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Simulado FUVEST 2 - Prova (2020)
Simulado FUVEST 2 - Prova (2020)
Simulado FUVEST 2 - Prova (2020)
ANGLO VESTIBULARES
NOME NÚMERO
H He
hidrogênio hélio
1,008 4,0
2 13 14 15 16 17
3 4 5 6 7 8 9 10
Li Be B C N O F Ne
lítio berílio boro carbono nitrogênio oxigênio flúor neônio
6,94 9,0122 10,81 12,011 14,007 15,999 18,998 20,180
11 12 13 14 15 16 17 18
Na Mg A Si P S C Ar
sódio magnésio alumínio silício fósforo enxofre cloro argônio
22,990 24,305 26,982 28,085 30,974 32,06 35,45 39,948
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36
K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
potássio cálcio escândio titânio vanádio crômio manganês ferro cobalto níquel cobre zinco gálio germânio arsênio selênio bromo criptônio
39,098 40,078(4) 44,956 47,867 50,942 51,996 54,938 55,845(2) 58,933 58,963 63,546(3) 65,38(2) 69,723 72,630(8) 74,922 78,971(8) 79,904 83,798(2)
37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54
Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
rubídio estrôncio ítrio zircônio nióbio molibdênio tecnécio rutênio ródio paládio prata cádmio índio estanho antimônio telúrio iodo xenônio
85,468 87,62 88,906 91,224(2) 92,906 95,95 [98] 101,07(2) 102,91 106,42 107,87 112,41 114,82 118,71 121,76 127,60(3) 126,90 131,29
55 56 57 a 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86
Cs Ba Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg T Pb Bi Po At Rn
césio bário háfnio tântalo tungstênio rênio ósmio irídio platina ouro mercúrio tálio chumbo bismuto polônio astato radônio
132,91 137,33 178,49(2) 180,95 183,84 186,21 190,23(3) 192,22 195,08 196,97 200,59 204,38 207,2 208,98 [209] [210] [222]
87 88 89 a 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Fr Ra Rf Db Sg Bh Hs Mt Ds Rg Cn Nh F Mc Lv Ts Og
frâncio rádio rutherfórdio dúbnio seabórgio bóhrio hássio meitnério darmstádtio roentgênio copernício nihônio fleróvio moscóvio livermório tenessino oganessônio
[223] [226] [267] [268] [269] [270] [269] [278] [281] [281] [285] [286] [289] [288] [293] [294] [294]
57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71
Número Atômico
La Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Símbolo lantânio cério praseodímio neodímio promécio samário európio gadolínio térbio disprósio hólmio érbio túlio itérbio lutécio
Nome 138,91 140,12 140,91 144,24 [145] 150,36(2) 151,96 157,25(3) 158,93 162,50 164,93 167,26 168,93 173,05 174,97
Massa Atômica 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103
Ac Th Pa U Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
( ) = nº- de massa do actínio tório protactínio urânio netúnio plutônio amerício cúrio berquélio califórnio einstênio férmio mendelévio nobélio laurêncio
isótopo mais estável [227] 232,04 231,04 238,03 [237] [244] [243] [247] [247] [251] [252] [257] [258] [259] [262]
(IUPAC*. 28.11.2016.)
* Valores de Massa Atômica arredondados
15/01/20 14:13
Disponibilizado Por Alexandria
✉ PROVA GERAL — P-2
TIPO B-1 — 03/2020
Mas como dorme Sílvia, não vestia Considerando a relação entre os textos, observe as afir-
O Céu seus horizontes de mil cores; mações:
Dominava o silêncio sobre as flores, I. Embora o poeta modernista inspire-se em um tema
Calava o mar, e rio não se ouvia. clássico, ele não explora, no poema, uma estrutura
métrica tradicional.
Não dão o parabém à bela Aurora
II. O poema sutilmente aborda formas de amor conde-
Flores canoras, pássaros fragrantes,
nadas pela moral religiosa.
Nem seu âmbar respira a rica Flora.
III. Segundo o poema, o rapto mitológico não encontra
Porém abrindo Sílvia os dois diamantes, relação com dimensões reais da vivência amorosa
Tudo à Sílvia festeja, e tudo a adora das pessoas.
Aves cheirosas, flores ressonantes. Está correto apenas o que se afirma em:
MATOS, Gregório de.
Poemas escolhidos de Gregório de Matos. A) I, somente.
São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 235. B) II, somente.
C) I e III.
Na maneira como relaciona o sono da dama com a natu- D) II e III.
reza, o enunciador se vale de típicos recursos barrocos, E) I, II e III.
tais como
A) o tom de censura em relação à vaidade.
B) a reflexão pessimista sobre a brevidade da vida.
C) a religiosidade contrarreformista evocada na referên-
cia mitológica.
D) a caracterização preconceituosa da mulher dotada de
autonomia frente à natureza.
E) o ornamentalismo de feição cultista observado na as-
sociação da mulher com elementos da natureza.
–3–
–4–
–5–
4. Julga-me a gente toda por perdido, C) a ação pedagógica no Brasil do século XVI buscava
vendo-me, tão entregue a meu cuidado, transmitir valores admitidos pela tradição letrada e
andar sempre dos homens apartado, religiosa.
e dos tratos humanos esquecido. D) os indígenas tinham mais facilidade do que os portu-
gueses em incorporar valores morais e religiosos do
Mas eu, que tenho o mundo conhecido,
continente europeu.
e quase que sobre ele ando dobrado,
E) os saberes inculcados pelos colonizadores europeus
tenho por baixo, rústico, enganado,
eram recebidos com superficialidade e desconfiança
quem não é com meu mal engrandecido.
pelos indígenas.
Vão revolvendo a terra, o mar e o vento,
busquem riquezas, honras a outra gente, 6. Benze-se o poeta de várias ações que observa
vencendo ferro, fogo, frio e calma; na sua pátria
que eu só, em humilde estado, me contento, Destes que campam no mundo
de trazer esculpido eternamente sem ter engenho profundo,
vosso fermoso gesto dentro n'alma. e entre gabos dos amigos,
CAMÕES, Luís de. Sonetos. os vemos em papa-figos
Cotia: Ateliê Editorial, 1998. p. 115. sem tempestade, nem vento:
Anjo Bento.
O Classicismo valorizou estéticas e formas de pensamen-
to da antiguidade greco-latina. Considerando o soneto De quem com letras secretas
de Luís de Camões, pode-se afirmar que a presença do tudo o que alcança é por tretas,
chamado “neoplatonismo” é baculejando sem pejo
por matar o seu desejo
A) negado na primeira estrofe, uma vez que o enuncia-
desde a manhã té a tarde:
dor se mostra arredio no trato social.
Deus me guarde.
B) afirmado no último terceto, na resolução do enuncia-
dor em valorizar intelectualmente a memória do ser Do que passeia farfante
amado. muito prezado de amante,
C) contrariado na segunda estrofe, pois o enunciador por fora luvas, galões,
opta por dedicar sua atenção a elementos concretos insígnias, armas, bastões,
da existência. por dentro pão bolorento:
D) confirmado na terceira estrofe, já que o enunciador Anjo Bento.
atribui a si próprio grande experiência nas questões
mundanas. Destes beatos fingidos
E) afirmado no primeiro terceto, em que o enunciador cabisbaixos, encolhidos,
vivencia de maneira intensa e prazerosa os aspectos por dentro fatais maganos,
sensoriais da paisagem em que se insere. sendo nas caras uns Janos,
que fazem do vício alarde:
5. Os meios e os fins da catequese, da educação, do Deus me guarde.
ensino e da instrução das faculdades da memória, da [...]
vontade e da inteligência, que então definem a humani- MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório de Matos.
dade da pessoa, realizam a “política católica” portugue- São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 65-66.
sa como um conjunto de normas. Estas definem saberes A poesia de Gregório de Matos traz valores e formas de
a serem ensinados e condutas a serem inculcadas em expressão correntes na sociedade baiana do século XVII.
crianças, jovens e adultos indígenas, mamelucos e portu- O excerto acima permite identificar o(a)
gueses. Representam também um conjunto de práticas,
que permitem a transmissão desses saberes e a incorpo- A) ironia crítica voltada contra os mais diversos estratos
ração de comportamentos, normas e práticas. da sociedade de seu tempo.
HANSEN, João Adolfo; NÓBREGA, Manuel da. B) patriotismo com que o enunciador exaltava tipos so-
Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Ed. Massangana, 2010. p. 12. ciais de destaque na época.
C) devoção religiosa que, confirmando o título, exalta a
O texto crítico a respeito das ações colonizadoras portu- ação catequética na Bahia.
guesas na América permite afirmar que D) uso de versos livres, atestado na variação métrica do
A) os colonizadores portugueses não consideravam que poema e no uso de rimas irregulares.
os índios fossem plenamente humanos. E) crítica social que poupa apenas os letrados, na medi-
B) os colonizadores atuaram no sentido de educar os indí- da em que o próprio enunciador se identificava com
genas para que eles pudessem frequentar faculdades. eles.
–6–
–7–
Texto para as questões 13 a 16 16. De acordo com o texto, o dono da casa seguiu a galinha
Era uma galinha de domingo. Ainda viva porque não A) impulsionado somente pela curiosidade.
passava de nove horas da manhã. B) em razão de suas habilidades esportivas.
Parecia calma. Desde sábado encolhera-se num C) por causa da fome que assolava toda a família.
canto da cozinha. Não olhava para ninguém, ninguém D) estimulado pela destreza motora do animal.
olhava para ela. Mesmo quando a escolheram, apalpan- E) por dois motivos, diferentes e complementares.
do sua intimidade com indiferença, não souberam dizer
se era gorda ou magra. Nunca se adivinharia nela um Texto para as questões 17 e 18
anseio 1. Rep and Roll
Foi pois uma surpresa quando a viram abrir as asas
de curto voo 2, inchar o peito e, em dois ou três lances, SP ZL, minha região
alcançar a murada do terraço. Um instante ainda vaci- A rua chama, Urbana minha Legião
lou — o tempo da cozinheira dar um grito — e em bre- Armas pra revolução eles não dão
ve estava no terraço do vizinho, de onde, em outro voo Televisão, damas de Biquíni Cavadão
desajeitado, alcançou um telhado. Lá ficou em adorno 3 Rigoroso nos traje, atitude
Invadindo sua praia, a Plebe é Rude
deslocado, hesitando ora num, ora noutro pé. A família
Nossa juventude tem potencial
foi chamada com urgência e consternada viu o almoço 4
Mas falta o Capital Inicial
junto de uma chaminé. O dono da casa, lembrando-se da
Polícia para quem precisa, Ira
dupla necessidade de fazer esporadicamente algum es-
É us tira roubando a brisa, mira
porte e de almoçar, vestiu radiante um calção de banho e
Pretos, são alvos do algoz
resolveu seguir o itinerário 5 da galinha: em pulos caute-
Preto longe das Blitz, Nenhum de Nós
losos alcançou o telhado onde esta, hesitante e trêmula,
O Tempo não para, ponteiro correndo
escolhia com urgência outro rumo 6. A perseguição 7 tor-
Hey! Pode vir quente que eu estou fervendo
nou-se mais intensa. De telhado a telhado foi percorrido
No olhar do mais sóbrio a tristeza
mais de um quarteirão da rua. Pouco afeita a uma luta 8
Por isso que eu sou um Maluco Beleza
mais selvagem pela vida, a galinha tinha que decidir por
Mandaram me perguntar qual é a minha intenção
si mesma os caminhos 9 a tomar, sem nenhum auxílio de
Fazer o dinheiro girar e um pouco de subversão
sua raça. O rapaz, porém, era um caçador adormecido. E
Um salve pros irmão de cor isso Faz Parte do Meu Show
por mais ínfima que fosse a presa 10 o grito de conquista
Pra muitos é uma confusão porque eu sou... Rep and Roll
havia soado.
SAPIÊNCIA, Rincon. Rep and Roll. Disponível em:
LISPECTOR, Clarice. Uma galinha. In: ______.
https://www.letras.mus.br/rincon-sapiencia/rep-and-roll/.
Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016. p. 156.
Acesso em: 28 nov. 2019.
13. O conto sugere diferentes perspectivas sobre a galinha, 17. O rapper Rincon Sapiência, em Rep and Roll, utiliza uma
protagonista da narrativa. Essa variedade de visões pode forma de registro que se aproxima
ser apontada no uso dos termos
A) do erudito, numa variante padrão, como se percebe
A) anseio (ref. 1) e almoço (ref. 4). por meio das referências a bandas utilizadas.
B) voo (ref. 2) e adorno (ref. 3). B) da fala, numa variante informal, como se percebe por
C) itinerário (ref. 5) e perseguição (ref. 7). meio das contrações e de expressões como “um salve”.
D) rumo (ref. 6) e luta (ref. 8). C) da escrita, numa variante padrão, como se percebe no
E) caminhos (ref. 9) e presa (ref. 10). uso de palavras como “sóbrio” e “subversão”, pouco
utilizadas em registros orais.
14. Sobre sua forma de composição, pode-se afirmar que o D) da arte, numa variante histórica, como se percebe na
fragmento é retomada de temáticas críticas em relação à comuni-
A) exclusivamente narrativo, porque a tentativa de fuga dade negra e periférica da Zona Leste.
da galinha figura como tema essencial. E) do descuido, numa variante informal, como se perce-
B) predominantemente narrativo, pois os eventos se su- be na incorreção de concordância em “um salve pros
cedem temporalmente, embora permeados pela des- irmão” em lugar de “um salve para os irmãos”.
crição.
C) exclusivamente descritivo, visto que se concentra em 18. A respeito da interdiscursividade promovida na canção,
apresentar as personagens do enredo de forma pro- nota-se que
gressiva. A) para compreender o título, é necessário associar as
D) predominantemente descritivo, já que a temporali- referências a bandas e músicas de rock brasileiras ao
dade dos eventos dá lugar à subjetividade das per- gênero musical do qual a letra faz parte.
sonagens. B) as inversões realizadas em relação a alguns nomes
E) predominantemente dissertativo, pois a narratividade de bandas, como em relação à “Legião Urbana” no
do fragmento está a serviço da defesa de uma tese segundo verso, descaracterizam a intertextualidade.
sobre a realidade. C) o uso de letras maiúsculas para marcar nomes pró-
prios em meio aos versos não é eficiente, porque
15. Os dois primeiros períodos do texto sugerem que acontece também de forma aleatória, como em rela-
A) a galinha só estava viva porque tinha conseguido fu- ção ao termo “blitz”.
gir. D) para compreender corretamente a canção, é necessá-
B) galinhas de domingo costumam ser mortas para o al- rio conhecer o contexto de criação de cada uma das
moço. bandas a que se faz referência, pois ele se associa ao
C) as refeições de domingo sempre tinham um prato de tema de negritude proposto.
carne. E) o domínio de Rincon Sapiência da história do rock
D) as galinhas não eram vigiadas nos domingos pela brasileiro o associa ao gênero musical rock e o distan-
manhã. cia do universo do rap, como se afirma em “pra mui-
E) a galinha mantinha a calma por desconhecer seu des- tos é uma confusão”, o que reduz as possibilidades de
tino. interpretação musical.
–8–
T (ºC)
E) II e IV.
L
20. No início dos anos de 1970, foram dados os primeiros
passos nos estudos sobre as baterias de lítio. Os cientis- S
tas John B. Goodenough, M. Stanley Whittinghame Akira t (min)
Yoshino criaram o “mundo recarregável”, e seu prêmio
foi mais do que merecido. As primeiras baterias de lítio/
iodo foram utilizadas em marca-passos. Atualmente, al-
gumas baterias de celulares são constituídas de íon-lítio B)
G
ou lítio polímero. O lítio é um elemento químico de sím-
T (ºC)
Equipamentos: L
a) Estufa.
b) Funil de Büchner.
c) Almofariz e pistilo. G
d) Provetas e pipetas. t (min)
e) Funil e papel de filtro.
–9–
23. Aproximadamente 70% de nosso corpo é constituído por água, fundamental para nosso metabolismo e para a manutenção da
vida. Por esse motivo, é muito importante a qualidade da água consumida. O esquema de uma estação de tratamento de água
está representado a seguir.
Reservatório elevado
Reservatório
de água
tratada
Floculação Decantação Filtração
Com base nas informações apresentadas e nos conhecimentos sobre processos de tratamento da água, podemos afirmar que:
A) a floculação facilita o processo de decantação.
B) a fluoretação é necessária para termos água potável.
C) na decantação, temos agitação do sistema para facilitar a filtração.
D) o processo de filtração serve para eliminar os germes patogênicos.
E) após o tratamento da água, temos no reservatório uma substância pura.
24. A vitamina E tem sido relacionada à prevenção do câncer de próstata, além de atuar como antioxidante para prevenir o enve-
lhecimento precoce. A dose diária recomendada para uma pessoa acima de 19 anos é de 15 mg. Considerando que em alguns
suplementos alimentares existam 10,5 ? 1018 moléculas de vitamina E por comprimido, o número de comprimidos que deve
ser consumido em um mês (30 dias) para manter a dose recomendada diária é cerca de
Note e adote:
Constante de Avogadro 5 6,0 ? 1023 mol21
Fórmula molecular da vitamina E 5 C29H50O2
A) 30 comprimidos.
B) 45 comprimidos.
C) 60 comprimidos.
D) 75 comprimidos.
E) 90 comprimidos.
25. O estudo dos átomos e das partículas subatômicas norteou muitos estudos da Química e da Física. Há 130 anos nascia, em Co-
penhague, o cientista dinamarquês Niels Henrick Davis Bohr, cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão
da estrutura atômica e da Física Quântica. A respeito do modelo atômico de Bohr, assinale a alternativa correta.
A) Os átomos são, na verdade, grandes espaços vazios constituídos por duas regiões distintas: uma com núcleo pequeno,
positivo e denso e outra com elétrons se movimentando livremente ao redor do núcleo.
B) Os elétrons que circundam o núcleo atômico têm energia quantizada, podendo assumir quaisquer valores.
C) É considerado o modelo atômico vigente e o mais aceito pela comunidade científica.
D) Os saltos quânticos decorrentes da interação fóton-núcleo são previstos nessa teoria, explicando a emissão de cores quan-
do certos elementos metálicos são postos em uma chama (excitação térmica).
E) Os átomos são estruturas compostas por um núcleo pequeno e carregado positivamente, cercado por elétrons alocados em
órbitas circulares.
26. A condutibilidade elétrica de sistemas envolve a movimentação ordenada de partículas dotadas de cargas elétricas diante de
uma diferença de potencial. Essas cargas podem ser os próprios elétrons, como ocorre em uma barra de cobre ou grafite, ou
ainda podem ser íons que apresentem livre movimentação.
Sobre esse assunto, um estudante fez três afirmações:
I. Em uma solução aquosa de cloreto de hidrogênio há íons livres devido a um processo químico de ionização desse com-
posto e, portanto, essa solução é eletrolítica.
II. Em uma solução aquosa de cloreto de potássio há íons livres devido a um processo físico de dissociação iônica desse
composto e, portanto, essa solução é eletrolítica.
III. Em uma solução aquosa de sacarose não há íons livres, pois as moléculas apenas se dissolvem em água sem que ocorra
qualquer tipo de reação de ionização e, portanto, o sistema não é eletrolítico.
A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são):
A) Apenas I e II.
B) Apenas I e III.
C) Apenas II e III.
D) Apenas III.
E) I, II, III.
– 10 –
A B C
Com base nessa figura, pode-se afirmar que os ácidos
contidos nos frascos A, B e C são, respectivamente:
A) Nítrico, fosfórico e sulfúrico.
B) Clorídrico, nítrico e fosfórico.
C) Nitroso, clórico e clorídrico.
D) Clórico, sulfúrico e carbônico.
E) Acético, sulfídrico e fosfórico.
HO OH
OH
Um derivado desse ácido é o citrato de cálcio, que é en-
contrado em suplementos alimentares que têm a função
de aumentar a quantidade de cálcio na dieta e de facilitar
a absorção da vitamina D no organismo.
Esse composto pode ser obtido por meio da reação de
neutralização entre o ácido citado e uma base adequada.
Na equação dessa reação, os menores coeficientes ex-
pressos por números inteiros para o ácido, a base, o sal
e para a água são, respectivamente:
A) 1, 2, 1, 4 D) 2, 3, 1, 6
B) 2, 1, 1, 4 E) 1, 2, 1, 2
C) 3, 2, 1, 3
– 11 –
A B C D E
x
1 1 √5
O ponto D representa o número irracional , conhe-
2
cido como o número áureo.
2
Qual dos pontos dados representa o número ?
21 1 √5
A) A
B) B
C) C
D) D
E) E
F m1 m2 d
z 5 8 x
z y 10 5
– 12 –
r1
4θ
3θ 2θ
27º
γ γ
β
r2 β
A) 137º D) 141º30’
B) 138º30’ E) 141º
C) 140º
A
O t
α B
C
S
θ
β α
T E H
– 13 –
– 14 –
Fitoplâncton Mixotrofos
Tempo
43. Trinta anos de ninhos de Dermochelys coriacea em 45. Os corredores [ecológicos] são criados com base
tartaruga-de-couro no Espírito Santo, 1988-2017: em estudos sobre o deslocamento de espécies, sua área
biologia e conservação da reprodução de vida e a distribuição de suas populações. A partir das
Cientistas estudaram as áreas de desova da espécie informações obtidas são estabelecidas as regras de uti-
no litoral norte do estado do Espírito Santo – o único sí- lização dessas áreas, a fim de amenizar e ordenar os im-
tio de desova regular da espécie conhecido no Oceano pactos ambientais das atividades humanas. Essas regras
Atlântico Sudoeste. Os dados desta pequena população farão parte do plano de manejo da Unidade de Conserva-
de tartarugas-de-couro mostram que entre 1988 e 2017, o ção à qual o corredor estiver associado.
número médio de ninhos por ano aumentou de 25.6 nos Após os estudos, os corredores ecológicos só se tor-
primeiros cinco anos do estudo para 89.9 nos cinco anos nam oficiais quando ganham reconhecimento do Minis-
mais recentes. tério do Meio Ambiente.
[...] Nosso estudo também revelou que houve um de- Disponível em: https://www.oeco.org.br/dicionario-
créscimo significativo no tamanho médio das fêmeas que ambiental/28538-o-que-sao-corredores-ecologicos/.
vêm desovar nas praias do Espírito Santo ao longo dos Acesso em: 4 out. 2019.
anos, o que sugere que novas fêmeas estão fazendo parte Considerando o papel dos corredores ecológicos, é cor-
da população reprodutivamente ativa de tartarugas. reta afirmar que eles:
[...] Os resultados são muito positivos, no entanto,
A) promovem a diminuição da troca de genes entre po-
esta população tem uma distribuição geográfica restrita
pulações próximas.
e é superpequena – menos de 20 fêmeas desovam nas
B) agravam o efeito de borda causado pela fragmenta-
praias do Espírito Santo por ano, cada uma depositando
ção de hábitats.
múltiplos ninhos por temporada – o que torna essa popu-
C) facilitam a dispersão de sementes e a polinização de
lação ainda criticamente ameaçada.
espécies vegetais.
Disponível em: https://www.tamar.org.br/noticia1.php?cod=917.
Adaptado da revista Endangered Species Research, com o título: D) favorecem a especiação ao unirem duas áreas próxi-
Thirty years of leatherback turtle Dermochelys coriacea mas.
nesting in Espírito Santo, Brazil, 1988-2017: E) evitam a exploração dos recursos do hábitat pela co-
reproductive biology and conservation. munidade daquela área.
– 15 –
46. A figura abaixo ilustra a sequência de surgimento dos processos energéticos dos seres vivos, de acordo com a hipótese de
origem da vida de Oparin:
1 2 3
camada de ozônio
oxigênio livre
mar
A B C
material atividade
orgânico
material
orgânico
energia energia
47. O gráfico abaixo mostra a porcentagem de água em relação à massa corporal em seres humanos.
100
Porcentagem da massa corporal total
50
0
Recém-nascido Homem adulto Mulher adulta
80% 60% 50%
48. Entre as quatro classes de lipídios, existe uma categoria quimicamente bastante complexa, que não contém ácidos graxos e
é de grande importância na manutenção de vários processos vitais, participando da estrutura da membrana plasmática da
célula animal e da síntese de vitaminas e determinados hormônios. Essa classe de lipídios é constituída pelos
A) fosfolipídios.
B) cerídeos.
C) carotenoides.
D) triglicerídeos.
E) esteroides.
– 16 –
SOMMAI/SHUTTERSTOCK
49. A) A seta 1 indica o pseudoceloma, cavidade gastrovas-
VIPMAN/
SHUTTERSTOCK
cular dos poríferos, a seta 2 indica o cnidoblasto e a
seta 3 um poro, local por onde a água filtrada sai da
esponja.
B) A seta 1 indica o ósculo, a seta 2 o átrio e a seta 3
indica um coanócito.
C) A seta 1 indica o átrio, a seta 2 o cnidoblasto e a seta
A diferença entre o ovo cru e o ovo cozido ocorre devi- 3 um poro, local por onde a água filtrada é eliminada.
do ao processo de desnaturação proteica, que ocorre em D) A seta 1 indica o átrio, a seta 2 o coanócito e a seta 3
consequência da quebra da(s) um poro, local por onde a água a ser filtrada entra na
A) ligações peptídicas, que acarretam a destruição da es- esponja.
trutura primária da proteína. E) A seta 1 indica o ósculo, a seta 2 o coanócito e a seta
B) ligações de hidrogênio, que provocam a separação 3 o poro, local por onde a água a ser filtrada entra na
dos aminoácidos. esponja.
C) ligações entre os radicais, com a perda da forma espa-
cial da proteína. 53. A figura seguinte, fora de escala, mostra uma bola de
D) estrutura secundária proteica, com a formação de bilhar branca colidindo com duas outras bolas de bilhar.
pontes dissulfeto.
E) estrutura quaternária, com a divisão dos grupos car-
boxila e amina. 2
b α
água
c ⇒ a2 5 b2 1 c2 2 2 ? b ? c ? cos α
1
A) 0 kg ? m/s
3
B) 2 kg ? m/s
C) 4 kg ? m/s
D) 6 kg ? m/s
E) 8 kg ? m/s
– 17 –
– 18 –
Óleo Água
quente quente
Cabeçote
Casco
de entrada
Cabeçote
Tubos
de saída
Água Óleo
fria frio
– 19 –
θ (ºC)
330
30
0 2,0 4,0 6,0 8,0 t (min)
– 20 –
– 21 –
68. As invasões holandesas que ocorreram no século A) o legado histórico mesopotâmico foi mais significati-
XVII foram o maior conflito político-militar da Colônia vo para o Ocidente que o egípcio, devido à região ter
brasileira. Embora concentradas no Nordeste, elas não acesso a mais vias de circulação e contato com outros
se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrá- povos.
rio, fizeram parte do quadro das relações internacionais B) Mesopotâmia e Egito acabaram constituindo um con-
entre os países europeus, revelando a dimensão da luta junto complementar ao mundo europeu antigo, con-
pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de quistados pelas grandes potências militares do perío-
escravos. do, Grécia e Roma.
FAUSTO, Boris. História do Brasil, 1996. p. 84. C) o Egito permaneceu fechado a outras civilizações da
região oriental, priorizando o mais veloz e estratégico
A partir do texto sobre as invasões holandesas na Améri-
comércio marítimo com as cidades-estados da Fenícia
ca Portuguesa, pode-se afirmar que:
e Magna Grécia.
A) Foi um evento pontual, uma vez que o monopólio co- D) tanto o Egito quanto as civilizações da Mesopotâmia
mercial exercido pelos portugueses era plenamente fizeram parte da integração histórica articulada atra-
respeitado e era rara a presença estrangeira na costa vés do Mediterrâneo, processo que envolveu diferen-
brasileira. tes povos.
B) Diferentemente das invasões francesas norteadas E) ao contrário do que a visão eurocêntrica defende, a
pelo mercantilismo, as invasões holandesas privile- produção cultural da Antiguidade foi muito influencia-
giaram as áreas pouco habitadas por portugueses e da pelas civilizações orientais, mais originais e aber-
lograram em estreitar laços com os povos nativos. tas que as ocidentais.
C) A União Ibérica, o embargo do comércio luso-flamen-
go por parte dos Habsburgos espanhóis, além do in- 71. Leia os textos a seguir sobre a organização das leis na
teresse comercial holandês no comércio e refino de Mesopotâmia e na Grécia Antiga.
açúcar estão entre as suas causas.
Quando Anu, o Sublime, [...] e Bel, o senhor dos céus
D) O domínio holandês por um lado foi conveniente, da-
e da terra [...] chamaram por meu nome, Hamurabi, o
dos os empréstimos e obras públicas dos tempos de
príncipe exaltado, que temia a deus, para trazer a justiça
Nassau; entretanto, por serem predominantemente
na terra, destruir os maus e criminosos, para que os for-
judeus e protestantes, os holandeses impuseram o
tes não ferissem os fracos; [...] e trouxesse esclarecimen-
seu credo aos colonos.
to à terra, para assegurar o bem-estar da humanidade.
E) O modelo colonial experimentado pela Cia. das Índias
Trecho do prólogo do Código do Hamurabi, da Mesopotâmia.
Ocidentais na América Portuguesa privilegiava o con-
Disponível em: https://jmbrandet.jusbrasil.com.br/artigos/
trole dos engenhos e do setor produtivo em detrimen- 441819784/o-codigo-de-hamurabi-a-religiao-no-direito-
to do comércio, gerando tensão com a elite colonial. da-mesopotamia. Acesso em: 31 out. 2019.
Orgulhosos de serem cidadãos livres, os atenien-
69. A palavra história é uma palavra antiquíssima [...].
ses talvez ainda sintam mais orgulho de serem cidadãos
Mesmo permanecendo pacificamente fiel a seu glorioso
iguais. [...] A todos assistem os mesmos direitos. Podem
nome helênico, nossa história não será absolutamente,
entrar na Assembleia para, se assim o quiserem, fazer
por isso, aquela que escrevia Hecateu de Mileto; assim
como a física de lord Kelvin não é a de Aristóteles. uso da palavra, e também para votar [...].
GLOTZ, Gustave. A cidade grega. São Paulo: Difel, 1980. p. 108.
BLOCH, Marc Leopold Benjamin. Apologia da história, ou,
o ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 51. A comparação entre os textos traz indícios:
De acordo com o autor, a história ou o ofício do histo- A) Da presença da isonomia nas sociedades da Mesopo-
riador: tâmia, em oposição à Grécia Antiga.
B) Das diferenças entre monoteísmo e politeísmo na ar-
A) Pouco se alterou nos últimos 2 mil anos, visto que os
ticulação do poder político na Antiguidade.
fatos passados não podem ser alterados e, portanto,
C) Do papel da religiosidade e das leis escritas na cons-
a narrativa histórica é o acúmulo de informações.
trução da democracia na Grécia.
B) Junto das ciências exatas evoluiu muito nos últimos
D) Das diferenças na constituição do poder político e na
2 mil anos devido às inovações tecnológicas e novas
construção das leis na Mesopotâmia e em Atenas.
descobertas, tornando-se muito melhor.
E) Do papel dos governantes e da religiosidade na cons-
C) Tal qual as ciências exatas, é um conhecimento vivo
trução da identidade cultural.
e em constante transformação, devendo, portanto, ig-
norar antigas versões para a construção de novas.
72. Leia o trecho a seguir sobre os significados da escravi-
D) Assemelha-se às ciências exatas por ser um conhe-
dão na Antiguidade greco-romana:
cimento em constante transformação, mesmo sem
negar a importância de historiadores antigos e seus O homem livre era quem não vivia sob o domínio
trabalhos. e trabalhava para outrem. A criação desse homem livre
E) Permanece fiel à tradição helênica que enfatiza os fei- num mundo de baixa tecnologia levou ao estabelecimen-
tos dos grandes homens, como Hecateu de Mileto e to de uma sociedade escravista.
Aristóteles. FUNARI, Pedro Paulo. Resenha sobre a Escravidão Antiga.
Segundo o texto:
70. O Egito, por sua geografia, mergulha na direção
A) A existência de um grande contingente de escravos
da África e se abre para o Mediterrâneo: encontra-se,
levou à construção do conceito de “homens livres”.
de fato, quase isolado do restante do conjunto oriental.
B) Os poucos recursos tecnológicos justificariam as
Essa posição acentua seu particularismo e sua origina-
guerras de conquista e o desenvolvimento de “ho-
lidade. A Mesopotâmia, em compensação, oferece uma
mens livres”.
plataforma aberta para duas imensidões, o Oriente e o
C) A criação do “homem livre” explicaria os escassos
Ocidente, que lhe eram igualmente acessíveis: ela está
desenvolvimentos tecnológicos na Antiguidade.
exposta a todos os fluxos de circulação.
D) A existência de uma cultura de “homens livres” expli-
BOTTÉRO, Jean. No começo eram os deuses.
caria o desenvolvimento da escravidão.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
E) A dependência da escravidão foi a responsável pelo
A partir do texto, pode-se afirmar que baixo desenvolvimento tecnológico.
– 22 –
74. A produção agrícola ao redor do Mediterrâneo depende diretamente das chuvas. Todo ano, em alguns lugares do Me-
diterrâneo, chove menos que o necessário e há crises periódicas de produção. Por isso [...] nenhuma produção agrícola no
Mediterrâneo pode ser autossuficiente. Todos os lugares são “microrregiões”, cujos habitantes tentam diminuir o risco de um
ano ruim diversificando a produção agrícola e permanecendo em contato com outras comunidades.
GUARINELLO, Norberto. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2014. p. 51.
Uma consequência da situação descrita no texto, para as civilizações do Mediterrâneo na Antiguidade, foi a
A) tendência à formação de vastos impérios terrestres e militarizados, dos quais Atenas e Roma foram exemplos notáveis.
B) precariedade das condições de vida, que resultou em religiões extremamente espiritualizadas, cuja organização clerical
dominava a esfera política.
C) transformação do mar Mediterrâneo em uma rede de conectividade, possibilitando diversas conexões e amplo desenvolvi-
mento da navegação marítima.
D) existência de comunidades isoladas que só conseguiriam garantir sua sobrevivência graças à expansão militar, das quais
Esparta e Cartago são exemplos.
E) estagnação técnica, devido à precariedade da agricultura e à dependência maciça da mão de obra escrava.
CALDINI, Vera; ISOLA, Leda. Atlas geográfico Saraiva. São Paulo: Saraiva, 2009.
A respeito da regionalização brasileira proposta no mapa e elaborada pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger, pode-se afirmar que:
A) A maior parte dos fluxos de capitais, mercadorias, pessoas e informações no Brasil se concentra na Amazônia, graças à
expansão da fronteira agrícola para essa região.
B) O complexo Nordestino apresenta baixo desenvolvimento, fraca urbanização, e a população rural ainda se sobressai sobre
a urbana.
C) O complexo Amazônico coincide com a região Norte da regionalização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
D) A porção ocidental do Maranhão foi incorporada à Amazônia devido à sua participação no circuito econômico de indústrias
de bens de consumo não duráveis.
E) A divisão regional utilizou como critério, especialmente, a observação do processo histórico de desenvolvimento econômi-
co e social do país.
– 23 –
76. O peso da história certamente não desapareceu: ocupadas e estruturadas em função de atividades econômicas diversas, du-
rante períodos distintos, as regiões brasileiras ainda estão organizadas em bacias de exportação quase autônomas. As dispa-
ridades que existem entre elas refletem ainda, em boa parte, o maior ou menor sucesso de sua história econômica específica.
THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de. Atlas do Brasil:
Disparidades e Dinâmicas do Território. São Paulo: Edusp, 2018. Adaptado.
77. Segundo a Teoria da Tectônica de Placas, a litosfera é fragmentada em placas tectônicas que se deslocam em diferentes dire-
ções conforme movimenta-se sobre a Astenosfera. A dinâmica da Litosfera foi reconhecida inicialmente pelo pesquisador ale-
mão Alfred Wegener, que elaborou no começo do século XX a Teoria da Deriva Continental, cujos princípios estão ilustrados
a seguir.
A LAURÁSIA
I
E
G
Equador Equador
N
P A
G
O
N
DW
AN
A
Permiano Triássico
250 milhões de anos atrás 200 milhões de anos atrás
Equador Equador
Jurássico Cretáceo
135 milhões de anos atrás 65 milhões de anos atrás
AMÉRICA ÁSIA
DO NORTE
ÍNDIA
ÁFRICA
Equador
AMÉRICA
DO
SUL AUSTRÁLIA
ANTÁRTIDA
Atualmente
Alfred Wegener utilizou diferentes evidências científicas para comprovar a Teoria da Deriva Continental, dentre elas, a
A) configuração do continente europeu atual.
B) existência de apenas um oceano no planeta.
C) presença de cordilheiras no oeste das américas.
D) conexão entre a rede hídrica da América do Sul e da África.
E) correspondência de fósseis na África, Índia e Antártica.
– 24 –
Placa
Placa Euro-asiática
Norte-americana Placa
do Pacífico
Placa
do Pacífico 1 Placa 2
Iraniana
Placa
Placa
Placa Placa das Filipinas
Árabe
de Cocos do Caribe
Placa Placa
Placa Sul-americana Africana
Placa
de Nazca
Indo-Australiana
O L
Placa Antártica
S
0 3 020 km
Placas tectônicas
As placas podem Uma placa pode mergulhar As placas podem colidir Uma placa pode deslizar
romper-se e separar-se. sob outra. e elevar-se juntas. em relação à outra.
Assinale a alternativa que apresenta a correlação entre as áreas assinaladas com os números 1 e 2 e o respectivo tipo de mo-
vimentos das placas (A, B, C ou D) e uma alteração provocada por esses movimentos na superfície.
A) 1 e 2 correlacionam-se ao tipo de movimento A e B, provocando a formação de dorsais e de cordilheiras na superfície,
respectivamente.
B) 1 e 2 correlacionam-se ao tipo de movimento B e C, ambos provocando a formação de cordilheiras na superfície.
C) 1 e 2 correlacionam-se ao tipo de movimento A e D, provocando a formação de cordilheiras e de falhas tectônicas na super-
fície, respectivamente.
D) 1 e 2 correlacionam-se ao tipo de movimento D e C, provocando a ocorrência de terremotos e a formação de cordilheiras
na superfície, respectivamente.
E) 1 e 2 correlacionam-se ao tipo de movimento C e D, provocando a formação de cordilheiras e de falhas tectônicas na super-
fície, respectivamente.
– 25 –
vento
glaciar
rochas arredondadas
Vento removendo a camada
superior do solo Glaciar movendo pedras Delizamento
80. Procurando por cachoeiras e belas paisagens, um viajante marca no GPS os pontos da trilha que pretende percorrer, desta-
cando no percurso o local de partida e os pontos de visita, como descrito abaixo:
Do ponto de partida ao ponto de chegada, o sentido da direção percorrida pela viajante foi
A) Nordeste.
B) Noroeste.
C) Sudeste.
D) Sudoeste.
E) Sul-Sudeste.
Antártida Antártida
– 26 –
A mudança apresentada no texto 85. Ao longo de sua história, a Cartografia passou por
A) é válida apenas para as regiões de menor latitude no várias modificações em relação à sua concepção e evolu-
Brasil. ção tecnológica. Inicialmente a Cartografia era retratada
B) pode trazer alterações no cotidiano das pessoas, prin- apenas como objeto de representação da Terra, poste-
cipalmente no amanhecer e entardecer. riormente passou a preocupar-se com o usuário do ma-
C) está pautada em questões econômicas, já que sem o pa, com a mensagem transmitida e com a eficiência do
horário de verão há um melhor aproveitamento da luz mapa como meio de comunicação.
do dia. SIMIELLI, Maria Elena. O mapa como meio de comunicação
D) está baseada na posição longitudinal do Brasil, onde e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, Rosângela Doin
de (org.). ita. 1. ed. 1. reimpressão.
não há grandes variações de iluminação solar ao lon-
São Paulo: Contexto, 2008.
go do ano.
E) fará com que, no verão, haja menores diferenças en-
REPRODUÇÃO/UNESP, 2019
tre os fusos horários brasileiros, se comparado com o
mesmo período antes da implementação da mudança.
– 27 –
– 28 –
DISCIPLINAS COMPLEMENTARES
91. Os mitos aparecem de forma sistemática, e suas multifacetadas aparições se revelam nos deuses, como o Eros do Ban-
quete, nas suas várias formas e discursos, o mito dos três sexos, o mito da divisão dos sexos, as aparições de Dionísio e
Afrodite [...]. De outra maneira ainda, no Fedro, teremos, no início do diálogo, os pés molhados, uma relação possível com a
água da sabedoria relacionada a Aqueloo (deus do rio do mesmo nome que deságua no mar jônico) que casou com a musa
Melpômene, ou ainda com o deus fluvial Asopo, filho de Poseidon, ou ainda com Peneios, um rio da Tessália.
ZUBARAN, Luiz Carlos. A gênese do conceito de verdade na filosofia grega.
Canoas: Libra, 2004. p. 109-110.
O trecho acima trata de duas obras do filósofo Platão, O Banquete e Fedro. O autor sustenta que Platão buscava racionalizar
as narrativas mitológicas. A relação entre Mito e Filosofia apresentada, nesse caso, é de
A) continuidade, pois toda filosofia repete os mitos sem racionalizações.
B) continuidade, pois as narrativas míticas não são abandonadas inteiramente.
C) indiferença, pela ausência de referências mitológicas em Platão.
D) ruptura, devido às críticas severas feitas em relação aos mitos.
E) ruptura, o que é demonstrado pelo predomínio de explicações racionais.
92. Dogmatismo
1. Rubrica: teologia.
Conjunto dos preceitos de caráter incontestável segundo a teologia.
2. Rubrica: filosofia.
Pressuposto teórico, comum a diversas doutrinas filosóficas, que considera o conhecimento humano apto à obtenção de
verdades absolutamente certas e seguras.
3. Rubrica: filosofia.
No kantismo, crença equivocada na capacidade do espírito humano para a elaboração de sistemas de pensamento que
dispensam o movimento reflexivo da crítica, isto é, o debruçar-se da razão sobre si mesma na busca de seus limites e ilusões.
4. Derivação: por extensão de sentido.
Qualquer pensamento ou atitude que se norteia por uma adesão irrestrita a princípios tidos como incontestáveis.
Ex.: suas opiniões revelavam-se de um d. insuportável.
5. Derivação: por extensão de sentido.
Tendência à credulidade exagerada.
Ex.: o d. ingênuo do orador provocou risos.
6. Rubrica: história da medicina.
Sistema seguido pela primeira das escolas pós-hipocráticas, caracterizado por um formalismo traduzido no respeito rígi-
do à doutrina do mestre.
Fonte: Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
O verbete do dicionário, acima reproduzido, apresenta algumas definições sobre “dogmatismo”. Quanto a este, a atitude da
filosofia tende a ser de
A) apoio, no sentido de que toda filosofia procura uma verdade universal.
B) concordância, especialmente quanto à credulidade exagerada.
C) discordância, porque os filósofos não podem aderir a princípios racionais.
D) negação, pois os filósofos defendem que tudo é relativo.
E) rejeição, já que faz parte da tarefa filosófica o questionamento constante.
93. De 490 a 470 a.C., Esparta e Atenas, esquecendo o ciúme e unindo forças, combateram e derrotaram os esforços dos
persas, sob Dario e Xerxes, de transformar a Grécia em uma colônia do império asiático. Nessa luta da jovem Europa contra
o senil Oriente, Esparta forneceu o exército, e Atenas, a marinha. Terminada a Guerra, Esparta desmobilizou suas tropas e
sofreu as perturbações econômicas típicas desse processo; enquanto Atenas transformou sua marinha de guerra numa frota
mercante e se tornou uma das maiores cidades comerciais do mundo antigo. Esparta voltou a cair no isolamento agrícola e na
estagnação, enquanto Atenas se tornava um movimentado mercado e porto, o local de encontro de muitas raças de homens
e de diversos cultos e costumes, cujo contato e cuja rivalidade geraram comparações, análise e reflexão.
Tradições e dogmas se atritam, caindo a um mínimo em tais centros de intercâmbio variado; onde existem mil crenças,
tendemos a nos tornar céticos em relação a todas elas.
DURANT, Will. A História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 30.
O trecho se refere ao momento histórico em que a Filosofia surgiu. Entre as condições para o desenvolvimento dessa nova
forma de pensar, o autor destaca
A) a guerra, que deu a Esparta e a Atenas as características necessárias para o filosofar.
B) a religião, que oferecia um outro acesso à realidade metafísica.
C) o comércio, que permitiu a observação e a comparação de diversos cultos e costumes.
D) o exército, cujas lideranças foram também responsáveis pelas primeiras filosofias.
E) os mitos, cujos seres fantásticos e sobrenaturais podiam ser observados nas navegações.
– 29 –
SAIKAT PAUL/SHUTTERSTOCK
Onde também moravam os Òrìsà
Tudo que eles precisavam estava no òrun
Nos pés da árvore baobá
Poema sobre a criação do mundo, de origem Nagô.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/africa/article/
view/115347/113005. Acesso em: 28 out. 2019
1
Ayé: terra ou mundo físico.
2
Olódùmarè: ser supremo
3
Òrun: céu
TEXTO 2
Anaxímenes de Mileto, filho de Eurístrates, compa-
JULIYA SHANGAREY/SHUTTERSTOCK
nheiro de Anaximandro, afirma também que uma só é a
natureza subjacente, e diz, como aquele, que é ilimitada,
não porém indefinida, como aquele (diz), mas definida,
dizendo que ela é ar. Diferencia-se nas substâncias, por
rarefação e condensação. Rarefazendo-se, torna-se fogo;
condensando-se, vento, depois, nuvem, e ainda mais,
água, depois terra, depois pedra, e as demais coisas (pro-
vêm) destas.
Simplício, Física. In: Os Pensadores, vol I – Pré-socráticos.
São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 57.
A questão sobre o princípio do mundo sempre resultou
em diversas respostas por toda a história. O Texto 1 tem As comunidades humanas criam identidades culturais
origem em povos da África Ocidental, enquanto o Texto que se manifestam nos mais variados aspectos, entre
2 trata de concepções surgidas na Grécia. Apesar de suas os quais religiões, esportes, atividades militares, artísti-
diferenças, as explicações oferecidas para o princípio do cas etc. Os indivíduos sentem necessidade de pertenci-
mundo têm em comum mento ao grupo e, para tanto, geram símbolos e mar-
A) a ausência de seres sobrenaturais no processo de sur- cas comuns. Esses símbolos, que podem incluir desde
gimento do mundo. tatuagens a uniformes e bandeiras, servem também para
B) a ideia de que elementos da natureza não fazem parte diferenciá-los dos outros, vistos como componentes es-
da criação. tranhos ao grupo.
C) a referência a elementos naturais que sofrem trans- As imagens e o texto sugerem que nas Ciências Sociais
formações. a Antropologia estuda, entre outros aspectos, respectiva-
D) uma origem divina para o primeiro movimento da mente a dicotomia entre:
criação. A) Rivalidade e solidariedade.
E) um relato místico com cenários e personagens fabu- B) Identidade e alteridade.
losos. C) Nacionalidade e direitos humanos.
D) Cooperação e violência.
95. Como relata Aristóteles, os pitagóricos começaram E) Racismo e etnocentrismo.
observando as razões numéricas das consonâncias mu-
sicais ou harmoniais e, ao encontrarem muitos pontos de 97. Na construção do pensamento sociológico contempo-
correspondência entre os números e o mundo, concluí- râneo, Émile Durkheim escreveu As regras do método
ram que “o céu todo é harmonia e número”. Esta noção sociológico, obra em que propõe o objeto de estudo por
de uma rede de ligações entre a música, a matemática excelência da Sociologia: o fato social. Para Durkheim,
e os fenômenos celestes, que é resumida na noção de esse conceito implica necessariamente que:
música das esferas, constitui um dos dois princípios fun-
A) Todo acontecimento histórico que marca a vida de
damentais do pensamento pitagórico.
uma sociedade ou de toda a humanidade.
KAHN, Charles H. Pitágoras e os pitagóricos –
uma breve história. São Paulo: Edições Loyola, 2007. p. 18. B) Fatos que ocorrem independentemente dos indivídu-
os, mas não afetam seu comportamento.
Os pitagóricos são classificados, junto a outros conjuntos C) Acontecimentos eventuais, mas que por serem ex-
de pensadores, como pré-socráticos. Como indica o tre- ternos às pessoas modificam suas formas de pensa-
cho, o pensamento grego do período é marcado pela(o) mento.
A) busca de explicações e correlações racionais para os D) Fatos externos aos indivíduos que se repetem ao lon-
fenômenos naturais. go de suas vidas e exercem coerção sobre seus com-
B) continuidade em relação ao período dominado pelas portamentos.
narrativas homéricas. E) Ações pessoais de líderes políticos, religiosos, perso-
C) separação da filosofia em relação a outros campos de nalidades científicas, artísticas etc. que marcam uma
conhecimento. época.
– 30 –
REPRODUÇÃO/UNESP, 2019
100. Diferentes formas de organizações sociais criadas pelos
seres humanos, como o escravismo, o feudalismo e o
capitalismo, foram conceituadas nas obras de Karl Marx
(1818-1883) como “modos de produção”. Dentre os ele-
mentos componentes deste conceito, cabe destacar o(a)
A) produção de bens agrícolas ou industriais por siste-
mas como a Plantation e o Fordismo.
B) meios de produção, como a terra e as máquinas,
como característica básica das sociedades.
C) inter-relação entre uma infraestrutura econômica e a
superestrutura jurídico-política.
D) divisão social do trabalho como única diferenciação
entre os tipos de modos de produção.
REPRODUÇÃO/UNESP, 2019 E) predomínio constante das religiões e ideologias sobre
as formas de produção material.
REPRODUÇÃO/<HTTP://WWW.MEOLLOCRIOLLO.COM/>
Em sociedades como a do Egito Antigo – de senhores
e escravos – ou dos feudos medievais europeus – de
nobres e servos –, as diferenças entre camadas sociais
eram bastante claras e justificadas pelas ideologias vi-
gentes. Já nas sociedades modernas e contemporâneas PALACIOS y NEVES. La peluqueria. Disponível em:
as diferenças se evidenciam pela distribuição de renda, http://www.meollocriollo.com/comic/la-peluqueria/.
posição na estrutura de produção, prestígio político, reli- Acesso em: 7 dez. 2019.
gioso etc. que, combinados, definem:
101. De acuerdo con la historieta, madre e hija están yendo
A) As relações entre as classes dominantes e classes su- a la peluquería. Marca la opción correcta cuanto a la
balternas na estrutura social. reacción de la niña al llegar al local.
B) A inexistência de classes sociais, principalmente pela A) La niña está triste porque van a cortar su pelo.
distribuição de renda igualitária. B) La niña está entusiasmada porque va a la peluquería.
C) O predomínio da classe média, cujo crescimento a C) Está nerviosa porque no le gusta cortar el pelo.
tornou majoritária. D) La niña está contradiciendo al peluquero.
D) O domínio individual sobre as ações de classes coleti- E) A la niña no le gustan los cortes de moda.
vas cada vez mais enfraquecidas.
E) O desaparecimento da consciência de classe presente 102. Observa que las palabras peluquería del primer cuadro
no escravismo e no feudalismo. de la historieta y frutería, del tercer cuadro, son
acentuadas porque
99. As noções de trabalho e de economia, além de intima-
mente ligadas, acabaram por gerar uma ciência correla- A) el acento recae sobre un diptongo y la vocal i es abierta.
cionada à Sociologia: a Economia Política. Hoje usamos B) son palabras agudas terminadas por vocal.
corriqueiramente o termo “economia”, seja no sentido C) son palabras esdrújulas terminadas por vocal.
D) el acento recae sobre la vocal cerrada de un hiato.
do não desperdício de recursos materiais, seja nos as-
E) son palabras con acento diacrítico.
pectos que interessam aos sociólogos para melhor com-
preender e explicar a sociedade.
103. De acuerdo con el texto la reacción de la mamá al llegar
Como conceito das Ciências Sociais, podemos entender a la peluquería dice que
Economia como:
A) está de acuerdo con las ideas de la niña.
A) Práticas exclusivamente voltadas para melhorar as B) le van a dejar con el cabello corto.
condições de vida dos trabalhadores. C) le van a cortar el pelo como lo de una uva.
B) Relação entre a concentração de riquezas e o poder D) le van a cortar las puntas del pelo.
político de elites sociais no Estado. E) apenas le van a colorear de uvita a su pelo.
– 31 –
Lee el texto y contesta las preguntas 104 y 105 A la hora de cocinar también es recomendable
Sencillos trucos para enfriar tu casa em verano descantarse por recetas más veraniegas reduciendo el
sin aire acondicionado uso del horno que sin duda subirá la temperatura de
la cocina. ¡Busca recetas frías! Si usas lo fogones no
REPRODUÇÃO/
<HTTP://WWW.DIARIOVASCO.COM/>
olvides encender la campana en la cocina para que salga
el calor.
APARICIO, Rossel. Sencillos trucos para enfriar tu casa en
verano sin aire acondicionado. El Diario Vasco, [S.l.],
17 jun. 2017. Disponível em: <http://www.diariovasco.com/
sociedad/201706/17/sencillos-trucos-paraenfriar-
20170617185523.html>. Acesso em: 18 jun. 2017.
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