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1) Conceito. “Suspensão da exigibilidade do CT consiste na situação na qual, em razão da incidência de uma das hipóteses
do art. 151, CTN, o sujeito ativo fica momentaneamente impedido de cobrar a satisfação do CT pelo sujeito passivo, e/ou de
impor penalidade pecuniária.”
2) Efeitos. 1º - impede procedimento de cobrança e/ou imposição de penalidades pelo Fisco; 2º - suspende o prazo
prescricional; 3º - permanência da obrigação de cumprimento das obrigações acessórias (p. único, art. 151, CTN); 4º - o
sujeito passivo tem o direito de obter certidão positiva com efeito de negativa, e o sujeito ativo o dever de fornecer (art.
206, CTN), e; *5º - reserva legal (art. 97, VI, CTN) e interpretação literal da legislação tributária que disponha sobre
suspensão da exigibilidade do CT (art. 111, I, CTN). São muito mais requisitos do que efeitos.
3) Momentos: i) posterior ao lançamento (CT com exigibilidade), ou; anterior ao lançamento (CT sem exigibilidade). Súmula
48, CARF.
a) Moratória. Art. 151, I e art. 152 a 155-A, CTN. Consiste na concessão, pelo sujeito ativo ao sujeito passivo, sempre por
meio de lei formal (art. 97, VI, CTN) da prorrogação do prazo para pagamento do CT.
b) Depósito do montante integral do tributo. Art. 151, II, CTN. É direito subjetivo do contribuinte. Pela via judicial (ação
anulatória, declaratória de inexistência de relação jurídica etc.). O depósito fica à disposição do juízo enquanto tramita a
ação. A impugnação pela via administrativa é causa autônoma de suspensão da exigibilidade do CT, entretanto o sujeito
passivo pode promover o depósito judicial para evitar a fluência de multa moratória e juros de mora. O depósito deve ser
realizado no montante que está sendo exigido pela Fazenda Pública (Súmula 112, STJ. Depósito integral e em dinheiro).
Caso a ação seja julgada procedente (lançamento errado), o sujeito passivo fará o levantamento dos valores com os
acréscimos legais. Caso a ação seja julgada improcedente, os valores depositados são convertidos em renda,
extinguindo o CT (art. 156, VI, CTN). Ver SV 21 e SV 28.
c) Reclamações e recursos administrativos (impugnações administrativas – art. 151, III, CTN). Todo instrumento
utilizado para questionar administrativamente o CT (impugnação em primeira instância, mera petição ou recurso
voluntário). Art. 145, I, CTN. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo pode ser alterado em virtude
de impugnação do sujeito passivo. Direito constitucional de petição, contraditório e ampla defesa.
d) Parcelamento. Art. 151, VI, CTN. Concessão por lei específica (art. 155-A, CTN). Só pode ser concedido
parcelamento nas condições estabelecidas na lei específica. Confere maior facilidade para a satisfação do CT. É medida
de política fiscal. Tem por objetivo incrementar a arrecadação (recuperação de créditos) e minimizar o impacto da
tributação sobre o contribuinte, permitindo que estes voltem a regularidade resolvendo a situação de inadimplência.