Olá!

Seja muito bem-vindo(a) à apostila prática Português Médio –

Cesgranrio, que eu organizei pensando em quem vai prestar algum
concurso de nível médio organizado pela Fundação Cesgranrio e quer se
preparar para as questões de Português.

Nas próximas páginas você vai encontrar 10 questões de múltipla escolha

elaboradas pela banca, todas elas etiquetadas com indicação do
conteúdo no enunciado, além de gabarito no final.

A ideia por trás deste material é te estimular a

(1) resolver uma quantidade X de questões por dia;

(2) consultar o gabarito;
(3) verificar seus erros e acertos;
(4) entender seus pontos fortes e fracos;
(5) potencializar os pontos fortes;
(6) solucionar os pontos fracos.

Foi exatamente esse o passo a passo que utilizei na preparação para o

último concurso bem-sucedido que fiz. Se você segui-lo à risca, ao final da
apostila estará mais do que preparado(a) para enfrentar a área de
Português da sua prova.

Só toma cuidado para não responder a muitas questões por dia, tá? O ideal
é que você consuma esta apostila aos poucos, resolvendo no mínimo 5 e
no máximo 10 questões por dia, e sempre unindo essa resolução de
questões a algum estudo mais teórico dos conteúdos, tanto para
potencializar seus pontos fortes quanto para solucionar seus pontos fracos.

Sem mais delongas, bons estudos!

 ADMINISTRADOR DE COMOS/ADMINISTRADOR
DE PDMS - PROMINP (2010)
LÍNGUA PORTUGUESA III
COMO NÃO PENSEI NISSO ANTES?
Para ser um inventor, basta enxergar os
problemas como matéria-prima para a criatividade e
apostar nas próprias ideias.
1 “No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha
2 uma pedra no meio do caminho.” O poeta Carlos
3 Drummond de Andrade criou um dos textos mais
4 famosos da literatura brasileira ao buscar inspiração
5 num obstáculo. De forma parecida, muita gente,
6 famosa ou anônima, no decorrer da história, tem
7 convertido suas dificuldades em criações.
8 Não é difícil perceber que, na origem de todos
9 os objetos criados pelo homem, havia um problema.
10 Foi de tanto machucar os pés ao caminhar descalço
11 que algum remoto ancestral inventou o calçado, por
12 exemplo. Cansado de beber água usando as próprias
13 mãos, alguém concebeu o copo. E por aí vai.
14 Diante de uma pedra no caminho, pode-se
15 lamentá-la ou tentar removê-la. A primeira opção é a
16 mais fácil, mas não leva a nada. A segunda nos
17 permite não só dar um fim ao empecilho, mas também
18 deixar uma contribuição para a humanidade. Foi esse
19 rumo que o motorista de caminhão aposentado José
20 Roberto Rodrigues, de 55 anos, escolheu.
21 Há 15 anos, em um acampamento, José viu
22 um botijão de gás ir pelos ares. Impressionado com o
23 acidente, pôs na cabeça que poderia fazer algo para
24 evitá-lo. Anos depois, teve a ideia: se acondicionasse
25 o botijão dentro de uma estrutura fechada e a
26 conectasse com a área externa da casa, o problema
27 estaria resolvido. Afinal, a explosão só acontece se há
28 acúmulo de gás dentro da cozinha. Estava concebida
29 a cápsula antiexplosão.
30 Para construir a engenhoca, ele pegou um
31 balde grande de plástico, desses usados como lixeira,
32 e fez dois furos: um para a mangueira do botijão e
33 outro para permitir a conexão com o exterior da casa.
34 Se o gás vazar, sai para o ambiente externo. “Fiz tudo
35 sozinho”, orgulha-se José.
36 Tempos depois, inspirado pelas filhas, que
37 volta e meia deixavam a comida queimar, aperfeiçoou
38 o invento. Adicionou-lhe um dispositivo capaz de
39 controlar o tempo pelo qual o fogão permanece aceso.
40 Para isso, comprou um timer, aparelho encontrado em
41 lojas de material elétrico, e o acoplou à válvula do
42 botijão. Funciona como um relógio de corda: em
43 quinze minutos, quando completa a volta, o
44 equipamento trava a saída de gás. Se o cozimento for
45 demorado, é só reprogramar o dispositivo. (...)
46 A história de José mostra que não é preciso
47 pós-doutorado para transformar problemas do dia a
48 dia em solução. O necessário é ter autoconfiança,
49 persistência, motivação e capacidade de pensar por si
50 próprio, como enumera a psicóloga Eunice Alencar, da
51 Universidade Católica de Brasília. “Todos temos essas
52 características. O que precisamos é saber cultivá-las
53 para despertar nossa capacidade de criação”, diz
54 Eunice.(...)
55 A satisfação de ver a própria invenção ser
56 usada por várias pessoas é algo que Beatriz Zorovich,
57 de 78 anos, conhece há muitas décadas. Um belo dia,
58 quando estava na cozinha, ela percebeu que, se a
59 bacia que usava para lavar o arroz tivesse furinhos,
60 ficaria fácil escorrer os grãos. Com a ajuda do marido,
61 o engenheiro Sólon Zorovich, construiu um protótipo
62 em uma espécie de papel alumínio grosso.(...) Deu
63 certo: lançado na Feira de Utilidades Domésticas de
64 1962, o escorredor de arroz ganhou as cozinhas de
65 todo o país. Beatriz não sabe calcular exatamente
66 quanto ganhou com o produto. Mas lembra que os
67 lucros equivaliam ao seu salário de dentista. A patente
68 expirou em 1978.(...)
COSTA, Rachel. Sorria 13. abr./mai. 2010.
1. [COMPREENSÃO DE TEXTO] O texto “Como não
pensei nisso antes?” tem como tema as(os)
(A) invenções movidas pelo desespero do cotidiano.
(B) origens dos objetos de inventores famosos.
(C) problemas da vida de pessoas ilustres.
(D) inventores que saíram do anonimato.
(E) obstáculos do dia a dia transformados em
invenções.
2. [COESÃO TEXTUAL] O referente do termo em
destaque está correto em
(A) “...ou tentar removê-la.” (L. 15) (= a narradora)
(B) “...evitá-lo.” (L. 24) (= o botijão)
(C) “...e a conectasse...” (L. 25-26) (= a ideia)
(D) “Adicionou-lhe...” (L. 38) (= o fogão)
(E) “e o acoplou à válvula de botijão.” (L. 41-42) (= o
timer)
3. [CONJUNÇÕES] No trecho “Funciona como um
relógio de corda: em quinze minutos, quando
completa a volta, o equipamento trava a saída de
gás”. (L. 42-44), o termo em destaque estabelece
uma relação de
(A) explicação.
(B) causa.
(C) condição.
(D) comparação.
(E) consequência.
4. [RELAÇÃO ENTRE PALAVRAS] O verbo ganhar
possui vários sentidos. Em “o escorredor de arroz
ganhou as cozinhas de todo país.” (L. 64-65), o verbo
ganhar pode ser substituído, sem alterar o sentido e
sem promover alterações na estrutura da frase, por
(A) conquistou.
(B) apoderou-se.
(C) entrou.
(D) introduziu-se.
(E) venceu.
5. [COMPREENSÃO DE TEXTO] De acordo com o
texto, afirma-se que
(A) o objetivo de Beatriz e José Roberto era mudar de
profissão.
(B) as grandes invenções restringem-se ao universo
da cozinha.
(C) Beatriz e José Roberto transformaram
positivamente a “pedra” no caminho.
(D) Beatriz só foi capaz de inventar o escorredor
porque era dentista.
(E) Beatriz ganhou mais com a invenção do que como
dentista.
6. [COESÃO TEXTUAL] Observe os fragmentos
abaixo.
(A) Os alunos pegam facilmente tudo o que é
ensinado.
(B) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos.
(C) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de
figurinhas.
(D) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora.
(E) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar.

I - “Foi de tanto machucar os pés ao caminhar 10. [ORTOGRAFIA OFICIAL] O plural do trecho
descalço que algum remoto ancestral inventou o “Para ser um inventor, basta enxergar os problemas
calçado,” (L. 10-11) como matéria-prima para a criatividade...” está
II - “Cansado de beber água usando as próprias mãos, empregado, sem alteração do sentido original, de
alguém concebeu o copo.” (L. 12-13) forma adequada ao registro formal e culto da língua,
III - “Foi esse rumo que o motorista de caminhão em:
aposentado José Roberto Rodrigues, de 55 anos,
escolheu.” (L. 18-20) (A) Para sermos um inventor, basta-nos enxergar os
problemas como matéria-prima para as criatividades.
Há relação de causa e consequência APENAS em (B) Para serem inventores, basta-lhes enxergar os
problemas como matéria-primas para a criatividade.
(A) I. (C) Para ser inventores, bastam enxergar os
(B) II. problemas como matéria-prima para as criatividades.
(C) III. (D) Para ser inventor, basta que se enxergue os
(D) I e II. problemas como matérias-prima para a criatividade.
(E) II e III. (E) Para ser um inventor, basta enxergar os
problemas como matérias-primas para a criatividade.
7. [INTERPRETAÇÃO DE TEXTO] O sentido da
sentença “E por aí vai.” (L. 13), no trecho em que se GABARITO
encontra, é o mesmo em:
1-E 2-E 3-D 4-A 5-C
(A) E assim sucessivamente: para cada invenção, há 6-D 7-B 8-A 9-C 10 - E
uma motivação inicial.
(B) E tudo segue na mesma direção: todos os
problemas se transformam em invenções.
(C) O caminho das invenções é sempre o mesmo:
qualquer um pode inventar qualquer coisa. Gostou? Quer mais?
(D) Quando menos se espera, algo novo é inventado.
(E) Não vale a pena detalhar: no fundo, não há Adquira a versão completa da apostila
novidade.
Português Médio – Cesgranrio
8. [SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO] clicando no link abaixo:
Considere o texto para verificar em que situações a
substituição do se por mesmo que garante a
equivalência de sentido entre os enunciados em https://pay.kiwify.com.br/6p47jug
destaque.
Seus estudos agradecem!
I - Ficaria fácil escorrer os grãos se a bacia para
lavar o arroz tivesse furinhos. (mesmo que a
bacia para lavar o arroz tivesse furinhos).
II - A explosão só acontece se há acúmulo de gás
dentro da cozinha. (mesmo que haja acúmulo de
gás na cozinha).
III - Se o gás vazasse, saía para o ambiente externo.
(mesmo que o gás vazasse).

Há equivalência APENAS no apresentado em

(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

9. [SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA] A sentença em

que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo
sentido e integra a mesma construção sintática com
que é usado em “ele pegou um balde grande de
plástico,” (L. 30-31) é: