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Art. 1º. Os homens nascem e vivem livres e iguais em direitos. As diferenças sociais só podem ser
fundamentadas no interesse comum.
Art. 2º. O fim de toda associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do
homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3º. O princípio de toda Soberania reside essencialmente na Nação. Nenhuma instituição nem
nenhum indivíduo pode exercer autoridade que não emane expressamente dela.
Art. 4º. A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique outro: assim, o exercício dos
direitos naturais de cada homem tem como única baliza a que assegura aos outros membros da
sociedade o gozo dos mesmos direitos. Essas balizas só podem ser determinadas pela Lei.
Art. 17º. Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser dele privado
senão quando a necessidade pública, legalmente constatada, assim o exija evidentemente, e sob
a condição de uma justa e prévia indenização
OS LIMITES DA CONSTITUIÇÃO
A constituição de 1791, de natureza liberal e
burguesa estabelecia que todos os homens eram
iguais perante a lei. Porém, o texto instituía o voto
censitário, com a distinção de cidadãos ativos e
passivos. Assim, a Constituição de 1791 mostrou
que foi reflexo das aspirações de uma burguesia
moderada e preocupada em garantir a propriedade.
Este projeto da alta burguesia foi contestada pelas
forças populares que desejavam avançar com o
processo revolucionário e pelo outro lado, por
muitos nobres, que se organizavam para acabar
com a revolução.
AS FORÇAS POLÍTICAS DA
REVOLUÇÃO
Os conceitos de direita e esquerda até hoje utilizados têm
origem nas reuniões da Assembleia Constituinte. Em 1789, os
contrarrevolucionários, aristocratas e absolutistas, que se
sentavam à direita, tornaram-se conhecidos como “a direita”; os
revolucionários ocuparam os lugares à esquerda. Os
“montanheses”, populares no processo revolucionário e da
defesa nacional, formavam um setor da “esquerda” que
costumava se assentar no alto do plenário. Ao centro estava a
“planície” ou “pântano” , grupo assim chamado pois ocupava os
lugares baixos do plenário e por suas posições definidas de
acordo com os acontecimentos.
Com a radicalização do processo
revolucionário, as forças
revolucionárias foram se dividindo , e
dois grupos se destacaram: os
Jacobinos e os Girondinos. A gironda
passou a defender os interesses da alta
burguesia, banqueiros e das correntes
liberais. Esse grupo, ao contrário dos
jacobinos, acreditava que era o
momento de parar a revolução.
Os jacobinos defendiam a participação
popular no processo revolucionário, a
ampliação e o aprofundamento das
conquistas do povo na revolução. Eram
apoiados pelos sans-culottes, nome
pelo qual ficaram conhecidos os grupos
urbanos que defendiam ideias radicais.
Os sans-culottes compunhan-se
principalmente de artesãos e operários,
principalmente em Paris.
O NOME SANS-CULOTTE REFERE-SE AO TRAJE QUE USAVAM
– CALÇA COMPRIDA -, EM OPOSIÇÃO ÀS CALÇAS CURTAS,
USADAS PELOS NOBRES.
O REI LUÍS XVI CONSPIRA CONTRA A
REVOLUÇÃO.