Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GERENCIAL E
LIDERANÇA
Introdução
A gestão estratégica de pessoas tem como objetivo alinhar as com-
petências dos colaboradores das organizações para que os objetivos
estratégicos traçados sejam alcançados ao longo do tempo, o que envolve
uma participação ativa dos líderes organizacionais. A liderança necessita
de conhecimentos e habilidades específicas para conduzir seus grupos e
equipes da maneira mais eficiente possível, ampliando as possibilidades
de êxito no alcance de resultados.
Para que a liderança encontre espaço de realização, os fatores con-
textuais são determinantes, pois se aliam com as possibilidades de es-
tabelecer políticas de gestão de pessoas e as devidas práticas junto aos
integrantes das equipes. Essas práticas farão com que cada um exerça
seu papel, somando esforços, produzindo sinergia e criando as condições
necessárias para alcançar metas e objetivos com eficácia.
Neste capítulo, você vai estudar as competências requeridas de um
líder que atue na gestão estratégica de pessoas. Vai também ler sobre
os elementos contextuais que se relacionam com a tarefa da liderança e
conferir algumas ações que podem ser implementadas pelos líderes para
que suas equipes desenvolvam-se e comprometam-se com os resultados.
2 Habilidades para o exercício da liderança
dade ao quociente de inteligência emocional que esse líder possui. Isso envolve
a forma como conhece a si próprio e a capacidade de gerenciar suas emoções,
além de reconhecer e considerar as emoções daqueles que coordena, o que
exige que tenha um bom relacionamento interpessoal com os integrantes de
sua equipe. Segundo Goleman (2015, p. 12), “[…] a inteligência emocional é a
condição sine qua non da liderança. Sem ela, um indivíduo pode ter a melhor
formação do mundo, uma mente incisiva e analítica e um suprimento infinito
de ideias inteligentes, mas não será um bom líder”. Isso significa que dominar
aspectos emocionais é tão importante para o exercício da liderança quanto
dominar questões cognitivas ou intelectuais.
Da mesma forma, pode ocorrer que o líder não concorde com o que está
ouvindo e, então, precisa ordenar seus argumentos para defender suas convic-
ções a respeito do assunto tratado. Nesse caso, o líder entende que a escuta,
além de produzir estima e identificação com os colaboradores, também auxilia
no desenvolvimento destes.
Quando nos referimos à habilidade de escutar, não nos referimos somente à fala, pois a
expressão corporal também fornece indícios para a nossa percepção, como gaguejos,
rubor das faces, tremores das mãos, desvio do olhar, aceleração da respiração, suor.
Esses e outros aspectos denunciam como a pessoa que está falando se sente no
momento em que se expressa junto à equipe.
O líder deve também ter habilidade com a fala, fazendo bom uso da
comunicação verbal e não verbal (palavras e expressões corporais) para co-
municar o que pretende. A liderança de uma equipe costuma não se utilizar
de coerção ou imposição autoritária. Ser capaz de se comunicar de forma
6 Habilidades para o exercício da liderança
recursos adequados;
liderança e estrutura;
clima de confiança;
avaliação de desempenho;
sistema de recompensa.
Imagine uma equipe que, após se reunir, analisar as informações existentes e deliberar
sobre elas, conclui ser necessário aplicar uma pesquisa de campo junto aos consu-
midores. Depois de projetar a pesquisa, precisa criar seus instrumentos de coleta
de dados, realizar o estudo de zoneamento de onde e quem fará a aplicação. No
entanto, essa equipe tem sua iniciativa vetada por não existir orçamento ou veículo
para a condução dos pesquisadores. Imagine também os impactos na motivação dos
integrantes de uma equipe ao perceberem que os líderes não seguem a mesma forma
de avaliação de seu desempenho ou recompensa por não existir nada formalizado na
organização. Esses fatores causam impactos indesejados na performance da equipe,
relacionados à questão de planejamento dos recursos que, por sua vez, fazem parte
do contexto organizacional.
Esse fator que caracteriza as equipes, sobretudo aquelas com alta perfor-
mance, de poder opinar, de discutir a favor ou contra os assuntos abordados
ao deliberar sobre a decisão que será tomada, faz com que as pessoas se
engajem na busca pela concretização dos objetivos. Isso porque elas ajudaram
a construí-los coletivamente e confiam que, pelo processo adotado, foram
respeitadas e consideradas, ainda que o seu ponto de vista, naquele momento,
não tenha sido aplicado.
Ao referir-se aos sistemas de avaliação de desempenho e recompensas,
Robbins (2009, p. 125) declara que “[…] as avaliações individuais de desem-
penho, a remuneração fixa, os incentivos individuais e práticas semelhantes
não são consistentes com o desenvolvimento de equipes de alto desempenho”.
Poderíamos então questionar: como fazer uma avaliação que se ajuste ao
funcionamento das equipes? Alguns princípios ajudam a responder a essa
pergunta. Primeiramente, ao se tratar de uma equipe, a ênfase deve ser sempre
no coletivo, no produto que resultada do trabalho colaborativo de todos; caso
contrário, estará contribuindo para prejuízos no clima de trabalho e para a
criação de conflitos interpessoais. Por isso, deve-se estabelecer avaliações em
grupo, buscar a participação das equipes nos resultados finais, nos lucros da
organização, premiar as equipes como um todo pelas suas conquistas, além
de investir em políticas de remuneração flexíveis que se ajustem aos projetos
que as equipes estão conduzindo.
Como vimos, os elementos contextuais estão diretamente relacionados aos
processos em que as equipes diariamente se envolvem e devem ser considera-
dos pela liderança, pois contribuem para que apoiem a organização rumo aos
seus objetivos estratégicos. Vamos conhecer na sequência algumas práticas
que a liderança pode realizar para que a equipe se torne motivada e engajada.
10 Habilidades para o exercício da liderança
Um dos conceitos que contribui para a análise das questões ambientais amplamente
difundido nas organizações contemporâneas é a busca pela qualidade de vida no
trabalho (QVT), que objetiva o bem-estar dos colaboradores. São realizadas ações
que consideram a saúde do trabalhador, tendo como base a ergonomia e estudos
de riscos e acidentes a que os colaboradores podem estar expostos diariamente no
ambiente de trabalho.
1. grupo de atividades;
2. tempo que se mantém;
3. reconhecimento social;
4. modo de organização da vida.
Para que ocorra inovação, são necessários canais por meio dos quais as
pessoas expressem suas ideias, além da abertura para que explorem novas
hipóteses, aprimorem seu nível de conhecimento e experiência sobre os temas
em questão. Para que isso ocorra, necessita-se do aval da liderança.
Entre as ações da liderança que se voltam para questões externas dos
membros da equipe, o networking se destaca pela sua relevância e por ampliar
o entendimento sobre o tema. Costumamos entender o network de forma
Habilidades para o exercício da liderança 15
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.