mulheres são boas motoristas têm o mesmo sentido. Também não podemos
c) Nenhum homem é bom motorista confundir uma sentença falsa com um raciocínio
d) Todos os homens são maus motoristas inválido!
e) Ao menos um homem não é bom motorista
Argumento lógico
11- Pedro, após visitar uma aldeia distante,
afirmou: “Não é verdade que todos os aldeões
daquela aldeia não dormem a sesta”. A condição Denomina-se argumento a relação que associa
necessária e suficiente para que a afirmação de Pedro um conjunto de proposições P1 , P 2 ,..., P n ,
seja verdadeira é que seja verdadeira a seguinte chamadas premissas do argumento, a uma
proposição: proposição C a qual chamamos de conclusão do
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não argumento.
dorme a sesta.
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a
sesta. P1, P2 ,..., Pn  C
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a
sesta. Premissa
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a
sesta. Premissa é cada uma das proposições que serve
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta. de base à conclusão. Quando falamos em premissas,
não vamos discutir sua verdade ou falsidade, e sem
12- Considere a seguinte proposição: “Ninguém verificar a qual conclusão nós podemos chegar
será considerado culpado ou condenado sem através delas.
julgamento.” Julgue os itens que se seguem, acerca
dessa proposição. SILOGISMO
1º- A proposição “Existe alguém que será
considerado culpado ou condenado sem julgamento” Argumento estudado por Aristóteles estruturado
é uma proposição logicamente equivalente à negação com três premissas. A primeira premissa denomina-se
da proposição acima. premissa maior, a segunda, premissa menor e a
2º- “Todos serão considerados culpados e terceira, conclusão.
condenados sem julgamento” não é uma proposição
logicamente equivalente à negação da proposição
acima. P1, P2  C
Exemplo
GABARITO Premissa 1: Todos os artistas são apaixonados.
01- Premissa 2: Todos os apaixonados gostam de
a) Universal; Afirmativa flores.
b) Particular; Afirmativa Conclusão: Todos os artistas gostam de flores.
c) Universal; Negativa
d) Universal; Negativa Quanto à validade de um argumento
e) Particular; Negativa
02- 1º- Argumento válido
f) Algum animal não é quadrúpede Dizemos que um argumento é válido ou, ainda,
g) Algum homem é covarde que ele é legítimo ou bem construído quando a sua
h) Todas as mulheres são loiras conclusão é uma consequência obrigatória do seu
i) Nenhum músico é matemático conjunto de premissas;
03- B Em outras palavras: quando um argumento é
04- B válido, a verdade das premissas deve garantir a
05- D verdade da conclusão do argumento.
06- C Isso significa que jamais poderemos ter uma
07- C conclusão falsa quando as premissas forem
08- C verdadeiras e o argumento for válido.
09- C É importante observar que o estudo dos
10- E argumentos não leva em conta a verdade ou a
11- C falsidade das proposições que compõem os
12- Certo, Certo argumentos, mas tão-somente a validade destes.
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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
Desse modo, ao se discutir a validade de um PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
argumento, o valor de verdade de cada uma de suas Certos enunciados se apresentam frequentemente
premissas é irrelevante. na Lógica Clássica e tradicionalmente são chamados
de Proposições Categóricas. São proposições em
Exemplo que existe uma relação entre atributos que denotam
Considere o silogismo: conjuntos ou classes com as próprias proposições.
Premissa 1: Todos os elefantes adoram fumar. Relacionaremos as quatro proposições mais comuns:
Premissa 2: Nenhum fumante gosta de futebol. Todo S é P.
Conclusão: Nenhum elefante gosta de futebol. Nenhum S é P.
Esse silogismo está perfeitamente bem Algum S é P.
construído, sendo, portanto, um argumento válido, Algum S não é P.
muito embora a verdade das premissas seja
questionável. CARACTERIZAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO
2º- Argumento inválido (falacioso) CATEGÓRICA
Dizemos que um argumento é inválido, também Quantificador + classe de atributos + elo de
denominado ilegítimo, mal construído ou falacioso, ligação + classe de atributo.
quando a verdade das premissas não é suficiente
para garantir a verdade da conclusão. DIAGRAMAS DE VENN

Exemplo Se considerarmos P e Q dados acima como dois


Premissa 1: Todos os alunos do curso foram conjuntos quaisquer, os enunciados dados podem ser
aprovados. interpretados como segue:
Premissa 2: Ana não é aluna do curso.
Conclusão: Ana foi reprovada “Todo P é Q” afirma que todos os elementos de P
É um argumento inválido, pois as premissas não são elementos de Q, isto é, P Q
garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
Observa-se que Ana pode ter sido aprovada sem ser “Nenhum P é Q” afirma que os conjuntos P e Q
aluna do curso. (A primeira premissa não afirmou que não têm elementos comum, isto é, que P Q =
somente os alunos do curso foram aprovados).
“Algum P é Q” afirma que os conjuntos P e Q têm
Observação pelo menos um elemento em comum.
Geralmente os problemas de silogismos
apresentam expressões como “Todos”, “Algum”, “Algum P não é Q” afirma que P tem pelo menos
“Nenhum”. Muitos desses problemas são resolvidos um elemento que não está em Q.
mais facilmente com base na Teoria de Conjuntos e
utilizando-se os Diagramas de conjuntos. Estas interpretações podem ser feitas através de
Diagramas de Venn, os quais são úteis na verificação
Proposição Categórica da validade de argumentos cujas premissas e
É toda premissa que apresenta uma das seguintes conclusão são enunciados categóricos.
estruturas: Lembramos que no Cálculo Proposicional os
- Todo A é B - Algum A é B diagramas de Venn foram utilizados para estabelecer
- Algum A não é B - Nenhum A é B uma correlação entre as linhas da tabela verdade de
uma fórmula e as regiões do diagrama de Venn
Diagrama lógico correspondente.
É a representação das proposições categóricas Para verificarmos a validade de um argumento, as
através de diagramas de conjuntos interpretações dos enunciados categóricos nos
Diagramas de Venn serão consideradas como segue:
1. Cada diagrama representa uma classe de
objeto que quando em branco indica ausência de
informação a respeito do conjunto.
2. Círculo hachurado ou região de um círculo
hachurada, representa região VAZIA de elementos.
3. Círculo ou região de um círculo com x
representa região não vazia de elementos.

Exemplo: Se C representa o predicado “ser


culpado” temos os diagramas abaixo:

C C

Não é culpado Alguns são culpados

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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
REPRESENTAÇÃO DOS ENUNCIADOS
CATEGÓRICOS
Os enunciados categóricos podem ser
representados como segue:

A parte hachurada corresponde ao enunciado (1),


vazia de elementos; a parte assinalada com X
corresponde ao enunciado (2).
Dessa forma, as informações das premissas forem
transferidas para o diagrama e a conclusão (3) está
representada.
Portanto o argumento é válido.

Exemplo II.
Todos os brasileiros são felizes.
VALIDADE DE ARGUMENTO Todos os paulistas são brasileiros.
No início deste roteiro, mencionamos que nosso Todos os paulistas são felizes.
principal objetivo é a investigação da validade de
ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais
um é a CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS.
Vamos verificar como podemos proceder na
investigação de certos argumentos de modo formal.

DEFINIÇÃO:
Chamamos ARGUMENTO uma sequência A1, A2,
A3, ... , An , B (n 0) de fórmulas onde os Ai (0 i n)
chamam-se premissas e a última fórmula B,
conclusão.
Vemos que o argumento é válido pelo diagrama
DEFINIÇÃO: acima.
Um ARGUMENTO A1, A2, A3, ... , An , B é
VÁLIDO se e somente se, sendo as premissas Exemplo III.
verdadeiras a conclusão B também é verdadeira, ou (1) Nenhum estudante é velho .
ainda, se e somente se, a fórmula “A1, A2, A3, ... , An (2) Alguns jovens não são estudantes.
acarretam B” ou, “B decorre de A1, A2, A3, ... , An” (3)Alguns velhos não são jovens.
ou, “B se deduz de A1, A2, A3, ... , An” ou ainda, “B
se infere de A1, A2, A3, ... , An.”

ARGUMENTOS CATEGÓRICOS
VALIDADE DE ARGUMENTOS CATEGÓRICOS
POR DIAGRAMAS DE VENN
Para verificarmos a validade de um argumento
categórico procedemos como segue:

1. Transferimos para o diagrama, formado por três


círculos, as informações das premissas, iniciando
pelos enunciados universais;
A premissa (1) está representada na região
hachurada e a premissa (2) está marcada com X
2. Verificamos se a informação dada na conclusão
sobre a linha pois a informação correspondente pode
esta aí representada sem nenhuma condição e de
estar presente em duas regiões e não temos
modo único.
informação para saber especificamente em qual
delas.
3. Se isto ocorre então o argumento é válido.
Desse modo o argumento não é válido pois a
conclusão não está representada com absoluta
Vejamos os seguintes exemplos:
certeza.
Exemplo I.
(1) Todos os cientistas são estudiosos. A validade de um argumento não depende do
(2) Alguns cientistas são inventores. conteúdo dos enunciados e sim da sua forma
(3) Alguns estudiosos são inventores. e da relação entre as premissas e a conclusão.

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- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
EXERCÍCIOS 06- (Cespe) Na lógica sentencial, denomina-se
01- Todos os bons médicos são pessoas proposição uma frase que pode ser julgada como
estudiosas. Assim sendo: verdadeira (V) ou falsa (F), mas não, como ambas.
a) Alguma pessoa estudiosa não é um bom Assim, frases como “Como está o tempo hoje?” e
médico “Esta frase é falsa” não são proposições porque a
b) O conjunto dos bons médicos contém o primeira é pergunta e a segunda não pode ser nem V
conjunto das pessoas estudiosas nem F. As proposições são representadas
c) Toda pessoa estudiosa é um bom médico simbolicamente por letras maiúsculas do alfabeto —
d) Nenhuma pessoa estudiosa é um bom médico A, B, C etc.
e) O conjunto das pessoas estudiosas contém o Uma proposição da forma “A ou B” é F se A e B
conjunto dos bons médicos forem F, caso contrário é V; e uma proposição da
02- Todo baiano gosta de axé music. Sendo forma “Se A então B” é F se A for V e B for F, caso
assim: contrário é V. Um raciocínio lógico considerado
a) Todo aquele que gosta de axé music é baiano correto é formado por uma sequência de proposições
b) Todo aquele que não é baiano não gosta de tais que a última proposição é verdadeira sempre que
axé music as proposições anteriores na sequência forem
c) Todo aquele que não gosta de axé music não é verdadeiras.
baiano Considerando as informações contidas no texto
d) Algum baiano não gosta de axé music acima, julgue os itens subsequentes.
e) Alguém que não goste de axé music é baiano - É correto o raciocínio lógico dado pela sequência
de proposições seguintes:
03- Considere verdadeira a declaração: “Nenhum Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José
dos alunos que fizeram uma determinada prova tirou será aprovado no concurso.
mais do que 7”. Diante disso, qual a conclusão Maria é alta.
correta? Portanto José será aprovado no concurso.
a) Todos os alunos tiraram menos do que 7 na - É correto o raciocínio lógico dado pela sequência
prova. de proposições seguintes:
b) Todos os alunos tiraram 7 na prova. Se Célia tiver um bom currículo, então ela
c) Algum aluno tirou 7 na prova. conseguirá um emprego.
d) Algum aluno tirou menos de 7 na prova. Ela conseguiu um emprego.
e) Algum aluno tirou 7 ou menos na prova. Portanto, Célia tem um bom currículo.

04- Considere que os argumentos seguintes são 07- Com relação à lógica formal, julgue os itens
verdadeiros: subsequentes.
 Todo comilão é gordo. 1º- A frase “Pedro e Paulo são analistas do
 Todo guloso é comilão. SEBRAE” é uma proposição simples.
Com base nesses argumentos, é correto afirmar 2º- Toda proposição lógica pode assumir no
que mínimo dois valores lógicos.
a) Todo gordo é guloso. 3º- A negação da proposição “ 2  5  9 ” é a
b) Todo comilão não é guloso.
proposição “ 2  5  7 ”.
c) Existem gulosos que não são comilões.
d) Existem comilões que não são gulosos. 4º- A proposição “Ninguém ensina a ninguém” é
e) Existem gulosos que não são gordos. um exemplo de sentença aberta.
5º- A proposição “João viajou para Paris e
05- Sabe-se que existe pelo menos um A que é B. Roberto viajou para Roma” é um exemplo de
Sabe-se também, que todo B é C. Segue-se, portanto, proposição formada por duas proposições simples
necessariamente que: relacionadas por um conectivo de conjunção.
a) Todo C é B 6º- A negação da proposição “Ninguém aqui é
b) Todo C é A brasiliense” é a proposição “Todos aqui são
c) Algum A é C brasilienses”.
d) Nada que não seja C é A
e) Algum A não é C 08- Admita serem verdadeiros os seguintes fatos:
Considere as seguintes proposições:  Alguns fumantes não tomam café.
I. Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o  Todos os cariocas tomam café.
direito de herança.
II. Joaquina não tem garantido o direito de Pode-se concluir, corretamente, que:
herança. a) Nenhum carioca é fumante.
III. Todos aqueles que têm direito de herança são b) Nenhum fumante é carioca.
cidadãos de muita sorte. c) Alguns cariocas não são fumantes.
Supondo que todas essas proposições sejam d) Alguns fumantes não são cariocas.
verdadeiras, é correto concluir logicamente que e) Alguns fumantes são cariocas.
1º- Joaquina não é cidadã brasileira.
2º- Todos os que têm direito de herança são 09- Em uma pequena comunidade, sabe-se que:
cidadãos brasileiros. "nenhum filósofo é rico" e que "alguns
3º- Se Joaquina não é cidadã brasileira, então professores são ricos". Assim, pode-se afirmar,
Joaquina não é de muita sorte. corretamente, que nesta comunidade

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24
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
a) Alguns filósofos são professores a) todas foram à festa de Aninha e algumas não
b) Alguns professores são filósofos foram à festa de Betinha.
c) Nenhum filósofo é professor b) pelo menos uma não foi à festa de Aninha.
d) Alguns professores não são filósofos c) todas foram à festa de Aninha e nenhuma foi à
e) Nenhum professor é filósofo festa de Betinha.
d) algumas foram à festa de Aninha mas não
10- Todos os que conhecem João e Maria foram à festa de Betinha.
admiram Maria. Alguns que conhecem Maria não a e) algumas foram à festa de Aninha e nenhuma foi
admiram. Logo: à festa de Betinha.
a) Todos os que conhecem Maria a admiram.
b) Ninguém admira Maria 14- Todos os alunos de matemática são, também,
c) Alguns que conhecem Maria não conhecem alunos de inglês, mas nenhum aluno de inglês é aluno
João de história. Todos os alunos de português são
d) Quem conhece João admira Maria. também alunos de informática, e alguns alunos de
e) Só quem conhece João e Maria conhece Maria informática são também alunos de história. Como
nenhum aluno de informática é aluno de inglês, e
11- O silogismo é uma forma de raciocínio como nenhum aluno de português é aluno de história,
dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por então:
três proposições: as duas primeiras denominam-se a) pelo menos um aluno de português é aluno de
premissas e a terceira, conclusão. As premissas são inglês.
juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de
conclusão é consequência necessária das história.
premissas. Assinale a alternativa que corresponde a c) nenhum aluno de português é aluno de
um silogismo. matemática.
a) d) todos os alunos de informática são alunos de
Premissa 1: Marcelo é matemático. matemática.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. e) todos os alunos de informática são alunos de
Conclusão: Marcelo gosta de física. português.
b)
Premissa 1: Marcelo é matemático. 15- Considerando as seguintes proposições:
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. “Alguns filósofos são matemáticos” e “não é verdade
Conclusão: Marcelo não gosta de física. que algum poeta é matemático”, pode-se concluir
c) apenas que:
Premissa 1: Mário gosta de física. a) algum filósofo é poeta.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. b) algum poeta é filósofo.
Conclusão: Mário é matemático. c) nenhum poeta é filósofo.
d) d) nenhum filósofo é poeta.
Premissa 1: Mário gosta de física. e) algum filósofo não é poeta.
Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de
física. 16- Em uma pequena comunidade sabe-se que:
Conclusão: Mário é matemático. “Nenhum filósofo é rico” e que “alguns professores
e) são ricos”. Assim pode-se afirmar, corretamente, que
Premissa 1: Mário gosta de física. nesta comunidade;
Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física. a) Alguns filósofos são professores.
Conclusão: Mário não é matemático. b) Alguns professores são filósofos.
c) Nenhum filósofo é professor.
12- Considere que as seguintes afirmações são d) Alguns professores não são filósofos.
verdadeiras: e) Nenhum professor é filósofo.
“Todo aluno da Universidade de Fortaleza é
inteligente.” 17- Numa empresa de nanotecnologia, sabe-se
“Existem alunos da Universidade de Fortaleza que que todos os mecânicos são engenheiros e que todos
não são estudiosos.” os engenheiros são pós-graduados. Se alguns
Assim sendo, com relação aos alunos da administradores da empresa também são
Universidade de Fortaleza, pode-se concluir engenheiros, pode-se afirmar que, nessa empresa:
corretamente que, com certeza, a) todos os administradores são pós-graduados.
a) alguns não são estudiosos e nem inteligentes. b) alguns administradores são pós-graduados.
b) alguns são estudiosos e inteligentes. c) há mecânicos não pós-graduados.
c) alguns são estudiosos e não inteligentes. d) todos os trabalhadores são pós-graduados.
d) todos são estudiosos e inteligentes. e) nem todos os engenheiros são pós-graduados.
e) todos os não inteligentes são estudiosos.
18- A forma de uma argumentação lógica consiste
13- Todas as amigas de Aninha que foram à sua de uma sequência finita de premissas seguidas por
festa de aniversário estiveram, antes, na festa de uma conclusão. Há formas de argumentação lógica
aniversário de Betinha. Como nem todas amigas de consideradas válidas e há formas consideradas
Aninha estiveram na festa de aniversário de Betinha, inválidas.
conclui-se que, das amigas de Aninha,
25
25
- RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO -
A respeito dessa classificação, julgue os itens Diferencia-se da enumeração com paralelismo
seguintes. pois, no paralelismo, não existe a obrigatoriedade de
- A seguinte argumentação é inválida. atender às regras que definem uma taxonomia, como
Premissa 1: Todo funcionário que sabe lidar com conter todos os elementos do universo considerado e
orçamento conhece contabilidade. não haver interseção de domínios.
Premissa 2: João é funcionário e não conhece
contabilidade. PRINCÍPIO DA CASA DE POMBOS
Conclusão: João não sabe lidar com orçamento.
- A seguinte argumentação é valida. Ideia principal: Se existirem pelo menos K+1
Premissa 1: Toda pessoa honesta paga os pombos, e somente K casas, pelo menos uma casa
impostos devidos. vai ter mais do que um pombo.
Premissa 2: Carlos paga os impostos devidos. A afirmação acima é bem simples, porém tem
Conclusão: Carlos é uma pessoa honesta. muitas aplicações na matemática.
Exemplos:
19- Todos os advogados que trabalham numa A maneira com que justificamos o Princípio das
cidade formaram-se na universidade X. Sabe-se ainda Casas de Pombos nos dá uma estratégia para utilizá-
que alguns funcionários da prefeitura dessa cidade lo na resolução de problemas: a partir dos dados do
são advogados. A partir dessas informações, é correto problema a ser resolvido, devemos:
concluir que, necessariamente, - identificar quais são as “casas” e quais são
a) existem funcionários da prefeitura dessa cidade os “pombos”,
formados na universidade X. - distribuir os pombos nas casas,
b) todos os funcionários da prefeitura dessa - determinar a relação existente entre ambos:
cidade formados na universidade X são advogados. pombos e casas.
c) todos os advogados formados na universidade
X trabalham nessa cidade. Exemplo 1: Qual o número mínimo de pessoas
d) dentre todos os habitantes dessa cidade, somente que devemos reunir para que tenhamos certeza de
os advogados formaram-se na universidade X. que duas entre elas fazem aniversário no mesmo
e) existem funcionários da prefeitura dessa cidade mês?
que não se formaram na universidade X. Resposta: O número mínimo de pessoas é 13.
Justificativa: Para este problema temos:
GABARITO: - casas: meses do ano (12);
01-E 02-C 03-E 04-D 05-C - pombos: pessoas (13);
06-Certo, Errado, Errado - relação: associamos cada pessoa ao seu mês de
07-Certo, Errado nascimento.
08-Certo, Errado, Errado, Errado, Certo, Errado Pelo Princípio das Casas de Pombos, como temos
09-D 10-D 11-C 12-E 13-B 14-B 12 casas e 13 pombos, uma das casas receberá, pelo
15-C 16-E 17-D 18- B 19-E menos, 2 pombos, ou seja, um dos meses terá dois
aniversariantes.
ENUMERAÇÃO POR RECURSO
Exemplo 2) Existem N pessoas em uma sala.
Enumeração é a sequência de pelo menos dois Quantas pessoas são necessárias para se ter certeza
elementos de mesmo status sintático no discurso. Há de que 3 nasceram no mesmo mês?
três tipos de enumeração: Resposta: Pelo princípio da casa dos pombos:
Aditiva - representada pelo conetivo ‘e’. (12*2)+1 = 25 pessoas.
Optativa exclusiva - representada pelo conetivo Existem 12 meses, então se pegarmos 24 pessoas,
‘ou’. pode ser que não existam 3 pessoas que nasceram
Optativa não exclusiva - representada pela no mesmo mês. Ao adicionar mais uma pessoa,
conexão ‘e/ou’. termos certeza de que ela nasceu no mesmo mês que
Geralmente os elementos de uma enumeração pelo menos outras 2 presentes na sala.
são comuns a uma classe.
Quando isso ocorre temos uma enumeração com Exemplo 3) Quantas rolagens de dado (um dado
paralelismo de similaridade. de 6 faces) são necessárias para se ter certeza que
Hipoteticamente pode-se supor uma enumeração um mesmo número vai cair duas vezes?
caótica, aquela em que os elementos são totalmente Resposta: Bem, vamos ver pela "pior" das
disjuntos. hipóteses: na "pior" das hipóteses, se jogarmos o
dado 6 vezes, teremos os números (não
Enumeração ordenada: é aquela em que a necessariamente nesta ordem): 3, 5, 6, 1, 2 e 4.
disposição dos elementos na sequência admite algum O que acontece se jogarmos o dado mais uma
tipo de ordem. vez?
Enumeração na enumeração: há casos em que Vai cair um número igual a outro já rolado.
um ou mais elementos da enumeração são Conclusão: Como temos 6 possibilidades, se
enumeração. jogarmos o dado 6+1 vezes, teremos um número que
Enumeração classificada: ocorre quando os se repete mais do que uma vez. Esse processo pode
termos da enumeração são classes de uma ser simplificado se você se lembrar do princípio da
taxonomia. casa dos pombos.

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26
RACIOCÍNIO LÓGICO
NÚMEROS RELATIVOS NÚMEROS PRIMOS:
Sejam os subconjuntos lineares dos números re- DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS,
ais, cuja representação através da reta geométrica se MÁXIMO DIVISOR COMUM,
faz por intermédio de intervalos. Sendo a e b dois nú- MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM
meros reais tais que a < b, podemos definir: E SUAS PROPRIEDADES.
1º) Intervalo fechado de extremos a e b é o conjunto:
[a, b] = {x R / a x b} cuja representação na reta Múltiplos e divisores de um número: Um número
é: "A" é múltiplo de um número "B" (B 0) se a divisão
de "A"por "B" for exata e inteira.
b IR Obs.:
2º) Conjunto do intervalo aberto de extremos a e b: a) Todo número tem uma infinidade de múltiplos,
]a, b[ = {x R / a < x < b} isto é, o conjunto dos múltiplos de um número é infinito.
b) Excluindo o zero, que é múltiplo de todo número,
a b IR o menor múltiplo de um número é ele próprio.
3º) O conjunto do intervalo semi-aberto à direita: Ex.: Montar o conjunto dos múltiplos de: a) 7 e b) 5
[a, b[ = {x R / a x < b} a) Vamos procurar todos os números que divididos
por 7, dão resultado exato e inteiro, são eles:
a b IR
{0, 7, 14, 21, 28, ...}, ou {x / x = 7n e x Z +}
4º) Conjunto do intervalo semi-aberto à esquerda:
b) Vamos procurar todos os números que divididos
]a, b] = {x R / a < x b}
por 5, dão resultado exato e inteiro, são eles:
a b IR {0, 5, 15, 20, 25, ...}, ou {x / x = 5n e x Z +}
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS: "Um número A (A 0) é divisor de um número B,
ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO
se a divisão de B por A for exata e inteira".
E DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS.
Obs.: a) Todo número inteiro é diferente de 1, admite
pelo menos, dois divisores.
Adição e Subtração: a adição e subtração de nú-
b) O número de divisores de um número inteiro e
meros seguem duas regras básicas a saber:
diferente de zero é limitado, isto é, o conjunto dos
1ª) Se dois números têm sinais iguais (ambos po-
divisores de um número, é finito.
sitivos ou ambos negativos), somamos os seus valo-
c) O número que admite apenas a unidade e ele
res absolutos e conservamos o sinal. Ex.: 7 + 3 = 10 e
próprio como divisor é chamado número primo.
5 + 12 = 17.
Ex.: 1) Montar o conjunto dos divisores de: a) 8 e b) 20.
Obs.: Lembrar que se um número não é precedido
Resolução:
de sinal, ele é positivo: (7 + 3 = +7 + 3 = + 10).
a) Vamos procurar todos os números que dividem
2ª) Dois números com sinais diferentes, subtraí-
o 8 de forma exata e inteira. São eles: {1, 2, 4, 8};
mos sempre, e damos o sinal daquele que possui
b) Vamos procurar todos os números que dividem o
maior valor absoluto.
20 em forma exata e inteira. São eles:{1, 2, 4, 5, 10, 20}.
Ex.: -7 + 4 = -(7 - 4) = -3 maior valor absoluto (no caso -
2) Montar o conjunto dos números primos até 50:
7) e 3 - 8 = - (8 - 3) = -5 maior valor absoluto (no caso - 8).
Resolução:
Multiplicação e divisão: na multiplicação e divisão
Vamos procurar os números menores que 50, que
de números, seguimos também duas regras básicas:
admitem apenas a unidade e ele próprio como fator
1ª) Se dois números têm sinais iguais, o produto
(fator é sinônimo de divisor), são eles: {2, 3, 5, 7, 11,
ou a divisão entre eles, será sempre positivo, assim:
13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47}
(+) . (+) = (+) e (+) : (+) = (+) ou (-) . (-) = (+) e (-) : (-) = (+).
2ª) Se dois números têm sinais diferentes, o produto
REGRAS DE DIVISIBILIDADE
ou a divisão entre eles, será sempre negativo, assim:
(+) . (-) = (-) e (+) : (-) = (-) ou (-) . (+) = (-) e (-) : (+) = (-).
Divisibilidade por 2: "um número admite o 2 como
Obs.: Nas expressões numéricas, onde ocorrem
fator, quando seu último algarismo for { 0, 2, 4, 6, 8} isto
várias operações, devemos seguir a seguinte hierarquia.
é, se ele for par". Ex.: O conjunto dos números menores
- Primeiro: resolvemos as multiplicações ou
que 20, que admitem o 2 como fator são: {0, 2, 4, 6, 8,
divisões;
10, 12, 14, 16, 18}
- Segundo: resolvemos as somas ou subtrações.
Divisibilidade por 3 ou 9: "um número admite o 3
Se nessas expressões aparecerem parênteses,
ou o 9, como fator, quando a soma de seus algarismos
colchetes ou chaves, a hierarquia de resolução será:
for divisível por 3 ou por 9 respectivamente".
- Primeiro: resolvemos as operações entre parênteses;
Ex.: a) 345 é divisível por 3 pois: 3 + 4 + 5 = 12 e 12
- Segundo: resolvemos as operações entre colchetes;
é divisível por 3. Sendo assim a divisão de 345 por 3
- Terceiro: resolvemos as operações entre chaves.
será exata e inteira:
a) 3 - 5. (-4) + 7
Ex.: Efetuar: Resp.: 30 345 3 quociente: 115
3 + 20 + 7 = 30 resto: 0
04 115
Efetuar: b) [5 - 3 - (4 : 2 + 5) . 3] =
Resolução: [5 - 3 - (2 + 5) . 3] = [5 - 3 - 7 . 3] = [2 - 21] = 15
Resp.: -19 0

MANUAL DE ESTUDOS 27 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
b) 108 é divisível por 9, pois: 1 + 0 + 8 = 9 e 9 é Decomposição de um número em fatores primos:
divisível por 9. Sendo assim a divisão de 108 por 9 Todo e qualquer número que não seja primo, pode
será exata e inteira. ser decomposto num produto de seus fatores primos.
Ex.: Escrever como produto de seus fatores primos os
108 9 quociente: 12
resto: 0 seguintes números: a) 50; b) 120
18 12
0 b) 120 2
Resolução: a) 50 2 60 2
Obs.: É importante notar que todo número que é divisível 25 5 30 2
por 9, será divisível por 3, mas o contrário pode não ocorrer. 5 5 15 3
Nos exemplos anteriores temos: 108 é divisível por 9 e 1 5 5
também por 3. Mas, 345 é divisível por 3 mas não é por 9. 2 1
50 = 2 . 5 3
120 = 2 . 3 . 5
Divisibilidade por 4 e 25: "um número é divisível
por 4 ou 25 quando os dois últimos algarismos da MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.):
direita formarem um número divisível por 4 ou 25
"Mínimo Múltiplo Comum de dois ou mais números é
respectivamente". Ex.: 420 é divisível por 4 porque 20 é
o menor número diferente de zero que é divisível por todos
divisível por 4, então:
eles ao mesmo tempo". Para cálculo do m.m.c. de dois ou
420 4 quociente: 105 mais números podemos estabelecer a seguinte regra:
20 105 resto: 0 1º) Decompomos os números em fatores primos.
0 2º) Multiplicam-se todos os fatores primos, comuns
e não comuns, tomados uma única vez, com os seus
1175 é divisível por 25, porque 75 é divisível por
maiores expoentes.
25, então:
Ex.: Calcular o m.m.c. dos números: 20, 24 e 30
1175 25 quociente: 47
175 47 resto: 0 20 2 24 2 30 2
10 2 12 2 15 3
0 5 5 6 2 5 5
1 3 3 1
Divisibilidade por 5: "um número é divisível por 5, 2
1
quando ele termina em 0 ou 5". 20 = 2 . 5 24 = 2 3 . 3 30 = 2 . 3 . 5
Ex.: O conjunto dos números menores que 40, m.m.c. (20; 24; 30) = 2 . 5 . 3
3
divisíveis por 5 é: {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35} m.m.c. (20; 24; 30) = 8 . 5 . 3
m.m.c. (20; 24; 30) = 120
Divisibilidade por 8 ou 125: "um número é divisível
por 8 ou por 125, quando, os seus três últimos MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C.):
algarismos da direita, formarem um número divisível "Máximo Divisor Comum de dois ou mais números
por 8 ou 125, respectivamente." Ex.: 1º) 1032 é divisível é o maior de seus divisores comuns". Para o cálculo
por 8, porque 032 = 32 é divisível por 8, então: do m.d.c. de dois ou mais números podemos
1032 8 quociente: 129 estabelecer a seguinte regra:
resto: 0 1º) Decompomos os números em fatores primos.
32 129
2º) Multiplicamos todos os fatores primos comuns,
72 tomados uma única vez com seus menores expoentes.
0 Ex.: Calcular o m.d.c. dos números seguintes: 60,
2º) 3250 é divisível por 125, porque 250 é divisível 264 e 504
por 125, então:
60 2 264 2 504 2
3250 125 quociente: 26 30 2 132 2 252 2
0750 26 resto: 0 15 3 66 2 126 2
000 5 5 33 3 63 3
1 11 11 21 3
Divisibilidade por 11: "um número é divisível por 11,
1 7 7
quando a diferença entre a soma dos algarismos de 1
ordem ímpar, e a soma dos algarismos de ordem par, 2 3 3 2
60 = 2 . 3 . 5 264 = 2 . 3 . 11 504 = 2 . 3 . 7
é múltiplo de 11: Ex.: Verificar se o número 743.875 é
divisível por 11. m.d.c. (60; 264; 504) = 22 . 3
Resolução: Anotando por I os algarismos de ordem m.d.c. (60; 264; 504) = 12
ímpar e P, os de ordem par temos:
743.875 ---- I = 7, 3, 7 P = 4, 8, 5 Relação entre o m.m.c. e m.d.c.:
Somando os algarismos de ordem ímpar, temos: "O m.m.c. de dois números é igual ao produto
7 + 3 + 7 = 17 desses números dividido pelo seu m.d.c."
Somando os algarismos de ordem par, temos: Ex.: O produto de dois números é 576 e o seu m.d.c.
4 + 8 + 5 = 17 é 2. Calcular o m.m.c.
A diferença será 17 - 17 = 0, como 0 (zero) é múltiplo produto dos números 576
m.m.c. = = = m.m.c. = 288
de 11, o número será divisível por 11. m.d.c. 2

MANUAL DE ESTUDOS 28 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Cálculo do número de divisores de um número:
FRAÇÕES DECIMAIS
"O número de divisores de um número é igual ao
produto dos expoentes de cada fator primo aumentados Frações decimais: são frações cujo denominador é
de uma unidade". Ex.: Quantos são os divisores de 540? igual a 10 ou 100 ou 1000, ou seja, potência positiva de 10.
Resolução: Decompondo 540 em fatores primos,
Ex.: 3 , 8 , 132 ...
temos: 10 100 1000
2 3 Exceto as dízimas periódicas, todo número decimal pode
540 2 540 = 2 . 3 . 5
270 2 O nº de divisores será: ser escrito na forma de fração decimal, da seguinte maneira:
135 3 (2 + 1) . (3 + 1) . (1 + 1) = 3 . 4 . 2 = 24 37 471 2471
45 3 Resposta: 24 divisores 0,37 = ; 2,471 = 2 =
15 3 100 1000 1000
5 5 0,333... não pode ser escrito na forma de fração decimal
1
Soma e subtração de números decimais: para se
FRAÇÕES ORDINÁRIAS efetuar estas operações, basta colocarmos vírgula sob
vírgula, ou seja, operar parte inteira com parte inteira e
OPERAÇÕES COM FRAÇÕES: parte decimal com parte decimal.
Soma e Subtração: a soma ou diferença de fra- Ex.: a) 2,32 + 0,416 + 11 + 0,1
ções é obtida da seguinte maneira: b) 1,432 - 0,21
1º) Reduzimos as frações ao mesmo denomina-
dor;
2º) Somamos ou subtraímos os numeradores ob-
tidos e assim teremos a fração resultado. Solução: a) b)
Ex.: Efetuar: 5 - 2 + 5
6 3 8
Produto de números decimais: opera-se normal-
Solução: m.m.c. (6; 3; 8) = 24 mente. O resultado terá tantas casas decimais quanto
5 - 2 + 5 = 20 - 16 + 15 = 19 a soma das casas decimais dos fatores.
6 3 8 24 24 Ex.: 0,32 x 1,7
0,32 2 casas decimais
Produto de frações: o produto de frações é obtido 1,7 1 casa decimal
multiplicando-se respectivamente numerador e denomi- 2,24
nador das frações (não se calcula o m.m.c. no produto). Solução: 32
a . c = a.c 0,544 3 casas decimais
Assim:
b d b.d Divisão de números decimais:
Obs.: No produto de frações, é sempre convenien- a) Igualar casas decimais.
te observar se há possibilidade de simplificar. b) Eliminar vírgulas,
Ex.: Efetuar: a) 3 . 7 b) 4 . 7 c) Operar normalmente.
5 6 3 Ex.: 0,625 : 2,5 = 0,25
1 Solução:
3 7 7
Solução: a) . = a) 0,625 : 2,500 - Letra A do roteiro
5 6 2 10
b) 625 : 2500 - Letra B do roteiro
4 7 4 . 7 28 6250 2500
b) . = =
3 1 3.1 3
c) 12500 0,25 - Letra C do roteiro
Divisão de frações: o quociente das frações a/b e 0000
c/d é: ab . d/c, isto é, mantemos a primeira fração mul-
tiplicando pelo inverso da segunda fração. Transformação de fração para decimal: basta di-
vidir o numerador pelo denominador.
1
3 2 2 5
Ex.: a) = 0,4 b) = 1,25
Ex.: Efetuar: a) 3 : 7 b) 4 c) 3 5 4
5 4 5
5 5 4
mantém 20 5 10 1,25
Solução: a) 0 0,4 b) 20
3 7 3 4 12 0
: = . =
Solução: 5 4 5 7 35
mantém
NÚMERO MISTO
1
b) 3 1 5 5 Denomina-se número misto à soma de um núme-
= . = ro inteiro com uma fração própria.
4 3 4 12
5 Ex.:
2 4 4
3+ é um número misto e indicamos por 3
c) 3 = 2 . 1 = 2 5 5
5 3 5 15 que será lido como: três inteiros e quatro quintos.

MANUAL DE ESTUDOS 29 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Obs.: Propriedades:
1ª) Para se transformar um número misto em fra- 1ª) Multiplicação de potências de mesma base:
ção imprópria, procedemos da seguinte maneira: Para multiplicar duas ou mais potências de mes-
3 2 . 4 + 3 11 ma base, conserva-se a base e somam-se os expo-
2 = = (fração imprópria) entes.
4 4 4
2ª) Para se transformar uma fração imprópria em Genericamente: am . an . ap = am+n+p
número misto procede-se da seguinte maneira: Ex.: 53 . 54 = 53+4 = 57 = 78.125
37 37 5 37 2
=7 2ª) Divisão de potências de mesma base:
5 2 7 5 5
Para dividir duas potências de mesma base, con-
Esta operação também é chamada de extração dos
servam-se as bases e subtraem-se os expoentes.
inteiros de uma fração.
m 3
m-n 5 3-2
Genericamente: Ex.: =5 =5
GERATRIZ DE UMA PERIÓDICA n
5
2

Conseqüências:
Dízima Periódica Simples: a fração geratriz da dízima a) Potência com expoente zero: toda potência com
periódica simples, é obtida da seguinte maneira:
n
- Numerador: constituído pelo período da dízima 0 n-n a
expoente zero é igual a 1 (um). a = a = n
=1
(parte que se repete na dízima); a
- Denominador: é formado por tantos noves quanto Ex.: 50 = 1
são os algarismos do período. b) Potência com expoente negativo: é equivalen-
Ex.: Calcular a geratriz das dízimas seguintes: te a uma fração cujo numerador é 1(um) e o denomi-
a) 0,3737... b) 2,4242... nador é a base com o expoente positivo. Equivale ao
37 inverso da base elevado a um expoente de mesmo
Solução: a) 0,3737... =
99 módulo e sinal diferente.
42 240 a0 1
b) 2,4242... = 2 = a -n = a 0 - n = 1 1
99 99 n
= Ex.: 2 -3 = =
a an 23 8
Dízima Periódica Composta: a fração geratriz da dízima 3ª) Potência de Potência: Para se elevar uma po-
periódica composta é obtida da seguinte maneira. tência a um expoente, conserva-se a base e multipli-
- Numerador: é formado pela diferença entre o nú- cam-se os expoentes.
mero formado pela parte não periódica seguida de um m
período, e o número que constitui a parte não periódica. Genericamente: (a n ) = a n.m
- Denominador: constituído por um número forma- 2
3 3.2 6
do por tantos noves quantos forem os algarismos da Ex.: (2 ) = 2 = 2 = 64
parte periódica, seguidos por tantos zeros quantos fo-
rem os algarismos da parte não periódica. 4ª) Potência de um Produto: Para se elevar um
Ex.: Calcular a geratriz das dízimas seguintes: produto a um expoente, eleva-se cada fator a este
a) 0,325757... b) 2,323444... expoente.
Solução: Genericamente: (a . b)n = a n . b n
a) 0,325757... parte periódica = 57 2 2 2
parte não periódica = 32 Ex.: (3 . 10) = 3 . 10 = 9 . 100 = 900
A geratriz da dízima dada é:
5ª) Potência de Ordem Superior: É a potência cujo
3257 - 32 3225 43 expoente é outra potência.
= =
9900 9900 132 3 4
Genericamente: a mn Ex.: 3
4
=3
6
b) 2,213444... parte periódica = 4
parte não periódica = 213
6º) Multiplicando-se ou dividindo-se o índice e o
A geratriz da dízima dada será: expoente do radicando por um mesmo número, o va-
2134 - 213 1921 19921 lor da raiz não se altera.
2 =2 =
9000 9000 9000
Ex.: Seja: 6
43 = 2
POTÊNCIAS E RAÍZES Dividindo-se o índice e o expoente do radicando por 3:

6:3 4.3.3 = 2 4 = 2
DEFINIÇÃO: Dado um número real a e um número
inteiro n, (n > 0) sabe-se que: Multiplicando-se o índice e o expoente do radican-
a, a, a... = an do por 2:
n vezes
a é a base; n é o expoente e an é a potência. 6x2 4. = 12 4 6 = 2
c
b
Obs.: a (a b ) c
Ex.: 53 = 5 . 5 . 5 = 125
5 - base; 3 - expoente; 125 - potência 3 3
Ex.: 21 = 2 e (21) = 8

MANUAL DE ESTUDOS 30 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Potência de Números Relativos: 5ª) Uma raiz é igual a uma potência com expoente
1º) Quando o expoente for par, o resultado será fracionário cujo numerador é o expoente do radican-
sempre positivo. Exs.: a) +32 = 9 b) -24 = 16 do e o denominador é o índice. Genericamente:
2º) Quando o expoente for ímpar, o resultado terá n
am = a m/n Ex.: 3
2 4 = 2 4/3
sempre o sinal da base. Exs.: 1) (-2)3 = -8 2 )
(+5)3 = 125 Extração da Raiz Quadrada:
Potência de Frações: Para se elevar uma fração a Existe uma regra prática para extrair a raiz quadrada
um expoente, eleva-se o numeradores e o denomi- de um número, regra esta que será vista a seguir atra-
nador a este expoente. vés de um exemplo. Exemplo: extrair a raiz quadrada de
a n an 135.360.
Genericamente: ( ) =
b bn 1º) Separam-se os algarismos do radicando de
-3 2 32 9 dois em dois da direita para a esquerda, podendo
Ex.: ( ) = =
7 7 2 49 sobrar apenas um algarismo à esquerda 13 .53 .60
2º) Determina-se o maior número cujo quadrado
RADICIAÇÃO não ultrapasse o número formado pelo(s)
algarismo(s) que sobrar (ou sobraram) à esquerda.
Definição: dado um número real a e um número
Este número será a raiz parcial 13 .53 .60 3
inteiro n, (n > 0) denomina-se raiz n-ézima o número b
n 3º) Eleva-se ao quadrado o número assim obtido
tal que: a =b b n , onde n é o índice, b é a raiz n-
e subtrai-se do número mencionado acima e acres-
ézima e a é o radicando. O sinal recebe o nome de centa-se ao resultado os próximos dois algarismos à
radical. direita, obtendo-se assim o primeiro resto parcial:

Ex.: 1) 4
2) 3
3) 2 13 .53 .60 3
81 = 3 -64 = -4 16 = 4 9
Observações: 453
1) Não existem raízes de índice par de números 4º) Dobra-se a raiz e separa-se o último algaris-
negativos no campo dos números reais.
13 .53 .60 3
2) Quando o índice for igual a 2, poderá ser omiti- 9
mo à direita do resto parcial 2 .3 = 6
do e neste caso, diz-se que a raiz é quadrada. 45 .3
Ex.: 2 64 = 64 = 8 5º) Divide-se a parte que sobrou à esquerda pelo
3) Quando o radicando não apresentar sinal, ou dobro da raiz, multiplicando-se o número formado pelo
se for positivo as raízes de índice par serão conside- acréscimo do quociente obtido à raiz pelo mesmo co-
radas positivas. eficiente. Se o produto acima for maior que o resto
parcial subtrai-se uma unidade ao quociente e repe-
Exs.: 1) 4 16 = 2 2) 6 +64 = 2
4) Quando o índice for ímpar, a raiz terá o sinal do te-se a operação 13.53. 60 3
radicando. 9 2 .3 = 6
45. 3 45:6 = 7
3 5
Exs.: 1) -8 = -2 2) 243 = 3 67:7 = 469
Como 469 é maior que 453, reduz-se uma unida-
Propriedades: de do quociente e repete-se a operação:
1ª) O produto de duas ou mais raízes de mesmo
índice é a raiz do produto dos radicandos. 13.53.60 3
9 2. 3 = 6
4 4 4
Ex.: 16 . 81 = 16.81 45. 3 45:6 = 7 6
66:6 = 396
2ª) O quociente de duas raízes de mesmo índice é
6º) Subtrai-se o resultado do primeiro resto parci-
igual à raiz do quociente dos radicandos. Genericamente:
al, acrescentando-se ao lado do mesmo os próximos
3 3 dois algarismos à direita, dobra-se a nova raiz (36) e
n a n a 125 125
= = repete-se os passos anteriores
Ex.: 3
n b b 64 64
13.53.60 367
3ª) A raiz de uma raiz é igual a uma raiz cujo índice é o 9 2.3 = 6
produto dos índices relativos a cada raiz. Genericamente: 45.3 45:6 = 7 6
396 66:6 = 396
m n m.n 57. 60 2.36 = 72
a = a
5089 576:72 = 8 7
3 2.3
Ex.: 64 = 64 = 6 64 = 2 671 727.7 = 5089

4ª) A potência de uma raiz é igual à raiz da potência A raiz procurada é 367 e 671 é o resto final.
de mesmo expoente do radicando. Genericamente:
PROVA: (367)2 + 671 = 134689 + 671 = 135360
(n a )m = n
a m
Ex.: (3 27 )4 = 3
27 4 raiz = 21,6; resto = 2,44

MANUAL DE ESTUDOS 31 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Obs.: A raiz quadrada de um número pode ser ex-
traída por aproximação. Para isso basta acrescentar EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
à direita do radicando, dois zeros para cada casa deci-
mal desejada a extrai-se a raiz quadrada do número LETRAS QUE REPRESENTAM NÚMEROS
obtido de acordo com a regra que foi dada. Um dos mais importantes símbolos da matemáti-
ca são as letras, usadas em lugar de números.
Ex.: Extrair a raiz quadrada do número 469 com
aproximação de décimos. a) Variável
Quando escrevemos a letra x, por exemplo, pode-
4.69.00 21 mos usá-la para representar um número qualquer. Isto
4 2.2 = 4 nos permite falar a respeito de “um número”, sem fixar
06.9 6:4 = 1 “qual” o número.
41 41:1 = 41 A letra usada para representar um elemento qual-
280.0 2.21 = 42 quer, não especificado, de um conjunto numérico, cha-
2556 280:42 = 6 ma-se variável.
244 426.6 = 2556
Qualquer letra pode ser empregada com este fim;
Nota: O número de casas decimais do resto é igual todavia, as letras x, y, z são mais freqüentemente usa-
ao número de zeros acrescentados. das.
Uma vantagem do emprego de letras é a possibili-
PROVA: (21,6)2 + 2,44 = 466,56 + 2,44 = 469 dade de substituirmos uma expressão verbal (em que
usamos palavras) por uma expressão matemática ou
Redução de Radicais ao mesmo índice: dois ou algébrica (em que usamos letras, números e sinais
mais radicais de índices diferentes podem ser de operação e de relação).
reduzidos a um mesmo índice com base na 6ª Exemplos:
propriedade do item 2.2. 1º - Quando adicionamos dois números, a ordem
em que são considerados não altera a soma.
REGRA: Tradução em linguagem matemática: x + y = y + x
1º) Calcular o mínimo múltiplo comum dos 2º - Se dividirmos a diferença de dois números por
respectivos índices que será o novo índice comum a 2, o resultado será 15.
todos os radicais. x - y  15
Tradução:
2º) Dividir o mínimo múltiplo comum (m.m.c.) 2
obtido, pelos índices e multiplicar o resultado pelo
expoente do radicando correspondente. b) Fórmulas
Ex.: Reduzir ao mesmo índice: Uma fórmula é a tradução, em linguagem mate-
3 mática, de uma regra.
42 ; 5 63 ; 6 8 Por exemplo, você sabe que a área de um retângu-
m.m.c. (3; 5; 6) = 30 lo pode ser obtida multiplicando o número que expri-
me a medida da base pelo que exprime a da altura.
Dividindo-se o m.m.c. pelos índices e multiplican- Tradução: S = b.h
do os resultados pelos expoentes dos radicandos:
30
4 20 ; 30 618 ; 30 8 5 EXPRESSÃO ALGÉBRICA. POLINÔMIO.

Uma coleção de números, variáveis (letras) e si-


- Operações com radicais:
nais de operação, como
1ª - Adição e subtração: Para serem somados
x
ou subtraídos, os radicais devem ter o mesmo índi- 2x 2  3x  1, 2ax 3, 2x  3y -
ce e o mesmo radicando, ou seja, devem ser seme- y
lhantes. Apenas os coeficientes dos radicandos de- é uma expressão algébrica.
vem ser operados.
Em uma expressão da forma A + B + C + ..., A, B, C,
4 4 4
Ex.: 4 3 +5 3 + 3 = ... são termos. Assim 3a2 e -2b são termos da expres-
4 4 são 3a2 - 2b.
(4 + 5 + 1) 3 = 10 3
Uma expressão cujos termos envolvem somente
multiplicações e potenciações de números e variáveis
2ª - Multiplicação e divisão
chama-se polinômio.
Para serem multiplicados ou divididos, os radi-
cais devem ter o mesmo índice. A expressão 3x2 + 5x - 8 é um polinômio.
Se isto não acontecer, os radicais devem ser re- 3
duzidos ao mesmo índice. Para multiplicar ou dividir A expressão - y não é um polinômio porque en-
x
radicais, multiplicam-se ou dividem-se os coeficien- volve a operação de divisão por uma variável.
tes e os radicandos. Se o polinômio contém uma só variável, por xemplo
x, diremos polinômio inteiro em x. O domínio das vari-
Ex.: 6
5
8.3
5
20 = 6.3
5
8.20 = 18
5
160 áveis de um polinômio é o conjunto dos números rela-
tivos, salvo indicação em contrário.

MANUAL DE ESTUDOS 32 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Denominações particulares:
POLINÔMIOS
Monômio - polinômio de um só termo: -3xy2
DEFINIÇÃO: Toda função definida pela relação:
Binômio - de dois termos: a2 - 2ab P(x) = anxn + an-1 + an-2 . xn-2 + a2x2 + a1x + a0 é denomi-
nada função polinomial ou, simplesmente "polinômio.
Trinômio - de três termos: 2x2 - 5x + 7 Em que: an, an-1, an-2, a2, a0
n N
COEFICIENTE DE UM TERMO x C é a variável
Obs.:
Um conjunto de fatores em um termo chama-se 1º) Se an 0 , o expoente máximo n é dito grau
coeficiente dos fatores restantes. Assim, em -3a2x, de polinômio e indicamos gr (P) = n.
temos: Exs.: a) P(x) = 7 ou P(x) = 7. x é um polinômio
constante, isto é gr(P) = 0.
-3 é o coeficiente de a2x b) P(x) = 2x - 1 é um polinômio do 1º grau, isto é,
gr(P) = 1.
-3a2 é o coeficiente de x
c) P(x) = 3x2 + 1/2x 4 é um polinômio do 5º grau,
-3x é o coeficiente de a2 isto é, gr(P) = 5.
2º) Se P(x) = 0, não se define o grau do polinômio.
Chama-se coeficiente numérico o fator numérico 3º) Não são polinômios as relações:
de um termo: em 4a2b o coeficiente numérico é 4.
1
P(x) = x + 5 P(x) = x 2 + x
Obs.: O coeficiente 1 é subentendido x = 1x

ORDENAÇÃO VALOR NUMÉRICO:


O valor numérico de um polinômio P(x), para x = a,
Quando os termos de um polinômio se sucedem de é o número que se obtém substituindo x por a e efe-
modo que os expoentes de uma certa letra decrescem tuando todas as operações indicadas pela relação
do primeiro ao último, diz-se que o polinômio está orde- que define o polinômio.
nado segundo as potências decrescentes dessa letra. Ex.: Se P(x) = x3 + 2x2 - x - 1, o valor numérico de
O polinômio 2ax3 - 5abx2 + 3a2x + 4a3b2 está ordena- P(x), para x = 2 é:
do segundo as potências decrescentes de x. P(x) = x3 + 2x2 - x - 1
Ao contrário, se as potências de uma certa letra P(2) = 23 + 2 . 22 - 2 - 1
crescem sucessivamente, o polinômio diz-se ordena- P(2) = 8 + 2 . 22 - 2 - 1
do segundo as potências crescentes da mesma letra, P(2) = 8 + 8 - 2 - 1
como o polinômio: 2 - 3x + 4x2 + x3 em relação à letra x. P(2) = 13
Ordenar um polinômio é dispor seus termos de Obs.: 1º) O valor numérico de P(x), para x = 2, é a
modo que os expoentes de uma letra cresçam ou
imagem do 2 pela função polinomial P(x).
descresçam. Essa letra denomina-se principal ou
ordenatriz. 2 13
2º) Se P(a) = 0, o número a é denominado raiz ou
TERMOS SEMELHANTES zero, de P(x).
No polinômio P(x) = x2 - 5x + 6, temos P(2) = 0; logo
Dois termos que têm variáveis idênticas são cha- 2 é a raiz ou zero do polinômio.
mados termos semelhantes. 1º Exemplo: Dado o polinômio P(x) = 2x2 - x2 + x + 3,
1 2 P(2) - 2P (-1)
5ax 2 , - 3ax 2 e ax são termos semelhantes. calcular:
P1/2
3
P(2) = 8 - 4 + 2 + 3 = 9
4x e 5y não são termos semelhantes.
P(-1) = 2 - 1 - 1 + 3 = 3
P(1/2) = 1/2 - 1/4 + 1/2 + 3 = 15/4
Se num polinômio existem termos semelhantes po-
demos substituí-los por um único termo. Logo: P(2) - 2P (-1) = 9 - 6 = 4
Realmente, a propriedade distributiva da multipli- P1/2 15/4 5
cação permite escrever:
EXERCÍCIOS
5x + 7x = (5 + 7)x = 12x
5a2b + a2b - 8a2b = (5 + 1 - 8)a2b = 2a2b. 1) Dados os polinômios A (x) = x3 - x2 + x + 1 e B (x)
A esta aplicação dá-se o nome de redução de ter- = -3x2 - x + 2, calcule: a) A(1/2) - B(-1) b) A(0) + B(1)
mos semelhantes. 2) Determine m R , para que o polinômio: P ( x ) =
No polinômio 3x + 5y + 4x, 3x e 4x são termos se- (m - 4 x3) + (m2 - 16 x2) + (m + 4 x + 4) seja do grau 2.
melhantes e podemos reduzi-los. O polinômio pode 3) Determine K, de modo que x = 1/2 seja raiz de: P
ser escrito com dois termos: 3x + 5y + 4x = 7x + 5y. ( x ) = 4 x4 - 8x3 - (k + 5 x2) - ( 3 k - 2 x) + 5 - k
Você deve ser capaz de escrever logo o polinômio
com os termos semelhantes reduzidos: GABARITO: 1) a) 11/8 b) -1 2) m R 3) +8
5ab - 3x + 2ab + 7ab + 4x

MANUAL DE ESTUDOS 33 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
POLINÔMIO IDENTICAMENTE NULO Resolução: Eliminando os parênteses e soman-
Denomina-se "polinômio identicamente nulo" o do os termos semelhantes no 2º termo, temos:
polinômio que tem todos os seus coeficientes nulos. x2 - 2x + 1 ax2 + ax + a + bx2 + bx + cx + c
Indicamos por P ( x ) = 0 1x2 - 2x + 1 (a + b)x2 + (a + b+ c)x + (a + c)
(Lê-se: P ( x ) é idêntico a zero). Igualando os coeficientes correspondentes, vem:
Seja o polinômio:
P ( x ) = anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + ... + a2x2 + a1x + a0 a+b=1 (I)
a + b + c = -2 ( II )
a+c=1 ( III )
a n-1= 0
a n-2= 0 Substituindo (I) em (II), 1 + c = -2 \c = -3
. Substituindo c = -3 em (III) a - 3 = 1 \ a = 4
. Resposta: a = 4; b = -3; c = -3
.
a3 = 0 PRODUTOS NOTÁVEIS
Se P ( x ) = 0 a2 = 0
a1 = 0 Em álgebra é prudente identificar certos grupos de mul-
a0 = 0 tiplicação cujo produto obedece a determinada lei de for-
mação dos termos. São chamados de produtos notáveis.
Ex.: Sejam a e b cujo produto queremos conhecer
Ex.: Calcular a, b e c, para as quais o polinômio: P como: (a + b) (a + b) = (a + b)2  o quadrado do 1º
( x ) = ( a + b x2) + ( a - b - 4 x ) + ( b + 2c - 6 ) seja termo, mais o duplo produto do1º pelo 2º, mais o qua-
identicamente nulo: drado do 2º termo.
Resolução: De (I) e (II) vem: a + b = 0 e a - b = 4 (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
Ex.: (a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 +2ab + 2ac + 2bc
a+b=0 (I)
a-b-4=0 ( II ) = (a + b + c)2  o quadrado do 1º termo, mais o
Se P ( x ) = 0
ab + 2c - 6 = 0 ( III ) quadrado do 2º termo mais o quadrado do 3º termo,
mais o duplo produto do 1º pelo 2º, mais o duplo pro-
Resolvendo o sistema, temos: a = 2 e b = -2 duto do 1º pelo 3º mais o duplo produto do 2º pelo 3º.
Substituindo b = -2 na equação
(III) - 2 + 2c - 6 = 0\C = 4 2 2
(a + b) a + 2ab + b
2

2 2 2
EXERCÍCIO (a - b) a - 2ab + b
1) Calcule os valores de m, n e t para os quais o 3 3 2
(a + b) a + 3a b + 3ab + b
2 3

polinômio P(x) = (2m - 1)x2 - (5n - 2)x2 + (3 - 2t) seja 3 3 2 2 3


identicamente nulo. (a - b) a - 3a b + 3ab - b
GABARITO: m = 1/2 n = 2/5 t = 3/2
(a + b + c)2a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc
POLINÔMIOS IGUAIS:
Dois polinômios A(x) e B(x) são iguais ou idênti-
cos quando assumem valores numéricos iguais para N
qualquer valor comum atribuído à variável x.
Note que os polinômios A(x) = 2x2 + 1 e B(x) = x -
2, são diferentes, pois A(1) = 3 e B(1) = -1, isto é, seus
valores numéricos, para x = 1, são diferentes.
1ª = a
2 2ª a
A condição necessária e suficiente para que dois M = ab

polinômios A(x) e B(x) sejam iguais ou idênticos é Na figura:


que os coeficientes dos termos correspondentes se- 3ª = ab

=b
2 b
jam iguais.
a b
1º Exemplo: Determinar a, b e c para que se
verifique a identidade: A área de todo o quadrado será o produto do seu
2x2 - 5x + 4 (a - 3)x2 + (a - b)x + (c - 2) lado ou seja M. N.
Mas: M = a + b e N = a + b
Resolução: Os coeficientes dos termos correspon- M.N = (a + b) (a + b) = a2 + ab + ab + b2 = a2 + 2ab + b2
dentes devem ser iguais, logo: Considerando os quadrados e os retângulos:
a-3=2\ a=5 Quadrado maior é a2 e o quadrado menor é b2 e os
a - b = -5 \ 5 - b = -5 \ b = 10 dois retângulos são ab e ab somando todas as áreas.
c-2=4\c=6 Temos: 1ª área + 2ª área + 3ª área + 4ª área ou:
Resposta: a = 5; b = 10; c = 6 a2 + ab + ab + b2  ordenando
Colocando os quadrados nos extremos
2º Exemplo: Calcular a, b e c, sabendo-se que: x2 a2 + ab + ab + b2 ou a2 + 2ab + b2 ou
- 2x + 1 a(x2 + x + 1) + (bx + c) (x + 1) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2

MANUAL DE ESTUDOS 34 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
UNIDADES DE VOLUME:
SISTEMA MÉTRICO Unidade Padrão: Metro Cúbico (m3)
- Múltiplos:
MEDIDAS DE COMPRIMENTO: Decâmetro cúbico (dam3) ... 1 dam3 = 1.000 m3
Unidade Padrão: Metro (m) Hectômetro cúbico (hm3) ... 1 hm3 = 1.000.000 m3
- Múltiplos: decâmetro (dam) ... 1 dam = 10 m Quilômetro cúbico (km3) ... 1 km3 = 1.000.000.000 m3
hectômetro (hm) ... 1 hm = 100 m - Sub-Múltiplos:
quilômetro (km) ... 1 km = 1000 m Decímetro cúbico (dm3) ... 1 dm2 = 0,001 m3
- Sub-Múltiplos: decímetro (dm) ... 1 dm = 0,1 m Centímetro cúbico (cm3) ... 1 cm2 = 0,000001 m3
centímetro (cm) ... 1 cm = 0,01 m Milímetro cúbico (mm3) ... 1 mm2 = 0,00000001 m3
milímetro (mm) ... 1 mm = 0,001 m Representando numa escala, teríamos:
Representando numa escala, teríamos: km3 hm 3 dam3 m3 dm 3 cm3 mm3
km hm dam m dm cm mm
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada
Ex.: Transformar em metros cada uma das unidade ultrapassada, corresponde a 3 (três) deslo-
medidas seguintes: a) 10,8 km b) 50,36 dam camentos da vírgula.
Ex.: Transformar em m 3 cada uma das medidas
Solução: seguintes: a) 1,73 dam3 b) 0,00037 hm3
a) 10,8 km - Devemos deslocar a vírgula 3 casas
para a direita (sentido da seta) 10,8 km = 10.800 m Solução: a) 1,73 dam3
km hm dam m - Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a direi-
ta (sentido da seta) 1,73 dam3 =1730 m3
dam 3 m3
b) 50,36 dam - Devemos deslocar a vírgula 1 casa
para a direita (sentido da seta) 50,36 dam = 503,6 m
hm dam m b) 0,00037 hm3
- Devemos deslocar a vírgula 6 casas para a direi-
ta (sentido da seta) 0,0037 hm3 = 0000370 m3 =
UNIDADES DE ÁREA: 370 m3
Unidade Padrão: Metro Quadrado (m2) 3 3 3
hm dam m
- Múltiplos:
Decâmetro quadrado (dam2) ... 1 dam2 = 100 m2
Hectômetro quadrado (hm2) ... 1 hm2 = 10.000 m2
Quilômetro quadrado (km2) ... 1 km2 = 1.000.000 m2 UNIDADES DE CAPACIDADE:
- Sub-Múltiplos: Unidade Padrão: Litro ( l )
Decímetro quadrado (dm2) ... 1 dm2 = 0,01 m2 - Múltiplos: Decalitro (dal) ... 1 dal = 10 l
Centímetro quadrado (cm2) ... 1 cm2 = 0,0001 m2 Hectolitro (hl) ... 1 hl = 100 l
Milímetro quadrado (mm2) ... 1 mm2 = 0,000001 m2 Quilolitro(kl) ... 1 kl = 1.000 l
Representando numa escala, teríamos: - Sub-Múltiplos: Decilitro (dl) ... 1 dl = 0,1 l
Centilitro (cl) ... 1 cl = 0,01 l
km2 hm 2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2 Mililitro (ml) ... 1 ml = 0,001 l
Representando numa escala, teríamos:
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada kl hl dal l dal cl ml
unidade ultrapassada, corresponde a 2 (dois) deslo-
camentos da vírgula.
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada
Ex.: Transformar em m 2 cada uma das medidas
unidade ultrapassada, corresponde a 1 (um) deslo-
seguintes: a) 45 dam2 b) 0,0057 km2
camento da vírgula. a) 722,70 hl b) 0,0036 kl
Solução:
Solução: a) 722,70 hl
a) 45 dam2 - Devemos deslocar a vírgula 2 casas
- Devemos deslocar a vírgula 2 casas para a direi-
para a direita (sentido da seta) 45 dam2 = 4500 m2
ta (sentido da seta) 722,70 hl = 72.270 l
hm 2 dam2 m2
hl dal l

b) 0,0057 km2 - Devemos deslocar a vírgula 6 ca-


b) 0,0036 kl - Devemos deslocar a vírgula 3 casas
sas para a direita (sentido da seta) 0,0057 km2 =
para a direita (sentido da seta) 0,0036 kl = 0003,6
0005700 m = 5.700 m
2 2
l = 3,6 l

km 2 hm 2 dam 2 m2
kl hl dal l

MANUAL DE ESTUDOS 35 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Obs. Importante: é muito comum, na prática, a UNIDADES DE TEMPO:
transformação de volume para capacidade. O vínculo Unidade Padrão: Segundo (seg)
entre as duas unidades é: 1 dm3 = 1 l - Múltiplos: minuto (min) ... 1 min = 60 seg
Ex.: Transformar em litros, cada uma das medi- hora (h) ... 1 h = 3600 seg
das seguintes: - Sub-múltiplos: não existem.
a) 8,5 dam3 b) 32.000 mm3
Obs.: É fácil notar que: 1 h = 60 min
a) Transformar em litros é o mesmo que transfor-
mar em dm3, entćo: 8,5 dam3 = 8.500.000 dm3 Ex.: 1) Transformar em segundos cada uma das
8,5 dam3 = 8.500.000 l medidas seguintes: a) 2,32 h b) 3 h e 20 min

b) 32.000 mm3: Solução: a) Basta multiplicar por 3.600, assim:


32.000 mm3 = 0,032000 dm3 = 0,032 dm3
2,32
32.000 mm3 = 0,032 l
3600
dam3 m3 dm3 1392 2,32 h = 8.352 seg
696
8352,00
2) Um determinado recipiente tem 1,7 m3 de volu-
me. Qual a sua capacidade em quilolitros. b) Transformar em segundos, as horas e os mi-
Solução: Devemos transformar 1,7 m3 para dm3 nutos, separadamente, assim: 3600 . 3 = 10800
(ou litros) e este resultado, para quilolitros. 60 . 20 = 1200
1,7 m3 = 1700 dm3 3 h e 20 min = (10800 + 1200) seg = 12000 seg
1,7 m3 = 1700 l
1700 l = 1,700 kl ou 1,7 kl EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

dm3 cm3 mm3 - Transformar:


01) 18,32 dam em m 6) 0,37 mm em cm
02) 0,083 hm em cm 7) 432,5 cm em dam
03) 500 dm em km 8) 3600 cm em hm
UNIDADES DE MASSA: 04) 0,830 km em dm 9) 335,4 m em hm
Unidade Padrão: Grama (g)
05) 3500 mm em dm 10) 83,75 hm em dm
- Múltiplos: Decagrama (dag) ... 1 dag = 10 g
11) 32 m2 em dm2 21) 3,152 cl em hl
Hectograma (hg) ... 1 hg = 100 g
Quilograma (kg) ... 1 kg = 1.000 g 12) 41,36 km2 em dam2 22) 2035,70 l em mm3
- Sub-Múltiplos: Decigrama (dg) ... 1 dg = 0,1 g 13) 0,0021 dam2 em m2 23) 13,901 ml em dal
Centigrama (cg) ... 1 cg = 0,01 g 14) 0,003 hm2 em cm2 24) 0,103 dam3 em ml
Miligrama (mg) ... 1 mg = 0,001 g 15) 430 dm2 em m2 25) 49,35 1 kg em dg
Representando numa escala, teríamos: 16) 321 dm2 em dam2 26) 32,5 g em dg
kg hg dag g dg cg mg 17) 235,41 cm3 em m3 27) 10,45 h em seg
18) 0,437 mm3 em dm3 28) 1.014 seg em min
19) 17,31 km3 em hm3 29) 3,42 h em seg
Obs.: Nas transformações de unidades, a cada
20) 70,4210 hm3 em m3 30) 2.076 min em h
unidade ultrapassada, corresponde a 1 (um) deslo-
camento da vírgula.
Ex.: Transformar em grama cada uma das medi- GABARITO:
das seguintes:
a) 0,0375 kg b) 3,28 dag 01) 183,2 m 16) 0,0321 dam2
02) 830 cm 17) 0,00023541 m3
Solução: 03) 0,05 km 18) 0,000000437 dm3
a) 0,0375 kg 04) 8.300 dm 19) 17.310 hm3
- Devemos deslocar a vírgula 3 casas para a direita 05) 35 dm 20) 70.421.000 m3
(sentido da seta) 0,0375 kg = 0037,5 g = 37,5 g
kg hg dag g 06) 0,037 cm 21) 0,0003152 hl
07) 0,4325 dam 22) 2.035.700.000 mm3
08) 0,36 hm 23) 13.901 dal
b) 3,28 dag 09) 3,354 hm 24) 103.000.000 ml
- Devemos deslocar a vírgula 1 casa para a direita 10) 83.750 dm 25) 493510 dg
(sentido da seta) 3,28 dag = 32,8 g 11) 3.200 dm2 26) 325 dg
dag g 12) 413.600 dam2 27) 37.620 seg
13) 0,21 m2 28) 16,9 min
14) 300.000 cm2 29) 12.312 seg
15) 4,3 m2 30) 34,6 h

MANUAL DE ESTUDOS 36 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
8 4 é a média proporcional ou mé-
  8
16 8 dia geométrica, entre 16 e 4.
RAZÕES E PROPORÇÕES:
RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS, 2ª) Os termos desiguais de uma proporção contí-
PROPORÇÃO E SUAS PROPRIEDADES, nua, denominam-se terceira proporcional. Então:

RAZÃO: 2 4 2 e a terceira proporcional entre 4 . 8.


Definição: denomina-se razão de dois números  
4 8  8 e a terceiraproporcional entre 4 . 9.
a e b, o quociente de a por b (b = 0 ).
Notação: a/b ou a:b Ex.: 1) Calcule a média proporcional entre 4 e 9.
Obs.: 1ª) O primeiro termo de uma razão é deno- Solução: Chamando de x a média proporcional
minado antecedente e o segundo conseqüente. ou geométrica, temos:
4 x
a a - antecedente   4.9=x.x x2 =4.9
ou a : b =  x 9
b b - consequente
x= 4. 9 x=6
2ª) Quando o antecedente de uma razão é igual ao x 9
conseqüente de outra, e vice-versa, as razões são ou então:   x.x=4.9
4 x
ditas inversas.
x2 =4.9 x= 4. 9 x=6
a b 3 5 4 3
e ; e ; e são razões inversas. 3ª) Em uma proporção podemos permutar entre
b a 5 3 3 4
si, sem alterar a mesma:
a) os meios entre si
PROPORÇÃO:
b) os extremos entre si
Definição: denomina-se proporção a igualdade
c) os antecedentes com seus respectivos conse-
de duas razões.
qüentes.
2 6 3 12 a c a c
 ;  ;  ou a : b = c : d
3 9 5 20 b d Ex.:   a. d = b. c
b d
a e d (extremos da proporção)
b e c (meios da proporção) a b
a)   a. d = b. c
c d
Propriedade Fundamental das Proporções: Em
toda proporção, o produto dos meios é igual ao pro- d c
b)   a. d = b. c
duto dos extremos. b a
a c b d
  a.d=b.c c)   a. d = b. c
b d a c
Note que a proporção não foi alterada em nenhum
2 10 caso, pois se verificou a propriedade fundamental em
  2 . 15 = 3 . 10
3 15 todas elas sem alteração: a . d = b . c
Quarta Proporcional: denomina-se quarta proporcio-
nal ao número que com três outros forma uma proporção. Propriedades das Proporções:
Ex.: Determinar a quarta proporcional entre os nú- a c
meros 3, 5 e 9. Dada a proporção  podemos escrever:
Solução: Seja x a quarta proporcional procurada; b d
então: a  b cd
1ª Propriedade:  ou
3 9 45 b d
  3x = 9 . 5 3x = 45  x =  x = 15
5 x 3
a  b cd
Proporção Contínua: uma proporção é chamada con- 
tínua, quando ela possui os meios ou os extremos iguais. a c
2 4 2ª Propriedade: a  c a c
  
Ex.: ou 2 : 4 = 4 : 8 (meios iguais) b  d b d
4 8
8 4 an cn
 ou 8 : 16 = 4 : 8 (extremos iguais) 3ª Propriedade:  ou
16 8 bn dn
Observações Importantes: n n
a c
1ª) O meio, ou extremo, comum em uma proporção
n
 n
contínua é a média proporcional ou média geométrica. b d
2 4 a. c a2 c2
Assim:   4 é a média proporcional ou 4ª Propriedade:  2 = 2
4 8 média geométrica, entre 2 e 8. b. d b d
MANUAL DE ESTUDOS 37 MANUAL DE ESTUDOS
R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
MÉDIAS
PORCENTAGEM
Média Aritmética (Ma): a média aritmética de dois
ou mais números, é o quociente da soma desses DEFINIÇÃO: pode ser definida como sendo o nú-
números pelo número de parcelas. Assim, a média mero de centésimos existentes em uma grandeza. A
aritmética entre os números a, b e c será: taxa de porcentagem é a representação de uma fra-
ção onde o denominador é 100. Assim a fração 20/
abc
Ma  100 é equivalente à notação 20%.
3 %  representação de porcentagem.
Média Aritmética Ponderada (Mp): a média arit- Ex.: 1) Dar a fração irredutivél equivalente a cada
mética ponderada é igual ao somatório dos produtos uma das notações percentuais abaixo:
de n números pelos seus respectivos pesos, dividi- a) 15% b) 20%
do pelo somatório desses pesos. Assim, a média arit- Solução:
mética ponderada dos números a, b e c de pesos
respectivamente iguais a p, q e r será: 15 3 20 1
a ) 15 %  :5 = b) 20% = : 20 
100 20 100 5
a . p + b. q + c. r Ex.: 2) Estabelecer a notação percentual equivalen-
Mp 
p +q +r te a cada uma das frações seguintes: a) 2/5 b) 5/4
Média Harmônica (Mh): denomina-se média har- Solução:
mônica de vários números, o inverso da média arit-
mética dos inversos desses números. Assim a mé- 2 40 5 125
a) 5 = 100 = 40% b) 4 = 100 =125%
dia harmônica dos números a, b e c será:
3 Obs.: Taxa Milesimal é a representação de uma fra-
Mh 
1 1 1 ção onde o denominador é 1000. Assim 2/1000 é anota-
  do por 2% . Todo o trabalho algébrico da taxa milesimal
a b c
segue o mesmo procedimento da taxa percentual.
Escala (E):
CÁLCULO DA PORCENTAGEM:
Definição: é a razão entre o comprimento do de-
Sempre que, por exemplo, escrevendo 20% estamos
senho e o comprimento real a que corresponde.
nos referindo a 20% de um determinado valor. Este va-
D lor é chamado de principal, isto é, o valor sobre o qual
E  onde: E  escala calculamos a porcentagem. Este valor equivale sempre
R
a 100% ou a um inteiro. Ex.: 20% de 500.
D  comprimento do desenho
R  comprimento real 100  porcentagem (P)
p .i 
Importante: P  20 = taxa (i)
100 500 - principal (p)
- As grandezas D e R devem estar na mesma unidade. 
- A razão da escala deve ser uma fração irredutível.
Podemos calcular também a porcentagem atra-
Quando 2 cm no desenho corresponde a 1m real
vés de regra de três simples direta.
temos:
Ex.:
2 cm 1 Percentual / valor 100  porcentagem (P)
E= : 2  E = 
100 cm : 2 50 100 500 20 = taxa (i)
  500 - principal (p)
fração irredutível 20 x x = 100 

EXERCÍCIO RESOLVIDO: Transações Comerciais:


1) Calcule x na proporção: Existe nas transações comerciais o preço de cus-
to de uma mercadoria e o seu preço de venda tam-
 x : (3 - 0,75) = 4 : (2 - 1/8) bém. Toda vez que se calcula o percentual de lucro ou
Solução: aplicando a propriedade fundamental em: de prejuízo sobre determinado valor, este valor equi-
x 4 vale a 100%, como já visto, pois é o principal.
=  Numa transação comercial pode haver lucro ou pre-
75 1 juízo. Lucro (L) - o preço de venda (Pv) é maior que
3- 2 -
100 8 preço de custo (Pc). Prejuízo (P) - o preço de venda
(Pv) é menor que o preço de custo (Pc).
x 4
 100 8 L = Pv - Pc
300  75 16 - 1  x.  4.
225 15 % . L = % . Pv - % . Pc
100 8
Observe que: P = Pc- Pv
8 24 % . P = % . Pc - % . Pv
 x  4.  x 
15 5 Importante frisar que se o lucro for calculado sobre
100 o preço de custo, este equivale a 100% e se for sobre
225 o preço de venda, este também equivale a 100%.

MANUAL DE ESTUDOS 38 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
A coleta se diz indireta quando é inferida de ele-
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
mentos conhecidos (coleta direta) e/ou do conheci-
GRÁFICOS, TABELAS E PICTOGRAMAS
mento de outros fenômenos relacionados com o fe-
TIPOS DE DADOS
nômeno estudado. Como exemplo, podemos citar a
Exprimindo por meio de número as observações que pesquisa sobre a mortalidade infantil, que é feita atra-
se fazem de elementos com, pelo menos, uma caracte- vés de dados colhidos por uma coleta direta.
rística comum (por exemplo: os alunos do sexo masculi- Crítica dos dados
no de uma comunidade), obtemos os chamados dados Obtidos os dados, eles devem ser cuidadosamente
referentes a esses elementos; podemos dizer, então: criticados, à procura de possíveis falhas, imperfei-
ções e erros, a fim de não incorrermos em erros gros-
A Estatística é uma parte da Matemática Aplicada seiros ou de certo vulto, que possam influir
que fornece métodos para a coleta, a organização, a des- sensivelmete nos resultados.
crição, a análise e a interpretação de dados quantitativos A crítica é externa quando visa as causas dos
e a utilização desses dados para a tomada de decisões. erros por parte do informante, por distração ou má
interpretação das perguntas que lhe foram feitas; é
A coleta, a organização, a descrição dos dados interna quando visa observar os elementos originais
estão a cargo da Estatística Descritiva, enquanto a dos dados da coleta.
análise e a interpretação desses mesmos dados Apuração dos dados
ficam a cargo da Estatística Indutiva ou Inferencial. Nada mais é que a soma e o processamento dos da-
Em geral, as pessoas, quando se referem ao ter- dos obtidos e a disposição mediante critérios de classifica-
mo Estatística, o fazem no sentido da organização e ção. Pode ser manual ou eletromecânica ou eletrônica.
descrição dos dados (estatística do Ministério da Edu- Exposição ou apresentação dos dados
cação, estatística dos acidentes de tráfego etc.), des- Por mais diversa que seja a finalidade que se tenha
conhecendo que o aspecto essencial da Estatística em vista, os dados devem ser apresentados sob forma
é o de proporcionar métodos inferenciais, que per- adequada (tabelas ou gráficos), tornando mais fácil o
exame daquilo que está sendo objeto de tratamento
mitam conclusões que transcendam os dados obti-
estatístico e ulterior obtenção de medidas típicas.
dos inicialmente.
Análise dos resultados
Assim, é a análise e a interpretação dos dados
Como já dissemos, o objetivo último da Estatística
estatísticos que tornam possível o diagnóstico de
é tirar conclusões sobre o todo (população), a partir de
uma empresa (por exemplo, de uma escola), o co-
informações fornecidas por parte representativa do todo
nhecimento de seus problemas (condições de funci-
(amostra). Assim, realizadas as fases anteriores (Es-
onamento, produtividade), a formulação de soluções
tatística Descritiva) fazemos uma análise dos resul-
apropriadas e um planejamento objetivo de ação.
tados obtidos, através dos métodos da Estatística
Indutiva ou Inferencial, que tem por base a indução,
Fases do método estatístico: Podemos distinguir inferência ou tirando daí conclusões e previsões.
no método estatístico as seguintes fases: * Fenômeno coletivamente típico é aquele que
Coleta de dados não apresenta regularidade na observação de casos
Após cuidadoso planejamento e a devida deter- isolados, mas na massa de observações. (Marcos
minação das características mensuráveis do fenô- Vinícius da ROCHA, Curso de Estatística).
meno coletivamente típico* que se quer pesquisar,
damos início à coleta dos dados numéricos neces- POPULAÇÃO
sários à sua descrição. Ao conjunto de entes portadores de, pelo menos,
A coleta pode ser direta e indireta. uma característica comum, denominamos população
A coleta é direta quando feita sobre elementos in- estatística ou universo estatístico.
formativos de registro obrigatório, como os nascimen- Assim, os estudantes, por exemplo, constituem
tos, casamentos e óbitos, a importação e exportação uma população, pois apresentam pelo menos uma
de mercadorias, elementos pertinentes aos prontuári- característica comum: são os que estudam.
os dos alunos de uma escola ou, ainda, quando coligi- Como em qualquer estudo estatístico, temos em
dos pelo próprio pesquisador através de inquéritos e mente pesquisar uma ou mais características dos
questionários, como é o caso das notas de verificação elementos de alguma população; esta característica
e de exames, do censo demográfico etc. deve estar perfeitamente definida. E isto se dá quan-
A coleta direta de dados pode ser classificada re- do, considerado um elemento qualquer, podemos
lativamente ao fator tempo em: afirmar, sem ambigüidade, se esse elemento perten-
a. contínua (registro) - quando feita continuamen- ce ou não à população. É necessário, pois, exisir um
te, tal como a de nascimentos e óbitos, a freqüência critério de constituição da população, válido para qual-
dos alunos às aulas; quer pessoa, no tempo ou no espaço.
b. periódica - quando feita em intervalos constan- Assim, quando pretendemos fazer uma pesquisa
tes de tempo, como os censos (de 10 em 10 anos), entre os alunos das escolas de 1° grau, precisamos
as avaliações mensais dos alunos; definir quais são os alunos que formam o universo:
c. ocasional - quando feita extemporaneamente, os que atualmente ocupam as carteiras das escolas,
a fim de atender a uma conjuntura ou a uma emer- ou devemos incluir também os que já passaram pela
gência, como no caso de epidemias que assolam ou escola? É claro que a solução do problema vai de-
dizimam rebanhos inteiros. pender de cada caso em particular.

MANUAL DE ESTUDOS 39 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
Na maioria das vezes, por impossibilidade ou TABELA
inviabilidade econômica ou temporal, limitamos as ESTATURAS DE 40 ALUNOS DO COLÉGIO A
observações referentes a uma determinada pes-
quisa a apenas uma parte da população. A essa
parte proveniente da população em estudo deno-
minamos amostra.
Uma amostra, portanto, um subconjunto finito de
uma população.
Como vimos no capítulo anterior, a Estatística
Indutiva tem por objetivo tirar conclusões sobre as
populações, com base em resultados verificados em
amostras retiradas dessa população.
Mas para as inferências serem corretas, é ne-
cessário garantir que a amostra seja representa-
tiva da população, isto é, a amostra deve possuir
as mesmas características básicas da população, TIPOS DE FREQÜÊNCIAS
no que diz respeito ao fenômemo que desejamos Freqüências simples ou absolutas (fi) são os va-
pesquisar. É preciso, pois, que a amostra ou as lores que realmente representam o número de dados
amostras que vão ser usadas sejam obtidas por de cada classe.
processos adequados. Como vimos anteriormente, a soma das freqüên-
Há casos, como o de pesquisas sociais, econô- cias simples é igual ao número total dos dados:
micas e de opinião, em que os problemas de
amostragem são de extrema complexidade. Mas exis-
tem também casos em que os problemas de Freqüências relativas (fri) são os valores das ra-
amostragem são bem mais fáceis. zões entre as freqüências simples e a freqüência to-
Como exemplo, podemos citar a retirada de amos- tal, isto é:
tra para controle de qualidade dos produtos ou mate-
riais de determinada indústria.

FREQÜÊNCIA SIMPLES OU ABSOLUTA Logo, a freqüência relativa da terceira classe no


Freqüência simples ou freqüência absoluta ou, nosso exemplo (Tabela) é:
simplesmente, freqüência de uma classe ou de um
valor individual é o número de observações corres-
pondentes a essa classe ou a esse valor.
Evidentemente,
A freqüência simples é simbolizada por fi (lemos: f
índice i ou freqüência da classe i). Freqüência acumulada (Fi) é o total das freqüên-
Assim, em nosso exemplo, temos: cias de todos os valores inferiores ao limite superior
f1 = 4; f2 = 9; f3 = 11; f4 = 8; f5 = 5 e f6 = 3 do intervalo de uma dada classe. Temos, pois:

A soma de todas as freqüências será representa-


da pelo símbolo de somatório:
k

¦ fi
i 1
Assim, no exemplo apresentado no início deste
capítulo, a freqüência acumulada correspondente à
terceira classe é:
É evidente que:
k

¦ fi
i 1
n o que significa existirem 24 alunos com estatura
inferior a 162 cm (limite superior do intervalo da ter-
Para a distribuição em estudo, temos: ceira classe).
6 Freqüência acumulada relativa(Fri) de uma clas-
¦ fi
i 1
40 se é a freqüência acumulada da classe, dividida pela
freqüência total da distribuição:

Não havendo possibilidade de engano, usamos:

¦ fi 40 Assim, para a terceira classe, temos:

Podemos, agora, dar à distribuição de freqüência


das estaturas dos 40 alunos do Colégio A a seguinte
representação tabular técnica:

MANUAL DE ESTUDOS 40 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO

EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU SISTEMAS DO PRIMEIRO GRAU

INTRODUÇÃO: equação é uma igualdade entre 2 Definição: São sistemas cujas equações possu-
expressões aritméticas onde existe um fator (termo) em incógnitas elevadas a expoente 1 e em nenhuma
desconhecido. equação ocorre o produto de duas incógnitas.
Os termos que estão à esquerda do sinal de igual-
dade constituem o primeiro membro e os que estão à Resolução de um Sistema do Primeiro Grau: Re-
direita do sinal de igualdade constituem o segundo solver um sistema do primeiro grau consiste em de-
membro da equação. terminar os valores das incógnitas que satisfaçam
O termo desconhecido é denominado incógnita. simultaneamente as duas equações do sistema. Um
Quando o expoente máximo da incógnita é igual a sistema do primeiro grau pode ser resolvido por um
1, a equação é do primeiro grau. dos três métodos a seguir:
O valor da incógnita que satisfaz a equação é de-
nominado raiz da equação. a) Método da Substituição: consiste em colocar
Uma equação do primeiro grau admite somente uma das incógnitas em função da outra incógnita em
uma raiz, ou seja, seu conjunto verdade é unitário. uma das equações e substituir na outra. Este método
conduz a uma equação do primeiro grau com uma
Ex.: x + 3 = 9 incógnita. Encontrando o valor de uma incógnita, o
1º membro 2º membro valor da outra é facilmente encontrado.

O valor de x (incógnita) que satisfaz a equação é 6


Ex.: Resolver o sistema: 2x + 3y = 7
porque 6 + 3 = 9.
5x - 4y = 6
O número 6 constitui a solução da equação e seu
conjunto verdade será então V= {6}
Solução: Colocando x em função de y na primeira
SOLUÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO 1º GRAU: equação:

Resolver uma equação do 1º grau é determinar a 7 - 3y


2x + 3 y = 7  x =
raiz da mesma. 2
Para resolver uma equação do 1º grau, deve-se
colocar todos os termos desconhecidos no primeiro Substituindo a expressão da incógnita x encontra-
membro e os termos conhecidos no segundo mem- da acima na segunda equação, vem:
bro ou vice-versa- deve ser trocada ou invertida a ope-
ração. (7 - 3y) 35 - 15y
5x - 4y = 6  5 - 4y = 6  - 4y = 6
Ex.: 1) 10x - 6 = 6x + 22 2 2

Isolando os termos desconhecidos no primeiro mem- 35 - 15y - 8y = 12


bro e os termos conhecidos no segundo membro, vem:
-15y - 8y = 12 - 35
10x - 6x = 22 + 6
-23y = -23 (-1)
Observa-se que o termo 6x que estava no segun-
do membro, e o termo -6 que estava no primeiro mem- 23y = 23 \ y = 1
bro, tiveram suas operações invertidas.
Sendo
Assim teremos: 4x = 28
7 - 3y 7-3.1 7-3
x=  x= =  x=2
O problema agora se reduz a encontrar o valor de 2 2 3
x que multiplicado por 4 é igual a28, o que equivale a
dividir 28 por 4 encontrando-se assim o valor de x. A solução do sistema é x = 2 e y = 1.

Então: Obs.: O sistema poderá ser resolvido colocando


28 y em função de x e procedendo como no exemplo
4x = 28  x =  7 é a raiz da equação dado.
4
2) 30x + 40 = 10x + 20
b) Método da Adição: consiste em eliminar uma das
30x - 10x = 20 -40 incógnitas, resultando uma equação do primeiro grau a
uma incógnita.
20x = -20 Para eliminar uma incógnita deve-se:
-20 1º) Tornar simétricos os coeficientes da incógnita
x=  x = -1 que se quer eliminar;
20

MANUAL DE ESTUDOS 41 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
2º) Somar membro a membro as equações resul- Pela equação III:
tantes obtendo-se uma equação do primeiro grau a
uma incógnita; 7 - 3y 7-3.1 4
x=  x=  x=  x=2
2 2 2
3º) Resolver a equação obtida no item anterior;
Resposta: x = 2 e y = 1
4º) Obter o valor da incógnita eliminada por meio
de uma das equações do sistema.
Se o sistema não for dado nas formas anterio-
Ex.: Resolver o sistema: 2x + 3y = 7 res, o mesmo pode ser reduzido a elas por meio de
5x - 4y = 6 operações algébricas:

1º) Eliminando a incógnita y: Sendo os coeficien- 5x - y 2


tes de y de sinais trocados, basta multiplicar a 1ª equa- = 5x + y 2
2 9 = = m.m.c. (2; 9) = 18
ção por 4 e a segunda por 3.
7 (5x + 2y) = 9 2 9

2x + 3y = 7 . (4) 8x + 12y = 28
Então: 9 (5x + y) = 4 45 + 9y = 4 (1ª equação)
5x - 4y = 6 . (3) 15x - 12y = 18
7 (5x + 2y) = 9 35x + 14y = 9 (2ª equação)
Somando membro a membro as equações resul-
tantes: 45x + 9y = 4
O novo sistema será: 35x + 14y = 9
46
8x + 12y + 15x - 12y = 28 + 18  23x = 46  x = =2
23 O sistema acima será resolvido por um dos três
métodos estudados.
X=2
INEQUAÇÕES DO 1º GRAU
Escolhendo uma das equações originais do sis-
tema dado, encontra-se o valor de y: Ex.: Dê o conjunto solução da inequação 2x - 4 > 0.

1ª equação: Solução:

2x + 3y = 7\2 . 2 + 3y = 7\4 + 3y = 7 \3y = 3 \y = 1 2x - 4 > 0 \ 2x > 4 \ x > 2 \ S = {x  R / x > 2}

Resposta: x = 2 e y = 1
EXERCÍCIO
c) Método da Comparação: consiste em colocar
uma incógnita em função da outra nas duas equa- Dê o conjunto-solução de cada uma das
ções e igualar as expressões obtidas, resultando uma inequações abaixo:
equação do 1º grau a uma incógnita. a) x - 3  0
b) -3x + 9  0
2x + 3y = 7 c) x + 4  2x - 1
Ex.: Resolver o sistema:
5x - 4y = 6 d) 3x + 1 < 2x + 20

Colocando x em função de y nas duas equações: GABARITO


a) S = {x  R / x  3}
7 - 3y b) S = {x  R / x  3}
2x + 3y = 7  x = (III)
2 c) {x  R / x  5}
d) {x  R / x < 19}
6 + 4y
5x + 4y = 6  x = (IV)
5
EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
Igualando as expressões obtidas:
INTRODUÇÃO
Equação do segundo grau é uma igualdade da
7 - 3y 6 + 4y forma: ax2 + bx + c = 0 (forma geral)
= ; m.m.c. = (2; 5) = 10
2 5 Onde a, b e c são números reais quaisquer sendo
que a deve ser diferente de zero.
5 (7 - 3y) = 2 (6 + 4y)\35 - 15y = 12 + 8y A equação será incompleta se b ou c for nulo. Se
todos os coeficientes a, b e c forem diferentes de zero,
- 15y - 8y = 12 - 35\-23y = -23 (-1)\23y = 23\y = 1 a equação será completa.

MANUAL DE ESTUDOS 42 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
Toda equação do 2º grau tem 2 raízes, no máxi- Ex.: 6x2 - 9x - 15 = 0 \ a = 6; b = 9; c = -15
mo. = b2 - 4ac = (-9)2 - 4 . 6 (-15) = 81 + 360 = 441
Ex.: 4x2 - 5x + 3 = 0; > 0, logo a equação terá duas raízes reais e distin-
x2 - 4 = 0; tas.
2x2 + 8x = 0
-b - - (-9) + 441 9 + 21 30 5
x1 = = = = =
SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES INCOMPLETAS 2a 2.6 12 12 2

1º) Equações do tipo ax2 + bx = 0 -b -


- (-9) - 441 9 - 21 -12
x2= = = = = -1
Colocando x em evidência: x(ax +b) = 0 2a 2.6 12 12
Sendo nulo o produto, pelo menos um dos fatores 5
deve ser nulo, isto é, x = 0 e ax + b = 0. Resposta: x1 = ou x2 = -1
2
-b
Então as raízes da equação serão: x = 0 e x = RELAÇÃO ENTRE OS COEFICIENTES E AS RAÍZES
a
Ex.: 2x2 + 8x = 0 \ x(2x + 8) = 0 \ x = 0; 2x + 8 = 0 DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO GRAU
-8
2x = 8  x = e x = -4 Sendo x1 e x2 as raízes de uma equação do se-
2 gundo grau da fórmula de Báskara, sabe-se que:
Resposta: x = 0 ou x = -4
2º) Equações do tipo ax2 + c = 0 -b + -b -
x1 = (I) e x2 = (II)
-c + -c 2a 2a
ax = -c \
2
x2
=  x= -
a a
Observações: 1º) Somando membro a membro as expressões
acima (I) e (II):
-c
a) Se o valor de for positivo, a equação terá
a
-b + -b - -b + -b-
-c -c x 1 + x 2= + = =
duas raízes reais e simétricas, x = ex=- 2a 2a 2a
a a
-b -b -2b -b
-c = = -b
b) Se o valor de for negativo, a equação não 2a 2a a então: x 1 + x 2 =
,
a a
terá raízes reais. Ex.: 1) 3x2 - 243 = 0 Logo se conclui que a soma
243 das raízes de uma equação do segundo grau é igual
3x2 = 243 \ x2 = \ x2 = 81 -b
3 a
a
x = +- 81  x = +- 9, ou seja, x = 9 ou x = -9 2º) Multiplicando membro a membro as expres-
sões (I) e (II):
Resposta: x = 9 ou x = -9
2) x2 + 9 = 0 \ x2 = -9 (não existem raízes reais) -b + -b - (-b + ) (-b - )
x 1+ x2= =
2a 2a 4a 2
RESOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES COMPLETAS
2 2 2
(-b) - ( ) b -
ax2 + bx + c = 0, onde a, b e c são diferentes de = ; sendo = b2 - 4ac
zero. 4a 2 4a 2
As raízes serão obtidas pela fórmula de Báskara: 2 2
b - (b - 4ac) b 2 - b + 4ac 4ac c
2
x 1 - x 2= 2
= 2
= 2
=
-b +- b2 - 4ac 4a 4a 4a a
x= c
2a x 1- x 2 =
O termo b2 - 4ac é denominado discriminante sen- a
do representado pela letra grega . Logo se conclui que o produto das raízes de uma
c
equação do 2º grau é igual a .
Então a fórmula acima terá a seguinte forma: a
As relações acima permitem calcular a soma e o
-b +- produto das raízes sem conhecê-las.
x=
2a
Sendo positivo, a equação terá duas raízes re- FORMAÇÃO DE UMA EQUAÇÃO DO SEGUNDO
GRAU CONHECENDO-SE SUAS RAÍZES
-b + -b - Seja a equação: ax2 + bx + c = 0 (I)
ais e distintas, isto é: x = e x2 =
1 2a 2a
Dividindo-se a equação por a vem:
Se for nulo, a equação terá duas raízes reais e
iguais, isto é, x1 = x2 = -b/2a; b c
x 2 + x + = 0 (II)
a a
Seja S a soma e P o produto das raízes.
Se for negativo, a equação não terá raízes reais.

MANUAL DE ESTUDOS 43 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
Da relação entre os coeficientes e as raízes, sabe- S = {x R / x < 1 ou x > 2}
b c
se que: S = e P= Esquema:
a a
Substituindo-se S e P na equação II, vem: 1 2
+ - + x
x2 - Sx + P = 0 será a equação procurada. x<1 1<x<2 x >2
Ex.:
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 5: 2º Exemplo:
Solução: x1 = 1; x2 = 5 Resolver a inequação -4x2 + 4x - 1 < 0
S = x1 + x2 = 1 + 5 = 6; a = -4 < 0
P = x1 . x2 =1 . 5 = 5 -4x2 + 4x - 1 = 0
Como x2 - Sx + P = 0, a equação será: x2 - 6x + 5 = 0 4x2 - 4x + 1 = 0
Formar a equação do 2º grau cujas raízes são:
= 16 - 16 = 0
5 + 12 5 - 12 -b 4 1
e x= = =
2 2 2a 8 2
Como devemos ter f(x) < 2:
5 + 12 5 - 12 S = {x R / x ½}
Solução: x1 = ; x2 =
2 2
Esquema:
10
S - x1 + x 2 - 5 + 12 + 5 - 12 - 5 + 12 + 5 - 12 - -5 ½
2 2 2 2 - - x
x ½ x ½
5 + 12 5 - 12
P = x1 - x 2 = =
2 2 3º Exemplo: Resolver a inequação x2 - 5x + 8 < 0
a=1>0
(5 + 12) (5 - 12) 25 - 12 13 13 x2 - 5x + 8 = 0
= =  P=
4 4 4 4 = 25 - 32 = -7 < 0
A equação será:
13 Como devemos ter f(x) < 0: S =
x 2 - 5x + =0 ou 4x 2 - 20x + 13 = 0
4
Esquema:
SISTEMAS DO SEGUNDO GRAU +
x
Introdução: EQUAÇÃO BIQUADRADA
Nos sistemas do segundo grau serão resolvidos
pelo método da substituição como será visto nos É a equação incompleta do 4º grau, contendo ape-
exemplos a seguir: nas as potências pares da incógnita. De acordo com
a definição, a forma geral da equação biquadrada é:
x+y=6
xy = 8
ax4 + bx2 + c = 0 (1)
Solução: colocando x em função de y na 1ª equação, vem:
x+y=6\x=6-y Onde os coeficientes a, b e c representam núme-
Substituindo o valor de x na 2ª equação, vem: ros reais quaisquer com a  0 . Considera-se sempre
xy = 8 \ (6 - y)y = 8 \ 6y - y2 = 8 \ - y2 + 6y - 8 = 0 positivo, o que é possível, porque, quando o primeiro
Resolvendo a equação do 2º grau em y: termo for negativo, basta multiplicar a equação por -1.
a = -1; b = 6; c = -8 A resolução da equação ax4 + bx2 + c = 0.
2 2
= b - 4ac = 6 - 4(-1)(-8) = 36 - 32 = 4 A equação biquadrada pode ser resolvida por inter-
médio de uma equação do 2º grau, bastando para tan-
(-b + ) -6 + 4 -6 + 2 to fazer:
y = = = =2 y =2 x2 = y onde x4 = y2 (2)
1 2a 2(-1) -2 1

Por substituição as igualdades (2) na equação (1),


INEQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU
temos: ay2 + by + c = 0 que chamamos EQUAÇÃO
RESOLUTIVA DA BIQUADRADA.
1º Exemplo: Resolver a inequação x2 - 3x + 2 > 0.
Admitamos que a resolutiva tenha pelo menos uma
a=1>0
raiz real, as raízes da biquadrada são as raízes positivas
x2 - 3x + 2 = 0
da resolutiva.
D=9-8=1>0
x’ = 2 Ex.: Resolver a equação: x4 + 5x2 + 4 = 0 (1)
x=3+1
2 x” = 1 Efetuando: x2 = y \ x4 = y2 (2)
Como devemos ter f(x) > 0: Substituindo em (1) temos: y2 - 5y + 4 = 0
Resolvendo a equação resolutiva:

MANUAL DE ESTUDOS 44 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
Explicação:
FUNÇÕES 1) f não é função, porque há elementos de A que
não têm imagens em B.
Conceito: Sendo A e B conjuntos não vazios e uma 2) f é função, porque todo elemento de A tem uma
relação f de A em B, essa relação f é uma função ou só imagem em B não importando que exista elemento
aplicação de A em B, quando a todo elemento x do em B sem o correspondente em A.
conjunto A está associado um e somente um ele- 3) f não é função, porque existe elemento de A com
mento y do conjunto B. mais de uma imagem em B.
4) f é função, porque cada elemento de A tem uma
Análise da definição de função por diagramas: A única imagem em B, não importando que a imagem
lei f que relaciona os elementos de A e B representa- seja comum a mais de um elemento de A.
da pelas setas. 5) f é função pela mesma razão anterior.
6) f é função, porque a todo elemento de A
A B corresponde uma só imagem em B.
No diagrama, para que f seja, função, é necessário
partir uma única flecha de todo elemento de A.

1) Notação de Função:
f : A  B lê-se: f é uma função de A em B, ou ainda:
f:x f(x) lê-se: a função f é definida por y = f(x).
Ex.: 1) f : A  B definida por f(x) = x+1 ou y = x+1
A B 2) f : x  y definida por y = 2x + 3

Domínio e Imagem de uma Função:


Seja uma função f definida em A com imagens em B.
2)
- Domínio: é o conjunto D dos elementos x C A.
- Imagem: é o conjunto Im, contido em B, formado
pelas imagens y.
- Contra-domínio: é o conjunto CD = B.
A B Ex.: Dados os conjuntos :
A = -3, -1, 0, 2 e B = -1, 0, 1, 2, 3, 4 determinar
o domínio, o contra-domínio e o conjunto imagem
da função f : A--- B definida por f(x) = x + 2.
3) Solução:
A B

f(-3) = (-3) + 2 = -1
f(-1) = (-1) + 2 = 1
A B f(0) = 0 + 2 = 2
f(2) = 2 + 2 = 4

Observando o diagrama, temos:


4)
D = -3, -1, 0, 2
I m = -1, 1, 2, 4
CD = -1, 0, 1, 2, 3, 4 = B
A B
Função Sobrejetora:
Uma função f, definida em A e com imagens em B,
é sobrejetora, quando o conjunto imagem é o próprio
5) conjunto B.
f :A B, f é sobrejetora Im(f) = B

Diagrama Diagrama
A B A B
A B

6)
D = A e I m = B D = A e Im = B
Observe que não sobra nenhum elemento em B.

MANUAL DE ESTUDOS 45 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
Função Injetora: GRÁFICO:
Uma função f, definida em A, é injetora quando a O gráfico da função constante é uma reta paralela
quaisquer dois elementos distintos de A no eixo x, cuja interseção com o eixo y é o ponto (0, a).
correspondem dois elementos distintos de B.
y
(0, a)
Diagrama Diagrama
A B A B

D=R Im = {a}

FUNÇÃO LINEAR
Observe que para cada elemento de B só conver-
ge uma flecha.
DEFINIÇÃO:
Dado um número real não-nulo a, a função f : R R,
Função Bijetora:
tal que f(x) = ax é denominada função linear, f(x) = ax.
É a função sobrejetora e injetora simultaneamente.
Ex.: a) f(x) = -3x b) y = x (função identidade)
Diagrama
GRÁFICO:
A B O gráfico da função linear f(x) = ax é uma reta que
passa pelo ponto (0, 0), origem do sistema.
f(x) = ax f(x) = ax
(a > 0) (a < 0)
y y

D=A Im = B

Exemplo gráfico: f : R R y = f(x) = x x x

D=R Im = R

FUNÇÃO AFIM / FUNÇÃO DE 1º GRAU

DEFINIÇÃO:
A função f : R  R, tal que f(x) = ax + b, onde a e b,
são constantes reais, a  0, é chamada Função Afim.
f (x) = ax + b
Ex.: a) f(x) = x + 1 b) y = -x + 2c) y = 3x - 4
Observe que não sobra nenhum elemento em B
GRÁFICO:
e que, para cada elemento de B, só converge uma
O gráfico da função afim f(x) = ax + b é uma reta
flecha.
que intercepta o eixo y no ponto (0, b) e cuja inclina-
ção é dada pelo coeficiente a.
NOTA: nem toda função se enquadra num dos três
f(x) = ax + b
tipos. Uma função pode ser não-injetora e também
não-sobrejetora. y a>0 y
Ex.: f : A  B tal que f(x) = x2 a<0
(0, b)
FUNÇÃO CONSTANTE 0 (0, b) x 0 x
DEFINIÇÃO:
Dado um número real a, a função definida por f (x) =
ZEROS DA FUNÇÃO DO 1º GRAU:
a, para todo x  R , é denominada função constante. Denomina-se zero ou raiz da função f(x) = ax + b,
f(x) = a  x  R o valor de x que anula a função, isto é, torna f(x) = 0.
Ex.: a) f(x) = 3 Ex.: Calcular o zero da função f(x) = -3x + 6
b) y = 4 Solução: -3x + 6 = 0  -3x = -6 .(-1)
c) f(x) = -1/2 6
d) f(x) = 3x = 6  x   x=2
2 3
e) y = -1,5 Portanto, o zero da função dada é x = 2.

MANUAL DE ESTUDOS 46 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
- Interpretação Geométrica:
Geometricamente, o zero da função do 1º grau f(x) y
f(x) > 0
= ax + b, a  0, é a abscissa do ponto em que a reta
corta o eixo x.
Ex.: Dada a fnção f(x) = -3x + 6, temos: -2
0
f(x) = 0
f(x) < 0

-2 -

(x < -2) (x > -2)


f(x) = - 3x + 6 zero da função (x = 2)

ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO DO 1º GRAU:


Ex.: Dada a função f(x) = 2x - 4, determinar os valo- Pelo esquema, a solução do problema é:
res reais de x, para os quais: f(x) = 0 para x = -2
a) f(x) > 0 b) f(x) = 0 c) f(x) < 0 f(x) > 0 para {x  R / x < -2}
f(x) < 0 para {x  R / x > -2}
Solução: Podemos notar que a função é crescen-
te, pois: a = 2 > 0 Resumo:
O zero da função é: 2x - 4 = 0  2x = 4  x = 2 Função: f(x) = 2x - 4 Função: f(x) = -2x - 4
Logo: a reta intercepta o eixo x no ponto de abcissa a=2>0 a = -2 < 0
x = 2. zero da função: x = 2 zero da função: x = -2
Observando essas considerações, vamos fazer
um esboço do gráfico da função: - -
2 -2
y
f(x )> 0 Pelo resumo podemos concluir que:

2 a função tem: a função tem:


0
sinal contrário de a. mesmo sinal de a.
f(x) = 0
f(x) < 0 zero da função
(y = 0)
- f(x) < 0 f(x) > 0
FUNÇÃO QUADRÁTICA OU
(x < 2) 2 (x > 2) FUNÇÃO DO 2º GRAU

DEFINIÇÃO:
É a função f : R  R definida por f(x) = ax2 + bx +
Pelo esquema, podemos dar a seguinte resposta c, com a, b e c reais e a  0.
ao problema:
Ex.: a) f(x) = x2 - 4x -3 a =1 , b = -4, e c = -3
f(x) = 0 para x=2
b) f(x) = x2 + 3 a = 1, b = 0 e c = 3
f(x) > 0 para {x  R / x > 2}
c) y = 4x2 - 10x a = -4, b = -10 e c = 0
f(x) < 0 para {x  R / x < 2}
GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA:
Ex.: Dada a função f(x) = -2x - 4, determinar os
Seu gráfico é uma parábola que terá concavidade
valores reais de x para os quais:
voltada "para cima" se a > 0 ou voltada "para baixo"
a) f(x) = 0 b) f(x) > 0 c) f(x) < 0
se a < 0.
Ex.: a) f(x) = - x2 - 6x + 8 a=1>0
Solução: Podemos notar que a função é decres-
2 y
cente, pois: x f(x) = - x - 6x = 8
a = -2 < 0 (0, 8)
-1 15
O zero da função é: 0 8
-2x - 4 = 0  -2x = 4  2x = -4  x = -2 1 3
(1, 3)
Logo: a reta intercepta o eixo x no ponto de abcissa 2 0 (5, 3)

x = -2. 3 -1
4 0
Pelas considerações feitas, fazemos um esboço 5 3 (2, 0) (4, 0) x
do gráfico da função: (3, -1)

MANUAL DE ESTUDOS 47 MANUAL DE ESTUDOS


R ACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO
b) f(x) = x2 + 6x - 8 a = -1 < 0 Esse ponto (mínimo ou máximo) é chamado vértice
(V) da parábola e suas coordenadas são:
x
2
f(x) = x + 6x = - 8
y (3, 1) b 
(4, 0) xv  yv 
(2, 0) x 2a 4a
-1 - 15
0 - 8 A coordenada do vértice yv é importante para deter-
1 -3 (5, -3) minarmos o conjunto imagem da função quadrática:
(1, -3)
2 0 -  se a > 0 ou
3 1 Im = {y R / y > 4a }
4 0
5 -3 - se a < 0
(0, -8) Im = {y R / y < 4a }
Assim: a  0
Podemos observar que se a função apresenta 2 raízes

reais distintas (   0 ), a parábola corta o eixo dos x yv 
em dois pontos (as raízes). Lembre-se:  = b2 - 4ac. 4a
Caso ela apresente duas raízes reais iguais (  = b
xv 
0), a parábola tangencia o eixo dos x. 2a
E se a função não apresenta raízes reais (  < 0),
a parábola não corta e nem tangencia o eixo dos x. a  0
Observamos também que se a concavidade está b
voltada para cima (a > 0), a parábola apresenta um xv 
ponto que é o "mais baixo" (ponto de mínimo da função)
2a
No caso de concavidade voltada para baixo (a < 0), a 
parábola apresentará um ponto que é o "mais yv 
4a
alto"(ponto de máximo da função). O domínio da função quadrática é R.
ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA:
Resumindo os gráficos apresentados e estudando o sinal da função quadrática temos:
>0 =0 <0

a>0

a<0

x =2
1

2
x - 5x + 6 = 0
x =3
2

Ex.: para que valores de x a função:


f(x) = x2 - 5x + 6 assume valores que acarretam
f(x) > 0 e f(x) < 0 ?
Solução: f(x) = x2 - 5x + 6 f(x) = 0

MANUAL DE ESTUDOS 48 MANUAL DE ESTUDOS


- RACIOCÍNIO L ÓGICO QUANTITATIVO -
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS:
NOÇÕES SOBRE CONJUNTOS Diagramas de Venn-Euler
1ª) União (U):
Conjunto dos números naturais: N A união de dois conjuntos A e B é o conjunto forma-
É o conjunto: N = {0, 1, 2, 4, 5, ...} do por todos os elementos que pertencem a A ou a B.
A  B   x / x  A ou x  B
Excluindo-se o zero desse conjunto, obtemos o con-
junto dos números inteiros positivos, indicado por:
N* = {1, 2, 3, 4, 5,...} (* indica a exclusão do zero Exemplo:
de um conjunto) a) A = {0, 1, 2, 3, 4}, B = {1, 3, 5, 7}
A  B  {0, 1, 2, 3, 4, 5, 7}
n A  B  n A  n B  n A  B
Conjunto dos números inteiros: Z
É o conjunto: Z = {..., -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3,...}
Este conjunto inclui os números inteiros positivos,
A .0 .1 .5 B
.2
os inteiros negativos e o zero como elemento central.
Dizemos que o oposto (ou simétrico) de 2 é -2, de .4 .3 .7
-5 é 5, e assim por diante.

Conjunto dos números racionais: Q 2ª) Interseção (  ):


Todos os números que podem ser obtidos da divi- A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto
são (razão) entre 2 números inteiros são chamados nú- formado pelos elementos que são comuns a A e B, ou
meros racionais e formam o conjunto: seja, que pertencem simultaneamente aos conjuntos A
Q = {x/x = a/b; a  Z e B  Z*}

 
e B.
Observe: O número b não pode ser zero.
Exemplos de números racionais: A  B  x / x A e x B
10 18 Exemplo: a) A = {1, 2, 3, 4} B = {1, 3, 5, 7}
a)  2,5  Q b)  6 Q
4 3 A .1 .5 B
A  B  {1, 3}
.2
c)
10
 3,333. . .  Q .4 .3 .7
3
Obs.: Quando A  B =  , os conjuntos A e B são
Atenção: Vemos que a representação decimal de chamados DISJUNTOS.
um número racional:
3ª) Diferença de Conjuntos:
7 
1º) ou é exata   1,75 A diferença de dois conjuntos A e B é o conjunto
4  formado pelos elementos que pertencem a A mas não
pertencem a B.
7  A - B = {x / x  A e x  B}
2º) ou é periódica   0,636363. . .
 11  Exemplo: Sendo A = {1, 3, 5, 7} e B = {2, 3, 5}, te-
Quer dizer: na divisão de 2 inteiros, ou a conta mos
termina ou prolonga-se repetitivamente (dízima pe- A .1 .3 B
riódica). A - B = {1, 7} .7 .5 .2
Conjunto dos números reais: R
Existem números cuja representação decimal não
4ª) Complementar:
é exata e nem periódica, não sendo, portanto, números
Se B  A, a diferença A - B denomina-se comple-
racionais. São chamados irracionais.
mentar de B em relação a A e indica-se por:
1,4142135624... = 2 Q
 AB  A  B
3,1415926535... =   Q Exemplo: Sendo A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B= {2, 3},
então:
Unindo o conjunto de todos esses números com o
conjunto dos racionais, formamos o conjunto R dos nú-
C A B = A - B = {0, 1, 4, 5}
meros reais.
A . 0 .2 B
Note que todo número natural é também inteiro, todo .1
inteiro é também racional e todo racional é também real,
portanto: AB
.4 .3 . 5
Obs.: O complementar de A em relação ao conjun-
to Universo, representa-se por:
N U
N ZQR Z
Q
A’ A
R

49
RACIOCÍNIO LÓGICO
b) Quanto à razão, a P.A. pode ser:
PROGRESSÕES ARITMÉTICAS Crescente: r > 0, cada termo é maior que o anterior.
E GEOMÉTRICAS Ex.: (1, 8, 15, 22, 29, 36)
Constante: r = 0. todos os termos são iguais. Ex.:
SEQÜÊNCIA (Sucessão) (3, 3, 3, ...)
Decrescente: r < 0, cada termo é menor que o ante-
Definição: É um conjunto de coisas, objetos, nú- rior. Ex.: (5, 2, -1, -4)
meros, dispostos ordenadamente.
Ex.: - sucessão dos meses do ano: (janeiro, feve- Fórmula do Termo Geral: É a fórmula que relacio-
reiro, março, ... , dezembro) na o termo de ordem n(an) com o primeiro termo (a1), o
- sucessão dos números pares positivos: (2, 4, 6, 8, número de termos (n) e a razão (r).
10, ...). 1º termo a1 = a 1
Se a ordem for invertida, temos uma nova suces- 2º termo a2 = a1 + r
são.
3º termo
Em uma sucessão ou seqüência o primeiro termo
chamamos de a1 (a índice 1), onde o índice indica a 4º termo
posição do termo. Uma sucessão de n termos seria:
(a1, a2, a3, a4, ..., an) .
As seqüências a serem estudadas são aquelas que .
obedecem uma lei de formação. .
As seqüências podem ser definidas:
a) pelo termo geral; nésimo termo
b) por um termo qualquer em relação ao anterior.
Portanto:
a) Pelo termo geral: Neste caso, determinamos
qualquer termo sem necessidade de calcular o seu an-
terior. Conhecidas três das quatro grandezas relaciona-
Ex.: an = n - 2 para n = 1 | a1 = 1 - 2 = -1 das, calcula-se a quarta.
para n = 2 => a2 = 2 - 2 = 0 Ex. Na P.A. em que a4 = -7 e r = 3, calcular o pri-
para n = 3 => a3 = 3 - 2 = 1 meiro termo e o termo de ordem 10.
A seqüência será (-1, 0, 1, ...) Solução:
a4 = a1 + 3 . r a10 = a1 + 9 . r
b) Por um termo qualquer em relação ao anteri- -7 = a1 + 3 . (3) a10 = (-16) + 9 . (3)
or: Só se determina um termo se calcularmos o anteri- a1 = -7 -9 a10 = 11
or e tivermos um termo da seqüência. a1 = -16 (termo de ordem 10 ou
Ex.: an = an - 1 + 3 e a1 = 2 (primeiro termo) décimo termo)
para n = 2 => a2 = a2-1 + 3 = a1 + 3 = 2 + 3 = 5
para n = 3 => a3 = a3-1 + 3 = a2 + 3 = 5 + 3 = 8 EXERCÍCIO: Determinar o vigésimo termo da P.A.
A seqüência será (2, 5, 8, ...) (3, 8, ...). Resp.98
Obs.: Se quisermos calcular o 20º termo do exem-
plo anterior: PROPRIEDADE:
a) an = n-2 => a20 => 20 - 2 = a20 = 18 Dados três números a, b e c, em P.A., nessa or-
b) an = an-1 + 3 => a20 = a19 + 3, precisamos dem, temos que b é média aritmética de a e c, ou seja:
calcular o 19 anteriores para calcular o 20º.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Explicação: Por definição de P.A.,
Definição: Progressão aritmética (P.A.) é toda se- r = b - a e r = c - b, ou b - a = c - b => 2b = a + c
qüência na qual cada termo, a partir do segundo, é a
INTERPOLAÇÃO ARITMÉTICA:
soma do termo anterior com uma constante (razão).
Neste item vamos aprender a intercalar números
Sendo a1 o 1º termo e r a razão da P.A. pela defini- reais entre dois números dados, de tal forma que todos
ção, podemos escrever: passem a construir uma progressão aritmética.
Ex.: 1) Interpolar cinco meios aritmético entre 6 e
30. / Resolução: 6, - , - , - , - , - , 30
a1 an

Exs.: 1) (1, 3, 5, 7, ...) a1 = 1 e r = 2


2) (2, 1, 0, -1, -2, ...) a1 = 2 e r = -1

Classificação de uma P.A.:


a) Quanto ao número de termos, a P.A. pode ser: an = a1 + (n - 1)r => 30 = 6 + 6r
Finita: (2, 5, 8, 11, 14) => 5 termos 24 = 6r => r = 4
Infinita: (0, 2, 4, 6, 8, ...) => infinitos termos Resposta: (6, 10, 14, 18, 22, 26, 30)

MANUAL DE ESTUDOS 50 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
2) Quantos meios aritméticos devemos interpolar Ex.: 1) Achar a soma dos 30 primeiros termos da P.A.
entre 100 e 124 para que a razão seja 4? (2, 5, ...).

Resolução:
Resolução:

an = a1 + (n - 1)r
124 = 100 + 4n - 4
28 = 4n
Cálculo de an
n=7
Como n = 7 é o número total de termos, devemos
interpolar 7 - 2 = 5 meios.
Resposta: 5 meios
EXERCÍCIO: Interpole 11 meios aritméticos entre 1
e 37. Resp. r = 3
Cálculo de Sn
FÓRMULA DA SOMA DOS n TERMOS DE UMA
P.A. FINITA:
Propriedade: Consideremos a P.A. finita (6, 10, 14, Resposta: S30 - 1.365
18, 22, 26, 30, 34) e nela podemos destacar: 6 e 34 são
os extremos: EXERCÍCIO:
Calcule a soma dos 50 primeiros termos da P.A. (2,
6,...). Resp. Sn = 5.000

Verifica-se, facilmente, que: 6 + 34 = 40 => soma PROGRESSÃO GEOMÉTRICA


dos extremos.
Definição: Progressão Geométrica (P.G.) é toda
seqüência na qual cada termo, a partir do segundo, é o
produto do termo anterior por uma constante não-nula
Daí a propriedade: Numa P.A.finita, a soma de (razão).
dois termos eqüidistantes dos extremosé igual à Obs.: Deixamos de considerar a P.G. singular, na
soma dos extremos. qual:
Assim, dada a P.A. finita: Sendo a1 o 1º termo e q a razão da P.G., pela defini-
ção, podemos escrever:

Exemplo: (1, 2, 4, 8,...) a1 = 1 e q = 2

CLASSIFICAÇÃO DE UMA P.G.:


Fórmula da Soma: a) Quanto ao número de termos, a P.G. pode ser:
Sejam a P.A. finita (a1, a2, a3, ..., an-2, an-1, an) e Sn a
- Finita: (-2, -10, -50, -250) => 4 termos
soma dos termos dessa P.A..
- Infinita: (4, 2, 1, 1/2, 1/4,...) =>infinitos termos
b) Quanto ao primeiro termo e a razão, a P.G. pode
ser:
2Sn = (a1 + an) + (a2 + an-1) + (a3 + an-2) + ... + - Crescente: cada termo é maior que o anterior.
Ex.: 1) (1, 2, 4, 8,...) =>a1 > 0 e q > 1
(an-2 + a3) + (an-1 + a2) + (a1 + an)
2) (-4, -2, -1, -1/2,...) => a1 < 0 e 0 < q < 1
Como a2 e an-1 , a3 e an-2 são eqüidistantes dos
- Constante: todos os termos são iguais.
extremos, suas somas são iguais a (a1 + an ), logo: Ex.: 1) (3, 3, 3,...) =>q = 1
2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + ... + (a1 + an) + 2) (-5, -5, -5,...) =>q = 1
(a1 + an) + (a1 + an) - Decrescente: cada termo é menor que o anterior.
2Sn = (a1 + an) n Ex.: 1) (1, 1/2, 1/4, 1/8,...) =>a1 > 0 e 0 < q < 1
2) (-3, -6, -12,...) => a1 < 0 e q > 1
- Oscilante: cada termo tem o sinal contrário ao do
Em que: termo anterior.
a1 é o primeiro termo - an é o enésimo termo Ex.: 1) (3, -9, 27, -81,...) =>q < 0
n é o número de termos - Sn é a soma dos n termos 2) (-32, 16, -8, 4,...) =>q < 0

MANUAL DE ESTUDOS 51 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
FÓRMULA DO TERMO GERAL: A P.G. é: (108, 72, 48, 32, 64/3)
É a fórmula que relaciona o termo de ordem n (an) Note que, se não fossem exigidos meios positivos,
com o primeiro termo (a1), o número de termos (n) e a poderíamos ter:
razão (q).
e a outra P.G. seria: (108, -72, 48, -32,
conhecidas três das quatro gran-
dezas relacionadas, calcula-se a quarta. 64/3)
EXERCÍCIO: Inserir cinco meios geométricos entre
Ex.: 1) Determinar o quinto termo (a5) da P.G.: (2, 6, 8 e 512. Resp. q = 2 (8, 16, 32, 64, 128, 256, 512)
18,...)
Solução: a1 = 2 Logo: a5 = a1 . q(5-1) P.G. crescente
q = 6 : 2 = 18 : 6 = 3 a5 = a 1 . q4
n=5 a5 = 2 . 34 FÓRMULA DA SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G.
a5 = 162 FINITA:

2) Na P.G. em que a3 = 36 e q = 2/3, calcular o


primeiro termo e o termo de ordem 6.
Solução: Ex.: 1) Na P.G. (1, 2, 4,...) determinar a soma dos
dez primeiros termos (S10).
Solução:

EXERCÍCIO: Calcule a soma dos 10 primeiros ter-


mos da P.G. (2, -4, 8,...) Resp. S10 = -682
(termo de ordem 6 ou sexto termo)
LIMITE DA SOMA DOS TERMOS DE UMA P.G. IN-
PROPRIEDADE DA P.G.: FINITA E DECRESCENTE:
Dados três números a, b, c em P.G., nessa ordem, Pela fórmula da soma:
temos a relação:

Explicação: Por definição de P.G., q = b : a e q =


Se a P.G. é decrescente então 0 < q < 1 e an será
c : b, ou:
um número infinitamente pequeno. Então o produto
an . q tende a zero.
EXERCÍCIO: Achar o décimo termo da P.G. (2, 6,...)
9 Portanto:
Resp. 2 . 3

INTERPOLAÇÀO GEOMÉTRICA: Ex.: P.G. (1, 1/2, 1/4, 1/8,...) Solução:


Interpolar ou inserir k meios geométricos entre os
números a e b (extremos ) é obter a P.G. de k + 2 ter-
mos, onde a é o primeiro e b o último termo da progres-
são.
Para realizar a interpolação basta determinar a ra-
zão da P.G.
Ex.: Interpolar 3 meios geométricos positivos entre
os extremos 108 (1º termo) e 64/3.

Solução:

EXERCÍCIO: Determinar o valor de x na equação:

Resp. 9/2

MANUAL DE ESTUDOS 52 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
1ª bola 2ª bola 3ª bola
PROBABILIDADE
P PPP
INTRODUÇÃO P V PPV
Consideremos os seguintes experimentos: P
• aquecimento da água contida em uma panela; V P PVP
• queda livre de um corpo. V PVV
Conhecidas certas condições, podemos prever a P VPP
temperatura em que a água entrará em ebulição e a P V VPV
velocidade com que o corpo atingirá o solo. V
V P VVP
Os experimentos cujos resultados podem ser pre- V VVV
vistos, isto é, podem ser determinados antes da sua
realização, são denominados experimentos
O espaço amostral será:
determinísticos.
U = {(PPP), (PPV), (PVP), (PVV), (VPP), (VPV),
(VVP), (VVV)}
Consideremos também os experimentos.
Alguns eventos:
• lançamento de uma moeda e leitura da figura da
evento 1: as três bolas têm a mesma cor
face voltada para cima;
{(PPP) (VVV)}
• lançamento de um dado comum e leitura do nú-
evento 2: 2 das bolas são pretas
mero voltado para cima;
{(PPV) (PVP) (VPP)}
• nascimento de uma criança;
evento 3: as três bolas são vermelhas
• sorteio de uma carta do baralho.
{(VVV)}
evento 4: o número de bolas pretas é igual ao
Se estes experimentos forem repetidos várias ve-
número de bolas vermelhas { }
zes, nas mesmas condições, não poderemos prever o
seu resultado.
PROBABILIDADE DE UM EVENTO
A teoria da probabilidade se aplica a vários campos
Experimentos que, ao serem realizados repetidas
ligados a nossa vida real: genética, medicina, engenha-
vezes, nas mesmas condições, apresentarem resulta-
dos variados, não sendo possível, portanto, a previsão ria, astronomia, etc..
lógica dos resultados, são denominados experimentos
aleatórios. • Definição
Os experimentos aleatórios estão sujeitos à lei do Se, num fenômeno aleatório, o número de elemen-
acaso. tos do espaço amostral é n (U) e o número de elemen-
Como não podemos prever o resultado, procurare- tos do evento A é n(A), então a probabilidade de ocor-
mos descobrir as chances de ocorrência de cada expe- rer o evento A é o número p(A), tal que:
rimento aleatório.
A teoria da probabilidade estuda a forma de estabe-
lecer as chances de ocorrência de cada experimento
aleatório.
Observação importante:
ELEMENTOS
Esta definição é válida, quando o espaço amostral
Espaço amostral é o conjunto de todos os resulta-
dos possíveis de um experimento aleatório. Indicare- U for eqüiprobabilístico, isto é, quando todos os ele-
mos o espaço amostral por U. mentos de U tiverem a mesma probabilidade.
Exemplos:
Joga-se uma moeda e lê-se a figura da face voltada Notas:
para cima. 1ª) P (0/) = 0 e P(U) = 1
U = {cara, coroa} 2ª) Como
Joga-se um dado comum e lê-se o número voltado
para cima.
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Jogam-se duas moedas diferentes e lêem-se as fi- 3ª) É comum representarmos as probabilidades em
guras das faces voltadas para cima. porcentagem. Por exemplo, em vez de dizermos P(A)
U = {(cara, cara), (cara, coroa), (coroa, coroa), (co- = 1/2, podemos dizer P(A) = 50%.
roa, cara)}
• Evento é qualquer subconjunto do espaço Exemplo:
amostral. No lançamento de um dado, determine a probabili-
Exemplo: dade de obter:
Seja uma urna, contendo 3 bolas pretas e 3 bolas a) o número 2;
vermelhas. Dessa urna são retiradas, sucessivamente, b) um número par;
3 bolas. c) um número múltiplo 3.

MANUAL DE ESTUDOS 53 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: • Enunciado
O espaço amostral é U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, portanto Se um acontecimento é composto por vários even-
n(U) = 6 tos sucessivos e independentes, de tal modo que:
a) ocorrência do número 2: o primeiro evento é A e sua probabilidade é p1
A = {2}, portanto n(A) = 1 o segundo evento é B e sua probabilidade é p2
o terceiro evento é C e sua probabilidade é p3
ou P(A) = 16,66%
b) ocorrência de número par: o k-ésimo evento é K e sua probabilidade é pk,,
B = {2, 4, 6}, portanto n(B) = 3 então a probabilidade de que os eventos A, B, C, ....
, K ocorram nessa ordem é: p1 . p2 . p3 ... pk
ou P(B) = 50%
c) ocorrência de número múltiplo de 3: Exemplo:
C = {3, 6}, portanto n(C) = 2. Uma moeda é lançada 4 vezes. Qual a probabili-
dade de que a apareça coroa nas quatro vezes?
ou P(C) = 33,33% Resolução:
U = {cara, coroa}
Respostas: a) 16,66% b) 50% c) 33,33%
1º lançamento =
PROBABILIDADE DO EVENTO COMPLEMENTAR
Sejam A e A_ dois eventos de um espaço amostral
U; sendo A_ o evento complementar de A, temos: 2º lançamento =
Demonstração: Sejam os conjuntos:

3º lançamento =
n( A )  n( A ) n ( U)
n( A )  n( A ) n ( U)
4º lançamento =
n ( U) n(U) n(U)
EXERCÍCIOS:
p(A) + P(A ) 1
01. De um baralho de 52 cartas, tira-se ao acaso
Exemplo: uma das cartas. Determine a probabilidade de que a
Consideremos um conjunto de 10 frutas, das quais carta seja: a) uma dama
3 estão estragadas. Escolhendo aleatoriamente 2 fru- b) uma dama de paus
tas desse conjunto, determinar a probabilidade de que: c) uma carta de ouros
a) ambas não estejam estragadas. 02. Uma urna contém 40 cartões, numerados de 1
b) pelo menos uma esteja estragada. a 40. Se retirarmos ao acaso um cartão dessa urna,
Resolução: qual a probabilidade de o número escrito no cartão ser
a) • Cálculo do número de maneiras que duas um múltiplo de 4 ou múltiplo de 3?
frutas podem ser escolhidas. 03. Numa caixa de 8 peças com pequenos defeitos,
12 com grandes defeitos e 15 perfeitas. Uma peça é
retirada ao acaso. Qual a probabilidade de que esta
seja perfeita ou tenha pequenos defeitos?
04. No lançamento de um dado, determine a proba-
• Cálculo do número de maneiras que duas frutas bilidade de obter:
não estragadas podem ser escolhidas. a) o número 1;
b) um número primo;
c) um número divisível por 2;
d) um número menor que 5;
e) um número maior que 6.
05. Retiramos 4 bolas de uma caixa contendo 3 bo-
las amarelas, 4 bolas vermelhas e 5 bolas pretas. De-
b) A_ é o evento: pelo menos uma fruta está termine:
estragada. P(A) + P( A_ ) = 1 a) a probabilidade de que, pelo menos, uma das 4
bolas retiradas seja amarela;
b) a probabilidade de que nenhuma das 4 bolas re-
tiradas seja amarela.

Respostas:
01.a)1/13 b)1/52 c)1/4
MULTIPLICAÇÃO DE PROBABILIDADES 02. 50%
Em análise combinatória, vimos o princípio funda- 03. 65,71%
mental da contagem; em probabilidade, há uma regra 04. a)1/6 b)1/2 c)1/2 d)2/3 e)0
análoga, denominada regra do produto. 05. a)41/55 b)14/55

MANUAL DE ESTUDOS 54 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Área do Losango:
GEOMETRIA BÁSICA
PERÍMETRO - ÁREA - VOLUME
d = diagonal menor
PERÍMETRO D = diagonal maior
Definição: Perímetro é a soma das medidas dos
lados de um polígono. É representado por 2p.
Ex.:
2p = 4 + 7 + 4 + 7 Ex.: Calcule a área de um losango cujas diagonais
2p = 22m medem respectivamente 8 e 5 metros.

Obs.: A metade do perímetro é o semi-perímetro


(p). Área do Trapézio:

No exemplo anterior:

Perímetro de uma circunferência: B = base maior


b = base menor
h = altura

Ex.: Calcule a área de um trapézio cujas bases


medem respectivamente 10 e 6 metros e a altura 4
2p = 2R - onde:
metros.
2p = perímetro -  = 3,14 (aproximado) - R = raio
Ex.: Calcular o perímetro e o semi-perímetro de
uma circunferência de 60m de raio.
2p = 2 . 3,14 . 60 = 376, 8 m Área do Círculo:
Semi-perímetro:
S = R2
ÁREAS DE FIGURAS PLANAS  = 3,14
(aproximadamente)
Área do Quadrado: R = raio

Ex.: Calcular a área de um círculo cujo raio mede


S=l 2
10m.
onde l é a medida do lado. S = R2 = 3,14 . 102  S = 314m2

Observações Importantes:
Ex.: Calcular a área do quadrado de lado igual a 10m.
S = l 2 = 102 = 100 m2 - Triângulo Isósceles -
Resposta: S = 100 m2 possui 2 lados iguais e 2
ângulos da base também
Área do Retângulo:
iguais.

b = base
h = altura
S=b.h - Triângulo equilátero -
possui 3 lados e 3 ângulos
iguais
Área do Triângulo:
b = base
h = altura Triângulo retângulo - pos-
sui 1 ângulo reto
a - hipotenusa (lado
- oposto ao ângulo reto).
Ex.: Calcule a área de um triângulo de base igual a b, c - catetos (lados que
4m e altura igual a 5m. formam o ângulo reto).

a2 = b2 + c2 => Teorema de Pitágoras

MANUAL DE ESTUDOS 55 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Ex.: Calcular o volume de um cilindro sabendo-se
VOLUMES DE SÓLIDOS que o raio da base mede 9m e a altura 20m.
V =  . R2 . h = 3,14 . 92 . 20  V = 2543,4 m3
Volume do Paralelepípedo:
a = comprimentob = largura Volume do Cone:
c = altura v = volume

v=a.b.c
V = volume
p = 3,14 (aproximado)
R = raio da base
Ex.: Calcular o volume do paralelepípedo cujas di- h = altura
mensões (comprimento, largura e altura), são respec-
tivamente 5m, 3m e 2m.
V = a . b. c = 5 . 3 . 2  V = 30m3
Ex.: Calcular o volume de um cone sendo o raio da
Volume do Cubo: base igual a 3m e a altura 12m.
O cubo é um paralelepípedo cujas dimensões são
todas iguais.

V = a3
a = aresta do cubo Volume da Esfera:
V = volume

Ex.: Calcular o volume de um cubo cuja aresta V = volume


mede 3m.V = a3 = 33  V = 27 m3 R = raio
 = 3,14
Volume do Prisma:

V = Sb . h Ex.: Calcular o volume de uma esfera cujo raio


h = altura mede 6m.
Sb = área da base
V = volume
PROBLEMAS
Ex.: Calcular o volume de um prisma sabendo-se 1) Calcular a área de um quadrado de 5cm de
que a área de sua base é 9 m2 e a altura é 20 m. lado.
V = Sb . h = 9 . 20  V = 180 m3 2) Um quadrado tem área igual a 64m2. Determi-
Volume da pirâmide: nar a medida de seu lado.
3) O perímetro de um retângulo é 50cm e sua altu-
ra é 10cm. Calcular a sua área.
4) Calcule a área de um círculo sabendo-se que o
perímetro de sua circunferência mede 62,8m.
V = volume 5) A área de um quadrado em cm2 é o quádruplo
Sb = área da base de seu lado. Quanto mede o referido lado.
h = altura 6) A área de um losango é igual a 20 cm2 e uma das
diagonais mede 8 cm. Qual a medida da outra diagonal?
7) A área de um trapézio é 30 m2 e a altura 10 m.
Sabendo-se que a base maior mede o dobro da me-
Ex.: Calcular o volume de uma pirâmide, sabendo- nor, calcule as medidas das mesmas.
se que a área de sua base é igual a 21 m2 e a altura 46 8) A soma das medidas das diagonais de um
m. losango é 7 metros. Calcule a diagonal maior, saben-
do-se que a área é igual a 6 m2.
Volume do Cilindro: 9) O volume de um cubo é o quádruplo de sua
aresta. Calcule a aresta deste cubo.
10) O volume de um paralelepípedo é igual a 144
V =  . R2 . h m3, sendo o comprimento o dobro da largura e esta o
V = volume triplo da altura. Calcule as dimensões do paralelepí-
 = 3,14 (aproximado) pedo.
R = raio da base GABARITO
h = altura 1) 25cm2 2) 8m 3) 150cm2 4) 314m2
5) 4cm 6) 5cm 7) 4 e 2m 8) 4m
9) 2m 10) 12; 6 e 2 metros

MANUAL DE ESTUDOS 56 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo:
MATRIZES
>4 1 2 @: matriz de ordem 1 x 3 (1 linha e 3 colunas)
1. DEFINIÇÃO:
As matrizes são tabelas de números reais utiliza- 2. REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA
das em quase todos os ramos da ciência e da enge- Utilizamos letras maiúsculas para indicar matrizes
nharia. genéricas e letras minúsculas correspondentes para
Várias operações executadas por cérebros eletrô- os elementos.
nicos são computações por matrizes. São utilizadas Algebricamente, uma matriz A pode ser representa-
na Estatísita, na Economia, na Física Atômica, etc. da por:
Vejamos um exemplo:
Considere a tabela ao lado, que indica o número
de vendas efetuadas por uma agência de automóveis § a11 a12 a13 ... a1n ·
¨ ¸
durante o primeiro trimestre. ¨a a a ... a ¸
¨ 21 22 23 2n ¸
Janeiro Fevereiro Março ¨ a 31 a 32 a 33 ... a 3n ¸
¨ ¸
Monza 20 18 25 A ¨. . . . ¸ com m e n  IN *
¨. . . . ¸
Fiat 12 10 15 ¨ ¸
¨. . . . ¸
Gol 15 9 20 ¨ ¸
¨ a m1 a m2 a m3 ... a mn ¸
Voyage 18 15 21 © ¹

Se quisermos saber a quantidade de carros Voyage Como o quadro A é bastante extenso, a matriz m X n
vendidos em janeiro, iremos procurar o número que será representada abreviadamente por:
está na quarta linha e na primeira coluna desta tabela. A (a ij ) m x n
No quadro indicado, o snúmeros colocados nas
disposições horizontais formam o que denominamos Os elementos da matriz A são indicados por aij, em
linha e os colocados nas disposições verticais cha- que:
mamos de coluna. i  ^1, 2, 3, ... , m` e j  ^1, 2, 3, ... , n.`
O conjunto ordenado dos números que formam a
O elemento aij possui dois índices: o primeiro i,
tabela é denomado matriz e cada número é chamado
representa a linha, e o segundo, j, indica a coluna.
elemento da matriz.
Com essas duas informações (linha e coluna) pode-
mos localizar o elemento.
20 18 25
Assim, temos:
12 10 15
a11 (lê-se: a um um) o elemento localizado na 1ª
15 9 20
18 15 21 linha e 1ª coluna
a32 (lê-se: a três dois) o elemento localizado na 3ª
Neste exemplo, temos uma matriz do tipo 4 x 3 (lê- linha e 2ª coluna
se: quatro por três), isto é, uma matriz formada por 4
linhas e trêr colunas. Exemplo: Achar os elementos da matriz A = (aij)3 x 2
Representa-se uma matriz colocando-se seus ele- em que aij = 3i - j.
mentos entre parênteses ou entre colchetes.
Resolução: A representação genérica da matriz é:
1ª coluna
2ª coluna
3ª coluna a ij 3i - j Ÿ a 11 3 .1 - 1 2
§ 20 18 25 · 1ª linha ª20 18 25º a12 3 .1 - 2 1
¨ ¸ «12 10 15 »
¨12 10 15 ¸ 2ª linha ªa 11 a12 º a 21 3 . 2 - 1 5
« » « »
¨15 9 20 ¸ 3ª linhaou «15 9 20 » A «a 21 a 22 » a 22 3. 2 - 2 4
¨¨ ¸¸ « » «¬a 31 a 32 »¼ a 31 3 . 3 - 1 8
4ª linha
© 18 15 21 ¹ ¬18 15 21 ¼
a 32 3.3 - 2 7
Uma matriz do tipo m x n (lê-se: m por n), com m,
n t 1 , é uma tabela formada por m . n elementos dis-
postos em m linhas e n colunas.
ª2 1º
A «5 4»»
Observação: «
Resposta:
Para indicar a ordem de uma matriz, dizemos primeiro «¬8 7 »¼
o número de linhas e, em seguida, o número de colunas.

MANUAL DE ESTUDOS 57 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
3 - MATRIZ QUADRADA Indica-se a transposta de A por At.
Se o número de linhas de uma matriz for igual ao Exemplo:
número de colunas, a matriz é dita quadrada.
Quando nos referimos a uma matriz quadrada n x ª 1 2º
n, podemos dizer que a sua ordem é n em vez de n x n. « » ª1 - 3 2 º
A «- 3 5 » o a sua transposta é At « »
Exemplos: «¬2 5 0 »¼ 2x3
« »
ª 3 4º ¬ 2 0¼3x2
A «- 1 0 » é uma matriz de ordem 2 Observe que:
¬ ¼
a 1ª linha de A é igual à 1ª coluna de At.
a 2ª linha de A é igual à 2ª coluna de At.
§1 2 3 ·
¨ ¸ a 3ª linha de A é igual à 3ª coluna de At.
B ¨4 5 6¸
é uma matriz de ordem 3.
¨7 8 9¸ 6 - IGUALDADE DE MATRIZES
© ¹
Sejam as matrizes A e B de mesma ordem. Se cada
Observações: elemento de A for igual ao elemento correspondente
1ª) Quando uma matriz tem todos os seus elemen- (elemento que ocupa a mesma posição) de B, as
tos iguais a zero, dizemos que é uma matriz nula matrizes A e B são ditas iguais.
Assim, C é uma matriz nula de ordem 4. Assim, sendo A = (aij)m x n e B = (bij)m x n,
2ª) Os elementos aij de uma matriz quadrada, em
que i = j, formam uma diagonal denominada diagonal
principal. A B œ a ij b ij ,  i  ^1, 2, 3, ..., m`
A outra diagonal é chamada diagonal secundária.  j  ^1, 2, 3, ..., n`
diagonal diagonal Exemplo: Dadas as matrizes
principal secundária
ª 2 5º ª x  y 5º
ªa 11 a 12 ... a 1n º
A « » eB « », calcular xe y paraqueA B.
¬10 1¼ ¬3x - y 1 ¼
« »
« »
ª 2 5º ª x  y 5º
«a 21 a 22 ... a 2n » Resolução: A BŸ « » «3x - y 1 »
« » ¬10 1¼ ¬ ¼
« »
«a a 32 ... a 3n » ­x  y 2
« 31 » Ÿ 3 + y = 2 Ÿ y = -1
« » °
® 3x  y 10
«. . . » ° Ÿ x=3
« » ¯ 4 x 12
«. . . »
« » Resposta: x = 3 e y = -1
«. . . »
«¬a m1 a m2 ... a mn »¼ 7 - OPERAÇÕES COM MATRIZES
A adição ou a subtração de duas matrizes, A e B, do
mesmo tipo é efetuada somndo-se ou subtraindo-se
4 - MATRIZ UNIDADE OU MATRIZ IDENTIDADE os seus elementos correspondentes.
A matriz quadrada de ordem n, em que todos os Exemplo:
elementos da diagonal principal são iguais a 1 (um) e
os demais elementos são iguais a 0 (zero), é denomi- § 4 3· §1 - 2 ·
Sendo A ¨¨ ¸¸ e B ¨¨ ¸¸, temos :
nada matriz unidade ou matriz identidade. ©- 2 1 ¹ ©5 7¹
Representa-se a matriz unidade por In.
Exemplos: § 4 3 · §1 - 2 · § 4  1 3 - 2 · §5 1·
A  B ¨¨ ¸¸  ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7¹ © - 2  5 1 7¹ © 3 8¹
ª1 0º
I2 «0 1» é uma matriz de ordem 2.
¬ ¼ § 4 3 · §1 - 2 · § 4  1 3  2· § 3 5·
A  B ¨¨ ¸¸  ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
© - 2 1 ¹ © 5 7 ¹ © - 2  5 1 7 ¹ © - 7 - 6¹
ª1 0 0º De uma forma geral, se A = (aij)m x n, B = (bij)m x n e C =
«0 1 0» é uma matriz unidade de ordem 3. (cij)m x n, temos:
I3 « »
«¬0 0 1»¼
Adição C A  B Ÿ c ij a ij  b ij
com
Subtração C A  B Ÿ c ij a ij  b ij
5 MATRIZ COMPOSTA
Se A é uma matriz de ordem m x n, denominamos i  ^1, 2, 3, ..., m`
transposta de A a matriz de ordem n x m obtida pela
j  ^1, 2, 3, ..., n`
troca ordenada das linhas pelas colunas.

MANUAL DE ESTUDOS 58 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Podemos, também, efetuar a subtração da seguin- D O CES
te forma:
C = A - B Ÿ C = A + (-b) A B
Isto é matriz C é igual à matriz A adicionada à opos-
X 5 8
ta da matriz B.
Y 3 2
Matriz oposta
Denomina-se matriz oposta de uma matriz A a ma- Z 4 7
triz -A cujos elementos são os simétricos dos elemen-
tos correspondentes de A. A tabela dada será representada pela matriz A:
Exemplo:
ª5 8 º
ª 2 - 5º ª- 2 5 º A ««3 2 »»
A «- 6 7 » Ÿ - A « 6 - 7 »
¬ ¼ ¬ ¼ «¬4 7»¼
Observe que a oposta da matriz A é obtida trocan-
Suponha que sejam fabricados 50 doces do tipo A
do-se os sinais de todos os elementos de A.
e 20 dozes do tipo B, por dia. Essa quantidade de do-
Propriedades:
ces pode ser representada prla matriz coluna:
1ª) A + B = B + A (comutativa)
2ª) (A + B) + C = A + (B + C) (associativa) ª50 º
3ª) A + 0 + A (elemento neutro) B « ».
4ª) A + (-A) = 0 ( elemento oposto) ¬20¼
Exemplo: Se quisermos determinar a quantidade de ingredi-
§ 3· § -1 · entes X, Y e Z utilizada por dia, devemos proceder da
¨ ¸ ¨ ¸
A ¨- 2¸ e B ¨ - 4 ¸ , calcular seguinte forma:
Dadas as matrizes Ingrediente X: 5 . 50 + 8 . 20 = 410
¨ 5¸ ¨ 2¸
© ¹ © ¹ Ingrediente Y: 3 . 50 + 2 . 20 = 190
a matriz X tal que X - A + B = 0. Ingrediente Z: 4 . 50 + 7 . 20 = 340
Resolução: O 2º membro da equação é uma matriz Essas quantidades podem ser representadas pela
nula de ordem 3 x 1. matriz: ª410º

C «190 »
Se X - A  B Ÿ X A - B « ».
«¬340 »¼
§ 3· § 1 · § 4·
¨ ¸ ¨ ¸ ¨ ¸
X A  (-B) ¨ - 2 ¸  ¨ 4 ¸ ¨ 2¸ Podemos obter a matriz C, denominada matriz pro-
¨ 5¸ ¨- 2¸ ¨3 ¸ duto de A por B, da seguinte forma:
© ¹ © ¹ © ¹
§ 4· ª5 8 º ª410º
¨ ¸ « » ª50 º «
X ¨ 2¸ A . B C Ÿ «3 2 » . « » «190 »»
Resposta: 20
¨3 ¸ «¬4 7»¼ ¬ ¼ «¬340 »¼
© ¹
Cada elemento da matriz C é a soma dos produtos
Multiplicação de um número real por uma matriz
ordenados de uma linha da matriz A pela coluna da
Para multiplicar uma matriz por um número real
matriz B, isto é:
basta multiplicar todos os seus elementos pelo nú-
410 = 5 . 50 + 8 . 20
mero, e o resultado é uma matriz de mesma ordem.
190 = 3 . 50 + 2 . 20
Dada uma matriz A = (aij) e um número real k, cha-
340 = 4 . 50 + 7 . 20
ma-se produto de K por A a matriz B = (bij), em que bij =
Observe que a multiplicação de matrizes só é pos-
k . aij.
­i  ^1, 2, 3, ..., m` sível quando o número de colunas da 1ª matriz é igual
° ao número de linhas da 2ª matriz.
B k . A Ÿ b ij k . a ij ® Podemos definir:
° j  ^1, 2, 3, ..., n` Dada uma matriz A = (a ij ) m x n e uma matriz B =
¯
(b jk ) n x p , denomina-se produto de A por B a matriz C
= (c ik ) m x p, tal que o elemento cik é a soma dos produtos
ª 2 -1 0 º da i-ésima linha de A pelos elementos corresponden-
Exemplo: Calcular: 5. « »
¬- 4 3 6 ¼ tes da j-ésima coluna de B.
C A . B Ÿ Cij a il b lk  a i2 b 2k  ...  a in b nk
ª 2 - 1 0 º ª 10 - 5 0 º
Resolução: 5. « » « » Exemplo: Dadas as matrizes
¬- 4 3 6¼ ¬- 20 15 30¼ ªa 11 a 12 º
Multiplicação de matrizes « » ªb b º
A «a 21 a 22 » e B « 11 12 »
Exemplo prático: uma doceira produz dois tipos de
«¬a 31 a 32 »¼ ¬b 21 b 22 ¼ ,
doces, A e B. Para a produção desses doces são utiliza-
dos os ingredientes X, Y e Z, conforme indica a tabela.
determine a matriz C = A . B.

MANUAL DE ESTUDOS 59 MANUAL DE ESTUDOS


RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: ª a 11 a 12 º Vamos utilizar um raciocínio análogo para as matrizes.
ª b 11 b 12 º
C A . B «« a 21 a 22 »»
Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Se existir

b b 22 »¼ 2 x 2 uma matriz B tal que A . B - B . A = I, dizemos que a matriz
«¬ a 31 a 32 »¼ 3 x 2 ¬ 21 B é a matriz inversa de A e indicamos por A-1.
Portanto:
ª a 11 b 11  a 12 b 21 a 11 b 12  a 12 b 22 º A . A-1 = A-1 . A = In
«a b  a b
« 21 11 22 21 a 21 b 12  a 22 b 22 »» Observações:
«¬ a 31 b 11  a 32 b 21 a 31 b 12  a 32 b 22 »¼ 3 x 2 1ª) I é uma matriz identidade de mesma ordem que
as matrizes A e B.
Observe que a operação de multiplicação é efetua- 2ª) Se existir a inversa, dizemos que a matriz A é
da multiplicando-se linha por coluna, isto é, cada ele- inversível e, em caso contrário, não inversível ou sin-
mento de uma linha é multiplicado pelo elemento cor- gular.
respondente de uma coluna e, em seguida, os produ- 3ª) Se a matriz quadrada A é inversível, a sua inver-
tos são adicionados. sa é única.
Portanto, o elemento c11 (1ª linha e 1ª coluna) da Exemplo: Dterminar a inversa da matriz
matriz produto é encontrado multiplicando-se os ele- §a b·
§ 2 4· 1
mentos da 1ª linha de A pelos elementos da 1ª coluna A ¨¨ ¸¸ Resolução: Fazemos A ¨¨ ¸¸ .
de B e somando-se os produtos obtidos. ©1 5 ¹ ©c d ¹
Na multiplicação de duas matrizes A e B, o número Sabemos que A . A -1 I2
de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de
B; o produto AB terá o mesmo número de linhas de A e §2 4·§a b · §1 0 ·
o mesmo número de colunas de B. ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸ ¨¨ ¸¸
Am x n . Bn x p = (A . B)m x p ©1 5 ¹ © c d ¹ © 0 1¹
§ 2a  4c 2b  4d · §1 0 ·
n n n

Ÿ ¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
Se A é de ordem 3 x 2 e B é de ordem 2 x 2, © a  5c b  5d ¸¹ © 0 1¹
então A . B é de ordem 3 x 2.
Pela igualdade de matrizes, temos os sistemas:
Se A é de ordem 5 x 3 e B é de ordem 3 x 1,
então A . B é de ordem 5 x 1. ­2a  4c 1 5 1
Se A é de ordem 3 x 4 e B é de ordem 2 x 5, (1) ® Ÿa ec -
então não existe A . B. ¯ a  5c 0 6 6

­2b  4d 0 2 1
Propriedades: (2) ® Ÿb ed -
A multiplicação de matrizes possui as seguintes ¯ b  5d 1 3 3
propriedades, se existirem os produtos envolvidos:
1ª) A . (BC) = (AB) . C (associativa)
2ª) A . (B + C) = AB + AC (distributiva à direita)
3ª) (B + C) . A = BA + CA (distributiva à esquerda) Resposta:
Observações:
1ª) A multiplicação de matrizes não é comutativa,
isto é, existem matrizes A e B tais que AB z BA . Exercícios propostos:
2ª) Se ocorrer AB = BA, dizemos que as matrizes A e 1) (Cescem-SP) O produto M . N da matriz M =
B comutam. pela matriz N = ( 1 1 1):
3ª) Na multiplicação de matrizes não vale a lei do a) não se define
anulamento do produto, isto é, podemos ter AB = 0, b) é uma matriz identidade de ordem 3
mesmo com A z 0 e B z 0 . c) é uma matriz de cada linha e uma coluna
4ª) Não vale também a lei do cancelamento, isto é, d) é uma matriz quadrada de ordem 3
e) não é uma matriz quadrada.
podemos ter AB = AC, mesmo com A z 0 e B z C .

§ 9 7 · §1 2 3 ·
Exemplo: Efetuar: ¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸¸
©0 8 ¹ © 4 5 6¹ 2)
Resolução:
§ 9 7 · §1 2 3 · § 9 .1  7 . 4 9 . 2  7 . 5 9 . 3  7 . 6· então a matriz Y = At . B será nula para:
¨¨ ¸¸ . ¨¨ ¸ ¨ ¸
©0 8¹ ©4 5 6 ¸¹ ¨© 0 .1  8 . 4 0 . 2  8 . 5 0 . 3  8 . 6 ¸¹ a) x = 0 b) x = -1 c) x = -2 d) x = -3 e) x - 4.
§ 9  28 18  35 27  42 · § 37 53 69 · 3) (FEI-SP) As matrizes abaixo comutam.
¨¨ ¸ ¨¨ ¸¸
© 0  32 0  40 0  48 ¸¹ © 32 40 48 ¹
O valor de a é:
8 - MATRIZ INVERSA
Sejam dois números reais, a e b, com a z 0 e b z 0. a) 1 b) 0 c) 2 d) -1 e) 3
Se a . b = b . a = 1, dizemos que a e b são inversos, ou,
ainda, que b é o inverso de a e vice-versa. Respostas: 01 - D 02 - E 03 - A

MANUAL DE ESTUDOS 60 MANUAL DE ESTUDOS

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