Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho de Português: Arcadismo em Portugal
Trabalho de Português: Arcadismo em Portugal
Trabalho de Português: Arcadismo em Portugal
De
português
turma 1 ano A
Arcadismo em Portugal
CONTEUDO HISTORICO
O Arcadismo em Portugal teve início em 1756 com a fundação da Arcádia Lusitânia na capital
do país: Lisboa
O movimento árcade foi fortemente influenciado pela cultura grega, latina e renascentista. A
clareza e a harmonia nos temas e nas formas afastaram das produções literárias a linguagem
rebuscada e confusa do Barroco. As antíteses e paradoxos do homem do século XVII passaram
a dar lugar ao sujeito racional, que buscava a simplicidade e a racionalidade em suas obras.
Inutilia Truncat: Esse preceito dialoga com a necessidade de “tirar o inútil” da poesia,
entendendo-se esse inútil como sendo o excesso de rebuscamento formal do movimento
Barroco.
Fugere Urbem: Para os líricos do Arcadismo, a cidade não era o ambiente ideal para viver,
pregando-se, portanto, a fuga da urbanidade como meta a ser alcançada.
Locus Amoenus: Atrelado ao fugere urbem, esse preceito afirma que o campo, o ambiente
bucólico, é o ideal para o homem.
Carpe Diem: Segundo esse preceito, é necessário aproveitar o presente para contemplar a
realidade, sem preocupar-se com o futuro.
Aurea Mediocritas: Segundo essa expressão, o homem mediano é aquele que alcança a
felicidade, não se devendo, assim, procurar riquezas e posses em vida.
Além do retorno aos clássicos, o Arcadismo também foi muito influenciado pelo Iluminismo,
movimento filosófico que compreendia ser a razão o maior valor humano, e pelo
desenvolvimento técnico e tecnológico que modernizou os meios de produção da época e
produziu um forte êxodo rural e expansão urbana."
[...]
No poema de Tomás Antônio Gonzaga, percebemos vários dos preceitos latinos anteriormente
citados. Trata-se de um sujeito lírico vivendo no campo (locus amoenus), cultivando uma vida
simples (aurea mediocritas), longe das dinâmicas de vida na cidade (fugere urbem). Além
disso, percebemos também a valorização do amor e a idealização da amada, característica
árcade que perduraria pelo movimento seguinte, o romantismo.
Conclusão
Daí a idealização da vida natural, em oposição à vida urbana; a humildade, em oposição aos
gastos exorbitantes da nobreza; o racionalismo, em oposição à fé; a linguagem simples e
direta, em oposição à linguagem rebuscada do Barroco. Esses valores artísticos e culturais
assumiram, no contexto da sociedade européia do século XVIII, um significado de clara
contestação política, já que flagravam os privilégios da nobreza e do clero e propunham uma
sociedade mais justa, racional e livre.
O Arcadismo pode ser considerado como uma arte revolucionária, porem em visto ao lado
estético é uma arte conservadora.
Arcadismo no Brasil
Conteúdo histórico
"O arcadismo foi um movimento literário nascido na Europa do século XVIII. Também
conhecido como neoclassicismo, o arcadismo, no Brasil, teve como marco inicial o livro “Obras
Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa, em 1768, e foi a principal tendência estética produzida
no país na época, tendo seus principais autores presentes na cidade de Vila Rica, atual Ouro
Preto, em Minas Gerais.
O arcadismo no Brasil teve forte influência europeia, tanto por meio da apropriação de
técnicas e temas típicos do arcadismo europeu quanto por meio de inspirações no Iluminismo
francês. Em sua face lírica, os poemas árcades eram escritos segundo os seguintes preceitos
latinos:
"nutilia truncat (cortar o inútil): Segundo esse preceito, a poesia deveria abandonar a
linguagem rebuscada, típica do movimento estético anterior, o Barroco. Deixando para trás os
paradoxos, antíteses e jogos sintáticos da arte barroca, o arcadismo prezava por uma
linguagem simples e clara.
Carpe diem (aproveitar o dia): Para os árcades, para que o homem atingisse a plenitude, era
necessário viver o presente, em harmonia com a natureza, como um pastor de ovelhas ou um
vaqueiro. A vida simples do campo e a possibilidade do ócio produtivo, ou seja, do respeito à
necessidade de descanso para produzir grandes obras, eram muito valorizados no
neoclassicismo.
Fugere urbem (fugir da cidade): A cidade era vista, segundo a perspectiva dos árcades, como
um espaço negativo, cheio de ilusões e conflitos, no qual o homem não poderia atingir sua
plenitude. Por conta disso, seria necessário fugir do ambiente urbano.
Locus amoenus (lugar ameno): Como uma espécie de resposta ao preceito anterior (fugere
urbem), o locus amoenus aponta para o campo, espaço bucólico, como sendo o ideal para que
o homem encontre sua plenitude, longe das ilusões e conflitos criados pela cidade.
Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro): Segundo os escritores do arcadismo, uma vida de luxo
e ostentação, típica dos ambientes urbanos, deveria ser evitada. O preceito Aurea mediocritas
discorre justamente sobre essa visão de mundo, apontando que os poetas deveriam exaltar
uma vida simples, sem miséria ou riqueza, mas com equilíbrio."
Autores e obras
O arcadismo foi a principal corrente literária do país durante o século XVIII, superando o
Barroco e precedendo o movimento romântico. Os principais autores árcades e suas principais
obras são:
Tomás Antônio Gonzaga, que escreveu o livro lírico “Marília de Dirceu” (1792) e as satíricas
“Cartas Chilenas” (1863);
Cláudio Manuel da Costa, autor dos livros “Culto Métrico” (1749), “Munúsculo Métrico”
(1751), “Epicédio” (1753), “Obras Poéticas de Glauceste Satúrnio (sonetos, epicédios,
romances, éclogas, epístolas, liras)” (1768), “O Parnaso Obsequioso e Obras Poéticas” (1768),
“Vila Rica” (1773) e “Poesias Manuscritas” (1779);
Basílio da Gama, cujas obras são “Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália” (1769), “O
Uraguai” (1769), “A declamação trágica” (1772), “Os Campos Elíseos” (1776), “Relação
abreviada da República e Lenitivo da saudade” (1788) e “Quitúbia” (1791).
Santa Rita Durão, que escreveu as obras “Pro anmia studiorum instauratione oratio” (1778) e
“Caramuru” (1781).
Conclusão