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BRUNA ÁDRIA CARVALHO BRINGEL


CAIO HIDELBRANDO ALENCAR VASCONCELOS
RAYNIO MARKFÁ ROCHA SILVA

Criado e editado por Raynio Markfá


(Google Imagens, 2018)
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• DEFINIÇÃO:
• Defeito na parede interatrial verdadeira. O defeito se
desenvolve em virtude do fechamento incompleto do
forame oval;

• Variam desde pequenos defeitos isolados até fenestrações


múltiplas e até ausência completa do septum primum.

• ETIOLOGIA:
• Defeito que impede o isolamento completo entre os
átrios, gerando Shunt esquerda-direita(maioria dos casos);

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• EPIDEMIOLOGIA:
• O defeito do septo atrial é uma das anomalias cardíacas
congênitas mais comuns reconhecida em adultos, mas
raramente é diagnosticada ou se manifesta na infância;

• Ocorre numa prevalência de 5% a 10% entre todas as


cardiopatias congênitas, predominando no sexo feminino
(2:1);

• Os defeitos do septo atrial apresentam uma grande


variabilidade de apresentação devido aos diferentes
mecanismos de falha do desenvolvimento embrionário.

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• Septum secundum(fossa oval) – 50 a
70% dos casos;

• Septum primum – 20 a 30%;

• Seio venoso – 10%.

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• QC:
• Assintomática até 30-40 anos

• Sintomatico: dispneia aos esforços, fadiga e


palpitações.

• Sintomas de hipertensão pulmonar

• Sinais de sobrecarga de volume;

• Dilatação de coração direito;

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 Exame fisico:
 Ictus acentuado do vd, desdobramento fixo e amplo de b2;
 Sopro sistólico ocasionado pelo fluxo na valva pulmonar;
 Ruflar diastólico por refluxo na valva tricúspide.

 Diagnóstico: clínica + exames


 Ecg:
 Brd incompleto; desvio do eixo para esquerda(ostium primum);
 Raio x de tórax:
 Acentuação da trama vascular pulmonar, proeminência do ad, vd e
artéria pulmonar principal;
 Eco:
 Aumento do ad, vd e artéria pulmonar; o doppler demonstra fluxo
transatrial com turbilhonamento;
 Eco com contraste pode mostrar o shunt;
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 Eco transesofágico se o transtorácico for inconclusivo.
• Cirúrgico:
• Fechamento recomendado: antes da idade escolar;
• Fechamento cirúrgico com auxílio de circulação
extracorpórea;

• Tipos:
• Fechamento percutâneo;
• Sutura direta;
• Pericárdio autólogo;
• Prótese de retalho arterial.

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• PÓS-OPERATÓRIO
• Imediato: perfuração cardíaca, bloqueio
atrioventricular transitório, embolização do
dispositivo, ou arritmias graves. (Raras – tem
relação com a experiência do cirurgião e do
tamanho do dispositivo percutâneo).

 Tardio: endocardite, embolização do dispositivo e erosão de


aorta e átrios
 * O tempo de internação foi em média de 2,2 dias para o
grupo percutâneo e de 7,4 dias para o grupo cirúrgico.

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• COMPLICAÇÕES:
 Atriosseptoplastiacirúrgica: tamponamento cardíaco e
necessidade de nova cirurgia;
 Presença de disfunção ventricular direita sistólica e
diastólica imediatamente após a intervenção cirúrgica com
permanência dessa disfunção após seis meses do
procedimento cirúrgico (o que não ocorre nos pacientes
submetidos a fechamento percutâneo);
 Fechamento percutâneo: embolização e arritmias;
 As duas formas são igualmente efetivos, no entanto a
atriosseptoplastia tem maior incidência de complicações e
tempo e permanência hospitalar significativamente maior.
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NOME HISTÓRIA CLÍNICA CIRURGIA EVOLUÇÃO

MARIA *PCT, 57 ANOS, DIAGNOSTICADA HÁ 6 MESES *TEMPO DE CEC: *08/02/18: PACIENTE EM 1° DPO, HEMODINAMICAMENTE
APARECI COM CIA. REFERE INÍCIO DO QUADRO COM 20 SEGUNDOS; ESTÁVEL, CONSCIENTE E ORIENTEADA. QUEIXAVA-SE DE
DA DISPNEIA EM REPOUSO + FADIGA E DOR NA REGIÃO DA FERIDA OPERATÓRIA; EM USO DE
OLIVEIRA PRECORDIALGIA EM PONTADA; *SEM OUTROS CEFAZOLINA, FUROSEMIDA, INSULINA REGULAR,
DADOS OMEPRAZOL, DIPIRONA.
*EF SEM ALTERAÇÕES; RELATADOS. *09/02/18: PACIENTE EVOLUI HEMODINAMICAMENTE
ESTÁVEL, CONSCIENTE E ORIENTEADA. SEM QUEIXAS; EM
*CLASSIFICAÇÃO DE NYHA: IV USO DAS MESMAS MEDICAÇÕES.
12/02/18: PACIENTE EVOLUI HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEL,
CONSCIENTE E ORIENTEADA, SEM QUEIXAS; EM USO DAS
MESMAS MEDICAÇÕES.
13/02/18: ALTA

ARIADNA *PCT, 31 ANOS, COM HISTÓRIA DE CEFALÉIA *OCLUSÃO *11/01/18: PACIENTE EM 1º DPO DE OCLUSÃO DE CIA,
CALIXTO INTENSA, PERDA TRANSITÓRIA DA VISÃO E PERCUTÂNEA DE HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEL, RESPIRANDO EM AR
SÍNCOPE; CIA. AMBIENTE. QUEIXA-SE DE DOR ESTERNAL À PALPAÇÃO. EM
* TC DE CRÂNIO EVIDENCIOU SINAIS DE MICRO USO DE BROMOPRIDA E DIPIRONA;
ISQUEMIAS CEREBRAIS; *12/01/2018: ALTA
* ECO COM RELATO DE “SHUNT” ATRIAL,
CONFIRMANDO HD DE FORAME OVAL
PERSISTENTE.

MARIA *PCT, 30 ANOS, ADMITIDA COM HISTÓRIA DE *CORREÇÃO DA *06/02/18:PACIENTE EM 1° DPO, HEMODINAMICAMENTE
CECÍLIA CANSAÇO AOS PEQUENOS ESFORÇOS. REFERE CIA DE SEIO ESTÁVEL, REFERINDO DOR EM FO.. REFERE TOSSE COM
DE QUE DESDE OS 19 ANOS DE IDADE, APRESENTA VENOSO COM EXPECTORAÇÃO ESBRANQUIÇADA. EM USO DE CEFAZOLINA,
SOUZA EPISÓDIOS DE DISPNEIA E UM EPISÓDIO DE REDIRECIONAME INSULINA REGULAR, TRAMADOL, DIPIRONA.
SÍNCOPE, COM PIORA PROGRESSIVA DO NTO DE FLUXO *08/02/18: 3º DPO, HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEL,
QUADRO ; EM 2017, RELATOU 3 EPISÓDIOS DE DE VPSP COM PERSISTÊNCIA DA DOR EM FO E DA TOSSE COM
SÍNCOPE PRECEDIDOS DE DOR PATCH PLASTIO EXPECTORAÇÃO ESBRANQUIÇADA. REFERE AINDA DISPNEIA
RETROESTERNAL; DE VEIA CAVA EM PEQUENOS E MÉDIOS ESFORÇOS. MANTÉM AS
*RX DE TÓRAX EVIDENCIOU AUMENTO DA SUPERIOR; MEDICAÇÕES.
ÁREA CARDÍACA; *TEMPO DE CEC: *14/02/18: PACIENTE EM 8º DPO, HEMODINAMICAMENTE
*ECO: SHUNT E-D COM CIA DE ~2CM, COM 50’. ESTÁVEL. FO LIMPA E SECA; PERSISTÊNCIA DA TOSSE
IMPORTANTE REPERCURSÃO HEMODINÂMICA. PRODUTIVA, QUE AGORA APRESENTA EXPECTORAÇÃO
ESVERDEADA. MANTÉM MEDICAÇÕES, COM EXCEÇÃO DA
CEFAZOLINA. AO EF: PRESENÇA DE RONCOS EM ÁPICES
BILATERAIS. 12
15/02/18: ALTA.
K.L. Sabiston: Tratado de Cirurgia, A Base da Prática Cirúrgica Moderna. 18ª ed.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. Vol I e II. 10.

Kasper, DL. et al. Harrison Medicina Interna, v.2. 16ª. Edição. Rio de Janeiro:
McGrawHill, 2006.

PEDRA, Carlos AC et al. Experiência inicial no fechamento percutâneo da


comunicação interatrial tipo Óstio Secundum com a prótese Figulla. Rev Bras
Cardiol Invasiva, v. 18, n. 1, p. 81-8, 2010

http://educacao.cardiol.br/manualc/PDF/V_CARDIOPATIA_CONGENITA.pdf

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