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Caderno FSM - Administração de Materiais - Adm (2018.3)
Caderno FSM - Administração de Materiais - Adm (2018.3)
PRISCILA PETRUSCA
PRISCILA PETRUSCA
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS
1.ª EDIÇÃO
RECIFE
FACULDADE SÃO MIGUEL
2018
Copyright © 2018 Faculdade São Miguel. Todos os direitos reservados.
Direção geral
Maria Antonieta Alves Chiappetta
Direção editorial
George Bento Catunda
Revisão
Annara Mariane Perboire da Silva
Priscila Petrusca Messias Gomes da Silva
Editora responsável
Faculdade São Miguel
1.ª Edição – 2018
S586a
Silva, Priscila Petrusca Messias Gomes da.
Administração de Materiais: Priscila Petrusca Messias Gomes da Silva. – Recife:
Faculdade São Miguel, 2018.
45 p.: il.
CDU 658.7
APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 6
1 RECURSOS .................................................................................................. 7
1.1. Administração de Recursos ...................................................................... 7
1.2 Administração de Recursos Materiais ......................................................... 10
2 GERENCIAMENTO DE ESTOQUES ............................................................... 15
2.1 Tipos de Estoques ................................................................................... 15
2.2 Controle de Estoques .............................................................................. 17
2.3 Administração de Estoques ...................................................................... 28
2.4 Classificação ABC ................................................................................... 36
3. RECURSOS PATRIMONAIS ........................................................................ 40
3.1 Classificação e Codificação ....................................................................... 40
3.2 Depreciação ........................................................................................... 41
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 43
REFERÊNCIAS .............................................................................................. 44
APRESENTAÇÃO
Este manual objetiva contribuir para uma boa gestão dos conteúdos abordados na
visão gerencial de recursos materiais e patrimoniais, tendo como finalidade auxiliar os
acadêmicos no estudo da Disciplina Administração de Recursos Materiais I,
oferecendo informações sobre estudo de estoque, armazenagem, suprimentos,
classificação e codificação, além dos recursos à disposição (máquinas, instalações,
equipamentos) que no qual demandam investimento de capital.
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1 RECURSOS
Recursos são conjuntos de riquezas que podem ser exploradas economicamente pela
empresa. São ativos de propriedade da empresa ou alugados por ela. Na verdade, os
recursos constituem a plataforma que a empresa utiliza para produzir algo ou prestar
um serviço ao cliente.
Podemos dizer que as empresas combinam insumos (tipo de recurso), tais como
capital, mão de obra e matérias-primas, para produzir bens e serviços de consumo de
modo a minimizar os custos e otimizar os recursos.
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que irá impactar no custo total de produção seja de bem ou serviço.
Também não esquecer que o dimensionamento dos recursos físicos em
termo financeiros como o preço de máquinas e equipamentos da
organização, o preço da matéria-prima gera custos adicionais que
interferem no incremento empresarial. Ou seja, quando uma empresa
decide quanto vai adquirir de insumo, ela necessita comparar o custo com
o benefício que obterá.
Escolha de Insumos: A empresa precisará decidir o quanto de cada
insumo usará. Portanto, deve levar em conta o preço de diferentes
insumos a decidir o quanto será usada. As organizações podem obter
determinado volume de produção por meio de uso diversa de
combinações de insumos. Nesta dimensão, é crucial a área de compras da
empresa verificar formas de minimizar seus custos na aquisição de
insumos, pois estão diretamente ligados à participação no custo do
produto ou serviço vendido.
Assim, tomaremos a fim de conceituação que recurso tudo aquilo que tem a
capacidade de gerar riqueza. E nessa concepção a empresa constitui um ponto de
convergência de fatores de produção, ou seja, recursos produtivos. De um modo
genérico, os fatores de produção têm sido apontados como: natureza, capital e
trabalho.
NATUREZA: Fornece os insumos necessários à produção, como as
matérias-primas, os materiais, a energia etc. É o fator de produção que
proporciona as entradas de insumos para que a produção possa se
realizar.
CAPITAL: Constitui em um recurso altamente fundamental por seu
atributo de liquidez. Fornece o dinheiro necessário para adquirir os
insumos e pagar o pessoal. Também caracteriza-se por um conjunto de
estruturas que a empresa dispõem para a produção, ou seja, máquinas,
prédios, equipamentos, etc.
TRABALHO: Representa o fator de produção que atua sobre os demais,
isto é, que aciona e agiliza os outros fatores de produção. Processa e
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transforma os insumos, através de operações manuais ou de máquinas e
ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados.
Entretanto, neste manual, nosso objetivo será apenas analisar os recursos materiais e
patrimoniais.
RECURSOS
Humanos Tecnológicos
Materiais Patrimoniais Capital
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que fazem possível sua existência, ou seja, sua operação. Além disso,
também são divididos em móveis e imóveis.
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•Armazenamento;
•Movimentação;
•Inspeção de saída e
•Distribuição.
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Desenvolvimento de fornecedores.
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4. A tecnologia pode ser determinada como recurso? Cite algum exemplo para
explicar sua resposta?
A área construída das fábricas ultrapassa os 500 mil m², onde se produzem 42
milhões de peças por mês. “ Por todo esse volume, a logística de distribuição é vital
para o nosso sucesso”, destaca o diretor comercial da unidade de Farroupilha (RS).
No mercado nacional, a Tramontina tem CDs nos Estados do rio Grande do Sul, São
Paulo, Goiás, Bahia, Pernambuco e Pará. Eles atendem suas respectivas regiões e, em
alguns casos, compradores de países sul-americanos.
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“Isso acabou acontecendo pela nossa política de administração descentralizada, que
valoriza, em primeiro lugar, nossos talentos e suas idéias. Todos os produtos têm a
nossa marca. Por isso, precisam, todos, ter ótima qualidade. Uma idéia, seja de quem
for na empresa, é recebida pela direção de determinada unidade fabril e levada,
depois de passar por uma triagem, para a reunião de conselho de administração, da
qual participam os acionistas do grupo e os executivos de cada fábrica. Se a idéia
receber aprovação, é executada prontamente”.
Fonte: PAZ, V. Grupo Tramontina investe $ 25 milhões. Gazeta Mercantil, São Paulo
19 mar. 2003. Caderno A14. Disponível em: www.gazetamercantil.com.br
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2 GERENCIAMENTO DE ESTOQUES
O bom gerenciamento dos estoques passa pela compreensão das diversas formas em
que os estoques existem e como cada uma delas pode ser tratada de forma diferente.
Os estoques geralmente dividem-se em:
Estoque de matéria-prima;
Estoque de material em processo;
Estoque de componentes (itens comprados ou fabricados);
Estoque de produtos acabados;
Estoque em trânsito;
Estoque em consignação;
Estoque de material em uso.
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Vejamos então as características dos tipos de estoque, anteriormente mencionados:
Estoque de Material de Uso Geral: são itens que nada têm a ver com o produto da
empresa ou com o seu processo de fabricação, como materiais de escritório,
materiais de limpeza e conservação, formulários, etc.
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2.2 Controle de Estoques
O objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta
diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. O
controle procura manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as necessidades de
consumo ou das vendas e os custos daí decorrentes.
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- Método da média móvel simples
CM = consumo médio
C = consumo nos períodos anteriores
n= número de períodos
CM = C1+C2+C3+...+Cn
n
Exemplo:
O consumo em quatro anos de uma peça foi de:
2011 – 72 2012 – 632013– 60 2014 – 66
Qual deverá ser o consumo previsto para 2015, utilizando-se o método da média
móvel, com um n igual a 3?
(60+63+66) / 3 = 63
R: A previsão para 2015 é de 63 unidades.
Este método atribui pesos diferentes para os dados históricos, sempre dando maior
peso aos mais recentes e menor peso aos dados mais antigos. Isso possibilita uma
previsão mais aproximada, em termos de sazonalidade.
CM = X .Ci
n
X = peso , onde deve ser de tal ordem que a soma seja 100%
Ci = consumo dos períodos anteriores, onde são decrescentes dos valores mais
recentes para os mais distantes.
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Exemplo:
Elimina muitas desvantagens dos métodos anteriores, além de dar mais valor aos
dados recentes e apresenta menor manuseio de informações passadas. Esse modelo
procura prever o consumo apenas com a sua tendência geral, eliminando a reação
exagerada a valores aleatórios. Ele atribui parte da diferença entre o consumo atual e
o previsto a uma mudança de tendência e o restante a causas aleatórias.
XT = α. Xt + (1 – α) . Xt-1
Exemplo:
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Xt-1 = 230
α = 0,10
XT = 0,10 . 210 + (1 – 0,10) . 230
XT = 21 + 207
XT = 228
R: A previsão para 1995 é de 228 unidades.
Esse modelo é o que melhor nos orienta para fazermos uma previsão, pois é um
processo de ajuste que tende a aproximar-se dos valores existentes, minimizando as
distâncias entre cada consumo realizado.
Yp = a + bx
Yp = valor dos mínimos quadrados
Para acharmos os valores de a e b necessitamos montar um sistema de equação:
∑Y = N .a + b . ∑X
∑XY = a . ∑X + b ∑X²
N = valor nº de pontos
X = é o nº de períodos a partir do ano-base
Precisamos também tabular os dados existentes para preparar as equações do
sistema.
Quantidades N Y X X2 X.Y
de períodos
(...) (...) (...) (...) (...) (...)
∑
Exemplo:
Resposta:
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Quantidades N Y X X2 X.Y
de períodos
1 2010 108 0 0 0
2 2011 119 1 1 119
3 2012 110 2 4 220
4 2013 122 3 9 366
5 2014 130 4 16 520
∑ 589 10 30 1.225
∑Y = N .a + b . ∑X
∑XY = a .∑X + b ∑X²
589 = 5 a + 10 b
1.225 = 10 a + 30 b
CUSTOS DE ESTOQUE:
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2ª- Contábil - que é utilizada para compor as demonstrações de lucro ou prejuízo da
empresa (serve de referência para a fiscalização da Secretaria da Fazenda).
Custeio Gerencial:
Custo de Armazenagem:
CAm = EM x PMu x T x CAmu
Onde:
CAm = Custo de Armazenagem de um item
EM = Estoque médio de um item no tempo T (qtde)
PMu = Preço médio unitário do item no tempo T (valor)
T = Tempo em estoque
CAmu = Custo de Armazenagem unitário
Onde:
C = consumo (estoque de cada período)
n = Número de período
P = Preço de cada lote adquirido
Q = Quantidades
Exemplo
Calcular o custo de armazenagem do item “Sonho de Valsa”. Foram fornecidos
os seguintes dados pela empresa:
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PMu = (500 x 10,80) + (300 x 11,00) + (400 x 10,50) = 12.900,00 = 10,75
500 + 300 + 400 1.200
T = 4 meses
CAmu =1.200 + 5.000 + 1.750 + 2.500 + 1.000 + 3.500 + 7.000 + 2.000 = 39.700= 0,22
180.000 180.000
R: Assim podemos dizer que o custo para armazenar os chocolates durante quatro
meses a partir da quantidade adquirida, dos custos na área de estoque equivalem a
R$ 2.128,50.
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CPAu = Custo de Pedido Administrativo unitário
CPVu = Custo de Pedido Variável unitário
• Exemplo:
Calcular o custo de pedido nº 055, referente ao item “Ouro Branco”. A empresa
solicitou que a quantidade comprada fosse feita em duas entregas e arcará com os
custos de frete e desembaraço alfandegário.
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CPAu = 5.000 + 4.000 + 1.000 + 1.500 + 2.000 = 13.500 = 33,75
400 400
R: Nota-se que o custo de pedido do nº 055 irá custar para empresa R$ 443,75 para
fazer a cotação, seleção, confirmação do pedido e outras rotinas do comprador, além
do gasto com desembaraço e recebimento da mercadoria.
Custeio Contábil:
1º Custo Médio;
2º Método PEPS;
3º Método UEPS.
Se considerarmos que uma determinada empresa tenha iniciado o mês com estoque
de 3 peças, tenha utilizado 1 peça e comprado mais 1, quantitativamente irá terminar
o mês com o mesmo saldo inicial. Mas o valor contábil do seu estoque certamente
não será o mesmo. Esse simples exemplo quer esclarecer que a legislação exige que
as empresas contabilizem seus estoques mensais pelo método do custo médio, de
forma que cada nova compra, com preço diferente, influencie na formação de um
novo custo médio do estoque total. Este método tem por base o preço de todas as
retiradas, ao preço médio do suprimento total do item em estoque. Age como
estabilizador, pois equilibra as flutuações de preços; e, a longo prazo, reflete os
custos reais das compras de material.
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É aplicado na maioria das empresas e obrigatoriamente em indústrias de grande
porte com grande variedade de produtos.
X = ∑ (Y) ÷ N
X = Média aritmética
∑(Y) = somatório em reais
N = quantidade de material
∑(Y) = 21.500,00
N = 5.000
X = 21.500 ÷ 5.000 = R$ 4,30 no dia 02/05
Método PEPS:
Primeiro que entra, primeiro a sair. A avaliação deste método é feita por ordem
cronológica das entradas. Sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo
substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo
real ser aplicado. Aplicação: Produtos perecíveis cujo estoque não tenha tanta
diversidade (o que facilita o controle) e que precise obedecer a ordem da data de
fabricação para evitar vencimento ou perdas.
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Observa-se que no dia 01/05 já tínhamos no estoque em saldo 2000 unidades ao
preço unitário de R$ 4,00, totalizando um saldo de R$ 8.000,00. Com entrada no dia
02/05 de 3000 unidades ao preço de R$ 4,50, num total de R$ 13.500,00, o saldo foi
para 5000 unidades em produtos correspondendo um saldo final deste dia em R$
21.500,00. No dia 03/05 ocorreu uma saída de mercadoria de 1.500 unidades, damos
saída a essas mercadorias ao preço de R$ 4,00 do saldo do dia 01/05, totalizando R$
6.000,00. O saldo final deste dia foi para 3.500 unidades, correspondendo a R$
15.500,00. Este procedimento se repete sucessivamente.
Método UEPS:
Último que entra é o primeiro a sair. Esse método de avaliação considera que devem
em primeiro lugar sair as últimas peças que deram entrada no estoque, o que faz
com que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas. É o método mais
adequado no período inflacionário, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque
para venda no mercado consumidor. Aplicação: produtos onde não perecíveis ou que
não percam valor ao longo do tempo. Ex: vinhos – quanto mais antigo, melhor; logo,
tanto faz vender um lote mais recente quanto um mais antigo. Cada um terá o seu
respectivo custo.
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Vejamos, em 01/05 existe um saldo de 2000 unidades a R$ 4,00 cada uma, que
totalizam R$ 8.000,00. Em 02/05 ocorreu uma entrada de mercadoria de 3.000
unidades a R$ 4,50 cada uma, totalizando R$ 13.500,00.
O saldo final no dia 02/05 foi de 5.000 unidades num total de R$ 21.500,00. Em
03/05 houve uma saída de mercadoria de 1.500 unidades, damos saída a estes
produtos pela última entrada ao preço de R$ 4,50 cada uma, totalizando R$ 6.750,00.
No final do dia 03/05, o estoque ficou da seguinte forma: 2000 unidades a R$ 4,00
cada uma unidade no total de R$ 8.000,00; 1.500 unidades a R$ 4,50 cada num total
de R$ 6.750,00 e; saldo final de 3.500 unidades que totalizam R$ 14.750,00. Este
procedimento se repete sucessivamente.
Portanto, cabe a esta função o controle das disponibilidades e das necessidades totais
do processo produtivo, envolvendo não só os almoxarifados de matérias-primas e
auxiliares, como também os intermediários e os de produtos acabados.
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Na gestão de estoque é necessário utilizar-se da Avaliação de Retorno de Capital, Giro
de Estoque, Nível de Atendimento, Cobertura de Estoque e Inventário Físico.
Exemplo 1:
Uma empresa tendo como vendas anuais R$ 1.200.000,00 e seu lucro anual de R$
65.000,00, tem em seus estoques (matéria-prima, auxiliar, manutenção, WIP e
acabados) um investimento de R$ 240.000,00. Qual é seu retorno de capital em
estoques?
RC= L: C
Exemplo 2:
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Giro de Estoque:
O giro de estoques mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou
ou girou. É expressa por meio da quantidade que o valor de estoque gira ao ano, ou
seja, o valor investido em estoque ou sua quantidade de peças que atenderá um
determinado período de tempo.
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6
EM(JAN/JUN) = 576.597,20 / 6 = R$ 96.099,53
Exemplo 2: Uma empresa tendo vendas anuais de R$ 1.200.000,00 sendo que seu
custo anual das vendas foi de R$ 780.000,00 e seu lucro anual, de R$ 65.000,00, e
tendo em seus estoques um investimento de R$ 240.000,00, qual é a rotatividade de
seus estoques?
R = 780.000,00 ÷ 240.000,00
Onde: custo das vendas anual = R$ 780.000,00
custo dos estoques = R$ 240.000,00
R = 3,25 vezes
R: O estoque desta empresa gira 3,25 vezes ao ano.
Nível de Atendimento:
É o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários.
Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações
solicitadas, tanto maior será o nível de serviço.
Exemplo:
No almoxarifado da empresa VendeTudo, durante um período de 6 meses, foram
apresentadas 3.100 requisições de materiais, com um número médio de 1,45 item
por requisição. Foram entregues 4.400 dos itens solicitados. Qual o nível de
atendimento do almoxarifado?
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Cobertura de Estoques:
Cobertura indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o estoque
médio será suficiente para cobrir a demanda média.
Exemplo: Com base nos dados do exemplo de GE, calcule a cobertura da empresa
StokRápido.
Inventário Físico:
Consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o
inventário físico e os registros do controle de estoques, devem ser feitos os ajustes
conforme recomendações contábeis e tributárias. O inventário físico é geralmente
efetuado de dois modos: periódico ou rotativo.
Periódico: quando em determinados períodos, normalmente no encerramento dos
exercícios fiscais ou duas vezes por ano, faz-se a contagem física de todos os itens do
estoque.
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Exemplo:
Uma empresa tem em seu estoque aproximadamente 10.000 itens diferentes. No
inventário do ano anterior verificou-se que havia, em média, 15 unidades de cada
item. Supondo que uma pessoa possa contar, em média, 80 itens por minuto,
quantas pessoas serão necessárias para contar todos os itens em dois dias de
trabalho?
PP = (C x TR) + ES
Onde:
C = consumo normal da peça
TR = Tempo de reposição
ES = Estoque de Segurança
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Exemplo:
Determinada peça é consumida em 2.500 unidades mensalmente e sabemos que seu
tempo de reposição é de 45 dias. Então, qual é seu ponto de pedido, uma vez que
seu estoque de segurança é de 400 unidades?
C = 2.500 unidades/mês
TR = 45 dias = 1,5 mês
ES = 400 unidades
EMAX = ES + LC
Exemplo:
Qual é o estoque máximo de uma peça cujo lote de compra é de 1.000 unidades e o
estoque de segurança é igual à metade do lote de compra?
Também chamado de estoque mínimo é uma quantidade mínima de peças que tem
que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do sistema. Sua
finalidade é não afetar o processo produtivo e não acarretar transtornos aos clientes
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por falta de material e, por conseqüência, atrasar a entrega de nosso produto ao
mercado.
ES = C x K
Onde: C = consumo médio no período
K = coeficiente de grau de risco
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2.4 Classificação ABC
Sabemos que os itens diferenciam-se pela sua importância, pelo seu preço, assim
como um produto acabado vende mais que o outro. A classificação ABC organiza
estes dados e facilita a tomada de decisões.
1º) Definir a variável a ser analisada: A análise dos estoques pode ter vários
objetivos e a variável deverá ser adequada para cada um deles. No nosso caso, a
variável a ser considerada é o custo do estoque médio, mas poderia ser: o giro de
vendas, o mark-up, etc.
2º) Coleta de dados: Os dados necessários neste caso são: quantidade de cada item
em estoque e o seu custo unitário. Com esses dados obtemos o custo total de cada
item, multiplicando a quantidade pelo custo unitário.
3º) Ordenar os dados: Calculado o custo total de cada item, é preciso organizá-los
em ordem decrescente de valor, como mostra a tabela a seguir:
36
4º) Calcular os percentuais: Na tabela a seguir, os dados foram organizados pela
coluna “Ordem” e calcula-se o custo total acumulado e os percentuais do custo total
acumulado de cada item em relação ao total.
5º) Construir a curva ABC: Desenha-se um plano cartesiano, onde no eixo “x” são
distribuídos os itens do estoque e no eixo “y”, os percentuais do custo total
acumulado.
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6º) Análise dos resultados: Os itens em estoque devem ser analisados segundo o
critério ABC.
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4 189.000,00 106.450,00
5 - 80.630,00
6 96.500,00 115.560,00
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3. RECURSOS PATRIMONIAIS
Com a codificação do bem, passamos a ter um registro que nos irá informar todo o
seu histórico, tais como: data de aquisição, preço inicial, localização, vida útil
esperada, valor depreciado, valor residual, manutenção realizada e previsão de sua
substituição. Após o bem-estar codificado, recebe uma plaqueta com sua numeração
e controle.
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A BC- 201 . 010
Codificação numérica:
Número sequencial
Subgrupo do bem
Grupo do bem
Classe do bem
3.2 Depreciação
onde:
D = Depreciação
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Vi = Valor inicial do bem
Vr = Valor residual do bem
Pu = Período útil de vida do bem
Vi = R$ 680.000,00
Vr = 0
Pu = 5 anos
R: o bem será depreciado em 1/5 de seu valor a cada ano, isto é, perderá R$
136.000,00 ao ano.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Chegamos ao fim deste manual. Queremos enfatizar que tudo o que foi tratado só
será realmente útil ao acadêmico se este atuar de forma organizada e disciplinar. Um
bom planejamento das horas de estudo poderá auxiliá-lo, e ajudará na aprendizagem
e fixação dos conteúdos. Todos que fazemos parte do corpo docente desejamos
sucesso na utilização desta obra.
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REFERÊNCIAS
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