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das
SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS
7º Ano do Ensino Fundamental
Matemática
São Paulo
2018
Caro professor,
Todos os envolvidos no desenvolvimento das aprendizagens dos alunos têm muito a ganhar com
as análises e reflexões oriundas dos resultados dessa avaliação, uma vez que a partir delas pode-
se produzir um melhor ajuste do processo ensino-aprendizagem considerando as características
dos alunos reveladas nesse processo.
Não há como fugir da necessidade de avaliação de conhecimentos, muito embora se possa, com
efeito, torná-la eficaz naquilo a que se propõe: a melhora de todo o processo educativo. De fato,
a avaliação representa um dos pontos vitais para o alcance de uma prática pedagógica
competente. Ela é um desafio que exige mudanças por parte do professor. Mudança requer
muito estudo, busca por inovação, reflexão e ação que provoquem mudanças na postura frente
às ações a serem desencadeadas em sala de aula, possibilitando aos alunos maior autonomia no
desenvolvimento de seu conhecimento.
Partindo desses princípios é que vamos discutir as questões propostas na avaliação diagnóstica
e, de acordo com as dificuldades apresentadas pelos alunos, vamos fazer indicações de trabalho
com determinado grupo de atividades que possibilitarão a eles construir, modificar, enriquecer
e diversificar seus esquemas de conhecimento, a partir do significado e do sentido que poderão
atribuir aos conteúdos envolvidos e ao próprio fato de aprendê-los.
Sabemos que o tempo destinado às semanas de apoio às aprendizagens é pouco para a aplicação
de todas as sequências didáticas disponibilizadas, portanto sugerimos que você professor, no
momento do planejamento, escolha a(s) mais adequada(s) a sua turma e reserve as demais para
utilização no momento que achar mais adequado durante o ano letivo.
Por esse motivo, elaboramos o roteiro de indicações de uso das sequências didáticas alinhado
com o resultado da avaliação diagnóstica para que, com esse material, você tenha um apoio
para a recuperação contínua.
Uma atividade de investigação matemática se diferencia das demais por ser uma situação-
problema desafiadora e aberta, possibilitando aos alunos mobilizarem sua intuição e
conhecimentos antigos em alternativas diversas de exploração. Esse tipo de atividade de ensino
e aprendizagem
Nestas análises não vamos necessariamente seguir a ordem das questões apresentadas na
avaliação, mas sim considerá-las pelas habilidades que nortearam a sua elaboração e que foram
consideradas como essenciais para a continuidade dos estudos neste ano de escolaridade.
Vamos iniciar pelas questões relativas à habilidade de estabelecer relações entre números
naturais tais como “ser múltiplo de”, “ser divisor de” e reconhecer números primos e
números compostos.
O aluno que optou pela alternativa A pode ter se confundido e achado que a solução do problema
seria dada pela determinação do menor divisor comum.
A escolha do item C pode ter sido porque o aluno considerou que deveria deixar as duas com o
mesmo comprimento de 25 m.
A escolha do item D indica que o aluno não interpretou o problema e adicionou os dois números
presentes no enunciado.
O aluno que optou pela alternativa A pode ter confundido o significado de múltiplo e divisor, uma
vez que 4 é divisor de 52, e desconsiderou o 8 ou concluiu que ele também poderia ser divisor do
52 por ser o dobro de 4.
O aluno que escolheu a alternativa C possivelmente não compreende o conceito de números
primos entre si.
O aluno que optou pela alternativa D não sabe o significado de números compostos, visto que os
dois números do enunciado são compostos.
Caro professor, mesmo que apenas um grupo de seus alunos tenha apresentado dificuldades
nestes problemas sugerimos, no momento que achar mais adequado durante o ano letivo, que
proponha a eles que desenvolvam as atividades da Sequência Múltiplos e Divisores, que aborda
as seguintes habilidades:
Estabelecer relações entre números naturais tais como “ser múltiplo de”, ser divisor
de”, e reconhecer números primos e números compostos.
Resolver problemas envolvendo divisor comum, MDC ou MMC.
Eles deverão discutir entre eles as atividades presentes na sequência e seu papel será de
estimulador das observações e reflexões que eles são convidados a realizarem.
Professor, para que os alunos façam investigações eles devem trabalhar em grupo, com níveis
de aprendizagem próximos para que as discussões sejam feitas por todos. Ao final é que eles
devem apresentar suas descobertas ao grupo classe para serem validadas, primeiro pelos
colegas, depois por você.
a) Você já está acostumado com as multiplicações e reconhece cada uma das que estão
escritas a seguir:
2 x 8 = 16 3 x 5 = 15 6 x 4 = 24
O que provavelmente não está acostumado é ler as multiplicações de outro modo. Observe o
quadro e complete.
Multiplicação Outros modos de ler
2 e 8 são fatores de 16
2 x 8 = 16
16 é múltiplo de 2 e de 8.
3 e 5 são fatores de 15.
3 x 5 = 15
15 é múltiplo de 3 e de 5.
6 e 4 são fatores de 24.
6 x 4 = 24
24 é múltiplo de 6 e de 4.
Professor converse com os alunos que sempre há diferentes possibilidades de leitura em
expressões matemáticas e que eles devem se habituar a fazê-las para ampliar sua capacidade
de compreensão nessa área.
e) Complete:
Justifique sua resposta. Espera-se que o aluno destaque o fato de que sempre
haverá a multiplicação do 1 pelo próprio número.
Números que possuem apenas dois fatores, o 1 e ele mesmo, são chamados de
números primos.
A busca por números primos é um dos grandes desafios da Matemática até hoje. Embora
números primos muito grandes ainda sejam desconhecidos, os pequenos são bastante usados
como fatores primos de um número.
b) Você assinalou algum número par? sim. Por quê? Espera-se que o aluno perceba que 2
é o único par que é primo, pois só tem o 1 e ele próprio como divisores.
c) Todo número ímpar é primo? não. Por quê? Espera-se que o aluno reconheça que
existem muitos números ímpares que não são primos.
d) Escreva a sequência de números primos menores que 30.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 23, 29
ATIVIDADE 4: FATORES PRIMOS DE UM NÚMERO
Podemos afirmar que os fatores de um número são também seus divisores? Sim
Justifique sua resposta. Espera-se que os alunos se refiram à relação entre a multiplicação e a
divisão.
Professor, questione os alunos sobre por que é possível escrevermos duas divisões como inversas
da multiplicação, para observar se falam da propriedade comutativa da multiplicação.
b) Escreva todos os divisores de:
D(21): 1, 3, 7, 21
D(30): 1, 2, 3, 5, 6, 10, 15, 30
D(31): 1, 31
D(45): 1, 3, 5, 9, 15, 45
D(60): 1, 2, 3, 4, 5, 6, 10, 12, 15, 20, 30, 60
Professor destaque o fato de que a cada divisor (fator) escrito tem-se o correspondente a ele cujo
produto é o número dado, por exemplo, 1 x 60, 2 x 30, 3 x 10, 4 x 15, 5 x 12, 6 x 10, que também é
um ótimo recurso para encontrar divisores de um número. Se quiser também pode apresentar o
procedimento usual.
a) Observando os divisores de 30 e de 45 nota-se que alguns são comuns aos dois números.
Quais são eles? 1, 3, 5, 15
Vamos voltar ao início desta história e olhar mais para os múltiplos. Você já sabe que ao
escrever 2 x 5 = 10 podemos ler que 10 é múltiplo de 2 e de 5.
Então, descubra:
a) Quais são todos os múltiplos de 2? 0, 2, 4, 6, 8, ...
b) Quais são todos os múltiplos de 5? 0, 5, 10, 15, 20, ...
c) Qual é a característica dos números que são múltiplos de 2?
São todos os números pares. Professor aproveite e escreva a forma genérica de
representação dos números pares: 2n, com n natural.
d) O que se pode afirmar sobre os números que são múltiplos de 5?
São todos terminados em 0 ou 5.
e) O 2 e o 5 possuem múltiplos comuns. Quais são? São todos os terminados em 0.
f) Encontre os múltiplos de:
M(3): 0, 3, 6, 9, 12, 18, 21, ...
M(4): 0, 4, 8, 12, 16, 20, ...
M(6): 0, 6, 12, 18, 24, 30,
M(10): 0, 10, 20, 30, 40, ...
M(50): 0, 50, 100, 150, 200, ...
Professor questione os alunos sobre a regularidade da sequência formada.
g) Quais são os múltiplos comuns de:
3 e 4? 0, 12, 24, 36, ...
4 e 6? 0, 12, 24, 36, ...
3, 4 e 6? 0, 12, 24, 36, ...
Entre os múltiplos comuns qual é o maior? não dá para determinar, eles são infinitos
E qual é o menor múltiplo comum (MMC), depois do zero? 12
h) Encontre o MMC entre:
4 e 10. 40
6 e 10 60
a) Um marceneiro possui estes 3 pedaços de madeira que utilizará para fazer molduras de
quadros.
Ele pretende cortá-los de forma que tenham o maior comprimento possível, porém todos devem
ficar com o mesmo comprimento e não pode haver sobras.
b) Você já deve ter observado que nas salas de cinemas normalmente há três setores para
acomodar o público. Setor A, de frente para a tela, setor B, na lateral direita de tela e setor
C, na lateral esquerda da tela. Na construção de uma sala desse tipo, sabendo que cada
setor deve ter o mesmo número de poltronas e que este deve ser o maior possível, qual
deve ser esse número de modo que no setor A caibam 135 lugares, no setor B 105 e no
setor C caibam 90 lugares? Qual o número de fileiras em cada setor?
c) Um relojoeiro confere se seus três relógios funcionam sem atrasos observando suas
badaladas. O relógio A toca a cada 15 minutos, o B a cada meia hora e o C a cada hora.
São 6 horas e os três acabaram de tocar juntos. A que horas todos os relógios tocarão
juntos novamente?
MMC (15, 30, 60) = 60
às 7 horas os relógios tocarão juntos novamente.
Professor, os alunos poderão resolver o problema sem recorrer ao MMC, mas convém
discutir que o que está por trás do processo de pensamento usado é o do MMC.
d) Num aeroporto, os aviões para Porto Alegre saem de 3 em 3 horas e para Salvador de 5
em 5 horas. Se às 7h20min partiram os aviões para cada uma dessas cidades, então a
que horas haverá aviões para esses destinos partindo no mesmo horário novamente?
MMC (3, 5) = 15
Após 15 horas eles sairão juntos novamente, portanto às 22h20min.
As próximas questões que vamos discutir são as que tratam das seguintes habilidades:
comparar perímetros e áreas de figuras planas representadas em malhas
quadriculadas, ampliar ou reduzir figuras planas usando malhas quadriculadas e
determinar área e perímetro de uma figura utilizando composição ou decomposição
de figuras.
Considerando que na porta não vai rodapé e que cada lado do quadradinho mede 1m é correto
afirmar que a área revestida pelo piso é de 23 m2 e a medida do rodapé é:
(A) 23 m.
(B) 22 m.
(C) 21 m.
(D) 20 m.
A escolha da alternativa B pode ter ocorrido pela consideração de que as medidas da superfície
e do perímetro da figura são iguais, o que indica a não distinção entre um e outro objeto
geométrico.
O aluno que indicou essa alternativa pode não ter descontado do perímetro a medida
referente ao vão da porta.
A escolha da alternativa D pode ter sido causada por erro de contagem para a obtenção da
medida do perímetro ou ter retirado duas vezes a medida da porta.
Figura 1 Figura 2
Cada uma das medidas de comprimento da figura 1 foi obtida a partir da medida de
comprimento correspondente na figura 2, fazendo uma:
(A) subtração.
(B) multiplicação.
(C) divisão.
(D) adição.
O acerto nessa questão indica que o aluno percebeu a relação de proporcionalidade existente
entre as medidas dos lados das figuras.
A escolha da alternativa A indica que o aluno pode ter feito uma comparação precipitada
apenas pela altura do mastro, além de considerar a figura 2 em relação à figura 1, e não ao
contrário como pede a questão.
A opção pela letra C pode ter sido porque o aluno fez a comparação na ordem inversa, isto é,
da figura 1 para a figura 2, por estar também o enunciado com a proposta invertida.
O aluno que indicou a alternativa D, além de não ter feito a interpretação correta do enunciado,
pode ter considerado apenas a altura do mastro numa comparação precipitada, sem considerar
as outras medidas de comprimento envolvidas.
(A) 9 cm.
(B) 14 cm.
(C) 16 cm.
(D) 18 cm.
A determinação da alternativa D como a correta indica que o aluno percebeu que a figura é
formada por oito lados, cujas medidas são 5 cm (um lado), 4 cm (um lado), 2cm (três lados) e
1 cm (três lados) e que a medida do perímetro é determinada pela soma das medidas de todos
os lados.
O aluno que optou pela resposta A pode tê-lo feito porque julgou que o perímetro seria
determinado pela soma dos lados maiores da figura, talvez pensando que se para obter a área
multiplicam-se dois lados para o perímetro somam-se dois.
O erro na escolha da alternativa B pode ter ocorrido em decorrência de o aluno considerar que
o perímetro da figura apresentada seria determinado pela soma apenas das medidas
explicitadas, o que denota dificuldade em colher informações em representações geométricas.
Caro professor, se seus alunos ou um grupo deles apresentou dificuldades frente a essas
questões, então a sugestão é de que, no momento que achar mais adequado durante o ano
letivo, trabalhem a sequência de atividades sobre Medidas de Perímetro e de Superfície. Nesta,
como nas demais, forme grupos de alunos procurando aproximar aqueles com níveis de
conhecimento próximos e proponha as atividades para que eles discutam entre si, busquem
caminhos próprios para resolução e apresentem, uns aos outros, suas descobertas. A intenção
é de que sua ação seja de estimulador de descobertas e, só ao final das discussões, apresente
uma síntese do abordado nas atividades.
Essa sequência procura desenvolver as seguintes habilidades:
Comparar perímetros e áreas de figuras planas representadas em malhas geométricas.
Ampliar ou reduzir figuras planas pelo uso de malhas.
Determinar área e perímetro de uma figura utilizando composição e decomposição de
figuras.
Você está convidado a se tornar um investigador matemático. Para isso você deve observar com
detalhe as representações matemáticas que lhe forem apresentadas e buscar o que elas têm de
semelhante e no que se diferenciam. Assim, você obterá as pistas para chegar às soluções que
precisa.
ATIVIDADE 1: QUEBRA-CABEÇA
Aqui estão algumas peças de um quebra-cabeças. Observe-as com seu olhar de detetive
matemático, discuta com seus colegas de grupo e responda:
a) Estas peças têm uma característica comum que faz com que recebam o nome de
Pentaminós. O que todas elas têm em comum?
Espera-se que os alunos percebam que todas são formadas por 5 quadradinhos e, daí o nome
Pentaminós.
b) Para mostrar que já descobriu o enigma acima, observe o quadro a seguir e responda,
apenas fazendo um cálculo mental:
Qual a área do quadro sabendo que a área de cada quadradinho é 1 cm2? 60 cm2
Explique como descobriu: resposta pessoal, no entanto espera-se que os alunos expliquem que
calcularam 12 x 5 = 60, uma vez que todas as peças foram usadas para compor o quadro.
c) Volte a observar os Pentaminós. Qual o único que tem a medida do perímetro diferente
da dos outros? Fig 5. Qual é essa medida? 10 cm
Na atividade anterior você descobriu que é possível manter a área de uma figura e mudar a
medida do seu perímetro. Vamos experimentar fazer algumas outras mudanças!
a) No quadriculado a seguir, desenhe ao lado da figura 1, a figura 2, que tenha a mesma
área, mas com perímetro diferente.
b) Ao lado da figura 2, faça outra, a figura 3, agora mudando a área e mantendo a medida
do perímetro em relação à figura 1.
c) Complete a tabela, considerando que a medida do lado de cada quadradinho seja 1 cm:
Professor os alunos poderão perguntar por que ora falamos em superfície e perímetro e ora
falamos área e medida do perímetro. Explique que superfície e perímetro são objetos
geométricos (indique esses objetos nas figuras) e que área é o nome que se dá à medida da
superfície e, por falta de um nome específico, usamos medida do perímetro. Não se deve
confundir o objeto geométrico com sua medida.
a) Preencha a tabela com as informações colhidas nas figuras. Continue considerando que
a medida do lado de cada quadradinho é 1 cm.
Fig 1 Fig 2 Fig 3
Medida do lado 4 cm 2 cm 8 cm
Medida do
16 cm 8 cm 32 cm
Perímetro
Área 16 cm2 4 cm2 64 cm2
d) Imagine agora um quadrado com o lado medindo x cm. Complete a tabela considerando
as alterações na medida do lado.
Medida do
4x cm 2x cm 8x cm
Perímetro
𝐱𝟐
Área x2 4x2
𝟒
Professor, destaque o processo de generalização proposto, após questioná-los sobre se essas
relações serão sempre verdadeiras para os quadrados.
ATIVIDADE 4: EM BUSCA DA ÁREA – OUTRAS PISTAS
4 cm2 4 cm2
b) Observe novos cortes do mesmo quadrado. Desenhe figuras que poderá montar usando
todas as partes. Qual a área de cada parte? 1 cm2.
A área total será dada por: A área total será dada por:
3 x 4 + (4 x 2) : 2 + (3 x 3) :2 3 x 5 + (5 x 3 ): 2
AT = 12 + 4 + 4,5 = 20,5 m AT = 22,5 m
As questões que vamos analisar agora são as que se referem às habilidades de realizar
as operações de adição e subtração de frações com denominadores diferentes e
resolver situações-problema envolvendo diferentes representações de números
racionais.
(B) 5
12
(C) 7
12
(D) 5
7
A escolha da resposta B indica que o aluno compreendeu as informações contidas no enunciado
do problema e que sabe operar com frações com denominadores diferentes. Ele possivelmente
realizou a operação como a seguinte:
- inicialmente adicionou as frações 1 e 1 ; para tanto, reduziu-as ao mesmo denominador (por
3 4
meio da obtenção de frações equivalentes até encontrar duas com denominadores iguais):
- em seguida, subtraiu esse resultado da fração que corresponderia ao todo, no caso, à distância
total percorrida por Paulo.
O erro do aluno para ter escolhido a resposta C pode ter ocorrido em decorrência de não ter
considerado a distância a ser percorrida no terceiro dia; assim ele apenas adicionou as frações
correspondentes à parte do percurso realizado nos dois primeiros dias, presente no enunciado da
questão.
O erro na escolha da alternativa D pode ter sido em razão de o aluno ter adicionado e subtraído
numerador e denominador como se fossem números naturais distintos; possivelmente ele operou
da seguinte forma:
1 1 2 7 2 5
3 4 7 7 7 7
1 1 1
No sítio do vovô dos animais são galinhas, são porcos, são ovelhas e o restante são bois.
5
4 2
Determine a porcentagem de bois no sítio do vovô.
Resolução:
1 1 1 4 5 10 19
5 4 2 20 20
20 19 1
= 0,05= 5%
20 20 20
Comentários sobre possíveis dificuldades dos alunos:
1
Chegar até a fração e não calcular o percentual, indicando não ter recursos para tal.
20
19
Apresentar como resposta ou 95%, que indica a não percepção da pergunta sobre
20
o animal não referido no enunciado.
Dificuldade no calculo da adição ou subtração de frações com denominadores
diferentes.
Professor, os números racionais são fonte de muitas dificuldades para os alunos e, no entanto,
o conhecimento sobre esses números é fundamental tanto para a continuidade dos estudos
como para a vida cotidiana de todas as pessoas, pois sua presença no mundo é incontestável.
Desse modo, não podemos deixar de abordar situações em que esses números estejam
presentes discutindo com eles sobre suas diferentes representações e sobre como efetuar
cálculos. Para isso desenvolva com os alunos, no momento que achar mais adequado durante o
ano letivo, as atividades da sequência Representações Numéricas que busca contribuir para o
desenvolvimento das seguintes habilidades:
Realizar as operações de adição e subtração de frações com denominadores
diferentes.
Resolver problemas envolvendo diferentes representações de números racionais.
Você já parou para pensar na quantidade de formas diferentes que existem para representar os
números? É essa parada que vai rolar agora!
Professor, organize a turma em grupos para que os alunos possam discutir entre eles as
propostas. A intenção é de que eles resolvam as atividades sozinhos, e que sua intervenção seja
sempre na forma de perguntas a eles. Apenas ao final faça uma síntese do assunto abordado.
a) Pense em pelo menos cinco representações diferentes para o número 12 (essa já não
vale!) e escreva-as aqui. Resposta pessoal
Caso os alunos não entendam a proposta questione-os sobre se precisarem escrever 12
na calculadora e as teclas 1 e 2 não funcionarem como poderiam fazer.
Confira com seus colegas de classe se fizeram as mesmas que você. Provavelmente
algumas serão iguais, mas outras não! Pois um número pode ser representado de
infinitas formas diferentes.
b) Alguma das representações do 12 foi usando fração? Se sim, qual foi? resposta pessoal.
Se não, escreva uma. 24/2 (por ex.)
c) Agora que já pensou em uma representação fracionária para o 12, dá para pensar em
infinitas. Complete as representações fracionárias para o 8:
8 16 24 𝟑𝟐 𝟒𝟎 𝟒𝟖
8= = = = = = = ...
1 2 3 𝟒 𝟓 𝟔
𝟒 𝟔 𝟖 𝟒
𝟔 𝟗 𝟏𝟎 𝟓
Vamos pensar agora sobre a necessidade das frações equivalentes para o cálculo de adições e
subtrações.
Professor, chame a tenção dos alunos para o fato de se tratarem de inteiros iguais que foram
divididos de forma diferente.
b) Olhando para as partes pintadas percebemos que se juntarmos essas frações como
estão não vamos ser capazes de saber a fração resultante. Por quê? Espera-se que o
aluno reconheça que a adição e a subtração só podem ser feitas com elementos do
mesmo tipo.
c) Pesquise possibilidades de, a partir da representação geométrica, chegar a frações
equivalentes que permitam juntarmos as duas e determinarmos a fração resultante.
Descreva o que será necessário fazer e qual será o resultado da junção das duas.
Resposta pessoal
Professor, estimule os alunos a analisarem as representações geométricas e pensarem
em como fazer novas divisões para chegar ao que se quer.
3 5
d) Agora, pense em como resolver a adição 4 + 6 e descreva como proceder. Espera-se que
Professor, neste item aproveite para explorar a transformação de fração imprópria em número
misto e vice-versa, para que os alunos possam desenvolver o senso numérico diante de uma
𝟑𝟏
fração, isto é, ao olhar para 𝟑𝟎, por exemplo, reconhecer que esse número é um “pouco” maior
que 1.
f) Continue calculando:
3 2 𝟓
2
−3=𝟔
4 1 𝟐
6
−3=𝟔
5 3 𝟏
6
− 4 = 𝟏𝟐
1 1 1 𝟎
2
−3−6=𝟔=𝟎
Você já viu que as frações equivalentes são muito importantes para o cálculo de adições e
subtrações envolvendo fração. Vamos ver mais um uso das frações equivalentes.
a) Para cada fração abaixo, escreva uma fração equivalente com denominador 10, 100 ou
1.000.
1 𝟓
=
2 𝟏𝟎
1 𝟐𝟓
4
= 𝟏𝟎𝟎
2 𝟒
=
5 𝟏𝟎
3 𝟑𝟕𝟓
8
= 𝟏.𝟎𝟎𝟎
As frações com denominador 10, 100, 1.000, ... são chamadas de frações decimais.
b) Escreva como se lê cada uma das frações decimais obtidas no item anterior.
cinco décimos
vinte e cinco centésimos
quatro décimos
trezentos e setenta e cinco milésimos
c) Compare a leitura feita para a fração decimal com a leitura correta dos números
decimais a seguir.
0,5 → cinco décimos
0,25 → vinte e cinco centésimos.
0,4 → quatro décimos.
0,375 →trezentos e setenta e cinco milésimos.
Como você explica o fato de que duas representações diferentes possam ser lidas do
mesmo jeito? Espera-se que os alunos se refiram ao fato de que as duas representações
sejam equivalentes, ou que se refiram ao mesmo número.
d) Que relação você percebe que existe entre os denominadores das frações decimais e o
número de casas decimais na representação decimal?
Espera-se que os alunos notem a relação entre o número de zeros do denominador com
o número de casas decimais na representação decimal.
Escreva uma fração equivalente, mais simples, a cada uma das frações acima.
25% = 100 = 𝟏
25
𝟒
50 𝟏
50% = 100=
𝟐
75 𝟑
75% = 100 =
𝟒
ATIVIDADE4: PROBLEMAS
a) Qual o menor número decimal que somado a 0,032, resulta em um número natural?
Professor, nesta questão deve-se discutir qual é o número natural mais próximo de
0,032, lembrando que esse número está entre 0 e 1. Neste caso o número a ser somado
deverá ser negativo e ele seria o menor. Pode-se também discutir com os alunos a
possibilidade de se restringir a discussão aos números racionais positivos e, aí, a questão
seria a de chegar ao 1.
Se achar interessante, pode discutir a possibilidade de escrever as sentenças: x + 0,032
= 0 ou x + 0,032 = 1.
1 1
b) Fui ao supermercado e comprei 4 kg de café, 1,2 kg de laranja, 2 kg de queijo e 0,75kg
c) O galpão de uma fábrica precisa ter sua altura aumentada para 6 m. Se a altura atual é
de 4,38 m de quanto será o aumento?
6 – 4,38 = 1,62
4 32 25
d) Paulo fez este cálculo 10 + 100 + 1.000 usando as frações como estão. Bete também fez
o cálculo com frações, mas trocou-as por frações equivalentes mais simples. João
preferiu converter as frações em decimais. Descubra o resultado a que cada um chegou.
𝟒 𝟑𝟐 𝟐𝟓 𝟕𝟒𝟓
Paulo: 𝟏𝟎 + 𝟏𝟎𝟎 + 𝟏.𝟎𝟎𝟎 = 𝟏.𝟎𝟎𝟎
𝟐 𝟖 𝟏 𝟕𝟒𝟓
Bete: 𝟓 + 𝟐𝟓 + 𝟒𝟎 = 𝟏.𝟎𝟎𝟎
Professor aproveite para discutir qual procedimento os alunos consideraram o mais econômico
e menos passível de erros, além de colocar em cheque a necessidade de sempre se analisar o
que é mais adequado em cada situação, por exemplo, neste caso simplificar as frações não foi
interessante, em outras situações poderá ser e em outras é essencial.
O próximo grupo de questões a ser analisada corresponde às habilidades: efetuar
transformações de unidades de medida de comprimento, massa ou capacidade e
resolver problemas envolvendo medidas de comprimento, massa ou capacidade,
representados na forma decimal.
(A) 57,3 km
(B) 66,7 km
(C) 182,7 km
(D) 205,5 km
O aluno que indicou a alternativa C interpretou corretamente o enunciado do problema e
possivelmente fez uso do algoritmo da seguinte forma:
- Adicionou as distâncias entre as cidades A e B e as cidades B e C:
O aluno que apontou a resposta A possivelmente julgou ser necessário apenas adicionar as
quantidades descritas no enunciado da questão para obter o resultado solicitado no
problema.
O aluno que respondeu D identifica a transformação de litros em mililitros e pode ter calculado:
27 L = (27 x 1000) ml = 27 000 ml fazendo a seguinte correspondência: se em 1 L de água tem
1000 ml de água, em 27 L são 27 000 ml de água.
O aluno que respondeu A pode ter dividido 27 por 1000 ao invés de multiplicar, indicando ter
algum conhecimento da relação, mas não a compreende.
A escolha da resposta B pode ter sido em decorrência de ao considerar, com base na tabela
dos múltiplos e submúltiplos do litro, que como da esquerda para a direita cada unidade
representa 10 vezes a unidade anterior, multiplicou 27 L por 10.
A indicação da alternativa C pode ter sido resultado da multiplicação por 100, o que indica que
o aluno pode ter se confundido na contagem das unidades entre o L e o ml.
Para dar suporte aos alunos que tiveram dificuldades com essas questões sugerimos que eles
possam ter oportunidade de trabalharem com a sequência de atividades Unidades de Medidas
– transformações que aborda as habilidades:
Efetuar transformações de unidades para expressar adequadamente uma medida.
Resolver problema que envolva o uso de medidas de comprimento, massa ou
capacidade, representados na forma decimal.
Muitas vezes nos enganamos no momento de transformar uma certa unidade de medida em
outra, como miligramas em gramas ou centímetros em metros. Para isso não ocorrer precisamos
pensar em representações equivalentes.
Vamos praticar um pouco desse tipo de pensamento!
Professor, discuta com os alunos o modo de leitura desses números, enfatizando que a
vírgula sempre indica a unidade.
3 km 3m 3 cm 3 mm
Professor, proponha que os alunos pesquisem sobre as unidades de medida que não conhecem,
pois assim terão mais suporte para a explicação solicitada na sequência. Além disso, comente
que o quadro não está completo, uma vez que ele pode ser estendido para as micro unidades.
c) Se quisermos fazer a transformação de todas essas medidas para metros o que será
necessário? Espera-se que os alunos concluam que a tabela precisará ser preenchida
com zero, a partir do número já colocado, até chegar na coluna correspondente ao
metro.
d) Complete, observando o quadro:
3 km = 3.000 m
3m=3m
3 cm = 0,03 m
3 mm = 0,003 m
e) Há semelhanças entre os dois quadros que você preencheu. Quais são elas? Espera-se
que o aluno reconheça que a organização é a mesma, isto é, as regras do SND para a
escrita numérica são as mesmas para as relações entre as unidades de medida.
14 mm = 1,4 cm
14 cm = 0,14 m
14 m = 0,014 km
14 km = 14.000 m
14 m = 1.400 cm
14 cm = 140 mm
Professor, não deixe de comentar que todas essas unidades de medida devem ser sempre
grafadas com letras minúsculas. Só se usa letra maiúscula quando a unidade tem o nome de seu
criador, como é o caso da unidade de medida de temperatura, o grau Celsius (C) ou grau Kelvin
(K).
Aqui também peça aos alunos que pesquisem sobre as unidades de medida que não conhecem.
Comente que também esse quadro não está completo uma vez que se tem também a tonelada
como unidade de massa.
Escreva no quadro acima as medidas:
Chame a atenção dos alunos sobre o fato de que a vírgula sempre indica a unidade de medida a
ser considerada no posicionamento do número no quadro.
a) O que foi preciso fazer para adequar a escrita ao quadro? Espera-se que o aluno
reconheça a necessidade de ampliação do quadro para a escrita do último número.
Professor, essa proposta tem o objetivo de o aluno perceber que será conveniente preencher
com zeros o que faltar para chegar ao miligrama, para o 0,25, e para chegar ao grama, nos outros
dois cuja unidade é o kg, pois teria que se fazer referência ao centigrama, decagrama ou ao
hectograma, que não são usuais.
Destaque o fato de que a unidade de medida grama é masculino, por isso as referências são para
o grama.
0,46 kg = 460 g
5.200 mg = 5,2 g
1,412 kg = 1.412.000 mg
2 g = 0,002 kg
5.375 mg = 0,005375 kg
20 kg = 20.000 g
20 mg = 0,02 g
As unidades acima do litro não são usadas, mas elas existem e mantêm a mesma estrutura das
unidades de medida de comprimento e de massa.
0,46 L = 460 mL
5.200 mL = 5,2 L
1,412 L = 1.412 mL
2 mL = 0,002 L
20 L = 20.000 mL
ATIVIDADE 4: PROBLEMAS
c) De acordo com o Instituto Agronômico de Campinas (IAC,) para um certo tipo de arroz,
100 grãos têm massa de 2,5 g, em média. Quantos grãos desse arroz, em média, estarão
em um pacote de 5kg?
5 kg = 5.000 g
2.235g = 2,235 kg