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Uma experiência etnográfica acerca da religião de povos ciganos em diferentes

territórios

Rosa Maria de Aquino


Antropóloga e Professora da UFRPE
Meus primeiros contatos com os povos ciganos, do ponto de vista antropológico, se
deram pela leitura dos textos de Goldfarb (Memória e etnicidade entre os ciganos
Calon em Sousa-PB) e Blanes (Os Aleluias: ciganos evangélicos e música), e pelo acesso
a algumas comunidades por meio de duas pesquisas. Incitada pela leitura de Blanes,
visitei a partir de uma viagem de circunstância, a Igreja Evangélica Filadélfia Cigana, da
Brandoa, em Lisboa (Portugal). Enquanto a leitura de Goldfarb, associada à minha
apresentação a algumas comunidades - Ibiranga (Itambé) e Glória do Goitá -, pelo
Presidente da Associação de Ciganos de Pernambuco, me levaram à inserção nesse
Estado. Contei, ainda com a Professora Gabriela, da UFG, que intermediou entrevista
com um Pastor cigano da Igreja Filadélfia de Manresa, na Espanha. Acresço às minhas
iniciativas de abordagem, ciganas que transitavam regularmente entre os Estados de
Sergipe e de Pernambuco, por algumas praias das cidades de Jaboatão dos Guararapes
e Recife (antes da pandemia do COVID). Esses diálogos giraram em torno da religião
entre os povos ciganos. Nesse universo encontrei católicos, adeptos de Sara Kali e
cristãos evangélicos, em particular, neopentecostais. Esta comunicação discute as
semelhanças encontradas nos discursos e ações de ciganos evangélicos com quem
mantive contato nas diferentes localidades, com repercussão em algumas tradições
ciganas.

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