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O Sistema Digestório

Anatomia e Fisiologia
Estágio de Quinta
Capitão Leandro Saraiva
Soldado Leonardo
Definição

• O sistema digestório, ou sistema digestivo


humano é formado por um longo tubo
musculoso, ao qual estão associados órgãos e
glândulas que participam da digestão.
Apresenta as seguintes regiões; boca, faringe,
esôfago, estômago, intestino delgado,
intestino grosso e ânus.
Descrição
• O sistema digestivo, que se estende da boca até o
ânus, é responsável pela recepção dos alimentos, da
sua degradação em nutrientes (um processo
denominado digestão), a absorção de nutrientes para
o interior da corrente sangüínea e a eliminação das
partes não digeríveis dos alimentos do organismo.

• O sistema digestivo também inclui órgãos localizados


fora do trato digestivo: o pâncreas, o fígado e a
vesícula biliar.
Boca, Garganta e Esôfago
• A boca é a entrada tanto para o sistema digestivo como para o respiratório. O interior da boca é revestido por
uma membrana mucosa. Os condutos procedentes das glândulas salivares, tanto nas bochechas quanto sob a
mandíbula, drenam para o interior da boca. No assoalho da cavidade bucal, localiza-se a língua, que é
utilizada para detectar os sabores e para misturar os alimentos. Na região póstero-inferior da boca, encontra-
se a faringe (garganta). A epiglote fecha-se ao mesmo tempo que a zona posterior do palato mole (céu da
boca) eleva-se para evitar que os alimentos subam até o nariz. O gosto é detectado pelas papilas gustativas
localizadas sobre a superfície da língua.

• Os odores são detectados pelos receptores olfatórios localizados na porção alta do nariz. O paladar é
relativamente simples, ele diferencia somente o doce, o azedo, o salgado e o amargo. O olfato é muito mais
complexo e identifica muitas variações sutis. Os alimentos são fragmentados em partículas mais facilmente
digeríveis ao serem cortados pelos dentes anteriores (incisivos) e a mastigação com os dentes posteriores
(molares), enquanto que a saliva oriunda das glândulas salivares envolve as partículas com enzimas
digestivas, dando início à digestão.

• Entre as refeições, o fluxo de saliva elimina as bactérias que podem causar cáries dentais e outros distúrbios.
A saliva também contém anticorpos e enzimas (p.ex., lisozima), que quebram as proteínas e atacam as
bactérias diretamente. A deglutição (ato de engolir algo) começa voluntariamente e continua
automaticamente. Para impedir que os alimentos passem à traquéia e atinjam os pulmões, uma pequena
lingüeta muscular
A língua e as glândulas salivares
• A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro,
estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima
amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase
salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio),
reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três tipos de
glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal; parótida,
submandibular e sublingual.

• O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH


neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O
alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua
para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago,
impulsionado pelas ondas peristálticas , levando entre 5 e 10 segundos
para percorrer o esôfago. Entra em ação um mecanismo para fechar a
laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.

• Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem


do alimento para o interior do estômago.
ESÔFAGO

• Segmento superior: é o mais volumoso, chamado


"porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas
partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o
corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena
tuberosidade.
• Segmento inferior: é denominado "porção horizontal",
está separado do duodeno pelo piloro, que é um
esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena
curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande
curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.
Parede do esôfago
Estômago

• É um órgão muscular oco, grande, em forma de feijão e que é dividido em três partes: a
cárdia, o corpo (fundo) e o antro. A partir do esôfago, o alimento entra no estômago
passando por um músculo aneliforme (esfíncter), que abre e fecha. Normalmente, o esfíncter
impede que o conteúdo gástrico (do estômago) reflua ao esôfago. O estômago serve como
uma área de armazenamento para os alimentos, contraindo ritmicamente e misturando o
alimento com enzimas. As células que revestem o estômago secretam três substâncias
importantes: o muco, o ácido clorídrico e o precursor da pepsina (uma enzima que quebra as
proteínas).
• O muco reveste as células de revestimento do estômago para protegê-las contra lesões
causadas pelo ácido e pelas enzimas. Qualquer rompimento dessa camada de muco – (p.ex.,
causada por uma infecção pela bactéria Helicobacter pylori ou pela aspirina) pode acarretar
um dano que leva a uma úlcera gástrica. O ácido clorídrico provê o meio altamente ácido
necessário para que a pepsina quebre as proteínas.
• As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio),
muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco
gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O
estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.
O estômago e suas válvulas
Parede do estômago
Estômago
• A alta acidez gástrica também atua como uma barreira contra
infecções, matando a maioria das bactérias. A secreção ácida
é estimulada por impulsos nervosos que chegam ao
estômago, pela gastrina (um hormônio liberado pelo
estômago) e pela histamina (uma substância liberada pelo
estômago). A pepsina é responsável por aproximadamente
10% da degradação das proteínas. Ela é a única enzima capaz
de digerir o colágeno, que é uma proteína e um constituinte
importante da carne. Somente algumas substâncias (p.ex.,
álcool e aspirina) podem ser absorvidas diretamente do
estômago e apenas em pequenas quantidades.
Estômago

• O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente,


altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O
ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0.
Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos,
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.
• A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma
de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o
produzem. Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado
na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a
digestão de proteínas.
Estômago
• A pepsina, ao catalizar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações
peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à
pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são
oligopeptídeos e aminoácidos livres.
• A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela
mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a caseína,
facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
• A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco
gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco,
as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco
gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície
estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio
entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou
mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
• A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.
Estômago e o bolo alimentar

• O bolo alimentar pode permanecer no estômago por


até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco
gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura
estomacal, transforma-se em uma massa cremosa
acidificada e semilíquida, o quimo.
• Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o
quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino
delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
As cirurgias de estômago
A cirurgias disabsortiva
Cirurgia restritiva
Cirurgia mista
Os intestinos
INTESTINO DELGADO

• O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm


de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm),
jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
• A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro,
esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu
conteúdo no intestino.
• A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras
porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido
pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua
no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH
da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando
ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de
microgotículas).
Duodeno, jejuno e íleo
INTESTINO DELGADO

• O alimento entra no duodeno pelo esfíncter pilórico em quantidades que o intestino


delgado consegue digerir. Quando está cheio, o duodeno sinaliza ao estômago para que
ele interrompa o seu esvaziamento. O duodeno recebe enzimas pancreáticas do
pâncreas e bile do fígado. Esses líquidos, que entram no duodeno por um orifício
denominado esfíncter de Oddi, contribuem de forma importante na digestão e na
absorção.

• O peristaltismo também auxilia na digestão e na absorção, agitando o alimento e


misturando-o com as secreções intestinais. Os primeiros centímetros do revestimento
duodenal são lisos, mas o restante apresenta pregas, pequenas projeções (vilosidades) e
mesmo projeções menores (microvilosidades). Essas vilosidades e microvilosidades
aumentam a área da superfície do revestimento duodenal, permitindo uma maior
absorção de nutrientes. O jejuno e o íleo, localizados abaixo do duodeno, constituem o
restante do intestino delgado. Esta parte é a principal responsável pela absorção de
gorduras e de outros nutrientes.
Intestino delgado e enzimas
• O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes
quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e
9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas
de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.
• A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase
pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis,
originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos,
separando seus nucleotídeos.
• O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas
inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina.
Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células
secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a
enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal,
convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do
precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.
Intestino delgado e enzimas
• A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os
em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem
ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
• A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em
enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a
enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam
dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco
entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os
oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.
• No intestino, as contrações rítmicas e os movimentos peristálticos das
paredes musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que
este é atacado pela bile, enzimas e outras secreções, sendo
transformado em quilo.
Intestino delgado e a
absorção
• A absorção dos nutrientes ocorre através de
mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do
jejuno e do íleo. A superfície interna, ou
mucosa, dessas regiões, apresenta, além de
inúmeros dobramentos maiores, milhões de
pequenas dobras (4 a 5 milhões), chamadas
vilosidades; um traçado que aumenta a
superfície de absorção intestinal. As
membranas das próprias células do epitélio
intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas
microscópicas denominadas microvilosidades.
O intestino delgado também absorve a água
ingerida, os íons e as vitaminas.
Intestino delgado e a
absorção

• A absorção é aumentada pela grande área superficial composta por pregas,


vilosidades e microvilosidades. A parede intestinal é ricamente suprida de
vasos sangüíneos, que transportam os nutrientes absorvidos até o fígado pela
veia porta. A parede intestinal libera muco (o qual lubrifica o conteúdo
intestinal) e água (que ajuda a dissolver os fragmentos digeridos).
• Também são liberadas pequenas quantidades de enzimas que digerem
proteínas, açúcares e gorduras. A consistência do conteúdo intestinal altera
gradualmente à medida que o material se desloca através do intestino
delgado. No duodeno, a água é bombeada rapidamente para o interior do
conteúdo intestinal para diluir a acidez gástrica. À medida que o conteúdo
desloca-se pela porção distal do intestino delgado, ele torna-se mais líquido
devido à adição da água, do muco, da bile e de enzimas pancreáticas.
Intestino delgado e a absorção
• Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do
intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo
resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras
(principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam
ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros
nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são
reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e
envelopadas por uma camada de proteínas, formando os
quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em
seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as
células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados
Intestino grosso
• O intestino grosso consiste do cólon ascendente (lado direito),
cólon transverso, cólon descendente (lado esquerdo) e cólon
sigmóide, o qual conecta-se ao reto. O apêndice é uma pequena
projeção tubular em forma de dedo que se projeta do cólon
ascendente (direito) próximo ao local onde o intestino delgado
une-se a essa parte do intestino grosso. O intestino grosso
secreta muco e é em grande parte responsável pela absorção de
água e eletrólitos das fezes.
• O conteúdo intestinal é líquido ao chegar ao intestino grosso,
mas normalmente é sólido ao atingir o reto, sob a forma de
fezes. As muitas bactérias que habitam o intestino grosso
podem digerir ainda mais alguns materiais, auxiliando na
absorção de nutrientes pelo organismo.
• As bactérias do intestino grosso também sintetizam algumas
substâncias importantes (p.ex., vitamina K) e são necessárias
para uma função intestinal saudável. Algumas doenças e alguns
antibióticos podem provocar um desequilíbrio entre os
diferentes tipos de bactérias do intestino grosso. A
conseqüência é a irritação que acarreta a secreção de muco e
água, causando a diarréia.
Reto e Ânus

• O reto é uma câmara que inicia no final do intestino grosso, logo após o
cólon sigmóide, e termina no ânus. Comumente, o reto encontra-se
vazio, pois as fezes são armazenadas mais acima, no cólon descendente.
• Finalmente, o cólon descendente torna-se cheio e as fezes passam para o
reto, causando a urgência para evacuar. Os adultos e as crianças maiores
podem controlar essa urgência até chegarem a um banheiro.
• Os lactentes e as crianças mais jovens não possuem o controle muscular
necessário para retardar a defecação. O ânus é a abertura localizada na
extremidade distal do trato digestivo, através da qual o material inútil
deixa o organismo. O ânus é parcialmente formado por camadas
superficiais do corpo, inclusive a pele, e, em parte, pelo intestino. O ânus
é revestido por uma continuação da pele externa. Um anel muscular
(esfíncter anal) mantém o ânus fechado..
INTESTINO GROSSO

• É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma
pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das
secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes,
facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus.
• Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon
transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é
fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.
• Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o
organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.
• As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo
com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes
macias e fáceis de serem eliminadas.
• O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só
absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita
água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.
GLÂNDULAS ANEXAS

Pâncreas
• O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas,
em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os
ácinos pancreáticos estão ligados através de
finos condutos, por onde sua secreção é levada
até um condutor maior, que desemboca no
duodeno, durante a digestão.
Pâncreas
• O pâncreas é um órgão que contém dois tipos básicos de tecido: os ácinos,
produtores de enzimas digestivas, e as ilhotas, produtoras de hormônios. O pâncreas
secreta enzimas digestivas ao duodeno e hormônios à corrente sangüínea. As
enzimas digestivas são liberadas das células dos ácinos e chegam ao ducto
pancreático por vários canais. O ducto pancreático principal une-se ao ducto biliar
comum no esfíncter de Oddi, onde ambos drenam para o interior do duodeno.
• As enzimas secretadas pelo pâncreas digerem proteínas, carboidratos e gorduras. As
enzimas proteolíticas, que quebram as proteínas em uma forma que o organismo
possa utilizar, são secretadas em uma forma inativa. Elas são ativadas somente
quando atingem o trato digestivo. O pâncreas também secreta grandes quantidades
de bicarbonato de sódio, que protege o duodeno neutralizando o ácido oriundo do
estômago. Os três hormônios produzidos pelo pâncreas são a insulina, que reduz o
nível de açúcar (glicose) no sangue; o glucagon, que eleva o nível de açúcar no
sangue; e a somatostatina, que impede a liberação dos dois outros hormônios.
Fígado

• É um órgão grande que possui várias funções e apenas algumas delas estão
relacionadas à digestão. Os nutrientes dos alimentos são absorvidos pelas paredes
intestinais, que são supridas por uma grande quantidade de pequenos vasos
sangüíneos (capilares). Esses capilares conectamse a veias que se conectam com
veias ainda maiores e, finalmente, penetram no fígado através da veia porta.
• No interior do fígado, esta veia dividese em vasos diminutos no interior do fígado,
onde o sangue que chega será processado. O sangue é processado de duas formas:
as bactérias e outras partículas estranhas absorvidas do intestino são removidas e
muitos nutrientes absorvidos do intestino são ainda mais metabolizados para que
possam ser utilzados pelo organismo.
• O fígado realiza o processamento necessário em uma alta velocidade e retorna o
sangue carregado de nutrientes para a circulação geral. O fígado produz
aproximadamente metade do colesterol do organismo. O restante é oriundo dos
alimentos. Cerca de 80% do colesterol sintetizado pelo fígado é utilizado na
produção da bile. O fígado também secreta bile, que é armazenada na vesícula
biliar até ser necessária.
Fígado

• O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o


nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa
a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o
ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma
o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.
• As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e
a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides,
estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil.
Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir
de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de
proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e
muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer
inflamação no fígado, como a cirrose.
Funções do fígado

• Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas,


facilitando, assim, a ação da lipase
• Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para
formar glicogênio, que é armazenado
• nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de
glicose, que são relançadas na circulação
• Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células
• Metabolizar lipídeos
• Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de
coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras
• Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do
organismo
• Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.
Vesícula Biliar e Trato Biliar
• A bile flui do fígado pelos ductos hepáticos direito e esquerdo, que se
unem formando o ducto hepático comum. Em seguida, este ducto une-se a
um outro proveniente da vesícula biliar, denominado ducto cístico, para
formar o ducto biliar comum. O ducto pancreático une-se ao ducto biliar
comum exatamente no ponto onde ele drena para o interior do duodeno.
Entre as refeições, os sais biliares são concentrados na vesícula biliar e
apenas uma pequena quantidade de bile flui do fígado.
• O alimento que chega ao duodeno desencadeia uma série de estímulos
hormonais e nervosos que acarretam a contração da vesícula biliar. Como
resultado, a bile flui para o interior do duodeno e mistura-se ao conteúdo
alimentar. A bile tem duas funções importantes: ela auxilia na digestão e na
absorção das gorduras e é responsável pela eliminação de certos produtos
de degradação metabólica do organismo – particularmente a hemoglobina
proveniente dos eritrócitos destruídos e o excesso de colesterol.
Trato biliar
Ações da bile
• Os sais biliares aumentam a solubilidade do colesterol, das gorduras e das
vitaminas lipossolúveis (solúveis em gordura) para ajudar na sua absorção
• Os sais biliares estimulam a secreção de água pelo intestino grosso para ajudar no
avanço do conteúdo intestinal
• A bilirrubina (o principal pigmento biliar) é excretada na bile como um produto de
degradação metabólica dos eritrócitos destruídos
• Algumas drogas e outros produtos metabólicos são excretados na bile e,
posteriormente, são eliminados do organismo
• Várias proteínas que têm um papel importante na função biliar são secretadas na
bile Os sais biliares são reabsorvidos no intestino delgado, são captados pelo fígado
e novamente secretados na bile. Essa circulação dos sais biliares é conhecida como
enterohepática. Todos os sais biliares no organismo circulam cerca de dez a doze
vezes por dia. Durante cada passagem, pequenas quantidades de sais biliares
atingem o intestino grosso, onde as bactérias quebram essas substâncias em vários
constituintes. Alguns deles são reabsorvidos e o restante é excretado nas fezes.

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