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Epidemiologia Translacional: Desafios

Semânticos e Outros
Moyses Szklo

“Somos anões sentados nos


ombros de gigantes. Nossa visão
de coisas distantes é melhor do
que jamais foi, não porque ela é
melhor do que a dos outros ou
porque somos mais altos, mas
sim porque esses gigantes nos
levantam e acrescentam a sua
grande estatura à nossa”

(John of Salisbury, no tratado Metalogicon,


escrito em Latin em 1159)

Homenagem a Rui Laurenti


A DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL
É A DEFINIÇÃO DE EPIDEMIOLOGIA

Epidemiologia: (1) Estudos das distribuições e determinantes de


estados de saúde ou eventos relacionados à saúde em
populações e tradução (2) aplicação dos resultados desses
estudos ao controle de problemas de saúde nessas populações
(Baseado em: Porta M. Dictionary of Epidemiology, 2014)

Epidemiologia Translacional: Transferência de novos


conhecimentos obtidos a partir de estudos epidemiológicos
(inclusive ensaios aleatorizados) ao planejamento de programas
e políticas de controle de enfermidades tanto a nível individual
quanto a nível populacional.
O Pai da Epidemiologia Translacional:
John Snow

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma


epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que
abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades
removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o
poço como a fonte de outra epidemia de cólera

Mortes por Cólera por 10,000 Casas, de Acordo com a Fonte do


Suprimento de Água, Londres, 1854
Suprimento de água No. de Mortes por Mortes por
casas cólera 10,000 casas
Southwark & Vauxhall 40,046 1,263 315
Lambeth 26,107 98 37
Outras 256,423 1,422 59
O Pai da Epidemiologia Translacional:
John Snow

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma


epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que
abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades
removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o
poço como a fonte de outra epidemia de cólera; e sugeriu que a água fosse
fervida antes de consumida
O Pai da Epidemiologia Translacional:
John Snow

Em meados do século XIX, John Snow descobriu que a causa de uma


epidemia de cólera era água fornecida por uma das companhias que
abasteciam Londres…e tambem conseguiu que as autoridades
removessem a manivela do poço da Rua “Broad” depois de identificar o
poço como a fonte de outra epidemia de cólera; e sugeriu que a água fosse
fervida antes de consumida
EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

RECOMENDAÇÕES
Único estudo sobre o tema

Custo-
Revisão Intervenções/
Evidências efetividade
sistemática Programas/Políticas
Estudos baseadas em
epidemiológicos Análise evidências
de
sensibilidade

• Avaliação dos níveis de


evidência
Implementação
• Avaliação de opções sobre *Aspectos éticos
intervenções, programas e Políticas
políticas (Análise de decisão) Recursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos


EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

RECOMENDAÇÕES
Único estudo sobre o tema

Custo-
Revisão Intervenções/
Evidências efetividade
sistemática Programas/Políticas
Estudos baseadas em
epidemiológicos Análise evidências
de
sensibilidade

• Avaliação dos níveis de


evidência
Implementação
• Avaliação de opções sobre *Aspectos éticos
intervenções, programas e Políticas
políticas (Análise de decisão) Recursos
…e sua relação com tradução e implementação

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos


Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva
II-2 Resultados
dramáticos em
experimentos naturais
III Especialistas na área
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva
II-2 Resultados
dramáticos em
experimentos naturais
III Especialistas na área
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva
II-2 Resultados
dramáticos em
experimentos naturais
III Especialistas na área
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva Diminuição da letalidade de diabetes depois da
II-2 Resultados introdução da insulina
dramáticos em Diminuição da prevalência de obesidade e da mortalidade por
experimentos naturais enfermidade coronariana depois do início do bloqueio econômico
III Especialistas na área de Cuba (Franco M, et al. Am J Epidemiol 2007;166:1374-1380)
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva Diminuição da letalidade de diabetes depois da
II-2 Resultados introdução da insulina
dramáticos em Diminuição da prevalência de obesidade e da mortalidade por
experimentos naturais enfermidade coronariana depois do início do bloqueio econômico
III Especialistas na área de Cuba (Franco M, et al. Am J Epidemiol 2007;166:1374-1380)
estão convencidos de 140
que a 14.3
intervenção,programa
ou politica é 7.2
85
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services Obesidade (%) 1991 1995
Task Force and Canada’s Periodic
(IMC >30) Mortalidade por enfermidade coronariana/100 000
Health Examination Task Force)
Ciência Translacional e de Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte Nestes três níveis, pressupõe-se
ou caso-controle que a intervenção, programa ou
sugere que a política causam mais benefícios do
intervenção, programa que danos
ou politica é
eficaz/efetiva
II-2 Resultados
dramáticos em
experimentos naturais
III Especialistas na área
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um
ensaio clínico
aleatorizado
demonstrou eficácia
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte
ou caso-controle
sugere que a
intervenção, programa
ou politica é
eficaz/efetiva
II-2 Resultados
dramáticos em
experimentos naturais
III Especialistas na área
estão convencidos de
que a
intervenção,programa
ou politica é
eficaz/efetiva
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic
Health Examination Task Force)
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de A intervenção ou
aleatorizado certeza de que o programa ou política deve
demonstrou eficácia benefício é substancial ser implementado
ou efetividade B Há um forte grau de
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
A TRADUÇÃO DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA

EU ACHO QUE AQUI


VOCÊ DEVERIA TER
SIDO MAIS
(1)
ESPECÍFICO
(2)
E ENTÃO
OCORRE UM
MILAGRE...
A TRADUÇÃO DE CONHECIMENTOS NÃO É UMA CIÊNCIA EXATA

William Farr (1807–1883): “A morte é um


fato. Tudo o mais é inferência” (citado por
John Last, The Gale Group Inc., Macmillan
Reference USA, New York, 2002).
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de A intervenção ou
aleatorizado certeza de que o programa ou política deve
demonstrou eficácia benefício é substancial ser implementado
ou efetividade B Há um forte grau de
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de A intervenção ou
aleatorizado certeza de que o programa ou política deve
demonstrou eficácia benefício é substancial ser implementado
ou efetividade B Há um forte grau de
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementado
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementada
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa
ou efetividade B Há um forte grau de ou política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementada
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa,
ou efetividade B Há um forte grau de política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementada
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência Rastreamento de Câncer de Próstata
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa,
ou efetividade B Há um forte grau de política deve ser
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que o benefício é implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área forte ou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementada
que a que o dano é maior do
intervenção,programa que o benefício
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Mortalidade por Câncer de Próstata no
Estudo Aleatorizado dos Estados
Unidos de Rastreamento por PSA Mortalidade por Câncer de Próstata no
Estudo Aleatorizado Europeu de
Rastreamento por PSA

Mortalidade
Mortalidade

Tempo de seguimento (anos)


(Schroder FH, et al. Lancet 2014;384:2027-2035)

Tempo de seguimento (anos) “…o ERSPC confirma uma redução


(Andriole GL, et al. New Eng J Med 2009;360:1310-1319) substancial da mortalidade por câncer de
próstata atribuível ao teste de PSA…depois
“Depois de 7 a 10 anos de de 13 anos de seguimento…
seguimento, a mortalidade por
câncer de próstata era muito baixa
a não diferiu significantemente
entre os dois grupos.”
Mortalidade por Câncer de Próstata no
Estudo Aleatorizado dos Estados
Unidos de Rastreamento por PSA Mortalidade por Câncer de Próstata no
Estudo Aleatorizado Europeu de
Rastreamento por PSA

Mortalidade
Mortalidade

Tempo de seguimento (anos)


(Schroder FH, et al. Lancet 2014;384:2027-2035)

Tempo de seguimento (anos) “…o ERSPC confirma uma redução


(Andriole GL, et al. New Eng J Med 2009;360:1310-1319) substancial da mortalidade por câncer de
próstata atribuível ao teste de PSA…depois
“Depois de 7 a 10 anos de de 13 anos de seguimento…No entanto,
seguimento, a mortalidade por quantificação dos efeitos deletérios do
câncer de próstata era muito baixa restreamento…ainda é considerada como um
a não diferiu significantemente pré-requisito para o rastreamento de base
entre os dois grupos.” populacional.”
PSA (≥4.0 ng/ml): Frequência de Falso Positivos
Prevalência do Câncer de Próstata Depois dos 60 anos = 33%

Validade do PSA Frequência de falso-


positivos
Sensibilidade 35 - 71%
Especificidade 63 - 91% ≈ 20% - 68%

(Crawford et al, The Prostate 1999;38:296; Gann et al, JAMA


1995;273-289)
Algumas causas de Falso-
Positividade do PSA

Transitórias:
• Prostatite Complicações da biópsia
• Endoscopia da uretra
• Ejaculação • Dor severa: 24%
• Certos medicamentos • Hematúria e hematospermia:
(ex: anti-andrógenos, 40-50%
finasteride) • Febre alta: 3-4%

De longa duração:
• Hiperplasia benigna da
próstata

Complicações do tratamento Cirurgia Radioterapia


Morte 0.5 – 1.0% 0.2 – 0.5%
Incontinência urinária 2.0 – 27.0% 1.0 – 2.0%
Impotência sexual 15.0 – 60% 40.0 – 67%
Estreitamento da uretra 10.0 – 18.0% 3.0 – 8.0%
História Natural do Teste PSA

Positivo

PSA
Verdadeiro negativo
Negativo
Falso negativo
História Natural do Teste PSA

Cirurgia ou
Câncer
Positiva Radioterapia
potencialmente
Positivo Biópsia invasivo
Negativa
PSA Jamais invasivo
Verdadeiro negativo
Negativo
Falso negativo

Câncer de próstata não se torna invasivo na maioria


dos indivíduos
Câncer de
próstata não se
torna invasivo
na maioria dos
indivíduos

DEFINIÇÃO REVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE


Câncer de
próstata não se
torna invasivo
na maioria dos
indivíduos

DEFINIÇÃO REVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE

• Indivíduos com PSA positivo, mas sem


câncer de próstata…e…
Câncer de
próstata não se
torna invasivo
na maioria dos
indivíduos

DEFINIÇÃO REVISADA DE FALSO-POSITIVIDADE

• Indivíduos com PSA positivo, mas sem


câncer de próstata…e…

• Individuos com câncer de próstata que


jamais se torna invasivo
Epidemiologia Translacional e Implementação*
Níveis de evidência Rastreamento de Câncer de Próstata
Níveis Definições
I Pelo menos um Categoria Tradução Implementação
ensaio clínico A Há um forte grau de
aleatorizado certeza de que o
demonstrou eficácia benefício é substancial A intervenção, programa,
B HáEstudo
um forteEuropeu
grau de política deve ser

Mortalidade
ou efetividade
II-1 Um estudo de coorte certeza de que o implementada
ou caso-controle benefício é moderado a
sugere que a substancial
intervenção, programa C Há um grau de certeza A intervenção, programa
ou politica é forte ou moderado de ou política deve ser
eficaz/efetiva que(Schroder
o benefício é 2014)
FH et al, implementada, mas a
II-2 Resultados pequeno decisão deve ser feita a
dramáticos em nível individual
experimentos naturais D Há um grau de certeza A intervenção, programa
III Especialistas na área peloforte
menosou moderado de ou política não deve ser
estão convencidos de que não há benefício ou implementada na população.
que o dano é maior do A decisão deve ser feita
que a
que o benefício a nível individual
intervenção,programa
ou politica é I A evidência atual não Se a intervenção for
eficaz/efetiva existe ou é inconsistente implementada, os
ou de baixa qualidade indivíduos devem saber
(*Baseado em: US Preventive Services
Task Force and Canada’s Periodic que sua efetividade é
Health Examination Task Force) duvidosa
Temas de Natureza Semântica e Outros
Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


Confundimento é sempre um viés?..
A semântica da epidemiologia translacional difere da
semântica da epidemiologia acadêmica?
É engraçado que somente as
pessoas de quem eu discordo
são sempre enviesadas
Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos

Em alguns livros de texto de epidemiologia

- Viés por confundimento


Viés de seleção
- Outros tipos de viés
Viés de informação

Confundimento é um fenômeno comum em estudos


observacionais (estudos de coorte, caso-controle, pré-pós,
quasi-experimental)
Estudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Servem de base a numerosas políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é


uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para
prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é


útil à epidemiologia translacional?
Estudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é


uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para
prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é


útil à epidemiologia translacional?
Exemplos de Políticas Influenciadas por Evidências
Epidemiológicas Observacionais

• Proibição de fumo em ambientes fechados

• Limites (padrões) de poluição atmosférica e de radiação


ionizante

• Consumo de ácido fólico em produtos alimentícios

• Rótulos em alimentos processados referentes à quantidade de


gorduras animais e sódio

• Vacinação

Etc, etc
Estudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é


uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para
prevenção primária

• No entanto, uma associação que resulta de confundimento é


útil à epidemiologia translacional?
Estudos Observacionais

• Estão em boa companhia: Geologia, Astrofísica, Ecologia, etc...

• Tem servido de base a políticas de saúde

• Porem, em estudos observacionais, confundimento residual é


uma ameaça à inferência causal, que é sine qua non para
prevenção primária

• Isso significa que uma associação que resulta de


confundimento não tem utilidade para a epidemiologia
translacional?
- Intervenções
- Programas
- Políticas públicas
Viés e Confundimento São Fenômenos Diferentes e Ocorrem
em Fases Diferentes da “História Natural” de um Estudo

População Participantes Coleta de Resultados


dados
Viés de Viés
Viés de inferencial
seleção informação
Confundimento

(Baseado em: Samet J)


Exemplo de Associação Resultante de
Confundimento

Marcador de alto risco

Útil para…

(a) Rastreamento a fim de


Etnia Afro-Americana e identificar e controlar
hipertensão arterial hipertensão arterial

Variáveis de confundimento (b) Prevenção primária de


• Consumo excessivo de sal fatores de risco modificáveis
• Dieta altamente calórica
• Obesidade
• Hábitos sedentários
CONFUNDIMENTO É UM
VIÉS?

Depende…

• Sim, se o objetivo é estabelecer causalidade:


confundimento etiológico

• Não, se o objetivo é identificar groups de


alto risco: confundimento de Saúde Pública*

*Donna Spiegelman
Temas de Natureza Semântica e Outros
Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade
Que modelo deve ser escolhidoepara o estudo de associações em
pseudo-heterogeneidade
epidemiologia translacional?

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


A soberania do modelo aditivo
Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações
em epidemiologia translacional?

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo


Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005
Fumante? Exposição No. Pessoas- Taxa** Risco Diferença
a asbesto* Ano Relativo absoluta**
Never Baixa 280 812 2.8 1.0
Elevada 23 686 33.8 12.1 31.0

Current Baixa 581 497 81.3 1.0


Elevada 50 590 636.5 7.8 555.2

*<10 anos vs. ≥30 anos de **por 100 000


exposição ocupacional a asbesto

(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)


“A melhor forma de
analisar dados é…olhar
para os dados e pensar
naquilo que se está vendo”

( George W. Comstock),
A soberania do modelo aditivo
Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações
em epidemiologia translacional?

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo


Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005
Fumante? Exposição No. Pessoas- Taxa** Risco Diferença
a asbesto* Ano Relativo absoluta**
Never Baixa 280 812 2.8 1.0
Elevada 23 686 33.8 12.1 31.0

Interação multiplicativa negativa


Current Baixa 581 497 81.3 1.0
Elevada 50 590 636.5 7.8 555.2

*<10 anos vs. ≥30 anos de **por 100 000


exposição ocupacional a asbesto

(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)


RR
A soberania do modelo aditivo
Que modelo deve ser escolhido para o estudo de associações
em epidemiologia translacional?

Mortalidade por Câncer de Pulmão/100 Pessoas-Ano Segundo


Hábito de Fumar e Exposição a Asbesto, 1971-2005
Fumante? Exposição No. Pessoas- Taxa** Risco Diferença
a asbesto* Ano Relativo absoluta**
Never Baixa 280 812 2.8 1.0
Elevada 23 686 33.8 12.1 31.0

Interação aditiva positiva!


Current Baixa 581 497 81.3 1.0
Elevada 50 590 636.5 7.8 555.2

*<10 anos vs. ≥30 anos de **por 100 000


exposição ocupacional a asbesto

Para a epidemiologia translacional, o modelo aditivo é


soberano!
(Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)
Temas de Natureza Semântica e Outros
Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa
ou Política
Nível Descrição do Nível
1a Melhor Revisão sistemática e meta-análise de ensaios aleatorizados de boa
qualidade com homogeneidade
1b Um único ensaio aleatorizado de boa qualidade com boa precisão
1c Experimentos naturais
2a Revisão sistemática e meta-análise de estudos de coorte de boa
qualidade com homogeneidade
2b Um único estudo de coorte de boa qualidade com boa precisão
2c Pesquisa de desfechos baseada em registros disponíveis
3a Revisão sistemática e meta-análise de estudos de casos e controles de
boa qualidade com homogeneidade
3b Um único esudo de casos e controles de boa qualidade com boa
precisão
4 Série de casos e estudos de coorte e de casos e controles de menor
qualidade
5 Pior Opinião de especialistas não baseada em evidências
Níveis de Evidência: Critérios para Avaliação da Efetividade de uma Intervenção, Programa
ou Política
Nível Descrição do Nível
1a Revisão sistemática e meta-análise de ensaios aleatorizados de boa
qualidade com homogeneidade
1b Um único ensaio aleatorizado de boa qualidade com boa precisão
1c Experimentos naturais
2a Revisão sistemática e meta-análise de estudos de coorte de boa
qualidade com homogeneidade
2b Um único estudo de coorte de boa qualidade com boa precisão
2c Pesquisa de desfechos baseada em registros disponíveis
3a Revisão sistemática e meta-análise de estudos de casos e controles de
boa qualidade com homogeneidade
3b Um único esudo de casos e controles de boa qualidade com boa
precisão
4 Série de casos e estudos de coorte e de casos e controles de menor
qualidade
5 Opinião de especialistas não baseada em evidências
Temas Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


A Principal Ameaça à Verdadeira
Homogeneidade

Viés de Publicação: Ocorre quando fatores


não relacionados à qualidade do
manuscrito influenciam a probabilidade de
publicação

O viés de publicação resulta de política


editorial?

Os autores têm medo de rejeição de


resultados “negativos”?
“Caro autor”
“Obrigado por enviar seu artigo para
a nossa revista”
“Para não perder tempo, estamos
incluindo duas cartas de rejeição”
“Uma para esse artigo e a outra
para o próximo artigo que o Sr.
nos enviar”
Fatores Associados a Viés de Publicação
Fatores Associados a Viés de Publicação

• Maior chance de publicação se os resultados forem


estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos


aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que


favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do
que os financiados por agências públicas
Fatores Associados a Viés de Publicação

• Maior chance de publicação se os resultados forem


estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos


aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que


favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do
que os financiados por agências públicas
Fatores Associados a Viés de Publicação

• Maior chance de publicação se os resultados forem


estatisticamente significantes

• Chance de publicação de resultados de ensaios clínicos


aleatorizados é menor do que os de estudos observacionais

• Resultados de ensaios clínicos patrocinados pela industria que


favorecem o produto têm maior probabilidade de publicação do
que os financiados por agências públicas
Avaliação de Viés de Publicação Prevenção de Viés de Publicação
em Revisões Sistemáticas
• Publicação de descrições de
• “Beggs funnel plot” desenhos de estudos

• Testes de simetria • Registros (exemplo: Cochrane)


Temas de Natureza Semântica e Outros
Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos


utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do
seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em


que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de


modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição


e/ou do desfecho
Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos


utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do
seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em


que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de


modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição


e/ou do desfecho
Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos


utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do
seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em


que o estudo é realizado

• Diferenças com relação à prevalências de


modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição


e/ou do desfecho
Investigação de John Snow: Número
Casos de Cólera Por Data de Início da
Enfermidade
Número de casos

Número de casos
Manivela removida
em 8 de setembro
Casos não
relacionados
à exposição

Agosto Setembro Período de TEMPO


incubação
(latência) CURVA EPIDÊMICA
mínimo
Início da
exposição

Examplos: (Armenian HK, Lilienfeld AM. Am J Epidemiol 1974;99:92-100

• Tumores de bexiga em trabalhadores expostos a pigmentos de tinturas

• Leucemia depois da explosão da bomba atômica


Número de casos TEMPO
Estudos com Estudos em que as
resultados nulos associações
são encontradas

Início da
exposição
Heterogeneous

Exemplo: terapia de substituição hormonal e câncer de mama


Razões de ”Hazards”
Ano

Nos 3 primeiros anos após a


introdução da terapia hormonal, não foi
observado um aumento de risco

Câncer de Mama: Razões de “Hazards” (IC 95%) de Estrogênio + Progestina de Acordo com o
Ano de Estudo em Mulheres que, na Linha de Base, Jamais Haviam Usado Terapia Hormonal:
“Women’s Health Initiative” (Modificado de: Anderson GL et al, Maturitas 2006;55:103-15)
Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos


utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do
seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em


que o estudo é realizado

• Diferenças com relação às prevalências de


modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição


e/ou do desfecho
Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano,
1971-2005

Fumo Exposição a No. de No. de Taxa Diferença


Asbestos* Mortes Pessoas-Ano absoluta*
Nunca Baixa 8 280 812 2.8
31.0
Elevada 8 23 686 33.8

Atual Baixa 473 581 497 81.3


555.2
Elevada 322 50 590 636.5
*Por 100 000 Pessoas-Ano

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)


Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano,
1971-2005

Fumo Exposição a No. de No. de Taxa Diferença


Asbestos* Mortes Pessoas-Ano absoluta*
Nunca Baixa 8 280 812 2.8
31.0
Elevada 8 23 686 33.8
*Por 100 000 Pessoas-Ano

Atual Baixa Estudo


473 No.
5811497 81.3
555.2
Elevada 322 50 590 636.5

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)


Taxas de Mortalidade Por Câncer de Pulmão por 100 000 Pessoas-Ano,
1971-2005

Fumo Exposição a No. de No. de Taxa Diferença


Asbestos* Mortes Pessoas-Ano absoluta*
Atual Baixa 473 581 497 81.3
555.2
Elevada 322 50 590 636.5
*Por 100 000 Pessoas-Ano

Estudo No. 2

*Baixa: < 10 anos de exposição ocupacional

Elevada: ≥ 30 anos de exposição ocupacional

(Modificado de: Frost G, et al. Ann Occup Hyg 2011;55:239-247)


Fumo Exposição a No. de No. de Taxa Diferença
Asbestos* Mortes Pessoas-Ano absoluta*
Nunca Baixa 8 280 812 2.8
31.0
Elevada 8 23 686 33.8

Estudo No. 1

Heterogeneous

Estudo No. 2
Fumo Exposição a No. de No. de Taxa Diferença
Asbestos* Mortes Pessoas-Ano absoluta*
Atual Baixa 473 581 497 81.3
555.2
Elevada 322 50 590 636.5
Determinantes de Heterogeneidade nos Resultados dos Estudos

• Diferenças com relação ao desenho e procedimentos


utilizados (exemplos: variáveis ajustadas, duração do
seguimento, etc.)

• Diferenças com relação à fase da história natural em


que o estudo é realizado

• Diferenças com relação às prevalências de


modificadores de efeito

• Diferenças com relação à variabilidade da exposição


e/ou do desfecho
Efeito da Variabilidade da Exposição

Heterogêneos

Estudo A Estudo B
Hipertensão Arterial

Hipertensão Arterial
Associação fraca Associação forte

Consumo de Sal Consumo de Sal

Desvio Padrão
Coeficiente de Variabilidade   100
Média
Human population
size (in thousands)
Humana (× 1000)
Human population
size (in thousands)
População

NumberdeofCegonhas
Número storks
Correlação Entre o Tamanho da População de Oldenburg e o
Número de Cegonhas Observado em Cada Ano de 1930 a 1936
Ornitholigische Monatsberichte 1936;44(2)
Coeficiente de Correlação = 0.70
Um “detour”: A falácia ecológica é sempre…falácia ecológica?
NÃO!
Correlações ecológicas às vezes produzem resultados mais
válidos do que estudos observacionais em indivíduos

Y Indivíduos Valores médios


A
B
C
D

X X
Conclusões

• Homogeneidade não é necessariamente evidência a


favor de causalidade ou efetividade (viés de publicação)

• Heterogeneidade não é necessariamente evidência de


que a relação não é causal

Consequentemente, os determinantes de
homogeneidade e heterogeneidade tem que ser
melhor compreendidos a fim de que estes conceitos
possam ser usados a favor ou contra a existência de
uma relação causal ou efetividade positiva
Temas Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade


EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

RECOMENDAÇÕES
Único estudo sobre o tema

Custo-
Revisão Intervenções/
Evidências efetividade
sistemática Programas/Políticas
Estudos baseadas em
epidemiológicos Análise evidências
de
sensibilidade

• Avaliação dos níveis de


evidência
Implementação
• Avaliação de opções sobre *Aspectos éticos
intervenções, programas e Políticas
políticas (Análise de decisão) Recursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos


Análise de decisão: abordagem quantitativa para a avaliacão do
valor relativo (efetividade) de uma ou mais intervenções,
programas ou serviços de saúde
Uma das estratégias da análise de decisão é a
construção de uma árvore de decisão, cujo objetivo é
estimar efetividade

ÁRVORE DE DECISÃO

Nódulo de decisão: sob controle do investigador

Nódulo de probabilidade: fora de controle do investigador

Exemplo árvore de decisão com dois nódulos de probabilidade: (1)


aderência ao programa/protocolo/intervenção e (2) classe social
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta(0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta(0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50)
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta(0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta(0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50)
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta(0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta(0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50)
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.70)
CS

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10)

CS
Não
(0.30)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Classe Social Alta (0.10)


Sim
(0.30) CS

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta (0.10)

CS
Não
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50)
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
0.70 × 0.10 × 0.10
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta (0.10) = 0.007

Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta(0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50)
(0.70)
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
0.70 × 0.10 × 0.10
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta (0.10) = 0.007

Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não
(0.30) Mortalidade (0.50)

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Classe Social Alta(0.10) Mortalidade (0.50)

CS
Não Mortalidade (0.50) 0.70 × 0.90 × 0.50
(0.70) = 0.315
Classe Social Baixa(0.90)

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
0.70 × 0.10 × 0.10
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta (0.10) = 0.007

Sim
(0.70)
CS 0.70 × 0.90 × 0.20
Mortalidade (0.20) = 0.126

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
0.30 × 0.10 × 0.50
Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)
= 0.015

CS
Não 0.30 × 0.90 × 0.50
(0.30) Mortalidade (0.50)
= 0.135
Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90) Total = 0.2830

0.30 × 0.10 × 0.05


Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10) = 0.0015
Sim
(0.30) CS
0.30 × 0.90 × 0.10
Mortalidade (0.10)
= 0.027

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência
Mortalidade (0.50) 0.70 × 0.10 × 0.50
Classe Social Alta (0.10) = 0.035

CS
Não Mortalidade (0.50) 0.70 × 0.90 × 0.50
(0.70) = 0.315
Classe Social Baixa(0.90)
Total = 0.3785

Exemplo de árvore de decisão com 2


nódulos de probabilidades
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

SC

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Para os que aderem à


Exemplo de árvore de decisão com 2 intervenção, B tem mortalidade
nódulos de probabilidades mais baixa do que A
Mortalidade (0.10)
Classe Social Alta(0.10)
Sim
(0.70)
CS
Mortalidade (0.20)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

Classe Social Alta (0.10) Mortalidade (0.50)

SC

Nódulo de decisão Classe Social Baixa (0.90)

Mortalidade (0.05)
Classe Social Alta (0.10)
Sim
(0.30) CS
Mortalidade (0.10)

Classe Social Baixa (0.90)


Aderência

No entanto, aderência é maior ao


programa A do que ao programa B

Para os que aderem à


Exemplo de árvore de decisão com 2 intervenção, B tem mortalidade
nódulos de probabilidades mais baixa do que A
Eficácia Vs. Efetividade
Programa A: maior mortality, porem, maior Programa B: menor mortality, porem, menor
aderência (70%) aderência (30%)
Aderência Classe Mortal. Probab. Aderência Classe Mortal. Probab.
Social conjunta Social conjunta
0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007 0.30 × 0.10 × 0.05 = 0.0015
0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126 0.30 × 0.90 × 0.10 = 0.027
0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015 0.70 × 0.10 × 0.50 = 0.035
0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135 0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315
Mortal. (0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × Mortal. (0.0015 + 0.027 + 0.035 + 0.315)
total 100 = 28.30% total × 100 = 37.85%

Conclusão: Para aderentes, a mortalidade associada ao programa B é menor do


que ao programa A (isto é, o programa B é mais eficaz), mas como a aderência
é maior para o programa A, a mortalidade total dos seus participantes, que
incluem tanto aderentes quanto não aderentes, é menor do que a do programa
B (isto é, o programa A é mais efetivo)
Eficácia Vs. Efetividade
Programa A: maior mortality, porem, maior Programa B: menor mortality, porem, menor
aderência (70%) aderência (30%)
Aderência Classe Mortal. Probab. Aderência Classe Mortal. Probab.
Social conjunta Social conjunta
0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007 0.30 × 0.10 × 0.05 = 0.0015
0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126 0.30 × 0.90 × 0.10 = 0.027
0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015 0.70 × 0.10 × 0.50 = 0.035
0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135 0.70 × 0.90 × 0.50 = 0.315
Mortal. (0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × Mortal. (0.0015 + 0.027 + 0.035 + 0.315)
total 100 = 28.30% total × 100 = 37.85%

Conclusão: Para aderentes, a mortalidade associada ao programa B é menor do


que ao programa A (isto é, o programa B é mais eficaz), mas como a aderência
é maior para o programa A, a mortalidade total dos seus participantes, que
incluem tanto aderentes quanto não aderentes, é menor do que a do programa
B (isto é, o programa A é mais efetivo)
EPIDEMIOLOGIA TRANSLACIONAL: O PROCESSO

RECOMENDAÇÕES
Único estudo sobre o tema

Custo-
Revisão Intervenções/
Evidências efetividade
sistemática Programas/Políticas
Estudos baseadas em
epidemiológicos Análise evidências
de
sensibilidade

• Avaliação dos níveis de


evidência
Implementação
• Avaliação de opções sobre *Aspectos éticos
intervenções, programas e Políticas
políticas (Análise de decisão) Recursos

Tradução de Conhecimentos Epidemiológicos


Análise de Sensibilidade

Estratégia de avaliação de mudanças no “output”


(resultados) de um certo modelo como resultado da
variação de certos parâmetros do modelo (ou
pressupostos) dentro de uma faixa de valores razoável
(Szklo M & Nieto FJ. Epidemiology: Beyond the Basics. 3ª Edição, Jones &
Bartlett, 2014)

Exemplo: Qual seria diferença na mortalidade entre os


programas A e B se a aderência ao programa B
aumentasse para 50%? (Pressuposto: o aumento de 30%
para 50% é factível)
Análise de Sensibilidade – pressuposto: aderência de B aumentou para 50%
Programa A: maior mortality e maior aderência Programa B: menor mortality, aderência
(70%) aumentada para 50%
Aderência Classe Mortal. Probab. Aderência Classe Mortal. Probab.
Social conjunta Social conjunta
0.70 × 0.10 × 0.10 = 0.007 0.50 × 0.10 × 0.05 = 0.0025
0.70 × 0.90 × 0.20 = 0.126 0.50 × 0.90 × 0.10 = 0.045
0.30 × 0.10 × 0.50 = 0.015 0.50 × 0.10 × 0.50 = 0.025
0.30 × 0.90 × 0.50 = 0.135 0.50 × 0.90 × 0.50 = 0.225
Mortal. (0.007 + 0.126 + 0.015 + 0.135) × Mortal. (0.0025 + 0.045 + 0.025 + 0.225)
total 100 = 28.30% total × 100 = 29.75%

(Antes: 37.85%)

O Programa A é ainda um pouco mais efetivo do que o Programa B, mas


como a diferença é pequena, se o custo de B for menor, pode ser custo-
efetivo implementar o Programa B
Árvore de Decisão com um Nódulo de Decisão: Terapia Anti-Hipertensiva e Enfermidade Coronariana

Sim (0.68) Incidência (0.005)


Nota: Efetividade tem
validade externa Sim (0.53) Controle da
limitada hipertensão

Incidência (0.011)
Nódulo de decisão: Não (0.32)
terapia oferecida a todos Aderência
os pacientes com Sim (0.10) Incidência (0.005)
hipertensão arterial

Controle da
Nódulos de Não (0.47) hipertensão
chance
Incidência(0.011)
Não (0.90)

Incidência em aderentes e não aderentes

Sim: (0.53 × 0.68 × 0.005) + (0.53 × 0.32 × 0.011)= 0.0037= 3.7/1,000


Não: (0.47 × 0.10 × 0.005) + (0.47 × 0.90 × 0.011)= 0.0049= 4.9/1,000
(Nieto FJ, et al. Population awareness and control of hypertension and hypercholesterolemia. Arch Intern Med 1995;155:677-684;
Chambless LE, et al. Association of coronary heart disease incidence with carotid arterial wall thickness and major risk factors. Am J
Epidemiol 1997;146:483-494; Moore J. Hypertension. Catching the Silent Killer. The Nurse Practitioner 2005;30:16-35)
Temas Relevantes à Epidemiologia Translacional

• Confundimento é sempre um viés?

• A soberania do modelo aditivo

• Pseudo-homogeneidade e pseudo-heterogeneidade

• Análise de decisão e análise de sensibilidade

• Estratégia Populacional vs. Estratégia de Alto Risco (Rose)


Estratégia de Alto Risco
(intervenção em causas proximais):
identificação, tratamento e controle
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da
incidência de AVE (Law MR, et al. Br
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica


Estratégia de Alto Risco
(intervenção em causas proximais):
identificação, tratamento e controle
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da
incidência de AVE (Law MR, et al. Br
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica


Estratégia de Alto Risco
(intervenção em causas proximais):
identificação, tratamento e controle
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da
incidência de AVE (Law MR, et al. Br
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica


Estratégia de Alto Risco Estratégia Populacional: decréscimo de 33% do
(intervenção em causas proximais): consumo per capita de sal na população 
identificação, tratamento e controle incidência de AVE de ≈22% (Law et al)
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da Pré-hipertensão +
incidência de AVE (Law MR, et al. Br hipertensão

No. de indivíduos
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Pressão Arterial Sistólica


Hipertensão

Pressão Arterial Sistólica


Estratégia de Alto Risco Estratégia Populacional: decréscimo de 33% do
(intervenção em causas proximais): consumo per capita de sal na população 
identificação, tratamento e controle incidência de AVE de ≈22% (Law et al)
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da Pré-hipertensão +
incidência de AVE (Law MR, et al. Br hipertensão

No. de indivíduos
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Pressão Arterial Sistólica


Hipertensão Depois da Antes da
intervenção intervenção

Pressão Arterial Sistólica


Estratégia de Alto Risco Estratégia Populacional: decréscimo de 33% do
(intervenção em causas proximais): consumo per capita de sal na população 
identificação, tratamento e controle incidência de AVE de ≈22% (Law et al)
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da Pré-hipertensão +
incidência de AVE (Law MR, et al. Br hipertensão

No. de indivíduos
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Pressão Arterial Sistólica


Hipertensão Depois da Antes da
intervenção intervenção
Pré-hipertensão +
No. de indivíduos hipertensão
Pressão Arterial Sistólica

Pressão Arterial Sistólica


Depois da Antes da
intervenção intervenção
Estratégia de Alto Risco Estratégia Populacional: decréscimo de 33% do
(intervenção em causas proximais): consumo per capita de sal na população 
identificação, tratamento e controle incidência de AVE de ≈22% (Law et al)
de todos os pacientes com
hipertensão arterial  de ≈15% da Pré-hipertensão +
incidência de AVE (Law MR, et al. Br hipertensão

No. de indivíduos
Med J 1991;302:819-24)

Pré-hipertensão
No. de indivíduos

Populacional
Pressão Arterial Sistólica
Hipertensão Depois da Antes da - Risco relativo
intervenção intervenção
baixo
Pré-hipertensão +
hipertensão
- Risco atribuível
No. de indivíduos
Pressão Arterial Sistólica
na população
Alto Risco elevado

• Risco relativo elevado

• Risco atribuível na Pressão Arterial Sistólica


população baixo Depois da Antes da
intervenção intervenção
Prevalência FR (RR  1.0)
RA POP * 
Prevalência FR (RR  1.0)  1.0
*Risco Atribuível na População Sem Ajuste

Hipertensão severa (PAS= 160+ or DBP=100+ mmHg) e AVE

- Risco Relativo ~ 4.0

- Prevalência ~ 5%
0.05(4.0  1.0)
RA POP   100  13%
0.05(4.0  1.0)  1.0

Pré-hipertensão (PA= 120-139 or DBP 80-98 mmHg) e AVE

- Risco Relativo ~ 1.5

- Prevalência ~ 50%
0.50(1.5  1.0)
RA POP   100  20%
0.50(1.5  1.0)  1.0

(Chobanian A, et al. The seventh report of the Joint National Committee on prevention, detection, evaluation and
treatment of high blood pressure: the JNC 7 report. JAMA 2003;289:2560-2572)
Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação Tem como objetivo o estudo de


de conhecimentos etiologia e mecanismos de doença
Avalia associações através de Avalia associações através de
medidas baseadas em medidas baseadas em razões
diferenças absolutas (risco (risco relativo, razão de
atribuível)… chances)…
…e consequentemente privilegia …e consequentemente privilegia
avaliação de interação aditiva avaliação de interação
multiplicativa
Avalia efetividade Avalia eficácia
Considera confundimento de Considera confundimento
Saúde Pública de utilidade para etiológico como um viés
a identificação de grupos de alto semelhante ao viés de seleção
risco
Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação Tem como objetivo o estudo de


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atribuível)… chances)…
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Avalia efetividade Avalia eficácia
Considera confundimento de Considera confundimento
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a identificação de grupos de alto semelhante ao viés de seleção
risco
Epidemiologia Translacional Epidemiologia Acadêmica

Tem como objetivo a aplicação Tem como objetivo o estudo de


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Avalia associações através de Avalia associações através de
medidas baseadas em medidas baseadas em razões
diferenças absolutas (risco (risco relativo, razão de
atribuível)… chances)…
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multiplicativa
Avalia efetividade Avalia eficácia
Considera confundimento de Considera confundimento
Saúde Pública de utilidade para etiológico como um viés
a identificação de grupos de alto semelhante ao viés de seleção
risco
“Saber não é suficiente:
é necessário aplicar

Ter vontade não é


suficiente: é necessário
fazer”

Johann Wolfgang von Goethe


OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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