Agrupamento Escolas Joaquim de Araújo – Penafiel

História A – 10º ano

Módulo 1 – Unidade 2 . O Modelo Romano

Roma: Afirmação Imperial de uma Cultura Urbana Pragmática – O Urbanismo

A Padronização do Urbanismo

A Urbe, no mundo romano era a cidade, diferenciando-se do seu território, que

compreendia uma parte rural e uma urbana. A cidade era o elemento central e
estrutural de todo o Império, com a cidade de Roma, a urbe por excelência, à
cabeça.
A cidade era o centro político, religioso, económico e social de um território, sendo
Roma o centro de todo o Império.
As cidades das províncias procuram imitar o modelo urbanístico de Roma, replicando
as construções de carácter político, social e comercial, mas adaptando-se aos
condicionalismos geográficos locais.
O estudo e planeamento de uma cidade, ou seja o urbanismo, obedecia a regras
bem definidas, procurando integrar de forma harmoniosa os homens e o meio
envolvente.
Todo o recinto urbano era traçado em torno de duas ruas perpendiculares entre si, o
cardus (norte/sul) e o decumanus (este/oeste).
As outras ruas eram dispostas paralelamente a estas 2 eixos, formando-se assim
uma manta quadriculada.
As ruas eram normalmente pavimentadas por lajes, existindo mesmo cidades que
tinham passadeiras para peões atravessarem as ruas.
Normalmente na interseção destas duas vias principais ficava o fórum.
Este era o chamado sistema hipodâmico.
Os limites da cidade (pomerium) eram normalmente amuralhados, com portões nos
eixos principais.
Além dos quarteirões de habitações, depois eram construídos os edifícios de
carácter público.
Este urbanismo regular e ortogonal dá à cidade uma organização prática e utilitária
da cidade, características que eram também aplicadas aos diversos edifícios aí
construídos.
Elementos estruturantes de uma cidade – modelo de Roma

Fórum – centro da cidade, ampla praça onde se situavam edifícios de carácter

religioso, político e comercial (templos, edifícios políticos, administrativos e judiciais
como a Cúria – local de reunião do Senado, Comitium – local reunião do povo
romano, Tribuna – plataforma onde se discursava, Basílica – edifício que acolhia
funções judiciais, políticas e comerciais e Tabularium - arquivo).
Roma teve vários fóruns à medida que a cidade ia crescendo, não obedecendo por
isso ao modelo padronizado da cidade romana.
Edifícios Habitacionais
Domus- habitações unifamiliares de tipo moradia ou palácio, com um ou dois pisos,
normalmente residência de patrícios, com divisões dispostos ao redor de pátios
interiores, com bastante conforto e luxo.
Insulas- prédio urbano com vários pisos que albergavam diversas famílias,
normalmente de plebeus, de fraca construção, elementos construtivos perecíveis,
cujas habitações têm tamanhos variáveis.
Construções de Entretenimento – Coliseu ou Anfiteatro (grande arena destinada a
diversos espetáculos, sendo o mais famoso a luta de gladiadores); Circo (destinado a
corridas de cavalos); Teatros.
Edifícios para Banhos – Termas (locais onde se tratava da higienização do corpo mas
também locais de sociabilização). As termas eram um complexo de espaços que
tinham espaços destinados a banhos e outros como jardins, biblioteca, lojas e outras
áreas de lazer. Relativamente aos banhos, havia 3 tipos, sala banho quente
(caldarium); sala banho morno (tepidurium) e sala banho frio (frigidarium). Existia
ainda sala para sauna. A água era aquecida através sistema de condutas de ar
quente, situadas sobre o pavimento e nas paredes, sendo o calor produzido num
piso inferior numa enorme sala caldeira denominada hipocausto. As termas
possuíam ainda um ou mais piscinas (natatio), tendo também normalmente uma
cisterna para armazenamento da água.
Abastecimento de água- As cidades eram abastecidas através de uma rede de
aquedutos, que traziam água de nascentes localizadas nas proximidades da cidade,
sendo depois conduzida a água através de sistemas de canalizações, para as
habitações mais luxuosas ou para fontes públicas. As cidades possuíam ainda uma
rede de esgotos.