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SIMULADO FILO-SOCIO 3º Data: / /

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INSTRUÇÕES PARA REALIZAR A AVALIAÇÃO


1. Verifique se sua prova está completa (questões e páginas).
2. Leia com calma e atenção as questões solicitadas, respondendo-as com clareza.
3. Todas as respostas deverão ser escritas a caneta no cartão-resposta.
4. Nas questões descritivas das disciplinas exatas, os cálculos serão obrigatórios.
5. Escreva com letra legível, coloque seu nome e revise sua prova antes de entregá-la.

Questão 01
O mundo possui certa estrutura lógica apreensível e a linguagem pode espelhá-la. Daí que o caminho do mundo
para a linguagem é logicamente pavimentado; a estrutura última da realidade se revela na análise lógica de
sentenças que expressam fatos.
Fernando Meurer, César. “Do mundo para a linguagem: a verdade no atomismo lógico de Russell” In: Intuito, Vol. 7, n°.1, pp.
182-191, 2014, p. 185.
De acordo com o texto, podemos afirmar que o atomismo lógico propunha que:

A) o aumento da complexidade das proposições de um texto traria mais clareza às ideias apresentadas.
B) é preciso duvidar de tudo, até mesmo daquilo que identificamos por meio dos sentidos.
C) a menor parte de cada proposição, isto é, as letras, deveriam ser chamadas de átomo.
D) apenas os átomos poderiam ser identificados como verdadeiramente lógicos, visto que são a parte menos
complexa de cada ser.
E) a divisão lógica de proposições complexas em outras consideradas simples poderiam expressar termos livres
de ambiguidades.
Questão 02
No juízo de alguns, a teoria das quatro causas em Aristóteles estaria já em sua origem comprometida por uma
séria confusão. Se faz sentido falar em quatro causas, é porque as quatro, não obstante suas diferenças
recíprocas, podem ser contadas sob um mesmo conceito chave, ou seja, é porque, não obstante o fato de serem
tipos diferentes de causas, partilham certas características comuns que as fazem ser, de todo modo, causas.
ANGIONI, Lucas. As quatro causas na filosofia da natureza de Aristóteles. Campinas: Anais de Filosofia Clássica,
2011. p. 1.
No desenvolvimento da Metafísica, Aristóteles propôs a teoria das quatro causas, as quais estão diretamente
ligadas à existência de um objeto. Valendo-se dessas informações e tendo como base o texto, compreende-se
que, para Aristóteles, as quatro causas

A) são fatores que fazem um dado subjacente ter ou vir a adquirir certo atributo.
B) não apresentam quaisquer similaridades, mas encontram-se pontos de complementariedade entre si.
C) compartilham uma causa final comum a todos os seres, o filósofo, considerado o primeiro motor imóvel.
D) devem ser analisadas de forma individual, visto que não partilham nenhuma característica comum.
E) não apresentam nenhum ponto comum, mesmo sendo recíprocas e correspondentes.
Questão 03
Hoje, com o uso que as ciências e a filosofia fazem de conceitos como convenção, acordo, compromisso, a
noção de contrato talvez pudesse ser retomada para a análise da estrutura das comunidades humanas, com
base na noção da reciprocidade de compromissos e do caráter condicional dos acordos dos quais se originam
direitos e deveres.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 5ͣ Edição. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
Com base na noção de contratualismo, pode-se afirmar que ele é um instrumento:

A) de permissão do direito natural


B) de garantia da execução das leis.
C) de determinação do emprego das forças do Estado
D) para nortear as ações individuais com princípios imperativos
E) de imposição de limites nas liberdades individuais.

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Questão 04
Os paradigmas adquirem seu status porque são mais bem-sucedidos que seus competidores na resolução de
alguns problemas que o grupo de cientistas reconhece como graves. [...] De início, o sucesso de um paradigma
[...] é, em grande parte, uma promessa de sucesso que pode ser descoberta em exemplos selecionados e ainda
incompletos. A ciência normal consiste na atualização dessa promessa, atualização que se obtém ampliando-se
o conhecimento daqueles fatos que o paradigma apresenta como particularmente relevantes, aumentando-se a
correlação entre esses fatos e as predições do paradigma e articulando-se ainda mais o próprio paradigma.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1998. p. 44.
A proposta de Kuhn permite compreender o desenvolvimento da ciência normal por meio da(s)

A) confirmação dos fatos constitutivos do paradigma.


B) ruptura operada no interior dos paradigmas.
C) resistência às tentativas de falseamento.
D) consequências do paradigma vigente.
E) superação dos modelos explicativos.
Questão 05
(ENEM – 2015)
Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre
todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de
tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a
cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira
e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos
tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus
prestígios.
PLATÃO. ARepública. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central,
do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)Parte superior do formulário

A) caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.


B) sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
C) vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
D) sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
E) teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
Questão 06
O aparecimento da circulação de notícias na sociedade capitalista e sua comercialização estão ligados à própria
introdução do novo modo de produção, na fase mercantilista: a notícia não somente acompanha o trânsito de
mercadorias, mas torna-se, também, uma delas na criação dos mercados e feiras do capitalismo iniciante.
Assim, na medida em que havia a necessidade de compartilhar informações, estas passaram a ser
comercializadas a fim de melhorar o desempenho dos mercadores. A necessidade de noticiar fez surgir o
jornalismo como atividade mercantilista entre os séculos XV e XVIII, ganhando contornos empresariais até
chegar às características industriais. O Jornalismo como empresa precisou gerar lucros e desta forma a redação
e o valor econômico do produto passaram a andar lado a lado [...]
LIMA, Carlos Eduardo Corrêa de. Marketing no telejornalismo. Disponível em: . Acesso em: 30 mar. 2021.
Tendo como base o texto, identifica-se que, na sociedade de consumo,

A) as notícias cumprem um papel estritamente informativo.


B) as notícias não são submetidas à lógica do consumo.
C) o jornalismo não é considerado uma atividade mercantilista.
D) o mundo das notícias se tornou um mundo de mercadorias.
E) não há veiculação de mensagens publicitárias.
Questão 07
21 trabalhadores são encontrados em condição análoga à escravidão em fazenda em Rondon do Pará
“Vinte e um trabalhadores foram encontrados em condição análoga à escravidão em uma propriedade na zona
rural do município de Rondon do Pará, sudeste do estado. Na fazenda onde os trabalhadores foram resgatados,
funcionam duas empresas terceirizadas.”
G1. 21 trabalhadores são encontrados em condição análoga à escravidão em rondon no Pará. G1 PA. 09
dez. 2020. Disponível em: . Acesso em: 11 dez. 2020.
A partir da crítica marxista ao sistema capitalista é possível afirmar que o trecho evidencia

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A) O avanço das forças produtivas e a diminuição dos conflitos nas relações de produção.
B) O desenvolvimento do capitalismo e seu consequente benefício para as relações de produção.
C) O avanço das forças produtivas culminando em conflitos com as relações sociais de produção.
D) A expansão da oferta de empregos em virtude do avanço das forças produtivas.
E) A retração das forças produtivas e o processo de harmonização destas com as relações sociais de produção.
Questão 08
TEXTO I
Estado, monopólio da violência e policiamento privado
O conceito de Estado weberiano leva em conta a relação de dominação existente entre homens, justificado pelo
poder que é exercido entre desiguais, de forma hierárquica, em que se percebe uma forma piramidal onde o topo
emana poder legitimado sobre as bases [...]. Em termos atuais, como se verifica o monopólio da violência pelo
Estado? [...]. O uso (i)legítimo da violência por pequenos grupos pode ser entendido como consequência das
transformações advindas dos tempos atuais, mudanças substanciais no processo de socialização e uma
fragmentação da governabilidade. [...] O modelo weberiano [...] parece que está fadado ao fim, uma vez que a
violência na sociedade contemporânea se configura de maneira difusa, multifacetada, emanando de grupos
privados que reivindicam o seu uso [...] Devido à ineficácia do Estado em gerenciar o uso da força física, a
instituição policial, agora, divide com grupos particulares o direito de imprimir violência.
SILVA, Antonio Marcos de Sousa. Estado, monopólio da violência e policiamento privado: com quem fica o uso legítimo da
força física na sociedade contemporânea? Disponível em . Acesso em: 2 abr. 2021.
TEXTO II
O perigo da milicianização das polícias
[...] Pará e Rio de Janeiro preocupam por aparecem novamente como recordistas em relação ao número de
mortos em intervenções policiais, com crescimento expressivo entre 2018 e 2019. [...] O principal elemento que
une os dois estados, e que deveria preocupar as autoridades federais, é que em ambos existe a consolidação de
milícias concorrendo com as facções criminosas tradicionais, muitas das quais formadas por policiais da ativa.
BUENO, Samira; LIMA, Renato Sérgio de. Fórum Brasileira de Segurança Pública. O perigo da milicianização das
polícias. G1. 14 out. 2019.
Disponível em:. Acesso em: 2 maio 2021.
Considerando a atualidade brasileira, ao articular os textos I e II com o conceito de monopólio do uso da força
legítima pelo Estado, de Max Weber, pode-se concluir que o Estado

A) inibe, por completo, o emergência de milícias e facções criminosas.


B) impediu o surgimento de forças paralelas à sua.
C) perdeu a capacidade de exercer o monopólio da força sozinho.
D) incentiva, legalmente, o surgimento de milícias.
E) mantém o monopólio do uso da força, dada a inexistência de milícias e facções criminosas .
Questão 09
Além das maneiras tradicionais de participação na política partidária (como candidatar-se a um cargo eletivo,
filiar-se ou apoiar um partido político), é possível se engajar em um conjunto de espaços de participação social
garantidos por lei, ou até mesmo criar novas formas e estratégias para influenciar as políticas e decisões
públicas.
IOZZI, Luís Fernando. 28 formas de exercer a cidadania além do voto. Politize!, 18 set. 2021. Disponível em:
https://www.politize.com.br/cidadania-formas-de-exercer/. Acesso em: 13 abr. 2022.
A leitura do texto permite inferir o seguinte aspecto sobre a participação política:

A) a participação nos espaços políticos garante mudanças significativas.


B) a política pode ser construída de diversas formas, todas elas legítimas.
C) as decisões públicas costumam se basear nas leis criadas pelos sujeitos políticos.
D) a filiação a um partido político é algo ineficiente no que diz respeito a possíveis mudanças.
E) as estratégias utilizadas nas formas de fazer políticas são as que estão elencadas no texto.

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Questão 10

©Reprodução/Agência de Notícias – IBGE.

Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br. Acesso em: 1 jul. 2022.


Com base nos dados fornecidos pelo IBGE sobre a situação da mulher no mercado de trabalho, pode-se
reconhecer que

A) a defasagem salarial entre homens e mulheres não indica tratamento desigual.


B) as mulheres conquistaram a equiparação salarial nas últimas décadas do século XXI.
C) a diferença na remuneração justifica-se por fatores como qualificação e habilidades.
D) a divergência nos salários vem da quantidade de horas trabalhadas, e não do valor pago pela hora trabalhada.
E) o número de mulheres que ocupam cargos no mercado de trabalho cresceu, embora ainda exista a
defasagem salarial.

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