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4º Grupo
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Universidade Lúrio
Discentes:
Trabalho de Carácter Avaliativo da Cadeira
Elsa Julião Muapuante
de MIC, Lecionada no Curso de
Maria Tunique Rafael Maloa Enfermagem Pós-Laboral 2º Ano, pelo
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Índice
Lista de abreviaturas...............................................................................................................5
Unidades de medida................................................................................................................6
Introdução...............................................................................................................................7
Estrutura do trabalho...........................................................................................................7
Problematização..................................................................................................................8
Hipóteses.............................................................................................................................9
Objetivos.............................................................................................................................9
Justificativa........................................................................................................................10
1.1.3. Epideomiologia.......................................................................................................14
2.3. Variáveis.....................................................................................................................21
4.1. Conclusões..................................................................................................................26
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4.2. Sugestões....................................................................................................................26
Bibliografia complementar................................................................................................27
Referências bibliográficas.....................................................................................................28
Apêndice...............................................................................................................................29
Ficha resumo mensal das actividades da malaria (manejo de casos) unidade sanitaria e
comunidade...........................................................................................................................29
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LISTA DE ABREVIATURAS
Art. → artigo;
Av. → Avenida;
fig. → figura;
°C – Graus Centigrados
Kg – Quilograma
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UNIDADES DE MEDIDA
°C – Graus Centigrados
Kg - Quilograma
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INTRODUÇÃO
A malária é uma das doenças mais prevalentes e desafiadoras enfrentadas pelas
comunidades em todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais. Em
Moçambique, assim como em muitas outras nações da África subsaariana, a malária
continua a representar uma carga significativa para o sistema de saúde e a qualidade de vida
do trânsito local. O Posto Administrativo de Namaita, situado em território moçambicano,
não é exceção a essa realidade. A propagação desta doença está diretamente ligada a
fatores, incluindo condições socioeconômicas, geográficas e, crucialmente, a
disponibilidade e eficácia dos serviços de saúde locais.
Estrutura do trabalho
Este trabalho de pesquisa é constituído por quatro principais capítulos e a Introdução.
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Segundo capítulo compreende a Metodologia onde refletem os seguintes itens: tipo de
pesquisa, população e amostra, variáveis, critérios de inclusão e exclusão, técnicas de coleta
de dados, tratamento e análise de dados e por fim, disseminação do estudo.
Terceiro capítulo compreende a Apresentação dos dados recolhidos, análise e discussão dos
resultados da pesquisa, sendo que os mesmos foram obtidos através de uma observação
direta que consistiu no registo fotográfico e recolha de material para posterior interpretação.
Problematização
Segundo (Marconi & Lakatos, 2003, p. 159) problema é uma dificuldade teórica ou prática,
no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma
solução. O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa
e delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações
entre si.
Problema de Pesquisa:
Delimitação e Variáveis:
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Condições Locais e Recursos Disponíveis: considerações como suprimentos
médicos, acesso a tecnologias, capacidade de atendimento e fatores
socioeconômicos.
Interação com os Pacientes: Avaliando a comunicação, o aconselhamento e o
engajamento dos enfermeiros com a população local.
Vendo esses problemas assolando uma boa parte do povoado de Namaita, o autor sentiu a
necessidade de contribuir com este trabalho na educação do papel do enfermeiro
nampulense no combate contra malaria nas unidades sanitarias no posto administrativo de
Namaita.
Hipóteses
Segundo (Marconi & Lakatos, 2003, p. 161) Hipótese é uma proposição que se faz na
tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição
que antecede a constatação dos factos e tem como característica uma formulação
provisória: deve ser testada para determinar sua validade. Correta ou errada, de acordo ou
contrária ao senso comum, a hipótese sempre conduz a uma verificação empírica.
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Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Justificativa
Para (Marconi & Lakatos, 2003, p. 219) a justificativa é o único item do projeto que
apresenta respostas à questão por quê? De suma importância, geralmente é o elemento que
contribui mais diretamente na aceitação da pesquisa pela (s) pessoa (s) ou entidades que
vão financiá-la. Consiste numa exposição sucinta, porém completa, das razões de ordem
teórica e dos motivos de ordem prática que tomam importante a realização da pesquisa.
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Relevância para a Saúde Pública - A malária é uma preocupação de saúde pública em
muitas regiões tropicais e subtropicais, e compreender o papel dos enfermeiros é
fundamental para melhorar os esforços de prevenção e tratamento.
NB. Esta pesquisa é relevante não apenas do ponto de vista teórico, preenchendo lacunas no
conhecimento existente, mas também do ponto de vista prático, tendo potencial para
impactar diretamente as políticas de saúde e a qualidade de vida da comunidade local,
justificando assim a sua importância e necessidade de realização.
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CAPITULO I -FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1. CONCEITOS GERAIS
A malária é uma das doenças parasitárias que maior dano já causou a milhões de pessoas
nas regiões tropicais e subtropicais do globo. O impacto social, econômico e político dessa
doença sobre a humanidade foi severo, durante vários séculos. Muitas regiões tiveram sua
população e sua economia dizimadas no surgimento de alguma epidemia.
O subdesenvolvimento era uma constante nas áreas endêmicas, uma vez que a população
doente ficava com sua capacidade sensivelmente diminuída.
Entre os grande personagens da história que parecem ter sido vitimados pela parasitose,
encontram-se Alexandre Magno, Alarico, rei dos godos, o papa Sisto V, o papa Urbano VII
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e Oliver Cromwell, sem contar os que sofreram dos tremores malarígenos, como Dante,
"Sir" Walter Raleigh, George Gordon, Lord Byron, Lord Nelson e Abraham Lincoln
(STECK, 1975).
Não se pode precisar qual o ponto exato da origem, ou, mais especificamente, em qual
grupo étnico tiveram lugar os primeiros acometimentos maláricos. Talvez, a África seja
esse ponto, em razão da comprovada resistência superior da raça negra em adquirir a
parasitose.
A descoberta do agente etiológico se deu em 1880 por Charles Alphonse Louis Laveran,
mas o vetor era ainda desconhecido. Achava-se que a malária era contraída através do ar
contaminado (mal-aria). O termo malária é de origem italiana e, literalmente, significa "mal
ar", porque se acreditava que a doença fosse causada pela emanações dos pântanos. Do
francês, se origina o nome paludismo ou impaludismo, com igual significado.
Outras denominações, algumas mais populares, são: maleita, sezão, febre palustre,
carneirada, batedeira, tremedeira (KOROLKOVAS, 1982).
A malária causada por P.falciparum recebe a denominação terçã maligna, febre remitente,
febre malárica contínua, febre perniciosa e calafrios congestivos; por P. vivax, terçã
benigna, febre intermitente simples, calafrios e febre; por P. malarae, quartã, febre
intermitente simples, calafrios e febre e por P. ovale ou terçã benigna.
O termo terçã e quartã refere-se aos períodos de tempo entre um acesso e outro, sendo de
48 horas, no primeiro caso, e de 72 horas, no último (fig.1). Há ainda um terceiro termo,
cotidiana, relativo a período de 24 horas entre um acesso e outro e que corresponde a
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infecções mistas ou, ainda, aos estágios iniciais da infecção por uma única espécie.
Eventualmente, nesses casos podem ocorrer dois acessos num único dia.
As infecções mistas mais comuns são provocadas por P. falsiparum e P. vivax, embora
existam casos de infecções conjuntas de P. falsiparum com P. malariae, de P. vivax com P.
malariae ou, ainda, das três espécies.
Espécies que parasitam aves, por exemplo, não parasitam o homem e vice-versa, o mesmo
não ocorrendo, com relação aos macacos.
Fig. 1 - Curvas térmicas dos três tipos de malária: terçã benigna (P. vivax), terçã maligna
(P. falciparum) e quartã (P. malariae).
1.1.3. Epideomiologia
Segundo dados da ONU, estima-se que 250 milhões de pessoas foram infectadas pelos
agentes etiológicos da malária em 1997. Dessas, 120 milhões fazem a clínica crônica da
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doença e 1,8 milhão morre a cada ano. Das pessoas que morreram: 90% na África, 6 – 8%
na Ásia e 1 – 2% nas Américas.
Isto dá uma média de 1.300.000 casos de malária nas Américas, onde 3 países são
responsáveis por 70 a 72% dos casos: Brasil, Peru e Colômbia. Os 28 – 30% restantes
ficam distribuídos nos outros 18 países.
O Brasil sempre foi um país onde se teve muita malária. Graças a um programa que foi
implantado na metade da década de 50, onde tínhamos por volta de 70 milhões de
habitantes e 5 milhões de casos de malária a cada ano, em menos de uma década depois
existiam menos de 100 mil casos/ano. O programa representava uma vitória muito grande,
acreditava-se que o Brasil estava perto de erradicar ou controlar definitivamente a endemia
malárica em seu território.
Mas, a partir de 1974, a malária volta a aumentar e, em 1987, já ultrapassava 500 mil
casos/ano e assim vem até hoje. Ocorre que 99,8% desta malária está apenas na região
amazônica, quase que restrita à esta região. Temos aproximadamente 11% da população do
país, cerca de 15 milhões de habitantes.
Dentro da região a distribuição fica: o Pará sempre apresenta o maior número de casos, 130
mil casos; em segundo lugar o Amazonas com 93 mil e em terceiro Rondônia com 70 mil
casos. No Amazonas sempre houve malária mas, até o final da década de 80, o máximo era
de 30 mil casos/ano. Começou a aumentar em 1995 ( 55 mil), 1996 (70 mil) e 1997 (93
mil), apresentando hoje a maior taxa de crescimento da endemia.
Outra característica importante é que a transmissão se fazia na área rural (garimpos, rios) e
hoje temos um percentual significativo de transmissão urbana. No AM, dos 93 mil casos,
27 mil foram diagnosticados em Manaus desses, 21 mil são autóctones de Manaus e destes,
12 mil da área urbana.
Por que a malária não foi erradicada em 1974? Devido a ocupação do espaço e a
movimentação das pessoas. Lembrando-se da história e geografia, nesta época começaram
os grandes projetos de desenvolvimento para a Amazônia: Transamazônica, Perimetral
Norte, Hidroelétricas devido o medo do domínio estrangeiro. Esses projetos não
proporcionavam a segurança e a saúde dos camponeses.
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Nesta ocasião o principal produto de exportação brasileira era o café, que foi substituído
pela soja.
Com isso muitas pessoas ficaram desempregadas no leste, vindo para a Amazônia trabalhar
na construção de estradas e hidroelétricas. Logo em seguida o parque industrial foi se
modernizando e agora haviam também desempregados na área urbana, que passaram para o
garimpo, de forma que a malária tomou conta de tudo. (GISELLA, 1988)
A malária continua a ser o principal desafio para a saúde pública e para o desenvolvimento
sustentável em Moçambique. Apesar dos esforços empreendidos pelo MISAU e Parceiros
na luta contra a Malária, esta doença para além do impacto directo na saúde das
populações, ainda exerce um peso socioeconómico enorme na população em geral,
perpetuando desta forma o ciclo vicioso de doença/pobreza sobretudo nas comunidades
mais desfavorecidas e vulneráveis. Dados do Programa Nacional de Controlo da Malária
indicam uma tendência crescente de número de casos da malária notificados nos últimos 3
anos, associada ao aumento da taxa de reporte e melhoria da notificação. Por outro lado,
observa-se com satisfação a diminuição do número de óbitos causados pela doença. A
redução de óbitos devido a malária pode ser atribuída ao conjunto de esforços do Programa
Nacional de Controlo da Malária na implementação de medicamentos e intervenções
eficazes na componente de manejo de casos da doença.
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Fig. 2 – Formas de tratamento segundo as normas de tratamento da malaria em
mocambique;
A malária pode ser classificada utilizando diferentes critérios. Para o efeito destas normas,
a malária é classificada em termos clínicos em malária não complicada e malária
complicada.
Diagnóstico O diagnóstico da malária deve ser feito em qualquer doente que apresente uma
síndrome febril aguda (suspeita) com um resultado positivo no teste de diagnóstico rápido
(TDR), ou presença de Plasmodium no esfregaço de sangue.
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Confirma as falências ao tratamento 1.5 Testes de Diagnóstico Rápido (TDR)
Existem vários tipos de teste de diagnóstico rápido da malária, para diferentes
espécies de parasita Histidine-rich protein2/Plasmodium lactato desihidrogenase
[HRP2/pLDH para (Pf/Pv e Pf/Pv/Po/Pm)] e Histidine-rich protein2 (HRP2/Pf).
Deve-se ter em atenção que o teste de diagnóstico rápido pode permanecer positivo até 4
semanas após o diagnóstico inicial pelo que não deve ser usado para o seguimento do
tratamento da malária.
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Fig. 3– Vantagens e desvantagens do uso do TDR;
O universo populacional envolve praticamente todos elementos a serem estudados que são
assolados por um problema em comum. O universo populacional “é tido como o conjunto
dos seres animados e inanimados que apresenta pelo menos uma característica em comum,
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sendo N o número total de elementos do universo ou da população (…)” (Lakatos &
Marconi 2007, p. 225 cit.Prodanov & Freitas;p. 98; 2013).
Amostra constitui uma parcela reduzida da população. Ela é conceituada como sendo
“parte da população ou universo, selecionada de acordo com uma regra ou um plano.
Refere-se ao subconjunto do universo ou da população, por meio do qual estabelece-se ou
estima-se as características desse universo ou dessa população. Ela pode ser
probabilística e não probabilística” (Prodanov& Freitas 2013, p. 98). Desta forma, nesta
pesquisa foi aplicada uma amostra não probabilística e por conveniência. (Fortin; 2003),
considera que esse tipo de amostra como sendo um método de extração de amostra onde se
escolhe as unidades de estudo que estão disponíveis na altura em que a informação é
recolhida, até a amostra atingir o tamanho desejado e pequenas amostras são geralmente
suficientes. Por outro lado, (Carmo & Ferreira 1998, p. 191) define a amostra como sendo
“(…) parte ou subconjunto de determinada população ou universo”.
2.3. Variáveis
Variáveis numa pesquisa, as variáveis são fundamentais para se chegar aos resultados
pretendidos. (Prodanov & Freitas;2013) consideram “variáveis os elementos observáveis,
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possuem correlação entre si para gerar um fenómeno e estão nas bases de uma pesquisa
científica. Contudo, elas são características observáveis do fenómeno a ser estudado e
existem em todos os tipos de pesquisa (…)” (Prodanov & Freitas 2013, p. 92).
Variáveis Independentes
Variável Dependente
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Casos Não Relacionados à Malária: Indivíduos que procuraram atendimento nas
unidades sanitárias do Posto Administrativo de Namaita por motivos de saúde não
relacionados à malária, que não sejam objeto de estudo.
Enfermeiros Não Envolvidos com a Malária: Profissionais de enfermagem que
não estão diretamente envolvidos no tratamento ou prevenção da malária no Posto
Administrativo de Namaita durante o período de estudo.
Para obtenção dos dados foram acauteladas várias técnicas em pesquisa científica. Para este
estudo aplicou-se as seguintes técnicas: observação direta, pesquisa documental e registo
fotográfico. Importa referir que neste destacou-se a observação direta aliada ao registo
fotográfico.
A técnica de pesquisa documental assemelha-se a revisão bibliográfica, para este caso foi
necessário proceder a consulta de alguns documentos de procedimentos impostos pelo
Ministério da saude, pois neles estão concebidas a técnicas e procedimentos a se ter em
conta na prevencao e tratamento da malaria nas unidades sanitarias.
O registo fotográfico foi usado para ilustrar o cenário pesquisado, assim a capitação das
imagens foi fundamental para a comprovação do fenómeno a ser estudado.
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CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Fig. 4 – Registo dos pacientes tratados nos meses de Janeiro a Junho de 2023, unidade
sanitaria de Namaita;
3.4. Cronograma
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material
Revisão dos dados X
Estruturação X
Elaboração do X X X
projecto
Revisão do X X X
projecto
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a comunidade desempenham papéis cruciais na redução da incidência e tratamento da
malária.
4.2. SUGESTÕES
Com base nos resultados obtidos, algumas sugestões para melhorias nas práticas e políticas
de saúde pública incluem:
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
MARCONI, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Editora Atlas;
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<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_gen
rico_i magensfilefield-description%5D_20.pdf>. Acesso em 30 de maio de 2020.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARCONI, M. d., & Lakatos, E. M. (2003). Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Editora Atlas;
28
<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_gen
rico_i magensfilefield-description%5D_20.pdf>. Acesso em 30 de maio de 2020.
URL http://members.tripod.com/medlife-ua
KACHUR, S. P. et al. 1999. Pesquisas para erradicação da Malária. Nature América Inc.
18(1):112
APÊNDICE
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