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RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO SPOILER

DE SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA | CARLOS EDUARDO
QUESTÃO 1 - Q3 do spoiler
No protestantismo ascético, temos não apenas a clara noção da
primazia da ética sobre o mundo, mas também a mitigação dos efeitos
da dupla moral judaica (uma moral interna para os irmãos de crença e
outra externa para os infiéis). O desafio aqui é o da ética, que quer
deixar de ser um ideal eventual e ocasional (que exige dos virtuosos
religiosos quase sempre uma “fuga do mundo”, como na prática
monástica cristã medieval) para tornar-se efetivamente uma lei prática
e cotidiana “dentro do mundo”.
SOUZA, J. A ética protestante e a ideologia do atraso brasileiro. Revista Brasileira de Ciências
Sociais, n. 38, out. 1998.
QUESTÃO 1 - Q3 do spoiler
Retomando o pensamento de Max Weber, o texto apresenta a tensão
entre positividade ético-religiosa e esferas mundanas de ação. Nessa
perspectiva, a ética protestante é compreendida como
a) vinculada ao abandono da felicidade terrena.
b) contrária aos princípios econômicos liberais.
c) promovedora da dimensão política da vida cotidiana.
d) estimuladora da igualdade social como direito divino.
e) adequada ao desenvolvimento do capitalismo moderno.
QUESTÃO 2 – Q4 do spoiler
É certo que entramos na era das sociedades de “controle”. Elas já não
são exatamente sociedades disciplinares, cuja técnica principal é o
confinamento (não somente o hospital e a prisão, mas também a escola,
a fábrica, o quartel). A sociedade de controle não funciona por
confinamento, mas por controle contínuo e comunicação instantânea. É
evidente que não deixamos de falar de prisão, de escola, de hospital:
mas essas instituições estão em crise.
DELEUZE, G. Entrevista a Toni Negri. In: O devir revolucionário e as criações políticas. Novos
Estudos Cebrap, n. 28, out. 1990 (adaptado).
QUESTÃO 2 – Q4 do spoiler
No trecho, ao problematizar as sociedades contemporâneas, Gilles
Deleuze está enfatizando a ausência de
a) legitimidade nas redes de informação.
b) autonomia nas ações individuais.
c) sanções no ordenamento jurídico.
d) padrões na sociedade de consumo.
e) inovações nos sistemas educacionais.
QUESTÃO 3 – Q5 do spoiler
Com tanta espionagem à solta, governantes sofrem para ter um
smartphone, acessível aos cidadãos comuns, mas problemático para
líderes políticos. O aparelho é também um potencial rastreador preciso,
capaz de localizar o chefe de Estado no mapa e gravar as conversas
mesmo sem estar fazendo uma chamada.
Tentação e risco na forma de um smartphone. O Globo, 26 out. 2013 (adaptado).

A situação retratada problematiza o uso dessa tecnologia em relação


ao(à)
a) valorização das redes virtuais.
b) aumento da prática consumista.
c) crescimento da economia global.
d) expansão dos espaços monitorados.
e) ampliação dos meios comunicacionais.
QUESTÃO 4 – Q39 do spoiler
É como se cada homem dissesse a cada homem: Autorizo e transfiro o
meu direito de me governar a mim mesmo a este homem, ou a esta
assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu
direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações.
Feito isso, à multidão assim unida numa só pessoa se chama Estado.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.)
QUESTÃO 4 – Q39 do spoiler
No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do Estado. Nessa
teoria, o Estado tem sua origem na
a) atribuição de um poder absoluto ao soberano.
b) criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante.
c) instituição de um governo pelos mais sábios.
d) manipulação do povo pelos chefes de Estado.
e) gestão do coletivo no estado de natureza.
QUESTÃO 5 – Q43 do spoiler
Locke […] admite, a título de direito natural, o direito de propriedade
fundado sobre o trabalho e limitado, por consequência, à extensão de
terra que um homem pode cultivar, e o poder paterno, sendo a família
instituição natural e não política. […] O pacto social não cria nenhum
direito novo. É um acordo entre indivíduos que se reúnem para
empregar a força coletiva no sentido de executar as leis naturais,
renunciando a executá-las por sua própria força.
(Émile Bréhier. História da filosofia, 1979.)
QUESTÃO 5 – Q43 do spoiler
O excerto apresenta um aspecto da teoria política de Locke, que
estabelece
a) a garantia da defesa de bens individuais.
b) a submissão das famílias à decisão coletiva.
c) a regulação do Estado conforme a vontade divina.
d) a ausência de um poder soberano.
e) a autoridade do governo na divisão de propriedades.
GABARITO
1. E
2. B
3. D
4. A
5. A
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DO
SPOILER DE FILOSOFIA
FILOSOFIA | CARLOS EDUARDO
QUESTÃO 1 - Q36 do spoiler
A filosofia, além do privilégio histórico de ter sido a primeira tentativa
de compreensão do mito, tem consciência, desde a sua origem, do seu
parentesco com ele. A filosofia, se não é filha, é, pelo menos, irmã mais
nova do mito e estabeleceu desde o seu berço uma fascinante relação de
amizade e confronto com esse irmão mais velho. O alvorecer da filosofia
na tradição ocidental mistura as suas luzes e sombras com as do mito
que a precedeu na odisseia da humanidade.
(Marcelo Perine. “Mito e filosofia”. In: Philosophos, 2002. Adaptado.)
QUESTÃO 1 - Q36 do spoiler
A relação apresentada no texto expressa uma passagem transformadora
na filosofia referente à
a) organização da pólis.
b) reflexão sobre a ética.
c) expansão do território grego.
d) valorização das figuras divinas.
e) racionalização da natureza.
QUESTÃO 2 - Q37 do spoiler
Texto 1
É com Descartes que a oposição homem-natureza se tornará mais
completa, constituindo-se no centro do pensamento moderno e
contemporâneo. O homem, instrumentalizado pelo método científico,
pode penetrar os mistérios da natureza e, assim, tornar-se “senhor e
possuidor da natureza”.
(Carlos W. P. Gonçalves. Os (des)caminhos do meio ambiente, 1989. Adaptado.)
QUESTÃO 2 - Q37 do spoiler
Texto 2
Quando a gente quis criar uma reserva da biosfera em uma região do
Brasil, foi preciso justificar para a Unesco [Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] por que era importante
que o planeta não fosse devorado pela mineração. Para essa instituição,
é como se bastasse manter apenas alguns lugares como amostra grátis
da Terra.
(Ailton Krenak. Ideias para adiar o fim do mundo, 2019.)
QUESTÃO 2 - Q37 do spoiler
Ailton Krenak constata os princípios da filosofia cartesiana ao
reconhecer que
a) a natureza operacionalizada serve aos humanos de forma harmônica
e reforça a relevância de todos os seres vivos.
b) o método cartesiano tem sido utilizado na natureza a partir de
medidas ecológicas estabelecidas pela Unesco.
c) os órgãos oficiais vêm se esforçando pelo equilíbrio entre o
desenvolvimento econômico e a preservação da natureza.
d) as instituições que representam a humanidade negligenciam a
integral manutenção do meio ambiente.
e) a dúvida cartesiana não permite afirmações sobre o
desenvolvimento sustentável, por estas serem inconclusivas.
QUESTÃO 3 – Q40 do spoiler
Texto 1
A crítica não se opõe ao procedimento dogmático da razão no seu
conhecimento puro […], mas sim ao dogmatismo […], apoiado em
princípios, como os que a razão desde há muito aplica, sem se informar
como e com que direito os alcançou. O dogmatismo é, pois, o
procedimento dogmático da razão sem uma crítica prévia da sua própria
capacidade.
(Immanuel Kant. Crítica da razão pura, 2018.)
QUESTÃO 3 – Q40 do spoiler
Texto 2
Os questionamentos céticos de Hume abalaram profundamente Kant,
que visava empreender uma defesa do racionalismo contra o empirismo
cético e acabou por elaborar uma filosofia que caracterizou como
racionalismo crítico, pretendendo precisamente superar a dicotomia
entre racionalismo e empirismo.
(Danilo Marcondes. Iniciação à história da filosofia, 2010. Adaptado.)
QUESTÃO 3 – Q40 do spoiler
Os textos explicitam a noção de “crítica”, que corresponde, na filosofia
kantiana,
a) à defesa da dúvida metódica.
b) à impossibilidade do conhecimento científico.
c) ao exame dos limites da compreensão.
d) à recusa de elementos transcendentais.
e) ao estabelecimento das bases da experimentação.
QUESTÃO 4 – Q41 do spoiler
Ora resta examinar quais devem ser os procedimentos e as resoluções
do príncipe com relação aos seus súditos e aos seus aliados. Há uma
grande distância entre o modo como se vive e o modo como se deveria
viver, que aquele que em detrimento do que se faz privilegia o que se
deveria fazer mais aprende a cair em desgraça que a preservar a sua
própria pessoa. Ora, um homem que de profissão queira fazer-se
permanentemente bom não poderá evitar a sua ruína, cercado de tantos
que bons não são. Assim, é necessário a um príncipe que deseje manter-
se príncipe aprender a não usar [apenas] a bondade.
(Nicolau Maquiavel. O Príncipe, 1998. Adaptado.)
QUESTÃO 4 – Q41 do spoiler
O tema abordado por Maquiavel no excerto também está relacionado ao
seu conceito de fortuna, que diz respeito ao fato de o governante
a) privilegiar a vontade popular.
b) valorizar a vontade divina.
c) agir com virtude na vida privada.
d) conseguir equilibrar as riquezas reais.
e) saber lidar com imprevistos.
QUESTÃO 5 – Q42 do spoiler
Pode acontecer que, para a educação do verdadeiro filósofo, seja
preciso que ele percorra todas as gradações nas quais os “trabalhadores
da filosofia” estão instalados e devem permanecer firmes: ele deve ter
sido crítico, cético, dogmático e histórico e, ademais, poeta, viajante,
moralista e vidente e “espírito livre”, tudo enfim para poder percorrer o
círculo dos valores humanos, dos sentimentos de valor, e poder lançar
um olhar de múltiplos olhos e múltiplas consciências, da mais sublime
altitude aos abismos, dos baixios para o alto. Mas tudo isso é apenas
uma condição preliminar da sua incumbência. Seu destino exige outra
coisa: a criação de valores.
(Friedrich Nietzsche. Além do bem e do mal, 2001. Adaptado.)
QUESTÃO 5 – Q42 do spoiler
No texto, Nietzsche propõe que a formação do filósofo deve
a) assegurar e manter os poderes políticos do governante.
b) conhecer e extrapolar as práticas de vida, os sentimentos e os
valores presentes na sociedade.
c) privilegiar e fortalecer o papel da religião nas atitudes críticas
perante a vida e os humanos.
d) restringir-se ao terreno da reflexão na busca por uma verdade
absoluta.
e) retomar a origem una e indivisível dos humanos, na busca de sua
liberdade de natureza.
QUESTÃO 6 – Q44 do spoiler
É relativamente consensual que uma era biotecnológica se aproxima.
Em um futuro cenário de desenvolvimento biotecnológico, que será
instaurado com o progresso tecnológico no século XXI, alterar-se-á um
dos mais tradicionais dilemas da moralidade. Em vez de enfrentarmos a
questão de que atitudes e deveres morais temos para com os seres
compreendidos atualmente como animais não humanos (por exemplo,
gato, cachorro, cavalo etc.), a questão será que obrigações teremos com
outro tipo de não humano, isto é, os chamados pós-humanos. A pós-
humanidade seria alcançada por meio da aplicação de técnicas de
manipulação, instrumentalização e artificialização da vida, do
patrimônio biológico do humano. O humano, por iniciativa própria e
com vistas ao melhoramento da sua natureza, deixaria de ser humano.
(Murilo Mariano Vilaça e Maria Clara Marques Dias. “Transumanismo e o futuro (pós-
)humano”. Physis – Revista de Saúde Coletiva, 2014. Adaptado.)
QUESTÃO 6 – Q44 do spoiler
Ao tratar de aspectos da bioética, o texto propõe uma reflexão sobre
a) os conflitos atuais entre os humanos e os seres pós-humanos.
b) a procedência de recursos empregados nas pesquisas tecnológicas.
c) os limites técnicos das pesquisas em biotecnologia.
d) a amoralidade do esforço de imaginar e prever o futuro humano.
e) a necessidade futura de redefinição do conceito de humanidade.
QUESTÃO 7 – Q45 do spoiler
Os sofistas inventam a educação em ambiente artificial, o que se tornará
uma das características de nossa civilização. Eles são os profissionais do
ensino, antes de tudo pedagogos, ainda que seja necessário reconhecer
a notável originalidade de um Protágoras, de um Górgias ou de um
Antifonte, por exemplo. Por um salário, eles ensinavam a seus alunos
receitas que lhes permitiam persuadir os ouvintes, defender, com a
mesma habilidade, o pró e o contra, conforme o entendimento de cada
um.
HADOT, P. O que é a filosofia antiga? São Paulo: Loyola, 2010 (adaptado).
QUESTÃO 7 – Q45 do spoiler
O texto apresenta uma característica dos sofistas, mestres da oratória
que defendiam a(o)
a) ideia do bem, demonstrado na mente com base na teoria da
reminiscência.
b) relativismo, evidenciado na convencionalidade das instituições
políticas.
c) ética, aprimorada pela educação de cada indivíduo com base na
virtude.
d) ciência, comprovada empiricamente por meio de conceitos
universais.
e) religião, revelada pelos mandamentos das leis divinas.
GABARITO
1. E
2. D
3. C
4. E
5. B
6. E
7. B
POLÍTICA E DEMOCRACIA
SOCIOLOGIA | CARLOS EDUARDO
QUESTÃO 1
Numa democracia representativa, como é o Brasil, o direito de votar
para escolha dos governantes, que irão ocupar os cargos do Executivo e
do Legislativo, é um dos direitos fundamentais da cidadania. Na
impossibilidade de participação direta do povo nas decisões que
deverão ser tomadas a respeito de questões da máxima relevância para
o interesse público, a escolha de representantes para o desempenho
dessas tarefas foi o caminho encontrado para que as opções reflitam a
vontade do povo.
DALLARI, D. Em busca da democracia representativa. Disponível em: www.jb.com.br.Acesso
em: 2 fev. 2015.
QUESTÃO 1
Na perspectiva apontada no texto, a consolidação da democracia no
Brasil baseia-se na representação popular por meio dos(as)
a) fóruns sociais.
b) partidos políticos.
c) conselhos federais.
d) entidades de classe.
e) organizações não governamentais.
QUESTÃO 2
Um dos teóricos da democracia moderna, Hans Kelsen, considera
elemento essencial da democracia real (não da democracia ideal, que
não existe em lugar algum) o método da seleção dos líderes, ou seja, a
eleição. Exemplar, neste sentido, é a afirmação de um juiz da Corte
Suprema dos Estados Unidos, por ocasião de uma eleição de 1902: “A
cabine eleitoral é o templo das instituições americanas, onde cada um
de nós é um sacerdote, ao qual é confiada a guarda da arca da aliança e
cada um oficia do seu próprio altar”.
BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).
QUESTÃO 2
As metáforas utilizadas no texto referem-se a uma concepção de
democracia fundamentada no(a)
a) justificação teísta do direito.
b) rigidez da hierarquia de classe.
c) ênfase formalista na administração.
d) protagonismo do Executivo no poder.
e) centralidade do indivíduo na sociedade.
QUESTÃO 3
Plebiscito e referendo são consultas ao povo para decidir sobre matéria
de relevância para a nação em questões de natureza constitucional,
legislativa ou administrativa. A principal distinção entre eles é a de que
o plebiscito é convocado previamente à criação do ato legislativo ou
administrativo que trate do assunto em pauta, e o referendo é
convocado posteriormente, cabendo ao povo ratificar ou rejeitar a
proposta. Ambos estão previstos no art. 14 da Constituição Federal.
Plebiscitos e referendos. Disponível em: www.tse.jus.br. Acesso em: 29 jan. 2015 (adaptado).
QUESTÃO 3
As formas de consulta popular descritas são exemplos de um tipo de
prática política baseada em
a) colégio eleitoral.
b) democracia direta.
c) conselho comunitário.
d) sufrágio representativo.
e) autogestão participativa.
QUESTÃO 4
A teoria da democracia participativa é construída em torno da afirmação
central de que os indivíduos e suas instituições não podem ser
considerados isoladamente. A existência de instituições representativas
em nível nacional não basta para a democracia; pois o máximo de
participação de todas as pessoas, a socialização ou “treinamento social”
precisa ocorrer em outras esferas, de modo que as atitudes e as
qualidades psicológicas necessárias possam se desenvolver. Esse
desenvolvimento ocorre por meio do próprio processo de participação.
A principal função da participação na teoria democrática participativa é,
portanto, educativa.
PATEMAN, C. Participação e teoria democrática. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
QUESTÃO 4
Nessa teoria, a associação entre participação e educação tem como
fundamento a
a) ascensão das camadas populares.
b) organização do sistema partidário.
c) eficiência da gestão pública.
d) ampliação da cidadania ativa.
e) legitimidade do processo legislativo.
QUESTÃO 5
Tecnocracia e democracia são entitéticas: se o protagonista da
sociedade industrial é o especialista, impossível que venha a ser o
cidadão qualquer. A democracia sustenta-se sobre a hipótese de que
todos podem decidir a respeito de tudo. A tecnocracia, ao contrário,
pretende que sejam convocados para decidir apenas aqueles poucos
que detêm conhecimentos específicos.
BOBBIO, N. O futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
QUESTÃO 5
Na democracia, a participação dos cidadãos nas decisões deve ser a
mais ampla possível. De acordo com o texto, o exercício pleno da
democracia pressupõe
a) que as decisões sejam tomadas a partir de um princípio democrático,
ou seja, todos têm o direito de opinar a respeito de tudo.
b) que aqueles que detêm o conhecimento técnico em determinado
assunto sejam os únicos a poderem opinar e decidir sobre o mesmo.
c) que os detentores do conhecimento técnico tenham preferência para
decidir, pois a democracia se confunde com a especialização.
d) uma forma de democracia na qual todos podem opinar, mas apenas
dentro de sua especialidade.
e) a inclusão do conhecimento técnico como critério de julgamento,
visto que ele serviria para agilizar o processo de escolha.
QUESTÃO 6
O povo que exerce o poder não é sempre o mesmo povo sobre quem o
poder é exercido, e o falado self-government [autogoverno] não é o
governo de cada qual por si mesmo, mas o de cada qual por todo o resto.
Ademais, a vontade do povo significa praticamente a vontade da mais
numerosa e ativa parte do povo – a maioria, ou aqueles que logram êxito
em se fazerem aceitar como a maioria.
MILL, J. S. Sobre a liberdade. Petrópolis: Vozes, 1991 (adaptado).
QUESTÃO 6
No que tange à participação popular no governo, a origem da
preocupação enunciada no texto encontra-se na
a) conquista do sufrágio universal.
b) criação do regime parlamentarista.
c) institucionalização do voto feminino.
d) decadência das monarquias hereditárias.
e) consolidação da democracia representativa.
QUESTÃO 7
Em um governo que deriva sua legitimidade de eleições livres e
regulares, a ativação de uma corrente comunicativa entre a sociedade
política e a civil é essencial e constitutiva, não apenas inevitável. As
múltiplas fontes de informação e as variadas formas de comunicação e
influência que os cidadãos ativam através da mídia, movimentos sociais
e partidos políticos dão o tom da representação em uma sociedade
democrática.
URBINATI, N. O que torna a representação democrática? Lua Nova, n. 67, 2006.
QUESTÃO 7
Esse papel exercido pelos meios de comunicação favorece uma
transformação democrática em função do(a)
a) limitação dos gastos públicos.
b) interesse de grupos corporativos.
c) dissolução de conflitos ideológicos.
d) fortalecimento da participação popular.
e) autonomia dos órgãos governamentais.
QUESTÃO 8
O representante das associações de moradores (integrante de um
conselho de saúde) fez várias ponderações: “As prestações de contas, de
modo geral, tiveram uma transparência razoável. Eu acho isso bom
porque, no passado, não sabia quanto se gastava, e hoje, a gente já tem
conhecimento. Acompanho permanentemente o desenvolvimento do
que entra e do que é gasto”.
CORREIA, M. V. C. Que controle social?: os conselhos de saúde como instrumento. Rio de
Janeiro: Fiocruz, 2000 (adaptado).
QUESTÃO 8
A forma de atuação política indicada caracteriza uma prática associada
ao(à)
a) poder disciplinar.
b) gestão participativa.
c) processo burocrático.
d) autoridade carismática.
e) deliberação autocrática.
GABARITO
1. B
2. E
3. B
4. D
5. A
6. E
7. D
8. B
RACIONALISMO E EMPIRISMO
FILOSOFIA | CARLOS EDUARDO
QUESTÃO 1
Na primeira meditação, eu exponho as razões pelas quais nós podemos
duvidar de todas as coisas e, particularmente das coisas materiais, pelo
menos enquanto não tivermos outros fundamentos nas ciências além
dos que tivemos até o presente. Na segunda meditação, o espírito
reconhece entretanto que é absolutamente impossível que ele mesmo, o
espírito, não exista.
DESCARTES, R. Meditações metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado).
QUESTÃO 1
O instrumento intelectual empregado por Descartes para analisar os
seus próprios pensamentos tem como objetivo
a) identificar um ponto de partida para a consolidação de um
conhecimento seguro.
b) observar os eventos particulares para a formação de um
entendimento universal.
c) analisar as necessidades humanas para a construção de um saber
empírico.
d) estabelecer uma base cognitiva para assegurar a valorização da
memória.
e) investigar totalidades estruturadas para dotá-las de significação.
QUESTÃO 2
TEXTO I
Considero apropriado deter-me algum tempo na contemplação deste
Deus todo perfeito, ponderar totalmente à vontade seus maravilhosos
atributos, considerar, admirar e adorar a incomparável beleza dessa
imensa luz.
DESCARTES, R. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1980
QUESTÃO 2
TEXTO II
Qual será a forma mais razoável de entender como é o mundo? Existirá
alguma boa razão para acreditar que o mundo foi criado por uma
divindade todo-poderosa? Não podemos dizer que a crença em Deus é
“apenas” uma questão de fé.
RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009
QUESTÃO 2
Os textos abordam um questionamento da construção da modernidade
que defende um modelo
a) centrado na razão humana.
b) baseado na explicação mitológica.
c) fundamentado na ordenação imanentista.
d) focado na legitimação contratualista.
e) configurado na percepção etnocêntrica.
QUESTÃO 3
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, maravilhado pela
geografia, flora e fauna da região sul-americana, via seus habitantes
como se fossem mendigos sentados sobre um saco de ouro, referindo-se
a suas incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De alguma
maneira, o cientista ratificou nosso papel de exportadores de natureza
no que seria o mundo depois da colonização ibérica: enxergou-nos como
territórios condenados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. São Paulo: Elefante,
2016 (adaptado).
QUESTÃO 3
A relação entre ser humano e natureza ressaltada no texto refletia a
permanência da seguinte corrente filosófica:
a) Relativismo cognitivo.
b) Materialismo dialético.
c) Racionalismo cartesiano.
d) Pluralismo epistemológico.
e) Existencialismo fenomenológico.
QUESTÃO 4
Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim
concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é
necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a
concebo em meu espírito.
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
QUESTÃO 4
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais
importantes na ruptura da filosofia do século XVII com os padrões da
reflexão medieval, por
a) estabelecer o ceticismo como opção legítima.
b) utilizar silogismos linguísticos como prova ontológica.
c) inaugurar a posição teórica conhecida como empirismo.
d) estabelecer um princípio indubitável para o conhecimento.
e) Questionar a relação entre a filosofia e o tema da existência de Deus.
QUESTÃO 5
Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem
inteiramente perfeitas desde o início, não poderia ter inferido da fluidez
e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e
calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais
revela, pelas qualidades que aparecem aos sentidos, nem as causas que
o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão
é capaz de extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão
referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp 2003.
QUESTÃO 5
Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano?
a) A potência inata da mente.
b) A revelação da inspiração divina.
c) O estudo das tradições filosóficas.
d) A vivência dos fenômenos do mundo.
e) O desenvolvimento do raciocínio abstrato.
QUESTÃO 6
Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos
e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias
simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo
as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem
mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
QUESTÃO 6
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a
sua gênese na
a) convicção inata.
b) dimensão apriorística.
c) elaboração do intelecto.
d) percepção dos sentidos.
e) realidade transcendental.
QUESTÃO 7
Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade
de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos
fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma
montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias
consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber
um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a
partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a
forma de um cavalo, animal que nos é familiar.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1995.
QUESTÃO 7
Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao
considerar que
a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação.
b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível.
c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas
pelo acaso.
d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser
processados na memória.
e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são
colhidos na empiria.
QUESTÃO 8
TEXTO I
Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de
prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
QUESTÃO 8
TEXTO II
Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja
sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas
indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível
atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar
nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).
QUESTÃO 8
Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do
conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir
que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um
conhecimento legítimo.
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia
na reflexão filosófica e crítica.
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do
conhecimento.
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às
ideias e aos sentidos.
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de
obtenção do conhecimento.
GABARITO
1. A
2. A
3. C
4. D
5. D
6. D
7. A
8. E
GILBERTO FREYRE E FLORESTAN FERNANDES
SOCIOLOGIA | LEANDRO VIEIRA
QUESTÃO 1
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Em nenhum outro romance do Brasil tinha aparecido, como ocorreu em O
cortiço, de Aluísio Azevedo, semelhante coexistência de todos os nossos tipos
raciais, justificada na medida em que assim eram os cortiços e assim era o
nosso povo, é claro que visto numa perspectiva pessimista, como a dos
naturalistas em geral. Deste modo, o cortiço ganha significado diferente do
que tinha em Zola, pois em vez de representar apenas o modo de vida do
operário, passa a representar, através dele, aspectos que definem o país
todo. E como solução literária foi excelente, porque graças a ele o coletivo
exprime a generalidade do social.
(Adaptado de: CANDIDO, Antonio. O discurso e a cidade. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul,
2015, p. 119)
QUESTÃO 1
A preocupação em delimitar e qualificar as caraterísticas dos chamados tipos
raciais que compunham a humanidade orientou a “Eugenia” e suas teses,
que embasaram
a) o darwinismo, desenvolvido por Charles Darwin, que constatou que
espécies melhor adaptadas ao meio sobrevivem e são superiores às
demais.
b) experiências com seres humanos para o aprimoramento da raça e da
genética, tais como as registradas por Josef Mengele, médico nazista que
viveu por décadas no Brasil, sob identidade falsa.
QUESTÃO 1
c) o mito das três raças, desenvolvido pelo antropólogo Gilberto Freyre com
o objetivo de provar a superioridade do brasileiro ante o hispano-
americano e o próprio europeu, por causa da complexa mestiçagem.
d) o antissemitismo em diversos países europeus, nos séculos XIX e XX, ao se
constatar por meio de cálculos e medições que judeus, ciganos e
descendentes de árabes eram fisicamente mais frágeis que os brancos.
e) o genocídio armênio, causado pelo pensamento racista difundido entre
os turcos de que o povo armênio era uma raça inferior e impura, por isso,
amaldiçoada e merecedora do aniquilamento.
GABARITO: B
QUESTÃO 2
Leia o trecho a seguir:
“Não existe democracia racial efetiva, onde o intercâmbio entre indivíduos
pertencentes a ‘raças’ distintas começa e termina no plano da tolerância
convencionalizada. Esta pode satisfazer as exigências do bom-tom, de um
discutível espírito cristão e da necessidade prática de ‘manter cada um no
seu lugar’. Contudo, ela não aproxima realmente os homens senão na base
da mera coexistência no mesmo espaço social e, onde isso chega a acontecer,
da convivência restritiva, regulada por um código que consagra a
desigualdade, disfarçando-a e justificando-a acima dos princípios de
integração da ordem social democrática”.
Florestan Fernandes, 1960.
QUESTÃO 2
Florestan Fernandes se refere à ideia de “democracia racial” que, durante
um período, foi considerada constitutiva da identidade nacional brasileira.
Esta tese era caracterizada por:
a) pressupor uma miscigenação harmoniosa entre os diferentes grupos
étnicos constitutivos da nação brasileira.
b) apregoar que representantes de todos os grupos étnicos deveriam ter
representatividade política em âmbito legislativo.
c) promover a denúncia de práticas racistas contra negros, mulheres e
indígenas.
d) reivindicar a instauração de processos e eventuais julgamentos dos
responsáveis pelo processo de favelização nas grandes capitais
brasileiras, a partir de fins do século XIX.
e) defender as candidaturas plurirraciais nos processos eleitorais, pós 1964.
QUESTÃO 3
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Morro velho
No sertão da minha terra,
fazenda é o camarada que ao chão se deu.
Fez a obrigação com força,
parece até que tudo aquilo ali é seu.
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho,
lindo a crescer.
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada.
Filho do branco e do preto,
correndo pela estrada atrás de passarinho.
Pela plantação adentro,
crescendo os dois meninos, sempre pequeninos.
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha,
dá pro fundo ver.
Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada.
QUESTÃO 3
Filho do sinhô vai embora,
tempo de estudos na cidade grande.
Parte, tem os olhos tristes,
deixando o companheiro na estação distante.
“Não me esqueça, amigo, eu vou voltar.”
Some longe o trenzinho ao deus-dará.

Quando volta já é outro,


trouxe até sinhá-mocinha para apresentar.
Linda como a luz da lua
que em lugar nenhum rebrilha como lá.
Já tem nome de doutor
e agora na fazenda é quem vai mandar.
E seu velho camarada
já não brinca, mas trabalha.
MILTON NASCIMENTO
Adaptado de miltonnascimento.com.br.
QUESTÃO 3
A história da casa-grande é íntima de quase todo brasileiro: de sua vida
doméstica, conjugal, sob o patriarcalismo escravocrata e polígamo; da sua
vida de menino. Nas casas-grandes foi até hoje onde melhor se exprimiu o
caráter brasileiro, a nossa continuidade social.
Adaptado de Freyre, G. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da
economia patriarcal. Rio de Janeiro: Record, 1995.

Publicado em 1933, Casa-grande & senzala tornou-se livro de referência nas


análises sobre patriarcalismo na sociedade brasileira.
QUESTÃO 3
Na letra da canção Morro velho, aspectos das relações patriarcais são
abordados, entre eles a “continuidade social”, presente na seguinte
passagem:
a) No sertão da minha terra, / fazenda é o camarada que ao chão se deu. (v.
1-2)
b) Orgulhoso camarada conta histórias pra moçada. (v. 14)
c) Parte, tem os olhos tristes, / deixando o companheiro na estação
distante. (v. 17-18)
d) Já tem nome de doutor / e agora na fazenda é quem vai mandar. (v. 25-
26)
QUESTÃO 4
Freyre (2013) afirmava que a sociedade brasileira, embasada historicamente
nos dois extremos antagônicos, a Casa-Grande e a Senzala, foi sendo
constituída em vários sentidos sociais de forma democrática, flexível e
plástica, uma vez que a formação social brasileira não se processou no puro
sentido da europeização ao entrar em contato com as culturas indígena e
africana. A nossa sociedade, insiste este autor, foi formada em um “processo
de equilíbrio de antagonismos” que tem como um dos seus fundamentos a
relação entre os Senhores (homens) e as escravas (mulheres) nos períodos
colonial e monárquico. Os extremos antagônicos teriam sido contrariados
pelos efeitos sociais da miscigenação que ocorreu de início por dos Senhores
que sem “escrúpulos de raça” se relacionavam com suas escravas em “coitos
para sempre danados, de brancos com pretas, de portugas com índias”. Os
portugueses colonizadores possuíam essa capacidade de miscibilidade e
misturavam-se “gostosamente com mulheres de cor logo ao primeiro
contato”.
QUESTÃO 4
E para Freyre (2013), essas relações “danadas” eram, por vezes, pautadas
curiosamente pelo “sadismo” do Senhor e o “masoquismo de escravo”. Mas,
ao fim e assim, a índia e a “negra-mina” e depois, a “mulata” – termos de
Freyre (2013) – “agiram poderosamente no sentido da democratização social
no Brasil”.
FREYRE, Gilberto. Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil – 1. Casa-Grande e Senzala:
formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 52ª Ed. São Paulo: Global, 2013.
QUESTÃO 4
Esta concepção freyriana sobre a formação da “democracia racial” da
sociedade brasileira é criticada, dentre outras razões, por
a) impedir a difusão dos conhecimentos da cultura e da religião afro-
brasileiras.
b) demonstrar que o racismo sempre existiu e é persistente em nossa
sociedade.
c) diminuir o poder de sensualidade das mulheres negras, índias e mulatas.
d) amenizar as violências sexuais cometidas contra as escravas índias e
negras.
QUESTÃO 5
Gilberto Freyre (1900-1987) foi um dos intérpretes e analistas da formação
sociocultural da sociedade brasileira. Na sua obra mais conhecida, Casa-
Grande & Senzala (1933), ele tratou de valorizar o povo brasileiro
enfatizando algumas consequências benéficas do processo histórico da
mestiçagem entre os povos que se entrechocaram no período inicial da
colonização portuguesa nessas terras que se tornaram o Brasil. Porém, foi
bastante criticado por muitos outros intelectuais e pensadores devido a sua
interpretação sobre a formação do povo brasileiro enquanto sociedade.
Umas das principais críticas feitas a Gilberto Freyre em relação a sua obra
Casa-Grande & Senzala diz respeito ao fato de que ele
QUESTÃO 5
a) errou ao apontar que a sociedade brasileira formou-se produzindo uma
espécie de democracia racial que atenua preconceitos e discriminações.
b) não conseguiu perceber os pontos positivos da mestiçagem ao apontar a
existência do racismo estrutural na formação da sociedade brasileira.
c) foi infeliz ao tratar a mistura de raças como algo que trouxe desequilíbrio
à sociedade brasileira e que distanciava classes antagônicas.
d) acertou apenas em demonstrar como a mestiçagem fez diminuir o
racismo desde a história colonial justamente porque todo brasileiro é
mestiço.
QUESTÃO 6
Atente para o seguinte excerto:
“A mudança de ‘estado social’ não trouxera consigo a ‘redenção da raça
negra’ e os negros e mulatos custaram a perceber isso. Eles haviam sido
expropriados de sua condição de dependentes e, submissos, recebido o peso
de seu destino, mas não os meios para lidar com essa realidade. Sua única
direção foi à marginalização, diante do desamparo real. Incorporar-se à
escória do operariado urbano ou procurar no ‘ócio dissimulado’, na
‘vagabundagem sistemática’ ou na ‘criminalidade fortuita’ meios para salvar
as aparências e a dignidade de ‘homem livre’”.
NUNES, Gilcerlândia Pinheiro de Almeida. “A Integração do Negro na Sociedade de Classes”. Revista
Cronos, Natal-RN, v. 9, n. 1, p. 247-254, jan/jul. 2008.
QUESTÃO 6
O trecho acima foi extraído de uma resenha acerca da obra “A Integração do
Negro na Sociedade de Classes” (1964) do sociólogo brasileiro Florestan
Fernandes (1920-1995). Partindo da compreensão da forma como ocorreu a
integração dos negros libertos na sociedade de classes brasileira dos fins do
século XIX, assinale a afirmação verdadeira.
a) Foi rápida a adaptação dos ex-escravos em uma sociedade que começava
a empregar a liberdade civil e o bem-estar de todos.
b) Os negros no Brasil colonial e monárquico estavam em melhores
condições de vida do que após a libertação do cativeiro forçado.
c) A libertação da população escrava negra foi a única responsável por
instalar problemas de vadiagem na vida urbana do Brasil.
d) Os negros livres da escravidão foram incorporados de forma
subalternizada nas classes menos abastadas e miseráveis do Brasil.
QUESTÃO 7
O jovem que nasceu e cresceu sob a ditadura perdeu muitos contatos com a
realidade e com a história como processo vivo. Mas conheceu em sua carne o
que é a opressão e como a repressão institucional (às vezes inconsciente e
definitiva, dentro da família, da escola etc.) é odiosa. Essa é uma riqueza
ímpar. O potencial radical de um jovem – pobre, de pequena burguesia ou
“rico” – que sofre prolongadamente uma experiência dessas, constitui um
agente político valioso. Ele está “embalado” para rejeitar e combater a
opressão sistemática e a repressão dissimulada, o que o converte em um ser
político inconformista promissor.
FERNANDES, F. O dilema político dos jovens. In: Florestan Fernandes na constituinte: leituras para
reforma política. São Paulo: Expressão Popular, 2014.
QUESTÃO 7
No contexto mencionado, Florestan Fernandes tematiza um efeito
inesperado do exercício do poder político decorrente da
a) evolução histórica do conflito de gerações.
b) fragilidade moral das instituições públicas.
c) impossibilidade de realização do controle total.
d) legitimação ideológica do nacionalismo estatal.
e) restrição da oferta de oportunidades de educação.
QUESTÃO 8
Atente para o seguinte excerto: “A miscigenação que largamente se praticou
aqui corrigiu a distância social que de outro modo se teria conservado
enorme entre a casa-grande e a senzala. O que a monocultura latifundiária e
escravocrata realizou no sentido de aristocratização, extremando a
sociedade brasileira em Senhores e escravos, com uma rala e insignificante
lambujem de gente livre sanduichada entre esses dois extremos
antagônicos, foi em grande parte contrariado pelos efeitos sociais da
miscigenação. A índia e a negra-mina a princípio, depois a mulata, a
cabrocha, a quadrarona, a oitavona, tornando-se caseiras, concubinas e até
esposas legítimas dos senhores brancos, agiram poderosamente no sentido
de democratização social do Brasil. Entre os filhos mestiços, legítimos e
mesmo ilegítimos, havidos delas pelos Senhores brancos, subdividiu-se
parte considerável das grandes propriedades, quebrando-se assim a força
das sesmarias feudais e dos latifúndios do tamanho de reinos”.
FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala: formação da família brasileira sob o regime patriarcal. 52ª
ed. São Paulo: Global, 2013.
QUESTÃO 8
O sociólogo brasileiro Gilberto Freyre aponta, na citação acima, a criação de
uma “democracia racial” na história da relação entre senhores e escravos no
Brasil escravocrata. Assim, mesmo que se possa criticar tal concepção, a
perspectiva teórico-sociológica de Freyre afirma que
a) a miscigenação na história do Brasil foi positiva, pois aproximou a Casa-
Grande e a Senzala ou senhores e escravos.
b) a escravidão e o latifúndio da monocultura açucareira lançaram
distâncias sociais insuperáveis entre senhores e escravos.
c) foram os homens negros, e não as mulheres negras, os principais
responsáveis pela criação da democracia racial no Brasil.
d) os negros e os brancos em conjunto, no período colonial, constituíram
uma vigorosa democracia social de governo da sociedade.
QUESTÃO 9
A miscigenação que largamente se praticou aqui corrigiu a distância social
que de outro modo se teria conservado enorme entre a casa-grande e a mata
tropical; entre a casa-grande e a senzala. O que a monocultura latifundiária e
escravocrata realizou no sentido de aristocratização, extremando a
sociedade brasileira em senhores e escravos, com uma rala e insignificante
lambujem de gente livre sanduichada entre os extremos antagônicos, foi em
grande parte contrariado pelos efeitos sociais da miscigenação.
FREYRE, G. Casa-grande & senzala. Rio de Janeiro: Record, 1999.
QUESTÃO 9
A temática discutida é muito presente na obra de Gilberto Freyre, e a
explicação para essa recorrência está no empenho do autor em
a) defender os aspectos positivos da mistura racial.
b) buscar as causas históricas do atraso social.
c) destacar a violência étnica da exploração colonial.
d) valorizar a dinâmica inata da democracia política.
e) descrever as debilidades fundamentais da colonização portuguesa.
QUESTÃO 10
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
No romance de Monteiro Lobato O Presidente Negro (1926), livro de ficção
sobre os EUA, o personagem principal vê o futuro, o século XXI, ano de 2228,
através de um porviroscópio, e tece algumas considerações sobre o estágio
do choque das “raças” naquele contexto.
[...] Até essa época a população negra representava um sexto da população
total do país. A predominância do branco era pois esmagadora e de molde a
não arrastar o americano a ver no negro um perigo sério.
QUESTÃO 10
Mas com o proibicionismo coincidiu o surto das ideias eugenísticas de Francis
Galton. As elites pensantes convenceram-se de que a restrição da natalidade
se impunha por 1001 razões, resumíveis no velho truísmo: qualidade vale
mais que quantidade. [...] Os brancos entraram a primar em qualidade,
enquanto os negros persistiam em avultar em quantidade. [...] Mais tarde,
quando a eugenia venceu em toda a linha e se criou o Ministério da Seleção
Artificial, o surto negro já era imenso. [...] (Felizmente), muito cedo chegou o
americano à conclusão de que os males do mundo vinham dos três pesos
mortos que sobrecarregam a sociedade – o vadio, o doente e o pobre. Em vez
de combater esses pesos mortos por meio do castigo, do remédio e da
esmola, como se faz hoje, adotou solução mais inteligente: suprimi-los. A
eugenia deu cabo do primeiro, a higiene do segundo e a eficiência do último.
(LOBATO, M. O Presidente Negro. São Paulo: Globo, 2008, p.97 e p.117, grifos do autor)
QUESTÃO 10
Assinale a alternativa que contém a figura que representa o ideal de
branqueamento no Brasil do final do século XIX.
a) b)
QUESTÃO 10
c) d)
QUESTÃO 10
e)

GABARITO: C
GABARITO
1. B
2. A
3. D
4. D
5. A
6. D
7. C
8. A
9. A
10. C
UTILITARISMO
FILOSOFIA | LEANDRO VIEIRA
QUESTÃO 1
Tradição de pensamento ético fundada pelos ingleses Jeremy Bhentam
e John Stuart Mill, o utilitarismo almeja muito simplesmente o bem
comum, procurando eficiência: servirá aos propósitos morais a decisão
que diminuir o sofrimento ou aumentar a felicidade geral da sociedade.
No caso da situação dos povos nativos brasileiros, já se destinou às
reservas indígenas uma extensão de terra equivalente a 13% do
território nacional, quase o dobro do espaço destinado à agricultura, de
7%. Mas a mortalidade infantil entre a população indígena é o dobro da
média nacional e, em algumas etnias, 90% dos integrantes dependem de
cestas básicas para sobreviver. Este é um ponto em que o cômputo
utilitarista de prejuízos e benefícios viria a calhar: a felicidade dos índios
não é proporcional à extensão de terra que lhes é dado ocupar.
(Veja, 25.10.2013. Adaptado.)
QUESTÃO 1
A aplicação sugerida da ética utilitarista para a população indígena
brasileira é baseada em
a) uma ética de fundamentos universalistas que deprecia fatores
conjunturais e históricos.
b) critérios pragmáticos fundamentados em uma relação entre custos e
benefícios.
c) princípios de natureza teológica que reconhecem o direito
inalienável do respeito à vida humana.
d) uma análise dialética das condições econômicas geradoras de
desigualdades sociais.
e) critérios antropológicos que enfatizam o respeito absoluto às
diferenças de natureza étnica.
QUESTÃO 2
TEXTO 1
“Por princípio da utilidade entende-se aquele princípio que aprova ou
desaprova qualquer ação, segundo a tendência que tem a aumentar ou a
diminuir a felicidade da pessoa cujo interesse está em jogo, ou, o que é a
mesma coisa em outros termos, segundo a tendência de promover ou
comprometer a referida felicidade. Digo qualquer ação, com o que
tenciono dizer que isto vale não somente para qualquer ação de um
indivíduo particular, mas também de qualquer ato ou medida de
governo. [...] A comunidade constitui um corpo fictício, composto de
pessoas individuais que se consideram como constituindo os seus
membros. Qual é, nesse caso, o interesse da comunidade? A soma dos
interesses dos diversos membros que integram a referida comunidade”.
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
p. 10
QUESTÃO 2
TEXTO 2
“Para compreendermos o valor que Mill atribui à democracia, é
necessário observar com mais atenção a sua concepção de sociedade e
indivíduo [...]. O governo democrático é melhor porque nele
encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das
capacidades de cada cidadão”.
WEFFORT, F. (org.). Os clássicos da política 2. 3 ed. São Paulo: Ática, 1991. p. 197-98.
QUESTÃO 2
Sobre o utilitarismo e o pensamento de Bentham e Stuart Mill, é
INCORRETO afirmar.
a) Para o utilitarismo clássico, o principal critério para a moralidade é o
princípio da utilidade, que defende como morais as ações que
promovem a felicidade e o bem-estar para o maior número de
pessoas envolvidas.
b) Para os utilitaristas Bentham e Stuart Mill, uma ação é considerada
moralmente correta se promove a felicidade e o bem-estar para o
indivíduo, não importando suas consequências em relação ao
conjunto da sociedade.
c) Utilitaristas como Bentham defendem que o papel do legislador é o
de produzir leis que sejam do interesse dos indivíduos que
constituem uma comunidade e que resultem na maior felicidade
para o maior número deles.
QUESTÃO 2
d) O pensamento de Stuart Mill propõe mudanças importantes à agenda
política, na medida em que reconhece que a participação política não
pode ser tomada como privilégio de poucos. O Estado deverá, portanto,
adotar mecanismos que garantam a institucionalização da participação
mais ampliada dos cidadãos.
e) Enquanto Bentham defendia a democracia representativa como
sendo uma forma de impedir que os governos imponham seus interesses
aos do povo, Stuart Mill defende tal forma de governo como a melhor
forma para se controlar os governantes e ao mesmo tempo aumentar a
riqueza total da sociedade.
GABARITO: LETRA B
QUESTÃO 3
O uso de fontes alternativas de energia, como a energia solar, está cada
vez mais difundido no mundo contemporâneo. Isso se deve, em boa
medida, ao conhecimento adquirido nas últimas décadas de que o uso
excessivo de combustíveis fósseis (por exemplo, o carvão) na produção
de energia tem contribuído significativamente para o chamado "efeito
estufa". A principal consequência desse efeito é o aumento da
temperatura média da Terra.

Dado o conhecimento que temos hoje das decorrências negativas do


“efeito estufa”, pode-se dizer que, em uma ética de tipo aristotélica, o
uso de energias alternativas constitui um _____________; em uma ética
de tipo kantiana, por sua vez, o uso de energias alternativas constitui
um _________; em uma ética de tipo utilitarista, o uso de energias
alternativas constitui um ____________.
QUESTÃO 3
Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas.
a) comportamento virtuoso - dever moral - comportamento que conduz
o maior número de pessoas à felicidade maior
b) comportamento virtuoso - comportamento que conduz o maior
número de pessoas à felicidade maior - dever moral
c) dever moral - comportamento virtuoso - comportamento que conduz
o maior número de pessoas à felicidade maior
d) dever moral - comportamento que conduz o maior número de
pessoas à felicidade maior – dever moral
e) comportamento que conduz o maior número de pessoas à felicidade
maior - dever moral - comportamento virtuoso
QUESTÃO 4
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus,
muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de
criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o
que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta
promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão
afetados.
RACHELS. J. Os elementos da filosofia moral, Barueri-SP; Manole. 2006.

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma


a) fundamentação científica de viés positivista.
b) convenção social de orientação normativa.
c) transgressão comportamental religiosa.
d) racionalidade de caráter pragmático.
e) inclinação de natureza passional.
GABARITO
1. B
2. B
3. A
4. D
FILOSOFIA HELENÍSTICA
FILOSOFIA | LEANDRO VIEIRA
QUESTÃO 1
A quem não basta pouco, nada basta.
EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985.

Remanescente do período helenístico, a máxima apresentada valoriza a


seguinte virtude:
a) Esperança, tida como confiança no porvir.
b) Justiça, interpretada como retidão de caráter.
c) Temperança, marcada pelo domínio da vontade.
d) Coragem, definida como fortitude na dificuldade.
e) Prudência, caracterizada pelo correto uso da razão.
QUESTÃO 2
Jamais, a respeito de coisa alguma, digas: “Eu a perdi”, mas sim: “eu a
restituí”. O filho morreu? Foi restituído. A mulher morreu? Foi
restituída. “A propriedade me foi subtraída”, então também foi
restituída. “Mas quem a subtraiu é mau”. O que te importa por meio de
quem aquele que te dá a pede de volta? Na medida em que ele der, faz
uso do mesmo modo de quem cuida das coisas de outrem. Do mesmo
modo como fazem os que se instalam em uma hospedaria.
EPICTETO. Encheirídion. In: DINUCCI, A. Introdução ao Manual de Epicteto. São Cristóvão: UFS, 2012
(adaptado).
QUESTÃO 2
A característica do estoicismo presente nessa citação do filósofo grego
Epicteto é
a) explicar o mundo com números.
b) identificar a felicidade com o prazer.
c) aceitar os sofrimentos com serenidade.
d) questionar o saber científico com veemência.
e) considerar as convenções sociais com desprezo.
QUESTÃO 3
Pirro afirmava que nada é nobre nem vergonhoso, justo ou injusto; e que,
da mesma maneira, nada existe do ponto de vista da verdade; que os
homens agem apenas segundo a lei e o costume, nada sendo mais isto do
que aquilo. Ele levou uma vida de acordo com esta doutrina, nada
procurando evitar e não se desviando do que quer que fosse, suportando
tudo, carroças, por exemplo, precipícios, cães, nada deixando ao arbítrio
dos sentidos.
LAÉRCIO, D. Vidas e sentenças dos filósofos ilustres. Brasília: Editora UnB, 1988.

O ceticismo, conforme sugerido no texto, caracteriza-se por:


a) Desprezar quaisquer convenções e obrigações da sociedade.
b) Atingir o verdadeiro prazer como o princípio e o fim da vida feliz.
c) Defender a indiferença e a impossibilidade de obter alguma certeza.
d) Aceitar o determinismo e ocupar-se com a esperança transcendente.
e) Agir de forma virtuosa e sábia a fim de enaltecer o homem bom e belo.
QUESTÃO 4
Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros, naturais e não
necessários; outros, nem naturais nem necessários, mas nascidos de vã
opinião. Os desejos que não nos trazem dor se não satisfeitos não são
necessários, mas o seu impulso pode ser facilmente desfeito, quando é
difícil obter sua satisfação ou parecem geradores de dano.
EPICURO DE SAMOS. “Doutrinas principais”. In: SANSON, V. F. Textos de filosofia. Rio de Janeiro: Eduff, 1974.

No fragmento da obra filosófica de Epicuro, o homem tem como fim


a) alcançar o prazer moderado e a felicidade.
b) valorizar os deveres e as obrigações sociais.
c) aceitar o sofrimento e o rigorismo da vida com resignação.
d) refletir sobre os valores e as normas dadas pela divindade.
e) defender a indiferença e a impossibilidade de se atingir o saber.
QUESTÃO 5
Em meados do século IV a.C., Alexandre Magno assumiu o trono da
Macedônia e iniciou uma série de conquistas e, a partir daí, construiu
um vasto império que incluía, entre outros territórios, a Grécia. Essa
dominação só teve fim com o desenvolvimento de outro império, o
romano. Esse período ficou conhecido como helenístico e representou
uma transformação radical na cultura grega. Nessa época, um pensador
nascido em Élis, chamado Pirro, defendia os fundamentos do ceticismo.
Ele fundou uma escola filosófica que pregava a ideia de que:

a) seria impossível conhecer a verdade.


b) seria inadmissível permanecer na mera opinião.
c) os princípios morais devem ser inferidos da natureza.
d) os princípios morais devem basear-se na busca pelo prazer.
GABARITO
1. C
2. C
3. C
4. A
5. A

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