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Relatorio 1 - Ana, Carol, Cristian, Jacqueline e Loise
Relatorio 1 - Ana, Carol, Cristian, Jacqueline e Loise
EXPERIMENTO Nº 1
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE DIFUSÃO MÁSSICA
Foz do Iguaçu
2018
OLIVO, Ana Paula; da SILVA, Caroline Machado; GODOY, Cristian Acker; BERNARDI,
Jacqueline Hahn; KRAMER, Loise Rissini. Determinação do coeficiente de difusão mássica.
2018. 17 p. Relatório de Aula Prática (Graduação em Engenharia Química) – Universidade
Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2018.
RESUMO
P Pressão [Pa]
L Altura de líquido [m]
PA,0 Pressão de vapor na interface [Pa]
PA,L Pressão de vapor na altura L [Pa]
yA,0 Fração de molar de A na interface [Adimensional]
yA,L Fração de molar de A altura L [Adimensional]
j̅A Fluxo molar de A [kmol/s.m²]
𝜈𝐴𝐵 Velocidade de difusão [m/s]
𝑀𝐴 Concentração molar de A [kmol/m³]
𝑁𝐴̇ Taxa de transferência de massa [kmol/s]
DAB Coeficiente de difusão [m²/s]
𝐶𝐴 Concentração de saturação na interface [kmol/m³]
𝐶𝑇 Concentração total [kmol/m³]
L Distância efetiva de transferência de massa [m]
CB Concentração média logarítmica da fase vapor [kmol/m³]
𝜌𝐴 Massa especifica de A [kg/m³]
MM Massa molar de A [kg/kmol]
dL/dt Variação da altura do fluido com o tempo [m/s]
L0 Altura inicial de A [m]
R Constante universal dos gases [m³Pa/kmol.K]
T Temperatura [K]
PA Pressão que A exerce no sistema [Pa]
𝑃𝐴𝑠𝑎𝑡 Pressão de vapor de A [Pa]
t Tempo [s]
b Coeficiente linear [adimensional]
a Coeficiente angular [adimensional]
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 REVISÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 6
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 10
3.1 VIDRARIAS, MATERIAIS E REAGENTES ......................................................... 10
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................... 10
3.3 ANÁLISE DE DADOS............................................................................................. 10
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................................... 11
5 CONSIDERAÇÕES FINAS E SUGESTÕES ................................................................... 15
REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 16
APÊNDICES ........................................................................................................................... 17
APÊNDICE A – DADOS EXPERIMENTAIS ............................................................... 17
APÊNDICE B – MEMÓRIA DE CÁLCULO ................................................................ 17
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO TEÓRICA
Se o gás no topo do tanque não está saturado, a pressão do vapor na interface será
maior que a pressão do vapor no topo do tanque (PA,0 > PA,L, portanto, yA,0 > yA,L, segundo a
Lei de Raoult). Essa diferença de pressão é a força motriz para a transferência de massa, que
conduzirá o vapor para cima a partir da interface ar-líquido para o gás em estagnação. O
escoamento ascendente do vapor será sustentado pela evaporação do líquido na interface. Sob
condições permanentes, o fluxo molar do vapor através do gás em estagnação se mantém
constante, conforme a equação 1:
j̅A = 𝜈𝐴𝐵 𝐶𝐴 = constante (1)
onde j̅A é o fluxo molar (kmol/s.m²), 𝜈𝐴𝐵 a velocidade de difusão (m/s) e CA a concentração de
A (kmol/m³). É mais conveniente trabalhar com frações molares ou concentrações molares
nesse caso, em vez das frações de massa ou densidades, que não são constantes (ÇENGEL,
2012).
Para a determinação experimental do coeficiente de difusão, aplicando o método de
Winklemann´s, parte-se da seguinte equação de taxa de transferência de massa
(GEANKOPLIS, 2008):
𝐶𝐴 𝐶𝑇 (2)
𝑁𝐴̇ = 𝐷𝐴𝐵 ( )
𝐿𝐶𝐵
na qual DAB é o coeficiente de difusão (m²/s), CA a concentração de saturação na interface
(kmol/m³), L a distância efetiva de transferência de massa (m), CB a concentração média
logarítmica de fase vapor (kmol/m³) e CT a concentração total (kmol/m³).
Para baixos valores de evaporação, como o caso da célula de Stefan, pode-se utilizar
a seguinte equação de taxa de evaporação (Geankoplis, 2008):
𝜌𝐴 d𝐿 (3)
𝑁𝐴̇ = ( )
𝑀𝑀 d𝑡
onde 𝜌𝐴 é massa específica de A (kg/m³), MM a massa molar de A (kg/kmol), e dL/dt é a
variação da altura do fluido com o tempo (m/s).
Igualando as equações (2) e (3):
𝐶𝐴 𝐶𝑇 𝜌𝐴 d𝐿 (4)
𝐷𝐴𝐵 =( )
𝐿𝐶𝐵 𝑀𝑀 d𝑡
Resolvendo a equação diferencial ordinária pelo método de variáveis separáveis:
𝐿 𝑡
𝐶𝐴 𝐶𝑇 𝑀𝑀 (5)
∫ 𝐿𝑑𝐿 = ∫ 𝐷𝐴𝐵 𝑑𝑡
𝐿0 0 𝐶𝐵 𝜌𝐴
𝐶𝐴 𝐶𝑇 𝑀𝑀 (6)
𝐿2 − 𝐿20 = 2𝐷𝐴𝐵 𝑡
𝐶𝐵 𝜌𝐴
8
Sabe-se que a concentração de um gás ideal pode ser determinada pela lei doas
gases ideais:
𝑃 (7)
𝐶𝑇 =
𝑅𝑇
e pela Lei de Raoult tem-se:
𝑃𝐴 = 𝑦𝐴 𝑃 (8)
Logo CA/C pode ser escrita da seguinte forma:
𝐶𝐴 /𝐶𝑇 = 𝑃𝐴𝑠𝑎𝑡 /𝑃 (9)
A concentração média logarítmica de fase vapor é calculada conforme a equação
(10) (GEANKOPLIS, 2008).
𝐶𝐵1 − 𝐶𝐵2 (10)
𝐶𝐵 =
𝐶
ln(𝐶𝐵1 )
𝐵2
Tabela 1 - Valores da literatura dos parâmetros necessários para o cálculo do coeficiente de difusão do éter.
T P Coeficiente de difusão
Literatura consultada
(°C) (atm) mássica éter-ar (cm²/s)
(INCROPERA et al., 2007) 25 1 0,0896
(Wilke and Lee apud LEE & BARROW, 2015) 25 1 0,0879
(Chen and Othmer apud LEE & BARROW, 2015) 25 1 0,0876
(GSI ENVIRONMENTAL) - - 0,074
Além disso, existem outros modelos teóricos para a determinação dos coeficientes
de difusão, para aplicações especificas, como a relação de Gilliland, que é aplicado a sistemas
gasosos binários de hidrocarbonetos, para pressões de até 3,3MPa. Já em sistemas contendo
moléculas apolares, com pressões maiores de 1MPa, aplica-se a relação de Chapman-Enskog.
10
3 MATERIAIS E MÉTODOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
15000
10000
L1²-L0² (mm²)
5000
L1²-L0²
L2²-L0²
L3²-L0²
0
Pode-se confirmar pela Figura 3 que existe uma relação linear entre o tempo e a
diferença dos quadrados das alturas nos três experimentos. Esse fato é reiterado por valores
estatísticos, observados na Tabela 4.
Pode-se notar na Tabela 5 que os valores obtidos foram similares, com uma ligeira
discrepância no valor obtido no experimento 2. Esse fato pode ser explicado pois o tubo de
ensaio desse experimento se encontrava no meio dos outros dois, o que possivelmente dificultou
sua difusão. Além disso, os tubos 1 e 3 se encontravam nas extremidades do suporte estando
mais expostos as condições do ambiente, como temperatura, pressão e umidade, enquanto que
o tubo 2 não sentia tanto essas variáveis, por estar entre os outros dois.
O coeficiente experimental de difusão mássica do éter dietílico em ar pode ser
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comparado com a literatura (Tabela 2), obtendo erro relativo conforme se observa na Tabela 6.
Mas antes de realizar as comparações, deve-se levar em conta que o experimento não foi
realizado em um ambiente controlado, comprovado pelas variações na temperatura do éter
(Apêndice A), além de outros fatores como o funcionamento aleatório do ar condicionado, que
por vezes resultava em fluxo de ar frio sobre o experimento e alterações ambientas
consideráveis que ocorreram durante os três dias de experimento.
Tabela 6 – Comparação entre os valores da literatura e o valor experimental do coeficiente de difusão mássica
de éter em ar.
Apesar dos erros experimentais envolvidos, a Tabela 6 permite notar que o valor
obtido experimentalmente se encontra próximo dos valores disponíveis na literatura, sendo mais
próximo do valor encontrado em catálogo de reagente. Entretanto, no catálogo não estão
descritas as condições nas quais o valor se aplica. Contudo, pelas outras informações
disponíveis no catálogo acredita-se que esse fornecedor considera uma temperatura entre 20°C
e 25°C e pressão de 1 atm, o que compactua com as condições em que o presente experimento
foi executado, com temperaturas variando entre 21,2°C e 23,9°C.
Quanto aos valores que apresentaram maior erro relativo, nas referências talvez não
tenha sido utilizado um éter com a mesma pureza do usado experimentalmente (99,0%). Além
disso, pode ter sido aplicada uma metodologia diferente com outros erros envolvidos, e também
com condições mais controladas de ambiente. Entretanto, cabe ressaltar que a temperatura
considerada para esses valores é de 25°C, enquanto que a temperatura média do experimento
foi de 23,1°C, ou seja, a discrepância entre a literatura e o valor experimental pode ser devido
a diferença de temperatura, pois o coeficiente de difusão mássica aumenta com a temperatura.
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REFERÊNCIAS
BIRD, R.B., STEWART, W.E., e LIGHTFOOT, E.N. Fenômenos de Transporte. 2ª ed. Rio
de Janeiro: LTC, 2004.
LEE, B. Y.; BARROW, H. Diffusion Coefficientes of Some Organic and Other Vapors in
Air. , v. I, n. 1960, p. 1–16, 2015.
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APÊNDICES
Data Horário Tempo (min) T (°C) T (K) L1 (t) (mm) L2 (t) (mm) L3 (t) (mm)
15/ago 13:50 0 23,8 296,95 25 25 31
15/ago 14:21 31 23,9 297,05 29 27,5 34
15/ago 14:55 65 23,2 296,35 31 30 36
15/ago 15:30 100 23,9 297,05 33 32 38
15/ago 16:00 130 23,8 296,95 35 34 40
15/ago 16:38 168 23,8 296,95 38 37 42
15/ago 17:00 190 23,5 296,65 40 38 44
16/ago 10:13 1223 23,9 297,05 77 76 80
16/ago 14:42 1372 21,2 294,35 83 84 86
16/ago 16:46 1496 22,7 295,85 88 88 91
17/ago 08:02 2412 21,4 294,55 107 107 109
17/ago 17:04 2954 22,2 295,35 118 117 119