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Apresentação de Português - Apreciação Crítica de “Orgulho e Preconceito”:

Introdução:

Para a minha apresentação oral, decidi escolher o livro “Orgulho e Preconceito”, da


escritora britânica, Jane Austen, cujo título original é “Pride and Prejudice”. Este
romance de Austen foi publicado pela primeira vez em 1813, embora a autora o tenha
terminado em 1797, com apenas 20 anos de idade. “Orgulho e Preconceito” é um dos
maiores sucessos da literatura clássica. Retrata a sociedade dos séculos XVIII e XIX,
bastante marcada por contínuos jogos de interesses e pela relação de amor-ódio das
personagens principais, Elizabeth Bennet e Mr. Darcy. Apesar de a ação narrada se ter
passado há muito tempo, a história continua a exercer um enorme fascínio,
principalmente no público feminino, devido ao facto de falar do casamento por
interesse e do papel da mulher na sociedade.
Mas antes de vos falar propriamente do livro, vou dar-vos a conhecer alguns aspetos
da biografia de Jane Austen.
(Biografia de Jane Austen:)
Jane Austen nasceu em Hampshire, na Inglaterra, a 16 de dezembro de 1775 e faleceu
a 18 de julho de 1817, aos 41 anos.
Infelizmente, Jane Austen não chegou a ver o seu talento como escritora reconhecido
em vida, pois a sua popularidade só começou a aumentar em 1869. Na verdade, foi
apenas no século XX (20) que esta foi, finalmente, reconhecida como sendo a segunda
figura mais importante da literatura inglesa, sendo a primeira “Shakespeare”. Esta
posição foi-lhe atribuída devido à sua extraordinária capacidade de fundir o
romantismo e o realismo na mesma narrativa.
Embora tenha tido uma vida curta, Jane Austen escreveu sete romances conhecidos
mundialmente, estando entre eles “Orgulho e Preconceito”, “Sensibilidade e Bom
Senso” e “Persuasão”.
(Descrição do Livro:)
Passando agora para o livro propriamente dito, “Orgulho e Preconceito” narra uma
história cuja a ação decorre no séc. XVIII (18), em vários condados da Inglaterra. Esta
ação pode ser dividida em duas partes:
- A ação principal, que apresenta a relação de amor-ódio entre Elizabeth Bennet
e Mr.Darcy;
- A ação secundária, que envolve todas as peripécias à volta dos restantes
membros da família Bennet.
Falar sobre as personagens e a relação entre elas:
Em primeiro lugar temos o casal Bennet que tiveram cinco filhas (dizer os nomes)
sendo Jane a mais velha e Lydia a mais nova. Mr. Collins é um primo afastado de Mr.
Bennet que entra na história como o herdeiro legítimo da propriedade onde reside a
família bennet, visto que como Mr. Bennet apenas tinha filhas e nenhum filho não
havia nenhum herdeiro direto para herdar a propriedade. Lady Catherine é uma
mulher bastante influente na sociedade daquele tempo e é importante na história, visto
que é tia de Mr. Darcy e de sua irmã, Miss Darcy. Mr. Bingley é o melhor amigo de
Mr.Darcy que vão aparecer juntos juntamente com a irmão de Mr.Bingley, Miss
Bingley no condado onde vive a família Bennet. A relação entre Mr.Darcy e
Mr.Wickham é bastante complicada de explicar, ambos cresceram juntos, no entanto
durante a história estas duas personagens não gostam uma da outra.
Elizabeth Bennet, a segunda filha do casal e personagem principal do livro, era uma
rapariga de espírito vivo, independente, sincera e teimosa, com tendência a julgar as
pessoas pelas primeiras impressões. Esta apresenta também uma consciência
feminista, afirmando desde o início da obra que nunca casaria, a não ser por amor, e
que jamais se submeteria a algum homem.
Quando Mr. Bingley, um homem simpático, rico e solteiro, decide alugar uma casa
perto da família Bennet na companhia do seu amigo Mr. Darcy, que por oposição, era
um homem aristocrata, altivo, orgulhoso e preconceituoso em relação a classes
inferiores, Mrs. Bennet e suas filhas ficaram logo em grande agitação. Jane, a irmã
mais velha de Elizabeth, parece ter tudo para conquistar o coração de Mr. Bingley,
enquanto Elizabeth, logo após conhecer Mr. Darcy, acredita que ele é o último homem
com quem um dia poderia casar-se. Devido à grande diferença de estatuto social entre
Mr.Darcy e Elizabeth, estes estão em discordância durante quase toda a história; e o
orgulho e o preconceito que ambos possuem quase os impede de perceberem o quão
felizes poderiam ser juntos, se pusessem de lado aqueles sentimentos.
Aspetos Mais Interessantes:
Um dos aspetos que mais me cativou na leitura desta obra foi o facto de “Orgulho e
Preconceito” constituir uma forte crítica à sociedade dos séculos XVIII e XIX. A
história criada pela autora demonstra como a vida das pessoas era movida apenas por
anseios e interesses económicos e como o preconceito entre classes afetava as relações
sociais e afetivas. Jane Austen começa o livro com a frase “É uma verdade
universalmente reconhecida que um homem solteiro em posse de fortuna necessita de
uma esposa.”. Este começo do romance suscitou a minha reflexão, dado que, Jane
Austen, com esta simples afirmação, consegue, simultaneamente, mostrar o desagrado
pela sociedade do seu tempo, e criticar a forma como os casamentos eram vistos
naquela altura, apenas como meros acordos comerciais.
Censura das aparências:
Outro aspeto que prendeu a minha atenção foi a forma como esta obra expõe,
perfeitamente, como as ideias apressadas que construímos sobre os outros, acabam,
muitas vezes, por destruir as relações humanas - não é por acaso que, inicialmente, o
livro se intitulava “First Impressions”.
Sendo assim, a censura e o preconceito, abordados neste romance, revelam-se nas
personagens de Mr. Darcy e Mr. Whickham – o primeiro, que inicialmente é visto
como arrogante e preconceituoso, mas que, no final, se mostra sensível e de bom
caráter; e o segundo, que se apresenta como o melhor dos partidos, mas acaba por se
revelar interesseiro e má pessoa.
Excertos relevantes:
Ao longo da leitura desta obra, encontrei várias frases que considerei serem muito
significativas, entre elas está esta que vou citar:
 “e eu de boa vontade perdoaria o seu orgulho, não fora ele ter ofendido o meu”.
(capítulo 5)
Elizabeth diz esta citação, após Mr.Darcy se ter recusado a dançar com ela num baile,
pois não a considerava suficientemente bonita. Eu decidi escolher esta frase, pois, ao
longo da história, torna-se evidente que foi este mesmo evento que tornou a opinião de
Elizabeth em relação a Mr. Darcy negativa, deixando-a vulnerável às mentiras de Mr.
Whickham, dado que este apenas criticava Mr. Darcy devido ao ódio que lhe tinha.
Para além disto, eu também escolhi esta citação pelo facto de ser o primeiro momento
da obra onde Elizabeth e Darcy são capazes de reconhecer que não são perfeitos, e
como todos nós, apresentam defeitos - Elizabeth reconhece o seu orgulho e Darcy
admite que os seus preconceitos são formados muito rapidamente, e que muitas vezes
sem qualquer tipo de fundamento.
Conclusão:
Em conclusão, eu decidi escolher este livro pela forte mensagem que transmite e pela
atualidade do tema, dado que Jane, na sua obra, foi capaz de mostrar que as aparências
podem enganar e que muitas vezes julgamos uma pessoa sem a conhecer o suficiente,
algo que acontece muito nos dias de hoje. A minha opinião, em relação a este livro, é
extremamente positiva. Apesar desta obra ser um clássico, o que faz muitas pessoas,
especialmente jovens, perderem o interesse, considero que foi uma das melhores
leituras que já fiz. É verdade que o seu vocabulário, por vezes, é um pouco difícil de
entender, no entanto, Jane Austen aborda vários temas de extrema importância de uma
forma não muito pesada, recorrendo frequentemente à ironia, tornando, por vezes, as
suas personagens em caricaturas sociais. Por fim, recomendo esta leitura a todos os
que apreciam romances da época com um pouco de sarcasmo, tendo a convicção de
que vão apreciar a leitura tanto como eu apreciei.

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