Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia Fernanda Oficial
Monografia Fernanda Oficial
SOBRAL
2023
FERNANDA DA SILVA SANTIAGO
SOBRAL
2023
FICHA CATALOGRÁFICA
Apresentada em
_____/_________/2022
Banca examinadora:
__________________________________________________________
Orientador: Prof. Titulação –Nome do(a) Orientador(a)
Centro Universitário INTA - UNINTA
__________________________________________________________
1º Examinador: Prof. Titulação nome
Filiação institucional
___________________________________________________________
2º Examinador Prof. Titulação nome
Filiação institucional
Dedico à minha família e a todos aqueles
que foram essenciais para a construção
deste texto.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, a rocha sólida que sustentou meus passos ao longo de
todos os anos e de maneira especial neste último ano. O ano que imaginei ser o pior
da minha vida transformou-se no melhor, pois Deus me livrou de inúmeras
adversidades, guiando-me com Sua luz.
Aos meus avós, Santiago e Silva, que sempre foram amáveis, decentes e
infalivelmente generosos em sonhar junto comigo cada momento dessa graduação.
São meus alicerces, sem os quais eu não poderia firmar-me. Tenho orgulho de ser
neta de cada um dos senhores.
Ao Sr. João da biblioteca, cujo gesto simples de oferecer um armário alto para
que eu não precisasse ficar no chão tornou meus dias de estudo mais confortáveis.
Seu carinho ao guardar um cafezinho dos colaboradores para mim não apenas
alimentou meu corpo, mas também aqueceu meu coração.
À Hillary Mara, que é a amizade descrita em Provérbios 27:9, amizade que vai
além das palavras, compartilhamos sonhos, vitórias, derrotas, choros e alegrias.
Obrigada por estar ao meu lado mesmo quando digo que não quero. Você é um anjo
que o destino me deu, e nossa amizade é um tesouro que vai muito além do Direito.
À Ana Clara, enviada por Deus para trilhar este último ano, estudamos juntas
diariamente para o exame da ordem, descansamos a alma nas quintas de adoração
ao Santíssimo. Sua força e alegria me impulsionaram, e com você, tudo se tornou
mais leve.
A Iasmin e Larissa foram como raios de sol em dias nublados, sempre me
incentivando e trazendo a luz da esperança. Com o apoio delas, superamos desafios
e celebramos conquistas.
Às minhas irmãs, desde o nascimento de vocês, aprendi a compartilhar não
apenas as coisas, mas também o amor, as risadas, as roupas e a cumplicidade.
Obrigada por multiplicarem as alegrias e tornarem nossa família ainda mais especial,
triplicada com a chegada da Maria. Cada momento com vocês é um presente
valioso. Obrigada por tornarem minha jornada acadêmica e minha vida mais
incríveis.
Aos meus pais, não há palavras que possam expressar toda a gratidão que
sinto por vocês. Vocês suspenderam tempo e investiram recursos, financiaram meu
sonho e me deram um suporte inabalável, sempre acreditando em mim. Vocês dois
são a essência da minha conquista, e meu coração transborda de amor e gratidão
por ter pais tão incríveis.
À minha mãe, você não apenas incentivou meu melhor, mas desceu a serra
todos os dias comigo em Tianguá, fez companhia e trilhou um curso de 5 anos ao
meu lado. Sua dedicação e amor moldaram minha jornada.
Ao meu pai, sempre com seus esforços incansáveis em me dar exemplos de
conduta que contribuíram para a formação da minha personalidade. Ao longo
desses incríveis 22 anos, meu pai nunca me limitou, sempre me mostrando que eu
poderia ser quem eu quisesse. Enquanto ele me guiava, talvez não tenha percebido
que a pessoa que mais desejava ser era ele. Obrigado, pai, por ser meu exemplo
em tudo.
Ao final, expresso meu profundo agradecimento a todos que, de alguma
maneira, tocaram e enriqueceram tanto minha jornada profissional quanto pessoal.
"Um sonho é um desejo que seu coração
faz." (Cinderela)
RESUMO
This study addresses a legal and social issue of great relevance and ongoing
relevance: abortion. The discussion persists regarding the limits of the right to life of
the fetus in the mother's womb as opposed to the woman's rights over her own body.
Many defend the need for a secular State in legislation, although there are
considerations about customs and particularities of each society, which cannot be
disregarded by legislators. Abortion, when carried out voluntarily, can be classified as
homicide, as it interrupts the life of a child even before its birth. This article addresses
reflections on this topic, supported by national and international scientific articles,
through a bibliographic-methodological review. In view of this, it becomes evident
that the right to life is being restricted by interrupting the birth of individuals who
would have prospects of access to fundamental and human rights enshrined in the
1988 Federal Constitution, especially in art. 5. Therefore, the importance of
protecting life stands out, as recommended by the Federal Constitution itself.
Keywords: abortion; life; anencephalic; judicial activism.
LISTA DE GRÁFICOS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................................................................... 1
3.1 ERRO 1 5
3.2 ERRO 2 5
3.2 ERRO 3 5
4 ATIVISMO JUDICIAL........................................................................................................................................................................................... 4
6 CONCLUSÃO 4
REFERÊNCIAS 4
1 INTRODUÇÃO
Este projeto busca analisar o direito à vida frente à ADPF 54, uma ponderação principiológica de direitos fundamentais basilares da
Constituição Federal versus a mutação da interpretação acerca da interrupção da gravidez de fetos anencéfalos.
Inicialmente, para o entendimento integral do tema proposto, faz-se necessário entendimentos básicos jurídicos, como o conceito acerca do
direito à vida, a anencefalia e o mencionado na decisão em questão acerca da ADPF 54, que serão definidos no decorrer do presente trabalho de
pesquisa.
Em decisão abordada na ADPF nº 54, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a interpretação que considera a interrupção da gravidez de feto
anencéfalo como aborto é inconstitucional, ao determinar que a gestante possua a liberdade de escolher interromper a gravidez caso seja
A anencefalia trata-se de uma má formação que acontece durante a gestação e é caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da
calota craniana. Ainda que haja má formação, não se podem considerar esses fetos como fetos sem vida.
A interrupção constitui uma violência contra um ser fragilizado. Diante do exposto, essa pesquisa se debruça a analisar a seguinte
problemática: a interrupção da gravidez justificada pela anencefalia do feto é capaz de abrir prerrogativa para fomentar a intolerância e a
A pesquisa em questão analisa os requisitos da ponderação dos princípios fundamentais constitucionais, levando em consideração a
premissa de que todos os seres humanos, desde a sua concepção, estão em constante movimento, nos diferentes ciclos que compõem a vida,
seja ela embrionária, fetal, recém-nascida, infantil, juvenil, adulta ou idosa. Acredita-se que a vida engloba todos esses ciclos vitais.
A relevância social se dá a partir do entendimento de que, ao considerar que a ciência e a tecnologia, enquanto criações humanas,
também possuem suas limitações e imperfeições, não podendo pautar-se como verdade absoluta um diagnóstico que indique má-formação
congênita do feto.
Assim, torna-se relevante juridicamente analisar acerca de que, ainda que ocorra a má-formação, não pressupõe sua perda do direito à
vida. Isso leva ao questionamento da mutação da interpretação acerca da interrupção da gravidez de fetos anencéfalos, sobre qual o Supremo
O direito à vida encontra-se em vários diplomas legais, como a Constituição da República Federativa do Brasil/1988, leis específicas
de proteção à vida, códigos penais que criminalizam a violação do direito à vida e tratados internacionais de direitos humanos ratificados. Além
disso, pouco se sabe quando de fato se inicia a vida, pois, por sua complexidade, ela se torna sagrada independentemente de religião ou de
convicção filosófica.
Quanto à vida humana, será ela subjetiva, instrumental ou intrinsecamente valiosa? É valiosa nos três sentidos, acreditamos quase
todos. Tratamos o valor da vida de uma pessoa como instrumental quando a avaliamos em termos do quanto o fato de ela estar
viva serve aos interesses dos outros: do quanto aquilo que ela produz torna melhor a vida de outras pessoas, por exemplo.
[...]Chamemos de pessoal o valor subjetivo que uma vida tem para a pessoa cuja vida se trata. É um valor pessoal o que temos em
mente quando dizemos que, normalmente, a vida de uma pessoa é a coisa mais importante que ela tem. É valor pessoal aquilo que
um governo tenta proteger, como fundamentalmente importante, quando reconhece e faz revigorar o direito das pessoas à vida. [...]
Se pensarmos, porém, que a vida de qualquer organismo vivo, inclusive a do feto, tem valor intrínseco a despeito de também ter,
ou não, valor instrumental ou pessoal – se tratarmos qualquer forma de vida humana como algo que devemos respeitar, reverenciar
e proteger por ser maravilhosa em si mesma-, teremos então que o aborto é moralmente problemático. [...] (DWORKIN, 2009).
Ainda nesse entendimento, Dworkin (2009) invoca argumentos religiosos, sem fazer menção a Deus em seu argumento, legitimando
seu pensamento pela vertente que, mesmo em um Estado Laico, os direitos das crianças, dos doentes, das mulheres, dos deficientes não devem
ser negligenciados, razão pela qual o feto, que viria a ser uma criança, não poderia ser sacrificado em razão da vontade de outrem.
Na obra intitulada "O Estado Atual do Biodireito", a jurista brasileira Maria
Helena Diniz, especializada em Direito Civil, levanta uma questão fundamental em
relação ao aborto. Com coragem, ela argumenta que é inaceitável permitir que a
sociedade ou o Estado julguem o valor intrínseco de uma vida humana com base em
suas deficiências. Diniz ressalta que, assim como não podemos negar a
humanidade mesmo ao mais bárbaro dos seres, é ainda mais imperativo reconhecer
a humanidade do embrião e do nascituro. (DINIZ, 2017)
A condição de ser humano garante a todo indivíduo a titularidade de direitos fundamentais que têm como princípios norteadores a sua
irrenunciabilidade, inalienabilidade e vedação ao retrocesso. O direito à vida como garantia constitucional surge como pré-requisito indispensável
à existência dos demais direitos preceituados na Carta Magna. O art. 5° da Constituição/88 expõe o direito à vida como inviolável nos seguintes
termos: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...)”. (BRASIL, 1988)
Nessa óptica, João Paulo II expressa que o direito à vida é inviolável, sendo o
aborto uma violação direta desse princípio. Nesse contexto, é pertinente questionar:
como poderia um indivíduo humano não ser considerado uma pessoa humana, dado
o evidente processo de desenvolvimento e as características únicas que são
intrínsecas à sua natureza desde o momento inicial de sua existência? (PAULO II,
1998).
No Código Civil, quando se discute a personalidade jurídica, é assegurado pela teoria concepcionista que o ponto inicial da
personalidade ocorre desde a concepção. Então, o direito à vida é inerente à pessoa detentora de si própria, uma vez que, no momento em que
ocorre a união do espermatozoide com o óvulo, no zigoto, todas as características do ser humano já estão definidas e permanecerão presentes
Em primeiro ponto, o direito penal geralmente sustenta que a vida tem início com a nidação, ou seja, a vida começa a partir do
momento em que o embrião se fixa na parede uterina, com a implantação do óvulo fecundado no endométrio. (PRADO, 2007)
Em segundo ponto, o aborto é criminalizado em toda a parte especial do Código Penal, que visa a garantir o que há de maior valor
para o ser humano, tal qual a vida e sua integridade física, de forma que tipifica as condutas ilícitas, dispostas da seguinte forma:
No ordenamento jurídico brasileiro, adota-se o princípio da legalidade, no qual apenas, através de normas elaboradas, conforme as
regras do processo legislativo, poderiam-se criar deveres morais aos cidadãos, evitando que o Estado aja de forma arbitraria, sem garantir a
vontade dos particulares de forma imparcial. Ocorre, todavia, que, no atual quadro normativo, não há lei anterior à decisão da ADPF n° 54 que
Destarte, ainda no que tange aos princípios constitucionais, o filósofo alemão Immanuel Kant destacou a importância da dignidade da
pessoa humana afirmando que “o homem é um fim em si mesmo”, o que corrobora ainda mais a ideia central de que cada indivíduo possui um
Os princípios servem como norteadores, orientadores para o ordenamento, seja para a aplicação, seja para a elaboração de novas
Os princípios em geral (não apenas os princípios fundamentais) são espécie do gênero normas jurídicas, [...], princípios
correspondem a normas dotadas de um significativo grau de abstração, vagueza e indeterminação [...]. os princípios fundamentais,
na condição de espécie de normas constitucionais, são dotados, portanto, de eficácia e aplicabilidade, sendo normas jurídicas
vinculativas, ainda que sua força jurídica não seja igual (em todos os aspectos) à das regras ou mesmo das normas de direitos
fundamentais que, a despeito de terem uma dimensão objetiva [...], assumem a condição de direitos subjetivos. (SARLET, 2017).
Acerca da questão valorativa dos princípios, Reale afirma acreditarmos que a prática jurídica se fundamenta em valores constantes ou
axiológicos essenciais, tais como o valor intrínseco da dignidade humana. Sem esses princípios, a evolução histórica do Direito perderia sua
substância e significado. Ao aceitar a concepção transcendental do Direito Natural, não estamos simplesmente formulando questões lógicas e
formais, mas, sim, abordando questões de natureza axiológica. Assim, não estabelecemos uma equivalência entre os princípios gerais do direito e
A experiência histórica evidencia a existência de valores que, quando trazidos à consciência histórica, revelam-se como éticas
constantes e invariáveis. Esses valores éticos, embora ainda não completamente compreendidos intelectualmente, sempre condicionaram e
consequências negativas para outra. A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental n°54 é um exemplo da colisão entre direitos
fundamentais que envolvem a vida. Tal ADPF faz uma ponderação principiológica de direitos fundamentais basilares da Constituição Federal
Em decisão abordada na ADPF nº 54, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a interpretação que considera a interrupção da
gravidez de feto anencéfalo como aborto trata-se de uma inconstitucionalidade. Isso determina que a gestante possua a liberdade de escolher
interromper a gravidez caso seja comprovada, através de um laudo médico, a anencefalia do feto.
Os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres são um desdobramento do direito fundamental à liberdade e aos fundamentados em
princípios, como: integridade corporal e autonomia pessoal, visto que os direitos fundamentais tipificados no Art.5° da Constituição Federal/88 não
são taxativos, e, com o decorrer do tempo, demais direitos vão sendo incorporados na sociedade.
Os direitos reprodutivos podem ser conceituados como um conjunto de direitos fundamentais relacionados ao exercício livre da
sexualidade e da reprodução humana. Nesse contexto, é evidente que cabe ao Estado garantir o acesso a serviços de saúde que proporcionem
informações e meios para o controle da natalidade e da procriação, sem comprometer a saúde das pessoas envolvidas. (NASCIMENTO, 2013).
Os direitos reprodutivos têm recebido uma considerável importância por parte do movimento feminista global, uma vez que esses
afetam praticamente todas as mulheres. É geralmente essa parcela social que suporta as principais consequências de suas escolhas na vida
sexual. Isso implica que, seja a decisão relacionada à gravidez ou à contracepção, somente a mulher deve arcar com as responsabilidades
decorrentes dessas decisões, sem qualquer interferência externa em seu direito de escolha. (NASCIMENTO, 2013).
3.1 ERRO 1
Um dos principais fundamentos utilizados para justificar a legalização do
aborto no contexto brasileiro diz respeito aos alarmantes números de procedimentos
clandestinos realizados anualmente. Em termos gerais, estima-se que ocorram
aproximadamente um milhão de abortos ilegais a cada ano. Esse dado, por sua vez,
enfatiza a magnitude do problema e aponta para a necessidade de considerar
alternativas legais e seguras para abordar essa prática, visando salvaguardar a
saúde e os direitos das mulheres envolvidas.
O número de abortos provocados constitui um dos dados mais
frequentemente invocados nos debates públicos sobre a legalização ou proibição
dessa prática. Para os defensores da legalização, esses números indicam uma
demanda significativa por parte das mulheres que desejam interromper a gravidez.
Eles argumentam que a legalização se faz necessária para garantir o acesso delas a
serviços regulamentados pelo governo, visando à segurança e à saúde das
mulheres envolvidas. (BRASIL PARALELO, 2022)
O Jurista Ives Gandra Martins (2008, p.19), em seu livro intitulado “Uma
questão sobre o aborto”, afirma que, em situações como essas, tende a fazer uma
pergunta aos indivíduos que discorrem amplamente sobre a quantidade de abortos
clandestinos de forma que é imprescindível destacar que qualquer afirmação,
independentemente de sua articulação eloquente ou do impacto que possa causar,
deve ser respaldada por uma base real e factual.
Em outras palavras, é vital reconhecer que uma declaração não pode ser
considerada válida ou confiável apenas por sua formulação eloquente ou poder de
persuasão; ela deve estar fundamentada em evidências concretas e fatos
verificáveis para ser considerada legítima e aceitável.
3.2 ERRO 2
Uma questão de saúde pública e o bem-estar da mulher através dos seus
direitos reprodutivos e da sua autonomia são também principais fundamentações
para justificar a interrupção da gravidez, entretanto o que os defensores da
legalização não abordam são as consequências na saúde da mulher, física e mental,
após realizado o procedimento abortivo.
Em 2017 foi publicado um estudo chamado “Abortion and Women’s Health”
publicado pela Society for the Protection of Unborn Children, do Dr Greg Piken, o
qual se tratava de uma revisão baseada em evidências para profissionais médicos
sobre o impacto do aborto na saúde física e mental das mulheres.
O aborto é uma questão complexa que está ligada a uma ampla variedade de
consequências físicas e psicológicas adversas. Embora a pesquisa que estabeleça
uma relação causal seja limitada e ainda haja áreas não exploradas nesse campo,
existe um corpo considerável de evidências que descreve essas consequências
negativas. É crucial que as mulheres tenham o direito de serem plenamente
informadas sobre todos os riscos associados ao procedimento.
A pesquisa demonstra a questão dos abortos terem sido realizados
legalmente em muitos países ao longo das últimas décadas, e consideráveis
pesquisas foram realizadas sobre o impacto físico e psicológico nas mulheres, bem
como sobre as circunstâncias que envolvem o processo de tomada de decisão. As
informações a seguir vêm desse grande conjunto de pesquisas.
O Brasil apresenta uma elevada incidência de nascimentos prematuros. Um
extenso estudo multicêntrico de caso-controle, caracterizado como um estudo
observacional, cujo propósito é identificar a frequência das exposições em diversos
grupos, revelou que o histórico de abortos anteriores constitui um fator de risco para
a prematuridade em gestações futuras.
Uma pesquisa envolvendo 9969 mulheres nulíparas, que compartilharam
suas histórias reprodutivas, revelou que aquelas com antecedentes de aborto
induzido enfrentavam um risco maior de parto prematuro espontâneo e ruptura
prematura de membranas em comparação com aquelas sem histórico de aborto
induzido. Recentes evidências indicam que a lesão no colo do útero resultante da
instrumentação durante procedimentos de aborto cirúrgico pode desempenhar um
papel crucial nos nascimentos prematuros em gestações subsequentes.
Uma análise abrangente apresentada na reunião anual da Sociedade
Europeia de Reprodução Humana e Embriologia em Lisboa, em 2015, avaliou 21
estudos de coorte, englobando quase dois milhões de mulheres. Os pesquisadores
destacaram que o uso de D&C (Dilatação e Curetagem), um dos métodos cirúrgicos
para aborto, aumentou em 29% o risco de parto prematuro em gestações
subsequentes e em 69% o risco de nascimentos muito prematuros. Esse risco foi
ainda mais acentuado para mulheres que passaram por múltiplos abortos. Diante
dessas descobertas, os autores enfatizaram a necessidade de prevenir o trabalho de
parto prematuro, minimizando o recurso à D&C.
Outro ponto de suma importância é o aumento do risco de desenvolver
câncer de mama em mulheres que realizam aborto, sobretudo, no primeiro trimestre
de gestação. Para compreender esse fenômeno, é necessário entender,
primeiramente, como ocorre a mutação gênica.
Todas as células do corpo humano passam por um ciclo de divisão celular,
que envolve a duplicação do DNA durante uma fase chamada interfase. Durante
esse processo, o material genético está suscetível à ação de fatores mutagênicos,
como radiação, hormônios em excesso ou falhas nos mecanismos regulatórios.
Esses fatores podem alterar o resultado da divisão celular, dando origem a células
cancerígenas. Essas células possuem alta capacidade de replicação e metabolismo
acelerado, o que leva à apropriação dos nutrientes que deveriam ser destinados ao
restante do corpo. Como resultado, podem ocorrer complicações graves, podendo
até levar à morte do indivíduo.
Após a compreensão do processo de formação das células cancerígenas, é
importante analisar o processo de maturação mamária e como ele se relaciona ao
aumento do risco de câncer de mama em mulheres que passaram por um aborto,
vejamos a seguir.
A mama feminina é composta por lobos (glândulas produtoras de leite, que
são subdivididas em 4 tipos diferentes a depender do seu grau de maturação), por
ductos (pequenos tubos que transportam o leite dos lobos ao mamilo) e por estroma
(tecido adiposo e tecido conjuntivo que envolve os ductos e lobos além de vasos
sanguíneos e vasos linfáticos). Durante a puberdade, inicia-se o processo de
maturação mamaria, em que ocorre o aumento dos hormônios sexuais femininos
(estrogênio e progesterona), que formam os primeiros lobos mamários, formados por
tipo 1 e tipo 2. Esses possuem inúmeros receptores hormonais e um alto poder de
divisão celular, com isso um risco mais elevado de ocorrer mutações e gerar um
câncer.
O próximo estágio de maturação ocorre no ato da fecundação até o final do
primeiro trimestre de gravidez, quando o bebê secreta o hormônio HCG (hormônio
gonadotrófico coriônico), que estimula a produção de mais estrogênio e
progesterona, com o intuito de começar a preparar a mama para a amamentação,
aumentando o número de lobos do tipo 1 e 2.
Por volta do meio do 2° trimestre, ocorre o aumento de produção do hormônio
lactogênio placentário que promove a maturação dos lobos do tipo 1 e 2 para lobos
do tipo 3 e 4, que são mais maduros e menos suscetíveis a mutações devido a sua
menor replicação celular. Esse predomínio de tipos 3 e 4 acontece até o período de
amamentação. Durante o desmame, os lobos de tipo 4 regridem para de tipo 3,
porém existem evidências as quais mostram ocorrerem alterações genéticas que
nesses lobos de tipo 3 conferem resistência maior ao câncer por toda a vida mesmo
após a menopausa.
GRAFICO 1: Incidência de câncer de mama entre 50 e 54 anos versus taxa
de aborto para mulheres na Inglaterra e no País de Gales.
(CARROLL, 2007)
Nos últimos anos e, mais destacadamente, neste século, uma profunda alteração do espaço, até então ocupado no cenário
sociopolítico brasileiro, ocorreu pelo Supremo Tribunal Federal. A harmonia e tudo que caracteriza a tripartição dos poderes se confundem com a
expansão dos poderes da Corte na decisão de temas ainda não orientados na organização jurídica do Estado brasileiro, de forma a ensejar
Montesquieu formulou a Teoria da Separação dos Poderes, a qual delineia a divisão dos poderes políticos e suas respectivas esferas
de influência em sua obra "O Espírito das Leis". Segundo essa teoria, os três poderes são: Executivo, Legislativo e Judiciário. A concepção
dessas teorias para o Estado revela uma preocupação em evitar governos absolutistas e impedir a promulgação de leis arbitrariamente tirânicas.
Ao dividir os poderes de maneira clara entre diferentes instâncias, permitindo que operem de forma independente e com limites bem
definidos entre si, acredita-se que é impossível estabelecer um regime de caráter tirânico ou autoritário.
Na Carta Magna, o Princípio da Separação dos Poderes é consagrado no artigo 2º, sob o título dos princípios fundamentais, sendo
uma das quatro cláusulas pétreas do ordenamento jurídico brasileiro. Esse princípio estabelece que os Poderes da União, ou seja, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário, são independentes e devem operar de maneira harmoniosa entre si, com o intuito de assegurar o equilíbrio e a
Embora haja uma unidade subjacente, há uma clara demarcação de atribuições e de responsabilidades dentro do aparato estatal. Seja
na formulação de normas, seja na implementação de políticas econômicas, bem como no julgamento de crimes, o exercício do poder permeia
todas as facetas da vida dos cidadãos. A divisão dessas funções tem como objetivo fundamental assegurar um equilíbrio entre os poderes e
Isso se traduz na necessidade de cada poder desempenhar suas responsabilidades de maneira independente, sem intromissão
indevida nas atribuição dos outros. No cumprimento de suas atribuições e no respeito estrito dos limites impostos pela legislação, é incumbência
Desse modo, refere-se a ativismo judicial uma postura adotada pelo Poder Judiciário em exercer um papel que ultrapassa os limites na
interpretação e na aplicação do direito, interferindo em políticas públicas já regulamentadas, bem como as que ainda não foram regulamentadas e
na imposição de diretrizes a outros poderes. O que ocorre é uma expansão do real papel que deveria ser desempenhado pela Suprema Corte, isto
é, validar as normas constitucionais, exercendo o controle de constitucionalidade, de forma que não mais cabe ao Poder Legislativo a tomada de
Existem várias interpretações do que constitui ativismo judicial. Em resumo, a teoria predominante descreve um comportamento em
que um juiz supostamente vai além de sua função de julgar e começa a criar leis. Nessa abordagem, o magistrado aplica seus próprios pontos de
vista e valores pessoais a um caso específico, muitas vezes em desacordo com a lei e com a Constituição, uma maneira proativa e expansiva da
legisladores não cheguem a um consenso em certos assuntos. Para os proponentes dessa visão, existem questões urgentes que não podem
O progresso gradual e sutil pode passar despercebido pelas pessoas, levando-as a aceitar o que, eventualmente, resultará em uma
derrota. A aceitação é conquistada gradualmente até que seja quase impossível reverter as decisões já tomadas relacionadas ao que se
A prática da eugenia remonta aos primórdios da humanidade, persistindo ao longo de toda a sua história. A eliminação de
indivíduos vulneráveis e doentes foi o método mais comum utilizado para implementar essa ideologia.
Inicialmente, esse comportamento era apenas um instinto animal, observado quando os membros mais fracos, doentes ou
idosos eram deixados para trás durante fugas de ataques de predadores. Milênios depois, mesmo com o advento da vida em sociedade e com a
formação de cidades, os seres humanos continuaram a eliminar os membros frágeis e deficientes de suas comunidades.
Com os avanços tecnológicos impressionantes nos exames pré-natais, surge um renovado debate sobre o direito ao
aborto. A capacidade de observar o desenvolvimento do feto desde os estágios iniciais da gestação e diagnosticar precocemente possíveis
anomalias cria um cenário jurídico novo em relação à possibilidade de interrupção da gravidez, especialmente quando são identificadas
No livro intitulado "A Questão do Aborto", o autor Ives Gandra Martins faz referência a um trecho do livro "É Razoável Crer?" de Afonso
Açulo (2006). Nesse texto, o psiquiatra austríaco judeu Viktor Frankl, sobrevivente de um campo de concentração nazista, expressou a visão de
que não apenas os seus próprios sofrimentos, mas também os dos seis milhões de seus compatriotas foram atribuídos a uma filosofia que
negligencia a presença de Deus. Frankl concluiu sua exposição com a seguinte observação: "Se um homem não é mais do que um animal
evoluído, assim como você pode colocar um macaco numa jaula, por que não colocar um homem num campo de concentração?".
Testemunha do holocausto, Viktor Frankl escreveu sobre natureza humana e desumanização. Infelizmente, o processo de
desumanização da sociedade que ele descreveu já se encontra adiantado em nosso sistema. Esse comentário ressalta a grave questão levantada
por Frankl sobre as implicações de uma visão de mundo que exclui a espiritualidade e a humanidade dos indivíduos, tratando-os como meros
Na Encíclica intitulada "O Evangelho da Vida" de 1995, o Papa João Paulo II enfatizou a preocupação crescente em relação à
tendência cada vez mais frequente de interpretar atos que violam a vida do inocente nascituro como legítimas expressões da liberdade individual e
Ele identificou a raiz dessa contradição em um conceito distorcido de liberdade, que coloca o indivíduo de forma absoluta, resultando
O Papa João Paulo II argumentou que o direito perde sua verdadeira natureza quando não está fundamentado na inviolável dignidade
da pessoa, tornando-se sujeito à vontade do mais forte. Ele ressaltou que o ideal democrático só pode ser considerado genuíno quando
reconhece e respeita a dignidade de toda pessoa humana, mantendo-se fiel às suas próprias bases.
O respeito pela vida e pela dignidade de cada ser humano é fundamental para a verdadeira compreensão da liberdade e da
democracia, e qualquer desvio desses princípios fundamentais representa uma traição aos valores essenciais que sustentam uma sociedade justa
e equitativa.
Desde 2012, por meio da ADPF 54, que garante às gestantes de fetos anencéfalos o direito de interromper a gravidez, inúmeras
decisões judiciais têm autorizado a interrupção da gravidez em casos de graves anomalias fetais, especialmente na situação de anencefalia.
Os defensores dessa nova forma de aborto, conhecida como aborto eugênico, argumentam que a eliminação do feto deve ser
permitida, pois ele não tem qualquer chance de sobreviver. Alguns chegam a equipará-lo a um natimorto, estabelecendo uma analogia entre a
anencefalia e a morte cerebral. Além disso, afirmam que forçar uma mulher a levar adiante uma gravidez de um filho anencéfalo seria equivalente
a submetê-la a um tratamento cruel ou degradante, considerando que, ao fim de nove meses, seu filho está destinado a falecer, resultando em
Contudo, é crucial alertar os defensores do aborto eugênico de que o feto anômalo é um ser vivo. Eliminá-lo devido a características
físicas que não atendem às expectativas dos pais não apenas constitui um crime agravado pela motivação preconceituosa, mas também
representa o primeiro passo em direção à implementação de uma política eugênica e racista, que busca a purificação da raça humana. Tal política
A problemática em torno da ADPF 54 persiste e se intensifica a cada dia. Além da retórica de liberdade reprodutiva e autonomia da
mulher na tomada de decisões sobre a vida dos fetos, agora surge novamente a ADPF 442, que foi discutida em 2018 e volta à agenda de
discussões em 2023. Isso reforça a percepção de que o objetivo nunca foi realmente proteger os interesses da mulher, mas, sim, abrir caminho
para o aborto em todas as circunstâncias, o que contradiz um dos direitos fundamentais estabelecidos na Constituição, o direito à vida.
A atual presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, reintroduz na agenda uma questão crucial relacionada
ao aborto. Ela colocou em pauta para julgamento uma ação que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gravidez.
Inicialmente, a questão da descriminalização do aborto foi levantada no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Partido Socialismo e
Liberdade (PSOL) em 2017. O partido entrou com uma ação buscando a descriminalização do aborto voluntário até o terceiro mês de gestação.
Este assunto foi discutido em uma audiência pública convocada pela ministra Rosa Weber em 2018, com o propósito de promover um debate
envolvendo especialistas, representantes de entidades governamentais e membros da sociedade civil. (BRASIL, SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, 2023)
O Partido defende a ineficácia dos artigos do Código Penal relacionados ao aborto nas 12 primeiras semanas de gestação. Eles
argumentam que a proibição viola a dignidade da pessoa humana e os direitos de cidadania das mulheres. A ação que está sendo julgada na
Corte questiona os artigos 124 e 126 do Código Penal, os quais estabelecem penas de 1 a 4 anos de prisão para médicos que realizem o
procedimento e de 1 a 3 anos para mulheres que pratiquem o aborto ilegal. (BRASIL, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, 2023).
O processo, conhecido como ADPF 442, tem como objetivo assegurar às mulheres o direito constitucional de interromper a gestação,
respeitando sua autonomia e dispensando qualquer forma de permissão estatal. Além disso, visa a garantir aos profissionais de saúde o direito de
realizar o procedimento. O debate em torno dessa questão envolve a definição do termo "interrupção da gestação", sendo considerado por alguns
como um eufemismo para o ato do aborto, que, na prática, envolve a terminação da vida de um feto. (BRASIL, SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,
2023)
A mídia frequentemente conduz campanhas extensivas, aproveitando-se da falta de conhecimento da maioria da população sobre um
tema crucial. Por um longo período, a verdadeira natureza do aborto foi obscurecida para torná-lo mais socialmente aceitável. Torna-se essencial,
portanto, retirar o véu que encobre esse tópico e apresentá-lo em toda a sua crueza.
Para influenciar a opinião pública, a mídia utiliza uma estratégia conhecida como Janela de Overton. Segundo esse conceito, se
imaginarmos uma pessoa contemplando a paisagem através de uma janela, tudo o que ela vê é delimitado pelas esquadrias e pelo batente. À
medida que se afasta da janela, o horizonte se amplia. No contexto da opinião pública, emitir opiniões fora da chamada "janela social aceitável"
pode resultar em rejeição. Opinar sobre assuntos além do alcance da janela social pode ser prejudicial para a popularidade de um político ou
figura pública.
Essa estratégia explica por que é crucial para figuras públicas emitirem opiniões que se enquadrem dentro do espectro considerado
aceitável pela sociedade em determinado momento. A manipulação da opinião pública frequentemente envolve gastar recursos governamentais
para vender ideias e conquistar a população. As emoções sociais são identificadas, e, em seguida, é realizado um esforço para neutralizá-las e,
posteriormente, modificá-las. Em alguns casos, isso é alcançado explorando o desespero, o medo, a insegurança e a ignorância das pessoas.
Estamos sujeitos a um governo tão poderoso que muitas pessoas não conseguem mais imaginar instâncias da vida humana que
estejam fora do âmbito político. Quando o valor humano é reduzido ao simples jogo político, a dignidade inerente do ser humano passa a ser uma
mera questão de conveniência política. É por essa razão que, como exemplos frequentes têm demonstrado, a desumanização da sociedade se
torna apenas uma questão de tempo, dando razão à desumanização como uma característica marcante do século XX, servindo como meio pelo
A afirmação de que a vida, em seus estágios iniciais, é apenas um conjunto de células é análoga à afirmação de que um livro é
apenas uma reunião de palavras. Isso representa uma distorção linguística da realidade, utilizando uma linguagem imprecisa e negligente. Tal
afirmação tem a intenção de reduzir a discussão ao meramente fenomenológico, fragmentando ainda mais o debate público e aumentando a
confusão, enquanto os sistemas jurídicos, políticos e midiáticos continuam a agir e a pressionar pela legalização do aborto.
Por essa razão, é plausível argumentar que a ADPF 54 serviu como uma das
estratégias para que o ativismo judiciário pudesse ser introduzido na agenda política.
Com o tempo, isso poderia levar à aprovação total da causa, conforme foi pleiteado
pela ADPF 442, que busca a legalização do aborto e, apesar da votação pela
legalização do aborto ter sido adiada, a sociedade ainda está longe de colocar um
ponto final nessa questão.
A cultura que aceita a morte como norma só pode gerar mais morte. Por outro
lado, a cultura que celebra a vida promove o amor, ensina responsabilidade,
promove a maturidade e resgata a humanidade. É inegável que lidar com seres
humanos demanda esforço e pode ser inconveniente, mas o valor intrínseco de ser
humano está na garantia da humanidade que cada vida representa. É essa
humanidade que deve ser preservada e valorizada acima de qualquer consideração
política ou conveniência social.
3 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
AMARAL, Leonardo Correa do; BORANGA, Rodolfo. Direitos humanos após a segunda guerra mundial. Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias
de Itapeva. XII Simpósio de Ciências Aplicadas da FAIT. São Paulo, 2015.
André Ramos Tavares, As Tendências do Direito Público no Limiar de um Novo
Milênio, p. 629. 2000. Acesso dia: 30 set. 2023
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Brasília, DF: Presidente da República, [2016]. Disponível
em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 12
de set. de 2023.
BRASIL. Câmara dos Deputados. Entenda o processo legislativo. Disponível
em:https://www.camara.leg.br/entenda-o-processo-legislativo/. Acesso em: 10 out.
2023.
BRASIL. Decreto nº 678, de 6 de novembro de 1992. Promulga a Convenção
Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 9 nov. 1992. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0678.htm. Acesso em: 01 dez. 2023.
COFEN. Uma mulher morre a cada 2 dias por aborto inseguro, diz Ministério da
Saúde: no país, 1 milhão de abortos induzidos ocorrem todos os anos e levam 250
mil mulheres à hospitalização. dados foram apresentados no 1º dia de audiência
pública da adpf 442 no stf.. No País, 1 milhão de abortos induzidos ocorrem todos os
anos e levam 250 mil mulheres à hospitalização. Dados foram apresentados no 1º
dia de audiência pública da ADPF 442 no STF.. 2018. Disponível em:
https://www.cofen.gov.br/uma-mulher-morre-a-cada-2-dias-por-causa-do-aborto-
inseguro-diz-ministerio-da-saude/. Acesso em: 10 out. 2023.
Coleman, P. K; Nelson, E. S The quality of abortion decisions and college students’ reports of post-abortion emotional sequelae and abortion
attitudes. Journal of Social and Clinical Psychology. Tradução autoral. 1998
CONSIDERADO O PAI DO ABORTO NOS EUA, O DR. BERNARD NATHANSON SE TORNOU UM DOS MAIORES ATIVISTAS EM DEFESA DA
https://www.brasilparalelo.com.br/noticias/considerado-o-
VIDA, , Brasil Paralelo, 2023. Disponível em:
pai-do-aborto-nos-eua-o-dr-bernard-nathanson-se-tornou-um-dos-maiores-ativistas-
em-defesa-da-vida?utm_medium=%2Fnoticias%2Fe-verdade-que-1-milhao-de-
abortos-clandestinos-sao-feitos-no-brasil-por-ano-estudiosos-apontam-farsa-nos-
dados. Acesso em 02/12/2023
Curley M; Johnston, C. The characteristics and severity of psychological distress after abortion among university students. Journal of Behavioral
Health Services & Research. Tradução autoral. 2013
DINIZ, Maria Helena. O Estado Atual do Biodireito. 10a . ed. São Paulo: Saraiva, 2017
DWORKIN, Ronald Myles. Domínio da vida. Aborto, eutanásia e liberdades individuais. Tradução: Jefferson Luiz Camargo; revisão da tradução
Silvana Vieira. 2a . ed. São Paulo: Ed. WMF Martins Fontes, 2009
FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. 9a . ed. Salvador: JusPodivm, 2017.
GARCIA, Emerson. Conflito entre normas constitucionais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
Ipec: 70% dos brasileiros dizem ser contra a legalização do aborto: atualmente, a interrupção da gravidez é permitida nos casos de feto com
microcefalia, gravidez decorrente de estupro ou gravidez de risco.. Atualmente, a interrupção da gravidez é permitida nos casos de feto com
microcefalia, gravidez decorrente de estupro ou gravidez de risco.. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/politica/noticia/2022/09/13/ipec-
70percent-dos-brasileiros-dizem-ser-contra-a-legalizacao-do-aborto.ghtml. Acesso em: 02 nov. 2023.
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Pode o STF legislar ? Jornal O Estado de São Paulo, São Paulo, 10 out. 2004, Espaço Aberto, p. A-2
MARTINS, Ives Gandra da Silva; MARTINS, Roberto Vidal da Silva; MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. A questão do aborto: Aspectos
Jurídicos Fundamentais. São Paulo: Quartier Latin, 2008.
NASCIMENTO FILHO, João Batista do. A dignidade da pessoa humana e a condição feminina: Um olhar sobre a descriminalização do aborto.
Curitiba: Juruá, 2013.
O QUE É A JANELA DE OVERTON? ENTENDA ESTA ESTRATÉGIA DE MANIPULAÇÃO DA OPINIÃO PÚBLICA, Brasil Paralelo, 2022.
Disponível em: https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/janela-de overton?utm_medium=%2Fnoticias%2Fentenda-a-estrategia-das-trincheiras-
que-vem-ajudando-a-avancar-a-pauta-do-aborto-no-brasil. Acesso em 02/12/2023
PAULO II, João. Carta Encíclica “EVANGELIUM VITTAE”, 7ª. ed. São Paulo: Editora Paulinas, 1998
PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro. volume 2. 8.ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
PUSSI, William Artur. Personalidade Jurídica do Nascituro. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2012
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
SANTOS, Lília Nunes dos. Aborto: A atual discussão sobre a descriminalização do aborto no contexto de efetivação dos direitos humanos.
Curitiba: Juruá, 2016.
SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de direito constitucional. 6ed rev. e atual. São
Paulo :Saraiva,2017
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 37ª ed. Editora
Malheiros, São Paulo, 2014.
STF, ADPF nº 54, Rel. Min. Marco Aurélio, j. 12.4.2012, DJU 24.4.2012
TAVARES, André R. Curso de Direito Constitucional. Editora Saraiva, 2022. E-book.
ISBN 9786555596915. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555596915/. Acesso em: 05
dez. 2023.
UFRN, P. COLISÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS, PONDERAÇÃO E
PROPORCIONALIDADE NA VISÃO DE ROBERT ALEXY. Revista Digital
Constituição e Garantia de Direitos, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 137–155, 2016. DOI:
10.21680/1982-310X.2016v9n1ID10327. Disponível em:
https://periodicos.ufrn.br/constituicaoegarantiadedireitos/article/view/10327. Acesso
em: 6 set. 2023.