ASPECTOS PSICOSSOCIAIS NO ENVELHECIMENTO E OS CUIDADOS COM A
PESSOA IDOSA.
PROF ESP. ORSIMAR ROSENDO
PSICOPEDAGOGO CLÍNICO E INSTITUCIONAL BEL. EM BIBLIOTECONOMIA PÓS GRADUANDO LATO SENSU EM LÚDICO E PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL . INTRODUÇÃO
• O envelhecimento da população brasileira é uma realidade que vem se
desenhado ao longo das últimas décadas, com o aumento significativo do número de idosos em relação a população jovem. Essa faixa populacional, idosos, de 60 anos ou mais cresceu muito, segundo o senso de 2014. • O presente curso tem como objetivo auxiliar no processo de aprendizagem dos profissionais que se tornarão cuidadores de idosos. ◦ Apesar de serem pensados como sinônimos, velhice e envelhecimento possuem significados distintos. Velascos (2006) destaca que envelhecimento não é velhice, mas um processo irreversível iniciado ao nascimento e encerrado com a morte do ser. ◦ Fazem parte do envelhecimento os processos de transformação do organismo ocorridos após a maturação sexual. O envelhecimento e acompanhado por alterações na aparência, no comportamento, na experiência e nos papéis sociais. ◦ Seu início se dá em épocas distintas para as diversas partes das funções do organismo e sua ocorrência em ritmo e em velocidade variam em um mesmo indivíduo ou entre diferentes indivíduos. (Barboza & Wisnewski, 2017) ◦ Com o passar dos anos, as mudanças no corpo podem intervir no aspecto sexual, social e psicológico da pessoa idosa. Por isso, é preciso entender as transformações que fazem parte do processo de envelhecimento, como a diminuição natural na resposta aos estímulos sexuais. Nos homens, reduz a produção de espermatozóides e testosterona após os 40 anos. Nas mulheres, existe a redução de hormônios durante a menopausa. As modificações no corpo podem intervir no aspecto sexual, social e psicológico da pessoa idosa. De acordo com Helena Cerveira, há formas de amenizar essas mudanças fisiológicas. “Por exemplo, a pele geralmente fica mais fina e mais seca. • Então, o uso do lubrificante é muito benéfico, principalmente para as mulheres idosas que acabam tendo ressecamento vaginal, o que pode até machucar. Além disso, o preservativo feminino ajuda na questão do empoderamento da mulher idosa e auxilia na diminuição do medo de perder ereção, frequente nessa idade, já que a camisinha feminina pode ser colocada antes do ato sexual”, orienta. ◦ Além disso, é importante compreender que a sexualidade não se resume ao ato sexual. “Quando se fala de sexualidade, precisamos entender que ela não se restringe ao ato sexual em si, mas também compreende o tom de voz, beijo, toque, cheiro, entre outras coisas. É plenamente possível que a pessoa idosa, como qualquer outro ser humano, vivencie a sexualidade como uma importante dimensão da sua vida”, ressalta Helena Cerveira. Cuidados com as infecções sexualmente transmissíveis ◦ Na última década, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) têm afetado a saúde dos idosos, principalmente pela ausência do uso de preservativo. De acordo com dados do Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2018, do Ministério da Saúde, o número de casos de HIV entre pessoas acima dos 60 anos aumentou 81% entre 2006 e 2017, sendo que as taxas aumentaram tanto para homens quanto para mulheres. ◦ A sexualidade é compreendida como“experiência”, resultado da cultura, história, campos de saberes, subjetividade, não sendo um fenômeno estático e definitivo, tendo uma gama incontável de maneiras de se expressar e vivenciar o prazer. Está relacionada com o amor, ternura e afetos. Não se trata apenas do ato sexual em si como concebido erroneamente pela sociedade. ◦ Devido essa negligência por parte dos profissionais,no presente estudo, constatou-se que apenas um quinto dos idosos os têm como principais fontes de informação acerca do tema, ocupando posição de destaque a “televisão”. Contraditoriamente, a mídia reforça que a sexualidade está relacionada a corpos jovens, enquanto que o idoso é assexuado. ◦ A educação em saúde vem a ser a estratégia na construção de conceitos que visualizem o idoso como indivíduo livre para vivenciar sua sexualidade desprendida de mitos e preconceitos que se solidificaram socialmente, sendo necessário considerar que essas ações educativas devem envolver idosos e não idosos, pois o envelhecimento é inerente ao ser humano e questões sobre a sexualidade precisam ser discutidas no percurso de todas as etapas da vida. Portanto, a sexualidade permanece em construção ao longo da trajetória do ser humano, e frente a este processo, destaca-se o papel do enfermeiro como educador, inserindo a educação em saúde nos espaços de atuação profissional, no que se refere à educação sexual. Violência- tipos: ◦ 1. ABUSOS FÍSICOS – são ações utilizadas por meio de agressões físicas, como por exemplo, tapas, amarrar mãos e pernas, beliscões, queimaduras. ◦ 2. PSICOLÓGICOS - agressões verbais ou gestos que visam humilhar o idoso, ameaças feitas com promessas de punição, trancá-lo em local escuro, não alimentá-lo, ofendê-lo, restringi-lo do convívio social. Pode ainda ser toda forma de desprezo e discriminação. ◦ 3. ABANDONO- ausência de um responsável ou responsabilidade em cuidar de pessoa que necessita de proteção, geralmente o idoso é colocado em um quartinho nos fundos ou encaminhado a abrigos contra a sua vontade. ◦ 4. NEGLIGÊNCIAS - omissão de cuidados a pessoa dependente e incapaz. Ocorre entre os serviços de saúde, a longa espera nas filas, no serviço público como o INSS, por exemplo. Bancos, lojas, planos de saúde tem disponibilizado filas preferenciais e planos especiais. TIPOS DE AGRESSÃO ◦ 5. ABUSO FINANCEIRO - exploração imprópria dos recursos financeiros do idoso, sem a sua autorização, ou apropriação de seus bens. ◦ 6. ABUSO SEXUAL - é todo contato sexual sem consentimento, incluindo o estupro e o atentado ao pudor. ◦ 7. AUTO- NEGLIGÊNCIA - quando a pessoa recusa o cuidado a si mesma, colocando em risco sua saúde e segurança. Tentativa de suicídio. • Violência • Sexualidade • Vida saudável • Envelhecimento ativo • Respeito aos limites • Afetividade • Aprendizado A comunicação é uma importante ferramente de socialização humana, pois não se restringe apenas a troca de palavras, mas envolve um processo de compartilhamento de sentimentos, opiniões, experiências e informações. Entretanto, é importante destacar que esta pode ser verbal ou não verbal. Qual a diferença entre comunicação verbal e não verbal?
Comunicação verbal são palavras expressas por meio da fala ou
da escrita. Já a comunicação não verbal envolve os sinais transmitidos pelas expressões faciais, pelo corpo, postura corporal e distância que se mantém entre as pessoas, e até mesmo pelo silêncio em uma conversa. Destaca-se que uma complementa a outra a fim de transmitir uma informação da maneiro correta. PERDA DA MEMÓRIA • Faça para o idoso • Não faça por ele. • Isso é bastante importante para ele. Como melhor a comunicação verbal?
- Utilizar frases curtas e objetivas
- Chamar a pessoa pelo nome - Evite infantilizá-lo utilizando termos como “vovô”, “querido”, ou ainda, utilizando termos diminutivos (“bonitinho”, “lindinho” etc) - Pergunte se entendeu bem a explicação, se houve alguma dúvida. Lembre-se: mesmo com dificuldades de audição, verbalização ou cognição o idoso interpreta a comunicação não verbal devido à experiências anteriores. • Obrigado!