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SIMULADO PARA VESTIBULARES E ENEM

NOME:
DATA: / / ANO/SÉRIE:

 FOLHA RESPOSTA :

QUESTÕES A B C D E QUESTÕES A B C D E
1 31
2 32
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4 34
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6 36
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28 VESTIBULARES E ENEM
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DATA: / / ANO/SÉRIE:

QUESTÕES DE LINGUAGENS E LITERATURA

 1)(Cftmg 2020) Estava feliz, superfeliz. Só me imaginava na tal fazenda, andando a cavalo, indo ao curral tomar leite
direto da vaca, correndo no meio dos cachorros, comendo pães feitos em casa bem cedo pela manhã, caindo na
piscina, saboreando a cara de banana da minha irmã ao me ver chegar e ao saber como eu tinha sido brilhante; enfim,
tudo de bom.

LACERDA, Rodrigo. O Fazedor de Velhos. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. p. 27.

No fragmento, o emprego do gerúndio expressa


a) o presente da narrativa.   
b) as expectativas do narrador.    
c) a simultaneidade de ações.    
d) os acontecimentos relembrados.    

2)(Epcar (Afa) 2020) Poesia

Gastei a manhã inteira pensando um verso


que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 45.)

Assinale a alternativa INCORRETA referente ao texto “Poesia”.


a) “No entanto”, no terceiro verso, e “Mas”, no penúltimo verso, têm sentido adversativo; reforçam a luta do poeta com
as palavras.   
b) No segundo verso, “que a pena não quer escrever”, a forma verbal apropriada, para o racionalismo que o poema
defende, seria “quis escrever”.    
c) O poema fala da própria busca da poesia. Trata-se de um texto metalinguístico.    
d) Em “inunda minha vida inteira” há um exagero verbal, que recebe o nome de hipérbole; o exagero nasce do
contentamento do eu-lírico.    

3)(Unicamp 2020) O telejornalismo é um dos principais produtos televisivos. Sejam as notícias boas ou ruins, ele
precisa garantir uma experiência esteticamente agradável para o espectador. Em suma, ser um “infotenimento”, para
atrair prestígio, anunciante e rentabilidade. Porém, a atmosfera pesada do início do ano baixou nos telejornais:
Brumadinho, jovens atletas mortos no incêndio do CT do Flamengo, notícias diárias de feminicídios, de valentões
armados matando em brigas de trânsito e supermercados. Conjunções adversativas e adjuntos adverbiais já não dão
mais conta de neutralizar o tsunami de tragédias e violência, e de amenizar as más notícias para garantir o
“infotenimento”. No jornal, é apresentada matéria sobre uma mulher brutalmente espancada, internada com diversas
fraturas no rosto. Em frente ao hospital, uma repórter fala: “mas a boa notícia é que ela saiu da UTI e não precisará
mais de cirurgia reparadora na face...”. Agora, repórteres repetem a expressão “a boa notícia é que...”, buscando
alguma brecha de esperança no “outro lado” das más notícias. 
(Adaptado de Wilson R. V. Ferreira, Globo adota “a boa notícia é que...” para tentar se salvar do baixo astral nacional.
Disponível em https://cinegnose. Blogs pot.com/2019/02/globo-adota-boa- noticia-e-que-para.html. Acessado em 01/03
/2019.)

Para se referir a matérias jornalísticas televisivas que informam e, ao mesmo tempo, entretêm os espectadores, o
autor cria um neologismo por meio de
a) derivação prefixal.   
b) composição por justaposição.   
c) composição por aglutinação.   
d) derivação imprópria.   

4)(Unifesp 2020) Leia a crônica “Inconfiáveis cupins”, de Moacyr Scliar, para responder à(s) questão(ões) a seguir.

Havia um homem que odiava Van Gogh. Pintor desconhecido, pobre, atribuía todas suas frustrações ao artista
holandês. Enquanto existirem no mundo aqueles horríveis girassóis, aquelas estrelas tumultuadas, aqueles ciprestes
deformados, dizia, não poderei jamais dar vazão ao meu instinto criador.

Decidiu mover uma guerra implacável, sem quartel, às telas de Van Gogh, onde quer que estivessem. Começaria
pelas mais próximas, as do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Seu plano era de uma simplicidade diabólica. Não faria como outros destruidores de telas que entram num
museu armados de facas e atiram-se às obras, tentando destruí-las; tais insanos não apenas não conseguem seu intento,
como acabam na cadeia. Não, usaria um método científico, recorrendo a aliados absolutamente insuspeitados: os cupins.

Deu-lhe muito trabalho, aquilo. Em primeiro lugar, era necessário treinar os cupins para que atacassem as telas
de Van Gogh. Para isso, recorreu a uma técnica pavloviana. Reproduções das telas do artista, em tamanho natural, eram
recobertas com uma solução açucarada. Dessa forma, os insetos aprenderam a diferenciar tais obras de outras.

Mediante cruzamentos sucessivos, obteve um tipo de cupim que só queria comer Van Gogh. Para ele era
repulsivo, mas para os insetos era agradável, e isso era o que importava.

Conseguiu introduzir os cupins no museu e ficou à espera do que aconteceria. Sua decepção, contudo, foi
enorme. Em vez de atacar as obras de arte, os cupins preferiram as vigas de sustentação do prédio, feitas de madeira
absolutamente vulgar. E por isso foram detectados.

O homem ficou furioso. Nem nos cupins se pode confiar, foi a sua desconsolada conclusão. É verdade que alguns
insetos foram encontrados próximos a telas de Van Gogh. Mas isso não lhe serviu de consolo. Suspeitava que os sádicos
cupins estivessem querendo apenas debochar dele. Cupins e Van Gogh, era tudo a mesma coisa.

 (O imaginário cotidiano, 2002.)

Expressam ideia de negação e ideia de repetição, respectivamente, os


prefixos das palavras
a) “deformados” e “repulsivo”.    
b) “insuspeitados” e “repulsivo”.    
c) “deformados” e “recobertas”.    
d) “repulsivo” e “recobertas”.    
e) “insuspeitados” e “deformados”.    
5)(Unifesp 2016) 

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as


lacunas da tira.
a) Por que – à – a – porquê   
b) Porquê – a – a – por que   
c) Por que – à – à – porque   
d) Por quê – à – à – porque   
e) Por quê – a – a – porque   
  

6)(IFBA 2016) A imagem a seguir representa um cartaz


retirado de um ambiente virtual. Em relação ao uso do
acento indicativo de crase, a frase presente na imagem
está:

a) correta, tal como em “Ele caminhava à passo firme”.   


b) incorreta, tal como em “Encontraram-se às 18
horas”.   
c) incorreta, tal como em “Esta é a escola à qual se
referiram”.   
d) correta, tal como em “Fui àquela praça, mas não o
encontrei”.   
e) incorreta, tal como em “Dirigiu-se ao local disposto à
falar com o delegado”. 

7)(Eear 2019) Leia:

– Nem remédio ingeri, a moribunda esclarecia.

Passando para o Discurso Indireto o fragmento acima, de acordo com a norma gramatical, tem-se:
a) Esclarecia a moribunda que nem ingeriria remédio.   
b) A moribunda esclareceu que nem remédio iria ingerir.   
c) Que nem remédio iria ingerir, a moribunda esclareceria.   
d) A moribunda esclarecia que nem remédio tinha ingerido.   
  
8)(Ufu 2018) Por que Raduan Nassar parou de escrever? Essa pergunta com ares novelescos continua um enigma
inexplicado. Depois de se preparar por 20 anos, a consagração veio junto com a estreia no lançamento do romance
"Lavoura Arcaica" (1975), seguido de outro êxito atordoante, a novela “Um Copo de Cólera” (1978). No auge de uma
carreira recém-começada, as traduções de vento em popa, quando seus leitores antecipam proezas ainda maiores que
estavam por vir, de repente o escritor paulista anunciou que passava a arar outras terras, trocava a literatura pela
agricultura [...]. 
FRIAS FILHO, O. O silêncio de Raduan. Folha de S. Paulo, 10 out. 1996. Disponível em: <https://goo.gl/8Q8oyN>. Acesso
em: 30 mar. 2018.

Na coluna publicada no jornal Folha de São Paulo em outubro de 1996, a informação sobre o abandono da literatura
pelo escritor Raduan Nassar
a) foi transcrita sob a forma de discurso indireto introduzido por um verbo de dizer que pode ser considerado sinônimo
de declarar.   
b) foi relatada sem marcas linguísticas que permitam distinguir as palavras do escritor das palavras do autor do texto.   
c) foi transcrita diretamente embora não seja possível identificar as marcas formais comumente usadas nessa forma de
discurso relatado.   
d) foi relatada indiretamente sem que as regras gramaticais para esse fim fossem seguidas adequadamente pelo autor
do texto.

9) (Insper 2014) 

Os pais já perceberam e reclamam. Os especialistas em


comportamento listam vários motivos para o fenômeno –
desde falta de autoestima até gosto por novidades. Mas
agora é a vez de os próprios jovens admitirem: "Somos
consumistas mesmo!".
Para economizar sem abdicar das compras, a estudante
carioca Camila Florez, 18, chegou a trabalhar, por alguns
meses, em uma loja de um shopping no Rio de Janeiro,
onde podia comprar modelos com desconto.
O guarda-roupa cheio motivou Camila e a amiga Roberta
Moulin, 18, a criarem o blog "Reciclando Moda", onde
vendem peças que compraram e nunca foram usadas. "Já
vendemos muita coisa", comemora Camila, que gasta parte
do dinheiro recebido em... roupas.
(Folha de S. Paulo, 27/07/2008)

Partindo do pressuposto de que a pontuação exerce importante papel na construção de textos escritos, indique a
alternativa que apresenta uma explicação correta sobre o emprego dos sinais de pontuação do excerto acima.
a) No primeiro parágrafo, o travessão tem a finalidade de introduzir uma explicação e poderia ser substituído, sem
alteração de sentido, por ponto-e-vírgula.   
b) Ao longo do texto, as aspas foram empregadas, em suas três ocorrências, com a finalidade de demarcar a presença do
discurso direto.   
c) Na passagem “(...) sem abdicar das compras, (...)”, a vírgula foi empregada para separar elementos enumerados que
exercem a mesma função sintática.   
d) Em “(...), por alguns meses, (...)”, no segundo parágrafo, as vírgulas são necessárias para separar o aposto da
expressão a que se refere: “chegou a trabalhar”.   
e) No último período, as reticências foram utilizadas como um recurso retórico para obter efeito de suspense.   

TEXTO PARA AS QUESTÕES (10,11,12) :


À cidade da Bahia
Triste Bahia! Ó quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado!
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante.

A ti trocou-te a máquina mercante,


Que em tua larga barra tem entrado,
A mim foi-me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.

Deste em dar tanto açúcar excelente


Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

Oh quisera Deus que de repente


Um dia amanheceras tão sisuda
Que fora de algodão o teu capote! 
Matos, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
10)(Ufjf-pism 3 2017) Em relação ao estilo barroco, qual figura de linguagem predomina no poema de Gregório de
Matos:
a) personificação.   
b) silepse.   
c) eufemismo.   
d) sinestesia.   
e) barbarismo.   
  
11)(Ufjf-pism 3 2017) O poema de Gregório de Matos é uma crítica ao:
a) renascimento cultural.   
b) mercantilismo.   
c) medievalismo.   
d) preconceito racial.   
e) aumento dos preços.   
  
12)(Ufjf-pism 3 2017) Nos versos “Triste Bahia! Ó quão dessemelhante/Estás e estou do nosso antigo estado”, o eu
lírico manifesta um descontentamento em relação:
a) à idade média.   
b) ao estilo barroco.   
c) ao sistema colonial.   
d) ao rito jurídico.   
e) ao humanismo renascentista.   

13) (Fuvest 2017) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um
ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da
prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se
arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa.

– Um dia um homem faz besteira e se desgraça.


 Graciliano Ramos, Vidas secas.

Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano, apresentada no texto como
ainda contida e genérica, encontrará foco e uma expressão coletiva militante e organizada, em época posterior à
publicação de Vidas secas, no movimento
a) carismático de Juazeiro do Norte, orientado pelo Padre Cícero Romão Batista.   
b) das Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião.   
c) do Cangaço, quando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva (Lampião).   
d) messiânico de Canudos, conduzido por Antônio Conselheiro.   
e) da Coluna Prestes, encabeçado por Luís Carlos Prestes.    

14)(Ueg 2015)  Há entre o enunciado “não


atacar é o melhor ataque” e o ditado
futebolístico “a melhor defesa é o
ataque” uma relação denominada de
a) intertextualidade   
b) contextualidade   
c) prolixidade   
d) informatividade   
15)(Ita 2018) O Brasil será, em poucas décadas, um dos países com maior número de idosos do mundo, e precisa
correr para poder atendê-los no que eles têm de melhor e mais saudável: o desejo de viver com independência e
autonomia. [...] O mantra da velhice no século XXI é “envelhecer no lugar”, o que os americanos chamam de aging in
place. O conceito que guia novas políticas e negócios voltados para os longevos tem como principal objetivo fazer
com que as pessoas consigam permanecer em casa o maior tempo possível, sem que, para isso, precisem de um
familiar por perto. Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar um dado da realidade contemporânea: as
residências não abrigam mais três gerações sob o mesmo teto e boa parte dos idosos de hoje prefere, de fato, morar
sozinha, mantendo-se dona do próprio nariz. 
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/brasillenvelhecer-no-seculo-xxi/>, 18 mar. 2016.
Adaptado. Acesso em: 10 ago. 17.

A conjunção em destaque na frase “Não se trata de apologia da solidão, mas de encarar um dado da realidade
contemporânea: ...” possui a função semântica de
a) retificação.   
b) compensação.   
c) complementação.   
d) separação.   
e) acréscimo

16) (Upe-ssa 2 2017) 

A propósito do texto acima e de seus recursos multimodais, analise as proposições a seguir.

I. Ao encobrir parte da cena, o primeiro quadrinho cria certa expectativa sobre quem é o interlocutor de Mônica, o que
só é mostrado no segundo quadrinho.
II. No segundo quadrinho, a identidade da mulher (uma bruxa) é apresentada principalmente por meio de recursos não
verbais.
III. Os traços em forma de semicírculo e ‘a poeira’ em movimento em torno da vassoura indicam que esse objeto está
‘ligado’, é autônomo para se movimentar e, portanto, deve pertencer a uma bruxa.
IV. O humor da tira tem relação com o fato de Mônica interrogar a bruxa com muita seriedade, à procura de evidências
de que ela é a dona da vassoura.

Estão CORRETAS:
a) I e III, apenas.   
b) I, II e III, apenas.   
c) I e IV, apenas.   
d) II e IV, apenas.   
e) I, II, III e IV

17)(Espcex (Aman) 2017)  Marque a alternativa correta quanto à função sintática do termo grifado na frase abaixo.

“Em Mariana, a igreja, cujo sino é de ouro, foi levada pelas águas”.


a) adjunto adnominal
b) objeto direto   
c) complemento nominal   
d) objeto indireto   
e) vocativo   
  
18)(Espcex (Aman) 2017)  Assinale a alternativa que contém, na sequência, a forma correta da substituição da voz
passiva analítica pela voz passiva pronominal e, ao mesmo tempo, a substituição dos termos destacados pelos
pronomes oblíquos correspondentes.

Era notada no olhar dela uma expressão feliz.


Era vista no rosto dele a palidez da morte.
São vistas no corpo dele as marcas das balas.
Foi notado no rosto dele algo de estranho.
Foi inserida na opinião dele um dado novo.

a) Notou-se-lhe no olhar dela uma expressão feliz.   


b) Viu-se-lhe no rosto a palidez da morte.   
c) Vê-se no seu corpo as marcas das balas.   
d) Notou-se-lhe no rosto algo de estranho.
e) Inseriu-se na sua opinião um dado novo.   

19)(Espcex (Aman) 2017) “Ao responder pelo crime de __________, o acusado, surpreendido em __________, foi
__________ em uma __________ que durou pouco mais de duas horas, após as quais deixou __________ a sua
__________ em todas as folhas do depoimento.”

As lacunas do período acima podem ser completadas, respectivamente, com


a) estupro – flagrante – inquerido – sessão – inserta – rubrica.   
b) estrupo – flagrante – inquirido – sessão – incerta – rúbrica.   
c) estupro – fragrante– enquirido – seção – inserta – rúbrica.   
d) estupro – flagrante – inquirido – sessão – inserta – rubrica.   
e) estrupo – flagrante – enquirido – seção – incerta – rubrica.   
  
20)(Ifal 2017) Analise a tirinha abaixo para responder à questão.

 
Qual das alternativas abaixo apresenta o uso correto dos porquês para preenchimento da tirinha?
a) por quê – Porque   
b) porquê – Por que   
c) porque – Por quê   
d) por quê – Por que   
e) por que – Porquê   

21)(IFSP 2016) Considere o seguinte texto e as lacunas:

__________ muito a respeito da profissão correta a escolher. Para __________, é preciso paciência e informações. O
jovem deve pautar sua escolha nas disciplinas que __________.
Levando em consideração o uso e a colocação pronominal, de acordo norma padrão da Língua Portuguesa, os termos
que melhor preenchem, respectivamente, as lacunas acima são:
a) Se pensa – encontra-la – agradem-lhe   
b) Pensa-se – encontrar-na – o agradem   
c) Pensa-se – encontrá-la – lhe agradem   
d) Se pensa – encontrar-lha – agradem-no   
e) Pensa-se – encontra-lá – no agradem   
  
22)(Ufsm 2014) Leia o texto a seguir para responder à questão.

Um algoritmo vale mais que o charme?

Uma nova safra de sites de namoro __________ a tecnologia para juntar as pessoas à moda antiga.
Vale até um PowerPoint sobre a sua vida.

As redes sociais ampliaram não só os grupos de amigos, mas também o número de pessoas com as quais __________
ter um relacionamento amoroso. Mas o problema é que as redes sociais aumentaram a quantidade e não a qualidade
dos candidatos. O novo desafio amoroso é exatamente este: filtrar as pessoas que interessam. Daí __________
serviços, como o eHarmony.com e Match.com, que ajudam a selecionar parceiros(as) dentro e fora da sua rede com a
ajuda de algoritmos que analisam a compatibilidade entre duas pessoas. Outros aplicativos, como o Pair, __________
grande importância à privacidade num mundo onde as interações são cada vez mais públicas. E se der tudo errado,
__________ vários sites de divórcio. Se você quiser manter o lado tradicional da separação, mas sem a lentidão da
Justiça, hospede-se no DivorceHotel.com. 
LARIU, Alessandra. “Um algoritmo vale mais que o charme?” INFO, jul. 2012, p. 30. (adaptado)
  
Assinale a alternativa que preenche, adequadamente, as lacunas do texto, segundo os princípios da norma-padrão
da língua portuguesa.
a) usa – se pode – entram – dão – existem   
b) utiliza – é possível – surgem – tem dado – há   
c) usam – pode-se – entram – dão – existem   
d) utiliza – é possível – surge – estão dando – há   
e) utilizam – se pode – entra – dão – existe   

23)(Espcex (Aman) 2014) Marque a única alternativa em que o emprego do verbo haver está correto.  


a) Todas as gotas de água havia evaporado.
b) Elas se haverão comigo, se mandarem meu primo sair.
c) Não houveram quaisquer mudanças no regulamento.
d) Amanhã, vão haver aulas de informática durante todo o período de aula.
e) Houveram casos significativos de contaminação no hospital da cidade.

24)(Espcex (Aman) 2014) Assinale a alternativa em que a palavra bastante(s) está empregada corretamente, de acordo


com a norma culta da Língua.  
a) Os rapazes eram bastantes fortes e carregaram a caixa.
b) Há provas bastante para condenar o réu.
c) Havia alunos bastantes para completar duas salas.
d) Temos tido bastante motivos para confiar no chefe.
e) Todos os professores estavam bastantes confiantes.

25)(Unifesp 2014) 
 
Mantida a norma-padrão da língua portuguesa, a frase que preenche corretamente o segundo balão é:
a) Todos os dragões o tem.   
b) Todos os dragões têm isso.   
c) Os dragões todos lhe tem.   
d) Sempre se encontra dragões com isso.   
e) Sofre disso todos os dragões.   
  
26)(UTFPR 2013)  Em qual alternativa todas as palavras em negrito devem ser acentuadas graficamente?
a) Atraves de uma lei municipal, varias pessoas recebem ingressos gratis para o cinema.
b) É dificil correr atras do prejuizo sozinho.   
c) Aqui, em Foz do Iguaçu, a dengue esta sendo um grande problema de saude publica.  
d) O bisneto riscou os papeizinhos com o lapis.   
e) O padrão economico do juiz é elevado. 

27)  (IFBA 2016) Analise a imagem a seguir e identifique a figura de


linguagem em evidência no título da manchete.

 
a) Metáfora.   
b) Hipérbole.   
c) Hipérbato.   
d) Metonímia.   
e) Pleonasmo.   

28)(Uerj 2016)  

O personagem presente no último quadrinho


é um ácaro, um ser microscópico. Suas falas
têm relação direta com seu tamanho. No
contexto, é possível compreender a imagem
do personagem como uma metonímia.
Essa metonímia representa algo que se
define como:
a) invisível   
b) expressivo   
c) inexistente   
d) contraditório   

29)  (Puccamp 2016)   Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a
poesia: o tempo do sonho e da fantasia arrebatou multidões no filme O mágico de Oz estrelado por Judy Garland e
eternizado pelo tema da canção Além do arco-íris. Aliás, a arte da música é, sempre, uma habitação especial do
tempo: as notas combinam-se, ritmam e produzem melodias, adensando as horas com seu envolvimento.

Se o relógio da História marca tempos sinistros, o tempo construído pela arte abre-se para a poesia.

Comenta-se corretamente sobre o que o segmento acima expressa, em seu contexto:


a) O que se afirma na segunda oração será verdadeiro sempre que certas condições forem cumpridas.   
b) Os dois fatos mencionados nas orações são tidos, ambos, como possibilidades, mas difíceis de se cumprirem.   
c) A primeira oração contém a hipótese que legitimaria o que se afirma na segunda, ainda que o conteúdo desta seja
considerado altamente improvável.   
d) A substituição do Se por “Caso” não exigiria nenhuma alteração na frase e manteria fidelidade ao sentido original.   
e) O segmento exibe paralelismo entre fatos cuja ocorrência não é posta em dúvida.   

30)(IFSC 2016)  Considerando as palavras adolescentes, derrocada, necessário e professora, é CORRETO afirmar: 

a) As palavras derrocada e professora têm o mesmo número de sílabas.    


b) Todas as palavras são substantivos abstratos.    
c) A divisão silábica correta de adolescentes é: a-do-le-scen-tes, pois não se separam os encontros consonantais.    
d) Adolescentes é um substantivo sobrecomum.    
e) Todas as afirmativas estão corretas.

31)(Unifesp 2020) O lema do carpe diem sintetiza expressivamente o motivo de se aproveitar o presente, já que o
futuro é incerto. Tal lema manifesta-se mais explicitamente nos seguintes versos de Tomás Antônio Gonzaga:

a) Ah! socorre, Amor, socorre


Ao mais grato empenho meu!
Voa sobre os Astros, voa,
Traze-me as tintas do Céu.

 b) Depois que represento


Por largo espaço a imagem de um defunto,
Movo os membros, suspiro,
E onde estou pergunto.

 c) É bom, minha Marília, é bom ser dono


De um rebanho, que cubra monte e prado;
Porém, gentil pastora, o teu agrado
Vale mais que um rebanho, e mais que um trono.

 d) Se algum dia me vires desta sorte,


Vê que assim me não pôs a mão dos anos:
Os trabalhos, Marília, os sentimentos
Fazem os mesmos danos.

e) Ah! enquanto os Destinos impiedosos


Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim, façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.

32)(Cftmg 2019) Madrigal XLIII


Suspiros já cansados,
Repousai por um pouco entre estas flores:
Glaura virá e os cândidos Amores
A gozar a beleza destes prados.
Cai a sombra dos montes elevados:
Abranda o loiro Sol os seus ardores:
A flauta dos Pastores
Respira alegre em ecos alternados.
Suspiros já cansados
Co’as minhas tristes dores,
Repousai por um pouco entre as flores.

ALVARENGA, Manuel I. S. Glaura: poemas eróticos. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 287.

Sobre o poema, afirma-se:


I. O texto recupera o locus amoenus, tópos do ambiente aprazível para o interlúdio amoroso.
II. A forma composicional do gênero madrigal rompe com os paradigmas árcades, imprimindo liberdade formal à
construção poética.
III. A cena poética acompanha em gradação o entardecer, num cenário povoado por elementos tradicionais da estética
neoclássica.
IV. O poema marca a tensão entre campo e cidade, criticando o modo de vida nos centros urbanos.

Estão corretas apenas as afirmativas


a) I e II.    
b) I e III.    
c) II e IV.    
d) III e IV.    

33)(Unicamp 2017) O romance Memórias póstumas de Brás Cubas é considerado um divisor de águas tanto na obra de
Machado de Assis quanto na literatura brasileira do século XIX. Indique a alternativa em que todas as características
mencionadas podem ser adequadamente atribuídas ao romance em questão.

a) Rejeição dos valores românticos, narrativa linear e fluente de um defunto autor, visão pessimista em relação aos
problemas sociais.   
b) Distanciamento do determinismo científico, cultivo do humor e digressões sobre banalidades, visão reformadora das
mazelas sociais.   
c) Abandono das idealizações românticas, uso de técnicas pouco usuais de narrativa, sugestão implícita de contradições
sociais.   
d) Crítica do realismo literário, narração iniciada com a morte do narrador-personagem, tematização de conflitos sociais.
  
34)(Unicamp 2017) Sabe-se que Coração, cabeça e estômago é uma obra atípica na produção ficcional de Camilo
Castelo Branco. Em relação a essa obra, assinale a alternativa em que todas as características listadas são corretas.
a) Inclusão da edição do livro como parte do jogo narrativo; sátira da poesia e das motivações espirituais; caracterização
do herói como alguém incapaz de amar.   
b) Paródia da vida romântica e natural; espiritualização das necessidades do corpo; transformação do herói ao longo da
narrativa.   
c) Descrição da formação do indivíduo; caricatura dos valores e sentimentos românticos; impossibilidade de
adaptação do herói à vida social.   
d) Caricatura das questões relacionadas ao espírito e à posição social; elogio irônico das motivações fisiológicas;
ridicularizarão do herói.

35)(IFSP 2016)  Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gândavo,
para responder à questão.

Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade, e o interesse seja o que mais leva os
homens trás si que nenhuma outra coisa haja na vida, parece manifesto querer entretê-los na terra com esta riqueza do
mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete, para que assim desta maneira tragam
ainda toda aquela bárbara gente que habita nestas partes ao lume e ao conhecimento da nossa santa fé católica, que
será descobrir-lhe outras minas maiores no céu, o qual nosso Senhor permita que assim seja, para glória sua, e salvação
de tantas almas. 
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. Introd. e notas Ricardo
Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, 2008. p. 115.
  
A leitura atenta do texto permite afirmar que
a) nos textos de informação estavam consorciados o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão
da fé cristã.   
b) o autor julga desinteressante a perspectiva de exploração mercantil do Brasil, preferindo a ela o projeto de difusão da
fé cristã.   
c) o autor condena os homens ambiciosos e interesseiros, que preferem a exploração mercantil ao projeto abnegado de
difusão da fé cristã.   
d) o autor condena a hipocrisia dos que afirmam empreender em nome da fé cristã, mas que apenas se interessam pelas
“grandes minas” a descobrir.   
e) havia discrepância e dissenso entre o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da fé cristã.   
  
36)(Unioeste 2018) Tendo por base Esses Lopes, de João Guimarães Rosa, conto do qual foi extraído o texto abaixo,
assinale a alternativa INCORRETA.

“Quero falar alto. [...] A maior prenda, que há, é ser virgem. [...] Me valia ter pai e mãe, sendo órfã de dinheiro? [...]
Eu queria me chamar Maria Miss, reprovo o meu nome, de Flausina. [...] E veio aquele, Lopes, chapéu grandão, aba
desabada. [...] Aguentei aquele caso corporal. [...] Varri casa, joguei o cisco para a rua, depois do enterro. [...] E os
Lopes me davam sossego? Dois deles, tesos, me requerendo, o primo e o irmão do falecido. [...] Mas um, mais,
porém, ainda me sobrou, Sorocabano Lopes, velhoco, o das fortes propriedades. [...] De hoje por diante, só muito
casada! [...] Quero o bom-bocado que não fiz, quero gente sensível. [...] Lopes, não! – desses me arrenego.”
a) Flausina, a personagem narradora, apesar do abuso machista e de ter filhos de pais diferentes, revela-se mãe
exemplar.
b) A protagonista consegue livrar-se dos Lopes e garantir sua sobrevivência mediante intriga, astúcia e ações mortais
planejadas.
c) O domínio da escrita e da leitura é um dos instrumentos de que se vale Flausina para corroborar sua vingança.
d) Instantâneos da vida sertaneja, costumes, ambiente e personagens do sertão são representados a partir de uma
técnica estética inovadora.
e) Subjacente ao discurso da mulher que se vinga das humilhações sofridas, está o discurso do prazer pelas desmedidas
vinganças praticadas.

37)(Enem 2018) – Famigerado? [...]


– Famigerado é “inóxio”, é “célebre”, “notório”, “notável” ...
– Vosmecê mal não veja em minha grossaria no não entender. Mais me diga: é desaforado? É caçoável? É de
arrenegar? Farsância? Nome de ofensa?
– Vilta nenhuma, nenhum doesto. São expressões neutras, de outros usos ...
– Pois ... e o que é que é, em fala de pobre, linguagem de em dia de semana?
– Famigerado? Bem. É: “importante”, que merece louvor, respeito ...
ROSA, G. Famigerado. In: Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Nesse texto, a associação de vocábulos da língua portuguesa a determinados dias da semana remete ao
a) local de origem dos interlocutores.
b) estado emocional dos interlocutores.
c) grau de coloquialidade da comunicação.
d) nível de intimidade entre os interlocutores.
e) conhecimento compartilhado na comunicação.

38)(Pucsp 2008) Gil Vicente, criador do teatro português, realizou uma obra eminentemente popular. Seu Auto da
Barca do Inferno, encenado em 1517, apresenta, entre
outras características, a de pertencer ao teatro
religioso alegórico. Tal classificação justifica-se por

a) ser um teatro de louvor e litúrgico em que o sagrado é


plenamente respeitado.   
b) não se identificar com a postura anticlerical, já que considera a igreja uma instituição modelar e virtuosa.   
c) apresentar estrutura baseada no maniqueísmo cristão, que divide o mundo entre o Bem e o Mal, e na correlação
entre a recompensa e o castigo.   
d) apresentar temas profanos e sagrados e revelar-se radicalmente contra o catolicismo e a instituição religiosa.   
e) aceitar a hipocrisia do clero e, criticamente, justificá-la em nome da fé cristã.   

39) (Enem 2012) 

Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura
barroca no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por
um dos profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas,
(MG), esculpido em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra
revela
a) liberdade, representando a vida de mineiros à procura da salvação.   
b) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Minas Gerais.   
c) simplicidade, demonstrando compromisso com a contemplação do divino.   
d) personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares.   
e) singularidade, esculpindo personalidade do reinado nas obras divinas.   

40)(Fuvest 2017) Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio
imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura.
Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia
paciência que suportasse tanta coisa.
– Um dia um homem faz besteira e se desgraça.
Graciliano Ramos, Vidas secas.

Tendo em vista as causas que a provocam, a revolta que vem à consciência de Fabiano, apresentada no texto como
ainda contida e genérica, encontrará foco e uma expressão coletiva militante e organizada, em época posterior à
publicação de Vidas secas, no movimento
a) carismático de Juazeiro do Norte, orientado pelo Padre Cícero Romão Batista.   
b) das Ligas Camponesas, sob a liderança de Francisco Julião.   
c) do Cangaço, quando chefiado por Virgulino Ferreira da Silva (Lampião).   
d) messiânico de Canudos, conduzido por Antônio Conselheiro.   
e) da Coluna Prestes, encabeçado por Luís Carlos Prestes.    
  
41)(Ufpr 2017) “E não gostavas de festa... / Ó velho, que festa grande / hoje te faria a gente”. Esses são os versos de
abertura do poema “A Mesa”, parte integrante do livro Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade. Neles podem
ser identificados alguns elementos do poema, entre os quais o destinatário, um patriarca, a quem o eu lírico se dirige
ao longo de centenas de versos. A respeito de “A Mesa” e de sua integração com outros poemas do mesmo livro,
assinale a alternativa correta.
a) Numa festa de aniversário, o eu lírico reapresenta ao velho pai as pessoas da família. Tristes e nostálgicas, elas vão se
dando conta de que o pai não as reconhece. É o que se observa nos versos: “Aqui sentou-se o mais velho” e “Mais
adiante vês aquele / que de ti herdou a dura / vontade, o duro estoicismo”.   
b) Na festa preparada para o pai, o eu lírico observa a conversa barulhenta em torno da comida e, inutilmente, tenta
calar seus parentes, que trazem à mesa assuntos triviais, perturbando a solenidade do reencontro. É o que se observa na
repetição do verso “(não convém lembrar agora)”.  
c) Por meio dos versos “Como pode nossa festa / ser de um só que não de dois? / Os dois ora estais reunidos / numa
aliança bem maior / que o simples elo da terra”, o eu lírico se dirige à mãe, convidando-a para se sentar à cabeceira da
mesa, provocando uma discussão entre o pai autoritário e a mãe submissa.   
d) Na memória do eu lírico, o pai se refere aos filhos cinquentões como se eles fossem meninos. Embora sugira discordar
do pai, o eu-lírico reconhece as contradições da condição de filho adulto nos versos “e o desejo muito simples / de pedir
à mãe que cosa, / mais do que nossa camisa, nossa alma frouxa, rasgada”. 

42) (Acafe 2017)  Correlacione as colunas a seguir.

1. Ariano Suassuna
2. Machado de Assis
3. Carlos Henrique Schoereder
4. Conceição Evaristo
5. Maria Valéria Rezende

(     ) Renê, um recepcionista noturno de hotel, tenta reconstruir sua vida e encontra na amizade de Copi, um travesti
obcecado por fotografias, uma alternativa para sua vida destruída. Renê lerá o que Copi escreve e será o único que terá
acesso a suas fotos de surpreendente beleza.
(     ) [...] Vou me acalmando desse jeito. Foi bom botar pra fora essa coisa toda, dizer claramente pra mim mesma o que
tinha vergonha de dizer a qualquer pessoa, vergonha de dizer o que minha filha fez comigo?, ou da minha raiva, do meu
próprio egoísmo?, é egoísmo querer ter minha própria vida? Diga-me, Barbie, você que nasceu pra ser vestida e despida,
manipulada, sentada, levantada, embalada, deitada e abandonada à vontade pelos outros, você é feliz assim?, você não
tem vergonha?, eu tenho vergonha de ter cedido, estou lhe dizendo, vergonha
(     ) As personagens principais de seus contos são quase sempre femininas. Velhas, moças, crianças. Negras, quase todas
e quase todos. Ex-prostitutas, domésticas, pedreiros, traficantes. E outros e outras. Pobres todas e todos.
(     ) O enredo da peça é um trabalho de montagem e moldagem baseado em uma tradição antiquíssima, que remonta
aos autos medievais de Gil Vicente e mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do
cordel.
(     ) Os meninos foram crescendo, fisicamente eram idênticos, porém suas opiniões e modo de pensar divergiam muito.
Isso afligia Natividade, que era toda dada aos filhos, esses por muitas vezes brigavam por nada, afligindo a mãe ainda
mais. Um dos motivos de tanta discórdia eram as opiniões políticas que tinham.

a) 2 – 1 – 3 – 5 – 4   
b) 1 – 4 – 5 – 2 – 3   
c) 4 – 2 – 1 – 3 – 5   
d) 3 – 5 – 4 – 1 – 2   
  
43)(Acafe 2017)  Assinale a alternativa em que o texto faz referência à obra de Maria Valéria Rezende.
a) Um estudante e aspirante a escritor de 28 anos está prestes a ser pai. E o personagem que nos é apresentado é um
jovem imaturo que pressupõe estar preparado para a tarefa e acha que a paternidade vai dar um novo sentido à sua
vida, fazendo com que ele escreva de forma mais compenetrada e seja mais respeitado. Ou seja, ele queria um filho para
tapar os buracos da sua existência.   
b) Uma reviravolta familiar deixa a protagonista abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranha, e
impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida da Paraíba, desapareceu em
algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade.   
c) A contragosto, Dora acaba acolhendo o menino e envolvendo-se com ele, não sem antes colocar-se com o menino em
situações de risco iminente. Sente-se, então, na obrigação de levar o garoto ao encontro do pai. A viagem mostra um
Brasil agreste, endurecido e cheio de perigos. A cumplicidade entre os dois cresce à medida que o tempo passa.   
d) Ajudada por um ex-historiador que se converteu em “terapeuta de vidas passadas”, uma mulher descobre que, no
século X a. C., foi uma das setecentas esposas do rei Salomão – a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever.
Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade – e, em
particular, a do povo judeu –, tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso.    

44)(Ufrgs 2016)  Assinale a alternativa correta a respeito da vida e da obra do poeta português Fernando Pessoa.

a) Pessoa foi um dos líderes da revista de literatura Orpheu, juntamente com Mário de Sá-Carneiro e Eça de Queiroz.   
b) A criação da revista de literatura Orpheu identifica Pessoa como um dos fundadores do Modernismo português.   
c) Pessoa foi responsável pelo espírito derrotista, em que Portugal estava mergulhado no final do século XIX.   
d) Os heterônimos de Pessoa, tais como Álvaro de Campos e Ricardo Reis, podem ser vistos como pseudônimos,
utilizados pelo poeta para burlar a censura.   
e) A criação de heterônimos é uma prática comum aos poetas colaboradores da revista Orpheu.   
  
45)(Unifesp 2016)  Uma análise mais atenta do livro mostra que ele foi construído a partir da combinação de uma
infinidade de textos preexistentes, elaborados pela tradição oral ou escrita, popular ou erudita, europeia ou
brasileira. A originalidade estrutural deriva, deste modo, do fato de o livro não se basear na mímesis, isto é, na
dependência constante que a arte estabelece entre o mundo objetivo e a ficção; mas em ligar-se quase sempre a
outros mundos imaginários, a sistemas fechados de sinais, já regidos por significação autônoma. Esse processo,
parasitário na aparência, é no entanto curiosamente inventivo; pois, em vez de recortar com neutralidade nos
entrechos originais as partes de que necessita para reagrupá-las, intactas, numa ordem nova, atua quase sempre
sobre cada fragmento, alterando-o em profundidade. 
(Gilda de Mello e Souza. O tupi e o alaúde, 1979. Adaptado.)

Tal comentário aplica-se ao livro


a) A cidade e as serras, de Eça de Queirós.    
b) Macunaíma, de Mário de Andrade.   
c) Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.   
d) Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis.    
e) Iracema, de José de Alencar.     

REDAÇÃO
Wagner Araújo

Introdução

A partir de 1997, com a quebra do monopólio estatal da Telebrás, o setor de telecomunicação no Brasil vem sofrendo
radicais mudanças. Dentre as áreas que mais se modificaram, encontra-se a telefonia celular. Toda esta mudança vem
tendo várias implicações para a sociedade brasileira, seja no âmbito econômico, jurídico, financeiro, ou sociológico. O
presente trabalho se concentra nas implicações sociológicas da telefonia celular no Brasil, especialmente os aparelhos
telefônicos, e sua ligação com o obsoletismo programado. Para tanto fez-se necessário uma pequena contextualização
econômica para que se possa compreender a análise sociológica.
Contexto Econômico e Tecnológico

Desde a Lei Federal 9.472/97 que iniciou o processo de privatização do setor telefônico no Brasil, o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vem financiando uma quantia elevada de investimentos nesta área. A
maioria das empresas que contraem o investimento no BNDES são empresas de capital estrangeiro, para constituir as
operadoras. As operadoras são as responsáveis pela definição de quase toda a tecnologia envolvida no processo. Na
balança comercial do segmento de telecomunicações brasileiro, o total de importações de telefones celulares fica em
torno de apenas 15% do total. Embora aparentemente alto, este investimento fica muito aquém do investido na
infraestrutura de operação. O número de telefones móveis subiu de 6 milhões em 1997 para 12 milhões em 1999, porém
a maioria desses telefones, pelo menos inicialmente, utilizava o sistema analógico, mesmo que as operadoras possuíam
tecnologia para operar no sistema digital. Outro problema
era o obsoletismo dos aparelhos, e ao mesmo tempo,
paradoxalmente, a quantidade de funções inúteis e
subtilizadas, daí surge os primeiros traços do obsoletismo
programado neste setor.

O obsoletismo programado consiste em lançar ou manter


um produto no mercado, sabendo-se que tem uma ou várias
tecnologias desenvolvidas, de melhor qualidade que a
antiga, e também quando este produto vai ser substituído.
Tal substituição visa a troca dos usuários das tecnologias passadas para as mais modernas. A diferença entre a evolução
natural da tecnologia está na retenção desta que deixa, toda a tecnologia do mercado obsoleta. Neste ponto Gelernter,
um dos fundadores da Internet e Doutor em Ciência da Computação, afirma que todos esses sistemas e máquinas são
obsoletos e que "estão nos empurrando velharias, porcarias baratas". Embora esses aparelhos tenham uma série de
funções como, por exemplo, calculadora, agenda, jogos, etc., que não são utilizadas pelos usuários, eles possuem uma
tecnologia muito atrasada. Daí surge o aparente paradoxo: se de um lado a tecnologia é obsoleta, as pessoas necessitam
de aparelhos muito mais simples, não utilizando a tecnologia que possuem. Este paradoxo, entretanto, é falso. O que
acontece é que para "mascarar" o obsoletismo de seus produtos, os fabricantes os enchem de funções ditas "de última
tecnologia", criando a imagem de um aparelho moderno e eficiente. Segundo GElernter, "alta tecnologia não é sinal de
complexidade, nem complexidade é sinal de alta tecnologia." Para o autor, os aparelhos realmente modernos são os que
reúnem "altíssima tecnologia com simplicidade extrema". Nada mais lógico, pois o objetivo da tecnologia de ponta seria
melhorar, agilizar e tornar mais prática a vida do ser humano, não complicar, enchendo-o de manuais gigantescos e
inúmeras teclas e funções que ocupam um enorme espaço e tempo para serem memorizadas. Mas apesar de todo este
problema, muitas vezes visível, as pessoas, em específico os brasileiros, continuam comprando cada vez mais telefones
celulares, sempre procurando a "última tecnologia", não refletindo nem um pouco sobre este ato. Por quê?

Perspectivas Sociológicas

O porquê da pergunta anteriormente proposta encontra sua resposta na teoria sociológica. Ou seja, muitas vezes essas
pessoas que compram celulares não são levados por sua necessidade pessoal, mas por uma exigência coletiva. Segundo
BERGER a sociedade diz ao indivíduo exatamente aquilo o que ele deve fazer, e este não pode fazer muito para mudar
essa situação. Uma das maneiras que o autor aponta para o exercício do controle social está nos mecanismos de
persuasão, difamação e exposição ao ridículo. A sociedade, criando a necessidade de se ter um celular, expõe quem não
o tem ao ridículo. Frases como "Ora, como você consegue viver sem um celular" são comuns, principalmente nas classes
médias e altas. As pessoas dessas classes que não têm um aparelho celular são vistas com um certo desprezo pois,
segundo a visão da sociedade, sua verdadeira classe social é contestável devido ao fato da grande maioria dessa classe
possuir um celular. Resumindo, ter um celular é uma questão de status. Nesse ponto começa um grande ciclo vicioso.
Isto acontece porque as classes mais baixas, devido à facilidade de acesso aos celulares, começam a comprar aparelhos
para tentar se igualar, pelo menos aparentemente, às classes mais elevadas. Estas porém, ao perceberem essa conduta
das classes inferiores, procuram comprar aparelhos mais caros e com a última tecnologia existe no mercado. As classes
altas querem estabelecer um diferencial, para isso adquirem aparelhos que as classes mais baixas não podem adquirir.
Entretanto, ao passar do tempo, esses aparelhos mais caros vão se tornando mais acessíveis às classes mais baixas, o que
faz com que as classes mais altas tenham a necessidade de buscar novos aparelhos para poder mostrar seu status social.
Este é o grande ciclo da tecnologia. Mas onde se localiza o obsoletismo programado neste ciclo? Bem, as classes mais
elevadas estão sempre em busca, como afirma Berger, da manutenção da sua posição na sociedade, e como já foi
exposto, procuram adquirir a tecnologia mais cara. Contudo, pouco se preocupam em questionar a qualidade e a
modernidade do produto, compram porque é o mais novo e mais caro no mercado. A classe alta está, na verdade,
preocupada em manter seu papel social. Diante desta situação, os fabricantes podem se aproveitar amplamente.
Enquanto em seus centros de Pesquisa e Desenvolvimento desenvolvem tecnologias dez anos mais avançadas, vendem
tecnologias obsoletas, disfarçadas por algumas peculiaridades e sustentadas por uma necessidade social. Considerando
que essa situação é imperativa ao indivíduo e condiciona suas ações, pode-se considerar, sem exageros, a posse de um
celular como uma instituição social, mesmo que pequena. E como instituição, pode proporcionar sanções coercitivas
àqueles que não a seguem. Neste ponto, exatamente pode-se observar BERGER: "...sempre desejamos exatamente
aquilo que a sociedade espera de nós". O indivíduo nesta perspectiva passa a estar subordinado à vontade coletiva, sua
necessidade é criada por seu grupo de referência, independente da classe que ocupa. Esta concepção é tangente à
durkheimiana, pois este fato social é externo às vontades individuais, é anterior ao indivíduo. A idéia de necessidade de
celulares não advém de deliberações e críticas individuais, mas sim do todo. Porém é criada a ilusão de que ele próprio é
quem tem esta precisão. Dentro do que expõe Durkheim, encontra-se o caráter sui generis desta fato social. Ou seja, o
efeito total dessas ações é muito mais significativo do que a sua soma: o fato da manutenção do status de uma classe se
torna infinitamente maior do que o simples de fato de várias pessoas adquirirem celulares novos. Outro ponto a ser
considerado, dentro desse autor, é o papel chave da comunicação. Pois assim os conhecimentos das distintas classes
tomam conhecimento do fato social. A comunicação é um meio de extrema importância para os fabricantes conseguirem
estabelecer o obsoletismo programado. Não basta lançar um produto no mercado, é necessário apresentá-lo às classes
inferiores e superiores. Primeiro para que estas o comprem de imediato; e segundo, para que aquelas tenham o desejo
de comprá-lo. Portanto, assim, como Durkheim os fatos sociais não podem ser vistos da perspectiva individual, mas sim
da ação da sociedade sobre tal indivíduo. Neste caso específico fica claro que as imposições sociais fazem com que
necessidades surjam entre os indivíduos.
Conclusão

Pôde-se perceber neste estudo a grande influência que a sociedade possui sobre o indivíduo e suas ações. O que faz com
que os grandes fabricantes possam facilmente prorrogar o obsoletismo programado. Tal obsoletismo não ocorre
somente com telefones celulares. Pode-se encontrar exemplos como computadores, automóveis, e até mesmo produtos
mais simples como fogões, geladeiras, aparelhos de som, etc. Uma prova que de tecnologia realmente avançada está no
telefone de cartão, que consegue cumprir às exigências que esta se propõe: prática, de fácil uso e manutenção, barata e
eficiente. Fazer com que as pessoas percebam este engano se torna um problema vital para um grande avanço
tecnológico e cultural da sociedade. Todavia, com as determinações e pressões sociais existentes, torna-se uma tarefa
extremamente difícil. E, considerando-se os interesses econômicos envolvidos, quase impossível, pois, como afirma
BERGER, pode-se concluir:
"A sociedade não só controla nosso movimentos, como ainda dá forma à nossa identidade, nosso pensamento e nossas
emoções. As estruturas da sociedade tornam-se as estruturas de nossa própria consciência..
As paredes de nosso cárcere já existiam antes de entrarmos em cena, mas nós a reconstruímos eternamente. Somos
aprisionados com nossa própria cooperação... 
Em suma, a sociedade constitui as paredes de nosso encarceramento na história."

   
PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura do texto e com base no seu conhecimento redija um texto dissertativo-
argumentativo em norma padrão da Língua Portuguesa sobre o tema: “ALTA TECNOLOGIA E
OBSOLETISMO PROGRAMADO NO SETOR DE TELEFONIA CELULAR NO BRASIL: UMA
ANÁLISE SOCIOLÓGICA” , apresentando uma proposta de intervenção ,que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a
defesa de seu ponto de vista

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