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Disciplina: Língua Portuguesa // Professora: Débora

Arcadismo, também
conhecido como
Setecentismo ou
Neoclassicismo, foi um
movimento literário
ocorrido na Europa
por volta do século XVIII.
Ele também foi
fortemente influenciado
pelo Iluminismo, corrente
filosófica racionalista que
se espalhou pelo
continente europeu no
século XVIII, e que
culminou com a Revolução
Francesa, em 1789.
O termo Arcadismo é uma referência à Arcádia,
região campestre do Peloponeso, na Grécia Antiga,
que representa o ideal de comunhão entre homem
e natureza.
O século XVIII, aqui no
Brasil, é o “Século do
Ouro”, graças à
abundância desse mineral,
principalmente em Minas
Gerais, com destaque para
Vila Rica (Hoje Ouro Preto)
e Rio de Janeiro.
Os principais
marcos dessa escola
no território
nacional ocorreram
em 1768, com a
publicação
de “Obras
Poéticas”, de
Cláudio Manuel da
Costa e com a
fundação da Arcádia
Ultramarina, em Vila
Rica – uma
sociedade brasileira
de literatura.
Nesse momento, acontece, em Minas Gerais, a
Inconfidência Mineira, como uma tentativa de
libertação do estado da dominação dos
portugueses...

liderada, principalmente, por poetas árcades e


pelo renomado Tiradentes.
▪ Exaltação da natureza: Os autores árcades
desprezavam o estilo de vida agitado das cidades.
Eles valorizavam a simplicidade e a tranquilidade
que emanava da natureza.
▪ Bucolismo e Pastoralismo:

O bucolismo, ou seja, a descrição de cenas onde o


homem simples do campo vive em harmonia com a
natureza é uma das características mais importantes do
arcadismo.
O pastoralismo é representado através da linguagem
racional, simples e clássica dos poemas neoclássicos,
ou seja, sem qualquer tipo de rebuscamento no
vocabulário.
▪ Uso de pseudônimos: Os autores árcades adotavam
nomes falsos para assinar as suas obras. Porém,
esses pseudônimos deviam remeter a nomes
tradicionalmente associados aos homens do campo.
▪ Líricas ou Épicas:

Os textos líricos contêm as características básicas dessa


escola literária, como a exaltação do campo, a presença
de uma musa inspiradora, a harmonia com a natureza, o
pastoralismo, o bucolismo, etc.

Já os poemas épicos se diferenciam por retratar fatos


históricos, onde o destaque está na ação heroica de
determinado personagem ou nação, por exemplo.
▪ Tomás Antônio Gonzaga, que escreveu o livro lírico
“Marília de Dirceu” (1792) e as satíricas “Cartas
Chilenas” (1863).
▪ Cláudio Manuel da Costa, autor dos livros “Culto
Métrico” (1749); “Obras Poéticas de Glauceste
Satúrnio” (1768).
▪ Basílio da Gama, com “O Uraguai” (1769); “A
declamação trágica” (1772).
▪Santa Rita Durão, com “Caramuru” (1781).
Soneto de Bocage
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Os Zéfiros brincar por entre as flores?

Vê como ali beijando-se os Amores


Incitam nossos ósculos ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores.

Naquele arbusto o rouxinol suspira,


Ora nas folhas a abelhinha pára,
Ora nos ares sussurrando gira.

Que alegre campo! Que manhã tão clara!


Mas ah! Tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.

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