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ORGULHO

E
PRECONCEITO
JANE AUSTEN – IAN EDGINTON – ROBERT
DEAS
https://www.youtube.com/watch?
v=Rq_X9qKtY0k&feature=emb_imp_woyt
FICHA TÉCNICA

Título: Orgulho e Preconceito em HQ


Autores: Jane Austen; Ian Edginton
(adaptação); Robert Deas (ilustração)
Tradução: Gregório Bert e Fernando
Variani
Editora: Nemo
Páginas: 144
Jane
Austen
autora
Sabia que um dos autores mais famosos das novelas
românticas nunca se casou? Ela era da Inglaterra e seus
primeiros livros foram publicados sob o pseudônimo
"By a Lady" (por uma senhora). É claro que estamos
nos referindo a Jane Austen. Esta personalidade muito
forte veio de uma família muito unida da classe mais
baixa da pequena nobreza rural. Seu pai era um clérigo,
que justifica sua educação religiosa. Adorava a
literatura mais do que qualquer outra coisa no mundo,
e começou a escrever numa idade precoce.
A Europa do século XVIII passa por importantes
mudanças políticas e econômicas. Os tratados de
Utrecht encerram o período da preponderância
francesa, que passa a ser britânica. O absolutismo
triunfa até meados desse século em boa parte do
continente, onde ocorrem diversos conflitos: a
guerra da Tríplice Aliança, a guerra da sucessão
da Áustria, a guerra dos Sete Anos e outros.
As rivalidades coloniais entre França e Inglaterra
pesam muito nas relações entre esses países. Na
Índia os britânicos suplantam definitivamente a
influência francesa no decorrer da guerra dos Sete
Anos. A partir de 1760 tem início na Inglaterra a
Revolução Industrial. A invenção da máquina a
vapor é decisiva para a aceleração da série de
transformações tecnológicas, econômicas e sociais
que só depois de muitas décadas se estenderiam
ao continente.
O impacto causado na Europa pela Revolução
Francesa em 1789, é tão profundo e marcante que,
a partir daí, tem início outra época,
tradicionalmente denominada Idade
Contemporânea. A segunda metade do século
XVIII passa a ser denominada Século das Luzes,
em virtude do predomínio gradual das ideias de
tolerância religiosa e reforma política e social que
asseguram maior liberdade individual.
É nesse período de ebulição política na Europa
que nasce Jane Austen, em 16 de dezembro de
1775, no presbitério de Steventon Parish, em
Hampshire, zona rural da Inglaterra, no reinado de
Jorge III. Jane é a penúltima dos oito filhos do
reverendo George Austen e sua esposa Cassandra
Leigh Austen, pertencentes a uma família
tradicional e numerosa. Jane recebe em casa a
maior parte de sua instrução.

Ilustração feita por Cassandra


Austen (Foto: Divulgação )
Tem uma infância feliz em meio aos irmãos e
a outros garotos, que se hospedam na casa e
dos quais o reverendo George é tutor.
Amantes do romance e da poesia, para se
divertir, as crianças escrevem e inventam
jogos e charadas, e mesmo sendo uma
garotinha, Jane é incentivada a escrever.
Desde cedo revela sua inclinação para as
letras, ao escrever bilhetes para parentes e
amigos em uma época em que escrever cartas
é uma espécie de modismo. A leitura pelas
crianças de livros da extensa biblioteca do
reverendo George fornece material para que
escrevam pequenas peças teatrais, que elas
próprias representam.
Em 1784, quando seus pais decidem enviar Cassandra – a
inseparável irmã mais velha, então com dez anos – para uma
escola em Oxford, Jane implora para ser levada junto, no que é
atendida. Elas ficam sob os cuidados de uma preceptora; contudo,
sem recursos para manter as meninas estudando fora, o pai traz as
filhas de volta para casa três anos depois. Jane nunca mais se
separaria da família. Em 1790, com catorze anos de idade, Jane
escreve seu primeiro romance, Amor e Amizade, sob a forma
epistolar – estilo que nunca seria inteiramente dominado pela
escritora. Essa e outras obras escritas anonimamente na
adolescência, além de uma coleção de cartas, comporiam os três
volumes da coletânea Juvenilia.
Em 1795, no final da adolescência, Jane se apaixona por um irlandês encantador
chamado Thomas Lefroy, mas o romance não se concretiza e termina no ano
seguinte. Essa desilusão amorosa sem dúvida desencadeia em Jane os mesmos
sentimentos de vulnerabilidade e de um relativo abandono que marcam sua infância,
quando a mãe a deixara juntamente com a irmã Cassandra Elizabeth aos cuidados de
uma preceptora em Oxford. Em 1801, aos 26 anos, muda-se com os pais e
Cassandra, para Bath. Em 1801, aos 26 anos, muda-se com os pais e Cassandra,
para Bath. Após a morte do irmão George, deficiente mental, do pai, em 1805, e da
cunhada, que deixa órfãos os onze filhos de seu irmão Edward, ela passa por um
período de depressão, durante o qual escreve muito pouco.
Jane estava muito a frente de seu tempo, conseguiu ser
uma mulher independente numa época que isso era visto
como um "fracasso" pela sociedade, uma incapacidade
de arrumar um bom casamento. Tom Lefroy, seu grande
amor, que foi fonte de inspiração para muitos dos
personagens masculinos de seus romances e
principalmente Mr. Darcy. A principio arrogante, porém,
acaba se apaixonando pela singularidade de Austen.Um
romance que nos tempos de hoje poderia ser levado a
diante, mesmo sem muita riqueza, poderiam ter um
casamento feliz, porém, naquela época muitos eram os
obstáculos.
https://www.youtube.com/watch?v=YOYXEEcrIjs
Ogulho e preconceito
Sinopse: ““É uma verdade universalmente reconhecida que um homem solteiro, de posse de
boa fortuna, deve estar atrás de uma esposa. ”Elizabeth e suas quatro irmãs estão
impossibilitadas de herdar a propriedade de seu velho pai e enfrentam a ameaça do despejo. As
irmãs devem garantir sua segurança financeira por meio do casamento, mas nossa heroína tem
outros planos. Ela fez votos de se casar somente por amor. Seu olhar acaba capturado pelo
distinto Sr. Darcy, mas quem irá salvar os Bennets? Elizabeth deve se casar por amor ou deve
salvar sua família?Jane Austen se referia a Orgulho e preconceito (1813), o primeiro romance
que escreveu, como seu “filho querido” – e gerações de leitores lhe têm dado um cantinho em
seus corações desde então. A atração irresistível que ela retrata, entre a vivaz e independente
Elizabeth Bennet e o austero e solene Sr. Darcy, se insere entre as maiores, mais românticas e
mais engraçadas histórias de amor já contadas.”
Resumo
O ENREDO DE ORGULHO E PRECONCEITO GIRA EM TORNO DA
FAMÍLIA BENNET, COMPOSTA POR MARIDO, MULHER E CINCO
FILHAS (JANE, ELIZABETH, MARY, KITTY E LYDIA).
A HISTÓRIA SE PASSA EM UMA ZONA RURAL DA INGLATERRA
DURANTE O INÍCIO DO SÉCULO XIX.
ELIZABETH BENNET, A SEGUNDA FILHA MAIS VELHA, SERÁ A
PROTAGONISTA DA TRAMA. UMA JOVEM BELA, ORGULHOSA, DE
PERSONALIDADE FORTE E VANGUARDISTA PARA O SEU TEMPO,
LIZZIE, COMO É CHAMADA PELOS ÍNTIMOS, CARREGA DENTRO DE SI
INQUIETAÇÕES COM AS CONVENÇÕES SOCIAIS DO SEU TEMPO.
SUA MÃE, AO ASSISTIR AS OPINIÕES E ATITUDES DA FILHA, A
CONSIDERA UM CASO PERDIDO EM RELAÇÃO A POSSIBILIDADE DE
CONSEGUIR UM CASAMENTO.
VALE LEMBRAR QUE NA INGLATERRA, DURANTE ESSE PERÍODO
HISTÓRICO, O ÚNICO PAPEL SOCIAL DA MULHER ERA SER MÃE E
ESPOSA, NÃO POSSUINDO QUALQUER HIPÓTESE DE AMBIÇÃO
PROFISSIONAL.
Resumo
EM TERMOS SOCIAIS, AS MULHERES VALIAM TÃO POUCO QUE, EM
CASO DE FALECIMENTO DO PATRIARCA, O PATRIMÔNIO DEIXADO
DEVERIA SEGUIR PARA O FILHO VARÃO E, CASO NÃO HOUVESSE, A
FORTUNA SERIA ENCAMINHADA PARA O HOMEM MAIS PRÓXIMO DA
FAMÍLIA.
A TRAMA DO ROMANCE SE DESENROLA COM A CHEGADA DE DOIS
JOVEM SOLTEIROS AFORTUNADOS NA REGIÃO (MR.BINGLEY E
MR.DARCY). A MÃE DAS MENINAS VÊ NO SURGIMENTO DOS
RAPAZES UMA OPORTUNIDADE PARA RESOLVER OS PROBLEMAS DA
FAMÍLIA.
MR.BINGLEY, UM HOMEM MUITO SÓBRIO E DISTINTO, SE APAIXONA
POR JANE BENNET, A MAIS VELHA DAS IRMÃS. CAROLINE BINGLEY,
A IRMÃ DO RAPAZ, MOSTRA-SE PORÉM CONTRA A RELAÇÃO DEVIDO
A CLASSE SOCIAL DA MOÇA.
Resumo
MR.BINGLEY SE APROXIMA DE JANE E VAI CONTRA A OPINIÃO DA
IRMÃ. NO ENTANTO, O JOVEM SUBITAMENTE DESAPARECE DA
CIDADE, DEIXANDO JANE SEM QUALQUER EXPLICAÇÃO.
O AMIGO MR.DARCY, POR SUA VEZ, CAI DE ENCANTOS PELA IRMÃ
ELIZABETH, EMBORA NUM PRIMEIRO MOMENTO SE RECUSE A
ASSUMIR OS SENTIMENTOS QUE TINHA POR SABER QUE A JOVEM
ERA DE ORIGEM HUMILDE. ELIZABETH, CONTUDO, ACHA MR.DARCY
UM HOMEM ARROGANTE E O REPUDIA.
A RELAÇÃO ENTRE OS DOIS É, PORTANTO, PAUTADA PELO
PRECONCEITO, PELA ATRAÇÃO, PELA PAIXÃO E PELA RAIVA. UM
MISTO DE SENTIMENTOS COMPLETAMENTE DISCREPANTES.
MR.DARCY, PORÉM, AFINAL TOMA CORAGEM E PEDE A MOÇA EM
CASAMENTO. ELIZABETH, CONTUDO, PERMANECE FIRME NOS SEUS
IDEAIS E RECUSA O PEDIDO AO ENXERGAR NELE UM HOMEM
PREPOTENTE E INESCRUPULOSO.
Resumo
AOS POUCOS, A JOVEM ACABA POR PERCEBER QUE O RAPAZ TEM
BOA ÍNDOLE E ADMITE OS SEUS SENTIMENTOS. AS COISAS MUDAM
ESPECIALMENTE DEPOIS DO RECEBIMENTO DE UMA CARTA QUE
MR.DARCY ESCREVE À ELA JUSTIFICANDO AS SUAS ATITUDES. APÓS
A LEITURA, ELIZABETH CONSEGUE VER QUE HÁ ALI UM HOMEM DE
BEM. FELIZMENTE MR.DARCY REITERA O PEDIDO DE CASAMENTO E
ELIZABETH AFINAL ACEITA. O CASAL VAI VIVER EM PEMBERLEY.
O FINAL FELIZ TAMBÉM ACONTECE PARA JANE, IRMÃ DE
ELIZABETH. MR.BINGLEY RETORNA À CIDADE E EXPLICA AS SUAS
MOTIVAÇÕES PARA TER IDO EMBORA REPENTINAMENTE. O RAPAZ
SUPLICA O PERDÃO À AMADA E A PEDE EM CASAMENTO. ELA
ACEITA O PEDIDO E OS DOIS FICAM VIVENDO EM NETHERFIELD.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
SR. E SRA. BENNET
Inquietos com o futuro da família, o casal tem como
preocupação central casar bem as cinco filhas. A mãe
foca a sua energia em procurar (e apresentar) bons
genros para as meninas. O próprio narrador constata:
"A única preocupação da sua vida era casar as filhas.
Seu consolo, fazer visitas e saber novidades.". O pai,
por sua vez, parece ser mais descontraído, curioso,
dono de um humor sarcástico, embora também fosse
bastante preocupado com o futuro financeiro do clã.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
ELIZABETH BENNET
Protagonista da história, Lizzie é descrita como uma
jovem bela, culta e inteligente. Inconformada com a
ordem social, ela não se subjuga e decide casar
apenas por amor. Uma das características centrais da
personagem é o forte senso de independência que
possui, Elizabeth é definitivamente uma mulher
deslocada do seu tempo histórico. Num contexto em
que as meninas eram criadas para serem esposas e
mães, Lizzie enxerga além, não se conformando em
seguir o status quo e reproduzindo relações por
conveniência.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
JANE BENNET
A primogênita da família Bennet, considerada uma moça
dócil e sonhadora, muito próxima da irmã Elizabeth, com
quem trocava frequentemente confidências. A irmã mais
velha do clã Bennet é descrita como sendo profundamente
tímida, recatada e extremamente bela.
MARY
Uma das irmãs Bennet, é aquela que tem obsessão por
livros e a que mais cultiva o intelecto. É considerada por
todos uma moça de muito juízo e de grande sabedoria
devido a infindável curiosidade que herdou do pai.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS

KITTY E LYDIA
As irmãs caçulas não são quase mencionadas, o
pouco que se sabe é que elas costumavam arranjar
problemas. Sabe-se que Lydia tinha extremo senso
de humor e era a irmã mais extrovertida do grupo.
Kitty, por sua vez, tinha em Lydia a sua melhor
amiga, as duas costumavam cochichar em voz
baixa partilhando segredos.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
MR. BINGLEY
Um jovem muito rico, de boa família, que aluga a
mansão de Netherfield e se encanta rapidamente
por Jane Bennet. Mr. Bingley parece ser um bom
rapaz, que carrega valores sólidos, mas acaba por
ser um tanto influenciável pela opinião alheia e
demonstra possuir uma personalidade fraca, sendo
dominado principalmente pela mãe e pela irmã.
Logo que Mr. Bingley aparece na trama, os pais
das irmãs Bennet demonstram interesse em casa-
lo com uma das filhas.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
MR. DARCY
Grande amigo de Mr. Bingley, descrito como
fechado e distante, não nutre a princípio nenhum
afeto pelas irmãs Bennet, que considera serem de
estatuto inferior. No princípio da narrativa, Mr.
Darcy carrega um ar arrogante e superior, como se
estivesse deslocado do universo da família
Bennet. No entanto, com o passar do tempo e com
a convivência com as irmãs, acaba por se
apaixonar por Elizabeth.
PERSONAGENS
PRINCIPAIS
CAROLINE BINGLEY
Irmã de Mr.Bingley, condena veementemente a
relação do rapaz com Jane Bennet por acreditar
que ela pertence a uma classe social inferior.
Carolina é, de certa forma, arrogante e acredita
que o seu sobrenome não deve ser misturado com
o de famílias consideradas reles.
ANÁLISE DA OBRA
O enredo é bastante rico e há uma preocupação nítida da
autora em retratar detalhadamente a sociedade inglesa do
século XIX com a sua cultura, os seus hábitos e os seus
valores morais. Como rapidamente se percebe, a dualidade
entre o amor e o dinheiro é a engrenagem que faz mover a
narrativa.

Observamos ao longo do texto, por exemplo, a forte


importância dada ao dinheiro e o preconceito dos
personagens em relação a origem das famílias dos
indivíduos. É certo que Austen muitas vezes faz de seus
personagens caricaturas sociais, no entanto, através do
comportamento deles é possível encontrar uma espécie de
retrato da sociedade inglesa da época.
ANÁLISE DA OBRA
A história de Orgulho e Preconceito é das mais adaptadas
para o cinema, para o teatro e para a televisão. Jane Austen é
tida como a autora inglesa mais importante para o país
depois de Shakespeare.

A partir do exemplo de Meryton, o subúrbio rural imaginado


por Austen localizado nos arredores de Londres, podemos
reconstruir um pouco da atmosfera da aristocracia rural
inglesa durante o século XIX .
DESFRUTE DA LEITURA

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