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Hoje vou falar-vos do livro “A paixão de Jane Eyre”.

A autora deste livro, Charlotte Bronte, nasceu a 21 de abril de 1816 na


Inglaterra, onde permaneceu até à sua morte em 1855.
Sendo, esta, criada numa região rural da província inglesa de Yorkshire, as
suas obras surpreendem-nos pelas suas atitudes e visão ousada que
demonstrava ter para a sua época.
Esta escreveu vários romances, entre os quais se destaca “A paixão de
Jane Eyre”, romance este que lhe viria a dar o reconhecimento e prestígio
que lhe estão associados. Inicialmente esta obra foi publicada sobre um
pseudónimo masculino- Currer Bell, tornando-se rapidamente um dos
romances mais lidos da literatura universal. Dada a importância do
romace, este foi adaptado para o cinema, tendo sido alvo de duas versões
cinematográficas, uma americana e outra inglesa, servindo ainda de
inspiração para programas televisivos.
A história deste romance inicia-se com Jane, uma criança de 10 anos, órfã
de pai e mãe que vive com a sua tia Sr. Reed e os seus primos, sendo
maltratada por estes.
Após um confronto com a sua tia, Jane é enviada para o colégio de
Lowood, onde começa a desenvolver um espírito independente para a
época. Apesar de passar, aí, privações quer a nível de conforto quer a nível
alimentar, é acarinhada por algumas pessoas, nomeadamente Miss
Temple (a diretora) e Hellen Bonns com quem aprende valores de extrema
importância tais como a coragem, a fé e autocontrole.
Jane, após seis anos como aluna e mais dois como precetora, decide
procurar uma nova posição, encontrando-a em Thornfield Hall, como
precetora da jovem Adele, filha adotiva de Edward Rochester, por quem
Jane se virá a apaixonar.
Esta impressiona Rochester não só pela sua beleza física mas também pelo
seu intelecto, pelo seu humor, e pelo seu carácter firme e nobre.
Jane e Rochester apaixonam-se, ao ponto deste a pedir em casamento. No
entanto, no dia do casamento, Jane descobre que Rochester já era casado
com Bertha, uma mulher que conhecera numa das suas viagens pela
Europa e que, entretanto, enlouquecera.
Para que ninguém soubesse do seu passado comprometedor, mantinha a
sua esposa escondida no sótão de Thornfield Hall.
Perante tal situação, Jane, revoltada decide fugir, andando à deriva
durante dias, passando fome, frio, e chegando mesmo a dormir na rua.
Não tendo para onde ir e abalada pela fraqueza, deixa-se vencer pelo
cansaço e aí permanece durante algum tempo até que aparece St. Jhon
Rivers, pároco de uma pequena aldeia que, juntamente com as suas duas
irmãs, decidem auxiliá-la, deixando-a ficar em sua casa até que ela se
sentisse melhor.
Os dias vão passando e Jane vai criando laços de amizade com Diana e
Mary, bem como com a governanta, tornando-se cúmplices e
inseparáveis.
Mais tarde, Jane descobre que herdou dinheiro de um tio e que os seus
anfitriões são na realidade seus primos direitos, algo que todos
desconheciam.
Após uma breve reflexão, Jane decide dividir a herança com os primos.
Passado algum tempo, procura Edward Rochester, encontrando-o cego e
sem um braço, consequência de um incêndio provocado pela sua falecida
esposa, que acaba por se suicidar durante o incêndio.
Por fim, Jane, ao saber do suicídio da mulher de Rochester, decide casar-
se com ele. Anos mais tarde, Edward recupera parcialmente a visão, sendo
agradecidos com um filho.
Esta obra teve uma importância crucial para a época, visto retratar valores
de extrema importância, tal como a independência e autonomia, ou
melhor dizendo, a emancipação da mulher, uma vez que nesta época
poucas eram as mulheres que tinham liberdade de expressão, sendo
muitas delas obrigadas a casar para garantir a sua sobrevivência.
Neste livro, Charlotte Bronte, através de Jane Eyre, demonstra que as
mulheres eram perfeitamente capazes de ocupar uma posição social, ter
um trabalho, sendo autónomas e independentes, independentemente de
se casarem ou não.
É um livro que desperta em nós sentimentos controversos, fazendo-nos
refletir sobre diversas realidades e provocando em nós curiosidade e uma
certa dependência em relação à história, visto retratar todos os
acontecimentos de uma forma simples ao mesmo tempo tão real.
Aconselho vivamente a leitura deste livro, mesmo para aqueles que não
gostam tanto de romances, é uma boa oportunidade para lerem uma
história de amor, que simultaneamente se revela agradável e nos incute
subtilmente certos ideais, que todos nós devemos defender, para que
possamos crescer e evoluir enquanto seres humanos.

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