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Aluna: Helena Vitória Rente Bayer

Turma: teoria literária III terça e quinta 7:30

O papel da mulher no séc XIX e o amor em orgulho e preconceito

É uma verdade universalmente reconhecida que um homem no século XIX


desfruta de uma posição de privilégios com poderes sociais, econômicos e
políticos. Enquanto o papel da mulher era de submissão. Os casamentos eram
movidos por interesses, onde a mulher era obrigada a se casar independente da
sua vontade.

Em "Orgulho e preconceito" de Jane Austen, a história é narrada em uma


sociedade aristocrática do séc XIX em Londres, entretanto bem diferente da
realidade da época a personagem principal feminina tem uma personalidade
forte que desafia as convenções de seu tempo ao recusar se casar sem amor. A
narrativa da autora é revolucionária principalmente levando em consideração os
costumes, regras e formalidades da época. Por viver nesse período, Jane possui
um conhecimento minucioso da sociedade inglesa, o que torna sua obra rica em
detalhes e descrições reais de tal sociedade.

O livro começa com a chegada de um jovem solteiro e rico à vila de


Longbourn causando um grande alvoroço na família Bennet. Mr Darcy era um
amigo muito próximo desse jovem, Mrs Bingley. Elizabeth e Darcy não se
gostam nas primeiras vezes em que se encontram. Pelo contrário, os dois
personagens trocam farpas e até ofensas. No início da história, seus encontros
são marcados por mal-entendidos e preconceitos mútuos. Elizabeth julga Mr.
Darcy como arrogante e orgulhoso, enquanto ele a vê como inferior. No entanto,
ao longo da narrativa, começamos a ver uma transformação nesses personagens.
Mr. Darcy, apesar de sua natureza reservada, demonstra um profundo cuidado
por Elizabeth e sua família, intercedendo discretamente em momentos de
dificuldade. Por sua vez, Elizabeth começa a questionar seus próprios
preconceitos e percebe que suas primeiras impressões podem ter sido errôneas.
Somente quando passam a ter um diálogo sincero é que começam a se entender
e a partir daí, passam a nutrir sentimentos um ao outro.

Em resumo, “Orgulho e Preconceito” é uma crítica sutil, mas poderosa, da


sociedade e das convenções sociais de sua época. Isso é notório quando
observamos a protagonista do romance, sendo uma mulher forte e autêntica que
se impõe perante a todos, sempre deixando claro suas opiniões. Ter a coragem
de negar pedidos de casamentos, em uma época que a mulher era invisibilizada
na sociedade onde seu único papel era ser mãe e esposa. Jane Austen
habilmente tece questões de orgulho, preconceito, amor e autoconhecimento em
uma narrativa envolvente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SANTOS, Flaviane Faundes; SANTOS, Gloria Lima; FERNANDES, Fernanda


Surubi. LITERATURA, CINEMA E DIFERENTES MATERIALIDADES: O
DISCURSO DE AMOR E A CONDIÇÃO DA MULHER NO SÉCULO XIX EM
ORGULHO E PRECONCEITO. Goiais: Universidade estadual de goias, 2018.

FREIRE, Luana Justino. Representações paradoxais do feminino no século


XIX: uma análise comparativa entre Orgulho e preconceito, de Jane Austen e
Tess, de Thomas Hairdy.- Guarabira: UEPB, 2011. 23f. Disponível:
http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1443/1/PDF%20-%2
0Luana%20Justino%20Freire.pdf. Acesso em: 30 março. 2021.

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