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CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFAEMA

Mecânica dos Solos

1 Mecânica dos Solos

Docente:

Prof. Esp. Bruno Dias de Oliveira

ARIQUEMES- RO
CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFAEMA
Mecânica dos Solos

2
FASES DO SOLO

ARIQUEMES- RO
CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIFAEMA
Mecânica dos Solos

O solo é um componente essencial no ecossistema


terrestre.
3

O solo vem sendo transformado juntamente às


modificações por milhares de anos da crosta terrestre.
Trata-se de um sistema aberto, que troca materiais com
outros sistemas e elementos, sendo composto por
elementos sólidos, líquidos e gasosos.
FASES DO SOLO

 O solo é constituído por três fases: sólida, líquida e


gasosa:

 A fase sólida: é constituída pelo material parental


(rocha) local ou transportado e material orgânico,
originário da decomposição vegetal e animal.
FASES DO SOLO

 Fase líquida: a água ou a solução do solo (elementos


orgânicos e inorgânicos em solução).

 Fase gasosa: de composição variável, de acordo com


os gases produzidos e consumidos pelas raízes das
plantas e dos animais (CO2 e O2).
FASES DO SOLO
FASES DO SOLO

 Dependendo da espécie mineralógica que deu origem e


dos mecanismos de intemperismo e transporte, o solo
apresenta diferentes conteúdos das frações: areias, siltes
ou argilas.
Composição do solo - Fase sólida

Solo
Areia Silte Argila
2 mm 0,05 mm 0,002 mm
Macro
Moléculas
Por esse motivo, dizemos
que o solo é considerado
AREIA
um sistema trifásico, no SILTE
ARGILA
entanto, as proporções de
cada elemento que o
constitui variam, Minerais
Textura e matéria
principalmente de acordo orgânica
com a natureza ou tipo do
solo. Água Ar
Importância:

é uma das características mais estáveis do solo

influencia o comportamento físico do solo

desenvolvimento das plantas  disponibilidade de


água e penetração das raízes

fluxo e a qualidade da água superficial e subsuperficial

retenção de elementos tóxicos


ESTRUTURA

 A textura influencia a formação da estrutura

 A estrutura é que determina o arranjo de poros


no solo

 É nos poros do solo que circulam os fluídos: ar e


água
ESTRUTURA Laminar
Laminar

Colunar
Colunar
•Há vários tipos de estrutura.
•Dependendo do tipo de estrutura, podemos Prismática
Prismática
inferir processos que ocorrem no solo
•A estrutura é uma propriedade bastante Blocos
Blocos
angulare s
angulares
dinâmica do solo (pode ser modificada). A
textura é uma propriedade bastante estável Blocosres
Blocos
subangula
subangulares
do solo. r
Granula
Granular
Horizontes

 Os horizontes são identificados por letras e vão se


diferenciando cada vez mais da rocha mãe à medida
que aumenta sua distância em relação a ela.

 Ao processo que origina os solos e seus horizontes dá-se o


nome de pedogênese.
As camadas do solo
Horizonte O: camada orgânica
superficial;
Horizonte A: formado de fragmentos de
rocha, matéria orgânica e húmus;

Horizonte B: camada mineral pobre em


matéria orgânica, rica em compostos de
ferro e minerais resistentes, como o
quartzo;

Horizonte C: camada mineral pouco


ou parcialmente alterada;

Horizonte R: rocha matriz, não


alterada que deu origem ao solo.
Horizontes
 Os horizontes O, A e B são os mais importantes
para a agricultura dada a sua fertilidade: quanto
maior a disponibilidade equilibrada de certos
elementos químicos, como o potássio, o
nitrogênio, o sódio, o ferro e magnésio, maior é
sua fertilidade e seu potencial de produtividade
agrícola. Esses horizontes também são importantes
para o ecossistema, por causa da densidade e
variedade de vida em seu interior, (por Ex.:
formigas, minhocas e microrganismos).
A formação do solo
É Importante saber que:

Intemperismo 1 centímetro
São mudanças de solo leva
sofridas na rocha cerca de 100
matriz pela ação a 400 anos
de chuva, vento para se
variação de formar.
temperaturas
etc.
POROSIDADE
 É o espaço existente entre as partículas sólidas
e entre os agregados do solo:

 Macroporos - diâmetro  0,06 mm


 Microporos - diâmetro  0,06 mm
Importância dos poros no solo:

Movimento e suprimento de água solo


Erodibilidade
Aeração
Resistência à penetração de raízes
Resistência e estabilidade de aterros
Suporte às obras civis
Deslizamento de encostas
Ar
20 a 30%
Minerais
Espaço
Poroso 45%
Sólidos
Sólidos do solo
Água do solo
20Água
a 30%
20 a 30% Mat. Org.
Mat.
5% Org.
5%
AMPLIAÇÃO MICROSCÓPICO
Tomografia Computadorizada
Solo arenoso É aquele que contém
mais areia na sua
composição, o que lhe
confere uma maior
permeabilidade, pois
os grãos de areia são
maiores, permitindo
que a água seja
absorvida com mais
facilidade que outros
tipos de solo, porém
mais sujeito à erosão.
Solo argiloso O solo argiloso é constituído
de mais de 30% de argila com
relação a outras partículas
sólidas. Suas partículas são
finas, por isso é menos
permeável, ou seja, não
permite que a água passe com
facilidade. Fica facilmente
encharcado no período
chuvoso; quando seco, fica
mais compacto e sua
porosidade diminui, e a
consequência é o solo ficar
menos arejado, costumando
Imagem: Cadeia de argila em Gamboa, Ilha de Tinharé, Bahia/ Eduardo rachar.
P/ Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
Exemplos de solo argiloso
A Terra Roxa

- Cor avermelhada;
- Origem na decomposição de
rochas basálticas;
- Muito utilizados na agricultura
para plantação de café,
algodão, laranja e também
cana-de-açúcar.
Imagem: Cafezal Faz Letreiro/ José Reynaldo da Fonseca/ GNU
Free Documentation License
Exemplo de solo argiloso
Massapê
O massapê é tipo de solo argiloso
que ocorre no litoral do Nordeste
brasileiro.
Decomposição de rochas do tipo
gnaisse e calcárias de tonalidade
escuras.
Apropriada para o plantio da cana-
de-açúcar.

Imagem: Canaviais Sao Paulo 01 2008 06/ Mariordo/ Creative


Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported
Solo humífero • É um solo rico em húmus
tanto de origem vegetal,
como raízes e folhas, quanto
de origem animal, derivados
da matéria orgânica que foi
reciclada pelos agentes
decompositores do solo
como fungos e bactérias.
• Exemplo conhecido é o
húmus produzido pela
minhoca.
• Solo de cor escura também
O solo humífero possui cerca de conhecido como terra preta,
10% a mais de húmus que os muito utilizado na agricultura
outros solos. Rico em sais por ser rico em nutrientes
minerais, bastante poroso e de
para as plantas.
boa aeração.
Solo calcário

O solo calcário tem origem nas


rochas sedimentares que contêm
sedimentos de ossos de animais
mortos, e conchas abandonadas por
moluscos que, ao se decomporem,
deixam o solo rico em carbonato de
cálcio. Esse solo tem 30% a mais de
calcário. Dele é retirada a matéria
prima para o cal e o cimento.
Imagem: FiloesIgneos/ CorreiaPM/ Public Domain
O Solo lixiviado

Solo lixiviado
É todo solo que teve seus
nutrientes levados pela Lixiviação
grande precipitação de
chuva, ou seja, sofre
Nome dado ao processo de
lixiviação. Literalmente é extração de substâncias
aquele solo que foi lavado presentes em componentes
pelas águas da chuva ficando sólidos por meio da
pobre em Potássio e dissolução em um líquido.
Nitrogênio.
Infiltração e movimento da água no solo
chuva

transpiração evaporação (interceptação)

evapotranspiração

evaporação infiltração escoamento


superficial
Zona de
Zona de percolação Raízes
Aeração
(não saturada) capilaridade
fluxo ascendente
lençol freático
Zona de
fluxo de base
Saturação

rocha

drenagem
profunda
Zona saturada e zona não saturada do solo
Zona não saturada  armazenamento de água e posterior
disponibilização para as plantas
Zona saturada  abastecimento e percolação da água
subterrânea e dos mananciais
Infiltração
evaporação

Interface
solo/atmosfera
Zona não saturada
fluxo ascendente

Zona saturada
Atividade 01
Por que precisamos classificar os solos?

Quais os métodos de se classificar o solo?

Qual processo para identificar o solo no campo?

Qual processo para coleta de solo? Qual NBR corresponde a esse


procedimento?

Exemplifique o procedimento para se realizar a caracterização do


solo, conforme NBR!

Descreva o método de realizar o ensaio de compactação de solo


conforme NBR!
Ascenção capilar

adesã
adesã
coesão

o
o

gravidad
e
Ascensão capilar decorrente do desenvolvimento de tensões superficiais e das
forças de adesão entre os átomos da água e a superfície sólida
Água no solo

⚫Existem outras forças atuando sobre a água no


solo, além da gravidade;

⚫Por isto, nem sempre a água vai “para baixo”

⚫Dentre estes forças, a capilaridade é a mais


importante em solos não saturados.
Forças atuando no movimento da água no solo

 Força da Gravidade (Potencial Gravitacional):

 Depende principalmente da posição da partícula de água


dentro do campo gravitacional (percolação).
Forças atuando no movimento da água no solo

 Força de capilaridade (Potencial matricial):

 Solo saturado: pressão que a coluna de fluido exerce sobre


um dado ponto (poro-pressão positiva).

 Solo não saturado: força de adesão da água nas partículas


sólidas.
Forças atuando no movimento da água no solo

 Decorrente de diferenças na composição química da água


do solo (sais minerais, substâncias orgânicas).
Estado de energia da água no solo
• Solo saturado:
– a água pode fluir ou percolar pelos poros do solo
– potencial gravitacional
– Água gravitacional
• Solo seco:
– A água fica retida nas partículas sólidas por forças de adesão
superficial
– Potencial químico ou osmótico – atração de íons à superfície das
partículas sólidas
– Água adsorvida
– Só é removida com solo seco em estufa
• Solo não saturado
– Situação mais comum
– Potencial matricial ou mátrico (relativo à matriz sólida)
– Água capilar
Estado de energia da água no solo
• Solo saturado:
– a água pode fluir ou percolar pelos poros do solo
– potencial gravitacional
– Água gravitacional
• Solo seco:
– A água fica retida nas partículas sólidas por forças de adesão
superficial
– Potencial químico ou osmótico – atração de íons à superfície das
partículas sólidas
– Água adsorvida
– Só é removida com solo seco em estufa
• Solo não saturado
– Situação mais comum
– Potencial matricial ou mátrico (relativo à matriz sólida)
– Água capilar
Água Disponível: CC e PMP
Após a chuva ou irrigação, a infiltração cessa e a água se redistribui dentro do perfil
principalmente pela influência do potencial gravitacional.
A umidade do solo na qual a
redistribuição praticamente cessa
é denominada capacidade de campo
(CC), ou seja, é a umidade que o solo
consegue sustentar sob a ação da
gravidade.
Em laboratório, CC corresponde a
umidade da amostra de solo
previamente saturada, submetida a
uma pressão de -33kPa (ou -6 ou - Capacidade de
10 kPa). Saturação
Campo
Apesar de arbitrário, este conceito Todos os poros
é considerado por muitos como um estão cheios de Apenas os
água. A água macroporos estão
critério prático e útil para o limite ocupados por ar.
gravitacional é
superior de água que um solo pode perdida.
reter.
Água Disponível: CC e PMP
A água perdida pelas plantas por
transpiração deve ser Água
Disponível
constantemente reposta pela (CC – PMP)
extração da água do solo.
Quando a planta não consegue mais
retirar a água do solo, as folhas
perdem a turgidez e a planta
murcha.
O ponto de murcha permanente
(PMP) é definido como a umidade do Ponto de
Capacidade Murcha
solo na qual uma planta não mais de Campo Permanente
recupera a turgidez (mesmo quando Apenas os Não há mais água
colocada em atmosfera saturada macroporos disponível para as
estão ocupados
por 12 horas). por ar.
plantas (apenas
umidade residual)
Medição do Potencial de
Água no Solo
Métodos indiretos:

• Medindo-se a umidade e obtendo-se o potencial através da curva de


retenção característica do solo

Métodos diretos:

• Tensiômetros (0 até -85 kPa)

• Baseados na condutividade elétrica (entre -100 e -1500 kPa)


Tensiômetro
É um tubo cilíndrico, geralmente de PVC, com uma
cápsula porosa instalada em um extremo.

A cápsula porosa, geralmente de cerâmica, tem poros tão


finos que eles permanecem saturados nos potenciais de
pressão encontrados em condições de campo.

A cápsula está em contato íntimo com o solo, e o interior do


tubo é completamente cheio de água.

A diferença de pressão entre a cápsula porosa e o solo é


transmitida para o tubo do tensiômetro.
Blocos Porosos
Dois eletrodos envolvidos por um bloco de gesso ou nylon medem
a condutividade elétrica, que tem relação com o potencial de
água no solo (necessitam calibração).

Não são adequados para solos salinos, já que o conteúdo de sais


afeta a calibração do bloco.

Podem ser usados sob tensão bem maior que os tensiômetros, e são
mais sensíveis em potenciais mais negativos (solos muito secos).

Não tem boa precisão em potenciais próximos a zero (umidade


próximo à saturação).
Câmara de Richards (Laboratório)
O sistema consta de panela de pressão, placa cerâmica

porosa e equipamentos de produção e controle de pressão,

podendo usar tanto amostras indeformadas como

deformadas.

Trabalham com pressões entre -10 e -1500 kPa As amostras

(úmidas) são pesadas logo após serem submetidas a uma

pressão negativa pré-determinada e, em seguida, são secas

em estufa para determinar o conteúdo de água da amostra.


Conceito de tensão

Qualquer ponto no interior da composição do solo está


sujeito a esforços devido ao peso próprio. Além
daqueles desempenhados pela ação de forças externas.
Estes esforços transformam-se em estados de tensão
normal e cisalhante, que variam em função do plano
considerado, ou seja, tensão é uma força aplicada em
uma área
Força (carga): grandeza física externa ao objeto, que
tende a tirar um corpo de seu estado de inércia (N).
Tensão em solos

O solo é um sistema trifásico constituído por:


• Sólidos: quando qualquer secagem do solo não implica em
variação de volume.
• Plástico: o material possui comportamento plástico,
deformável.
• Liquido: quando não possui forma definida, a resistência
ao cisalhamento é nula, o solo tem aparência fluida ou de
lama.
Delimitando-as foram definidos 3 teores de umidade, o limite
de contração (LC), o limite de plasticidade (LP) e o limite de
liquidez (LL).
Permeabilidade da água
A água ocupa a maior parte ou a totalidade dos vazios do
solo. Submetida a diferenças de potências, a água se desloca
no seu interior. Nesse caso a percolação se resume em 3
problemas práticos:

• No cálculo das vazões (como por exemplo, na estimativa da


quantidade de água que se infiltra em uma escavação).
• Na análise de recalques (pois está relacionado com a
diminuição do índice de vazios, decorrentes da expulsão de
água.
• Estudos de estabilidade, pois as tensões resistentes do solo
dependem da tensão da água.
Pressões devidas ao peso próprio do solo

Principal causador de tensão no solo é ele mesmo, o


peso próprio causa a principal tensão dentro de um
solo através do peso que uma partícula exerce sobre
a outra, ou seja, dentre duas componentes que temos
que é a tensão normal e a tangencial, a última não vai
influenciar nos cálculos de pressões devidos ao peso
próprio.
Modalidades de deformação

As tensões provocam alterações nas posições de


cada ponto, ou seja, deformação do “meio”.
Tensões normais: ocasionam uma compressão das
camadas (variando o volume e afetando muito pouco
a forma do maciço, sendo responsáveis pelos
recalques das estruturas.
Tensão de cisalhamento: produzem o escoamento
plástico (alterando a forma), podendo conduzir a
ruptura do maciço.
Princípio da tensão efetiva
Terzaghi estabeleceu que a tensão transmitida pelos contatos
entre as partículas seria chamada de tensão efetiva:
O conceito de tensão, pressupõe a adoção de um plano que
intercepta grãos e vazios. Em caso de solo saturado (solo acima
da umidade ótima) uma parcela da tensão normal será transmitida
aos grãos ( ) e outra parte será transmitida para água (U). Por
outo lado, a tensão de cisalhamento será transmitida
exclusivamente para a fase sólida, uma vez que a água não
resiste a tensão cisalhante, (sempre que existir deformação o
posicionamento dos grãos muda e consequentemente a tensão
efetiva também muda.
continuação
A resistência do solo é controlada pela tensão efetiva maiores níveis de
tensão efetiva (tensões normais entre os grãos do solo) fornecem ao
solo maior capacidade de resistir a tensões cisalhantes.
Solos não resistem a tensão de tração, por isso a tensão efetiva não
pode ter valores negativos. Por outro lado, a poropressão pode ser
positiva ou negativa (sucção).
O conceito de tensão efetiva só é valido para a tensão normal, uma vez
que a tensão de cisalhamento não é transferida através da água, de
modo a ser efetiva. A tensão total é determinada através de
ferramentas básicas de mecânica dos solos, sendo a tensão efetiva
determinada como a diferença entra a tensão total e a pressão neutra:
).
Compressibilidade de áreas permeáveis
O adensamento de uma camada de solo se dá a rigor, através
de um processo tridimensional de escoamento d’água com
variações das dimensões da massa do solo em todas as
direções.
Em caso de terrenos muito permeáveis, como areias e
pedregulhos, o processo de adensamento se apresenta
diferente, pois a pressão efetiva é praticamente sempre igual à
pressão aplicada e, como consequência, as deformações se
produzem de maneira muito rápida. Estas deformações se
explicam devido ao fato de um reajuste de posição das
partículas de solo.
Continuação

Já no caso da camada de argila, e conforme sua variação de


altura, que se denomina compressão primária ou
adensamento, representa apenas uma fase particular da
compressão. Além desta, consideram-se ainda a compressão
inicial ou imediata: a qual se atribui a uma deformação
instantânea da fase gasosa, quando existir.
E a pressão secundária, também chamada “efeito secundário
do adensamento”, se explica como uma compressão do
esqueleto sólido formado pelas partículas do solo.
Continuação

Tanto os efeitos devido a compressão inicial como os


ocasionados pela compressão secundária, são em geral
negligenciados na prática, os primeiros em virtude do seu
pequeno valor, e os outros por serem muito atenuados pela
extrema lentidão com que as deformações ocorrem, muito
embora a compressão secundária seja as vezes responsável
por uma apreciável fração de recalque total.
Continuação
Admitem-se as seguintes hipóteses simplificadoras:
• A camada compressível tem espessura constante, é
lateralmente confinado, e o solo que a constitui é homogêneo;
• Todos os vazios estão saturados d’água;
• Tanto a água como as partículas sólidas são incompressíveis;
• O escoamento da água obedece a lei de DARCY (com
coeficiente de permeabilidade constante) e se processa
unicamente na direção vertical;
• Uma variação na pressão efetiva no solo causa uma variação
correspondente no índice de vazios.
Continuação
As forças aplicadas são transmitidas de partícula a partícula de
forma complexa conforme o tipo de mineral. Em casos de partículas
maiores, onde as 3 dimensões ortogonais são aproximadamente
iguais, como são os grãos de siltes e de areia, a transmissão se faz
através de contato direto, mineral a mineral.
A capilaridade é um exemplo do mecanismo de tensão superficial
nos líquidos.
Mecanismos de capilaridade, uma combinação de forças e adesão
(quando duas superfícies de substâncias iguais ou diferentes entram
em contato e se mantem juntas, e coesão quando uma substância
tem a capacidade de permanecer unida, resistindo a separação.
Continuação
Ou seja, é um processo de movimentação d’água contrária à
ação gravitacional (ascensão capilar).
A água se eleva entre os interstícios (pequenos espaços) de
pequenas dimensões deixados pelas partículas sólidas (vazios
ou poros), acima do nível d’água.
Já nível freático é a superfície em que atua a pressão
atmosférica e é tomada como origem do referencial para as
poropressões, e no nível freático a poropressão é igual a zero. A
água em contato com o solo também tenderá a formar meniscos
(ação pela qual a superfície empurra um liquido junto a dita
superfície para cima, formando um menisco côncavo).
Continuação

Nos pontos de contato dos meniscos com o grão,


evidentemente agirão pressões de contato, tendendo a
comprimir os grãos. Estas pressões de contato somam-se as
tensões totais, fazendo com que a tensão efetiva realmente seja
atuante.
Esse acréscimo de tensão proporciona um acréscimo de
resistência conhecido como coesão aparente, responsável por
exemplo, pela estabilidade de taludes e areia úmida. Uma vez
eliminada a ação das forças capilares desaparece este ganho
de resistência (coesão aparente tende a zero).
Pressões devidas as cargas aplicadas no solo
Toda força externa aplicada ao solo provoca cargas que se
propagam no subsolo ocasionando acréscimos nas tensões efetivas
do mesmo. A distribuição destes esforços é obtida pela teoria da
elasticidade.
O solo apresenta como característica o comportamento elástico e
linear. A partir deste parâmetro podemos dimensionar as tensões
sofridas em uma determinada área, porém para as formulações
destas tensões dependendo do tipo e magnitude do carregamento.
No caso de partículas de mineral argila, as forças em cada contato
são muito pequenas e a transmissão pode ocorrer através da água
adsorvida.
PESQUISA

Pesquisa sobre capilaridade:

• O que é;

• Problemas que pode ocasionar;

• Como a capilaridade pode interferir na sua profissão;

• Descrever qual a relação entre capilaridade no solo e água


no solo.
ATIVIDADE 02
1 - A água no solo sempre vai para baixo?

2 - A composição líquida do solo é essencial para a manutenção da


vida de várias espécies, como microrganismos, animais maiores e
plantas, além de promover a fertilidade do solo. Essa composição
líquida da água tem uma denominação que é conhecida como?

3 - O solo é um elemento vital que apresenta as três principais


composições (sólida, líquida e gasosa) e, normalmente, desenvolve-
se em um ritmo lento e contínuo. Considerando essas composições,
a principal dinâmica que ocorre pressupõe?
CONTINUAÇÃO ATIVIDADE 02

4 - Cerca de metade do volume do solo é composta por poros de


vários tamanhos que cumprem funções essenciais para a existência
dos seres vivos e para o seu desenvolvimento. A ausência dessas
estruturas de poros ou a sua obstrução no solo pode trazer
consequências negativas para o seu desenvolvimento, quais são?

5 - Os processos químicos, físicos e biológicos que ocorrem no solo


dependem da água e desempenham funções essenciais para a
manutenção da vida, da fertilidade e da produtividade. Tais
dinâmicas se relacionam ao ciclo da água no Planeta, cujas etapas
permitem?

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