Revisoes de Poli e Fun Rac 2022 12 18

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Revisões sobre Polinómios e Funções Racionais - Ana Matos

(versão de 18/12/2022)

Funções racionais são funções que se podem escrever como quociente de dois polinómios.
O método geral para primitivar uma função racional consiste em efectuar a decomposição
da função racional numa soma de parcelas o mais simples possível - as fracções elementares,
eventualmente somadas com um polinómio - e seguidamente primitivar estas parcelas.

Para poder aplicar esse método é necessário recordar algumas noções básicas de polinómios.

Revisões de polinómios

Polinómio e grau de um polinómio

Um polinómio na variável x é uma expressão da forma

an xn + an−1 xn−1 + ... + a1 x + a0


onde, n ∈ N0 e a0 , a1 , ..., an são números reais.
Se an = 0, diz-se que o polinómio tem grau n. Se o polinómio for constante e não nulo,
o seu grau é 0.

• Os números a0 , a1 , ..., an são os coeficientes do polinómio.

• As parcelas an xn , an−1 xn−1 , a1x, a0 são os termos do polinómio, sendo a0 designado


por termo independente.

• O grau de um termo do polinómio é o expoente da variável x nesse termo.

Exemplo 1: Considerem-se os polinómios 2x3 + 2x2 , x2 + 2x + 1, x2 − 1, x − 1 e 1.

2x3 + 2x2 é um polinómio de grau 3


x2 + 2x + 1 e x2 − 1 são polinómios de grau 2
x − 1 é um polinómio de grau 1
1 é um polinómio de grau 0

O grau de um polinómio é o maior dos expoentes que surge nas suas potências de x; se o
polinómio for constante e não nulo, tem grau 0.

Notação: Sendo P (x) um polinómio, o seu grau representa-se por gr (P (x)) .

Nota: Sendo x uma variável que assume valores em R, um polinómio define uma função
real de variável real.

1
Observação: Potências de x que não sejam visíveis num polinómio têm o coeficiente nulo:

2x3 + 2x2 = 2x3 + 2x2 + 0x + 0 e x2 − 1 = x2 + 0x − 1.

O polinómio diz-se completo se os seus coeficientes desde o termo de maior grau até ao
termo independente (inclusive), forem diferentes de 0.
Por exemplo, os dois polinómios acima não são completos. Os polinómios x2 + 2x + 1 e
x − 1 são completos.

Nota: As função x + 1 e x12 + x + 2 não são polinómios pois, embora se possam escrever
1
na forma x 2 + 1 e x−2 + x + 2, tem-se que 12 ∈
/ N0 e −2 ∈/ N0 .

Dois polinómios P (x) e Q (x) dizem-se idênticos se os coeficientes dos termos do mesmo
graus são iguais; neste caso, escreve-se P (x) = Q (x).
Exemplo 2: Em cada caso, verifique-se se existem valores reais A, B e C de modo a que:
Ax2 + Bx + C = x2 + 3;
Ax2 + Bx + C = x3 + 2x2 + 3x + 1.
No primeiro caso existem, A = 1, B = 0 e C = 3. No segundo caso não existem, pois o
coeficiente do termo do grau 3 de x3 + 2x2 + 3x + 1 é 1 e de Ax2 + Bx + C é 0.
(Trata-se um exemplo de um caso mais geral: Ax2 + Bx + C tem no máximo grau 2 e
x3 + 2x2 + 3x + 1 tem grau 3 - polinómios com graus diferentes nunca são idênticos).
Operações com polinómios

• Soma de polinómios: somam-se os coeficientes dos termos do mesmo grau.

Por exemplo

2x2 − 1 + x2 + 3x + 2 = (2 + 1) x2 + (0 + 3) x + (−1 + 2) = 3x2 + 3x + 1

A soma de polinómios é comutativa e associativa.


Assim, pode-se simplesmente juntar os termos com o mesmo grau e depois somar os seus
coeficientes

2x2 − 1 + x2 + 3x + 2 = 2x2 + x2 + 3x − 1 + 2 = 3x2 + 3x + 1

• Multiplicação de um polinómio por um número real: multiplicam-se os coeficientes


do polinómio por esse número.

Por exemplo
3 x2 + 3x + 2 = 3x2 + 9x + 6

• Subtracção de polinómios: subtraiem-se os coeficientes dos termos com o mesmo grau


(o que é o mesmo que somar ao primeiro polinómio o segundo multiplicado por −1).

Por exemplo

2x2 − 1 − x2 + 3x + 2 = (2 − 1) x2 + (0 − 3) x + (−1 − 2) = x2 − 3x2 − 3

Pelas propriedades, pode-se simplesmente fazer

2x2 − 1 − x2 + 3x + 2 = 2x2 − 1 − x2 − 3x − 2 = 2x2 − x2 − 3x − 1 − 2 = x2 − 3x2 − 3


2
Multiplicação de polinómios: A multiplicação de polinómios tem uma definição mais
delicada.
No entanto, pode provar-se que a multiplicação de polinómios é comutatica, associativa e
distributiva relativamente à adição.
Assim, para multiplicar polinómios aplicam-se a propriedade distributiva, juntam-se os pro-
dutos de potências de x numa única potência e no fim somam-se os coeficientes dos termos com
o mesmo grau.
Por exemplo

x2 + 3 × x2 + 3x + 2 = x2 × x2 + 3x + 2 + 3 × x2 + 3x + 2 =
= x2 × x2 + x2 × 3x + x2 × 2 + 3 × x2 + 3 × 3x + 3 × 2
= x4 + 3x3 + 2x2 + 3x2 + 9x + 6 = x4 + 3x3 + 5x2 + 9x + 6

Na prática faz-se simplesmente

= x4 + 3x3 + 2x2 + 3x2 + 9x + 6 = x4 + 3x3 + 5x2 + 9x + 6

• Divisão

Sendo P (x) e Q (x) polinómios, em que o grau de P (x) é maior ou igual ao grau de Q (x)
e Q (x) não é nulo, existem polinómios C (x) e R (x) , únicos, tais que

P (x) = Q (x). C (x) + R (x) , com gr (R (x)) < gr (Q (x)) .


Dividendo Divisor Quociente Resto da divisão

A esta propriedade chama-se Regra da divisão.

Exemplifique-se, com a divisão de P (x) = 2x2 + 1 por Q (x) = x + 1.

Começa-se por escrever ordenadamente os dois polinómios, segundo potências decrescentes


de x.
Para uma mais fácil leitura, caso o polinómio tenha termos com coeficiente nulo, deve-se
deixar o espaço correspondente a esses termos.

2x2 + 1 x+1
2
−2x − 2x 2x − 2
−2x + 1
2x + 2
3 → tem o grau menor que Q (x) = x + 1, pelo que
este é o resto da divisão
Então,
2x2 + 1 = (x + 1) (2x − 2) + 3

3
Funções racionais
Chama-se função racional a qualquer função que se possa escrever na forma
P (x)
,
Q (x)
com P (x) e Q (x) polinómios.
A função racional diz-se própria se o grau de P (x) é estritamente menor do que o grau
de Q (x) e diz-se imprópria caso contrário.
Da Regra da Divisão resulta que:
P (x)
• Uma função racional imprópria pode sempre decompor-se como soma de um
Q (x)
polinómio e uma função racional própria.

De facto, sendo P (x) = Q (x) .C (x) + R (x) , com gr (R (x)) < gr (Q (x))
P (x) R (x)
= C (x) +
Q (x) Q (x) → C (x) é o divisor e R (x) é o resto
polin.
f. racional própria da divisão de P (x) por Q (x)

Esta decomposição é indispensável em muitas situações, nomeadamente para a primitivação.


2x2 + 1
Exemplo 3: Decomponha-se como soma de um polinómio e uma função racional
x+1
própria
Note-se que esta função racional é imprópria (pois o grau do numerador é maior do que o
grau do denominador).
Pela divisão feita acima,
2x2 + 1 = (x + 1) (2x − 2) + 3
logo
2x2 + 1 (x + 1) (2x − 2) + 3 3
= = 2x − 2 +
x+1 x+1 x+1
polin.
f. rac. própria
x
Exemplo 4: Decomponha-se como soma de um polinómio e uma função racional
x+3
própria.
Note-se que esta função racional é imprópria (pois o grau do numerador é igual ao grau do
denominador).
Faça-se a divisão do numerador pelo denominador:
x x+3
−x − 3 1
−3 → tem o grau estritamente menor que x + 3,
este é o resto da divisão
logo
x = (x + 3) × 1 − 3
x 3
= 1 −
x+3 x+3
polin.
f. rac. própria

4
Nota: Como este caso é muito simples, para obter a decomposição poder-se-ia ter feito
simplesmente
x x+3−3 x+3 3 3
= = − =1−
x+3 x+3 x+3 x+3 x+3

5x2 + x
Exemplo 5: Decomponha-se 2 como soma de um polinómio e uma função racional
x +1
própria.

5x2 + x x2 + 1
2
−5x −5 5
x−5 → tem o grau estritamente menor que x2 + 1,
este é o resto da divisão

pelo que
5x2 + x x−5
= 5+ 2
x +1
2 x +1
e está feita a decomposição.
Zeros de um polinónio e sua multiplicidade
Seja P (x) um polinómio de grau n, com n ≥ 1. Diz-se que a ∈ R é um zero de P (x)
(ou que a é uma raiz de P (x)), se
P (a) = 0.

Da Regra da Divisão, resulta que se a ∈ R é um zero de P (x) , então P (x) é divisível por
x − a (ou seja, o resto da divisão é zero).
Assim,

a ∈ R é um zero de P (x) ⇔ P (x) = (x − a) Q (x) , onde Q (x) é um polinómio

Pode-se provar que, se a ∈ R é um zero de P (x), então é possível escrever o polinómio P (x)
na seguinte forma:

P (x) = (x − a)k Q (x) , onde Q (x) é um polinómio tal que a não é zero de Q (x).

• A este valor k chama-se multiplicidade de a. Se k = 1, diz-se que a é um zero simples;


se k > 1, diz-se que a é um zero múltiplo.

Intuitivamente, a multiplicidade de a corresponde ao número de vezes que a é zero do


polinómio.
Como veremos a seguir, pode-se obter a multiplicidade de um zero a agrupando todas as
parcelas da forma x − a que surgem ao decompor o polinómio, o mais possível, como produto
de polinómios.

5
Observação 1: Pode-se provar que, sendo P (x) um polinómio de coeficientes reais com
grau n então:

• P (x) tem no máximo n zeros reais;


• a soma das multiplicidades de todos os seus zeros reais é, no máximo, n.

Observação 2: No entanto, se em vez de se considerarem apenas os zeros reais do polinómio


se considerarem os seus zeros no conjunto dos números complexos, C, pode-se provar que
qualquer polinómio de coeficientes reais com grau n maior ou igual a 1 tem zeros em C e a
soma das multiplicidades de todos os seus zeros é exactamente n.

Exemplo 6 Considere-se o polinómio P (x) = x2 + 1. Este polinómio não tem zeros reais.
De facto,
x2 + 1 = 0 ⇔ x2 = −1 → impossível em R

Exemplo 7 Considere-se o polinómio P (x) = x2 − 1.


Calculem-se os zeros de P (x) e a respectiva multiplicidade.

x2 − 1 = 0 ⇔ x2 = 1 ⇔ x = ±1

Os zeros deste polinómio são 1 e −1.

x2 − 1 = (x − 1) (x + 1)
Logo,

1 e − 1 são zeros simples do polinómio, ou seja, têm ambos multiplicidade 1.

Note-se que se poderia chegar à mesma conclusão usando o caso notável

a2 − b2 = (a + b) (a − b) .

De facto,

x2 − 1 = x2 − 12 = (x − 1) (x + 1)

Exemplo 8 Estudem-se os zeros P (x) = x3 + 2x2 + x e a respectiva multiplicidade.

x3 + 2x2 + x = x x2 + 2x + 1
Pelo caso notável
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2
tem-se que
x3 + 2x2 + x = x (x + 1)2
Assim, os zeros do polinómio são 0 e −1, mas 0 tem multiplicidade 1 e −1 tem multipli-
cidade 2.

Nota: Destaque-se deste exemplo que, quando o termo independente do polinómio é 0, é


útil colocar x em evidência.

6
Para calcular os zeros de um polinómio completo do 2o grau em geral é necessário usar a
fórmula resolvente.

Fórmula resolvente para polinómios do 2o grau



2 −b ± b2 − 4 × a × c
ax + bx + c = 0 ⇔ x =
2×a

Note-se que há três situações possíveis:

• b2 − 4 × a × c > 0 - o polinómio tem dois zeros reais com multiplicidade 1

• b2 − 4 × a × c = 0 - o polinómio tem um zero real, com multiplicidade 2

• b2 − 4 × a × c < 0 - o polinómio não tem zeros reais.

Os três exemplos que se seguem ilustram as três situações que se podem obter.

Exemplo 9: Estudem-se os zeros dos seguintes polinómios:


a) x2 + 2x − 3

√ √
22 +4×1×3
−2 ± −2 ± 16 −2 ± 4
x2 + 2x − 3 = 0 ⇔ x = ⇔x= ⇔x= ⇔
2×1 2 2
⇔ x = −3 ∨ x = 1 → o polinómio tem dois zeros reais, distintos

O polinómio tem dois zeros reais, ambos com multiplicidade 1:

x2 + 2x − 3 = (x + 3) (x − 1)
b) x2 − 2x + 1


2
2± (−2)2 − 4 × 1 × 1
2± 0
x − 2x + 1 = 0 ⇔ x = ⇔x=
2×1 2
x = 1 → o polinómio tem um único zero real

O polinómio tem um único zero real, com multiplicidade 2 :

x2 − 2x + 1 = (x − 1)2

(Conclusão a que se pode chegar pelo caso notável.)

c) x2 + 2x + 5
√ √
2 −2 ± 22 − 4 × 1 × 5 −2 ± 4 − 20
x + 2x + 5 = 0 ⇔ x = ⇔x=
2×1 2

−2 ± −16
x = → impossível em R
2
O polinómio não tem zeros reais.

7
Em geral, estudar os zeros de um polinómio de grau maior do que 2 é bem mais complexo
e poderá ser útil a Regra de Ruffini, para o que é necessário saber um zero do polinómio.

Exemplo 10:
a) Considere-se o polinómio x3 − x2 + x − 6. Sabendo que 2 é um zero do polinómio,
calcule-se os restantes zeros e a sua multiplicidade.

(x3) (x2 ) (x1 ) (x0 )


↓ ↓ ↓ ↓
1 −1 1 −6 → coeficientes do polinómio (por ordem decrescente de grau)
zero → 2 2 2 6
1 1 3 0 ← coeficientes de um polinómio de grau uma unidade abaixo

2
↓ ↓ (por ordem decrescente de grau)
(x ) (x1 ) (x0 )

Assim,
x3 − x2 + x − 6 = (x − 2) x2 + x + 3
Pela fórmula resolvente, como b2 − 4 × a × c = 12 − 4 × 1 × 3 = −11 < 0, conclui-se que
x2 + x + 3 não tem zeros reais .
Assim,

x3 − x2 + x − 6 tem uma única raiz real, 2, com multiplicidade 1.

b) Considere-se o polinómio P (x) = x3 − x2 − x + 1


Substituindo no polinómio, é fácil verificar que P (1) = 0, pelo que 1 é zero de P (x) .
Aplique-se a Regra de Ruffini:

1 −1 −1 1
1 1 0 −1
1 0 −1 0
Logo
x3 − x2 − x + 1 = (x − 1) x2 − 1
No entanto, 1 não é um zero simples do polinómio, pois ainda é zero de x2 − 1.
De facto,

x3 − x2 − x + 1 = (x − 1) x2 − 1 = (x − 1) (x + 1) (x − 1) = (x − 1)2 (x + 1)

O polinómio tem dois zeros, 1 e −1, o primeiro com multiplicidade 2 e o segundo com
multiplicidade 1.

8
Factorização de um polinómio
Eactorizar um polinómio consiste em decompo-lo, tanto quanto possível, como produto
de polinómios, juntando os factores que forem iguais.

Para a factorização é fundamental a determinação de eventuais zeros do polinómio.

Note-se que nos exemplos 7, 8 e 10 já foi feita a decomposição dos polinómios em causa (no
exemplo 6, o polinómio não pode ser factorizado, já está na forma mais simples).
Recuperem-se as duas alíneas do Exemplo 10:
Na alínea a), viu-se que
x3 − x2 + x − 6 = (x − 2) (x2 + x + 3)

polin. de grau 2
sem raízes reais

Como x2 + x + 3 é um polinómio de grau 2 sem raízes reais, não é possível decompô-lo mais
como produto de polinómios.
Na alínea b), viu-se que
x3 − x2 − x + 1 = (x − 1) x2 − 1

No entanto, o polinómio ainda não estava factorizado, pois x2 − 1 tem zeros reais, pelo que
este polinómio ainda pode ser factorizado:
x2 − 1 = (x − 1) (x + 1)

Logo,
x3 − x2 − x + 1 = (x − 1) x2 − 1 = (x − 1) (x + 1) (x − 1) = (x − 1)2 (x + 1)

• Um polinómio Q (x) está factorizado quando estiver decomposto como produto de parcelas
da seguinte forma:
- constantes
factores correspondentes a zeros reais,
- factores da forma (x − r)s , c/ s ∈ N → s é a multiplicidade do zero r

factores correspondentes
- factores da forma (x2 + bx + c)k , c/ k ∈ N → a polinómios de grau 2
sem zeros reais
em que se agruparam as parcelas iguais (correspondentes ao mesmo zero real ou ao mesmo
polinómio de grau 2 sem zeros reais).

• Então, Q (x) fica escrito na forma

k1
Q (x) = a × (x − r1)s1 × · · · × x2 + b1 x + c1 × ···
constante
factores corresp. factores correspondentes
aos zeros reais a polinómios de grau 2
sem zeros reais

Pode-se provar que qualquer polinómio de grau maior ou igual a 1 pode ser decomposto nesta
forma (o que não quer dizer que esse processo seja simples).
9
Observação 1: Ao factorizar um polinómio a partir dos seus zeros não nos podemos
esquecer de multiplicar pelo coeficiente do termo de maior grau.
Por exemplo, factorize-se o polinómio 2x2 − 8:

2x2 − 8 = 0 ⇔ 2x2 = 8 ⇔ x2 = 4 ⇔ x = ±2
Logo
2x2 − 8 = 2 (x − 2) (x + 2)

É um erro muito frequente, ao factorizar um polinómio em que o coeficiente do termo de


maior grau não é 1, o esquecimento de multiplicar por este coeficiente (em particular, quando
se aplica a fórmula resolvente para calcular os zeros de um polinómio de grau 2).

Observação 2: Os três casos notáveis (dois dos quais já foram usados atrás) são muito
úteis na factorização de polinómios, por permitirem factorizar rapidamente algumas parcelas.

Casos notáveis

(a + b)2 = a2 + 2ab + b2 → quadrado da soma


(a − b)2 = a2 − 2ab + b2 → quadrado da diferença
a2 − b2 = (a + b) (a − b) → diferença de quadrados

Exemplo 11: Factorizem-se os seguintes polinómios, usando os casos notáveis:


a) x2 + 6x + 9
x2 + 6x + 9 = x2 + 2 × 3 × x + 32 = (x + 3)2
b) x2 − 4x + 4
x2 − 4x + 4 = x2 − 2 × 2 × x + 22 = (x − 2)2
c) 2x2 − 8

2x2 − 8 = 2 x2 − 4 = 2 x2 − 22 = 2 (x + 2) (x − 2)

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