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2023

1ª SÉRIE - ENSINO MÉDIO


3º Trimestre
Dia: 07/12/2023 (quinta-feira)
Duração: 2h30 - 46 questões

Nome completo:
Turma:

PROVA OBJETIVA - 3º DIA


PRODUÇÃO DE TEXTO / MATEMÁTICA DO COTIDIANO /
QUIMÍCA / HISTÓRIA / FILOSOFIA

ORIENTAÇÕES PARA PROVA OBJETIVA


1. A prova terá duração de 2h30.
2. Só será permitida a saída de alunos a partir de 1h de prova.
3. O aluno não poderá levar a prova para casa. Favor colocar o nome na capa da prova.

4. No CARTÃO-RESPOSTA, marque, para cada questão, a letra correspondente à opção escolhida para a
resposta, preenchendo com caneta esferográfica de tinta azul. NÃO É PERMITIDO O USO DE
CANETAS COM PONTAS POROSAS.
5. Não dobre, não amasse, nem rasure o CARTÃO-RESPOSTA. Ele não poderá ser substituído.

6. O cartão-resposta deverá ser preenchido desta forma (preenchimento completo). Caso haja
qualquer outra informação / rasura fora dos campos destinados às respostas, o cartão-resposta será
anulado / não lido eletronicamente.

7. O preenchimento incorreto do cartão-resposta implicará na anulação da questão ou de todo o gabarito.

8. Durante a prova, o aluno não poderá manter nada em cima da carteira ou no colo, a não ser lápis, caneta
e borracha. Bolsas, mochilas e outros pertences deverão ficar no tablado, junto ao quadro. Não será
permitido empréstimo de material entre alunos.

9. O aluno que portar celular deverá mantê-lo na bolsa e desligado, sob pena de ter a prova recolhida caso
venha a ser usado ou tocar. Na ausência da bolsa, o celular deve ficar na base do quadro
durante a prova.

10. Não é permitido o uso de relógios do tipo smartwatch durante a prova.

11. O fiscal deve conferir o preenchimento do cartão-resposta antes de liberar a saída dos alunos.

12. Não é permitido o uso de marca texto no caderno de prova. Caderno de prova que estiver marcado com
esse tipo de caneta, terá a prova ANULADA.
1 18
1 Tabela periódica 2
H He
hidrogênio hélio
1,008 2 13 14 15 16 17 4,0026

3 4 5 6 7 8 9 10
3 número atômico
Li Be B C N O F Ne
lítio berílio Li símbolo químico boro carbono nitrogênio oxigênio flúor neônio
6,94 9,0122 lítio nome 10,81 12,011 14,007 15,999 18,998 20,180
6,94 peso atômico (massa atômica relativa)
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg Al Si P S Cl Ar
sódio magnésio alumínio silício fósforo enxofre cloro argônio
22,990 24,305 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 26,982 28,085 30,974 32,06 35,45 39,95

19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
potássio cálcio escândio titânio vanádio crômio manganês ferro cobalto níquel cobre zinco gálio germânio arsênio selênio bromo criptônio
39,098 40,078(4) 44,956 47,867 50,942 51,996 54,938 55,845(2) 58,933 58,693 63,546(3) 65,38(2) 69,723 72,630(8) 74,922 78,971(8) 79,904 83,798(2)

37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
rubídio estrôncio ítrio zircônio nióbio molibdênio tecnécio rutênio ródio paládio prata cádmio índio estanho antimônio telúrio iodo xenônio
85,468 87,62 88,906 91,224(2) 92,906 95,95 101,07(2) 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60(3) 126,90 131,29

55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At Rn
césio bário háfnio tântalo tungstênio rênio ósmio irídio platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polônio astato radônio
132,91 137,33 178,486(6) 180,95 183,84 186,21 190,23(3) 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98

87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh Fl Mc Lv Ts Og
frâncio rádio rutherfórdio dúbnio seabórgio bóhrio hássio meitnério darmstádtio roentgênio copernício nihônio fleróvio moscóvio livermório tennesso oganessônio

www.tabelaperiodica.org
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
lantânio cério praseodímio neodímio promécio samário európio gadolínio térbio disprósio hôlmio érbio túlio itérbio lutécio
138,91 140,12 140,91 144,24 150,36(2) 151,96 157,25(3) 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97

89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103

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Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
a centenas de vídeos e imagens
actínio tório protactínio urânio neptúnio plutônio amerício cúrio berquélio califórnio einstênio férmio mendelévio nobélio laurêncio
sobre os elementos químicos. 232,04 231,04 238,03
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2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

PRODUÇÃO DE TEXTO

1. Os cuidados com o corpo vão se tornando uma exigência na modernidade e implicam a convergência de uma
série de elementos: as tecnologias, para tanto, vão se desenvolvendo de maneira acelerada; o mercado dos
produtos e serviços voltados para o corpo vai se expandindo; a higiene que fundamentava esses cuidados vai
sendo substituída pelos prazeres do ―corpo‖, implicação lógica do processo de secularização, no qual há a
identificação da personalidade dos indivíduos com sua aparência. Por todas essas circunstâncias, o cuidado
com o corpo transforma-se numa ditadura do corpo, um corpo que corresponda à expectativa desse tempo,
um corpo que seja trabalhado arduamente e do qual os vestígios de naturalidade sejam eliminados.
SILVA, A. M. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um novo arquétipo da felicidade. Campinas: Autores Associados;
Florianópolis: UFSC, 2001.

O fenômeno social identificado, em relação à presença do corpo na sociedade, indica que


a) as tecnologias, o mercado dos produtos e serviços e a higiene criaram uma ditadura do corpo.
b) os cuidados com o corpo na modernidade reforçam a naturalidade da personalidade do indivíduo.
c) a expansão das tecnologias de cuidado reduz o impacto desempenhado pelos padrões estéticos na
construção da imagem corporal.
d) o enfraquecimento atual dos padrões de beleza favorece o crescimento do mercado de produtos e serviços
voltados aos cuidados estéticos.
e) os padrões estéticos desempenham uma importante função social à medida que induzem à melhoria dos
indicadores de saúde na população.
GABARITO: A

A carroça sem cavalo

Conta-se que, em noites frias de inverno, descia um forte nevoeiro trazido pelo mar e, nessa noite, ouviam-se
muitos barulhos estranhos. Os moradores da cidade de São Francisco, que é a cidade mais antiga de Santa
Catarina, eram acordados de madrugada com um barulho perturbador. Ao abrirem a janela de casa, os moradores
assustavam-se com a cena: viam uma carroça andando sem cavalo e sem ninguém puxando... Andava sozinha!
Na carroça, havia objetos barulhentos, como panelas, bules, inclusive alguns objetos amarrados do lado de fora
da carroça. O medo dominou a pequena cidade. Conta-se ainda que um carroceiro foi morto a coices pelo seu
cavalo, por maltratar o animal. Nas noites de manifestação da assombração, a carroça saía de um nevoeiro,
assustava a população e, depois de um tempo, voltava a desaparecer no nevoeiro.
Disponível em: www.gazetaonline.com.br. Acesso em: 12 dez. 2017 (adaptado).

2. Considerando-se que os diversos gêneros que circulam na sociedade cumprem uma função social específica,
esse texto tem por função
a) abordar histórias reais.
b) informar acontecimentos.
c) questionar crenças populares.
d) narrar histórias do imaginário social.
e) situar fatos de interesse da sociedade.
GABARITO: D

3. O livro It – A Coisa, de Stephen King Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do
Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da
confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira
vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno, que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta
anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike
Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar
e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do
enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles
podem vencer a Coisa. Em It – A Coisa, clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim,
mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.
Disponível em: www.livrariacultura.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.

Relacionando-se os elementos que compõem esse texto, depreende-se que sua função social consiste em levar o
leitor a
a) compreender a história vivenciada por amigos na cidade de Derry.
b) interpretar a obra com base em uma descrição detalhada.
c) avaliar a publicação com base em uma síntese crítica.
d) adquirir a obra apresentada no site da livraria.
e) argumentar em favor da obra resumida.
GABARITO: D
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

4. O gramático tem uma percepção muito estrita da língua. Ele se vê como alguém que tem de defender a
língua da mudança. O problema é que eles, ao se esforçarem para que as pessoas obedeçam às normas da
língua, não viram que estavam dando um cala-boca no cidadão brasileiro. Como se dissessem: ―Tem de falar
e escrever de acordo com as regras. Não fale errado!‖. E as pessoas, com medo de não conseguir, falam e
escrevem pouco. O dono da língua é o falante, não o gramático. Aprendemos com o falante a língua como
ele fala e procuramos saber por que está falando de um jeito ou de outro. Dizer que está falando errado não é
uma atitude científica, de descoberta. A linguística substituiu o cala-boca ao prazer da descoberta científica.
Foi só com a linguística que se ampliou o olhar e se passou a considerar que qualquer assunto é digno
de estudo.
Entrevista de Ataliba de Castilho. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017 (adaptado).

Com base na tese defendida na conclusão do texto, infere-se a intenção do autor de


a) atribuir à gramática os desvios do português brasileiro.
b) defender uma atitude política diante das regras da língua.
c) contrapor o trabalho do linguista às prescrições gramaticais.
d) contribuir para reverter a escassez de produções textuais no país.
e) isentar o falante da responsabilidade de seguir as normas linguísticas.
GABARITO: C

5. Na segunda linha da história abaixo, as palavras ―cerrado‖ e ―serrado‖ foram utilizadas com o objetivo de

a) indicar que na Língua Portuguesa muitas palavras são grafadas incorretamente.


b) evidenciar que o turismo anda sendo pouco explorado nas regiões de cerrado brasileiro.
c) lembrar que o Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão e a mais rica savana do mundo em
biodiversidade.
d) orientar que as regiões de Cerrado são muito quentes por isso deve-se usar roupas frescas e filtro solar.
e) criticar a devastação do Cerrado brasileiro, que vem aumentando a cada dia.
GABARITO: E
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

Muito do que gastamos (e nos desgastamos) nesse consumismo feroz podia ser negociado com a gente
mesmo: uma hora de alegria em troca daquele sapato. Uma tarde de amor em troca da prestação do carro do ano;
um fim de semana em família em lugar daquele trabalho extra que está me matando e ainda por cima detesto.
Não sei se sou otimista demais, ou fora da realidade. Mas, à medida que fui gostando mais do meu jeans,
camiseta e mocassins, me agitando menos, querendo ter menos, fui ficando mais tranquila e mais divertida.
Sapato e roupa simbolizam bem mais do que isso que são: representam uma escolha de vida, uma postura
interior. Nunca fui modelo de nada, graças a Deus. Mas amadurecer me obrigou a fazer muita faxina nos armários
da alma e na bolsa também. Resistir a certas tentações é burrice; mas fugir de outras pode ser crescimento, e
muito mais alegria.
LUFT, L. Pensar é transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2011.

6. No texto acima, há duas ocorrências de dois-pontos. Na primeira, eles anunciam uma enumeração das
negociações que podemos fazer conosco. Na segunda, eles introduzem uma
a) opinião sobre o uso de jeans, camiseta e mocassins.
b) explicação sobre a simbologia de sapatos e roupas.
c) conclusão acerca da oposição entre otimismo e realidade.
d) comparação entre ostentação e conforto em termos de vestuário.
e) retomada da ideia de negociação discutida no primeiro parágrafo.
GABARITO: B

7. ―Há‖ e ―A‖ são dois termos que geram muita confusão entre os falantes da Língua Portuguesa. Isso ocorre
porque ambos os vocábulos possuem o mesmo som, porém, apresentam grafias diferentes. Além disso, cada
uma dessas palavras têm sentidos e funções distintas. Diante disso, a opção escrita de acordo com a norma
culta é a seguinte:
a) Daqui há três dias, acontecerão muitas novidades.
b) A cidade daquela menina fica a cinco quilômetros do centro.
c) A dez anos o encanto da cidade deu lugar à violência.
d) Faremos aniversário há seis dias.
e) Há trinta metros daqui, está acontecendo a revolta.
GABARITO: B

8.

Considerando-se os elementos constitutivos do texto, esse anúncio visa resolver um problema relacionado ao(à)
a) falta de cuidado com o meio ambiente.
b) uso indiscriminado de fontes de energia.
c) escassez de água em diversos pontos do planeta.
d) carência de medidas de controle de poluição ambiental.
e) ausência de ações de reciclagem de objetos descartáveis.
GABARITO: A
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

MATEMÁTICA DO COTIDIANO

9. Determine o comprimento da diagonal maior do losango:

a) 36 cm.
b) 40 cm.
c) 44 cm.
d) 48 cm.
e) 52 cm.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
Observando que a metade da diagonal maior do losango é a hipotenusa do triângulo retângulo formado pelos
catetos 12 e 16, temos, pelo Teorema de Pitágoras que:
x 2  122  162
x 2  144  256
x 2  400
x  20
Logo, a diagonal maior é o dobro da medida achada. Então 20 + 20 = 40 cm.

10. Num triângulo isósceles, cada lado congruente mede 20 cm e a base mede 24 cm. A área desse triângulo,
em centímetros, será igual a:
a) 184 cm².
b) 190 cm².
c) 192 cm².
d) 196 cm².
e) 198 cm².
GABARITO: C
COMENTÁRIO:
Usando o Teorema de Pitágoras para achar a altura do triângulo, temos:
20²  12²  h²
400  144  h²
h²  256
h  16
Logo, a área do triângulo será igual a
24 16
Área   192 cm ².
2

11. O ponto O é o centro de uma circunferência de raio r, conforme a figura.


Se r = 4 cm, calcule a área da região sombreada. (Use   3 )
a) 3 cm².
b) 4 cm².
c) 5 cm².
d) 6 cm².
e) 7 cm².
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

GABARITO: B
COMENTÁRIO:
A área da região sombreada é a subtração de um quarto da área total da circunferência de raio 4 menos a área do
triangulo de base 4 e altura 4, logo:
 r2 3  42
Ac    12
4 4
bh 44
At   8
2 2
12  8  4 cm²

12. Uma família possui um terreno retangular com 20 metros de largura e 30 metros de comprimento. Foi
necessário demarcar, no local, dois outros terrenos iguais na forma de triângulos isósceles, sendo que um
deles será para o filho, outro para os pais. Além disso, foi demarcada uma área de passeio entre os dois
novos terrenos para o livre acesso das pessoas. Os terrenos e a área de passeio são representados na figura
a seguir:

A área de passeio calculada pela família, em metros quadrados, é a seguinte:


a) 108.
b) 200.
c) 270.
d) 288.
e) 324.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
Temos que a área de cada triângulo é igual a
20  20
Atriângulo   200 m²
2
Logo a área total dos terrenos triangulares será igual a 400 m²
Temos também que a área total dos terrenos é igual a:
Atotal  20  30  600 m²
Então, a área desejada é igual a 600 – 400 = 200 m²

13. Analise a figura a seguir:

Sabendo que EP é o raio da semicircunferência de centro em E, como mostra a figura acima, determine o valor da
área mais escura e assinale a opção correta: (Use:  3)
2.
a) 10 cm
2.
b) 12 cm
2.
c) 18 cm
2.
d) 10 cm
2.
e) 24 cm
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

GABARITO: B
COMENTÁRIO:
A área mais escura é encontrada somando-se a área da semicircunferência com a área do triângulo ABD. Vamos
começar calculando a área do triângulo, para isso, note que o triângulo é retângulo.
Vamos chamar o lado AD de x e calcular a sua medida através do teorema de Pitágoras, conforme
indicado abaixo:
2 2 2
5 =x +3
2
x = 25 - 9
x = √16
x=4
Conhecendo a medida do lado AD, podemos calcular a área do triângulo:
Precisamos ainda, calcular a área da semicircunferência. Note que o seu raio será igual a metade da medida do
lado AD, assim, r = 2 cm. A área da semicircunferência será igual a:
2
A área mais escura será encontrada fazendo-se: AT = 6 + 6 = 12 cm
2
Portanto, o valor da área mais escura é 12 cm .

14. Considere as seguintes medidas para uma moeda de R$1,00:

Determine a área da coroa circular (isto é, a parte dourada da moeda). (Use:  3)
a) 372,84 mm².
b) 384,75 mm².
c) 402,15 mm².
d) 424,25 mm².
e) 438,80 mm².
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
A área da coroa circular é a área total menos a área da Área menor:
parte central, círculo menor.   r2 
Área total:
  r2  3  92 
3 13,52  3  81 
3 182, 25  162 mm²
546,75 mm² Área da coroa circular 546,75 – 162 = 384,75 mm²

2
15. A base de um triângulo é o dobro de sua altura. Sendo sua área igual a 36 cm , o tamanho da sua base, em
cm, será igual a:
a) 6 cm².
b) 8 cm².
c) 10 cm².
d) 12 cm².
e) 16 cm².
GABARITO: D
COMENTÁRIO:
Podemos chamar a altura de x e a base, que é o dobro da altura, de 2x. Logo:
x  2x
 36
2
2 x 2  72
x 2  36
x  36
x6
Se a altura é 6 cm², a sua base que é o dobro da altura, será igual a 12 cm².
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

16. No futebol de salão, a área de meta é delimitada por dois segmentos de reta (de comprimento 11 m e 3 m) e
dois quadrantes de círculos (de raio 4 m), conforme a figura. A superfície da área de meta
mede, aproximadamente,
(Use:   3 )

a) 25 m².
b) 34 m².
c) 36 m².
d) 41 m².
e) 61 m².
GABARITO: C
COMENTÁRIO:
As duas extremidades juntas formam uma semicircunferência de raio 4.
Logo, essa área será igual a
  r2

2
3  42

2
3 16

2
48

2
24 m²

Área do retângulo = 3  4  12 m²

Logo a área total será igual a 12 + 24 = 36 m²

3x
17. O raio de uma circunferência é dado por r   5 cm. Se o diâmetro mede 20 cm, determine x.
2
a) 8 cm.
b) 9 cm.
c) 10 cm.
d) 11 cm.
e) 12 cm.
GABARITO: C
COMENTÁRIO:
3x
r 5
2
d  20, mas d  r  r  20, então:
3x 3x
 5   5  20
2 2
3 x  10  3 x  10
 20
2
6 x  40  20
6 x  60
x  10
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

18. A curva abaixo é composta por três arcos de circunferência, com centros em O1 , O2 e O3 .

O comprimento da curva é, em centímetros, igual a


a) 144 cm².
b) 148 cm².
c) 150 cm².
d) 154 cm².
e) 160 cm².
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
Os arcos de centros O1 e O2 , formam, juntas, uma circunferência completa de raio 12 cm. Logo o comprimento
total dos dois arcos juntos, será igual a
Car cos somados  2 r  2  3 12  72 cm²

Já a parte de baixo, é uma semicircunferência de raio 24 cm e seu comprimento será dado por:
Car co maior   r  3  24  72 cm²

Logo: Car cos somados  Carcomaior  72  72  144 cm²

QUÍMICA

19. Em um recipiente contendo 200 g de água (H2O) foram dissolvidos 15 g de sacarose (C12H22O11).
Considerando as massas molares de carbono = 12 g/mol, hidrogênio = 1 g/mol e oxigênio= 16 g/mol, os
números de mol de água e de sacarose nesta solução são, respectivamente:
a) 10,2778 mols e 0,0408 mols.
b) 11,1111 mols e 0,0439 mols.
c) 10,2778 mols e 0,0439 mols.
d) 11,9444 mols e 0,0439 mols.
e) 11,1111 mols e 0,4390 mols.
GABARITO: B

20. O ácido tereftálico (C8H6O4) é utilizado na fabricação de fibras sintéticas, do tipo poliéster. A massa de
carbono existente em 0,5 mols de moléculas desse ácido é, em gramas, igual a:
Massas molares (g/mol): C = 12; H = 1; O = 16
a) 8,0.
b) 16,0.
c) 32,0.
d) 48,0.
e) 64,0.
GABARITO: D

21. Considerando que a taxa de glicose (C6H12O6) no sangue de um indivíduo é de 90 mg em 100 mL de sangue
e que o volume sanguíneo desse indivíduo é 4 litros, o número de moléculas de glicose existente nos 4 litros
de sangue é, aproximadamente, igual a:
23
Dados: H = 1; C = 12; O = 16; constante de Avogadro = 6 .10
23
a) 6,0.10
21
b) 2,0.10
23
c) 2,0.10
23
d) 1,2.10
22
e) 1,2.10
GABARITO: E
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

22. O número de átomos de carbono presente em 8 gramas de etanol (C2H6O) é aproximadamente igual a:
23
Dados: MA: H = 1; C = 12; O = 16 e constante de Avogadro = 6,0 · 10
23
a) 2,1.10
25
b) 1,1.10
23
c) 3,0.10
23
d) 3,4.10
27
e) 4,0.10
GABARITO: A

23. O número de mols contido em 180 g de água é:


(Dados: massas molares: H = 1 g/mol e O = 16 g/mol)
a) 16 mols
b) 5 mols
c) 10 mols
d) 7 mols
e) 1 mol
GABARITO: C

24. De acordo com dados da Cetesb, ao final da década de 70, o lançamento diário de monóxido de carbono na
atmosfera da Grande São Paulo foi estimado em cerca de 5000 toneladas. Isso equivale ao lançamento diário
de aproximadamente:
23
Dados: C = 12 ; O = 16 e constante de Avogadro = 6,0.10
18
a) 10 moléculas de CO;
24
b) 10 moléculas de CO;
28
c) 10 moléculas de CO;
32
d) 10 moléculas de CO;
36
e) 10 moléculas de CO.
GABARITO: D

25. O número total de átomos existente em 180 g de ácido etanóico (CH3COOH) é:


23
Dados: Massas molares (g/mol): C = 12; O = 16; H = 1 e constante de Avogadro = 6,0.10
24
a) 3,6.10
24
b) 4,8.10
25
c) 1,44.10
25
d) 2,88.10
26
e) 1,08.10
GABARITO: C

26. Assim como uma dezena indica 10 objetos, um mol indica:


23
a) 60,2.10 objetos.
-23
b) 0,602.10 objetos.
24
c) 6,02.10 objetos.
-24
d) 6,02.10 objetos.
23
e) 6,02.10 objetos.
GABARITO: E

27. Tem-se uma amostra gasosa formada por um dos seguintes compostos:
CH4; C2H4; C3H6; C2H6 ou C3H8
Se 22g dessa amostra ocupam o volume de 24,6L à pressão de 0,5 atm e temperatura de 27°C
(dado R = 0,082L.atm.K -1 .mol-1 ), conclui-se que se trata do gás:
Dados: Massas molares (g/mol): C = 12; H = 1
a) etano (C2H6).
b) propano (C3H8).
a) metano (CH4).
c) propeno (C3H6).
d) eteno (C2H4).
GABARITO: B
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

28. Nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP), o volume ocupado por 48 g de metano (CH 4) é:
(Massas atômicas: C = 12, H = 1.)
a) 224 L.
b) 22,4 L.
c) 72 L.
d) 67,2 L.
e) 7,96 L.
GABARITO: D

HISTÓRIA

29. ―Milhares de séculos decorrerão antes que as circunstâncias acumuladas sobre a minha cabeça vão
encontrar outro na multidão para reproduzir o mesmo espetáculo.‖
Napoleão Bonaparte

Sobre o período napoleônico (1799-1815), podemos afirmar que:


a) consolidou a revolução burguesa na França através da contenção dos monarquistas e jacobinos.
b) manteve perseguições religiosas e confisco das propriedades eclesiásticas iniciadas na Revolução Francesa.
c) enfrentou a oposição do exército e dos camponeses ao se fazer coroar imperador dos franceses.
d) favoreceu a aliança militar e econômica com a Inglaterra, visando à expansão de mercados.
e) anulou conquistas do período revolucionário, como a igualdade entre os indivíduos e o direito de propriedade.
GABARITO: A
Napoleão consolidou conquistas burguesas importantes da revolução, sobretudo a partir do Código Civil
Napoleônico. Diante da instabilidade interna que caracterizou o Diretório, Napoleão foi a saída encontrada pela
alta burguesia girondina para sufocar levantes jacobinos e monarquistas.

30. O ―Golpe do 18‖ de Brumário, em 1799, no contexto da Revolução Francesa, derrubou o Diretório, instituiu o
sistema do Consulado e elevou Napoleão Bonaparte à liderança política da França revolucionária.
Napoleão manteve-se no poder por um período que se estendeu de 1799 até 1815, período esse
denominado de Era Napoleônica, durante o qual ocorreu a
a) consolidação interna do ideário burguês da Revolução e a tentativa de sua imposição a diversos países da
Europa com a expansão militar promovida por Napoleão.
b) retomada do poder político pelos segmentos da nobreza provincial francesa com a promulgação do Império
(1804) como a força política legítima de governo da França do período napoleônico.
c) união de segmentos sociais distintos na defesa do governo aristocrático e absolutista de Napoleão, tais como
o campesinato e a nobreza, com o objetivo de evitar uma invasão estrangeira da França revolucionária.
d) interferência direta das monarquias absolutas europeias na França, através da ação política da Santa
Aliança, ao encerrarem o processo revolucionário com seu apoio à ascensão de Napoleão.
e) formação de diversas coligações que uniriam a França revolucionária e a Inglaterra liberal contra os Estados
aristocráticos, em defesa das conquistas liberais promovidas no processo da Revolução Francesa.
GABARITO: A
Internamente, Napoleão consolidou o ideário burguês da Revolução a partir da maneira como organizou o Estado.
Externamente, o império Napoleônico serviu de meio para a disseminação de tal ideário, com a derrubada de
monarquias absolutistas e a reorganização político-administrativa de diversas regiões.

31. Em 1804, Napoleão Bonaparte instituiu o Código Civil Napoleônico, que garantia, por lei, os valores da
burguesia. Entre esses valores, estavam:
a) as liberdades individuais, a garantia da autoridade da Igreja sobre as diretrizes do Estado e a manutenção
dos privilégios aristocráticos.
b) a abolição da servidão, a abolição da propriedade privada e a instituição de comunas rurais.
c) as liberdades individuais, o Estado laico, a proteção do direito de propriedade e a abolição da servidão;
d) a intervenção do Estado na economia, a liberdade de crença religiosa e a proteção do direito de propriedade.
e) A reorganização da sociedade em ordens e o restabelecimento irrestrito dos privilégios da nobreza e do clero.
GABARITO: C
A instituição do Código Civil Napoleônico contemplava os anseios da burguesia francesa, partícipe principal da
Revolução de 1789. Os ideais burgueses estavam calcados nos princípios do Iluminismo e do Liberalismo. Muitas
das prerrogativas assinaladas no código estavam imbuídas de ideias filosóficas como as de Jean-Jacques
Rousseau, mas a inspiração também provinha do Direito Romano. O modelo de Estado Democrático de Direito,
que vigora hoje nas nações democráticas ocidentais, é herdeiro do Código Napoleônico. A defesa das liberdades
individuais, a propriedade privada, o Estado separado da religião e os direitos fundamentais do cidadão estão
todos no programa do Código Civil Napoleônico.
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

32. Artigo 5.º — O comércio de mercadorias inglesas é proibido, e qualquer mercadoria pertencente à Inglaterra,
ou proveniente de suas fábricas e de suas colônias é declarada boa presa.
Artigo 7.º — Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas, ou lá tendo
estado, desde a publicação do presente decreto, será recebida em porto algum.
Artigo 8.º — Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição acima, será
apresada e o navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa.
(Excerto do Bloqueio Continental, Napoleão Bonaparte. Citado por Kátia M. de Queirós Mattoso. Textos e documentos para o estudo da
história contemporânea (1789-1963), 1977.)

Esses artigos do Bloqueio Continental, decretado pelo Imperador da França em 1806, permitem notar a disposição
francesa de
a) estimular a autonomia das colônias inglesas na América, que passariam a depender mais de seu
comércio interno.
b) impedir a Inglaterra de negociar com a França uma nova legislação para o comércio na Europa e nas
áreas coloniais.
c) provocar a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, por meio da ocupação militar da
Península Ibérica.
d) ampliar a ação de corsários ingleses no norte do Oceano Atlântico e ampliar a hegemonia francesa nos
mares europeus.
e) debilitar economicamente a Inglaterra, então em processo de industrialização, limitando seu comércio com o
restante da Europa.
GABARITO: E
Uma das principais manobras político-econômicas da Era Napoleônica foi o decreto do Bloqueio Continental à
Inglaterra, que, à época, era a principal rival do império francês. Como a Inglaterra é uma ilha e a marinha
napoleônica não conseguia fazer frente ao poderio das embarcações militares inglesas, a saída encontrada por
Napoleão foi tentar prejudicar os britânicos pela via econômica.

33. A vinda da família real deslocou definitivamente o eixo da vida administrativa da Colônia para o Rio de
Janeiro, mudando também a fisionomia da cidade. A presença da Corte implicava uma alteração do
acanhado cenário urbano da Colônia, mas a marca do absolutismo acompanharia a alteração.
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1995 (fragmento).

As transformações ocorridas na cidade do Rio de Janeiro em decorrência da presença da Corte estavam limitadas
à superfície das estruturas sociais porque
a) a pujança do desenvolvimento comercial e industrial retirava da agricultura de exportação a posição de
atividade econômica central na Colônia.
b) a expansão das atividades econômicas e o desenvolvimento de novos hábitos conviviam com a exploração
do trabalho escravo.
c) a emergência das práticas liberais, com a abertura dos portos, impedia uma renovação política em prol da
formação de uma sociedade menos desigual.
d) a integração das elites políticas regionais, sob a liderança do Rio de Janeiro, ensejava a formação de um
projeto político separatista de cunho republicano.
e) a dinamização da economia urbana retardava o letramento de mulatos e imigrantes, importante para as
necessidades do trabalho na cidade.
GABARITO: B
A modernização chegava somente em parte para sociedade do Império Português, que ainda por virtude do
lucrativo comércio e pela pressão das elites da terra manteve a escravidão mesmo depois da independência do
Brasil, assim vemos contrastes como a construção das primeiras fábricas, jardins urbanos, academias de arte com
o Cais do Valongo, onde aportavam os navios negreiros.

34. Em 1 de abril de 1808, durante a regência de D. João, o alvará de 1785 foi revogado, o que permitiu a
liberação e o estabelecimento de indústrias e manufaturas no Brasil. Apesar disso, na prática, essa
providência não alcançou seus objetivos de capacitar o país para desenvolver suas indústrias, porque
a) os acordos de parceria estabelecidos entre o Brasil e a Inglaterra, para o incremento técnico das manufaturas
nacionais, foram cancelados por falta de interesse da elite agrária do nosso país.
b) D. João, apesar de ter permitido a instalação de manufaturas no país, defendia a superioridade dos produtos
industrializados europeus perante os similares nacionais.
c) faltava ainda, a adoção de uma política de proteção alfandegária nacional, diante da concorrência das
mercadorias britânicas, além do nosso mercado consumidor interno não ser muito amplo.
d) novos acordos comerciais foram assinados com potências europeias, o que ampliou os privilégios dos
comerciantes estrangeiros no nosso país, em detrimento dos interesses nacionais.
e) apesar da Inglaterra ter honrado os acordos comerciais e entregado máquinas e equipamentos industriais, a
nossa mão de obra escrava não tinha especialização necessária para o trabalho na indústria.
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

GABARITO: C
A revogação do Alvará de 1785 não provocou mudanças relevantes nas estruturas produtivas do Brasil, pois as
características do escravismo e a dependência econômica dos ingleses reforçada pelos documentos assinados
por D. João em 1808 e 1810, não permitiriam avanços industriais significativos.

35. É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados
numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o
extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade
cívica e política todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988.

Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua unidade político-
territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência
à construção do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da
a) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens, independentemente de cor, sexo
ou religião.
b) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de
hierarquização social
c) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao projeto
luso brasileiro.
d) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos grandes
proprietários.
e) que garantiu a ordem associada à permanência da escravidão.
GABARITO: E
O governo criado em torno do príncipe regente com uma constituição própria e alguns anos de autonomia deram o
necessário para estabelecer o estado monárquico baseado na mão de obra escrava, que atraiu as elites locais
para o governo, possibilitou a união do território nacional.

36. Em conjunto com as grandes transformações econômicas, políticas e sociais do século XIX, surgiram
doutrinas e correntes ideológicas. Uma delas foi o Anarquismo que pregava:
a) o respeito à propriedade privada, o controle demográfico e a observância da lei natural da oferta e da procura.
b) a revolução socialista, o controle do Estado pela ditadura do proletariado, o comunismo.
c) a erradicação do Estado, das classes, das instituições e da tradições a fim de instalar o comunismo.
d) a necessidade de um contrato entre governados e Estado; o imperativo da moral e do bem comum como
fundamentos do poder político.
e) a religião como instrumento de reforma e justiça social, além da formação de comunidades coletivistas.
GABARITO: C
Para os narquistas a liberdade residia no desenvolvimento da capacidade humana de se autogovernar. Diante
disse, a eliminação do Estado e das demais instituições burguesas era fundamental e deveriam ocorrer sem a
criação de um Estado operário.

37. (…) a luta contra o capitalismo e a burguesia é inseparável da luta contra o Estado. Acabar com a classe que
detém os meios de produção sem liquidar ao mesmo tempo com o Estado é deixar aberto o caminho para a
reconstrução da sociedade de classes e para um novo tipo de exploração social.
(Angel J. Capelletti, apud Adhemar Marques et alli, História contemporânea através de textos)

O fragmento define parte do ideário


a) liberal.
b) anarquista.
c) corporativista.
d) socialista cristão.
e) marxista-leninista.
GABARITO: B
Os anarquistas pregavam a destruição do Estado, não somente do Estado Burguês. O Estado, na visão
anarquista, sempre será produtor de autoridades institucionais opressoras que desarticulam a liberdade humana
de se autogovernar.
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

38. Com o surgimento da sociedade capitalista e a estrutura fabril, emergem, na Europa do final do século XVIII e
século XIX, novos projetos de sociedade. Sobre esses novos projetos de sociedade assinale a
alternativa correta:
a) Comunismo e Socialismo são sinônimos; ambos se referem à implantação de um Estado forte e dominado
pelos proletários do mundo todo.
b) Segundo a proposta de Karl Marx, o Comunismo seria a etapa subsequente ao Socialismo e o estágio final
da humanidade; o comunismo, na perspectiva do filósofo alemão, se caracterizaria por ser uma sociedade
sem classes, sem propriedade privada dos meios de produção e sem Estado.
c) O Anarquismo foi uma teoria criada por J. J. Rousseau, que acreditava que o homem era bom, mas a
autoridade o corrompia; portanto, sem Estado, o homem poderia voltar ao seu estado natural.
d) Segundo a proposta de Karl Marx, o comunismo seria a etapa da humanidade caracterizada por um Estado
forte e dominado pelo proletariado.
e) O Anarquismo foi um importante Movimento que surgiu no século XV; os anarquistas defendiam o fim do
absolutismo e a emergência de uma ditadura do proletariado.
GABARITO: B
O projeto político marxista caracterizava o socialismo e o comunismo como fases distintas do processo de
transformação da sociedade após a vitória da revolução do proletariado que destruiria o capitalismo. Nessa
perspectiva, o socialismo seria uma etapa de transição para se atingir a sociedade ideal comunista.

FILOSOFIA

39. O fim último causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os
outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos, sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado
com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera
condição de guerra, que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos
homens quando não há um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçando-os, por medo do castigo,
ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza (...)
HOBBES, T. "Das causas, geração e definição de um Estado". In: Leviatã. São Paulo: Abril Cultural, 2. ed., 1979, p. 103. (adaptado)

Considerando o fragmento anterior, podemos dizer que Thomas Hobbes, pensador inglês do séc. XVII, defendia a
noção de que:
a) apenas um Estado democrático, surgido de um ato de liberdade dos cidadãos, teria legitimidade para criar leis
e zelar pela segurança e demais necessidades sociais.
b) certos indivíduos, extraordinariamente, quando apaixonados, amam dominar os outros e é preciso forçá-los,
mediante castigo, a manter o respeito; essa seria a função do Estado.
c) o Estado resulta do desejo dos indivíduos de garantir a propriedade privada, para deixar de ter uma condição
mísera e participar ativamente do pacto social.
d) o homem é naturalmente bom, mas a vida social o corrompe, fazendo com que passe a querer dominar a
liberdade dos outros; o nascimento do Estado é diretamente responsável por essa corrupção.
e) os homens são naturalmente inaptos para a vida social, a menos que constituam uma autoridade à qual
entreguem sua liberdade em troca de segurança.
GABARITO: E
A noção de Estado em Hobbes está associada à propensão ao conflito que acredita haver na natureza humana. A
autoridade do Estado seria uma forma de controle dessa inclinação, em que a liberdade individual é cedida em
prol de paz, segurança e ordem.

40. Leia os dois textos a seguir:

O bem do indivíduo é da mesma natureza que o bem da Cidade (Pólis), mas este, ―é mais belo e mais
divino‖ porque se amplia da dimensão do privado para a dimensão do social, para a qual o homem grego era
particularmente sensível, porquanto concebia o indivíduo em função da Cidade (Pólis) e não a Cidade (Pólis)
em função do indivíduo. Aristóteles, aliás, dá a esse modo de pensar dos gregos uma expressão
paradigmática, definindo o próprio homem como ―animal político.‖
(Reale e Antiseri, História da Filosofia. Adaptado)

Concebo de bom grado que o governo civil é o remédio acertado para os inconvenientes do estado de
natureza, os quais certamente devem ser grandes onde os homens podem ser juízes em causa própria, já que
é fácil imaginar que, quem foi tão injusto a ponto de causar dano a um irmão, raramente será tão justo a ponto
de condenar a si mesmo por isso. [...] Mas, além dessas considerações, sustento que todos os homens estão
naturalmente naquele estado e nele permanecem até que, por sua própria anuência, tornam-se membros de
alguma sociedade política.
(Locke, Dois Tratados sobre o Governo Civil)
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

Assinale a alternativa correta:


a) Para Aristóteles, assim como para Locke, o indivíduo é mais importante que a constituição da sociedade e
do Estado.
b) Locke afirma que o indivíduo é anterior à sociedade e ao Estado, dando continuidade à doutrina clássica
iniciada por Aristóteles.
c) Em oposição à tradicional doutrina aristotélica, Locke afirma que o indivíduo é concomitante ao surgimento da
sociedade e do Estado.
d) Aristóteles afirma que o indivíduo é anterior ao Estado; em oposição, Locke sustenta a anterioridade da
sociedade em relação ao indivíduo.
e) Em oposição à tradicional doutrina aristotélica, Locke afirma que o indivíduo é anterior ao surgimento da
sociedade e do Estado.
GABARITO: E
Locke, um dos chamados contratualistas, entende que os indivíduos no Estado de natureza, pré contrato social, já
possuíam uma existência possível e com direitos. Havia, por exemplo, para o autor, a noção de propriedade. Se difere
assim de Aristóteles que entende que indivíduos só existem socialmente, sob a estrutura de um Estado, de uma Polis.

41.

Texto 1.
A ideia do panóptico coloca no centro alguém, um olho, um olhar, um princípio de vigilância que poderá de certo
modo fazer sua soberania agir sobre todos os indivíduos [situados] no interior dessa máquina de poder. Nessa
medida, podemos dizer que o panóptico é o mais antigo sonho do mais antigo soberano: que nenhum dos meus
súditos escape e que nenhum dos gestos de nenhum dos meus súditos me seja desconhecido.
(Michel Foucault. Segurança, território, população, 2008. Adaptado.)

Texto 2.
Em 2013 as revelações de Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados
Unidos, deixaram a noção de transparência democrática sob suspeita. Snowden revelou que a inteligência
estadunidense realizava vigilância em massa de seus aliados e adversários políticos. A espionagem ocorreu
logrando acesso legal ou forçado aos servidores de boa parte das maiores empresas de internet.
(Davi Lago. ―O panóptico digital: por que devemos suspeitar da palavra ‗transparência‘?‖. https://estadodaarte.estadao.com.br, 29.08.2019.
Adaptado.)

O fenômeno retratado nos excertos implica, diretamente,


a) o reconhecimento da liberdade individual.
b) o aperfeiçoamento da interação social.
c) a diversificação do conhecimento popular.
d) a ampliação de autoridade estatal.
e) a valorização da responsabilidade coletiva.
GABARITO: D
Nos dois trechos são apresentadas situações em que a autoridade estatal procura se manter ou se reforçar através da
vigilância. No primeiro caso, a vigilância representada pelo panóptico manifesta uma manutenção da autoridade por
uma vigilância explícita e pelo medo da punição presente no sujeito que acredita estar sendo observado. No segundo
caso, a vigilância também amplia a autoridade estatal, mas no sentido de utilizar as capacidades da máquina estatal
para exceder os limites da sua ação, vigiando ilegalmente e desconsiderando direitos e liberdades individuais.

42. É como se cada homem dissesse a cada homem: Autorizo e transfiro o meu direito de me governar a mim
mesmo a este homem, ou a esta assembleia de homens, com a condição de transferires para ele o teu
direito, autorizando de uma maneira semelhante todas as suas ações. Feito isso, à multidão assim unida
numa só pessoa se chama Estado.
(Thomas Hobbes. Leviatã, 2003. Adaptado.)

No texto, o autor expressa sua teoria sobre a origem do Estado. Nela, o Estado tem sua origem na
a) atribuição de um poder absoluto ao soberano.
b) criação de leis aplicáveis ao povo e ao governante.
c) instituição de um governo pelos mais sábios.
d) manipulação do povo pelos chefes de Estado.
e) gestão do coletivo no estado de natureza.
GABARITO: A
Para Hobbes, filósofo contratualista, o Estado surge quando as pessoas (até então vivendo em um estado natural
em que os interesses podem conduzir a uma guerra de todos contra todos) renunciam à sua liberdade em troca de
proteção. Em linhas gerais, o autor afirma que por medo dos conflitos iminentes e buscando fugir da possibilidade
da morte violenta, as pessoas assumem o contrato social no qual atribuem um poder absoluto a um soberano, que
por sua vez assume a obrigação de proteger as pessoas que fazem parte de tal Estado.
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

43. Cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a direção suprema da vontade geral, e
recebemos, enquanto corpo, cada membro como parte indivisível do todo. [...] um corpo moral e coletivo,
composto de tantos membros quantos são os votos da assembleia [...]. Essa pessoa pública, que se forma,
desse modo, pela união de todas as outras, tomava antigamente o nome de cidade e, hoje, o de república ou
de corpo político, o qual é chamado por seus membros de Estado [...].
(Jean-Jacques Rousseau. Os pensadores, 1983.)

O texto, produzido no âmbito do Iluminismo francês, apresenta a doutrina política do


a) coletivismo, visível na rejeição da propriedade privada e na defesa dos programas socialistas de estatização.
b) humanismo, presente no projeto liberal de valorizar o indivíduo e sua realização no trabalho.
c) socialismo, visível na crítica ao absolutismo monárquico e na defesa da completa igualdade socioeconômica.
d) corporativismo, presente na proposta fascista de unir o povo em torno da identidade e da vontade nacional.
e) contratualismo, manifesto na reação ao Antigo Regime e na defesa dos direitos de cidadania.
GABARITO: E
Rousseau está entre os pensadores classificados como ―contratualistas‖, haja vista que a teoria filosófica política
formulada por ele se baseia no estabelecimento de um contrato social como fundamento da organização política
da vida coletiva, estabelecendo os direitos e deveres dos cidadãos e a finalidade e os limites das instituições
políticas. Essa produção se dá no contexto histórico de reação contra o Antigo Regime, baseado nas monarquias
absolutistas modernas.

44. Rousseau, no texto Sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1755),
estabeleceu que:
a) A invenção da propriedade privada, das sociedades e das leis originou as formas de desigualdade,
diversificando-as.
b) A desigualdade natural entre os homens é a principal razão da desigualdade social e política.
c) A desigualdade econômica se deve, sobretudo, à inteligência mais aguçada dos ricos.
d) A invenção da sociedade e das leis nasceu para garantir os direitos naturais da vida e da propriedade.
e) A invenção da política marcou o fim da desigualdade entre senhores e escravos.
GABARITO: A
Jean-Jacques Rousseau, na obra Sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens,
estabelece dois fundamentos, ou melhor, duas origens para a desigualdade: a primeira, natural ou física, consiste
na diferença das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades do espírito, e a segunda, moral ou
política, é dependente de uma espécie de convenção estabelecida pelos homens. Esta desigualdade moral ou
política tem sua origem no surgimento da propriedade privada, ao mesmo tempo em que o homem deixa seu
estado de natureza e caminha rumo a uma sociedade civilizada.

45. – Então, todos os alemães dessa época são culpados?


– Esta pergunta surgiu depois da guerra e permanece até hoje. Nenhum povo é coletivamente culpado. Os
alemães contrários ao nazismo foram perseguidos, presos em campos de concentração, forçados ao exílio. A
Alemanha estava, como muitos outros países da Europa, impregnada de antissemitismo, ainda que os
antissemitas ativos, assassinos, fossem apenas uma minoria. Estima-se hoje que cerca de 100 000 alemães
participaram de forma ativa do genocídio. Mas o que dizer dos outros, os que viram seus vizinhos judeus serem
presos ou os que os levaram para os trens de deportação?
(Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)

Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista aos judeus, o texto defende a ideia de que
a) os alemães comportaram-se de forma diversa perante o genocídio, mas muitos mostraram-se tolerantes
diante do que acontecia no país.
b) esse tema continua presente no debate político alemão, pois inexistem fontes documentais que comprovem a
ocorrência do genocídio.
c) esse tema foi bastante discutido no período do pós-guerra, mas é inadequado abordá-lo hoje, pois acentua as
divergências políticas no país.
d) os alemães foram coletivamente responsáveis pelo genocídio judaico, pois a maioria da população teve
participação direta na ação.
e) os alemães defendem hoje a participação de seus ancestrais no genocídio, pois consideram que tal atitude foi
uma estratégia de sobrevivência.
GABARITO: A
A experiência nazista é instigante não somente pela violência cometida, mas também pela indiferença da
população frente às atrocidades cometidas. Essa indiferença é analisada por diversos trabalhos desde então que,
através de conceitos como banalidade do mal e anestesia moral, tentam explicar esse tipo de atitude.
2023 – PROVA OBJETIVA – 1ª SÉRIE – 3º TRIMESTRE

46. Leia o texto:

O terror como substituto da propaganda alcançou maior importância no nazismo do que no comunismo. Os
nazistas (...) matavam pequenos funcionários socialistas ou membros influentes dos partidos inimigos,
procurando mostrar à população o perigo que podia acarretar o simples fato de pertencer a um partido. Esse
tipo de terror dirigido contra as massas era valioso (...) e aumentou progressivamente porque nem a polícia
nem os tribunais processavam seriamente os criminosos políticos da chamada Direita. Para a população em
geral, tornava-se claro que o poder dos nazistas era maior que o das autoridades, e que era mais seguro
pertencer a uma organização nazista do que ser um republicano leal.
Hannah Arendt. Origens do totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 477.

É correto afirmar que, no Nazismo assim como em outros regimes totalitários,


a) a propaganda e o terror eram faces da mesma moeda, pois impediam qualquer manifestação contrária ao
governo, pressionando a população pela filiação em partidos políticos defensores da política oficial.
b) o uso do terror era de fundamental importância, na medida em que pressionava a população para a
coletividade das ações, não deixando, assim, espaço para expressões de pensamento e ideologias
diferentes.
c) a atuação de grupos paramilitares se mostrou menos eficiente do que a propaganda e o terror sobre a
população, pois atos terroristas eram frontalmente combatidos pelas autoridades governamentais.
d) a adesão das massas socialistas e republicanas às ações do governo era fundamental, pois legitimava as
ações de Hitler; daí o uso intenso do terror e da propaganda como forma de trazer o apoio das massas.
e) a deslegitimação do pensamento contrário era fundamental, pois só assim seria implantada a coletividade
necessária para a realização das políticas de bem-estar social, defendidas por Hitler e levadas a cabo na
Itália e no Brasil.
GABARITO: B
Buscando ir contra o individualismo, o Nazismo usava da cultura do medo para direcionar as pessoas para
caminhos do seu interesse enquanto ideologia. Sendo assim, a violência empregada contra membros de partidos
políticos rivais causava grande impacto na população. Ameaçadas, as pessoas não viam outra saída que não
fosse seguir o Nazismo.

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