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Aula 1

A semiologia é o estudo da Linguagem liderada por Ferdinand Saussure, porém Louis


Hjelmslev deu uma importante contribuição para o desenvolvimento nos estudos dessa
área.

Pierce começou seus estudos no início do Século Passado.

Pierce dizia que: “Linguagem é a matriz do comportamento e pensamento humano e não


apenas um sistema de sinalização”.
- No início tinha apenas a gramática que se limitava a ver o certo e o errado sem explicar o
comportamento humano.

Sausurre olhava para o passado e não projetava o futuro, no entanto ele dentre outros
estudiosos conseguiu colocar a linguagem na esfera da comunicação geral e das atividades
humanas. Ele criou a “ciência geral de todos os sistemas de signos através dos quais
estabelece-se a comunicação entre os homens ou a semiologia.

Língua é tudo que permeia o homem menos a fala. São os valores. Fala é um ato individual
de utilização da língua.

Em design é necessário sair da Língua / Fala – E usar o Esquema / Uso, onde esquema é
saber que um carro tem rodas / janelas / teto e o uso é efetivamente construir um carro.

Por exemplo: Na pintura o estilo renascentista é a língua e os quadros pintados nesse estilo
é a fala – Todos os quadros desse estilo são casos léxicos e um quadro de um pintor desse
grupo é um caso idioleto.

Aula 2
Segundo Pierce signo é algo que está no lugar de outra coisa e para Saussurre o signo se
divide em conceito e imagem acústica.

Imagem Acústica (no caso significante) é a própria citação do conceito ( que no caso é um
significado).

A ordem segue da seguinte maneira:

Signo - > Significado - > Conceito


Significante Significação – é um ato individual localizado no tempo e espaço.

O signo é uma unidade mínima de primeira articulação. Para que exista signo é necessário
que exista alguém que o interprete.

Sema = é um conjunto de signos, porém sua decomposição não o torna legível. Ex. Pistão
de um carro

Signo = carro
Significado = Objeto locomotivo
Significante = Desenho / palavra / som de carro
Significação = Status / contexto dado pela pessoa / massas flutuantes de pensamento.

Aula 3
Semiologia é a ciência dos sistemas de signos

A estrutura da linguagem é formada por 2 planos: Plano de expressão e plano do conteúdo:

Plano de expressão equivale a forma e plano de conteúdo equivale a matéria: forma e


matéria é a substância.

O produto físico é a substância formada por algo que o representa (forma) mas existe
fisicamente (conteúdo).

Comutação sígnica = onde os componentes de signos diferentes são iguais, porém a


mensagem do signo é diferente.

Deve-se perceber as particularidades dos componentes para se montar um sistema válido.


Ex: uma coleção de produtos. Deve-se levantar as similaridades e analisar o que deve ser
utilizado ou não.

Exercício: levantar características de uma coleção e avaliar as características comuns e


apontar se é um fator positivo ou negativo e porque.

O signo é lido dentro de um contexto e não sozinho, embora isso pode acontecer. Ex.
quando se fizer um produto contextualizar.

Exercícios: Avaliar uma página de revista e observar se o contexto do produto está


condizendo com o conceito aparente do produto.

Diantes dos signos se perguntar: O que é esse signo? Do que é reflexo?

Aula 4
Contextualização X Descontextualização
Um objeto deve estar em consonância com o seu contexto externo, no entanto é necessário
descontextualizar o produto para se observar se ele estava realmente contextualizado.

Semiótica é de certa forma uma ciência lógica que estuda a reação inconsciente das
pessoas frente as situações da vida.

Aula 5
Divisão Semiótica do produto:

Sintaxe ( técnica construtiva: detalhes visuais: juntas / orifícios / texturas / cores) / Material /
Semântica (forma) / Pragmática ( uso)

Todo o produto é divido nessas 4 partes


Só que a semântica é uma soma de todas as partes;

Na semântica do produto deve ficar bem claro:

O que o produto representa;


Como o objetivo do produto é expresso ou representado;
A que ambiente o produto parece pertencer,

Os produtos devem ter a capacidade de informar:


A existência do próprio produto;
Origem – Cultura / País / Fabricante
Qualidade – Função, uso, manutenção

Características manifestas no produto:


Elementos de configuração
Materiais Empregados / Acabamento
Composição e organização das partes
Esquema cromático aplicado
Odores
Sons e demais sentidos.

Aula 6

Relação do produto com a questão modelo / série

O sistema funcional por si já se vale – alterações no sistema já indicam uma constatação


diferente de linguagem
Os objetos se correspondiam entre si no passado. Hoje não mais de uma maneira pessoa
( cadeira e mesa por exemplo um não depende mais do outro)

O homem de hoje é um hipocondríaco mental obcecado pela circulação da mensagem. Sem


mistérios, por isso o mistério chama tanto a atenção.

O objeto serve para nos situar no tempo.


O modelo e a série se diferenciam quando se parte do pressuposto da personalização

O objeto é a representação da adesão do homem a sociedade.

Intimamente vivemos em uma dimensão coletiva onde nós gostamos do que todos gostam.

Todos os compradores pertencem a uma categoria definida... ou esteriótipo.


Aula 7
Tricotomia semiótica:

Primeira:
Signo / Objeto / interpretante

Ícone:imagem representativa fiel. Ex. uma foto


Índice: Algo que leve a uma idéia. Ex. Chão molhado indicando chuva.
Símbolo: elemento que represente uma idéia estabelecida. Branco representando paz.

Segunda tricotomia:

Qualisigno: O signo como uma qualidade: Uma cor, uma textura.


Sinsigno: Um evento ou coisa (algo). Um cata vento / uma queda.
Legisigno: Um signo regido por uma convenção humana. A escrita / a matemática

Terceira Tricotomia

Rema: Signo que pode ou não ser verificado. Ex. vermelho. Há a idéia da representação
porém não esta ligada a nada específico.
Dicisigno: Signo de algo real. Existe como coisa concreta
Argumento: É um signo da razão.

Categorias dos signos:


Primeiridade Ícone Qualisigno Rema
Secundidade Índice Sinsigno Dicisigno
Terceiridade Símbolo Legisigno Argumento
Signo em relação a Signo em relação ao Signo em relação ao
ele mesmo objeto interpretante

Segundo Pierce o objeto determina seu interpretante.

Mais sobre categorias de signos


Primeiridade: Caráter Qualitativo do signo – Pré Reflexivo / Sensível
Secundidade: Experiência – causa acidental / experimentação
Terceiridade Lugar da regra / convenção / leis

Aula 8
Interpretante do signo:

Imediato – é o interpretante do próprio signo


Dinâmico – É o efeito concreto do signo
Final – É como o signo é representado no fim do processo

Sentido = É o efeito do signo sem reflexão prévia


Significado = É o efeito produzido no interprétepe
Significação – é o efeito em condições ideais no interprete

A pessoa está naturalmente mais perto da significação do que do sentido.

Aula 9
Cultura

Na alemanha no séc. XVIII começou um grande questionamento reflexivo sobre a nossa


cultura.
- Crenças / desenvolvimento dos povos, etc...
A discussão surgiu da necessidade da Alemanha se unificar.

Cultura vem do latim colere que significa cultivar. desenvolvimento intelectual,


saber; utilização industrial de certos produtos naturais; estudo, elegância;
esmero; conjunto dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de
outros valores morais e materiais, característicos de uma sociedade; civilização.

A europa passou a dominar outros países e surgiu a necessidade de entender as novas


culturas.

No século XiX a alemanha tinha uma visão laica (não religiosa) o que facilitou muito o estudo
da cultura. Principalmente com as teorias evolucionistas de Darwin. Então começou a se
discutir a cultura de uma maneira científica de forma efetiva.

Está ligada a modos diferentes de organizar a vida social e transformar recursos naturais

Cada realidade cultural tem sua lógica interna a qual devemos procurar conhecer costumes,
comcepções e as transformações pelas quais passam.

O estudo das culturas tem como objetivo o combate ao preconceito

As culturas estão em constante contato e interação. O isolamento das civilizações trazem


problemas para as mesma pois não há troca de informações e nem evolução.

A dominação de determinadas técnicas permitiu que houvesse a possibilidade do


sedentarismo e com isso a possibilidade da criação.

Aula 10
Cada cultura é o resultado de uma história peculiar – o estudo da cultura permite fazer um
levantamento do passado para o presente – e do presente para o futuro.

As culturas são naturalmente desiguais portanto deve-se explorar essas desigualdades da


melhor maneira possível em termos de produto e exploração de capital.

Cultura é tudo que é produzido e consumido dentro de um determinado grupo de pessoa


num determinado espaço geográfico, entre essas coisas teatro, música, crenças, pintura e
toda e qualquer manifestação artístico-produtiva. Cultura é tudo aquilo que caracteriza a
existência social de um povo ou nação.

Não se pode falar de produção intelectual sem pensar na sociedade a qual se referem.

A cultura é dinâmica portanto está em constante mudança pois muda em função de


variáveis externas e internas.

Mas é preciso haver o entendimento da cultura para gerar novos mercados. O entendimento
das culturas permite reforçar raízes e entender o que realmente acontece em casa país.

A cultura se opõe a selvageria ou seja é marca da civilização / é qualquer produção humana.

Cultura é a noção que determinado povo tem da realidade e como expressam / ou tratam
das características de uma realidade social.

Deve-se preocupar com a totalidade, mas não da pra ignorar as interações.

AS diferenças culturais muitas vezes partilham processos históricos comuns.

As produções humanas formam a cultura e também a determinam por meio de um processo


histórico.

O processo de simbolização é muito importante para a cultura:


A simbolização condensa o conhecimento e portanto a informação é processada transmitida
e transformada.

A cultura diz respeito a processos globais ou seja é complicado fazer dissociações, e a


própria cultura é motivo de conflito e interesses.
Aula 11

Alta Cultura / Média Cultura e Baixa Cultura

Cultura Superior = Cultura Erudita


Cultura Média = Utilização de Elementos da Cultura Superior ou pelo menos uma tentativa
Cultura de massa = Cultura de fácil entendimento e baixa complexidade

A cultura de massa aliena pela facilidade da interpretação

Embora as cultura tenham diferentes categorias (alta / média e baixa ) elas podem alternar
dependendo da como é interpretada. Ex: A mpb (de Tom Jobim) na década de 70 era baixa
cultura hoje é alta em função não do aumento de complexidade da mensagem mas sim em
função da diminuição de capacidade interpretativa do povo.

A cultura serve entre outras coisas para a satisfação dos prazeres.

Cultura superior tudo é permitido no entanto se exige seriedade da cultura de massa.

A alienação vem do consumo e não da criação – Alienação é um estado de falta de reação


devido ao efeito indicial criado pela informação de fácil assimilação.

Falar sobre a consciência indicial / icônica e simbólica.

Aula 12

Esteriótipos:

É um grupo num determinado espaço geográfico que tem em comum a linguagem.

Aula 13

Todo o produto causa um tipo de reação na pessoa e esse trabalho é contínuo:

Reação
Produto ----------------------- Indivíduo = Trabalho Contínuo
Resposta

Usuário é usuário apenas em uma determinada etapa do processo pois ele pode ser
também: Comprador / Utilizador / Espectador

Pra transformar o espectador em usuário é necessário persuadi-lo. Persuasão é fazer crer em


algo. Para então começar o processo de manipulação que é fazer com que o espectador
assuma algum tipo de atitude, que no caso seria o ideal o consumo do produto.

Para que esse processo todo aconteça é necessário se utilizam algumas técnicas de
persuasão:

Intimidação = Punição
Provocação = Desafio
Tentação = Premiação
Sedução = Sentimento

Deve-se observar no entanto quando a mensagem deixa de ser uma informação (original /
conceitual) e passa a ser redundante ( repetido e conhecido ) e até que ponto isso é
interessante.

Aula 14
Comunicação
O indivíduo concebe / codifica e emite intencionalmente sinais para obter uma reação
estabelecendo um intercâmbio de idéias e sentimentos. Esse processo é dinâmico pois
exige uma permanente atividade psico-social.

Cada lance altera o jogo todo – cada segundo as coisas se modificam – portanto as relações
estão em constante evolução. No entanto para se iniciar o processo comunicativo é
necessário conhecer as regras do jogo.

Elementos básicos da comunicação: Fonte / comunicador – Mensagem / canal – receptor /


destinatário – Todos são interdependente.
Questões para se estudar em sala: por que as empresas não procuram os clientes?

Diálogo vem do grego conhecimento a dois – todas a comunicação visa estabelecer relação
e somar experiências. Então o receptor replica virando emissor pacífico ou não / acentindo a
mensagem ou não.

Comunicação massiva é unilateral sob determinados aspectos pois há a negação do diálogo


– no entanto se observa que existe uma reação. O comportamento social muda em função
do que a comunicação massiva apresenta.

O processo de comunicação se da entre indivíduos / grupos / massas ou mesmo na


interiorização do indivíduo.

A comunicação permite expressar valores culturais relacionados com os interesses do grupo


ao qual pertencem.

Técnicas de persuasão ou propagandas são utilizadas para passar as mensagens.

Aula 15
Continuação sobre teorias da comunicação

Sociedade e comunicação são uma coisa só. A comunicação não pode ser melhor que a
sociedade e o contrário também é válido.

A comunicação é o canal pelo qual a cultura foi transmitida ao longo da história.

Os programas comunicativos interpretativos por exemplo oferecem além da transmissão da


cultura o possibilidade da catarse emocional -> experimentar alegrias, ou dar vazão a outros
sentimentos.

A comunicação afeta a vida no sentido dos exemplo (os exemplos que a mídia trás são
seguidos senão fielmente mas de uma maneira muito próxima ).
Aula 16

O signo nasceu da associação de um gesto ou som a uma ação ou objeto -> a significação
nada mais é do que o uso social do signo.

A atribuição de significados aos signos é a base da comunicação.

Histórico da comunicação e transmissão cultural:

35.000 – 15.000 anos a.c. – figuras nas rochas


3.000 a.c. – egípcios com a representação dos desenhos em seqüência

Em paralelo = Ideografia – china – desenho representava a idéia

No ocidente a palavra e o desenho representavam um som e os sons combinados


representavam idéias – daí derivou as letras.

Houve a necessidade de registro das coisas pois as informações começaram a se perder no


tempo e espaço – então começou a tecnologia no sentido de onde armazenar as
informações = pergaminhos / papiros / papel / etc... Além dos vitrais ao longo da história que
representavam as idéias por meio das imagens para o povo que era completamente
analfabeto.
A maneira massiva de se comunicar está em constante evolução – porém ainda apresenta
problemas... afinal de contas como se deve proceder com a comunicação?
Para resolver estes problemas a UNESCO criou uma comissão de estudo dos problemas da
comunicação -> a comunicação pode estabilizar ou desestabilizar governos.

Mas para que serve a comunicação? Para as pessoas se relacionarem transformando-se


mutuamente e a realidade que as rodeia.

A comunicação é dividida em algumas funções:

Instrumental: Satisfazer as necessidades materiais ou espirituais. Eu quero, eu preciso....

Informativa: apresentar informações -> é 1.000 reais o preço, tenho algo a dizer....

Regulatória: controlar o comportamento alheio -> faça isto, faça aquilo....

Interacional: Relacionamento com os outros -> vamos fazer isso, vamos aquilo outro

Expressão social: expressar o eu ( ego ) -> eu amo a liberdade, eu sou mais eu, eu qualquer
coisa....

Explicativa / heurística: exploração do mundo -> por que isso, por que aquilo?

Imaginativa: Criar um mundo de fantasia -> o que eu faria se....

Aula 17
A realidade pessoal influi no comunicar e a comunicação influi na realidade.

Elementos básicos da comunicação

- Realidade ou situação onde se realiza e tem efeito transformador


- Interlocutores
- Conteúdo / Mensagem
- Signos para representar a mensagem
- Os meios para que isso aconteça

É impossível determinar onde começa e termina os processos comunicativos ( ou a


comunicação ) afinal quem começa? Quando começa? Onde Começa?

Fases da comunicação

- Pulsação Vital: É o comportamento humano em constante interação consigo mesmo e com


o meio ambiente;
- A interação: é a emissão e recepção das informações que contemos e que nos rodeia;
- Seleção: Compartilhamento do que nos interessa e atenção no que nos interessa;
- Percepção: É o sentir o que nos rodeia por meio da visão, olfato e os outros sentidos;
- Decodificação: Determinação dos códigos a que pertencem a comunicação propriamente
dita;
- Interpretação: é o entendimento dos sinais;
- Incorporação: caso haja ameaça de algum tipo a mensagem é descartada, caso não, é
incorporada – as vezes a incorporação é parcial;
- Reação: é o processo normalmente visual do entendimento da mensagem: ou não

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