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EXAME FÍSICO:

Avaliação dos
Sistemas

Prof.ª Enf. Jamilly Miranda


AVALIAÇÃO DO SISTEMA
NEUROLÓGICO
1.1 - AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL: Distúrbios das
funções cerebrais superiores.

 Dislalia (lesões do palato): alterações de articulação das palavras;

 Disartria (lesões dos nervos cranianos): causa falhas na articulação


das palavras;

 Dislexia: dificuldade em aprender a ler;

 Afasia: incapacidade de expressar a linguagem.


1.2 – AVALIAÇÃO DO NÍVEL
DE CONSCIÊNCIA

A definição de consciência esta relacionada


com a capacidade de conhecimento de si
mesmo e do ambiente; a pessoa e capaz de
reagir diante de uma situação de perigo e
também de interagir para atender suas
necessidades biológicas e psicossociais.
O FENÔMENO DA
CONSCIÊNCIA É COMPOSTO
POR DOIS COMPONENTES:
Despertar (ato de abrir os olhos e despertar): estado de alerta
ou de vigília avaliado pela resposta de reatividade (realizada
quando há perda da consciência) – a reatividade pode ser
inespecífica, à dor ou vegetativa;

Conteúdo da consciência: capacidade cognitiva e afetiva


(linguagem, memória, crítica, humor etc.) avaliada pela
resposta de perceptividade – análise das respostas que
envolvem mecanismos de aprendizagem.
CONSCIÊNCIA X COMA
Existem diversos estados intermediários
entre a consciência e o coma. Não se deve
utilizar os termos “letárgico”, “confuso”,
“sonolento”, “torporoso” etc., pois são
subjetivos tanto para definição como para
Interpretação.

Consciente é a pessoa que está alerta,


responde adequadamente ao estímulo
verbal e está orientada no tempo e no
espaço. A pessoa em coma está em sono
profundo, inconsciente, não interage
consigo ou com o ambiente.
ESCALA DE COMA DE GLASGOW
VARIAVÉIS RESPOSTA PONTOS
ABERTURA OCULAR Espontânea 4
A voz 3
A dor 2
Nenhuma 1
RESPOSTA VERBAL Orientada 5
Confusa 4
Palavras inapropriadas 3
Palavras incompreensíveis 2
Nenhuma 1
RESPOSTA MOTORA Obedece comandos 6
Localiza dor 5
Movimento de retirada 4
Flexão anormal 3
Extensão anormal 2
Nenhuma 1

TOTAL MÁXIMO TOTAL MÍNIMO INTUBAÇÃO


15 3 8
1.3 - AVALIAÇÃO PUPILAR
 Deve‑se avaliar o diâmetro, a simetria e a reação a luz. O
diâmetro pupilar e mantido pelo sistema nervoso autônomo.

Simpático Parassimpático

Responsável pela Responsável pela


dilatação pupilar contração pupilar
Midríase Miose
1.3 - AVALIAÇÃO PUPILAR
Midríase

Miose
1.3 - AVALIAÇÃO PUPILAR

Pupilas do mesmo diâmetro são chamadas isocóricas, se


apresentarem diferença no diâmetro, são chamadas anisocóricas.
Em caso de anisocoria, deve‑se indicar qual pupila esta maior, por
exemplo: D>E. Uma diferença entre 1 e 2 mm é normalmente
encontrada na população em geral, sem indicar lesão neurológica.
1.3 - AVALIAÇÃO PUPILAR
Isocóricas

Anisocóricas
1.3 - AVALIAÇÃO PUPILAR
O reflexo foto motor é resultante das funções nos nervos optico e
óculo‑motor. Deve‑se avaliar a foto reação com o auxilio do foco
de luz de uma lanterna. A pessoa deve permanecer com os olhos
fechados por alguns segundos e então levantar a pálpebra,
direcionando o foco de luz sobre a área temporal da pupila.
1.4 – CONTROLE DO EQUILÍBRIO
Equilíbrio estático: A pessoa deve permanecer em pé, com os pés
unidos e as mãos sobre as coxas, ficando primeiro com os olhos abertos
e depois fechados. Devem‑se observar possíveis desequilíbrios, com
atenção para possíveis quedas, em especial:

ASTASIA: Impossibilidade de manter-se em pé;

ABASIA: Impossibilidade de andar.


1.4 – CONTROLE DO EQUILÍBRIO
Equilíbrio dinâmico: É necessário solicitar que a pessoa caminhe
normalmente e depois com um pé na frente do outro; em um
primeiro momento normalmente, depois nas pontas dos pés e por
fim, nos calcanhares. Solicitar ainda que a pessoa ande
rapidamente para frente e depois para trás.

Distúrbio
DISBASIA De
Marcha
1.5 – AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA

A avaliação permite relacionar possíveis


estruturas comprometidas. Para avaliar o
sistema motor, verificam‑se tônus,
miotomia, distonia e força muscular:
AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR

Espasticidade
Rigidez
Flacidez
AVALIAÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR
DIMINUIÇÃO DO AUMENTO DO
TÔNUS MUSCULAR TÔNUS MUSCULAR

Hipotonia Hipertonia

RELAXAMENTO DO CONTRAÇÃO DO
TÔNUS MUSCULAR TÔNUS MUSCULAR

Miotomia Distonia
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR

A avaliação da força dos membros superiores e


inferiores possibilita a avaliação da dependência ou
independência da pessoa para as atividades diárias. Essa
avaliação depende do nível de consciência. Para faze‑la,
pode‑se utilizar a escala denominada Medical Research
Council Scale, com a devida anotação do local avaliado
e do escore atingido.
ESCALA MEDICAL RESEARCH

0 - Sem contração Muscular


1 - Contração Discreta
2 - Movimento ativo no plano horizontal
3 - Movimento ativo contra a gravidade
4 - Movimento ativo contra a resistência
5 - Força muscular normal
1.6 – FUNÇÃO SENSITIVA
Sensações mecanorreceptivas (sensação de
tato e posição do corpo);

Sensações termorreceptivas (frio/calor);

Sensação à dor (ativada por qualquer fator


que cause lesão no corpo).
TERMINOLOGIAS APLICADAS A
AVALIAÇÃO SENSITIVA

ANALGESIA Ausência de sensação de dor;


HIPOALGESIA Diminuição da sensação de dor;
HIPERALGIA Aumento na sensação de dor;
ANESTESIA Ausência de sensibilidade (mais
utilizada para sensibilidade tátil);
HIPOESTESIA Diminuição da sensibilidade;
HIPERESTESIA Aumento da sensibilidade;
PARESTESIA Sensação de formigamento ou
adormecimento;

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