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Maress Alencar -Neur 1 .

Cefaleia primária n urgênci


Cefaleia Cefalei tip tensã o tensiona

EPIDEMIOLOGIA: mais comum em mulheres


Cefaleia crônica
DOR: opressiva e bilateral (em capacete) -> pode
PRIMÁRIAS: estar associada a fotofobia OU fonofobia OU
náusea leve (vômitos não são comuns)
● Cefaleia tipo tensão ou tensional (mais
comum na prática) INTENSIDADE: leve a moderada (não interfere
● Migrânea ou enxaqueca (mais comum da na atividade diária -> incomoda, mas não para o
prova) que está fazendo por causa da cefaleia)
● Trigeminoautonômicas: relacionada com
N. trigêmio (unilateral) -> dois tipos: em DURAÇÃO: horas ou dias
salvas e hemicrania paroxística
DESENCADEANTE: principal: stress
SECUNDÁRIAS:
TRATAMENTO:
● HIC benigna (principal)
Agudo: analgésico ou AINE

Diagn tic Profilático: está indicada se for crônica (15 ou


mais episódios por mês por > 3 meses)
1) ANAMNESE: na maioria das vezes só precisa
da anamnese
● Medicação: amitriptilina: 10 mg ao deitar

2) NEUROIMAGEM: TC ou ressonância ->


avaliar se tem algo a mais que a cefaleia Migrâne o enxaquec

Quando pedir neuroimagem? Quando tiver sinais CLASSIFICAÇÃO: existem vários tipos, mas
de alarme: para organizar divide em:

● Idade: não tinha cefaleia antes e começou ● Migrânea sem aura ou enxaqueca comum
após 50 a 55 anos -> avaliar tumor ● Migrânea com aura ou enxaqueca
● Início súbito e intenso (pior cefaleia da clássica
vida) -> pensar em HSA
● Progressiva: aumentou a frequência, MIGRÂNEA SEM AURA:
intensidade ou refratariedade a
medicação Epidemiologia: história familiar positiva, mais
● Mudança da característica (ex.: sempre comum em mulheres entre 25 e 45 anos
foi pulsátil e passou a ser opressiva)
● Com alteração neurológica (ex.: Dor: pulsátil e unilateral (pode migrar para o
hemiplegia) outro lado) -> associada a fotofobia E fonofobia
● Sinais de infecção, neoplasia ou HIV+ E náuseas e/ou vômitos e piora com o movimento
● Cefaleia recorrente em < 6 anos: exame
de escolha é a ressonância Intensidade: moderada a grave (interfere com
atividade diária)
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Duração: o episódio agudo tende a ser menos de Cefalei trigeminoutonômica


6h, mas pode ser entre 4 a 72h
Relacionadas a lesão no N. trigêmeo
Desencadeantes: cada pessoa tem um
desencadeante (é preciso fazer a investigação ->
CEFALEIA EM SALVAS (EM CLUSTER):
diário da cefaleia -> quando tiver dor, avalia o
que comeu ou fez naquele dia)
Epidemiologia: 3 vezes mais comum em homens

MIGRÂNEA COM AURA:


Dor: opressiva e pulsátil, unilateral e fronto
orbitária (dor na frente do olho -> pode chegar
Tem as mesmas características, porém associado
com a mão no olho)
a aura
Sintomas associados: lacrimejamento, edema
Aura: complexo de sintomas neurológicos que
orbitário, miose, ptose palpebral (alguma coisa no
ocorre habitualmente antes da cefaleia, mas
olho), congestão nasal
pode começar depois que a fase da cefaleia teve
início ou continuar durante essa fase
Intensidade: muito grave (às vezes bate a
cabeça na parede de tanta dor) -> a dor pode
● Auras mais clássicas: visuais (90%): ver
acordar o paciente
moscas volantes, escotomas visuais
● Manifestações sensoriais com parestesias
Duração: episódio de 15 a 180 minutos até
● Ideal -> quando tiver aura, já fazer
8x/dia e desaparece por semanas (por isso em
tratamento abortivo
salvas: são salvas de cefaleia que vão embora)

MIGRÂNEAS COM AURA DA PROVA:


Desencadeantes: classicamente desencadeada
por álcool, mas pode ser por: histamina,
Migrânea hemiplégica familiar: a aura é a
nitroglicerina
hemiplegia, seguida da cefaleia
Tratamento:
Migrânea basilar ou do tronco cerebral
(Bickerstaff): diplopia, disartria, vertigem,
● Crise aguda: oxigênio (principal) +
hipoacusia, tinidos (pode simular um quadro
triptano (suma ou zolmitriptano)
vascular, mas depois vem a cefaleia)
● Profilaxia: verapamil (principal), opções:
valproato, lítio, prednisona
TRATAMENTO:
OBS.: atenção com a história da dor e não
Agudo ou abortivo:
subestimar essa dor para tratar de forma
adequada
● Dor leve: analgésico simples ou AINEs
● Dor moderada a grave: triptano
HEMICRANIA PAROXÍSTICA CRÔNICA:
● Metoclopramida pode ajudar
principalmente se houver náuseas
Epidemiologia: semelhante entre homens e
mulheres (mas na prova cai mais em mulheres)
Profilaxia: indicado em caso de migrânea crônica
(15 ou mais episódios por mês por > 3 meses)
Dor: unilateral, fronto orbitária

● Propranolol (em dose baixa):


Intensidade: muito grave (acorda o paciente)
contraindicações: bradicardia,
broncoespasmo
Duração: mais curto e mais frequente ao dia -> 2
● Opções: amitriptilina, topiramato ou
a 30 minutos por mais de 5x ao dia (varia de 1 a
valproato ou flunarizina
40x/dia)
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Sintomas associados: lacrimejamento, edema


orbitário, miose, ptose palpebral, congestão
Cefalei n urgênci
nasal (idêntico a cefaleia em salvas)
Introduçã
Tratamento:
É importante saber diferenciar causas graves de
● Crise aguda: maioria das vezes o paciente cefaleia de causas sem risco (cefaleias
chega sem dor (crises duram pouco) primárias), pois as graves requerem o diagnóstico
● Profilaxia: responde de forma universal e e tratamento rápido, se não podem ser fatais
totalmente a profilaxia -> medicamento:
indometacina (150 a 225 mg/dia)
Identificaçã d paciente d alt risc

Cefalei secundári - HIC benign o Início súbito, persistente e que atinge a


pseudotumor intensidade máxima em segundos ou minutos

EPIDEMIOLOGIA: mais comum em mulher, 20 a ● Pode ser hemorragia subaracnoidea,


40 anos, tabagista e obesa vasoconstrição cerebral, trombose do
seio venoso
DIAGNÓSTICO: ● Cefaleia em salva pode confundir com
gravidade, por ter início súbito, mas é
● Dor em opressão, em faixa, bilateral transitória e tem outros sinais
● Diminuição da acuidade visual (em característico
paciente jovem, chama atenção)
● Exame de fundo de olho: papiledema Sem cefaléias semelhantes antes (pior dor de
bilateral (sinal de HIC) -> precisa pedir cabeça da vida): pode ser hemorragia
neuroimagem para descartar tumor intracraniana ou infecção do SNC
aumentando a PIC
● Neuroimagem normal Infecção em um local extracraniano:
● Punção lombar com raquimanometria principalmente na face, ouvido ou faringe
(estará > 20 a 25 mmHg)
● Líquor normal Estado mental alterado ou convulsões: pode ser
eclâmpsia, hipoglicemia, crise hipertensiva
FISIOPATOLOGIA: parece ter alterações nas
granulações subaracnóideas que reabsorvem o Cefaleia em esforço: início rápido após esforço,
líquor, então o líquor é produzido e não é pode ser: dissecção de artéria carotídea,
reabsorvido -> aumenta a PIC hemorragia intracraniana

TRATAMENTO: Idade > 50 anos: aumenta o risco de tumores


ou arterite de células gigantes
● Se parar de fumar e emagrecer, é muito
comum desaparecer em 6 meses HIV e imunossupressão: risco de infecções,
● Se for persistente: pode usar AVE, malignidade
acetazolamida
● Se não funcionar: pode fazer punção Distúrbios visuais: alterações oftalmológicas
lombar de alívio (com uma só pode podem causar cefaleia (ex.: glaucoma de ângulo
resolver e não voltar a ter) fechado)
● Se não funcionar (tratamento extremo):
derivação ventrículo peritoneal (DVP) Localização da dor: dor de cabeça que se
espalha para parte inferior do pescoço -> pode
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indicar irritação meníngea por infecção ou Cefaléia de início súbito e que atinge o pico
sangue em poucos segundos (em trovoada): fazer TC de
crânio para avaliar hemorragia subaracnóide
Uso de medicamentos: principalmente
anticoagulantes, glicocorticóides, contraceptivos Suspeita de meningite ou encefalite (febre e
orais e analgésicos (podem mascarar sintomas alteração do estado mental, com ou sem rigidez
graves) de nuca) -> se suspeitar de etiologia bacteriana:
colher hemocultura e iniciar ATB empírico
Uso de drogas ilícitas: cocaína, metanfetamina
podem aumentar risco de sangramento ● Depois, deve-se avaliar se há
intracraniano contraindicações para punção liquórica e
se houver suspeita, fazer TC
Achados no EF de alto risco:
Nova cefaléia + déficit neurológico focal ou
● Sinais vitais alterados: febre, papiledema ou náuseas e vômitos repetidos
hipertensão sem outra explicação: suspeitar de hipertensão
● Aparência tóxica: letargia, palidez, intracraniana -> fazer RM de crânio, se não tiver,
sudorese faz TC para avaliar causas (tumor, hidrocefalia,
● Anormalidades neurológicas focais AVE)
● Papiledema: indicativo de aumento da
pressão intracraniana Cefaléia aguda + diminuição da visão
(unilateral) + olho vermelho e pupila fixa:
ame d image suspeita de glaucoma de ângulo fechado -> fazer
exame de medição da pressão ocular
Se a cefaleia exigir avaliação por imagem (alto
Cefaleia nova + dor irradiada para pescoço:
risco), os exames preferidos são tomografia
suspeita de dissecção da carótida ou vertebral ->
computadorizada e ressonância
fazer TC, seguida de angioTC
Mas a partir da suspeita clínica ou das
Nos outros fatores de risco, indica-se realizar
alterações nesses exames, outros podem ser
ao menos uma TC de crânio
necessários

Avaliaçã d pacient se alt risc Tratament d cefalei indiferenciad

O tratamento deve ser basear em tratar a causa


Se o paciente não tiver fatores de risco e o
base da cefaleia
quadro clínico se enquadrar em causas de
cefaléia primária, não é necessário avaliação
Mas medidas analgésicas que podem ser usadas
complementar
são:
A conduta será resolver a cefaleia no momento
● AINE + antagonista da dopamina
e encaminhar para acompanhamento de
(proclorperazina), parenterais -> pode
tratamento específico da causa
usar haloperidol ou clorpromazina no lugar
do proclorperazina
Avaliaçã d pacient co alt risc ● Sumatriptano
● Diidroergotamina IV (se tiver
Caso o paciente tenha fatores de risco, deve ser características de enxaqueca)
investigado com exames laboratoriais, exames de ● Opióides não desencorajados e só devem
imagem, medidas de pressão intraocular e punção ser usados em caso de ausência de
lombar, dependendo da suspeita resposta com as outras medicações

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